Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
º ANO
A G R U P A M E N T O D E E S C O L A S D E T O N D E L A T O M A Z R I B E IR O
TEXTO A
Fazem parte da geração em que tudo parece descartável. Poderão as relações seguir esse
caminho? Fomos saber como namoram os adolescentes .
Há muito que ouvem as histórias dos pais e avós sobre como tudo era tão diferente no tempo
deles. Começando pelos namoros de antigamente. Trocavam cartas, viam-se apertados pelas regras e
geriam o controlo dos pais. Para um adolescente de hoje, namorar é bem diferente. (…)
"São raras as pessoas que escrevem cartas. É tudo por SMS ou por email." Tanto a Catarina
como a Daniela partilham a mesma opinião: para se conhecer um rapaz é preciso mais do que os
telemóveis e os computadores, mas os SMS e os emails podem ajudar. "Envio 300 SMS por dia e,
através das mensagens, começo a desenhar os traços da personalidade da pessoa. Avalia-se pelas
palavras usadas e até pelos sinais de pontuação", explica a Catarina. "Dá para perceber como reage e
se é uma pessoa calma ou agressiva." Assumem ter um código específico e comum, alargado ao mundo
adolescente. E agora já sem necessidade de abreviaturas, pois lá vai o tempo em que se poupavam
mensagens: "Hoje os SMS são quase ilimitados e gratuitos." (…)
Sem generalizar - até porque cada um tem o seu contexto e ambiente social, educativo e
cultural - questiona-se se a forma como os adolescentes reivindicam o prazer e a maior abertura que
têm para viver os namoros poderão alterar a noção de compromisso. "Nos tempos que correm a
pessoa vale mais que o vínculo. Os laços afetivos tendem a ser vistos como dissolúveis. Surgem dúvidas
sobre a possibilidade de se amar uma pessoa para sempre", responde José Machado Pais. "Apesar da
dissolubilidade do casamento, ou precisamente por isso, aumentam os receios do divórcio, à espreita
em qualquer esquina do desentendimento conjugal. Mas há também uma recusa em tornar o divórcio
um drama, provavelmente reflexo dessa nova cultura afetiva: de encarta e descarta, ao sabor das
contingências da vida. "Visto por um adolescente, a conversa é mais simples:
"Antigamente, o vínculo jurídico - do casamento para toda a vida - sobrepunha-se ao vínculo
amoroso. Hoje, a preocupação é que os relacionamentos afetivos sejam expressão de uma autonomia
de escolha, de projetos marcados pela felicidade", acrescenta. Daí que a rutura surja como solução
para a instabilidade. (…) O que os adolescentes asseguram é que isso não lhes passa ao lado. Sabem
que as cartas foram substituídas pelos telemóveis, que as regras são mais suaves e que o controlo dos
pais passa quase despercebido. Reconhecem que dar a mão é simples e que um primeiro beijo passa
rápido. Lembram que hoje cada um define o amor como quer, mas asseguram guardar recordações.
Podem ser relações perdidas, mas esta não é uma fase de romantismo perdido, lembra Ângelo de
Sousa. "Os namoros deixam-lhes lembranças fantásticas e também cicatrizes - saradas, espera-se - que
guardarão pela vida fora."
Publicado na Revista Única do Expresso de 18 de Setembro de 2010
(Texto com supressões)
Vocabulário: descartável: livrar-se da pessoa ou coisa desagradável ; dissolúvel-:que se pode dissolver;
vínculo : tudo o que serve para prender ou atar;
1. Para responderes a cada item (1.1. a 1.5.), se leciona a opção que permite obter uma afirmação
adequada ao sentido do texto.
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
1.1. Na frase “Fazem parte da geração em que tudo parece descartável”. O que significa
descartável?
(A) Geração que usa durante muito tempo e deita fora.
(B) Geração que guarda os bens mais preciosos.
(C) Geração que se desfaz de algo inoportuno.
1.2. Na frase “os laços afetivos tendem a ser vistos como dissolúveis”. A expressão sublinhada pode
ser substituída por
(A) Aspiram a…
(B) Têm tendência para …
(C) Destinam-se a …
(D) Pretendem …
TEXTO B
Vocabulário: inimputáveis – não aplicáveis, que aos olhos da lei não pode ser punido; dissuasor -
mudar de intenção, de opinião; tutela – Ministérios da educação; efetivar : realizar , levar a efeito.
3 . “(…)e a resolução das últimas deve ficar a cargo da direção da escola e dos docentes, com igual
responsabilidade das famílias. )
3.1. Diz a que se refere a expressão destacada na frase anterior.
3.2. Aponta os responsáveis pela sua resolução.
3.3. Indica uma medida que a direção da escola pode tomar para resolver as situações de violência
escolar.
3.4 E as famílias como poderão contribuir?
Grupo II – Gramática
1. Lê a frase.
a) O governo aprovou a proposta do novo crime de violência escolar
b) A Ministra da Educação apresentou resultados interessantes.
1.1. Identifica o complemento direto da frase da alínea b.
1.2. Transforma cada frase para a forma passiva.
1.3. Transcreve o complemento agente da passiva que obtiveste em ambas as frases.
Certamente que já pensaste e já discutiste com os teus colegas sobre um problema dos
nossos dias: a violência escolar. O bullying é um fenómeno que deve ser, acima de tudo,
prevenido.
Escreve um texto de opinião correto e bem estruturado em que apontes sugestões para
prevenir este problema.
O teu texto deve ter:
Um título;
Uma introdução em que apresentes: breve definição de bullying; com consequências
para o funcionamento das escolas.
Um desenvolvimento – comportamentos a adotar para evitar situações de violência; uma
ou duas medidas de prevenção.
Uma conclusão- apelo à comunidade educativa para evitar casos de violência escolar.