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AULA 8
COMPORTAMENTO DESVIANTE
OLGA CUNHA
TEORIA DO PENSAMENTO CRIMINAL (YOCHELSON
& SAMENOW, 1976)
TEORIA DO PENSAMENTO CRIMINAL (YOCHELSON & SAMENOW,
1976)
Enfase nos processos de pensamento que os indivíduos delinquentes manifestam em diferentes graus
e com diferentes consequências;
TEORIA DO PENSAMENTO CRIMINAL (YOCHELSON & SAMENOW,
1976)
Criminosos
Extremamente energéticos;
Pensamento destes indivíduos é muito rápido, contínuo e intenso;
Energia do sujeito é direcionada para o que o excita e para o que necessita, no
sentido de manter o seu equilíbrio;
Tem fantasias de poder, triunfo e controlo que impacientemente procura obter;
Têm muitas ideias, mas só conseguem implementar uma de cada vez.
TEORIA DO PENSAMENTO CRIMINAL (YOCHELSON & SAMENOW,
1976)
A fantasia está relacionada com a execução do crime, mas não inclui o plano nem a elaboração do
modus operandi.
Muitos atos ofensivos não são efetuados por impedimentos externos ou por
impedimentos internos;
Impedimentos externos;
Impedimentos internos;
Adiamento
Os criminosos têm a ideia que deixarão este tipo de vida;
Os ofensores vão também adiando as suas responsabilidades.
TEORIA DO PENSAMENTO CRIMINAL (YOCHELSON & SAMENOW,
1976)
Superotimismo
Os indivíduos acreditam que todo o crime vai ocorrer como planeado e vão obter o que queriam
com o ato delinquente e não vão ser apanhados;
Durante o cometimento do crime, os indivíduos têm presente um enorme otimismo que é
necessário para efetuarem o crime, pois caso contrário não o executam;
Aumenta com o planeamento do crime e com a eliminação dos impeditivos ao ato ofensivo.
TEORIA DO PENSAMENTO CRIMINAL (YOCHELSON & SAMENOW,
1976)
Impedimento alucinatório
Alguns criminosos ouvem vozes a falarem com eles em momentos críticos das suas vidas;
Com o passar do tempo, os criminosos vão ouvindo com maior frequência e intensidade essa voz,
nos momentos antes e durante o cometimento do delito;
O indivíduo ouve a voz e a partir dessa altura age com mais cuidado para evitar ser detido;
Funciona como um impedimento ao cometimento dos delitos;
Proteção vs. tormento.
TEORIA DO PENSAMENTO CRIMINAL (YOCHELSON & SAMENOW,
1976)
Comemoração
Mais frequente em indivíduos que são consumidores de substâncias estupefacientes;
Podem também contar o sucedido – apenas a pessoas de confiança, com o intuito de as
impressionar → aumento da excitação.
TEORIA DO ESTILO DE VIDA CRIMINAL (WALTERS,
1990)
TEORIA DO ESTILO DE VIDA CRIMINAL (WALTERS, 1990)
Modelo cognitivo
Criminalidade concetualizada como um estilo de vida marcado pela:
Irresponsabilidade
Autoindulgência
Intrusividade interpessoal
Quebra de regras sociais
Quatro aspetos:
Condições
Escolha
Cognições
Comportamento
TEORIA DO ESTILO DE VIDA CRIMINAL (WALTERS, 1990)
Escolha
Evitamento da responsabilidade
Dúvidas sobre as vantagens de um comportamento convencional
Sentimento de incompetência
Ponderação custos vs. ganhos
TEORIA DO ESTILO DE VIDA CRIMINAL (WALTERS, 1990)
Cognições (Yochelson & Somenow)
Autodesculpabilização
Curto-circuito
(Auto-)Permissividade
Controlo do meio
Sentimentalismo
Superotimismo
Indolência cognitiva
Inconsistência
Comportamento
Violação de regras sociais
Intrusividade interpessoal
Autoindulgência
Irresponsabilidade
TEORIA DO ESTILO DE VIDA CRIMINAL (WALTERS, 1990)
Estas formas de aprendizagem são influenciadas pelo reforço e punição que se seguem às ações (Wallace &
Roberson, 2011)
Quando comportamentos desajustados são modelados por crianças → replicação de tais padrões interacionais
noutras interações sociais (Cunningham et al., 1998);
O comportamento de cada indivíduo é determinado pelo ambiente em que este se insere, através de mecanismos
de observação, reforço, modelagem ou coação.
TEORIA DA ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL (SUTHERLAND)
Associação diferencial
O comportamento criminal é aprendido
É aprendido em interação com outras pessoas
Esta aprendizagem ocorre sobretudo nos grupos próximos
Esta aprendizagem refere-se
(a) Às técnicas de comissão de delitos,
(b) Ao conjunto de motivos, valores, racionalizações e atitudes do grupo criminal
Esta direção baseia-se na valoração dos códigos legais;
Uma pessoa torna-se delinquente devido a um excesso de definições favoráveis à violação da lei, que se
sobrepõem às definições opostas;
O processo de aprendizagem das condutas criminais é análogo ao da aprendizagem de quaisquer outras condutas;
Glaser (1956)
Identificação diferencial
Identificação diferencial
Burgess e Akers (1966)
Reforço diferencial
PERSPETIVA DA PSICOPATOLOGIA
DESENVOLVIMENTAL
Abuso e negligência enquanto violações do ambiente normativo expectável (Cicchetti & Valentino, 2006);
A base fornecida por uma relação de vinculação segura é fundamental para a criança adquirir um número de
capacidades desenvolvimentais fundamentais;
Crianças que estabelecem uma vinculação segura com o cuidador têm uma probabilidade menor de se envolver
em trocas coercivas com os seus cuidadores ou provocar o uso por parte dos cuidadores de estratégias de poder
assertivas que são preditores de comportamentos antissociais na transição da infância para a idade escolar;
Interação complexa entre os fatores de risco:
Quando os comportamentos desregulados de crianças maltratadas provocam tratamento desajustado por parte de pais
impacientes e irritados;
Jovens cujas competências de regulação afetiva foram alteradas devido ao abuso físico ou cujas competências sociais foram
danificadas pela negligência podem perceber-se de forma negativa e rejeitada pelos pares (Kim & Cicchetti, 2010).
Análise holística do indivíduo enquanto sistema integrado;
Consideração dos fatores biológicos que são afetados pelo maltrato – variáveis genéticas, neuropsicológicas,
psicofisiológicas, neuroquímicas e epigenéticas – os quais interagem com as variáveis ambientais, sociais e intrapessoais.
O impacto das diferentes experiencias adversas difere em função das tarefas desenvolvimentais ou do estádio de
desenvolvimento em que a criança se encontra:
Na infância;
Na idade pré-escolar;
Na idade escolar;
Adolescentes.
Equifinalidade
Em qualquer sistema aberto uma diversidade de trajetórias pode conduzir aos mesmos resultados.
Multifinalidade
Qualquer componente pode funcionar diferencialmente dependendo da organização do sistema no qual opera;
O valor de qualquer componente pode variar em diferentes sistemas.