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Ética Profissional

Prof. Tulio Louchard Picinini Teixeira

MITOS E VERDADES SOBRE A JUSTIÇA INFANTO JUVENIL


BRASILEIRA:

Por que somos contrários à redução da maioridade penal? Commented [Office1]: Trabalho muito bem feito, quase
sem erros e com ótima capacidade de síntese. Nota total 10.

Amanda K. Souza Almeida

Ane Caroline Neubaner Souza

Frederico Machado de Souza

Jessica Thayrane de Souza Barros

José Eduardo Lages Alves

Sara Esther Trindade da Silva

Stephanye Bárbara Brito Moreira Sena

Victória Wisla Barros Cavalcante

Wesley Thiago dos Santos Neubaner

Yasmin Eduarda Costa Silva

Contagem - 2019
A juventude e a questão criminal no Brasil

Autora: Vera Malaguti Batista


Nome: José Eduardo Lages Alves
De acordo com a autora, a discussão sobre a redução da maioridade penal adquiriu
atualmente dimensões assustadoras nos dias de hoje. Assustadoras, pois anteriormente
essa discussão era sempre neutralizada, por uma tradição da democracia brasileira, visto
que o Brasil é signatário de convenções internacionais de proteção à criança e ao
adolescente. Portanto para a autora esta discussão estaria violando um território da
república brasileira.

Os defensores da redução têm tido grande apoio da mídia, que influencia as pessoas, não
prestando as devidas informações e até calando os argumentos contrários. Essa
“regressão” pode ser explicada por fatores históricos e políticos. Na saída da ditadura
começaram a operar o deslocamento do “inimigo interno”, este que passou a ser o
“criminoso comum”, os jovens negros e marginalizados que vendem drogas nas favelas
e periferias do Brasil. Com a crise econômica dos anos 80, vieram as disseminações de
medo e de novos inimigos, a política de combate às drogas imposta pelos Estados Unidos
forjou uma nova guerra e um novo inimigo: a ponta pobre do mercado varejista.

Essa economia proibicionista gerou uma criminalização sem igual no sistema penal do
país. Loïc Wacquant interpretou essa gestão punitiva da pobreza como uma ferramenta
neoliberal de controle social.

Apesar deste longo combate as drogas, e o grande número de vítimas, o consumo e


produção de drogas só têm aumentado, e segundo a autora o único motivo de ainda
insistirmos com o antigo modelo, é a falta de informação.

O alienista e a redução da maioridade penal: Quem diz o que é crime? Quem diz o
que é normal?

Autor: José Luiz Quadros de Magalhães


Nome: Stephanye Bárbara Brito Moreira Sena
Existem diferentes tipos de violência: violência subjetiva, que representa a vontade de
praticar um ato violento; violência objetiva, que diz sobre as estruturas
sociais/econômicas; violência simbólica, que se dá nas formas de representações. Não
adianta, políticas públicas que olhem somente a violência subjetiva, esquecendo nossas
estruturas desiguais, transformando-as em tentativas ineficazes, se não olharem as
estruturas sociais e econômicas.

O julgamento dessa grande discussão é feito pela mídia que espalha a desinformação, pois
visam a limpeza urbana e apoia a concentração de riquezas de uma economia liberal, que
compactua com a segregação, exploração, pobreza e aumenta a criminalidade como uma
tentativa de rebelião/saída. Há uma ideologia por trás disso, colocando a mentira da
“escolha própria”.

Quem diz o que é normal ou crime, é o Estado moderno, que se beneficia e idealiza o que
pode ou não ser feito, já que esses padrões são desviantes de uma sociedade para outra
econômicas.

A alienação diante desse processo perpetua essa concepção imposta pelo Estado. Em que
medida somos todos alienados e contribuímos com este processo. A ciência diz o que é
normal, e é apoiada pelo Estado. O que acontece, é que, não é interessante para o Estado
liberal desestimular esses conceitos que limitam, pois somos reféns deles econômicas. A
radicalização do processo de alienação é o grande problema, “suas ideias não
correspondem aos fatos”. –Cazuza (1988).

O Estado, Política e Justiça

Autor: Christian Ingo Lenz Dunker


Aluno: Frederico Machado
O autor problematiza a questão da maioridade penal, como definir os limites entre
adolescência e fase adulta, em qual idade, e sob quais circunstâncias, pode-se atribuir a
alguém plena responsabilidade sobre seus atos?

Não há como definir exatamente a partir que qual idade o sujeito se torna adulto e pode
ser responsabilizado. No Brasil, o menor de 18 anos não comete um crime, mas uma
infração. Ele recebe uma medida socioeducativa, não uma pena. Ele não é privado de sua
liberdade, mas internado ou tutelado pelo Estado.

Para ficar mais claro essa diferença etária é preciso entender que um indivíduo que se
responsabiliza por seus atos, que entende as leis e adquire certa autonomia em relação aos
demais pode ser considerado responsável. Ser autônomo é ser capaz de se reconhecer nas
leis que nos governam e se fazer reconhecer perante elas, inclusive de modo a aplicar,
questionar ou transgredi-las. Reduzir a maioridade penal como forma de impor medo e
respeito aos jovens adultos é uma maneira de desconsiderar esta diferença.

Nos países que adotam uma estratégia mais gradualista para a decisão de imputabilidade,
esta depende de uma junta formada por instâncias jurídicas, educativas, médicas e
psicológicas. Ou seja, existe uma análise mais aprofundada das potencialidades e
limitações do sujeito para obter uma avaliação mais completa acerca do enquadramento
etário deste indivíduo, para assim optar de forma mais efetiva as medidas adotadas em
cada caso.

O estado, política e justiça: reflexões éticas e epistemológicas sobre Direitos,


Responsabilidades e Violência Institucional.
Autor: Robson Sávio Reis Souza
Aluna: Ane Caroline Neubaner

O regime democrático não conseguiu conter a criminalidade. Mesmo com a Constituição


Federal de 1988, não conseguiram se quer diminuir, os privilégios existentes na situação
cultural de nosso país.
Além de todo esse processo que perdura o preconceito estrutural, temos também a
problemática das políticas públicas, que são escassas. A tentativa de tornar o Brasil um
país realmente democrático possibilitou, o acesso a essas políticas, tentando diminuir essa
exclusão. Mas, não é possível em uma país democrático, ignorar problemas civis. O
sistema foi um fracasso ao tentar extinguir as chagas sociais que produziram a
desigualdade, dando continuidade a esse processo.
A discussão sobre lei e ordem é necessária para compreendermos o papel do Estado no
fornecimento da segurança pública, onde o mesmo transfere o controle da violência para
sociedade, em uma perspectiva.
Na categoria jurídica, quando os problemas relacionados à criminalidade aumentam, o
Estado dificilmente dá uma resposta satisfatória.
A lógica da prisão de criminosos seria uma das consequências da racionalidade pós-
moderna: o ser humano seria capaz de dominar tudo.
Existem várias condutas que fogem às leis, mas banalizamos a violência, quando
ignoramos a exposição à violência que determinadas classes sofrem. Não se sabe até que
ponto é legítimo a força utilizada pelo Estado. O fim de um modelo capitalista se mostra
entre crises que se instalam e mostram que algo não está correto.

Estado, política e justiça - reflexões éticas e epistemologia sobre Direitos,


Responsabilidade e Violência Institucional

Autora: Ana Lívia Adriano


Aluna: Yasmin Eduarda Costa Silva
Nessa capítulo a autora Ana Livia Adriana problematiza a questão relacionada a
precarização e miserabilidade do trabalho à ordem do mercado, à erosão das bases do
sistema de proteção social, diretos sociais diminuído, à violação dos direitos humanos,
diminuição da lutas sociais.

O Capitalismos repleto de avanços tecnológicos, qualificação de mão de obra, trabalhos


mais flexíveis, são cenários em que alguns postos de trabalhos desaparecem ou são
substituídos pelas tecnologias e com isso grande parte da população ficam sem espaço no
mercado de trabalho, acarretando diversas consequências negativas.

O governo cortou custos na área social, os gastos em programas e políticas públicas são
considerados excessivos para a economia, pois geram um déficit orçamentário.

O estado revela-se regulador da vida social e potencializador do controle e da violência,


seja ligado a questões religiosas ou ideias modernas de proteção e garantia da ordem, o
estado é socialmente determinado e responde a organização das classes sociais.

Desigualdade e opressão fazem parte dessa sociedade. O estado contradiz o que ele
mesmo diz exercer. Segundo Ana Livia, é preciso garantir condições objetivas para que
os meninos e meninas exerçam o direito de serem crianças e adolescentes.

Considerações sobre as propostas de redução da maioridade penal e agravamento


da medida socioeducativa de internação

Autora: Esther Arantes


Aluna: Sara Esther Trindade da Silva

A autora aborda os argumentos que são utilizados para aprovação da PEC 171/93, que
tem como objetivo definir a redução da maioridade penal para 16 anos; é citado que essa
definição é contrária aos compromissos internacionais de direitos humanos assumidos
pelo Brasil. O capítulo problematiza a questão do porquê é tão visado a redução da
maioridade penal nas câmaras do governo, e questiona a necessidade fugaz de ser
aprovado tal projeto para os deputados e senadores. É descrito todos os pontos de repúdio
contra a PEC 171/93, onde a autora destaca que com essa redução da idade penal, os
jovens serão extremamente prejudicados devido o convívio com presidiários adultos que
prejudicará a reincidência na sociedades dos mesmos. É relatado que o período de
aplicação da medida socioeducativa deve constituir um momento para a estruturação de
um projeto de vida para o jovem, incluindo atividades que potencialmente despertem a
vontade de construir uma vida baseada em novas experiências e longe da delinquência.

Instituições e Controle Social

Autoras: Andréa Maris Campos Guerra e Jacqueline de Oliveira Moreira


Aluno: Wesley Thiago dos Santos Neubaner
A adolescência e criminalidade são temas que se encontram na pauta discursiva de
diferentes grupos e setores da sociedade brasileira. A proposta de redução da maioridade
penal, mobiliza pessoas físicas e jurídicas em um embate fecundo sobre sua
complexidade, envolvendo o plano político-institucional de fundo que a envolve.
Empreender esse debate, no momento em que se pauta sua votação, exige tomá-lo em
seus diferentes matizes.

É importante, como ponto de partida, entendermos que estamos tratando da adolescência


e suas vicissitudes, reconhecendo que estes jovens são adolescentes, no sentido de
vivenciarem a consolidação de um novo modo de operar no mundo, capaz de autonomia,
gestão do corpo e inserção profissional.

A adolescência é um dos períodos mais difíceis na vida do indivíduo, pois é quando


acontecem grandes mudanças fisiológicas e psicológicas que o acompanharão até a idade
adulta. E, devido à intensidade dessas mudanças, o adolescente se sente meio perdido
neste processo, pois se vê obrigado a tomar certas decisões para as quais ainda se sente
despreparado, diante de perspectivas que lhe são apontadas pelo adulto.

Podemos conceituar as instituições como sistemas duráveis de regras sociais


estabelecidas e incorporadas que estruturam as interações sociais. Se por um lado, a
instituição pode servir para segregar grupos inteiros ao protegê-los, por outro, de suas
brechas podem nascer vias através das quais sujeitos e instituições podem despertar
responsabilidades quanto ao gozo que se encontra enredado em suas tramas.

Sobre Cronos e Pixotes

Autora: Maria Cristina Poli


Aluna: Jessica Thayrane de Souza Barros
A autora enfatiza o fato de que adolescentes não são adultos, logo eles não podem ser
responsabilizados com tais perante as leis. São vistos como os transgressores da
sociedade, encarregados de revolucionar o atual contexto. Na adolescência o anseio por
liberdade acaba por gerar revolta as normas, já que é instaurado um impasse sobre o que
deve fazer e o que pode fazer no contexto social. A alienação por ideais impostos, tem
por consequência a exclusão da subjetividade, mesmo que não haja reconhecimento
perante estes ideais. Os adolescentes não possuem experiência de vida suficiente para que
ele consiga sustentar os atos violentos logo há uma grande necessidade de entender que
o ato violento não define o sujeito como todo, não podendo assim desprezar a
subjetividade dele. A maioridade penal aos 18 anos não assegura que os jovens que
cometem atos infracionais não serão reduzidos a estes, já que as unidades de internação
não garantem o básico, mas proporciona um tempo mínimo para que eles construam um
laço em que consigam se diferenciar do ato. Na realidade brasileira, os direitos básicos e
fundamentais de milhares de pessoas são violados diariamente, vivendo na
contemporaneidade um verdadeiro genocídio da infância e da adolescência. Com a
naturalização de atos criminosos inseridos na sociedade tendemos a criar maneiras de
encobrir as violências, não havendo comoção perante as vítimas. Diante disso, há uma
notória necessidade de reformular e aprimorar o texto do ECA, visando uma maior
divulgação e discursão dele. Commented [Office2]: discussão

Sujeitos na Lei e Sujeitos à Lei: A criminalização aos 16 anos

Autora: Marlene Guirado


Aluna: Amanda K. Souza Almeida
No capítulo 9, a autora expõe sua opinião acerca da PEC de 1993. Ela foca no item
“Justificação”, pois é nesta parte em que se encontram os fundamentos para a redação dos
artigos. Antes ela faz algumas observações, como quando pontua que, em 1990, o ECA
já estabelecia medidas socioeducativas para jovens infratores, ainda assim, em 1993
criaram a PEC para contrariá-la, nem deram tempo suficiente para o ECA conseguir
colocar em prática todas as suas medidas. Guirado questiona o porquê, após 22 anos, a
PEC 171 ainda estar sendo votada e pontua sobre os jogos de poder em torno disto, além
de acreditar que o motivo por trás desta demora, deve-se ao fato de mesmo após todo esse
tempo, serem os mesmos atores sociais que ocupam o lugar de fala.

Partindo para a parte principal, a autora explica e expõe sua opinião sobre cada trecho da
justificação da PEC. No primeiro trecho ela pontua o objetivo da PEC: atribuir
responsabilidade criminal ao menor infrator. Além de pontuar que conforme a PEC a lei
é responsável por criar a consciência do jovem do que é o certo e o errado. Mais adiante,
diz que usam questões não comprovadas cientificamente para formulação de suas
justificativas, como dizer que o jovem de 1990 tem uma capacitação mental maior que o
de 1940 e por tal, deve ser responsabilizado pelos seus atos. Além de considerarem apenas
o fator biológico, desconsiderando totalmente valores morais, sociais e psicológicos nos
quais o jovem está inserido.

O adolescente, as medidas socioeducativas e a responsabilização progressiva: ato


infracional e suas implicações objetivas e subjetivas

Autora: Maria José Gontijo Salum


Aluna: Victória Wisla Barros Cavalcante
O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) foi criado em 2006 e tem
como objetivo assegurar os direitos dos adolescentes em cumprimento de medida
socioeducativa, e acentua a importância de se privilegiar as medidas em meio aberto, pois
buscam inserir os adolescentes nas redes comunitárias de proteção.

Para justificar o porquê de ser de fato contra a redução da maioridade penal, a autora
aponta os argumentos que as pessoas que são a favor usam e os contraria. O primeiro Commented [Office3]: à

ponto é a alta maturidade dos jovens de hoje, em relação a isso, a autora afirma que a
comparação entre os jovens de 1993 (ano da PEC 171) e os de 1940 (ano que a PEC cita)
é irreal, pois desconsidera que a subjetividades desses jovens foram constituídas de forma
diferente. Um segundo ponto é que diante da possibilidade de serem presos os jovens
criariam a consciência sobre o certo e errado, diante disso, a autora cita que os jovens
possuem essa consciência, mas apenas não podem se responsabilizar sobre seus atos.
Um terceiro ponto apresentado é a expectativa de que a punição reduziria a criminalidade,
a partir disso, é apontado que há mais de 3 séculos que a instituição da punição penal
existe, e nunca se verificou a diminuição da criminalidade. O quarto e quinto argumento
citam a cultura de impunidade e também o fato de responsabilizar quem deve ser
responsabilizado, para a autora, tal argumento ignora a condição de vulnerabilidade social
que os jovens infratores vivem.

Referência:
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Mitos e verdades sobre a justiça infanto
juvenil brasileira: Por que somos contrários a redução da maioridade penal? Brasília,
2015, 1ª Edição. Disponível em: < https://site.cfp.org.br/publicacao/por-que-somos-
contrarios-a-reducao-da-maioridade-penal/>. Acesso em: 06 nov 2019.

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