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A LÓGICA DA DOMINAÇÃO E O MEDO DA LIBERDADE

Precisava compartilhar com vocês meus irmãos de caminhada sobre um aprendizado que Deus
me permitiu com a minha pequena gordinha Lua.

Para os que já a conhecem, saberão que não se trata de um aprendizado apenas, mas de mais
um dos muitos que ela vem me apresentando nestes quase três anos de vida juntos,

Pois bem, como não poderia deixar de ser, vi Deus me ensinando mais uma coisa que tange,
não somente minha vida, mas a vida nas nossas comunidades de fé e na sociedade como um
todo.

Eu ouvia falar recentemente um professor que dizia do nosso medo da liberdade. Nós no
Brasil, não somente temos medo de ser livres, como também ao logo dos anos fomos sendo
doutrinados a querer alguém nos ordenando para que soubéssemos o que cumprir. O sentido
também é o inverso, quem sempre deteve em suas mãos o poder de dominar, morre de medo
de que o dominado conheça a liberdade e por isto o reprimi e com violencia chamando de
baderneiro, subversivo e insubordinado aquele que ousa questionar o status quo. Não preciso
dizer que o maior subversivo que já conheci é também o mais obediente dos servos, a questão
é que a obediência servidora se dava e se dá a maior das autoridades. Sim estou falando de
Jesus de Nazaré, subversivo diante da opressão, mas obediente até a morte e morte de cruz
(Filipenses 2:8)!

Mas o que tudo isto tem a ver com a minha filha, não é?!

Pois bem, vamos lá! Desde que Lua foi começando a apresentar suas brincadeiras prediletas, o
escorrego ocupa um dos primeiros lugares. E desde o início, nunca a deixeis escorregar
sozinha, temos nossas palavras mágicas para a cerimônia da descida com a qual nos divertimos
muito e sempre escorregamos juntos. Fizemos até o pacto de tentar escorregar em todos os
escorregos do mundo que nos fossem possíveis.

Luana está com 2 anos e 10 meses agora, e em uma de nossas idas à “pacinha” que é uma
praça próxima da sua casa, brincávamos eu ela e outras crianças, é me incluo como uma
criança também quando brinco com ela.

Em determinado momento Lua passa a observar outra garotinha, já do alto dos seus quatro
anos, subir e descer sozinha no escorrego. Eu cá com meus botões já acompanhava os
olhinhos pretos da minha pequena a observar a cena e imaginar o que se passava naquela
cabecinha fértil. Foi inútil lutar contra a fatal pergunta que um pai como eu se sente tentado a
fazer... “Você quer descer sozinha pai?” sofri muito quando ouvi estas palavras escorregarem
sem controle entre meus lábios. E lá estava ela olhando agora dentro dos meus olhos com uma
carinha que sem nenhuma palavra me perguntava “Eu posso?”, mas de sua boca saiu a
resposta que eu temia, “Quero!” Quase morri...

A sensação que me ocorreu foi a mesma que imagino não quererem sentir aqueles que
dominam e mantém em cativeiro a consciência alheia, aqueles que mantem aprisionado o
outro.
Levei minha filha a subir aquelas escadas onde cada degrau me açoitava. E ao chegar ao topo
do escorrego eu a pergunto: “Você quer que painho segure sua mão ou que lhe espere lá em
baixo?” mais uma vez o que eu temia foi o que ouvi, “Me espera lá em baixo papai!?” Eu fui,
morrendo de medo, mais fui.

Mas há uma coisa muito interessante no permitir que o outro se liberte. Os dominadores
temem perder o controle, mas a liberdade faz gerar vínculos ainda mais fortes que qualquer
controle, vínculos verdadeiros de amor e cumplicidade. Aprendi com Luana que libertar é
confiar no outro e saber que nunca será trocado, que o amor honra e se mantem
retroalimentando o vínculo. Vinculo que não tem amarras, vinculo que não precisa nem de
regras, vinculo que reconhece a voz, vinculo que respeita e se mantem não por medo, mas por
amor.

Ao chegar no fim do escorrego para esperar ela descer, ela mais uma vez olha para mim lá de
cima e diz: “Vem segurar minha mão pai!?”

Luana não precisa de um dominador, ela precisa de seu PAI.

A igreja não precisa de um doutrinador, precisa de um pastor que serve para servir,

A nação não precisa de um usurpador, ou de um dominador sob um manto de pompa nem de


um deus sádico e ameaçador, precisa de quem viu se cumprir em si mesmo o que diz Isaias 61,
a saber:

O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me


ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os
contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura
de prisão aos presos;
A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso
Deus; a consolar todos os tristes;
A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de
cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de
espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça,
plantações do Senhor, para que ele seja glorificado.
Isaías 61:1-3

Este é o Deus da igreja, o Deus da graça, este é o Deus que fará a nação feliz (Salmo 33:12)

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