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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA

CATARINA
ENGENHARIA ELETRÔNICA – Campus Florianópolis
Engenharia e Sustentabilidade – Prof. Joel Lacerda
Aluna: Rhaíza Pereira Siqueira

INSUSTENTABILIDADE DE EMBALAGENS E PRODUTOS

Basicamente tudo que chega até o consumidor hoje em dia é envolto em algum tipo
de material, que são as embalagens. No mundo consumista em que vivemos, o acúmulo das
embalagens dos produtos duráveis já consumidos, ou mesmo dos chamados descartáveis, segue
ritmo crescente ao longo dos anos, o que contribui notavelmente para uma quantidade
assustadora de lixo. E ainda, pelo fato da sociedade não atentar para uma postura sustentável e
consciente quanto ao descarte correto dos seus restos, perde-se em muitos casos a oportunidade
de reutilizar os materiais através da reciclagem.

. “Embalagem é um recipiente ou envoltura que armazena produtos


temporariamente, individualmente ou agrupando unidades, tendo como principal função
protegê-lo e estender o seu prazo de vida (shelf life), viabilizando sua distribuição, identificação
e consumo.” (ABRE – Associação Brasileira de Embalagem). Diante do crescimento
populacional acelerado no mundo, embalar produtos tornou-se uma saída para haver o
aproveitamento dos alimentos e produtos consumidos, reduzindo o desperdício global.

Porém, como afirmou Philip Kotler (2000), “o desenvolvimento de embalagens


eficazes pode custar muitas centenas de milhares de dólares e leva meses para ser completado.
As empresas devem prestar atenção às crescentes preocupações ambientais e de segurança em
relação a embalagens”, o problema é que a questão ambiental não é analisada a fundo.

Proteção, aumento de vida útil, saúde, segurança, economia, redução do desperdício


e bem estar são os principais pilares da embalagem, mas aliado a esses benefícios vem o custo
de produção em relação aos recursos naturais envolvidos na sua fabricação e principalmente o
destino que costumam ter. Apesar das indústrias de embalagens apresentarem políticas
relacionadas a sustentabilidade, o consumo exacerbado que a sociedade apresenta, junto com o
descarte incorreto e despreocupado, torna o ciclo insustentável.

O alumínio, por exemplo, pode perfeitamente acondicionar, em contato direto,


qualquer produto para consumo humano, sem causar danos ao organismo e é muito utilizado
por possibilitar uma perfeita conservação de alimentos perecíveis. Bebidas, medicamentos,
produtos de higiene e até rações para animais utilizam com frequência embalagens feitas
totalmente de alumínio ou em composição com outros materiais. O problema é que a produção
deste elemento exige o consumo de uma elevada quantidade de energia elétrica.

A indústria do alumínio é responsável por 6,4% do total de energia elétrica


consumida no país, incluindo a proveniente de autogeração. Tamanho consumo de energia gera
diversos impactos ambientais, pois parte dessa autogeração provém dos recursos hídricos,
carvão e gás. Sendo que a energia gerada a partir de carvão e gás contribui para a emissão de
poluentes e gases do efeito estufa na atmosfera. As hidrelétricas também apresentam alguns
problemas, mesmo sendo uma matriz energética limpa, afetam em aspectos diferentes o meio
ambiente.

De acordo com Siderval Matucci (2013), o alumínio é o terceiro elemento mais


abundante na crosta terrestre e também o metal mais jovem, produzido em escala comercial há
aproximadamente 150 anos. Sua produção supera a soma de todos os outros metais não ferrosos.
Tamanha escala de produção e impactos exige um estudo especial quanto a ACV (Análise do
Ciclo de Vida) do bem produzido.

Um outro exemplo de material muito usado para armazenamento é o plástico. Foi


criado há muitos anos e pode ser fabricado a partir da nafta, matéria-prima do petróleo, e a partir
do gás natural. O plástico pode ser considerado um dos materiais mais importantes desta
geração. Está presente nas escolas, nas refeições, viagens, medicina e várias outras aplicações.
Ele foi um grande contribuinte para melhorar a qualidade de vida do homem na últimas décadas.

A sua larga utilização se deve ao fato de ser um material leve, ter grande
flexibilidade, ser relativamente barato e muito durável. Por ser fácil de ser moldado, a indústria
gasta menos energia para fabricar produtos a partir do plástico. Mas não pode se deixar encantar
pelas facilidades e benefícios de um produto e acabar consumindo desordeiramente.
É preciso ter a consciência de que a produção e o consumo de produtos e serviços
sempre causam impactos positivos e negativos. Antes de consumir, o indivíduo deve refletir se
o que está em jogo é apenas satisfação pessoal, ou se o que se tem é um pensamento sustentável,
relacionado à saúde das plantas e disponibilidade dos recursos naturais. Mais uma vez o grande
problema, além da utilização dos recursos não-renováveis como matéria-prima, fica por conta
do descarte de resíduos indevidamente. Grande parte das latas de alumínio seguem para lixões,
se perdem pelo caminho, quando poderiam estar em tratamento para reutilização. Sacola de
supermercados são mais um exemplo de uso desordenado dos recursos. São milhares de
unidades espalhadas por toda a Terra, ela traz muitos problemas ao meio ambiente, dentre eles:
aumento da quantidade de lixo, obstrução de esgotos, emissão de gás quando queimadas e morte
de animais quando ingeridas.

Reduzir, Reutilizar e Reciclar conhecidos como 3R’s, são utilizados como forma
de educação e treinamento para a eficácia de um plano de gerenciamento de resíduos, e faz
parte do ciclo de uso e descarte de materiais recicláveis (CEMPRE,2007). Inicialmente, é
necessário uma mudança de etilo de vida e consciência. Deve se pensar em todas as maneiras
de reduzir o lixo, reaproveitar tudo o que for possível, e por fim, enviar materiais para reciclar
de forma a abranger, se não toda, a maior parte dos resíduos.

Uma ferramenta valiosíssima surgiu nos Estados Unidos (1990), e chegou aqui no
Brasil. A Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) de um produto, que consiste no estudo completo
dos impactos gerados em todo o ciclo de vida de um produto. Esse conhecimento permitirá que
o consumidor faça escolhas mais conscientes e que as empresas tomem decisões para melhorar
os processos, produtos e serviços. A AVC permite verificar a quantidade das cargas ambientais
e a análise dos impactos positivos e negativos que um produto, sistema ou processo tem no
meio ambiente. A análise envolve todas as etapas do processo produtivo, desde a matéria-prima
ao pós-consumo, chegando à destinação final dos resíduos.

O ciclo de vida de um produto que se encontra na prateleira de um supermercado


pronto para vender não começa ali, nem termina. É importante atentar que o produto não acaba
ao ser descartado. Ele continua o seu processo podendo ser reciclado ou reaproveitado. Para
auxiliar nesse ciclo, é importante que os consumidores façam a separação básica dos resíduos
no momento do descarte. Conhecer esse processo ajudará as pessoas a optar por itens que
tenham mais impactos positivos que negativos para a sociedade e o planeta.
“O desenvolvimento sustentável pode ser visto como a utilização das necessidades
básicas de uma sociedade no presente – comida, água, abrigo, roupa, lazer, trabalho, remédio –
sem que a habilidade das futuras gerações em conhecer e satisfazer suas próprias necessidades
seja comprometida. Essa utilização das necessidades básicas deve portanto ser feita de forma
ética, ou seja, feita na medida em que haja uma preservação parcial dos recursos para as
gerações futuras.” (Relatório Brundtland, 1987).

A ACV só terá resultado efetivo agregado ao seu conceito quando os indivíduos


tiverem uma preocupação a mais com a questão da sustentabilidade, a ponto de quererem mudar
alguns hábitos e deixar de alimentar alguns caprichos. Montanhas de lixo são armazenadas por
dia pelas cidades e o consumo consciente simplesmente não ocorre. Produtos de satisfação
pessoal são os maiores vilões do meio ambiente, pois não apresentam uma relação de produção
e de consumo que atenda a ideia básica de viver de forma mais simples e organizada, reduzindo
o consumo desenfreado e desnecessário.

Ao longo dos anos várias tentativas de impor esse conceito de proteção dos recursos
naturais, aquisição de bens duráveis, bem como o uso regular das matrizes energéticas, ainda
não obteve sucesso, pois a sustentabilidade não pode ser vista como um fardo, mas é um
trabalho que trata do entendimento do correto por parte de cada indivíduo. A sociedade
amarrada ao conforto tende a adequar uma falsa sustentabilidade a sua realidade banal,
enquanto que a degradação do ambiente se dá ligeiramente do outro lado da moeda. Falta no
mundo a ideia de preservação, só se pensa em sugar, sugar e sugar e alcançar seus objetivos
não importando os meio para isso.

Uma possível solução seria exatamente a observância do Ciclo de Vida dos


produtos, levando em consideração todos os processos envolvidos para fabricação,
comercialização, transporte e descarte canalizado para a reciclagem onde se tem uma infinidade
de recursos que podem ser reaproveitados e assim poupar a matéria-prima inicial. São mudanças
de comportamento aparentemente pequenas, mas é justamente com pequenas porções de
dejetos, que rios e mares são inundados de poluição devido a ação do homem.

A preservação dos recursos requer uma postura menos egoísta e mais sustentável.
Uma política de conscientização da população, onde consumir, seria ter o essencial para
sobreviver, e não ser dirigido por esse impulso descontrolado como pode ser observado pelo
mundo todo quando se aproximam datas festivas, principalmente. São lojas, mercados,
shoppings centers que estão lotados de pessoas em busca do que não precisam. Ocorre a venda
de produtos com custo de fabricação absurdos que não se tem conhecimento ao comprar e a
propagação das sacolas plásticas em proporções absurdas.

Paralelo a conscientização, a criação de novas tecnologias é uma outra saída.


Quanto a produção dos materiais para embalagens, o Brasil tem evoluído significativamente
com novas tecnologias. As sustentabilidades dos processos produtivos e no final de ciclo de
vida do produto passam a ser a chave para o sucesso de um produto.

Frente a isso tem se estabelecido no Brasil uma contundente indústria de


reciclagem que se destaca pelo desenvolvimento contínuo de novas tecnologias. Mas o país se
destaca também pelo desenvolvimento sustentável dos materiais de embalagem, sendo hoje
líder na produção mundial do ‘plástico verde’ proveniente da cana de açúcar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LNCC, Laboratório Nacional de Computação Científica. O Conceito de Sustentabilidade. Capítulo 3.


Disponível em: http://www.lncc.br/tdmc/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=53. Acesso em
26/11/2013.

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http://www.abcvbrasil.org.br/index.php/aplicacoes. Acesso em: 20/11/2013.

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Disponível em: http://www.academia.edu/4726830/EMBALAGEM_Prof._L_u_i_s_-
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Sustentabilidade na Formação do Engenheiro: Proposta de Diretrizes. Disponível em:
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OLIVEIRA, Tinna. Ciclo de Vida dos Produtos Pode Amenizar os Impactos Ambientais.
Disponnível em: http://www.mma.gov.br/informma/item/9756-ciclo-de-vida-dos-produtos-pode-
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