Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
RESOLVE:
IV. ÁLVEO: superfície que as águas cobrem sem extravasar para as margens ou
terreno natural, ordinariamente enxuto;
XXI. OUTORGA PREVENTIVA: Ato administrativo que não confere direito de uso de
recursos hídricos mediante o qual o Órgão Gestor reserva a vazão passível a ser
outorgada pelo prazo máximo de 03 (três) anos, possibilitando ao usuário o
planejamento do(s) empreendimento(s) que necessite(m) desse(s) recurso(s);
XLIII. USO NÃO CONSUNTIVO: Aquele em que não ocorre consumo da água, isto é,
todo o volume retirado é devolvido ao manancial, ou ainda nos usos em que a
água serve apenas como veículo para certa atividade;
XLVI. VAZÃO DE DILUIÇÃO: Parcela da vazão do corpo receptor necessária para diluir
um lançamento de efluente. A vazão de diluição do corpo deve ser tal, que a
mistura resultante não ultrapasse a concentração máxima permitida pelo
enquadramento do respectivo corpo hídrico. Para efeito da Outorga de Direito
de Uso de Recursos Hídricos são calculadas as vazões de diluição para todos os
parâmetros físico-químicos que compõem o lançamento;
XLVII. VAZÃO DE REFERÊNCIA: Vazão do corpo hídrico utilizada como base para o
processo de gestão, tendo em vista o uso múltiplo das águas, sendo expressa em
m3/h (metros cúbicos por hora), em l/h (litros por hora) ou ainda em l/s (litros por
segundo);
XLIX. VAZÃO: É o volume de água extraída por tempo determinado, sendo expressa
em m3/h (metros cúbicos por hora), m³/s(metros cúbicos por segundo), em
l/h(litros por hora) ou ainda em l/s(litros por segundo);
§ 1º A Outorga de Direito de Uso não implica em alienação total ou parcial das águas,
que são inalienáveis, mas ao simples direito de uso.
§ 2º A Outorga de Direito de Uso confere o direito de uso de recursos hídricos
condicionado à disponibilidade hídrica e ao regime de racionamento, sujeitando o
Outorgado à suspensão da mesma nos termos do art. 14 da Lei nº 8.149, de 2004.
§ 3º A análise dos pleitos de Outorga de Direito de Uso deverá considerar a
interdependência das Águas Superficiais e Subterrâneas e as interações observadas no
ciclo hidrológico, visando à gestão integrada dos recursos hídricos.
§ 4° No instrumento da Outorga de Direito de Uso o Órgão Gestor definirá os volumes
máximos diários a serem extraídos na captação ou sistema de captações a ser (em)
implantado(s), com base nos estudos hidrológicos ou hidrogeológicos existentes e no
parecer técnico.
§ 5º Até que se estabeleçam as diversas vazões de referência na Bacia Hidrográfica, será
adotada, como vazão de referência para os processos de Outorga de Direito de Uso
Superficial no estado, a Q90 (vazão associada à permanência de 90% do tempo).
I - baixa demanda e/ou baixa estimativa de aumento da demanda futura pelo uso da
água por outros usuários na bacia;
III - incremento da vazão de referência até uma distância de 1000 metros, a jusante do
ponto pretendido, que viabilize tal captação.
§ 11 Nos casos em que houver conflito pelo uso da água e/ou devido à complexidade
técnica da solicitação de Outorga de Direito de Uso, o Órgão Gestor poderá submeter o
pleito à manifestação do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Maranhão -
Conerh-MA.
§ 12 A Outorga de Direito de Uso será condicionada aos objetivos do Plano Estadual de
Recursos Hídricos-PERH e aos Planos da Bacia, considerando-se as prioridades de uso e
os fatores econômicos e sociais.
§ 13 Para fins do disposto neste artigo, os percentuais outorgáveis poderão ser revistos
quando da aprovação dos Planos de Recursos Hídricos, pelos respectivos Comitês de
Bacias, ou por proposta destes, se existentes, ou pelo Conselho Estadual de Recursos
Hídricos-Conerh, em caráter geral.
Art. 3º - O Órgão Gestor poderá emitir Outorgas de Direito de Uso preventivas de uso
de recursos hídricos com a finalidade de declarar a disponibilidade de água para os usos
requeridos, observando os usos múltiplos, o enquadramento dos corpos de água e a
manutenção de condições adequadas ao transporte aquaviário, quando for o caso.
§ 1º A Outorga de Direito de Uso preventiva não confere direito de uso de recursos
hídricos e se destina a reservar a vazão passível da mesma possibilitando ao Requerente
o planejamento de empreendimentos que necessitem destes recursos.
§ 2º O prazo de validade da Outorga preventiva será fixado levando-se em conta a
complexidade do planejamento do empreendimento, limitando-se ao máximo de três
anos.
VII – agricultura familiar, em pequena propriedade rural, de acordo com a vazão máxima
a ser dispensada para esse usuário;
Art. 13. Não é permitido outorgar qualquer lançamento de resíduos sólidos, radioativos,
metais pesados, resíduos tóxicos perigosos e outros poluentes nas Águas Superficiais.
Art. 14. A Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos efetivar-se-á por ato da
autoridade competente na forma de Autorização, obedecendo as seguintes condições:
I - as prioridades de uso;
VI - os usos já outorgados.
§ 1º Para efeito de fiscalização das vazões outorgadas o Órgão Gestor poderá exigir a
instalação e manutenção de hidrômetro e horímetro.
§ 2º Na hipótese de terem sido submetidos à apreciação do Órgão Outorgante,
simultaneamente, dois ou mais requerimentos de Outorga de Direito de Uso de
Recursos Hídricos que venham a ocasionar possíveis conflitos de uso de recursos
hídricos, pela impossibilidade de pleno atendimento, e que não possam ser
hierarquizados por meio dos parâmetros e critérios decorrentes da aplicação dos incisos
deste artigo, caberá ao respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica, ou, na falta deste, ao
Conselho Estadual de Recursos Hídricos-Conerh deliberar sobre a alocação dos recursos
hídricos mais convenientes aos interesses coletivos, adotando, nesta decisão, critérios
sociais, econômicos e ambientais, respeitando o Plano Diretor de Bacia Hidrográfica.
Art. 15 - Dentro de uma mesma categoria de usuário, terá preferência para Outorga de
Direito de Uso da Água o usuário que comprovar maior eficiência e economia na sua
utilização, mediante tecnologias apropriadas, eliminação de perdas e desperdícios e
outras condições a serem firmadas nos Planos de Bacia Hidrográfica.
Art. 16. Enquanto não estiver estabelecido o Plano de uma determinada Bacia
Hidrográfica, a definição de hierarquia de usos deverá ser feita com a participação dos
usuários envolvidos, sob coordenação dos Comitês de Bacia Hidrográfica e, na falta
destes, pelo Órgão Gestor, tendo como princípios a preservação do interesse público e a
manutenção dos recursos hídricos subterrâneos.
Art. 18. As Outorgas de Direito de Uso de Recursos Hídricos não eximem o usuário da
obrigação do Licenciamento Ambiental do empreendimento ou atividade.
Art. 19. A Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos deverá ser apresentada
previamente à solicitação da Licença Ambiental.
Art. 21. Quando se tratar de obras ou serviços de oferta hídrica para fins comerciais ou
de abastecimento público, será obrigatória, para o uso das Águas Subterrâneas,
inicialmente a Autorização de Perfuração, seguido da Outorga de Direito de Uso de
Recursos Hídricos ambos concedidos pela unidade competente pela gestão dos recursos
hídricos, posteriormente o Licenciamento Ambiental da rede de abastecimento emitida
pela unidade de licenciamento ambiental do Órgão Gestor.
Art. 22. Os prazos de vigência das Outorgas de Direito de Uso de Recursos Hídricos
serão fixados em razão da natureza e do porte do empreendimento, considerando,
quando for o caso, o período de retorno do investimento, e serão limitados ao prazo
máximo de 35 (trinta e cinco) anos, renovável, sendo que este prazo poderá ser
modificado por solicitação dos Comitês de Bacias Hidrográficas.
Art. 23. As Outorgas de Direito de Uso podem ser suspensas, parcial ou totalmente, em
definitivo ou por prazo determinado, desde que ocorra qualquer das seguintes
Condicionantes:
Art. 24. A captação de água para fins comerciais por caminhões ou carros-pipa, somente
poderá ser feita em corpos de água previamente autorizados pelo Órgão Gestor,
mediante Outorga de Direito de Uso específica, e após teste de potabilidade.
§ 1º O teste referido no caput será realizado na água do Poço Tubular, e sua potabilidade
deverá ser mantida quando transferida para o Reservatório do caminhão ou carro-pipa.
§ 2º O Outorgado do uso previsto no caput deverá apresentar Relatório de qualidade
das águas periodicamente ao Órgão Gestor, sob pena de ter sua Outorga de Direito de
Uso suspensa em definitivo.
§ 3º O Outorgado do uso previsto no caput deverá cumprir o disposto nas normas
vigentes do Ministério da Saúde, que estabeleçam os procedimentos e responsabilidades
relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu
padrão de potabilidade, conforme a legislação vigente.
§ 4º O Órgão Gestor poderá celebrar Convênios e Contratos para o cumprimento das
exigências previstas na legislação do Ministério da Saúde.
Art. 26. O outorgado responderá civil, penal e administrativamente por danos causados
à vida, ao meio ambiente e pelo uso inadequado que vier a fazer da Outorga de Direito
de Uso.
Art. 29. Nos casos de indeferimento da Outorga de Direito de Uso caberá recurso
administrativo em última instância para o Conselho Estadual de Recursos Hídricos do
Maranhão – Conerh/MA, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, a partir da publicação no
Diário Oficial do Estado-DOE.
Art. 31. A solicitação de renovação da Outorga de Direito de Uso deverá ser requerida
ao Órgão Gestor com antecedência mínima de 90 (noventa) dias do seu vencimento.
§ 1º A renovação somente será efetivada se as normas e critérios atuais vigentes assim o
permitirem, bem como as Condicionantes estabelecidas no ato da Outorga de Direito de
Uso tiverem sido cumpridas fielmente pelo Outorgado.
§ 2º Cumpridos todos os requisitos, caso não haja qualquer manifestação do Órgão
Gestor sobre o pedido de renovação da Outorga de Direito de Uso até a data de seu
vencimento, fica esta, automaticamente, prorrogada até que ocorra o deferimento ou
indeferimento do pleito.
Art. 32. Em razão de obras públicas, havendo necessidade de adaptação dos sistemas de
captação, derivação e lançamento, os encargos decorrentes das alterações serão de
responsabilidade do Outorgado, ao qual será estipulado prazo para tais providências.
Art. 36. O Órgão Gestor poderá exigir monitoramento ou outros testes e análises se
entender que o porte ou a característica do empreendimento possa afetar a qualidade
ou a disponibilidade das Águas Subterrâneas.