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5.1.
Definições Básicas
5.2.
Procedimento de Cálculo de Perda de Carga no Escoamento Bifásico
Este método é sempre iterativo, uma vez que as propriedades dos fluidos são
funções da pressão a ser calculada para o incremento ∆L.
5.3.
Propriedades dos Fluidos no Escoamento Bifásico
5.3.1.
Correlações – “Black Oil”
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5.3.1.1.
Razão de Solubilidade (RS)
Gás em Solução:
350 * d o * 379,3 * y g
Rs = (9)
M o (1 − y g )
Onde:
Mo = peso molecular do óleo nas condições standard
Fração molar do gás (yg):
Rsb
379,3
yg = ( 10 )
Rsb 350d o
+
379,3 Mo
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Onde:
do = densidade do óleo
Pb d g
Para yg ≤ 0,6: = 0,679 exp(2,786 y g ) − 0,323 ( 11 )
TR
Pb d g 3, 56
Para yg > 0,6: = 8,26 y g + 1,95 ( 12 )
TR
Pb d g T
Pb = * ( 13 )
TR dg
Gás em Solução:
1
P 10 (0,0125 * API ) 0,83
R s = d g cs (0 , 00091 * T ) ( 14 )
18 10
Onde:
P = pressão expressa em psia
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T = temperatura expressa em °F
5.3.1.2.
Fator Volume de Formação (BO) – Correlação de Standing [6]
5.3.1.3.
Densidade Relativa do Gás Dissolvido (dGd) – Correlação de Katz
5.3.1.4.
Viscosidade do Óleo Saturado (µOS) – Correlação de Beggs &
Robinson
A equação para o cálculo da viscosidade do óleo vivo foi definida por Beggs
& Robinson [6], como sendo:
µO = A * µOD
B
( 18 )
Onde:
5.3.1.5.
Viscosidade do Gás (µG)
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Onde:
K=
(9,4 + 0,02M )T 1,5 ( 22 )
209 + 19M + T
986
X = 3,5 + + 0,01M ( 23 )
T
y = 2,4 − 0,2 X ( 24 )
Sendo, T = oR, µg = cp, M = peso molecular e ρg = g/cm3.
P
ρ g = 0,0433d gl ( 25 )
ZT
Onde:
dgl = densidade do gás livre na condição standard
P = pressão expressa em psia
T = temperatura expressa em °F
Z = fator de compressibilidade do gas
Fundamentos do Escoamento Multifásico 59
5.3.1.6.
Pressão e Temperatura Pseudo-crítica (Ppc, Tpc)
T
T pr = ( 27 )
T pc
5.3.1.7.
Fator de Compressibilidade (Z)
5.3.1.8.
Tensão Superficial - líquido e gás (σo)
5.3.2.
Velocidades e Relações do Escoamento Bifásico
Velocidade
Muitas correlações de fluxo bifásico estão baseadas em uma variável
chamada de velocidade superficial. A velocidade superficial de uma fase fluida é
definida como a velocidade na qual essa fase estaria sujeita se fluísse só pela
seção transversal total do tubo.
Fundamentos do Escoamento Multifásico 62
Gás
A velocidade superficial do gás é calculada por:
qg
v sg = ( 33 )
A
A velocidade real do gás é calculada por:
qg
vg = ( 34 )
A⋅ Hg
A⋅ HL
Onde A é a área da seção transversal do tubo.
Bifásico
Velocidade da mistura é a soma das velocidades superficiais das fases:
v m = v sL + v sg ( 37 )
Velocidade de Escorregamento
A velocidade de escorregamento é definida como a diferença entre as
velocidades reais da fase gasosa e líquida [2].
v sg v sL
vs = v g + vL = − ( 38 )
Hg HL
5.3.3.
Métodos de Determinação das Propriedades da Mistura Líquida
5.3.4.
Escoamento Vertical Multifásico
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5.3.4.1.
Correlações do F.V.M
Tipo I
As correlações que se enquadram nesta categoria, não utilizam mapas de
padrão de escoamento nem consideram o escorregamento entre as fases, λL. A
única correlação requerida é para fator de fricção das duas fases.
Exemplos:
Poetmann & Carpenter [2], (49 poços surgentes e GL);
Baxendell & Thomas [2], (extensão de P&C)
Fancher & Brown [2], (consideram variação com a RGL)
dp g fρ u 2
= ρ ns + ns m ( 43 )
dL gc 2g c d
O fator de fricção f é determinado pelo gráfico de cada correlação com
ρ umd, e não o Re. A justificativa é que como é grande a turbulência no
escoamento multifásico a viscosidade não teria grande influência.
Tipo II
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5.3.4.2.
Padrões de Escoamento
Figura 25- Padrões de fluxo encontrados em escoamento vertical bifásico, fonte: [6]
5.4.
Equação do Gradiente de Pressão para Fluxo Bifásico
dp dp dp dp
= + + ( 44 )
dL dL el dL f dL ac
Onde:
el - termo referente à mudança de elevação elevação
f - termo referente à fricção
ac - termo referente à aceleração
dp f tp ρ f v m2
= ( 47 )
dL f 2gc d
= ( 48 )
dL f 2gc d
dp f g ρ g v sg2
= ( 49 )
dL f 2gc d
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dp f tp ρ f v m2
= ( 50 )
dL f 2gc d
ρvd
Re = ( 51 )
µ
Onde, um conjunto consistente de unidades deve ser usado para calcular Re,
e:
ρ = densidade do fluido
v = velocidade do fluido
µ = viscosidade dinâmica do fluido
d = diâmetro interno da tubulação
Fundamentos do Escoamento Multifásico 68
5.4.1.
Equações para Determinação do Fator de Fricção
1 ε
= 1,74 − 2 log 2 ( 55 )
f d
1 ε 18,7 1
= 1,74 − 2 log 2 + ⋅ ( 56 )
f d Re f
5.4.2.
Correlação tipo II – Hagedorn & Brown
ρL
N Lv = v sL 4 Número de velocidade do líquido ( 58 )
gσ L
ρL
N gv = v sg 4 Número de velocidade do gás ( 59 )
gσ L
dρ L
Nd = d Número de diâmetro do tubo ( 60 )
σL
g
NL = µL 4 Número de viscosidade do líquido ( 61 )
ρ Lσ L3
N gv N L0,380
( 62 )
N d2,14
0 ,1
N Lv P CN L
0 , 575
( 63 )
N gv Patm Nd
2,00
1,80
1,60
PSI
Ψ
1,40
1,20
1,00
0,000 0,010 0,020 0,030 0,040 0,050 0,060 0,070 0,080 0,090 0,100
(N gv )
. / N d2,14
N L0,380
0,1000
CNL
0,0100
0,0010
0,001 0,01 0,1 1
NL
1,20
1,00
Holdup Factor / PSI
0,80
0,60
0,40
0,20
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0,00
1,0E-06 1,0E-05 1,0E-04 1,0E-03 1,0E-02
.
0 ,1
N LV P CN L
0 , 575
N GV Pa Nd
5.4.3.
Correlação tipo III – Beggs & Brill
Esta correlação foi desenvolvida por Beggs & Brill [6], utilizando um
aparato experimental de 90 ft, dotado de dispositivo para inclinação do tubo,
variando de -90° a +90°. A vazão de líquido (água) variava de 0 a 1000 bpd e a
vazão de gás (ar) variava de 0 a 300 M scf/d.
O holdup medido com válvulas de fechamento rápido, encontrava-se na
faixa de 0 a 0,870.
O regime de escoamento é determinado como se a tubulação estivesse na
horizontal:
Fundamentos do Escoamento Multifásico 72
v m2
N Fr = ( 65 )
gd
Onde:
NFr = Número de Froude
vm = velocidade da mistura
g = aceleração da gravidade
d = diâmetro do tubo
Não considerando o escorregamento entre as fases, o “holdup” é dado por λ
(Equação 39).
Golfada
Intermitente
Plugue
Bolha
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Distribuido
Nevoa
Estratificado
Ondulado Segregado
Anular
L2 = 0,0009252λ−L2, 4684
L3 = 0,10λ−L1, 4516
L4 = 0,5λ−L6, 738
a) Regime Segregado:
λL < 0,01 e NFr < L1
λL ≥ 0,01 e NFr < L2
Fundamentos do Escoamento Multifásico 73
b) Regime Intermitente:
0,01 ≤ λL < 0,4 e L3 < NFr ≤ L1
λL ≥ 0,4 e L3 < NFr ≤ L4
c) Regime Distribuido:
λL < 0,4 e NFr ≥ L1
λL ≥ 0,4 e NFr > L4
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Figura 30- Mapa de regime de escoamento segundo Beggs & Brill, fonte: [6]
Sendo HL(0) ≥ λL
Regime a b c
Sendo C ≥ 0
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Inclinação Regime d’ e f g
Onde:
1
f ns = 2
( 71 )
Re
2 log
4,5223 log Re − 3,8215
Sendo:
ρ ns v m d
Re = ( 72 )
µ ns
µ ns = µ L λ L + µ g (1 − λ L ) ( 73 )
ln y
s= ( 74 )
− 0,0523 + 3,182 ln y − 0,8725 (ln y ) + 0,01853 (ln y )
2 4
λL
y= ( 75 )
(H L (θ ))2
Se pertence ao intervalo 1 < y < 1,2
ln y
s= ( 76 )
2,2 y − 1,2
Fundamentos do Escoamento Multifásico 76
5.5.
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1
( )
m ∆U + ∆(PV ) + ∆ v 2 + g∆z = Q + W
2
( 77 )
Onde:
m = taxa de fluxo de massa
U = energia interna
P = pressão
V = volume
v = velocidade
g = aceleração da gravidade
∆z = variação da elevação
Q = energia transferida entre o ambiente e o fluido
W = trabalho fornecido ao fluido por bombas, compressores etc.