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I dolatria1 é definida como a perversão da consci-

ência sobre D-us. De um modo geral, a idolatria


em todas as suas formas é a postura de rebeldia
contra D-us, correspondendo assim ao grau mais alto de Mal
no mundo. Ela é psicologicamente associada ao poder volicio-
nal da pessoa ou grupo uma vez que ela expressa o desejo da
alma de romper com o jugo Divino pela falsa esperança de
independência. Toda a mentalidade deste tipo – em um grau
ou outro – é voltada para o aproveitar e manipular de supostos
poderes espirituais intrínsecos na criação para os propósitos
egoístas dos envolvidas na idolatria. Ainda que mascarada
mesmo em religiões predominantes no mundo (que se afir-
mam como não sendo idólatras), muitas delas têm sua base
teológica no paganismo e idolatria. De fato, para os indivíduos
ligados a Hashem, o Criador do Céu e da Terra, o D-us e Israel,
as “máscaras” destas religiões, cultos, seitas e filosofias são
todas facilmente reconhecidas. Ainda que aparente ser, a idola-
tria não é uma religião – no sentido de implicar uma real sub-
missão ao desejo da divindade – mas sim e devido às inten-
ções, uma tentativa de estrito ganho pessoal e não de cresci-

1Segue a versão retificada do original no sêfer “Cuidado! Sua alma pode


estar em perigo”, pág. 201.
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mento espiritual de acordo com as leis de D-us. Uma pessoa
que realmente busca ascensão espiritual jamais e em hipótese
algum se permitirá colocar “debaixo” de um ídolo, constela-
ção, animal ou ser humano. Claramente, esta perversão é além
de tudo uma “devoção infantilizada”, sem qualquer elevação e
entendimento das verdades espirituais de D-us que sublinham
a criação. Ela é sim uma postura completamente iludida, auto-
centrada e contrária da verdadeira submissão a kedusha (“santi-
dade”). De outro modo, o idólatra é aquele que causa com que
as forças estranhas se juntem à santidade vitalizando-as. E dar
poder ao mal é a definição essencial da idolatria, uma vez que
esta postura existencial implica na declaração falsa e arrogante
de que D-us não existe, ou que Ele delegou Seu poder a “su-
bordinados” (intermediários) e assim, abandonou Seu envol-
vimento direto no mundo. Vemos que a idolatria é a negação
direta da Torá Viva que afirma exatamente o seu oposto: que
Hashem é oculto em absolutamente tudo que existe. Se Hashem
é procurado Ele então é encontrado em tudo e sempre.

De modo mais particular, toda e qualquer imagem ou ídolo


adorado, em qualquer parte do mundo e em todos os tempos,
significa devoção a um shed (“demônio/força espiritual anta-
gônica a D-us”). E sobre isso explica o Rambam2 que existe
uma grande proibição da lei da Torá para os Judeus (e Bnei
Nôach) de pensarem ou mesmo se preocuparem com qualquer
aspecto de avodah zarah (“idolatria”). As pessoas retas ligadas à
Torá são proibidas de seguir qualquer procedimento, sem ex-
ceção, em que um ídolo foi adorado em algum tempo passado

2 Hilchót Avodát Kochavím 3.


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ou presente3. É proibido falar o nome de um ídolo, imitar
qualquer forma de adoração (mesmo que periférica), pertencer
ou participar mesmo que parcialmente dos antigos rituais e
cerimônias a qualquer entidade adorada. Além disso, também
é proibido adquirir quaisquer maneirismos idólatras (sejam em
pensamentos, falas, ou ações), mesmo que hoje em dia estes
sejam considerados por “qualquer um” apenas como expres-
sões culturais “inofensivas” e “modernas”, mas que, no entan-
to, tenham na verdade a sua origem nas adorações a um ídolo
de um “deus inferior”, ou seja, um shed. Esta lei é assim mes-
mo que este ídolo, que é afinal a porta de entrada física de um
shed no mundo, já tenha sido completamente esquecido por
todos e não exista hoje em dia qualquer vestígio restante de
suas práticas, adeptos, ou mesmo que o nome deste shed tenha
sido também esquecido pela humanidade e não se encontrem
mais registros históricos dele. Além disso, esta lei da Torá se
aplica até mesmo a uma pessoa que pratique acidentalmente a
adoração, e deste modo não tenha sinceramente qualquer
memória ou conhecimento de que estas formas de expressão
possam em algum grau estabelecer uma ligação em qualquer
nível à idolatria de uma entidade demoníaca. Qualquer um que
transgride estas leis será responsabilizado na maneira e tempo
que YKVK decidir. Mas é preciso perguntar o porquê de tanto
cuidado com estas idolatrias (que já se foram) e inclusive nas
acidentais? A resposta é que todos os atos de avodah zarah vivi-
ficam a sítra áchra (“o lado do mal”). Se a pessoa comete um
destes atos em algum grau espiritual ela realiza um chibúr (“as-
sociação”) com o demônio adorado. E a despeito de seu nome
ter sido esquecido (o que sim bloqueia a sua penetração em

3 Deuteronômio 12:30.
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nosso mundo) e a sua entrada visível no mundo físico ter de-
saparecido, este shed ainda existe no domínio espiritual. No
instante ‘exato’ que o ato repete algum procedimento de ado-
ração a um destes deuses estranhos, a pessoa, através da sua
própria força vital que executou tais ações, falas, ou até em
pensamento sobre a entidade maléfica, se torna agora um ca-
nal psíquico-espiritual deste shed no mundo físico. Ela literal-
mente se imbui dele e o revive e ativa. Assim, a entidade se
beneficia desta nova força e reabertura no grau físico e a pes-
soa, enquanto servindo a interesses nefastos ainda que inad-
vertidamente, vem a receber força espiritual das câmeras da
sítra áchra. Ela se tornar partícipe na difusão do mal no mundo
que tem como intenção única e feroz o bloquear da luz de
YKVK e Suas constantes benevolências e destruir o homem
neste mundo e no mundo vindouro.

Mas se todo o cuidado é necessário para evitar se conectar


com o lado do mal até mesmo nos atos específicos de idolatria
que possam ser realizados acidentalmente – ainda que esta ido-
latria já tenha perdido sua representação física no mundo – o
que então dizer dos comportamentos propositais e tão co-
muns dos homens que ao contrariarem o desejo de YKVK,
atraindo os juízos severos e as hordas do mal em suas vidas?
Sim, pois é através dos atos rebeldes dos homens que as forças
negativas encontram as aberturas psíquicas. Afinal, tudo que a
pessoa faz em vida determina como ela é “percebida” no do-
mínio espiritual e o que ela então atrai para si. A lei espiritual é
clara: se ela busca se santificar, ela atrai um espírito de Kedusha
que a ajuda ascender e se ligar mais a YKVK. Se ela busca se
profanar ela então chama atenção e atrai forças estranhas com
agendas nefastas que se aproveitam da abertura psíquico-
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espiritual que a pessoa cria em sua alma através do seu desali-
nhamento espiritual com YKVK. Portanto, é evidente que
existem somente dois caminhos a seguir: o caminho das opi-
niões tolas e desejos não retificados, da arrogância e orgulho e
das misturas indevidas de conhecimentos vazios provenientes
de tantos “achismos”. O outro é o caminho da humildade, da
teshuva (“retorno a uma vida reta”), do rebaixamento do ‘Eu’.
Este é o caminho da Torá e do Criador que é a Origem de tu-
do, portanto da verdadeira e única proteção que existe. Mas
este caminho reto precisa ser aferido. A pessoa precisa estudar
muito as leis da Torá e os conselhos dos Sábios e deste modo
entendê-los e praticá-los para que, “Tão somente temei ao
Eterno e O serve verdadeiramente, com todo o vosso coração;
porque vede quão grandiosas coisas vos fez!”4. E é por isso
que eu peço que você atenda a este apelo tão profundo de fa-
zer a escolha para viver uma vida maravilhosa aqui e no mun-
do vindouro. Este é o apelo de alguém que te quer bem e que
deseja um mundo melhor e mais limpo do orgulho, aonde so-
mente as coisas certas e justas façam parte de nossas vidas. E
você que leu estas minhas palavras saiba que elas vieram de
um profundo e ardente amor por YKVK, pela Torá e o Povo
de Israel. Saiba também que todo aquele que busca viver uma
vida reta e legitimamente espiritual de acordo com os preceitos
de YKVK é muito querido e bem vindo por Ele. Meu objetivo
foi despertar os que dormem um sono profundo, para assim
garantir que o seu ressuscitar futuro seja abençoado, pois
“Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns
para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”5.

4 Samuel I 12:24.
5 Daniel 12:2.
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Estes que dormem em suas vidas curtas as desperdiçam nas
tantas ilusões e vaidades do mundo. E nenhuma vaidade é
maior do que a auto-ilusão, literalmente o viver na klipah. Fuja
disso, corra para o Hashem. E assim como escrito: “Resgata-me
dos inimigos, pois Tu és meu abrigo”6 e Hashem mach’sí,
“YKVK é meu refúgio”7. Preste atenção e se abra para permi-
tir ouvir as palavras da Sua Torá Viva diretamente no seu cora-
ção. E através do seu processo de refinamento, você estará
ajudando a retificar o mundo também, e deste modo o apres-
sar da vinda do único e verdadeiro Mashiach. Ele inaugurará
uma nova fase na realidade do mundo, “Quando todo o espíri-
to de impureza será expurgado do mundo”8. E com isso será
cumprido o verso: “Darei paz à terra e vos deitareis e ninguém
vos amedrontará. Farei cessar os ‘animais selvagens do mal’ da
vossa terra e espada não passará pela vossa terra”9 amém.

Érev Shabat Chazón 5769


Rabino Avraham Chachamovits

6 Salmo 143:9.
7 Salmo 91:2.
8 Zacarias 13:2.

9 Levítico 26:6.

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