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Edição Setembro de 1999

Índice

Com um dominó em que as peças são provérbios, sua turma vai exercitar
formação de plural, tempos verbais e concordância sem engolir regras e mais
regras. Afinal, mais vale a prática do que decorar a Gramática

Adriana Vera e Silva


MVJ
s ditados populares são um prato cheio
para ensinar Português. Curtos,
engraçados e recheados de palavras com
duplo sentido, atraem qualquer leitor. Além
disso, ajudam em exercícios de
interpretação de texto e mostram como se
usa o sentido figurado.

Para tornar os provérbios ainda mais


atraentes, a professora Nílvia Pantaleoni,
especialista na criação de jogos
educativos, inventou uma atividade que
segue o princípio do jogo de dominó e
serve para 3a, 4a e 5a séries.

As peças desse dominó de provérbios são


feitas com materiais simples. É preciso
apenas ter cartolina, tesoura e caneta. O
segredo é escrever os ditados dividindo-os
em duas partes, cada uma numa cartela
diferente. Enquanto no dominó a regra é
unir as peças que tenham número igual de
bolinhas ou de outros sinais, no dominó de
provérbios o desafio é juntar as duas
partes dos ditados e refazer o texto original.

A atividade incentiva os alunos a refletir sobre o que os provérbios querem dizer. Serve,
também, para uma série de exercícios de Gramática e redação.

Você pode fazer o dominó com os ditados que quiser. Aqui,


um modelo feito por Nílvia, com 27 cartelas. Note que elas
mostram o final de um provérbio e o início de outro. Duas são
diferentes: a primeira tem só o início de um ditado e a última, só o final de outro.
Divida uma cartolina em retângulos de 10 x 4 cm. Escreva os provérbios,
começando com o final de um e terminando com o início de outro, como na figura
abaixo. As cartelas ficarão como esta à direita.

O número
de
jogadores
fica a seu
critério. O
mínimo é de
dois

participantes e o máximo equivale ao número de cartelas. Este modelo de dominó,


portanto, pode envolver de dois a 27 participantes. Dê um número igual de cartões
com ditados para cada aluno. Pergunte quem tem apenas o início de um provérbio.
O dono dessa cartela lê o texto em voz alta. Os demais procuram em sua(s)
cartela(s) o complemento. Quem estiver com ele lê o texto em voz alta. Se todos
concordarem com a resposta, o segundo jogador lê a metade inicial do outro
ditado que está em sua cartela. O jogo prossegue assim até que todos os
provérbios sejam lidos. No final, discuta com a turma o sentido de cada ditado.
Explique que eles são uma forma popular de expressar um princípio moral. Peça
que grupos de quatro alunos escrevam um pequeno texto a partir de um provérbio.
Um estudante de cada equipe pode ler o trabalho em voz alta para os colegas.

Para reforçar a leitura dos ditados, lance um desafio à turma: diga que vocês vão
descobrir quem tem boa memória. Escreva no quadro-negro os provérbios do dominó que
você montou. Dê um prazo para que todos leiam. Depois apague o quadro-negro e
proponha questões baseadas nos ditados. Se você sortear as questões, o exercício ficará
mais emocionante. Observe um teste de memória baseado no modelo de dominó feito por
Nílvia:

Desses quatro bichos (galo, boi, vaca e coelho), qual não entrou nos provérbios?
Resposta: coelho.
Que cidade é citada? R: Roma.

Que palavra se repete catorze vezes nos provérbios? R: quem.

Que metal é citado? R: ferro.

Num provérbio há o nome de um animal seguido de seu diminutivo. Qual é o animal? R:


peixe e peixinho.

Alguns provérbios têm palavras repetidas. Em qual deles a palavra repetida tem
significados diferentes? R: quem casa quer casa.

Num provérbio aparece o nome um mamífero seguido de seu feminino. Qual é o nome
do animal, no masculino e no feminino? R: boi e vaca.

Os exercícios propostos aqui mudam os dizeres dos ditados, por isso é


importante
explicar que MVJ

os
provérbios
só mantêm
seu sentido
quando
estão na
forma
original

Escolha alguns ditados para trabalhar. Teste esses provérbios. É simples: passe-os para
o plural e depois substitua o tempo verbal e o gênero deles. As operações nem sempre
dão certo. Monte os exercícios apenas com os que funcionarem nos três casos. Você
precisa encontrar dez ditados que passem no teste.
Escreva os provérbios selecionados em retângulos de cartolina branca com 10 x 4 cm.
Faça dez retângulos com os ditados para cada aluno. Se não puder montar tantos
cartões, escreva os ditados no quadro-negro.
Eis alguns provérbios já testados:

Quando o gato dorme,


os ratos fazem a festa.

O peixe morre pela boca.

Cão que ladra não morde.

Gato escaldado tem medo


de água fria.

Em pasto alheio
boi berra como vaca.

Filho de peixe peixinho é.

Pedra que rola não cria limo.

Raposa que dorme


não apanha galinha.

Papagaio come milho,


periquito leva a fama.

De grão em grão
a galinha enche o papo.

Para exercitar a formação do plural, faça vinte quadrados (de 3 cm de lado) de cartolina
amarela para cada aluno. Divida-os em quatro grupos de cinco. No primeiro escreva OS;
no segundo, AS; no terceiro, TODOS OS; e no quarto, TODAS AS. Se quiser, faça
apenas um jogo de vinte quadrados. O aluno deve virar ao mesmo tempo um quadrado
amarelo e um retângulo com um ditado. Se você não tiver todos os retângulos e
quadrados, chame os alunos um a um. Sorteie os quadrados e peça para o aluno
responder olhando para os provérbios, que estarão no quadro-negro.

Ele deve ver se a palavra no quadrado concorda em gênero com o sujeito do ditado. Se
os gêneros forem diferentes, passa a vez. Se forem iguais, deve ler o provérbio em voz
alta, no plural.

Deve-se considerar que algumas palavras permanecem no singular, para não mudar o
sentido do texto. Com o ditado "papagaio come milho, periquito leva a fama", por
exemplo, o aluno deverá ler em voz alta: "OS papagaios comem milho, OS periquitos
levam a fama" e não "os milhos" ou "as famas".

Faça vinte retângulos (6 x 3 cm) de cartolina rosa para cada aluno. Divida-os em quatro
grupos de cinco. No primeiro escreva ONTEM; no segundo, ANTIGAMENTE; no terceiro,
AMANHÃ; e no quarto, NO FUTURO. Ou faça apenas um jogo de vinte retângulos.

O aluno deve virar cada dupla de retângulos (um branco e um rosa) e ler o provérbio, em
voz alta, com a transformação exigida pelo retângulo rosa. Se você não tiver todos os
retângulos, chame os alunos um a um. Sorteie os retângulos rosa e peça para o aluno
responder olhando para os provérbios, que estarão no quadro-negro.

Com "ontem", os verbos passam para o pretérito perfeito do indicativo. Por exemplo:
"ONTEM raposa que dormiu não apanhou galinha".

Com "antigamente", os verbos passam para o pretérito imperfeito do indicativo. Por


exemplo: "ANTIGAMENTE cão que ladrava não mordia".

Com "amanhã" e "no futuro", os verbos passam para o futuro. Por exemplo: "AMANHÃ
cão que ladrar não morderá". Se houver a palavra "quando", deve-se usar o subjuntivo.
Por exemplo: "AMANHÃ, quando o gato dormir, os ratos farão a festa".

Nílvia Pantaleoni
R. Ibaragui Nissui, 102
São Paulo, SP - CEP 04116-200
telefax (0_ _11) 571-2973
nilviapantaleoni@hotmail.com

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