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A CRISE DE 1383 -1385

A instabilidade do clima, com invernos muito chuvosos ou muito


Portugal secos, originou maus anos agrícolas e fracas colheitas de cereais, o
na que provocou a fome.

segunda
metade do A falta de higiene e a má alimentação tornavam as pessoas menos
resistentes às doenças. (Não havia água canalizada nem esgotos, e
século XIV
o lixo era colocado nas ruas. Abundavam os ratos e os insetos.)

A Peste Negra foi uma epidemia muito contagiosa que, em


Portugal, matou cerca de 1/3 da população em pouco mais de três
meses.
Esta doença espalhou-se a partir do Oriente por toda a Europa.
Julga-se que a Peste foi trazida através das pulgas dos ratos que
vinham nos porões dos navios.
Ficou conhecida por Peste Negra porque as pessoas ficavam com
manchas escuras no corpo.

Os médicos que tratavam os doentes da Peste Negra usavam uma


máscara própria e roupa protetora.
Dentro da máscara punham ervas perfumadas, pensando que estas
purificavam o ar e evitavam o perigo do contágio.

Tudo isto provocou milhares de mortos, passando a haver menos


pessoas para trabalhar a terra.

A produção diminuiu, o que provocou o aumento do preço dos


produtos.

O reino estava cada vez mais pobre.


A CRISE DE 1383 -1385
O problema D. Fernando envolveu-se em várias guerras com Castela.
da Em 1383 assinou um tratado de paz com Castela para salvaguardar
sucessão a independência do reino de Portugal.

Tratado de Salvaterra de Magos

Neste tratado D. Fernando deu a mão da sua única filha, D. Beatriz,


a D. João I, rei de Castela.
Ficou estabelecido que o futuro rei de Portugal seria o seu neto,
filho de D. Beatriz, quando atingisse os 14 anos, garantindo assim a
independência do País, pois o herdeiro do trono castelhano era o
filho mais velho do primeiro casamento de D. João de Castela.

A morte de D. Fernando

Quando D. Fernando morre, D. Leonor de Teles, sua esposa, assume


a regência do reino e aclama D. Beatriz como rainha de Portugal. O
povo ficou descontente porque não queria ser governado por um rei
estrangeiro e temia que Portugal perdesse a independência.

D. Leonor Teles tinha por conselheiro um fidalgo galego - o conde


Andeiro. Este nobre galego, amante de D. Leonor, apoiava-a na
intenção de entregar o trono à sua filha e ao seu genro, o rei de
Castela.

Álvaro Pais, rico burguês, planeou então uma conspiração para


matar o conde Andeiro.
Para executar essa tarefa foi escolhido D. João, Mestre de Avis,
meio-irmão de D. Fernando.

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 O povo de Lisboa apoiou a ação do Mestre de Avis.
 D. Leonor Teles fugiu para Santarém e pediu auxílio ao rei de
Castela.
 Temendo a invasão castelhana, o povo de Lisboa pediu ao Mestre
que tomasse o cargo de Regedor e Defensor do Reino.
A CRISE DE 1383 -1385

Os pretendentes ao trono de Portugal

Apoiantes de D. Beatriz – alto Clero e alta Nobreza, porque temiam


perder os seus privilégios;

Apoiantes de D. João, Mestre de Avis – povo, burguesia, parte do


Clero e parte da Nobreza porque não queriam ser governados por
um rei estrangeiro e temiam que Portugal perdesse a
independência.

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O rei de Castela invadiu Portugal para fazer valer os direitos de sua


Resistência
esposa.
à invasão
castelhana Batalha de Atoleiros
(1384)

A primeira batalha ocorreu quando o exército castelhano invadiu o


Alentejo.
D. Nuno Álvares Pereira, ao serviço do Mestre, venceu então os
castelhanos.

Esta derrota não foi, no entanto, suficiente para fazer recuar o rei
de Castela…
A CRISE DE 1383 -1385
O cerco a Lisboa
(1384)

O exército castelhano avançou e cercou Lisboa durante mais de


três meses. O cerco só foi levantado quando a peste negra atacou
os soldados castelhanos.

As Cortes de Coimbra

Após o levantamento do cerco a Lisboa ainda era incerta a situação


política do reino. Tornou-se então necessário eleger um rei. Assim,
foram reunidas as Cortes na cidade de Coimbra, a 6 de Abril de
1385.

Nas Cortes de Coimbra, João das Regras, doutor em Leis, provou


que, de todos os candidatos ao trono (D. Beatriz e os três filhos
ilegítimos de D. Pedro), era D. João, Mestre de Avis, quem tinha
direito a tornar-se rei de Portugal, pelo muito que lutara pela causa
da independência.

D. João, Mestre de Avis é aclamado rei de Portugal e passa a


intitular-se D. João I.

Quando o rei de Castela recebeu a notícia da aclamação de D.


João, Mestre de Avis, como rei de Portugal, invadiu de novo o
reino.
O local onde a batalha se travou,
perto de Aljubarrota, foi
estrategicamente escolhido pelas
tropas portuguesas, esperando
Batalha de
obter vantagem perante um Aljubarrota
exército mais numeroso do que o
seu, através dos obstáculos
(14 de Agosto
naturais oferecidos pelo terreno de 1385)
e por outros entretanto
improvisados. Cavaram fossos e
“covas de lobo” e construíram
abatises, de modo a dificultarem
o avanço do exército castelhano, As tropas portuguesas, comandadas por D. Nuno Álvares Pereira e
e seguiram um tática de
pelo rei, derrotaram as tropas castelhanas, apesar de estas serem
combate conhecida como a
tática do quadrado. em maior número.
A CRISE DE 1383 -1385

Consolidação da Casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre


independência
O receio de uma nova
invasão castelhana
levou D. João I a fazer
um tratado de amizade
com Inglaterra. D. João I
casou com D. Filipa,
filha do duque de
Lencastre, membro da família real inglesa. D. João I deu origem a
uma nova dinastia (sucessão de reis pertencentes à mesma família
em linha legítima). – A dinastia de Avis.

Todos estes acontecimentos provocaram alterações profundas na


sociedade portuguesa.

Aqueles que apoiaram D. João I foram recompensados.

Muitos nobres de pouca importância e alguns burgueses


receberam terras, cargos e títulos, dando assim origem a uma
«nova nobreza».

A burguesia, como tanto desejava, passou a ter maior influência na


vida política do País.

Parte da alta nobreza que apoiara D. Beatriz fugiu para Castela e os


seus bens e privilégios foram concedidos à «nova nobreza».

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Muito do que sabemos sobre o que aconteceu neste período deve-se a Fernão Lopes
através das suas crónicas sobre o que se passava no reino da época.

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