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em Moçambique Missionária
Serviço de Informação Missionária
Ano 47 - Nº 3 setembro a dezembro de 2019
Novos
caminhos
para a missão
Editorial
Índice
Editorial....................................3
Serviço de Informação Missionária
Rápidas.....................................4 Ano 47 - Nº 3 setembro a dezembro de 2019
Destaque...................................5
Um sínodo vivido na sinodalidade
Agenor Brighenti
Nossos Missionários....................8
Rio Grande do Sul e Moçambique:
tempo de celebrar a missão
Victória Holzbach O SIM é uma publicação quadrimestral das POM,
organismo oficial de animação, formação e coope-
ração missionária universal da Igreja Católica, em
O ano da missão
Este foi um ano bem especial para a animação e o fortalecimento do di-
namismo missionário em todo o Brasil. Em maio, durante a 57ª Assembleia
Geral da CNBB, foi aprovado o Programa Missionário Nacional, em co-
munhão com as Diretrizes da Ação Evangelizadora do Brasil. Durante o
mês de outubro, a partir da convocação do Papa Francisco, vivemos o Mês
Missionário Extraordinário, para brotar e despertar, em medida maior, o
chamado à missão ad gentes em toda a Igreja.
Ainda no mês de outubro, vivemos a feliz coincidência do mês missio-
nário ser celebrado junto com o Sínodo para a Amazônia, reunindo carde-
ais, bispos, padres, religiosos e religiosas, leigos e leigas aos povos originá-
rios da Amazônia, com o Papa Francisco, na cidade de Roma.
Essa experiência sinodal marcou
Guilherme Cavalli
o “caminhar juntos” e tem destaque
nesta edição do SIM. A fase de escuta
envolveu, diretamente, 87 mil pessoas
de 120 povos distintos em 280 even-
tos, todos levados ao seio das Igrejas
Locais dos nove países da região
Amazônica. O chamado à conversão
foi um dos destaques da assembleia si-
nodal. O documento final se estrutura
em cinco capítulos que nos convoca à
conversão Integral.
A edição apresenta ainda a par-
tilha de 25 anos de existência do
Projeto Igrejas Irmãs entre o Regional
Sul 3 da CNBB (Rio Grande do
Sul) e a Arquidiocese de Nampula,
em Moçambique. A atuação dos mais de 60 missionários enviados a
Moçambique, nestas décadas, sempre se preocupou em estar inserida na
vida do povo, buscando compreender sua organização social e comunitária
e valorizar as lideranças locais.
No encerramento deste ano, a Pontifícia Obra da Propagação da Fé faz
uma análise dos desafios e atividades da Obra. Também é destaque o lan-
çamento de dois novos subsídios de formação. A Infância e Adolescência
Missionária lança o novo “Subsídio para Assessores da IAM”, completa-
mente reformulado, com um total de dez temas em um box super prático
para ser usado. A Pontifícia União Missionária editou o primeiro volume
da coleção “Itinerário de formação missionária” com o objetivo de ajudar
no aprofundamento da consciência da missão.
Com o coração repleto de felicidade, chegamos em dezembro com o
sentimento de gratidão por tudo que se viveu. Que esta edição do SIM
seja a oportunidade de dar graças por tudo o que vivemos juntos como
Pontifícias Obras Missionárias. Boa leitura!
Guilherme Cavalli
Um Sínodo vivido
na sinodalidade
U
m evento, por mais Sinodal em sua preparação de suas propostas. A fase da escuta
exitosa que tenha sido sua Este Sínodo foi preparado usou como documentos de referên-
realização, dificilmente sinodalmente, com ampla parti- cia – os Lineamenta (Documento de
terá um “depois” se não teve um cipação dos povos da Amazônia. Consulta), e a fase de preparação
“antes”. O Sínodo da Amazônia, A fase de escuta envolveu, direta- imediata - o Instrumentum Laboris
no seu longo e participativo mente, 87 mil pessoas de 120 po- (Documento de Trabalho) reco-
processo de preparação, não vos distintos em 280 eventos, todos lheu as contribuições coletadas na
desapontou em sua realização, a levados a cabo no seio das Igrejas escuta. Ao fazer o clamor do povo
qual, certamente, prosseguirá pela Locais dos nove países da região. O da Amazônia como seus, os partici-
consequente implementação dos processo foi coordenado e dinami- pantes da região amazônica chega-
novos caminhos propostos. É do zado pela REPAM – Rede Eclesial ram a Roma sabendo o que queriam
perfil do Papa Francisco privilegiar Panamazônica, organismo adscri- dizer e sugerir ao Papa. E este, pa-
desde o processo aos resultados. to ao Conselho Episcopal Latino- ciente e atentamente, os escutou...
“O tempo é superior ao espaço” americano (CELAM), com sede e aplaudiu. Atitude, entretanto, de
(EG 236) - é um de seus quatro em Quito e sucursais afiliadas às nem todos os seus colaboradores da
princípios de ação, indicados na Conferências Episcopais de cada casa, que não hesitaram em deixar
Evangelii Gaudium. Nesse particular, um dos países da Região. A ca- isso claro na assembleia.
o Sínodo da Amazônia inova em minhada começou em janeiro de
relação aos anteriores, inaugurando 2018 por ocasião da visita do Papa Sinodal em sua realização
um novo estilo de assembleia, que Francisco a Puerto Maldonado O Sínodo também foi sinodal
tende e precisa ser aprimorado no (Peru), passou pela realização do em sua realização. Estiveram pre-
futuro, ainda que o Papa Francisco Sínodo em Roma e agora prossegue sentes, além dos bispos de todas
esteja muito sozinho. para o período de implementação as dioceses e prelazias dos nove
2019 setembro - dezembro 5
Destaque
países integrantes, 55 auditores, 12 voltou a ser discutido e emendado certamente caberia, no texto com-
convidados especiais, 6 delegados em modos nos Círculos Menores, pleto, maior inclusão de modos dos
fraternos de outras Igrejas, assim gerando a segunda redação subme- Círculos Menores se os peritos ti-
como 25 peritos das ciências huma- tida à votação dos padres sinodais vessem mais tempo para reflexão
nas e teológicas. Como os desafios na última Congregação Geral. A e sistematização das proposições.
da região amazônica ultrapassam primeira redação do documen- Inclusive, integrar melhor os peritos
suas fronteiras, também estiveram to saiu com muitos limites, pos- na Assembleia é um dos aspectos a
presentes representantes da Igreja to o curto período dado para os considerar, tendo, como bom refe-
na Europa, África, América, Ásia e Secretários Especiais e a Comissão rencial, a atuação dos teólogos por
Oceania. Eram 186 padres sinodais, de Redação, provocando certo mal- ocasião do Concílio Vaticano II. De
acompanhados de centenas de pes- -estar generalizado, tanto que, de todo modo, o documento não fecha
soas, em especial indígenas e mu- volta aos Círculos Menores, foi pos- nenhuma porta tocada pelas Igrejas
lheres, em uma harmônica sinfonia sível trazer mais 831 modos com a e povos da região amazônica.
de Igrejas e povos preocupados com finalidade de serem integrados na Também é verdade que, ao lado das
o Evangelho da vida e o cuidado segunda redação. Também por cur- portas que foram abertas, algumas
da “Casa Comum”. No plenário to espaço de tempo, a Comissão de outras ficaram apenas entreabertas,
do auditório da Aula Paulo VI, nas Redação não pôde integrar todos deixando todo o ônus de abri-las
chamadas Congregações Gerais, os modos apresentados, embora sobre os ombros da Papa Francisco.
todos ouviram a todos. Nos grupos isso não tenha comprometido uma
linguísticos, denominados Círculos boa melhora do texto. Optou-se por A necessidade de um
Menores, pôde-se aprofundar as uma redação mais consensual do transbordamento
questões levantadas no plenário, conjunto da assembleia, tanto que A prudência diante da urgência
apresentando “contribuições” para o Documento contou com a apro- de avançar se deve, sobretudo, ao
uma primeira redação do documen- vação unânime dos padres sinodais. medo de inovar, quando o Sínodo se
to conclusivo. Em seguida, o texto Nenhum parágrafo foi rejeitado e propunha a discernir e propor “no-
6 setembro - dezembro 2019
Destaque
vos caminhos para a Igreja e para permanentes e abertas ao público de Santa Domitila, fez-se o “Pacto
uma ecologia integral”. Consciente durante todo o período do Sínodo. das Catacumbas pela Casa Comum.
disso, o Papa Francisco, em um de- Celebrações congregaram grande Por uma Igreja com rosto amazôni-
terminado momento dos trabalhos, número de pessoas que acompa- co, pobre e servidora, profética e sa-
falou da necessidade de um “trans- nharam, sustentaram e influíram maritana”, quis ser continuidade do
bordamento”, de soluções “englo- o evento, tais como a romaria dos “Pacto das Catacumbas” idealizado
bantes e totais”, abrangentes e não mártires da Amazônia, exposições, por Dom Hélder Câmara no final do
simples “remendos”. E propostas apresentações de iniciativas de po- Vaticano II, e assinado por 40 padres
corajosas, magnânimas, exigem ca- pulações nativas, testemunhos, con- conciliares no local. Na celebração
pacidade de risco, implica inovar-se ferências e orações, dentre outras. de assinatura do novo pacto, usou-se
para inovar, o que é pedir muito para Diante dessa composição, consta a uma estola de Dom Hélder e o cálice
determinados colaboradores de sua presença da Amerindia, uma rede do padre Ezequiel Ramin, mártir da
casa, apegados a tradições concebi- de teólogos e teólogas da América Amazônia. Tal como o antigo pacto
das mais como preservação do pas- Latina, com alguns deles presentes fez a ponte entre a renovação con-
sado do que projeção para o futuro em Roma e muitos outros a produzi- ciliar e a gênese da tradição liberta-
frente aos desafios do presente. rem textos em seus países, segundo dora da Igreja na América Latina, o
Felizmente, remaram com o as necessidades e solicitações de pa- novo pacto expressa o urgente com-
Papa e com o Sínodo da Amazônia, dres sinodais. promisso de todos pela salvaguarda
para “águas mais profundas”, diver- Uma iniciativa de impacto foi o da Amazônia e de um planeta enfer-
sas iniciativas que falaram e também Pacto das Catacumbas, assinado por mo, antes que seja tarde demais.
deram o que falar. Uma delas foi a mais de duas centenas de pessoas,
“Casa Comum”, uma espécie de ten- metade delas padres sinodais. Numa Agenor Brighenti
da permanente montada na Igreja madrugada de domingo, após uma Doutor em Ciências Teológicas
Santa Maria in Traspontina, na Via celebração eucarística presidida por e Religiosas, Especialista em
della Conciliazione, com atividades Dom Claudio Humes na Catacumba Pastoral Social e Planejamento Pastoral
N
o tempo para rir e co- sofrem. Por isso, este tempo é povo, a partir da sua cultura e
lher, comemoramos os cimento na construção de uma seus costumes, buscando apren-
25 anos da missão do Igreja erguida e fortalecida por der a língua, compreender a or-
Regional Sul 3 na Arquidiocese inúmeras mãos, brasileiras e ganização social e comunitária e
de Nampula, em Moçambique. moçambicanas. valorizar as lideranças locais.
O tempo foi generoso a todos Desde o seu nascimento, a Padre Domingos Rodrigues,
nós pelos ensinamentos e pela missão em Moçambique tem da Diocese de Bagé e integrante
partilha e, hoje, permite olhar- um olhar voltado à realidade da da equipe missionária de Moma
mos para trás e reconhecermos, população local e a sua relação de 2016 a 2019, declara: “fazer
com alegria, o caminho trilhado. com a cultura macua. A atua- parte dessa história é sentir a
A Igreja que acreditamos é ção dos mais de 60 missionários alegria de ser um simples servo
viva, atenta e preocupada com enviados a Moçambique, nestas na vinha do Senhor, em 25 anos
a realidade do seu povo, espe- décadas, sempre se preocupou de muitos semeadores e muitas
cialmente com aqueles que mais em estar inserida na vida do colheitas”.
8 setembro - dezembro 2019
Nossos Missionários
l
a
Guilherme Cavalli
Caminhar juntos
S
ínodo significa caminhar juntos Evangelho vivo, que é Jesus Cristo, que
Sínodo para a Amazônia propõe novos caminhos
Diagnóstico Pastoral da natureza, como a própria água; encontra em uma corrida desenfre-
É fundamental superar o modelo concessões florestais e a entrada ada para a morte. Requer mudan-
de missão colonizadora e, ainda, de madeireiras ilegais; caça e pes- ças radicais de suma urgência e um
constatou-se que a maioria das co- ca predatória; megaprojetos insus- novo direcionamento que permita
munidades na Amazônia não tem tentáveis (hidrelétricas, concessões salvá-la. Está cientificamente com-
acesso à celebração eucarística, florestais, exploração massiva de provado que o desaparecimento
sendo coordenadas e animadas por madeira, monoculturas, estradas, do bioma Amazônia trará um im-
leigos, em grande parte mulheres. hidrovias, ferrovias e projetos de pacto catastrófico para o planeta!”
“Como Igreja de discípulos mis- mineração e petróleo); contamina- (Documento final do sínodo, 2).
sionários, suplicamos a graça da ção causada pela indústria extrati-
conversão que ‘implica deixar fluir vista e lixões urbanos; e, sobretudo, O diagnóstico cultural
todas as consequências do encontro mudança climática. São ameaças Apontou que todos somos convo-
com Jesus Cristo nas relações com reais associadas a graves consequ- cados ao respeito às culturas e aos
o mundo que nos rodeia” (LS 21); ências sociais: doenças derivadas da direitos dos povos: “Todos nós so-
uma conversão pessoal e comuni- contaminação, narcotráfico, grupos mos convidados a nos aproximar-
tária comprometida em nos rela- armados ilegais, alcoolismo, vio- mos dos povos amazônicos de igual
cionarmos harmoniosamente com lência contra a mulher, exploração para igual, respeitando sua história,
a obra criadora de Deus, que é a sexual, tráfico humano, venda de suas culturas, seu estilo de ‘bem vi-
“casa comum”; uma conversão que órgãos, turismo sexual, perda da ver” (PF 06.10.19). O colonialismo
promova a criação de estruturas em cultura originária e da identidade é a imposição de certos modos de
harmonia com o cuidado da cria- (língua, práticas espirituais e costu- vida de alguns povos sobre outros,
ção; uma conversão pastoral basea- mes), criminalização e assassinato seja economicamente, culturalmente
da na sinodalidade, que reconheça de lideranças e defensores do ter- ou religiosamente. Rejeitamos uma
a interação de tudo o que foi criado. ritório. Por trás de tudo isso estão evangelização ao estilo colonial.
Conversão que nos leve a ser uma os interesses econômicos e políticos Anunciar a Boa Nova de Jesus impli-
Igreja em saída e que entre no cora- dos setores dominantes, com a cum- ca reconhecer as sementes do Verbo
ção de todos os povos amazônicos plicidade de alguns governantes e já presentes nas culturas. A evange-
(Documento final do sínodo, 18). algumas autoridades indígenas. As lização que hoje propomos para a
vítimas são os setores mais vulnerá- Amazônia é o anúncio inculturado
veis, crianças, jovens, mulheres e a
Diagnóstico social irmã mãe-terra (Documento final do
que gera processos de interculturali-
Há no território Amazônico uma dade, que promovem a vida da Igreja
sínodo, n. 10). com identidade e rosto amazônicos
crise socioambiental sem preceden-
tes que ameaça a vida do bioma (Documento final do sínodo, 55).
amazônico e seus povos originá- Diagnóstico ecológico Participar de um sínodo é uma
rios: “Amazônia hoje é uma beleza “Todos os participantes expres- graça de Deus por três motivos. O
ferida e deformada, um lugar de dor saram uma profunda consciência primeiro é sentir na prática o que
e violência. Os ataques à natureza da dramática situação de destruição significa ser Igreja Povo de Deus na
têm consequências para a vida dos que afeta a Amazônia. Isso significa comunhão, na escuta e no discerni-
povos. Essa crise socioambiental o desaparecimento do território e de mento conjunto. Caminhar juntos
única se refletiu nas escutas pré- seus habitantes, especialmente dos na Igreja não anula as diferentes
sinodais que sinalizaram para as povos indígenas. A floresta amazô- visões sobre qualquer tema. Outro
seguintes ameaças contra a vida: nica é um “coração biológico” para motivo é experimentar que o sínodo
apropriação e privatização de bens a terra cada vez mais ameaçada. Se não é um parlamento onde alguns
saem vencedores e outros perdedo-
Arquivo POM
Missão para
além-fronteiras
Testemunho missionário de Irmã Bernadetti, que participou do curso do Centro de
Formação Intercultural (CENFI), no Centro Cultural Missionário (CCM) em Brasília.
S
ou a irmã Bernadette Ide doentes, dedicavam seu tempo de Um bendito dia após o nosso en-
Fadegnon, da República do descanso no fim de semana com saio do coral, a irmã que nos ensina-
Benin, na África Ocidental, atividades da Igreja, como o caso va músicas me perguntou, enquanto
tenho 32 anos e pertenço à da irmã no coral de jovens e ou- caminhávamos, se eu tinha o desejo
Congregação das Missionárias tras irmãs que visitavam famílias, de ser religiosa e me incentivou a
Médicas de Maria (MMM). Sou a pessoas doentes, idosos etc. Vendo visitar sua comunidade para conhe-
quinta dos sete filhos vivos da mi- toda a contribuição das irmãs para cê-la melhor. Minha primeira visita
nha mãe. Minha história missio- a comunidade local e a Igreja, dei- à comunidade das MMM marcou o
nária começou aos cinco anos de xaram-me com muito desejo de ser início de uma aventura missionária
idade, pois minha família é cató- missionária, mas não podia com- que foi concretizada gradualmente.
lica ativa, quando entrei no grupo partilhá-lo com ninguém porque Ainda na escola secundária, a irmã
da Infância Missionária do Benin. meus pais já tinham falado que que era a animadora vocacional me
O que me atraiu para esse grupo mais nenhuma outra filha poderia convidou para visitar regularmen-
foi inicialmente para aprender can- ser religiosa na família, já que nossa te e participar nas vésperas, se qui-
ções, dançar e viajar para outras co- irmã mais velha é religiosa, então as sesse, quando não houvesse aulas
munidades para as competições de outras filhas iriam se casar. até muito tarde, pois minha casa
dança, para integração e convivên- ficava perto do convento. Então,
cia com outras crianças. comecei a participar regularmente
Esse movimento se tornou o na oração da tarde na comunidade
principal formador da minha fé delas. Eventualmente, depois do
e desejo de servir a Deus, pois exame final no ensino médio
também nos ensinavam va- que me qualificou para in-
lores cristãos. Acredito gressar diretamente na
que minha vocação mis- universidade, senti que
sionária nasceu dessas era hora de embarcar
experiências e cresceu na aventura e, pela
ainda mais quando primeira vez, deixei
fui transferida desse meu país de origem
grupo para o coral e fui para a Nigéria,
dos jovens, pois mi- onde aprendi inglês
nha idade já não me em preparação para
permitia continuar na a entrevista que me
Infância Missionária. permitiria ingressar
No coral da ju- na formação religiosa
ventude, uma irmã das da congregação.
MMMs vinha ensinar- Depois de aprender
nos canções em inglês. De inglês por três meses, fui
fato, as irmãs MMM têm entrevistada e aceita; comecei
uma clínica na aldeia e, apesar minha jornada de postulado de
de estarem muito ocupadas duran- um ano, após o qual continuei no
te a semana com o atendimento aos noviciado em Ibadan, na Nigéria;
12 setembro - dezembro 2019
Testemunhos
depois dos dois anos de noviciado, ou a oração dos fiéis. Para motivar a Foto
s: a
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fiz minha primeira profissão religiosa participação deles, dramatizamos ivo
PO
M
em 2012 e fui enviada ao Brasil para a narrativa do nascimento de
a missão. Como jovem missionária, Cristo em uma ocasião de
abracei a missão em Capim Grosso- Natal. Depois de um ano
BA de uma maneira muito aberta, e dez meses, fui transfe-
embora inicialmente não tenha sido rida para Salvador-BA
fácil. Muitas coisas eram bem diferen- em preparação para
tes e exigentes: eu não falava a língua os estudos; passei sete
portuguesa, a cultura era totalmente meses e, enquanto es-
diferente, e a missão era nova para tava lá, participei do
mim e, como jovem missionária, não nosso “Projeto con-
tinha ainda experiência. Em 2013 solação” que acompa-
participei do curso do Cenfi, onde nha as famílias a passar
aprendi a língua portuguesa e com- pela dor da perda de seus
preendi melhor a cultura brasileira e filhos que foram mor-
isso minimizou o choque cultural que tos pela violência urbana.
tinha, e abracei a missão no Brasil. Participava também na paró-
Nesse período, trabalhei em quia e na capela quando precisa-
nosso projeto chamado “Casa da vam da minha presença e ajuda.
Saúde” onde fazíamos o atendi- Minha experiência de missão no
mento da comunidade com massa- Brasil me ajudou a entender melhor Caridade da Madre Teresa; segun-
gens, preparávamos pílulas de me- o sentido da missão a que fui envia- do, no Centro de Saúde das MMM
dicamentos naturais e suco de noni, da pela congregação, para realizar a em Mukuru, dirigido pelas irmãs
que são bons para problemas esto- cura e a missão holísticas de Cristo MMM e fiz experiência com as pes-
macais, xarope com raiz de plantas em toda forma que promova a dig- soas com HIV / AIDS, na favela de
e algumas outras folhas para gripe, nidade humana, sua consideração, Mukuru Kwa Njenga em Nairobi
também fazíamos limpeza dos ou- sua participação, para testemunhar e, finalmente, com os refugiados
vidos com canudo feito à base de o amor e a presença de Cristo, para urbanos na favela de Kawangware,
vela ou com o aparelho auditivo de- trabalhar pelo desenvolvimento e Nairobi na organização Jesuítas a
pendendo do caso de cada paciente. transformação humana, colaboran- Serviço de Refugiados. Ter vivido
Além disso, ajudava na Pastoral dos do com outras pessoas. essas experiências com diversos gru-
Jovens da paróquia, na Pastoral da Em 2015, a missão seguinte foi pos sociais ampliou meu horizonte e
Criança e do Batismo, visitávamos no Quênia, voltada para os anos de conhecimento.
idosos, doentes em suas casas e le- estudos. Estudei e me formei em Depois dos estudos que ter-
vávamos a Comunhão para eles. bacharelado em Desenvolvimento minei no ano passado, trabalhei
Comecei a preparar encontros Humano Sustentável. Meus anos na missão em meu país no Benin
para crianças em nossa capela onde de estudos, de certa forma, tam- por sete meses, em nosso Centro
elas se reuniam para brincar e, no bém foram anos de missão, porque de Saúde MMM em Zaffe, Benin.
processo, eu aproveitava para ensi- eu precisava aprender o idioma lo- Ajudava não só na farmácia, mas
nar-lhes alguns valores como respei- cal, o suahíli, que era o segundo também andava regularmente ao
to, obediência, aceitação de outras idioma nacional e mais usado do redor da clínica e conversava com
pessoas, satisfação, etc. Algumas que o inglês no dia a dia. Meu ins- os pacientes. Percebia que isso lhes
mães se aproximavam de mim e me tituto como estudos sociais também dava a sensação de serem cuidados
pediam que conversasse com seus exigia a realização de diferentes tra- e ouvidos. Agora estou de volta ao
filhos (as) que não frequentavam a balhos de campo como parte dos Brasil, atuando em nossa comu-
Igreja. Visitava os jovens em suas requisitos acadêmicos. Baseada na nidade de Salvador, onde espero
casas e depois que criava amiza- minha experiência da missão no continuar com espírito de abertura
de com eles, eu os convidava para Brasil, onde abracei muitas pasto- e disposição para a missão de uma
nos reunir, onde planejávamos nos rais, decidi ter essas experiências maneira mais profissional, a fim de
encontrar semanalmente para par- com diferentes grupos sociais e em continuar testemunhando Cristo
tilhar experiências, a Palavra de vários momentos durante meus três para as pessoas com quem trabalha-
Deus e a construir seu projeto de anos de estudos; primeiro, em uma rei e compartilharei a vida.
vida. Aos poucos eles começaram casa de acolhida de pessoas com
a participar da liturgia da palavra e problemas mentais e físicos na fave- Irmã Bernadette Ide Fadegnon
na missa, fazendo as leituras, salmo la de Kibera, dirigida pelos Irmãos República do Benin
2019 setembro - dezembro 13
Propagação da fé
Em missão
no mundo
A dinâmica vivida pela Pontifícia Obra da Propagação
da Fé em 2019 contribuiu na consolidação de uma
cultura missionária em todo o Brasil
O
ano se declina e nos ins- a juventude, pela qual, neste ano,
tiga refletir, lançar nosso teve como ponto alto a celebração,
Entre os olhar ao horizonte e con- entre 4 e 8 de setembro, de sua 2ª
templar nossas realizações e como Assembleia Trienal Nacional, com
desafios que se enfrentamos nossos desafios. Na o tema “Batizados e enviados: a
apresentaram, Pontifícia Obra da Propagação da juventude em missão no mundo”
encontramos Fé (POPF), neste ano de 2019, se- e a inspiração bíblica do livro dos
meamos a certeza do alvorecer do Atos dos Apóstolos “e sereis mi-
a atividade
novo, que aquece e anima a perse- nhas testemunhas até os confins da
desenvolvida verança do caminho. terra” (At 1,8). Foi possível revisi-
com as Famílias A partir da convocação do tar a caminhada da JM nos últimos
Missionárias. Papa Francisco para vivenciar um três anos, avaliando seus passos e
Mês Missionário Extraordinário, a se projetando para o futuro. Dentro
Nelas POPF deixou-se interpelar e favo- desse processo, a cada passo dado
percebemos receu no Brasil inúmeros encontros na assembleia, o coração se aquecia
que a semente de formação, animação missioná- e se inquietava rumo ao horizonte
ria, retiros e outras contribuições que desnudava. Uma assembleia se-
outrora plantada para o despertar da vocação mis- rena, animada e com um tom cele-
começa a sionária recebida por todos na oca- brativo que ocasionou o lançamen-
florescer e a se sião do batismo. Também prezou to do Marco Referencial da JM, por
por seu fortalecimento e por uma força dos seus dez anos de existên-
espalhar.
consciência sempre nova e mais cia. A missão prossegue animada,
comprometida com a missão de com jovens evangelizando jovens,
Deus com os jovens, as famílias, os agora orientados pelo plano trienal
idosos e os enfermos. desenhado com antecipação pelas
No Brasil, a maior consistência representações estaduais, finalizado
de caminhada nas atividades da em encontro na sede das Pontifícias
Obra da Propagação da Fé é com Obras Missionárias.
14 setembro - dezembro 2019
Propagação da fé
Artes: Freepik
tejamos, somos missionários pelo nosso batismo.
Ainda para o próximo ano, a Obra celebrará os (At 1,8).
quinze anos de existência da JM com seu 1º Congresso
Missionário Nacional com o tema “Batizados e envia-
dos: a juventude em missão no mundo”. Ele acontece-
rá em Brasília na sede das POM e no Centro Cultural
Missionário (CCM), contemplando uma experiência mis- Assim foi a dinâmica vivida pela Pontifica Obra
sionária nas paróquias de Planaltina, no DF. Os partici- da Propagação da Fé neste ano de 2019. Uma Obra
pantes serão os jovens de todo o Brasil e convidados dos que nasceu da inspiração de dois jovens irmãos que
países que compõem o Cone Sul da América do Sul. Esse deixaram seus corações se inflamarem pelo mandato
congresso terá o objetivo de fortalecer sua identidade e fa- de Jesus, no pedido aos discípulos para que fossem
vorecer a comunhão dos grupos de base. suas testemunhas até os confins da terra (cf. At1,8).
Por essas atividades, quase duzentos anos depois do
nascimento da obra, ajudamos cristãos e cristãs, em
variados estágios da vida, a se fazerem missionários
de Jesus Cristo, do norte ao sul, do leste ao oeste do
Brasil, contribuindo para consolidar a cultura missio-
nária e a testemunhar que, por meio do batismo, so-
O subsídio dos Idosos e mos todos missionários e formamos a igreja de Cristo
em missão no mundo.
Enfermos Missionários que Um bom Natal e um ano novo repleto de desafios
esperamos também seja uma e realizações a todos!
ferramenta útil e eficaz na Pe. Badacer Neto
animação missionária Secretário Nacional da
Pontifícia Obra da Propagação da Fé
2019 setembro - dezembro 15
Missão em Contexto
Diário da
Cruz Missionária
Vamos imaginar que a Cruz Missionária pudesse
descrever suas vivências pelo mês missionário no
Brasil. Acho que seria mais ou menos assim...
O
lá. Sou a Cruz Missionária. são no mundo” foi escolhido para
Quero falar para você sobre nos ajudar a refletir e alimentar o
o que eu vivi nesses dias ardor da atividade evangelizadora
especiais do mês de outubro pelo da Igreja ad gentes.
Brasil. Com alegria, fui escolhida Pois bem. Aqui no Brasil, fui
como símbolo para a celebração feita de madeira de cedro por ar-
do Mês Missionário Extraordinário tesões da Diocese de Óbidos,
para o nosso país. no Pará. Foram mais de trezen-
Minha história vem de outros tas cruzes iguais a mim e, as-
tempos. Fui produ- sim, pude estar presente em to-
zida por artesãos na das as Arquidioceses, Dioceses e
Bolívia para marcar o 5ª Prelazias do Brasil, sendo símbolo
Congresso Missionário de animação missionária nas co-
Americano. A inspira- munidades. Quantos sinais de vida
ção para ser criada veio pude presenciar! Festejei com o
do artesanato povo nos mais diversos lugares.
dos povos indíge- Nas grandes celebrações das
nas chiquitanos, catedrais, em 1º de outubro, dia
tornado, das re- de Santa Teresinha do Menino
duções jesuíticas Jesus, entrei solene junto com todo
de San Javier e o povo para celebrar a abertura
Concepción, pa- do mês das missões. Estive até no
trimônio mundial Santuário de Aparecida! Quanta
pela sua história carrega- alegria estar no coração da mãe de
da de significado e luta todos os brasileiros.
para preservar sua cultu- Mas também andei por luga-
ra. Fui abençoada pelo res mais humildes. Fui presença
Papa Francisco durante na reza do terço missionário com
sua visita apostólica à as famílias pelas comunidades do
Bolívia em 2017 e enviada para os interior, junto aos grupos que se
diversos países da América. reuniram para rezar a novena mis-
Fotos: arquivo POM
A Novos conteúdos
secretaria nacional da Infância e
Adolescência Missionária (IAM), após
um processo de avaliação, escrita e
diagramação, lança o novo Subsídio para O subsídio é formado por dez temas cola-
Assessores da IAM. Completamente refor- borativos à formação de assessores e asses-
mulado, inclui três novos volumes, é forma- soras de todo o País. São eles: Fundamentos
do por um total de dez temas, está dividido da Missão; História e carisma da IAM;
por cores e acompanha um box super práti- Fundadores, padroeiros e símbolos da IAM;
co para ser usado. Doze passos para organizar um grupo da
Essa versão é fruto do Plano de Ação 2018- IAM; Espiritualidade missionária; A pessoa
2020, preparado por representantes de todo do(a) assessor(a) da IAM; Metodologia da
o Brasil com previsão para esse tipo de pro- IAM; O desenvolvimento das crianças e ado-
dução. A primeira versão surgiu em 2004 e lescentes; Encontro de coordenadores da
teve reedições em 2007 e 2016. A necessi- IAM; Cantando a IAM.
dade de revisão oportunizou incluir novos
textos e temas, sendo constituído um grupo
de trabalho formado por assessoras de di-
versos regionais do Brasil. Após os discerni-
mentos em suas regiões, o grupo reuniu-se
em dezembro de 2018 na sede das POM em
Brasília para conciliar e viabilizar a produção
das ideias.
Segundo a irmã Patricia Souza, secretá-
ria nacional da IAM, esse material é feito de
gratidão e esperança: “Gratidão pelas pesso-
as que se dedicaram, gastaram seu tempo
e nos ajudaram a pensar, a escrever e revi-
sar cada linha escrita e reescrita. E a nossa
Formação de
esperança é que ele possa nos ajudar a vi-
ver a missionariedade com maior entusias-
mo. Com assessores(as) entusiasmados(as)
e motivados(as), temos grupos animados e
Multiplicadores
consequentemente crianças e adolescentes
sendo protagonistas da missão, “tornando O material está conectado à formação
Jesus conhecido e amado” entre as crianças de multiplicadores a realizar-se em en-
e adolescentes. Essas pequenas sementes contro nacional em Brasília, nos dias 27 a
fortalecem a vivência missionária nas comu- 31 de janeiro de 2020. Ainda em fase de
nidades onde estão inseridos(as)”, lembrou organização, terá maiores informações
Ir. Patricia. em breve.
Itinerário de
formação missionária
O subsídio formativo para os Conselhos Missionários quer
ajudar no aprofundamento da consciência missionária
D
urante o 3º Congresso constituir-se em valiosa ferramenta Ela exige mudança de certas
Missionário Nacional de para grupos de reflexão nas paró- estruturas e um novo tipo de for-
Seminaristas, realizado em quias, pastorais e movimentos que mação a começar pelos seminários
Santo Antônio da Patrulha (RS), desejam ajudar no aprofundamento e casas de formação de religiosos/
nos dias 10 a 14 de julho de 2019, da consciência missionária de seus as. “É preciso ter a coragem de levar
foi feito o lançamento do subsí- membros e despertá-los para uma a fundo uma revisão das estruturas de
dio formativo para os Conselhos vivência mais autêntica e compro- formação e preparação do clero e do
Missionários “A missionarieda- metida de sua vocação de discípulos laicato da Igreja que está no Brasil.
de: alguns de seus fundamentos”. missionários numa Igreja em saída. A situação atual exige uma formação
Trata-se do primeiro fascículo de A Igreja passa por um processo qualificada em todos os níveis” (Papa
uma coleção intitulada “Itinerário de renovação. Essa renovação toca, Francisco, Discurso no dia 28 de
de formação missionária” a ser também, o jeito de ser dos cristãos julho de 2013, durante a JMJ).
produzida sob a coordenação das e, consequentemente, de presbíteros Essa mudança na formação pres-
Pontifícias Obras Missionárias nesse novo contexto, conforme nos supõe, entre outras coisas, que se
(POM), contando com a parceria lembra o Documento de Aparecida: volte ainda mais às fontes bíblicas;
das Edições Loyola. “Encontramo-nos diante do desafio que as congregações religiosas vol-
A iniciativa merece muito desta- de revitalizar nosso modo de ser ca- tem para seus carismas originais,
que porque é mais um fruto do pro- tólico e nossas opções pessoais pelo eminentemente missionários; que
tagonismo de um expressivo grupo Senhor” (DAp 13). sejam incentivadas experiências
de seminaristas que, conscientes da Atentos a essa metamorfose de missionárias bem preparadas e
própria vocação batismal-missio- uma identidade em contínua trans- realizadas; que a missiologia seja
nária e desejosos de fomentá-la e formação, os responsáveis pelo pro- disciplina de destaque nos progra-
aprofundá-la sempre mais, se pro- cesso de formação presbiteral to- mas acadêmicos das Faculdades de
puseram a colaborar efetivamente mam cada vez mais consciência de Teologia; que nos seminários e nas
com o processo de formação mis- que a formação pastoral-missioná- casas de formação de religiosos/as
sionária na Igreja no Brasil. A ela- ria se constitui em princípio unifi- seja oferecida uma séria e sistemá-
boração do subsídio, acima citado, cador de todo o processo formativo tica formação missionária.
concretização de um dos pontos (cf. CNBB, doc. 93, n.300). “Não dá Os cristãos, com suas princi-
do Plano Trienal de Ação (2017-2020) mais para formar padres que não sejam pais lideranças, não podem esque-
dos Conselhos Missionários de missionários”, constataram os parti- cer que a Igreja nasce da missão e
Seminaristas (COMISEs), foi as- cipantes da reunião dos membros existe para a missão. Existe para os
sumida pela equipe de articulação das Comissões Episcopais Pastorais outros e precisa ir a todos (cf. EN
que reuniu seminaristas de diversos da CNBB - para os Ministérios 14). Por isso, os bispos reunidos na
Regionais da CNBB. Ordenados e a Vida Consagrada e V Conferência de Aparecida, reco-
Esse instrumento formativo, para a Ação Missionária -, aconte- mendam que os melhores esforços
que conta com seis capítulos é cida em novembro de 2012. da Igreja sejam empregados na con-
uma preciosa ajuda aos Conselhos Criar nos cristãos, nos ordena- vocação e na formação de missio-
Missionários em geral (regionais, dos, consagrados e leigos, uma nova nários. Só através da multiplicação
diocesanos e paroquias) e, em es- mentalidade, mentalidade missio- deles poderemos chegar a respon-
pecial, aos Conselhos Missionários nária, é uma tarefa urgente mas, ao der às exigências missionárias do
de Seminaristas. Além disso, pode mesmo tempo, árdua e difícil. momento atual (cf. DAp 174).
20 setembro - dezembro 2019
Pontifícia União Missionária
INFORMAÇÕES
Centro Cultural Missionário (CCM) SGAN 905 - Conjunto C - Asa Norte - 70790-050 - Brasília - DF
www.ccm.org.br / ccm@ccm.org.br / (61) 3274.3009
O nascimento
do menino
renova
as nossas
esperanças
Vamos juntos neste Natal aquecer com
ternura os corações daqueles que nos
acompanham em nossa caminhada pela vida.
E que a nossa vida missionária se dirija para todo
aquele que esteja necessitando de nosso abraço.
Feliz Natal!