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Universidade Castelo Branco - Campus Realengo

USINAGEM
DE
METAIS

Rio de Janeiro, abril de 2018.


Universidade Castelo Branco - Campus Realengo

MÁQUINAS
OPERATRIZES

Escola: Escola Ciências Exatas e Tecnológicas.


Curso: Engenharia Mecânica.
Professor: Amaury Bordallo.
Kevin Ferreira.
Leonardo Cardozo.
Lucas Cardozo.
Rafael da Silva.

Rio de Janeiro, abril de 2018.


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SUMÁRIO

1. Torno Mecânico .................................................................................................................... 9

1.1. Introdução .......................................................................................................................... 9

1.1.2. Evoluções históricas........................................................................................................ 9

1.2. Classificação dos tornos mecânicos ................................................................................ 11

1.3. Tipos de Tornos ............................................................................................................... 12


1.3.1. Torno Horizontal ............................................................................................................ 12
1.3.2. Tornos de Placa .............................................................................................................. 12
1.3.3. Tornos Revolver ............................................................................................................. 13
1.3.4. Tornos Verticais ............................................................................................................. 14
1.3.5. Tornos Copiadores .......................................................................................................... 15
1.3.6. Tornos de Produção ou Corte Múltiplo .......................................................................... 16
1.3.7. Tornos Semi-Automáticos .............................................................................................. 16
1.3.8. Tornos Automáticos ....................................................................................................... 17
1.3.9. Tornos Repetidores ......................................................................................................... 17

1.4. Nomenclatura do Torno .................................................................................................. 17

1.5. Principais Componentes do Torno ................................................................................. 18


1.5.1. Barramento ..................................................................................................................... 19
1.5.2. Cabeçote Fixo ................................................................................................................. 19
1.5.4. Cabeçote Móvel .............................................................................................................. 20
1.5.5. Funções do Cabeçote Móvel........................................................................................... 22

1.6. Principais partes do cabeçote móvel são: base, corpo, mangote, trava do mangote e
volante. ..................................................................................................................................... 23
1.6.1. Carro Principal ................................................................................................................ 23

1.7. Caixa Norton .................................................................................................................... 27

1.8. Recâmbio .......................................................................................................................... 28

1.9. Acessórios Do Torno........................................................................................................ 28

1.10. Princípio de Funcionamento do Torno ........................................................................ 29

1.11. Processos realizados no Torno...................................................................................... 29

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2. FRESADORA ..................................................................................................................... 30

2.1. Introdução ........................................................................................................................ 30

2.2. Tipos de Fresadoras ........................................................................................................ 30


2.2.1. Fresadora Horizontal ...................................................................................................... 31
2.2.2. Fresadora Universal ........................................................................................................ 31
2.2.3. Fresadora Vertical........................................................................................................... 32
2.2.4. Fresadoras Especiais ....................................................................................................... 32
2.2.5. Fresadora Ferramenteira ................................................................................................. 33
2.2.6. Fresadoras Faceadoras .................................................................................................... 33

2.3. FRESA .............................................................................................................................. 34

2.4. CLASSIFICAÇÃO DAS FRESAS ................................................................................. 34


2.4.1. Perfil Constante .............................................................................................................. 34
2.4.2. Fresas Planas .................................................................................................................. 35
2.4.3. Fresas Angulares ............................................................................................................ 35
2.4.5. Fresas De Dentes Postiços .............................................................................................. 36
2.4.6. Fresas para Desbaste ....................................................................................................... 36

2.5. Principais Acessórios para Fresadoras .......................................................................... 36


2.5.1. Modelos de Mandril ....................................................................................................... 38
2.5.2. Mandril Adaptador ......................................................................................................... 38
2.5.3. Mandril Universal (Jacobs) ............................................................................................ 39
2.5.4. Mandril Porta Pinça ........................................................................................................ 39

2.6. Métodos de Fresagem ...................................................................................................... 40


2.6.1. Fresamento Concordante ................................................................................................ 40
2.6.2. Fresamento Discordante ................................................................................................. 40
2.6.3. Comparação entre os dois métodos ................................................................................ 41

2.7. Tipos de Operações .......................................................................................................... 42


2.7.1. Fresamento Cilíndrico Tangencial ................................................................................. 42
2.7.2. Fresamento Frontal ......................................................................................................... 42
2.7.3. Fresamento de Perfil ....................................................................................................... 43

3. PLAINAS LIMADORAS ................................................................................................... 44

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3.1. Movimentos ...................................................................................................................... 45


3.1.1. Componentes da plaina limadora ................................................................................... 45
3.1.2. Cabeçote ......................................................................................................................... 45
3.1.3. Acionamento principal ................................................................................................... 45
3.1.4. Acionamento do avanço ................................................................................................. 46
3.1.5. Velocidade de corte ........................................................................................................ 46
3.1.6. Aplainar horizontalmente superfície plana e superfície paralela.................................... 46
3.1.7. Aplainar superfície plana em ângulo .............................................................................. 46
3.1.8. Aplainar verticalmente superfície plana ......................................................................... 47
3.1.9. Aplainar estrias ............................................................................................................... 47
3.1.10. Aplainar rasgos ............................................................................................................. 47

3.2. Plainas Limadoras Hidráulicas ...................................................................................... 47


3.2.1. Plaina Vertical ................................................................................................................ 47

4. Furadeiras ........................................................................................................................... 47

4.1. Classificação das Furadeiras .......................................................................................... 48


4.1.1. Furadeiras Portáteis ........................................................................................................ 48
4.1.2. Furadeiras Sensitivas ...................................................................................................... 48
4.1.3. Furadeiras de Coluna ...................................................................................................... 49
4.1.4. Furadeiras de Árvores Múltiplas .................................................................................... 49
4.1.5. Furadeiras Radiais .......................................................................................................... 50
4.1.6. Furadeiras Múltiplas de Cabeçote Único........................................................................ 50
4.1.7. Furadeiras Múltiplas de Múltiplos Cabeçotes ................................................................ 51
4.1.8. Furadeiras de Comando Numérico ................................................................................. 51
4.1.9. Furadeiras de Bancada .................................................................................................... 51

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ............................................................................. 53

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ÍNDICES DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Os primeiros Tornos.................................................................................................... 9


Figura 2: Torno de Vara ............................................................................................................. 9
Figura 3: As inovações do torno ............................................................................................... 10
Figura 4: Torno Universal ........................................................................................................ 11
Figura 5: Torno horizontal........................................................................................................ 12
Figura 6: Torno de Placa .......................................................................................................... 12
Figura 7: Torno revolver........................................................................................................... 13
Figura 8: Torno Vertical ........................................................................................................... 14
Figura 9: Tornos Copiadores .................................................................................................... 15
Figura 10: Torno semi-automáticos.......................................................................................... 16
Figura 11: Torno automático/ CNC .......................................................................................... 17
Figura 12: Principais componentes o torno .............................................................................. 18
Figura 13: Barramento do Torno .............................................................................................. 19
Figura 14: Cabeçote Fixo ......................................................................................................... 20
Figura 15: Interior do cabeçote fixo ......................................................................................... 20
Figura 16: Cabeçote móvel do torno ........................................................................................ 21
Figura 17: Fixação do cabeçote móvel do torno....................................................................... 21
Figura 18: Contra ponta suportada pelo cabeçote móvel ......................................................... 22
Figura 19: Mandril fixado pelo cabeçote móvel ....................................................................... 22
Figura 20: Broca suportada pelo cabeçote móvel ..................................................................... 22
Figura 21: Contra ponta deslocada suportada pelo cabeçote móvel ......................................... 23
Figura 22: Principais partes do cabeçote móvel ....................................................................... 23
Figura 23: Carro Principal ........................................................................................................ 24
Figura 24: Deslocamento do carro principal ............................................................................ 24
Figura 25: Avental .................................................................................................................... 25
Figura 26: Mesa ........................................................................................................................ 25
Figura 27: Carro transversal ..................................................................................................... 26
Figura 28: Manípulo e anel graduado ....................................................................................... 26
Figura 29: Carro Superior ......................................................................................................... 27
Figura 30: Porta-ferramentas .................................................................................................... 27
Figura 31: Caixa Norton ........................................................................................................... 27

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Figura 32: Recâmbio ................................................................................................................ 28


Figura 33: Processos realizados no torno ................................................................................. 30
Figura 34: Fresadora Horizontal ............................................................................................... 31
Figura 35: Fresadora Universal ................................................................................................ 31
Figura 36: Fresadora Vertical ................................................................................................... 32
Figura 37: Fresadora Copiadora ............................................................................................... 32
Figura 38: Fresadora Ferramenteira ......................................................................................... 33
Figura 39: Fresadora Faceadora ............................................................................................... 33
Figura 40: Fresa Perfil Constante ............................................................................................. 34
Figura 41: Fresa Plana .............................................................................................................. 35
Figura 42: Fresa Angular .......................................................................................................... 35
Figura 43: Fresas para Rasgos .................................................................................................. 35
Figura 44: Fresa Dente Postiço................................................................................................. 36
Figura 45: Fresas para Desbaste ............................................................................................... 36
Figura 46: Parafusos e grampos de fixação .............................................................................. 37
Figura 47: Calços ...................................................................................................................... 37
Figura 48: Cantoneiras ............................................................................................................. 37
Figura 49: Morças ..................................................................................................................... 37
Figura 50: Mesa Divisora ......................................................................................................... 38
Figura 51: Mandril a Rosca ...................................................................................................... 38
Figura 52: Mandril Jacobs ........................................................................................................ 39
Figura 53: Mandril Porta Pinça ................................................................................................ 39
Figura 54: Fresamento Concordante......................................................................................... 40
Figura 55: Fresamento Discordante .......................................................................................... 41
Figura 56: Avanço da Mesa ...................................................................................................... 41
Figura 57: Fresamento Tangencial ........................................................................................... 42
Figura 58: Fresamento Frontal ................................................................................................. 42
Figura 59: Fresamento de Perfil ............................................................................................... 43
Figura 60: Plaina....................................................................................................................... 44
Figura 61: Furadeira Sensitiva.................................................................................................. 48
Figura 62: Furadeira de coluna ................................................................................................. 49
Figura 63: Furadeira de Árvores Múltiplas .............................................................................. 50
Figura 64: Furadeira radial ....................................................................................................... 50

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Figura 65: Furadeira múltipla de cabeçote único ..................................................................... 51


Figura 66: Furadeira de bancada .............................................................................................. 52

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1. Torno Mecânico
1.1. Introdução

1.1.2. Evoluções históricas


O Torno de acordo com a história umas das primeiras tecnologias que aprimoramento
para produção em grande escala. Com esta máquina (na antiguidade) uma pessoa sem
complicações, produzir um recipiente para sua comunidade.

Figura 1: Os primeiros Tornos

Os Tornos de Vara foram muito utilizados durante a idade média e continuaram a ser
utilizados até o século 19 por alguns artesões.

Figura 2: Torno de Vara


Os Tornos de Fuso foram criados devido à necessidade de uma velocidade contínua
de rotação. Necessitavam de duas pessoas, um girava a roda, e o outro dava forma à peça.

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Com a invenção da máquina a vapor por James Watt, o inglês Henry Moudslay
adaptou a nova maravilha num torno criando o primeiro torno a vapor. Moudslay e Whitworth
foram responsáveis por outras mudanças incorporado nos tornos da época, como o suporte
para ferramenta e o avanço transversal.

Figura 3: As inovações do torno


 1906: Torno já tem incorporadas todas as modificações feitas por
Moudsley e Whitworth. A correia motriz é movimentada por um conjunto de polias de
diferentes diâmetros, o que possibilitava uma variada gama de velocidades de rotação.
Sua propulsão era obtida através de um eixo acionado por um motor, o que fixava a
máquina a um local específico.
 1925: Torno Paralelo. O problema de ter de fixar o torno é resolvido
pela substituição do mesmo por um motor elétrico nos pés da máquina. A variação de
velocidades vinha de uma caixa de engrenagem e desengates foram postos nas sapatas
para simplificar alcances de rotação longos e repetitivos.
 1960: Torno Automático. Para satisfazer a exigência de grande rigidez
criou-se uma estrutura completamente fechada. A máquina é equipada com um engate
copiador que transmite o tipo de trabalho do gabarito através de uma agulha.
 1978: Torno CNC. Apesar de não apresentar nenhuma grande
mudança na sua mecânica, o torno de CNC como é chamado substituiu os mecanismos
usados para mover o cursor por microprocessadores. O uso de um painel permite que
vários movimentos sejam programados e armazenados permitindo a rápida troca de
programa.

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Figura 4: Torno Universal


Nomeado de Máquina Ferramenta Fundamental, com base dele, se originaram todas as
demais máquinas, o Torno pode executar o maior número de operações que qualquer outra
máquina ferramenta.

1.2. Classificação dos tornos mecânicos


Existe uma gama de torno que se diferem entre si pelas dimensões, características,
forma construtiva, entre outros. A escolha da máquina para a execução de uma
determinada fabricação deverá ser de acordo os seguintes fatores:
 Dimensões das peças a produzir
 Forma das mesmas
 Quantidade a produzir
 Possibilidade de obter as peças diretamente de vergalhões (barras,
perfis).
 Grau de precisão exigido.

A classificação mais simples é a seguinte:

 Tornos horizontais ou de pontas


 Tornos de placa
 Tornos verticais
 Tornos revólver
 Tornos copiadores
 Tornos de produção
 Tornos semiautomáticos
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 Tornos automáticos
 Tornos especiais

1.3. Tipos de Tornos


1.3.1. Torno Horizontal

Figura 5: Torno horizontal.


São os mais comuns e mais usados frequentemente. Não são usados em produção pelo
simples fato da dificuldade na troca de ferramenta.

1.3.2. Tornos de Placa

Figura 6: Torno de Placa

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O torno de placa ou platô é amplamente utilizado nas empresas que executam


trabalhos de mecânica e caldeiraria pesada, é um Torno de grande altura de pontas, é
empregado no torneamento de peças curtas e de grande diâmetro, como por exemplo, polias,
volantes, rodas, entre outros.

1.3.3. Tornos Revolver

Figura 7: Torno revolver

Sua principal característica é emprego de várias ferramentas convenientemente


dispostas e preparada para realizar diversas operações de forma ordenada e sucessivo,
sendo obrigatório uso de dispositivos especiais, um dos quais é o porta-ferramentas
múltiplos, a “torre revolver”.

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1.3.4. Tornos Verticais

Figura 8: Torno Vertical

Com eixos verticais, são empregados para tornear peças de grandes tamanhos, como
polias, volantes, rodas dentadas, etc., as quais por seu grande peso, podem ser montadas mais
facilmente sobre a plataforma redonda horizontal que sobre uma plataforma vertical.

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1.3.5. Tornos Copiadores

Figura 9: Tornos Copiadores

Os tornos copiadores permitem obter peças por movimentos que definem a geometria
da peça são comandados através de mecanismos que copiam o contorno de um modelo. Para
realizar o processo de fabricação da peça, é necessário que a ferramenta seja provida de dois
movimentos simultâneos, um de translação, longitudinal e outro de translação, transversal, em
relação à peça que se trabalha.

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Pode se fazer um upgrade no torno comum transformando-o em um torno copiador


basta somente substituir o avanço transversal do carro porta-ferramenta por um mecanismo
apropriado.

1.3.6. Tornos de Produção ou Corte Múltiplo

Figura 10: Torno de produção


Os tornos de produção (de corte múltiplo) são voltados para atender às necessidades
da produção, aumentando a quantidade de peças e diminuindo o custo da produção, são
providos de dois carros, um anterior com movimento longitudinal e outro posterior, com
movimento transversal, que trabalham simultaneamente, com avanço automático.
As ferramentas do carro anterior servem para cortar lateralmente o cavaco, uma vez
que o carro tem o movimento longitudinal da direita para a esquerda. As ferramentas do carro
posterior, colocadas radialmente, cortam no sentido perpendicular ao eixo da peça.

1.3.7. Tornos Semiautomáticos

Figura 10: Torno semiautomáticos


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Os tornos semiautomáticos constituem um escalão intermediário entre os tornos


revólver e os tornos automáticos. O que diferencia dos tornos automáticos é o fato do operário
exclusivamente retirara peça acabada e a fixação da nova peça em bruto.

1.3.8. Tornos Automáticos


São máquinas nas quais todas as operações são realizadas sucessivamente, uma após
outra, automaticamente. São tornos desenvolvidos nos últimos 20 anos que tem como objetivo
a produção de peça de forma automática e computadorizada.

Figura 11: Torno automático/ CNC

1.3.9. Tornos Repetidores


São máquinas especialmente destinadas para a produção em série de peças obtidas por
rotação em torno de seu eixo. São denominados de repetição porque as peças são colocadas
uma de cada vez na pinça.

1.4. Nomenclatura do Torno


Suas partes básicas são:
a) Corpo da máquina:
Composto por barramento, cabeçote fixo, cabeçote móvel e caixas de mudança de
velocidade.
b) Sistema de transmissão de movimento do eixo:
Composto por: motor, polia, engrenagens e redutores.

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c) Sistemas de deslocamento da ferramenta e de movimentação da


peça em diferentes velocidades:
Compostos por engrenagens, caixa de câmbio, inversores de marcha, fusos, vara etc.
d) Sistemas de fixação da ferramenta:
Compostos por torre, carro porta-ferramenta, carro transversal, carro principal ou
longitudinal eda peça: placas e cabeçote móvel.
e) Comandos dos movimentos e das velocidades:
Compostos por manivelas e alavancas.

1.5. Principais Componentes do Torno


O torno se compõe essencialmente de:
 Barramento
 Cabeçote fixo
 Cabeçote móvel
 Carro principal
 Caixa Norton
 Recâmbio

Figura 12: Principais componentes o torno

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1.5.1. Barramento
Trilhos paralelos que constituem o barramento, é uma peça de ferro fundido resistente,
que sustenta os elementos fixos e móveis do torno. Na parte superior do barramento estão as
guias prismáticas ou planas, que fornecem um guia apropriado a suportar pressões e resistente
ao desgaste, à ferramenta, visto que o avanço longitudinal deve ser perfeitamente paralelo à
direção do eixo de trabalho, ou as pontas, para fins de alinhamento da máquina. Ou seja, as
guias visam também criar uma direção geral de colocação dos cabeçotes fixo e móvel, como
eixo ideal comum para eixo de trabalho (de um lado, flange, órgãos de centragem, ponta, etc.
e de outro, a ponta do cabeçote móvel).

BARRAMENTO

Figura 13: Barramento do Torno

1.5.2. Cabeçote Fixo


Cabeçote fixo é um conjunto constituído de carcaça, engrenagens e eixo-árvore. O
elemento principal do cabeçote é o eixo-árvore, podendo ser chamado árvore ou eixo
principal, onde está montada a placa, responsável pelo movimento de rotação da peça; o
eixo-árvore é vazado de ponta a ponta, de modo a permitir a passagem de barras.

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Figura 14: Cabeçote Fixo

Figura 15: Interior do cabeçote fixo

1.5.4. Cabeçote Móvel


É a parte do torno que se desloca sobre o barramento, oposta ao cabeçote fixo; a contra
ponta e o eixo principal estão situados na mesma altura e determinam o eixo de rotação da
superfície torneada.

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Figura 16: Cabeçote móvel do torno


Os métodos de fixação do cabeçote fixo são: por meio de parafusos, porcas, placas e
alavanca com excêntrico.

Figura 17: Fixação do cabeçote móvel do torno.

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1.5.5. Funções do Cabeçote Móvel


 Servir de suporte à contra ponta, destinada a apoiar um dos extremos da peça a
tornear;

Figura 18: Contra ponta suportada pelo cabeçote móvel

 Servir para fixar o mandril de haste cônica para furar com broca no torno;

Figura 19: Mandril fixado pelo cabeçote móvel

 Servir de suporte direto para ferramentas de corte de haste cônica como brocas,
alargadores e machos;

Figura 20: Broca suportada pelo cabeçote móvel

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 Deslocar a contra ponta lateralmente para tornear peças de pequena conicidade.

Figura 21: Contra ponta deslocada suportada pelo cabeçote móvel

1.6. Principais partes do cabeçote móvel são: base, corpo, mangote,


trava do mangote e volante.

Figura 22: Principais partes do cabeçote móvel

1.6.1. Carro Principal


É uma parte do torno que se desloca sobre o barramento. O carro principal é um
conjunto formado por avental, mesa, carro transversal, carro superior e porta ferramentas.
O deslocamento pode-se dar de duas formas:
 Manual - através do volante;
 Automático - através do fuso;

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O carro principal é constituído de:


 Mesa;
 Avental;
 Carro transversal;
 Carro superior;
 Porta-ferramenta.

Figura 23: Carro Principal

Figura 24: Deslocamento do carro principal

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O avental transforma os movimentos giratórios do fuso ou da vara em movimento


retilíneo longitudinal ou transversal em relação ao eixo-árvore, permitindo o avanço da
ferramenta sobre a peça.

Figura 25: Avental


A mesa, que desliza sobre as guias prismáticas do barramento, suporta o carro
transversal. E nele são montados o fuso e o volante com anel graduado, que determinam o
movimento do carro transversal.

Figura 26: Mesa

O avanço transversal pertence ao carro transversal, que arrasta consigo o carro


superior e a ferramenta na direção perpendicular ao eixo do torno.

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No movimento automático, o giro da vara movimenta a rosca sem-fim existente no


avental; o movimento é transmitido até a engrenagem do parafuso de deslocamento
transversal por meio de um conjunto de engrenagens; esse conjunto de engrenagens faz girar
o parafuso, deslocando a porca fixada no carro.

Figura 27: Carro transversal


O manípulo existente no volante montado na extremidade do parafuso de
deslocamento transversal realiza o movimento manual. O movimento é controlado por meio
de um anel graduado, montado no volante.

Figura 28: Manípulo e anel graduado


O carro superior em base giratória e graduada que permite o torneamento em ângulo.
No mesmo está montado o fuso, o volante com anel graduado e o porta-ferramentas ou torre.

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Figura 29: Carro Superior


O porta-ferramentas ou torre é o local onde são fixados os suportes de ferramentas,
presos por meio de parafuso de aperto.

Figura 30: Porta-ferramentas

1.7. Caixa Norton


Também chamada de caixa de engrenagem, é formada por carcaça, eixos e
engrenagens; serve para transmitir o movimento de avanço do recâmbio para a ferramenta.

Figura 31: Caixa Norton


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1.8. Recâmbio
O recâmbio é a elemento responsável pela transmissão do movimento de rotação do
cabeçote fixo para a caixa Norton. É montado em uma grade e protegido por uma tampa a fim
de evitar acidentes. As engrenagens do recâmbio permitem selecionar o avanço para a
ferramenta.

Figura 32: Recâmbio

1.9. Acessórios Do Torno

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1.10. Princípio de Funcionamento do Torno


O princípio de funcionamento do torno consta de três movimentos: rotação da peça,
movimento longitudinal de avanço da ferramenta e movimento transversal da ferramenta. Em
algumas aplicações, a peça pode ser estacionária, com a ferramenta girando ao seu redor para
cortá-la, mas basicamente o princípio é o mesmo. O movimento de avanço da ferramenta
pode ser ao longo da peça, o que significa que o diâmetro da peça será torneado para um
tamanho menor. Alternativamente a ferramenta pode avançar em direção ao centro, para o
final da peça, o que significa que a peça faceada. Frequentemente, são combinações dessas
duas direções, resultando em superfícies cônicas ou curvas, com as quais as unidades de
controle dos tornos podem lidar por meio de muitas possibilidades de programas.

1.11. Processos realizados no Torno


São muitas as operações realizadas pelo torno, dentre elas podemos citar as seguintes:
facear, tornear cônico, tornear cilíndrico, broquear, filetar ou abrir rosca, sangrar, recartilhar,
furar com broca, perfilar, mandrilar e tornear excêntrico.

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Figura 33: Processos realizados no torno

2. FRESADORA
2.1. Introdução
O fresamento é um processo para a obtenção superfícies usinadas pela remoção
progressiva de uma quantidade pré-determinada de material da peça de trabalho a uma taxa de
movimento ou avanço relativamente baixa mediante a uma ferramenta multicortante, a fresa,
que gira a uma alta velocidade.
A característica principal do processo de fresamento é que cada aresta de corte da fresa
remove a sua parcela do material na forma de cavacos individuais pequenos. Os avanços
tecnológicos nas áreas de ferramentas e equipamentos tornam o fresamento cada vez mais
abrangente e competitivo, atingindo níveis de tolerâncias dimensionais cada vez mais
exigentes. Esta operação pode gerar superfícies não planas e não de revolução, ao contrário de
alguns outros processos de usinagem.
2.2. Tipos de Fresadoras
As fresadoras se distinguem pela disposição do eixo árvore e pelas possibilidades de
movimento da peça.

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2.2.1. Fresadora Horizontal


Utiliza a fresa montada sobre em eixo horizontal. É utilizado para trabalho de
faceamento na horizontal e para efetuar ranhuras e perfis retilíneos. A ferramenta mais
empregada é a fresa cilíndrica.

Figura 34: Fresadora Horizontal

2.2.2. Fresadora Universal


É uma derivada da fresadora horizontal. Pode utilizar as fresas tanto em árvores
horizontais como em verticais, podendo inclinar horizontalmente a mesa. Além dos serviços
normais da fresadora horizontal, também pode efetuar ranhuras helicoidais sobre superfícies
cilíndricas e setores circulares perfilados.

Figura 35: Fresadora Universal

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2.2.3. Fresadora Vertical


Dispõe somente do eixo árvore vertical. São máquinas muito robustas e empregadas
em serviços com necessidade de grandes potenciais. Isto tudo devido à grande rigidez
permitida pela forma da coluna e pela disposição da cadeia cinemática (engrenagens, eixos e
rolamentos). Servem para facear e efetuar ranhuras e perfilados retilíneos ou circulares.

Figura 36: Fresadora Vertical

2.2.4. Fresadoras Especiais


Enquadram-se na classe das fresadoras que se destinam a trabalhos específicos. Por
exemplo, fresadora copiadora, cortadora de rodas dentadas.

Figura 37: Fresadora Copiadora

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2.2.5. Fresadora Ferramenteira


Destaca-se como a de maior importância para a realização dos trabalhos de
ferramentaria. A fresadora-ferramenteira é usada em trabalhos especiais. Assemelha-se a
fresadora vertical com alguns recursos de movimento em seu cabeçote vertical girando no
sentido do eixo x, eixo y e z.
Em alguns momentos podemos operá-la como fresadora horizontal. Para isso, monta-
se nela um cabeçote especial que aciona o eixo horizontal e a torna mais versátil. Pode-se
montarem seu cabeçote: mandril porta-pinça, mandril universal ou de aperto rápido. Esta
máquina se destaca por sua versatilidade, precisão e rendimento com auxílio de régua e
indicador digital.

Figura 38: Fresadora Ferramenteira

2.2.6. Fresadoras Faceadoras


São usadas no faceamento de peças em grandes lotes. São máquinas muito robustas e
de poucos recursos gerais.

Figura 39: Fresadora Faceadora


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2.3. FRESA
É uma ferramenta multicortante empregada para realizar o fresamento. A fresa realiza
o movimento de corte; a ferramenta gira e a peça ou a ferramenta se desloca, realizando o
movimento de avanço.
São ferramentas rotativas providas de múltiplos gumes de corte dispostos
simetricamente ao redor de um eixo, removendo intermitentemente material da peça. Esta
característica oferece uma grande vantagem das fresas sobre outras ferramentas: o menor
desgaste.
Quando os dentes não estão realizando o corte eles estão sendo refrigerados, e isto
permite que mantenham sua dureza. Em muitos casos utilizam-se fresas com apenas um gume
de corte, denominadas popularmente de bailarina. Em situações específicas também pode ser
necessário o uso de uma disposição não simétrica dos gumes de corte para evitar ressonância.

2.4. CLASSIFICAÇÃO DAS FRESAS


2.4.1. Perfil Constante
São fresas utilizadas para abrir canais, superfícies côncavas e convexas ou gerar engrenagens
entre outras operações.

Figura 40: Fresa Perfil Constante

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2.4.2. Fresas Planas


Trata-se de fresas utilizadas para usinar superfícies planas, abrir rasgos e canais.

Figura 41: Fresa Plana

2.4.3. Fresas Angulares


Estas são fresas utilizadas para a usinagem de perfis em ângulos, como rasgos
prismáticos e encaixes do tipo rabo-de-andorinha.

Figura 42: Fresa Angular


2.4.4. Fresas para Rasgos
As fresas para rasgos são utilizadas para fazer rasgos de chavetas, ranhuras retas ou
em perfil T, como as das mesas das fresadoras e furadeiras.

Figura 43: Fresas para Rasgos


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2.4.5. Fresas De Dentes Postiços


São também chamadas de cabeçote de fresamento. Trata-se de uma ferramenta com
dentes postiços. Esses dentes são pastilhas de metal duro, fixadas por parafusos, pinos ou
garras, e podem ser substituídas facilmente.

Figura 44: Fresa Dente Postiço

2.4.6. Fresas para Desbaste


Estas são fresas utilizadas para o desbaste de grande quantidade de material de uma
peça. Em outras palavras, servem para a usinagem pesada. Esta propriedade de desbastar
grande quantidade de material é devida ao seccionamento dos dentes.

Figura 45: Fresas para Desbaste

2.5. Principais Acessórios para Fresadoras


Os principais acessórios utilizados em operações de fresamento relacionam-se à
fixação da peça na mesa de trabalho. São eles:
- Parafusos e grampos de fixação;
- Calços;
- Cantoneiras de angulo fixo ou ajustável;
- Morsas;
- Mesa divisora;

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Figura 46: Parafusos e grampos de fixação

Figura 47: Calços

Figura 48: Cantoneiras

Figura 49: Morças

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Figura 50: Mesa Divisora

2.5.1. Modelos de Mandril


Um outro conjunto de acessórios de grande importância está relacionado com a
fixação das ferramentas. O eixo árvore possui em sua extremidade um cone e chavetas. Neste
cone pode-se fixar um mandril ou uma ferramenta de haste cônica. Para garanti a fixação
utiliza-se uma haste roscada que atravessa a árvore. As chavetas evitam o deslizamento.

2.5.2. Mandril Adaptador


Há ferramentas de haste cônica que podem ser fixadas diretamente no cone de fixação
do eixo-árvore, que pode ser Morse (menor esforço) ou Iso (maior fixação). Normalmente se
tratam de ferramentas relativamente grandes. Para fixar as ferramentas menores, que possuem
outra dimensão de cone, utiliza-se um mandril adaptador.

Figura 51: Mandril a Rosca

Com relação ao mandril, existem três tipos:

 Universal (Jacobs);
 Porta-pinça;
 Porta ferramenta.

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2.5.3. Mandril Universal (Jacobs)


O mandril universal é muito utilizado em furadeiras manuais, mas também pode ser
utilizado em fresadoras, mas com ressalvas. Só podem ser fixadas ferramentas de haste
cilíndrica e cujo esforço não seja elevado, pois a pressão de fixação não será suficiente.

Figura 52: Mandril Jacobs

2.5.4. Mandril Porta Pinça


O mandril porta-pinça possui modo de trabalho similar ao Jacobs, mas permite uma
força de fixação maior. Também é indicado para ferramentas de haste cilíndrica. A pinça é
uma peça única com um furo central no diâmetro da haste a ser fixada e com diversos cortes
longitudinais que lhe dão uma flexibilidade de fechar este furo em alguns décimos de
milímetro. Este mandril é composto de duas partes. A primeira, que é o mandril propriamente
dito, possui uma cavidade que receberá a pinça. Esta cavidade possui uma superfície cônica
de igual formato da pinça. A segunda parte é denominada de porca, e é rosqueada no mandril.
Durante o rosqueamento a porca força a pinça a entrar na cavidade do mandril, e devido à
forma cônica, obriga a pinça a se fechar e fixar a ferramenta.

Figura 53: Mandril Porta Pinça

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2.6. Métodos de Fresagem


Referem-se ao movimento relativo entre a peça e a ferramenta. Pode-se ter fresagem
discordante, concordante ou combinada.

2.6.1. Fresamento Concordante


O sentido de rotação da fresa é o mesmo do avanço da peça no ponto de contato. O
corte inicia-se com a espessura máxima do cavaco e a força de corte tende a apertar a peça
contra a mesa. É a forma menos indicada de fresamento.
A maioria das fresadoras trabalha com o avanço da mesa baseado em porca/parafuso,
que com o tempo e desgaste apresentam uma folga. No movimento concordante esta folga é
empurrada pelo esforço de corte. Desta forma a mesa pode executar movimentos irregulares
que poderão prejudicar o acabamento da peça e até mesmo quebrar os dentes da fresa.

Figura 54: Fresamento Concordante

2.6.2. Fresamento Discordante


Nesta situação o sentido de rotação da fresa é contrário ao sentido de avanço da peças,
no ponto de contato. Isto faz com que o corte do cavaco se inicie com a espessura mínima. A
força de corte tende a levantar a peça da mesa. Se a peça for longa e estiver presa pelas
extremidades poderá gerar vibrações indesejadas.
Este tipo de fresamento costuma desgastar um pouco mais a ferramenta. Como o corte
inicia-se com pouca espessura, o início do corte é difícil. Na realidade o gume de corte
começa encruando o material a ser cortado, até que sejam superadas as deformações elásticas
e realmente inicie-se o cisalhamento do material.

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Este encruamento eleva localmente a dureza, fazendo com que o desgaste seja um
pouco mais elevado. Neste método de fresamento não há influência da folga entre
porca/parafuso, fazendo com que o movimento da mesa seja mais uniforme, gerando melhor
acabamento.

Figura 55: Fresamento Discordante

2.6.3. Comparação entre os dois métodos


A maioria das fresadoras trabalha com o avanço da mesa baseado em uma porca e um
parafuso. Com o tempo e desgaste da máquina ocorre uma folga entre eles.

Figura 56: Avanço da Mesa

No movimento concordante, a folga é empurrada pelo dente da fresa no mesmo


sentido de deslocamento da mesa. Isto faz com que a mesa execute movimentos irregulares,
que prejudicam o acabamento da peça e podem até quebrar o dente da fresa.
Assim, nas fresadoras dotadas de sistema de avanço com porca e parafuso, é melhor
utilizar o movimento discordante. Para tanto, basta observa o sentido de giro da fresa e fazer a
peça avançar contra o dente da ferramenta.

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2.7. Tipos de Operações

2.7.1. Fresamento Cilíndrico Tangencial


Processo de fresamento destinado à obtenção de superfície plana paralela ao eixo de
rotação da ferramenta. Quando a superfície obtida não for plana ou o eixo de rotação da
ferramenta for inclinado em relação à superfície originada na peça, será considerado um
processo especial de fresamento tangencial.

Figura 57: Fresamento Tangencial

2.7.2. Fresamento Frontal


Processo de fresamento destinado à obtenção de superfície plana perpendicular ao eixo
de rotação da ferramenta.
Há casos em que os dois tipos básicos de fresamento comparecem simultaneamente,
podendo haver ou não predominância de um sobre o outro.

Figura 58: Fresamento Frontal

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2.7.3. Fresamento de Perfil


É um processo de fresamento utilizado para abrir canais, superfícies côncavas,
convexas e engrenagens em geral. Uma aplicação bastante difundida deste processo é o
fresamento onde é utilizada uma ferramenta angular e realizada uma usinagem trapezoidal
chamada “calda de andorinha”.

Figura 59: Fresamento de Perfil

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3. PLAINAS LIMADORAS
A plaina limadora é uma máquina ferramenta que consiste em realizar as operações de
aplainamento, rasgos, estrias, rebaixos e chanfros através do movimento retilíneo alternativo
da ferramenta sobre a superfície a ser usinada.
Normalmente utilizada para operações de desbaste, dependendo do tipo de peça que
está sendo usinada, pode ser necessária à utilização de outras máquinas-ferramentas para
realizar as operações de acabamento.
Pode-se destacar também que as operações realizadas na plaina limadora,
normalmente são feitas a seco, quando necessário é colocado emulsão na superfície da peça.

Figura 60: Plaina

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3.1. Movimentos
A plaina limadora apresenta três tipos de movimentos durante suas operações: O
movimento principal, o movimento de avanço e o movimento de ajuste.
O movimento principal é o movimento executado pela ferramenta, subdividido em
curso útil e curso em vazio. O cavaco é retirado da peça durante o curso útil e a ferramenta
volta para o início do curso sem retirar cavaco durante o curso em vazio. O movimento de
avanço é movimento realizado pela mesa, onde a peça está fixada, perpendicular ao
movimento principal. E o movimento de ajuste é um movimento vertical feito pela ferramenta
ou pela mesa e serve para regular a espessura do cavaco.

3.1.1. Componentes da plaina limadora


A base da máquina suporta a mesa, o cabeçote e os mecanismos de acionamento
principal e de avanço.

3.1.2. Cabeçote
O cabeçote da plaina limadora é o componente onde está localizada a porta ferramenta
que está sobre uma placa com charneira (duas peças com eixo comum em torno do qual uma
pelo menos é móvel). Isto significa que em uma operação qualquer, no curso útil a placa
articulada é comprimida pelo esforço de corte contra o suporte enquanto no curso em vazio, a
placa é levantada um pouco em função da sua articulação com charneira, assim, evitando
qualquer dano à ferramenta e à superfície que esta sendo usinada.
No cabeçote também esta localizada a espera do porta-ferramenta que é ajustável para
o aplainamento de superfícies inclinadas e com esta finalidade esta dotada de uma escala
graduada.
No cabeçote também esta localizada a espera do porta-ferramenta que é ajustável para
o aplainamento de superfícies inclinadas e com esta finalidade esta dotada de uma escala
graduada.

3.1.3. Acionamento principal


O acionamento principal é responsável por produzir o movimento retilíneo alternativo
do movimento principal. O movimento de rotação do motor é transformado para movimento
retilíneo alternativo através de um balancim oscilante com uma castanha deslizante.

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O motor imprime ao volante e a manivela, através de um mecanismo de engrenagens


em movimento de rotação uniforme, no volante esta localizada uma manivela onde se
encontra o pino da manivela, com uma porca que pode deslocar-se em direção ao centro por
meio de um fuso, este pino transporta a castanha deslizante. A castanha desliza na guia do
balancim, em função do movimento de rotação do volante, o balancim, que tem seu centro de
rotação na base a maquina oscila com o seu extremo livre para um lado e para outro
(movimento retilíneo alternativo), uma articulação transmite ao cabeçote este movimento
oscilante.

3.1.4. Acionamento do avanço


Comandado intermitentemente antes de cada curso útil, quando acionado
manualmente pode produzir superfícies imperfeitas, em função do avanço irregular. Porém
isto pode ser evitado por meio do avanço forçado regulado.

3.1.5. Velocidade de corte


Durante qualquer operação utilizando a plaina limadora, a velocidade de corte não é
constante devido ao mecanismo do acionamento principal. Sendo assim, deve-se trabalhar
com velocidades médias (comprimento do curso/tempo).
Na plaina limadora é a ferramenta que faz o curso do corte e a peça tem apenas
pequenos avanços transversais. Esse deslocamento é chamado de passo do avanço.
O curso máximo da plaina limadora fica em torno de 900 mm. Por esse motivo, ela só
pode ser usada para usinar peças de tamanho médio ou pequeno, como uma régua de ajuste.
Quanto às operações, a plaina limadora pode realizar estrias, rasgos, rebaixos,
chanfros, faceamento de topo em peças de grande comprimento. Isso é possível porque o
conjunto no qual está o porta-ferramenta pode girar e ser travado em qualquer ângulo.

3.1.6. Aplainar horizontalmente superfície plana e superfície paralela


Produz superfícies de referência que permitem obter faces perpendiculares e paralelas.

3.1.7. Aplainar superfície plana em ângulo


O ângulo é obtido pela ação de uma ferramenta submetida a dois movimentos: um
alternativo ou vaivém (de corte) e outro de avanço manual no cabeçote porta-ferramenta.

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3.1.8. Aplainar verticalmente superfície plana


Combina dois movimentos: um longitudinal (da ferramenta) e outro vertical (da
ferramenta ou da peça). Produz superfícies de referência e superfícies perpendiculares de
peças de grande comprimento como guias de mesas de máquinas.

3.1.9. Aplainar estrias


Produz sulcos, iguais equidistantes sobre uma superfície plana, por meio da penetração
de uma ferramenta de perfil adequado. As estrias podem ser paralelas ou cruzadas e estão
presentes em mordentes de morsas de bancada ou grampos de fixação.

3.1.10. Aplainar rasgos


Produz sulcos por meio de movimentos longitudinais (de corte) e verticais alternados
(de avanço da ferramenta) de uma ferramenta especial chamada de bedame.

3.2. Plainas Limadoras Hidráulicas


Os sistemas de acionamentos hidráulicos tiveram uma excelente aplicação nas plainas
limadoras, porque com o óleo a pressão se obtém as melhores condições de funcionamento
sejam na suavidade dos movimentos como na versatilidade. As plainas limadoras hidráulicas
têm o cabeçote, que se movimenta baixo o impulso de um êmbolo que se desloca dentro do
interior de um cilindro solidário à base da máquina.

3.2.1. Plaina Vertical


A principal diferenciação da plaina vertical das demais, fato que inclusive gera sua
denominação é a posição vertical do torpedo e a direção do movimento alternativo de vaivém
do carro porta-ferramenta. Este tipo de plaina é geralmente empregado na usinagem de
superfícies interiores e na confecção de rasgos, chavetas e cubos.

4. Furadeiras
Furadeiras são máquinas que têm como função principal executar furos nos mais
diversos tipos de materiais. Para tanto o motor da furadeira aplica uma alta velocidade de
rotação a uma ou várias brocas que serão responsáveis pela remoção de material desejada.
Para as diferentes condições de perfuração requeridas, foram criados diferentes modelos de

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furadeiras. Antes de se escolher a furadeira ideal para o trabalho a ser realizado


devem ser avaliados os seguintes aspectos:

 Forma da peça;
 Dimensões da peça;
 Número de furos a serem abertos;
 Quantidade de peças a serem produzidas;
 Diversidade no diâmetro dos furos de uma mesma peça;
 Grau de precisão requerido.

4.1. Classificação das Furadeiras


4.1.1. Furadeiras Portáteis

A força de avanço vem do operador que força a furadeira contra o material, enquanto a
rotação vem de um motor da própria furadeira. As furadeiras caseiras classificam-se como
portáteis.
É utilizada comumente em peças já montadas onde a posição do local a ser perfurado
impede a utilização de furadeiras mais precisas.

4.1.2. Furadeiras Sensitivas


Utilizada para pequenas perfurações. O avanço do mandril se dá por meio de uma
alavanca que o operador faz avançar aos poucos, assim sentindo o avanço da broca dentro do
material. Por isso leva o nome sensitiva.

Figura 61: Furadeira Sensitiva

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4.1.3. Furadeiras de Coluna

As furadeiras de coluna se caracterizam por apresentarem uma coluna de união entre a


base e o cabeçote. Esse arranjo possibilita a furação de elementos com as formas mais
diversificadas, singularmente e em série.

Figura 62: Furadeira de coluna

4.1.4. Furadeiras de Árvores Múltiplas

Úteis para trabalhos em peças que têm que passar por uma série de operações, como
furar, contra puncionar, mandrilar, alargar furos e rebaixar cônica e cilindricamente.

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Figura 63: Furadeira de Árvores Múltiplas

4.1.5. Furadeiras Radiais


O sistema de cabeçote móvel elimina a necessidade de reposicionamento da peça
quando se deseja executar vários furos. Pode-se levar o cabeçote a qualquer ponto da bancada,
diminuindo o tempo de produção. Recomendada para peças de grandes dimensões, a serem
furadas em pontos afastados da periferia.

Figura 64: Furadeira radial

4.1.6. Furadeiras Múltiplas de Cabeçote Único


Originaram-se da aplicação de cabeçotes de vários mandris a furadeiras de coluna. São
mais úteis em peças a serem produzidas em série com necessidade de furação de muitos
pontos em um ou vários planos.

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Figura 65: Furadeira múltipla de cabeçote único

4.1.7. Furadeiras Múltiplas de Múltiplos Cabeçotes

Nessas furadeiras mais de um cabeçote atacam a peça a ser perfurada, eliminando a

necessidade de reposicionar e virar a peça a cada vez que o plano de perfuração for alterado.

São utilizadas para economizar tempo, uma vez que o tempo total de perfuração fica

condicionado ao furo mais profundo.

4.1.8. Furadeiras de Comando Numérico


Operam de acordo com um programa, possibilitando maior precisão e velocidade.
4.1.9. Furadeiras de Bancada
São máquinas de pequenas dimensões onde o avanço da broca é feito manualmente. O
seu motor tem capacidade geralmente em torno de 0,5 CV.

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Figura 66: Furadeira de bancada

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
CORRÊA, Camila Ricardo et al. PROCESSO DE AUTOMATIZAÇÃO DE UMA FRESADORA: UM
ESTUDO DE MELHORIA CONTÍNUA BASEADO NA METODOLOGIA DO CICLO PDCA . 2013.
A, A. Apostila processos de Usinagem 2005 . Disponível em:
<http://files.mecanicabasica.webnode.com.br/200000075-
664616b669/apostila%20processos%20de%20usinagem%202005.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2018.
TORNO Mecânico: Usinagem. 2008. 56 f. Pesquisa (Engenharia Mecânica) - Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul - PUCRS, Porto Alegre, 2008. Disponível em:
<https://pt.scribd.com/document/78067247/fernanda-torno>. Acesso em: 16 abr. 2018.
PEREIRA, Alexandre. Torno Mecânico. 2008. 18 p. Máquinas Industriais (Engenharia de Produção Industrial)-
Instituto Superior D'Dinis, [S.l.], 2008. Disponível em:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfOtAAE/torno-mecanico-ppt#>. Acesso em: 28 abr. 2018.
Nova Mecânica Industrial – Torneiro Mecânico; vol.5, Edições Fortaleza
Telecurso 2000 Profissionalizante – Mecânica: Processos de Fabricação; vol. 2, Editora Globo
Instrutor: Ari Monteiro Marques Junior – 1999
TORNO Mecânico. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/39787072/TORNO-MECANICO>. Acesso em:
16 abr. 2018.

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