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GRÉCIA

A arquitetura na Grécia antiga pode ser dividida de acordo com quatro períodos, sendo eles o
Primitivo (1800 a 1500 a.C.), o Arcaico (700 a 530 a.C.), o Clássico (530 a 353 a.C.) e o Helenístico (353
a.C. a 30 d.C.). Dentre tais períodos temos o clássico como o mais representativo e é de importância
destacar, também que entre 1500 a 700 a.C. não houve registros arquitetônicos.
Ao falar do período primitivo, de legado reduzido, voltamos a origem da civilização grega com os
minoicos e micênicos. A civilização minoica está relacionada a um contexto insular, a ilha de Creta, e sua
arquitetura é marcada pelo palácio de Knossos – construção similar a um labirinto devido sua
espacialização complicada- e pela coluna egeia – elemento formado por um fuste de secção circular, que
aumenta de diâmetro à medida que a coluna crescia, e por um capitel, também circular- que foi
fundamental para a formação do princípio estrutural básico que norteou a arquitetura grega, o trilito –
formado por duas colunas e um dintel. Em relação a civilização micênica, ligada a parte continental da
Grécia, a mesma dominou os cretenses e assimilou à sua cultura a dos dominados, e como marco
arquitetônico vamos ter a entrada de Mecenas (cidade fortificada) conhecida como porta dos leões –
formada pelo trilito onde sob o mesmo havia duas esculturas de leões, simbolizando o poder, e entre as
esculturas havia uma coluna egeia, simbolizando a dominação sobre os minoicos – que representou uma
inovação para a época por contar com uma estrutura denominada arco de avanço, teremos também os
muros ciclópicos – grandes blocos de pedras irregulares que se encaixavam perfeitamente, formando uma
muralha de proteção para Mecenas – e, por fim, os túmulos tholos – estruturas circulares em que seu
interior possuía um formato de colmeia.
Durante o período arcaico deu-se ênfase apenas à consolidação das cidades e a contribuição com
esculturas. Já ao falar do período clássico, contamos com um grande legado arquitetônico, que tem como
maior símbolo o templo. O templo grego era divido em embasamento – subdividido em estilóbato, onde a
coluna está assentada, e estereóbato, ligado diretamente ao solo -, coluna, continha fuste e capitel,
podendo ou não ter base e entablamento – subdivido em cornija, friso, formado por tríglifos e métopas, e
arquitrave -, e podia ser classificado de acordo com as seguintes ordens: Dórica – ordem robusta e
masculina, não possua base apoiando o fuste, o capitel dividia-se em ábaco, peça quadrada, e abaixo o
équino, espécie de anel, e a coluna tinha a altura de quatro a seis vezes o diâmetro do fuste na base, por
fim temos como exemplo o Paternon/Acrópole de Atenas, templo da Concórdia/Sicília e templo de
Poseidon/Paestum; Jônico – ordem esbelta e feminina, possuía base em formato de anel apoiando o fuste,
o capitel era formado pelo ábaco, peça trapezoidal, por volutas jônicas e colarinho, e a altura da coluna
variava entre seis a oito vezes o diâmetro do fuste na base. Temos como exemplo o Templo de Atena Niké
e Erecteión/ Acrópole de Atenas e o Templo de Artemis/ Turquia; Coríntio – Sua diferença em relação as
demais colunas está relacionada ao seu capitel em formato de cesto e bem ornamentado com volutas e
folhagens, além disso sua coluna possui uma altura de oito a nove vezes o diâmetro do fuste na base,
como exemplos temos o Templo de Zeus Olímpico/Atenas e o Templo de Zeus/Olímpia. Além da
Classificação de acordo coma s ordens, podemos classificar o templo grego considerando a quantidade de
colunas – Distilo, duas colunas, Tetrastilo, quatro colunas, Períptero, Todo circundado por colunas,
Anfiprostilo, sem colunas, etc. – e outro fato a ser destacado é a sua composição, formado pelo pronaus,
área que antecede o nãos, que por sua vez é onde se encontrava a estátua da divindade, e oposto ao
pronaus havia o opistódomo, espaço destinado a guardar doações.
Outros símbolos arquitetônicos que marcaram o período clássico foram o Teatro – espaço ao ar
livre destinado à apresentação de tragédias, eram construções de formato semicircular, criadas em
encostas para facilitar o escalonamento das arquibancadas, possuía ainda diazometa, orquestra e cena, e
como exemplo temos o Teatro de Epidauro/Epidauro, Teatro de Segesta/Antiga Magna Grécia e o Teatro
de Pergamo/Turquia –, o Odeon – espaço destinado a apresentações musicais que continha a mesma,
porém menor, morfologia que o teatro, de exemplo tem-se o Odeon de Ártiri/Encosta da Acrópole
Ateniense e Odeon de Rhodes/Encosta da Acrópole de Rhodes –, o estádio – destinado a competições
desportivas possuía apenas arena e arquibancada, pode ser considerado um prolongamento do teatro
visto que suas arquibancadas atingem o comprimento de 200m a 250m, como exemplo temos o Estádio
de Delfos/Delfos, Estádio de Rhodes/Rhodes e o Estádio de Olímpia/Olímpia –, o ginásio – construção
retangular períptera destinada a prática de exercícios físicos, era formado por um pátio central retangular,
também períptero, em sua volta havia uma galeria na sua lateral, encontrava-se o vestiário, de exemplo
temos o Ginásio de Éfeso/Turquia e Ginásio de Olímpia/Grécia – e a Casa grega – de formato retangular,
possuía diversos cômodos em volta de um pátio central períptero e descoberto, que fornecia ventilação e
iluminação, ocupando toda a parte posterior havia o Megaton, espaço destinado à família.
Falando da questão urbanística, a cidade grega divide-se em acrópole, parte alta e de função
religiosa, e Ágora, parte baixa e plana, definida a partir de uma praça central e que tinha função comercial;
civil e administrativa, como exemplo temos Atenas, Coríntio e Lindos/Ilha de Rhodes
Por Fim chegamos ao último período, o helenístico, marcado por uma arquitetura não uniformizada
proveniente do processo de aculturação que atinge a Grécia.
ROMA
Os Romanos são conhecidos como exímios engenheiros por cota de suas grandiosas construções
que se refletiram numa arquitetura monumental, mostrando com isso seu poderio sob as demais
civilizações. Como elemento estrutural básico que fundamentou essa arquitetura temos o arco romano,
que garantia maior estabilidade, a abóbada de berço, que era um prolongamento do arco, e a cúpula, que
seria uma rotação 360° do arco. E para a construção desses elementos contávamos com o processo de
cimbramento, confecção dos arcos através de uma estrutura de suporte provisória de madeira, e de
concreção, utilização do concreto “primitivo”. Já em relação aos materiais usados, utilizavam a madeira, a
pedra e o tijolo, sendo este último o mais recorrente.
Ao falar das construções romanas contamos com um vasto acervo, entre eles o teatro romano, de
formato semicircular e totalmente fechado, essa estrutura independia do terreno já que as abóbadas
percorreriam o semicírculo permitindo suporte para a construção de arquibancadas. Além das
arquibancadas era composto por diacometas, orquestra, proscênio e cena, e como exemplos temos o
teatro de Aspendos, de Tremesso e de Éfeso na Turquia.
O anfiteatro, espaço destinado a grandes espetáculos, que tinha formato circular ou elíptico como
se fosse um rebatimento do teatro, sendo composto por arquibancada e arena, são exemplos o
Coliseu/Roma, o anfiteatro de verona/Itália e a anfiteatro de Tarragona/Espanha.
O circo, espaço destinado a corrida de carros composto por arquibancada, arena e, no centro da
arena, a espinha, podendo ser considerado um prolongamento do teatro, visto que suas arquibancadas
alongam-se atingindo o comprimento de cerca de 500 metros, como exemplo tem-se o Circo
Máximo/Roma, as Ruínas do Hipódromo de Bizancio/Turquia, e o espaço atual Piazza Navona/Roma.
O templo para se destacar das outras edificações era assentado sob o Podium, uma estrutura de 3
metros de altura ou mais, era composto por nártex e cela, podendo assumir formato retangular, como o
Maison Carée/França, e o templo de Fortuna Virilio/Roma, ou o circular, Templo de Pesta e o Panteão em
Roma.
Em relação ás Ordens temos a Toscana, Jônica, Coríntia e Composita, sendo as duas últimas as
mais utilizadas.
A Basílica, espaço destinado à administração que mais tarde passou a ter função religiosa possuía
uma grande estrutura composta por uma nave central, duas laterais e dois absides, como exemplo temos
a Basílica de Haxêncio/Roma, Basílica e Constantino/Alemanha e a Basílica Vermelha/Turquia.
As termas, espaços destinados ao culto físico, podendo assumir formato com uma piscina central e
ao longo do seu perímetro haviam cômodos destinados a massagens e banhos, tendo espaço, ainda, para
bibliotecas, como exemplo temos a Terma de Caracala/Roma, Termas de Bathh/Inglaterra e Termas de
Treves/Alemanha.
Os Arcos Triunfais, construções comemorativas ás conquistas do império, não tinham função
prática apenas simbólica, são exemplos o arco de Constantino, o de Sétimo Severo e o de Tito, todos
localizados no Fórum Romano.
Os mausoléus, construções destinadas ao sepultamento de ilustres como exemplos tempos o
mausoléu de Augusto e de Cecília Metela, na Via Ápia e o Castelo de Adriano/Roma.
A coluna Comemorativa, destinada a comemoração de vitórias imperiais, temos a coluna de
Trajano/Roma como exemplo, a mesma tem cerca de 47m de altura onde a história do imperador Trajano
é contada através de imagens.
E por fim temos as Habitações, dividindo-se em Domus, de influência grega, possuía planta
simétrica com um espaço central, Atrum, e acima desse espaço havia uma abertura retangular no teto
destinada a iluminação e ventilação da casa, assim como a coleta de água pelo Impluvium, em volta do
Atrum havia vários cômodos, entre eles o Tablinum, sala de convívio, que ocupava parte posterior, além
dessa sala chegava-se a outro espaço com mais cômodos, como o Volutarium e o Vridinium, e havia o
Peristilum, pátio descoberto de formato retangular e períptero. E Insule, edificações residenciais
comunitárias localizadas na periferia da cidade e de situação insalubre, sendo ocupados por escravos e os
de baixa renda.
Em relação ao urbanismo em Roma vamos ver cidades fortificadas que desenvolviam-se em torno
de uma praça pública, o Fórum – função cívica, religiosa e comercial - e a sua volta eram construídos
edifícios públicos e galerias. Normalmente, essas cidades possuíam quatro entradas estratégicas nos
eixos norte/sul e leste/oeste marcadas por portas que tinha sua monumentalidade variada de acordo com
a importância da própria cidade. São exemplos a Porta Negra/Alemanha e a porta Ápia e a de
Fenestrina/Roma. Para a questão relacionada ao abastecimento de água foram criados aquedutos,
estruturas feitas de pedra e formada por arcos para transporte de água – são exemplos o aqueduto de
Segóvia e de Tarragona, ambos na Espanha – e para questão ligada a expansão romana contamos com o
desenvolvimento e aprimoramento das estradas, feitas de pedra e bem resistentes, formavam vias de
comunicação vitais para o império, e como exemplo temos a Via Ápia.
BIZANTINO
Ao mesmo tempo em que inicia-se uma crise no Império Romano, Bizâncio começa a crescer e
acaba sendo consagrada como capital do império devido seu potencial geográfico, passando a ser
chamada de Constantinopla.
Ao falar da arquitetura, temos como características o fado de ser cristã, rústica de material aparente
e apresentar uma simplicidade externa e sinuosidade nos interiores, e como princípio estrutural que a
norteou e, consequentemente, foi sua maior contribuição, tem-se a cúpula sob pendentes, que consiste
numa concordância entre cúpula e cubo através de quatro triângulos esféricos pendentes. Como
elementos decorativos contamos com os Mosaicos – uso recorrente do azul simbolizando céu, e amarelo,
simbolizando luz -, o Pulvinar ou imposta – peça colocada sobre o capitel por onde se iniciava a curvatura
dos arcos – e o capitel Teodosiano – muito trabalhado, “rendilhado”; Já como os matérias, há o uso da
madeira, tijolo e pedra.
Em relação as tipologias arquitetônicas que marcaram a arquitetura bizantina tem-se os Mausoléus
– estruturas destinadas ao sepultamento cristão, podendo assumir forma circular, no caso do mausoléu de
Teodorico, Ravena, ou de cruz grega como o mausoléu de Gala Plácida, Ravena –, Os batistérios –
espaços destinados ao batismo; tendo planta circular coberta com cúpula, são exemplos o batistério dos
ortodoxos e o Neoniano, ambos em Ravena –, e a Igreja, que eram espaços destinados ao culto cristão e
podiam assumir três tipos de planta: Basilical, com exemplo em S. Apolinário/Ravena; Central, dividindo-se
ainda de acordo com o formato da planta onde a cúpula estaria assentada, podendo ser central circular –
S. Jorge/Salônica; central octogonal – S. Vital/Ravena; ou central quadrada – Santa Sofia/Constantinopla;
Cruz Grega com exemplo em S. Marcos/Veneza. Outro fato relacionado à igreja eram as torres sineiras,
elemento anexo a construção, depois passa a ser incorporado à planta da igreja que tinha a função de
alertar o início de cerimônias religiosas e sinalizar a presença dessa tipologia.
Para finalizar, uma constatação interessante dessa arquitetura é que o uso da cúpula sob pendente
causava problemas estruturais, devido à sobrecarga de esforço, e, para soluciona-los anexavam absidais
à construção com o intuito de que houvesse maior estabilidade.

MUÇULMANO
A arquitetura muçulmana nasce a partir do século VII quando Maomé funda a religião islâmica,
consequentemente, esta arquitetura passa a ser fundamentada e influenciada pela religião.
Entre as principais tipologias religiosas, tem-se as mesquitas, espaços destinados à oração e
prostração, sendo compostas essencialmente pelo Haram – sala de oração – Quibla – parede sagrada
voltada para meca – e Mihrab – nicho sagrado também voltado para meca –, outros componentes que
podiam aparecer eram o Mimbar – pequeno espaço elevado destinado a uma espécie de discurso
localizado no Haram –, o pátio de abluções – antecedia o Haram e é formado por uma fonte onde seria
realizada a purificação espiritual –, e o Iwan – grande protão abobadado que dava acesso à mesquita. O
desenvolvimento das mesquitas se deu de forma diferente, variando de acordo com a influência que
recebeu, no caso, as influencias bizantinas possuíam planta basilical como a mesquita de
Córdoba/Espanha; as de influência persa possuíam planta em formato de cruz grega como a Mesquita do
Sultão Hassan/Egito; e a de influência turca possuíam planta retangular com cúpula central como a
mesquita azul/Istambul.
Outras tipologias religiosas principais são os minaretes – torres destinadas a convocação dos fiéis,
tendo planta circula ou quadrada, são exemplos os minaretes de Routobia/Marrocos, La Giralda/Espanha
e minarete de Ismael/Marrocos –, as madrassas – salas de planta quadrada ou retangular destinadas ao
estudo do alcorão, podendo ou não estar acoplada à mesquita, são exemplos a madrassa de
Ismael/Marrocos e A Madrassa do Sultão Hassan/Cairo –, os mausoléus – espaços de planta central
destinados tanto ao sepultamento de sultões, sheiks, etc. quanto à oração, já que possuía quibla e mihrab,
são exemplos o mausoléu verde/Turquia e o Taj Mahal/Índia –, e, por fim, os conventos fortificados –
espaços religiosos e de defesa, possuíam planta quadrada e se localizavam em pontos estratégicos, é
exemplo o Mohamed Ali/Cairo.
Já ao falar das edificações civis, temos o Palácio – complexo arquitetônico residencial dos chefes
de estado, tendo tanto parte pública e administrativa, o mexuar, quanto a parte privada, o hárem, é
exemplo o Palácio de Alhambra/Espanha – e os caravançarais - construções com função semelhantes a
dos hotéis, localizadas em regiões estratégicas, é exemplo o caravançarai Sultanhani/ Arsaray
Em relação aos elementos decorativos e construtivos que constituem a arquitetura muçulmana
temos os arcos em grande variedade – que eram de ferradura, trilobado, polilobado, lanceado ou
rebaixado – e cúpulas bulbosas, as Muqarnas – alvéolos destinados a concordância de planos verticais –,
A grafia decorativa e os arabescos vegetais, os azulejos – cerâmicas porcelanizadas para o revestimento
de parede –, os muxarabis – telas treliçadas que tinha a função de isolar ambientes internos – e os jardins
e fontes – bastante recorrentes por motivos religiosos, remetendo a promessa do paraíso, e utilitários,
visto que esses elementos ajudavam a amenizar o calor.
ROMÂNICO
A arquitetura românica é uma arquitetura cristã que se espalhou perla Europa entre os séculos X e
XI, e que foi inspirada pela crença que o mundo chegaria ao fim na primeira virada do milênio, o que
proporcionou o aumento na produção de edificações religiosas. Recebeu esse nome pelo uso do principal
elemento da arquitetura romana, o arco pleno, e tinha como característica principal a rusticidade e
sobriedade tanto no interior quanto no exterior, sendo utilizado nas construções pedras, madeira e tijolos.
Outro fator importante relacionado a essa arquitetura são as peregrinações – com principal destino a
Santiago de Compostela –, rituais muito comuns na idade média, que geravam oportunidade e a
necessidade de construções de igrejas, conventos, mosteiros em lugares estratégicos ao longo das rotas
de peregrinação, que chegavam a durar semanas.
Em relação as tipologias religiosas tem-se a igreja, o batistério e o campanário – que juntos formam
um conjunto arquitetônico que tem como exemplo o Complexo de Pisa, Itália - além do mosteiro. As
igrejas foram as edificações de maior produção e, normalmente, apresentavam planta em cruz latina,
formada por nave central, naves laterais, transepto cruzeiro e abside – com exemplo na igreja de S.
Sernin, Tolouse - e podiam apresentar também planta circular – exemplo da Round Church, Cambridge. O
batistério, onde se realizavam os batismos, podiam estar acoplados a igreja no nártex ou poderiam ser
independentes, tendo planta circular ou octogonal – como exemplo desta última, tem-se o batistério de S.
João, Itália. Por fim, há os mosteiros, apresentavam uma complexa estrutura formada pelo claustro e por
diversas alas, como exemplo o Mosteiro de São Domingo, Espanha.
Ao falar de tipologias civis teremos castelos, pallozas e as casas-torre, que recebe destaque sobre
os demais. As casas-torre eram moradias dos nobres, apresentavam características defensivas, planta
central e eram construídas de tijolo ou pedra, como exemplo tem-se a torre Garisendi, Bolonha.
Para finalizar, essa arquitetura possui alguns elementos morfológicos, plásticos e decorativos de
destaque, como a abóbada de arestas – elemento estrutural básico que consistia na interseção do
cruzamento de duas abóbadas de berço; arco pleno; rosácea – elemento decorativo esculpido em pedra
que era encontrado na fachada das igrejas e é definido como uma grande abertura circular destinada à
iluminação; clerestório contido, pequenas aberturas nas laterais das igrejas destinadas, também, a
iluminação; contrafortes, elementos estruturais adossado ás laterais das igrejas para auxiliar no suporte do
peso lateral das paredes; colunas justapostas e capiteis historiados; e portada, dava acesso a nave central
e era formada por pedestal, dintel, tímpano e arquivoltas.
GÓTICO
Conhecida também como arte das catedrais ou obra francesa, a arquitetura gótica nasceu na
França – a partir da ampliação do coro da abadia de Saint-Denis – e se expandiu pela Europa, perdurando
do século XII ao XIX. Essa arte surgiu num período de transformações sociais – nascia a burguesia e as
cidades – provindos da crise do sistema feudal, nesse clima de transformações, a influência do clero
somado a filosofia escolástica inspiraram a construção de magnificências edificações, as catedrais,
símbolo maior da arquitetura gótica, que se tornaram o reflexo da gloria de deus e do poder do rei, da
igreja, da burguesia e da própria cidade. Em relação ao termo gótico, o mesmo foi utilizado pelos
renascentistas de forma pejorativa, já que viam com maus olhos toda a arte que havia sido produzida na
idade média.
Como características gerais dessa arquitetura amos ter plantas baixas em formato de cruz latina,
enfático verticalismo, desmaterialização das paredes, uso de vitrais e um complexo sistema estrutural,
sendo esta sistema formado pelos seguintes elementos: arco ogival – arco pontiagudo que funcionava
como um auto escoramento; abobada de arestas ogivais – resultado do cruzamento de duas abóbadas
ogivais que podia assumir formato de tramo retangular ou quadrado; arcobotantes e contrafortes -
estruturas instaladas aos pares nas laterais das igrejas que tinham função de descarregar o peso exercido
pelas paredes. Come esses elementos utilizados em conjunto, o sistema estrutural gótico garantia maior
estabilidade parar as edificações, visto que ocorria do peso de todos os elementos arquitetônicos serem
descarregados do interior parar o exterior. Outro elementos que irão fazer parte dessa arquitetura é o
clerestório – aberturas laterais das igrejas destinadas a iluminação; trifório – galeria estreita localizada na
lateral das igrejas destinadas a manutenção da mesma; rosácea – elemento decorativo descrito como uma
grande abertura circular preenchida por vidro presenta nas fachadas das igrejas; pináculos – elementos
decorativos que buscavam acentuar o vericalismo; gárgulas e quimeras – com a última tendo função de
escoar água pluvial e ambas possuíam formato de figuras grotescas ou animalescas; colunelos –
considerados uma continuação das nervuras das abóbadas, eram adossados ás colunas; arcadas –
segmento de arcos que geralmente dividia a nave principal das laterais dando maior fluidez ao espaço; e
os portais – marcando bem a entrada das igrejas, os portais eram sempre decorados com arquivoltas,
tímpano e esculturas.
Por fim, é importante ressaltar que a arte gótica se dividiu em três fases: gótico primitivo,
apresentava reminiscências românicas – S. Francisco/Assis; Notre Dame/Paris; Catembury/Inglaterra;
Gótico clássico, fase onde há a plenitude dos elementos góticos – Notre Dame/Amiens, Notre
Dame/Chartres, Strasbourg/França; Gótico tardio, marcado por assumir características próprias de acordo
com cada local. Nessa última fase a Inglaterra adota o gótico perpendicular – possui uma altura
exacerbada, igreja salão(nave única), e como exemplo tem-se a Capela King’s College; a Alemanha adota
o estilo enxaiemel – há uma profusão de elementos no exterior e acentua-se a verticalidade, igreja salão
por possuir nave principal e laterais de mesma altura, é exemplo a Catedral de Colônia; Em Portugal
encontramos o gótico manuelino – mosteiro de batalha; na Itália encontra-se uma resistência ao gótico,
esse estilo tem vida curta no país e é marcado pela originalidade e individualidade – e exemplo a Catedral
de Milão; Na Espanha adota-se o gótico Mudéjar – possui influencia islâmica e, como exemplo, tem-se a
catedral de Segóvia; por fim, na França, o gótico tardio recebeu nome de flamejante – uso de elementos
decorativos que lembravam à labaredas, é exemplo a Saint Chapelle.
RENASCIMENTO
A arquitetura renascentista se difundiu na Europa, com origem em Florença, na Itália, a partir da
metade do século XIX, Os fatores que concorreram para sua produção estão interligados a uma revolução
do pensamento, com o surgimento do humanismo, e também a ascensão da cidade, ao mecenato e ao
achado de 10 livros de Vitruvius – catálogo da arte clássica –, gato esse que contribuiu bastante para que
o movimento artístico renascentista remontasse os ideais clássicos.
Essa arquitetura vai se dividir em dois períodos, quattrocento e cinquecento, e como marcos
introdutórios vamos ter a “porta do paraíso” do batistério S. Giovanni, Florença, por Lorenzo Ghibert e a
cúpula ogival da catedral de S. Maria Dei Fiori, Florença, por Fillipo Bruneleschi. O período quattrocento se
dá, predominantemente, em Florença – centro cultura, artístico e intelectual da Europa – e os artistas que
se destacaram, assim como suas contribuições foram: Bruneleschi – Capela Pazzi, Igreja de S. Spirito e
Palácio Pitti, Todos em Florença; Michelozzo – Palácio Médici-Ricardi, Florença. Introduz a tipologia do
Palácio florentino, estilo arquitetônico que tem como características o recuo zero, ocupação de toda a
quadra, três pavimentos divididos em serviço, área social e cocção, pátio central no interior, marcação
horizontal e tratamento diferenciado da pedra de acordo com o pavimento; Alberti – Igreja de S. Francisco,
Rimini; Projeta o palácio Rucelai, teórico renascentista com o catálogo renascentista.
Já na fase do cinquecento, conhecido também como renascimento pleno, observa-se o
deslocamento do principal centro cultural renascentista de Florença para Roma, e como destaque e artista
e obras desse período, temos: Bramante – S. Pietro in Montorio, Roma e S. Maria Delle Grazie, Milão;
Michelangelo – Palácio Campidoglio e Palácio Farnese, Roma, e a cúpula da Catedral de S. Pedro,
Cidade do Vaticano; Palladio – Villa Carpa, Vicenza e Igreja do Redentor, Veneza.
Em relação ao traçado das cidades renascentistas, buscava-se, para as mesmas, seguir um ideal
de ordem e disciplina geométrica, porém a falta de recursos financeiros fez com que o urbanismo dessa
época desenvolvesse mais no campo teórico do que prático. Apesar disso, tem-se exemplo de cidade
renascentista ideal, a cidade de Palha nova, que retrata bem os ideais buscados pelos renascentistas
Por fim, é notório que o movimento renascentista teve maior ênfase na Itália, porém nos demais
países europeus vemos uma influência desse movimento numa mescla de gótico com renascimento. Os
primeiros, e mais marcantes elementos renascentistas introduzidos fora da Itália foram os de motivos
ornamentais, sendo assim, essa arquitetura fora da Itália resume-se em sua maioria, à aplicação de
ornamentos e detalhes sobre o que já se tinha construído no estilo gótico.

BARROCO
O barroco surge numa época de entrave entre protestantes – contrários ao poder da igreja criam o
movimento de reforma protestante – e a igreja católica – surge com o movimento de contrarreforma
justamente para se opor a reforma –, em que essa arquitetura é utilizada pela própria igreja como forma de
reafirmar a fé católica e atrair fiéis a partir da utilização de ouro nas edificações religiosas.
Como características gerais do barroco, veremos a confirmação do maneirismo, o rompimento total
com os padrões do classicismo e a mistura de pintura e escultura com a arquitetura. Em relação aos
marcos introdutórios teremos o baldaquino de São Pedro, Vaticano por Bernini e a Igreja Il Gesú, Roma
por Vignola e Giacomo Della Porta. Já falando dos principais artistas e suas obras, contaremos com dois
rivais, de um lado Bernini com suas obras como a colunata de São Pedro no Vaticano e S. Andrea Al
Quirinale, e do outro Borromini com o Oratório Rei Fillipini e a igreja de S. Agnese, ambas em Roma.
Por fim observa-se como tipologias marcantes dessa arquitetura as igrejas, como esperado,
representando a casa de deus, e os palácios – como o de Versalhes –, que por sua vez, representavam a
casa dos monarcas numa fase em que predominava o absolutismo. Já enquanto elementos plásticos,
veremos a presença de colunas torsas, ou salomônicas, volutas, frontões rompidos, jogo de pilastras,
fachadas curvas e a criação de volumes côncavos e convexos

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