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I) UM POUCO DE HISTÓRIA
Corrupção, quem gosta? Os cofres públicos são abastecidos pelas arrecadações de tributos —
imposto é espécie do gênero tributo —, estes advindo do povo ao comprar produtos, contratar
serviços. A finalidade dos tributos é atender a necessidades públicas: pagamento dos subsídios e
vencimentos básicos dos agentes públicos, mais vantagens; construções, manutenções de
estabelecimentos de Educação, de Saúde etc.
Depreende-se, para atender a necessidades públicas, o Estado não pode abrir mão de fonte de
recursos para atender a necessidades públicas. O dinheiro usado para saúde, educação,
assistência social, entre outros, são provenientes dos tributos. É a política econômico-financeira
de cada governo que deverá ser sucinta aos princípios e objetivos constitucionais.
“Roubou, mas fez!”; era assim, não muito distante. Coronelismo, um mal, infelizmente, ainda
existente no Brasil. Diante das dificuldades impostas pela burocracia estatal, mesmo perante a EC
nº 19/1988, a Reforma Administrativa, a eficiência administrativa é mais uma lei de papel.
Formalmente é linda a palavra “eficiência”, materialmente deixa a desejar muito. Melhorou, não
é de se refutar tal premissa, contudo ainda não é célere, como deve ser; as comunicações entre
os órgãos públicos são deficitárias para o povo. Os canais de comunicações entre cidadãos e
Estado são confusos, como são confusos os canais de atendimento entre consumidores e
fornecedores, os chamados Serviços de Atendimento ao Consumidor. Perdesse mais tempo na
ligação do que no atendimento. E acha paciência para ouvir as “musiquinhas de espera”. Pior,
muito pior fica quando a ligação cai, algo que me faz pensar no tempo da telefonia em seus
primórdios.
“Surgem neste período os primeiros partidos: Partido Conservador e Partido Liberal. Não
divergiam ideologicamente. A ideia de democracia e participação popular não faziam parte do
projeto dos dois partidos. Ambos não se colocavam contra a escravidão.”
“A ideia de democracia e participação popular não faziam parte do projeto dos dois partidos.
Ambos não se colocavam contra a escravidão”, ótimos exemplos, liberal e conservador, de Alcova.
A CRFB de 1988, com fulcro nos direitos humanos (art. 5º, §§ 2º e 3º), findou as pseudociências.
Entre um morador de comunidade carente e morador de gueto de luxo, todos são iguais perante
a Justiça. Os trâmites comuns tantos nos processos civis e penais, o respeito a dignidade (arts. 1º,
III, e 5º, § 1º) seja de alguma dama da sociedade ou de puta da esquina. Avanços consideráveis.
Claro, não foi de um dia para outro dia, com a promulgação da CRFB de 1988 que tudo mudou.
Ainda restavam antigos conceitos doutrinários do passado, assim como crenças. A puta da
esquina, caso estuprada por algum cliente, tinha em seu desfavor o fato de ela ser uma
“criminosa nata”, quem acreditaria nela? À dama de família, caso estuprada por seu marido,
tinha em seu desfavor o “crédito marital”; ela estava regida por uma conceito obrigacional de
saciar a libido de seu marido. A Justiça e a sociedade até poderiam acreditar na dama, no entanto,
não havia justificativa para não “pagar” ao seu credor-marido o “débito da Alcova conjugal”. Não,
não era Kama Sutra (prazer), mas Cama Suja da Agonia.
Se todos têm dignidade, não são todos que têm a eficiência da segurança pública, dos serviços
públicos, como conserto de redes elétricas em caso de apagões. O acesso à Justiça é um
privilégio, ainda e infelizmente, para a maioria dos cidadãos. Apesar dos esforços do Ministério
Público e da Defensoria Pública em garantir a dignidade dos consulentes, a maioria dos cidadãos
com poucas condições econômicas, essas instituições têm dificuldades de agirem com eficiência.
Se os subsídios são altos — digo, os salários percebidos quando comparados com o piso salarial
nacional para a iniciativa privada —, as condições de trabalho são precárias. Mesmo com os
contumazes problemas nas conexões, pelos péssimos serviços prestados pelas concessionárias de
telecomunicação, outros aborrecimentos se somam, como a falta de entrosamento —parcerias,
convênios — entre os órgãos da Administração Pública. Isso desacredita os cidadãos quanto ao
interesse do Estado quanto à defesa e manutenção da dignidade dos próprios cidadãos. Por sua
vez, os agentes púbicos, em geral, também ficam desacreditados. Como explicar a ineficiência na
administração pública aos necessitados e pagadores de tributos, os quais esperam atendimentos
a altura da carga tributária que pagam?
https://www.anadep.org.br/wtksite/downloads/iv-diagnostico-da-defensoria-publica-no-brasil.p
df
Isso tudo, repito, causa desconfiança por parte de quem necessita de defesa e manutenção de
seus direitos constitucionais. Direitos Humanos. Serão eles os causadores de máximas corrupções
no solo pátrio? Depende. E o caso é delicado, principalmente num país de pífias políticas aos
direitos humanos. Práticas sociais podem causar manipulação do saber, ou distorções dos fatos.
Transcrevo, para enriquecer:
Assim, gostaria particularmente de mostrar como se pôde formar, no século XIX, um certo saber
do homem, da individualidade, do indivíduo normal ou anormal, dentro ou fora da regra, saber
este que, na verdade, nasceu das práticas sociais, das práticas sociais do controle e da vigilância.
E como, de certa maneira, esse saber não se impôs a um sujeito de conhecimento, não se propôs
a ele, nem se imprimiu nele, mas fez nascer um tipo absolutamente novo de sujeito de
conhecimento. Podemos dizer que a história dos domínios do saber em relação com as práticas
sociais, excluída a preeminência de um sujeito de conhecimento dado definitivamente, é um dos
(...)
maneira como os homens podiam ser julgados em função dos erros que haviam cometido, a
maneira como se impôs a determinados indivíduos a reparação de algumas de suas ações
e a punição de outras, todas essas regras ou, se quiserem, todas essas práticas regulares, é claro,
mas também modificadas sem cessar através da história — me parecem uma das formas pelas
quais nossa sociedade definiu tipos de subjetividade, formas de saber e, por conseguinte,
relações entre o homem e a verdade que merecem ser estudadas.
(...)
Quais são as práticas sociais, melhor dizendo, de certas comunidades em relação aos direitos
humanos? Se há distorções quanto aos direitos humanos no Brasil, isto se deve aos atos dos
próprios agentes públicos e de não agentes. No caso das gestões dos administradores públicos,
os intermináveis crimes contra a administração pública. Os princípios que norteiam a
administração pública:
Como em qualquer lei de papel, os princípios não são cumpridos, pois, como mitos, despendem
da boa-vontade de seus criadores, a ética dos seres humanos.
Assim, temos crimes, por ação ou omissão — LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992: “Art. 5°
Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de
terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano”. —, as improbidades administrativas
cometidas por agentes e particulares. Exemplo:
“[...] No que tange à presença dos elementos subjetivos exigidos para a configuração da conduta
enquanto ato de improbidade administrativa, verifica-se que o Tribunal a quo, a partir dos
elementos fáticos e probatórios constantes dos autos, constatou que os recorrentes agiram com
dolo, requisito exigido para a subsunção da conduta ao comando normativo descrito no art. 9º,
inciso I, da Lei 8429/92. 3. Em síntese, na espécie, a instância ordinária esclareceu que os
recorrentes depositavam valores em prol de oficiais de justiça (chamados com um tanto de
eufemismo como ‘gratificações’) com o objetivo de obter maior celeridade no cumprimento dos
mandados judiciais em processos patrocinados pelo escritório, daí porque não há que se falar na
inexistência do elemento subjetivo.” (In: STJ; Processo: AGRES 1305243-RS; Relator: Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES; Órgão Julgador: SEGUNDA TURMA; Julgamento: 16/05/2013;
Publicação: DJE, 22/05/2013)
Leciona Di Pietro:
Como ficam os direitos humanos no Brasil? Ficam prejudicados na aplicação material, isto é, na
vida cotidiana dos cidadãos brasileiros, refugiados, asilados etc.. Ou melhor, sucessões de
violações aos direitos humanos no Brasil, desde desvio de finalidade, abusos de poder, de
autoridade, excesso de poder, mancomunações nas Parcerias Público-Privadas. Os direitos
humanos podem ser usados para fins nada éticos. Por exemplo, ladrão mata, estupra. Sabendo
das proteções dos direitos humanos, ainda debocha dos policiais. O senador que lesou os cofres
públicos e, num imperativo de ter direitos, pede aos advogados algumas informações sobre
direitos humanos, como “posso permanecer calado”?
No parágrafo acima pode parecer que os direitos humanos “defendem bandidos”. O axioma
“defender bandido” é vazio de sentido. Se há uma máxima nisso, podemos dizer que o vidro faz
mal porque corta, o a radiação é má por matar etc. O vidro possui várias utilidades, assim como a
radiação. Os usos podem ser desastrosos conforme intenções e motivos. Direitos humanos
defendem a pessoa humana, sujeito de direitos. E quem são esses sujeitos? O Direito não é
estático, assim como os próprios seres humanos. Três concepções sobre Constituição, a
sociológica, a política, e a jurídica, para delinear as principais características constitucionais. Eu,
particularmente, pendo par a sociológica. Ou seja, qualquer Constituição é uma amálgama dos
valores inferidos da sociedade. Em cada época, uma cosmovisão de vida boa, isto é, como viver
bem. E viver bem depende, como sempre, para quem; alguns detentores de direitos e deveres,
outros somente de deveres, ou nada.
Já pensaram, caríssimos (as) leitores (as), homens e mulheres nus numa sala de ginástica
treinando? Isso causaria plerplexidez; possivelmente, alguém entraria em contato com a Central
de Polícia para reclamar do Ato Obsceno (Art. 233, do CP). Questão de lugar, época e costumes.
Neonatal abandonado ao relento sem ninguém socorrê-lo (Art. 135, do CP), mãe que mata seu
filho recém-nascido (Art. 123, do CP) por acreditar nos valores supremos da eugenia. Pode
parecer os impensáveis, pois a vida de um sr frágil e indefeso, como o neonatal, não pode ser
objeto de qualquer ideologia. Transcrevo para enriquecer o debate:
“A posição das mulheres, em Esparta, era peculiar. Não eram recluídas, como as mulheres
respeitáveis no resto da Grécia. As moças recebiam a mesma educação física ministrada aos
rapazes. O que é ainda mais notável, rapazes e moças faziam ginástica juntos, completamente
nus. Desejava-se (cito o Licurgo, de Plutarco, na tradução de North) “que as donzelas
enrijecessem o corpo com exercícios de corridas, lutas, lançamento de dardo, a fim de que o
fruto que pudessem conceber se alimentasse de um corpo forte e vigoroso, tivesse bom
desenvolvimento e melhorasse a raça, e para que o fortalecimento conseguido mediante tais
exercícios fizesse com que suportasse melhor as dores do parto …
E embora as jovens se mostrassem assim, completamente nuas, não se via nisso nada de
indecoroso; não havia propostas desonestas, mas, ao contrário, todos os divertimentos e
desportos se verificavam sem que houvesse qualquer licenciosidade.
(...)
As mulheres não podiam manifestar qualquer emoção que não fosse proveitosa para o Estado.
Podiam demonstrar desprezo por um covarde, sendo elogiadas se tratasse de seu próprio filho;
mas não podiam demonstrar sofrimento se o filho recém-nascido era condenado à morte
devido à sua debilidade, ou se seus filhos fossem mortos em combate. Eram consideradas, pelos
outros gregos, como mulheres excepcionalmente castas; ao mesmo tempo, uma mulher casada
sem filhos não fazia nenhuma objeção se o Estado lhe ordenasse que procurasse algum outro
homem que fosse mais bem-sucedido que o marido em gerar-lhe filhos. A legislação encorajava
a procriação de filhos Segundo Aristóteles, o pai de três filhos ficava isento de serviço militar, e o
pai de quatro de todos os deveres para com o Estado. (RUSSEL,Bertrand. História do Pensamento
Ocidental - Companhia Editora Nacional)
Quando se fala em “sujeito de direito”, a corrente positivista considera que o Estado confere
força jurídica, enquanto a corrente jusnaturalista considera que o Estado não pode violar os
direitos naturais, ou direitos inatos aos seres humanos. Quanto ao “sujeito de direito”, não
necessariamente se está falando em seres humanos, pois as pessoas jurídicas são “sujeitas de
direito. Assim, são “sujeitos de direito” as pessoas naturais, homens e mulheres, e as pessoas
jurídicas, como cooperativas, fundações, sociedades etc. No caso em tela, os “sujeitos de direito”
são os seres humanos. Conduto, como feito acima, “sujeito de direitos” é uma criação social,
conforme a cosmovisão. Em Esparta não era infanticídio matar recém-nascido com “defeito”
físico, pois os espartanos, sempre em conflitos armados, não consideravam seres humanos
“defeituosos” como “capacitados”. Sim eugenia espartana. Podemos considerar a eugenia, no
início do século XX, nos EUA, como uma imposição do Estado e, assim, alguns seres humanos são
sujeitos de direitos.
Personalidade civil (Art. 2º, do CC), direitos e obrigações. Vamos imaginar, hipoteticamente, que
os espartanos tivesse condições de verificar se o feto teria ou não, geneticamente, problemas
físicos ao nascer. Positivo, o aborto imputado pelo Estado. No ordenamento jurídico brasileiro, a
"a personalidade civil começa do nascimento com vida". Há três três correntes doutrinárias sobre
direito à vida
Ainda há quem diga que houve Golpe para impedir de Lula concorrer às eleições de 2018. A
trama se iniciou com o impeachment de Dilma Rousseff. As querelas dos apoiadores de Lula e
Dilma são: o impeachment de Dilma fora uma armação visivelmente antiética e oportunista por
parte dos parlamentares que votaram a favor do impeachment; Sérgio Moro agiu com
parcialidade ao divulgar conversações, em 2016, entre a Presidenta da República Dilma Rousseff
e Lula. Os opositores do PT, partidos políticos, empresários, religiosos etc., logo se mobilizaram
para terminar com a ERA PT na Presidência da República. Manifestações ocorreram, em todo o
país. Carros de sons, mulheres com seios de fora bradando “Fora Dilma”, enfim, cada qual
protestando como pôde. O interessante, numa relação “conservadores contra comunismo”, as
manifestações antiPT não mediram esforços para acabar com o “mal do PT”, isto é,
“corrompendo”, através das decisões do STF, a “família tradicional heteronormativa” e outras
mudanças causadas pelo STF.
Feministas, nomenclatura que causa ojeriza aos “conservadores”, também protestavam como
“Eva no Paraíso”, somente com proteção nas partes pudendas. E foram repudiadas pelos
péssimos comportamentos à luz da sociedade.
Guerras ideológicas, o Brasil se afundou nisso. Em outros artigos fiz menções sobre utilitarismo,
liberal, no sentido de filosofia libertária. Autonomia da vontade e autopossessão versus vida boa,
determinada por grupos ideológicos se opondo contra as mudanças ocorridas no Brasil, desde a
promulgação da CRFB de 1988. Mudanças profundas contrariando interesses particulares dos,
assim chamados, conservadores. Desde a Lei do Divórcio, os conservadores se sentiram
ameaçados, pois como viver diante de tantas mudanças? Com a CRFB de 1988, mais
transformações, como casamento gay, adoção de crianças por gays, aborto de anencéfalo etc.
Está para ser lançado o filme Nada a Perde 2. No primeiro filme, os evangélicos lutavam por seus
espaços na sociedade brasileira. “Espaços”, de professarem livremente. A trama no filme 1
mostrou conspirações entre Estado e a Igreja Católica para impedirem o desenvolvimento dos
evangelhos no Brasil. A intolerância religiosa era tão evidente que no O Maior Debate Religioso
da História da Televisão Brasileira! [2] é possível constatar que havia uma “seita” surgindo no
Brasil.
Com o apogeu do PT 2003 a 2014, Igreja Católica e Igrejas Evangélicas, uniram-se para conter
uma possível Segunda Era PT (2019, e sabe-se lá até quando). No YouTube, não é custoso
encontrar vídeos de padres e bispos em visível ataque ao PT, ao comunismo . Ou seja, tudo de
“ruim” (feministas, LGBT+ etc.) é reportado ao comunismo.
Nas redes sociais e mídias sociais, “trincheiras” foram cavadas para um guerra; sem armas bélicas,
as “bombas de efeito moral”, no sentido de defender os “bons costumes”, foram lançadas:
“Os próprios gays são contra a Parada Gay. Não há necessidade de tais comportamentos em
público”;
#Verificamos: É falso que OAB pediu o fim da Operação Lava Jato [4]
As notícias falsa (fake news) não foram somente usadas pelos, assim considerados,
“conservadores”. Nas eleições de 2018 a situação estava tão séria que o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) firmou “acordo de colaboração com os Partidos Políticos para a manutenção de
um ambiente eleitoral imune de disseminação de noticias falsas (fake news) nas Eleições 2018
[4].
3) ESTADO DE DIREITO
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular,
ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e
do Estado.
Artigo 37 – A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
(...)
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
(...)
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e
transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
(...)
Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de
obter:
(...)
§ 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa, é
assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da
parte sob sigilo.
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a
decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o
requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco)
dias se:
III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa estabelecidos nesta Lei não tiverem
sido observados; e
Artigo 13
Participação da sociedade
2. Cada Estado Parte adotará medidas apropriadas para garantir que o público tenha
conhecimento dos órgão pertinentes de luta contra a corrupção mencionados na presente
Convenção, e facilitará o acesso a tais órgãos, quando proceder, para a denúncia, inclusive
anônima, de quaisquer incidentes que possam ser considerados constitutivos de um delito
qualificado de acordo com a presente Convenção.
3.2.3) DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS SOBRE LIBERDADE DE EXPRESSÃO
(Aprovado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em seu 108º período ordinário de
sessões, celebrado de 16 a 27 de outubro de 2000)
(...)
11. Os funcionários públicos estão sujeitos a maior escrutínio da sociedade. As leis que punem a
expressão ofensiva contra funcionários públicos, geralmente conhecidas como “leis de desacato”,
atentam contra a liberdade de expressão e o direito à informação.
13. A utilização do poder do Estado e dos recursos da fazenda pública; a concessão de vantagens
alfandegárias; a distribuição arbitrária e discriminatória de publicidade e créditos oficiais; a
outorga de frequência de radio e televisão, entre outras, com o objetivo de pressionar, castigar,
premiar ou privilegiar os comunicadores sociais e os meios de comunicação em função de suas
linhas de informação, atentam contra a liberdade de expressão e devem estar expressamente
proibidas por lei. Os meios de comunicação social têm o direito de realizar seu trabalho de forma
independente. Pressões diretas ou indiretas para silenciar a atividade informativa dos
comunicadores sociais são incompatíveis com a liberdade de expressão.
(...)
ARTIGO 8
Garantias Judiciais
1. Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo
razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido
anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para
que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de
qualquer outra natureza.
ARTIGO 13
O exercício do direito previsto no inciso precedente não pode estar sujeito à censura prévia,
mas a responsabilidades ulteriores, que devem ser expressamente fixadas pela lei a ser
necessária para assegurar:
3. Não se pode restringir o direito de expressão por vias ou meios indiretos, tais como o
abuso de controles oficiais ou particulares de papel de imprensa, de freqüências radioelétricas ou
de equipamentos e aparelhos usados na difusão de informação, nem por quaisquer outros meios
destinados a obstar a comunicação e a circulação de idéias e opiniões.
4. A lei pode submeter os espetáculos públicos à censura prévia, com o objetivo exclusivo de
regular o acesso a eles, para proteção moral da infância e da adolescência, sem prejuízo do
disposto no inciso 2º.
5. A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda apologia ao ódio
nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à
violência.
ARTIGO 24
Todas as pessoas são iguais perante a lei. Por conseguinte, têm direito, sem discriminação, a
igual proteção da lei.
4) IMPRENSA E IDEOLOGIA
Dizer que há neutralidade da Imprensa, em geral, é desconsiderar a fonte de tudo que o ser
humano criou, sua própria intenção e motivo. Sem delongas, o belíssimo trabalho de pesquisa
sobre liberdade de expressão:
“O objetivo principal dessa pesquisa consistia em determinar qual dos regimes, monárquico ou
republicano, permitiu maior liberdade de expressão em 1889.
A resposta obtida é a de que, ao menos no período analisado, houve considerável liberdade para
contestar o governo em ambos os regimes. Mesmo nos primeiros meses do governo provisório, a
imprensa continuava a censurar os atos da nova administração republicana, que parecia tolerar a
contestação pública das gazetas curitibanas, ainda que vivesse momento de incerteza e
vulnerabilidade aos juízos da opinião pública.
Diferente do que predomina no senso comum dos juristas, a monarquia constitucional não se
assemelhava a um regime autoritário, em que o Imperador exercia arbitrariamente seu poder
moderador – aliás, constitucional. Pelo contrário, tratou-se de regime caracterizado por elevados
índices de contestação pública, especialmente em fins do Império (...). [6]
NOTAS:
[2] — YouTube. O Maior Debate Religioso da História da Televisão Brasileira! Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=JKqOyPZMw-A
[3] — E-Farsa. É verdade que o PT de Haddad distribui mamadeira erótica nas escolas? Disponível
em:
http://www.e-farsas.com/e-verdade-que-o-pt-de-haddad-distribui-mamadeira-erotica-nas-escola
s.html
[4] — Agência Lupa. #Verificamos: É falso que OAB pediu o fim da Operação Lava Jato. Disponível
em: https://piaui.folha.uol.com.br/lupa/2019/06/12/verificamos-oab-fim-lava-jato/
http://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2018/Junho/eleicoes-2018-tse-e-partidos-firmam-a
cordo-de-nao-proliferacao-de-noticias-falsas
[6] — LOBO, Judá Leão; SOUZA, Otávio Oliveira de. A Liberdade de Expressão entre Monarquia e
República - uma história de igualdade e hierarquia na Curitiba de 1898. Disponível em:
http://reedpesquisa.org/revista/index.php/reed/article/view/285/pdf
Corte-IDH. CASO GOMES LUND E OUTROS (“GUERRILHA DO ARAGUAIA”) VS. BRASI. Disponível
em: http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/votos/vsc_figueiredo_219_por.doc
REFERÊNCIAS:
BRASIL. SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Presidente do STF determina que gravações entre Lula
e autoridades sejam mantidas em Curitiba. Disponível em:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=321123&caixaBusca=N
_____. Ministério Público Federal (MPF). Por onde começou (Lava Jato). Disponível em:
http://www.mpf.mp.br/grandes-casos/caso-lava-jato/atuacao-na-1a-instancia/investigacao/histo
rico
https://www.cgu.gov.br/assuntos/articulacao-internacional/convencao-da-onu/arquivos/cartilha-
onu-2016.pdf
_____. Superior tribunal de Justiça. Ex-agente acusado de receber propina para não fiscalizar
menores em eventos continua preso. Disponível em:
http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/Not%C3%A
Dcias/Ex%E2%80%93agente-acusado-de-receber-propina-para-n%C3%A3o-fiscalizar-menores-e
m-eventos-continua-preso
_____. Senado Federal. DAS EVIDÊNCIAS DOS CRIME DE LAVAGEM. Disponível em:
http://www.google.com.br/url?
esrc=s&q=&rct=j&sa=U&url=http://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento%3Ft%3D159015
&ved=2ahUKEwjsmf-lmpTjAhVSIbkGHcocA3gQFjALegQIBBA
B&usg=AOvVaw0viEyV-Bec53_DCnfZ7crD
Campo Maior em Foco. Mulher usa apenas adesivos nos seios em protesto contra corrupção.
Disponível em:
https://campomaioremfoco.com.br/mulher-usa-apenas-adesivos-nos-seios-em-protesto-contra-c
orrupcao-do-pt.html
CONJUR. Queima de processos antigos pode ser ameaça à história. Disponível em:
https://www.conjur.com.br/2007-nov-02/queima_processos_antigos_ameaca_historia
Notícias R7. Feministas protestam com seio nu e "castram" boneco de Bolsonaro. Disponível em:
https://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/feministas-protestam-com-seio-nu-e-castram-boneco-de-b
olsonaro-em-copacabana-19122014
https://www.metropoles.com/materias-especiais/posses-dos-presidentes-em-brasilia-historia-e
m-fotos-audios-e-videos
http://www.meritissimos.org.br/stf/index.php
http://www.ufrgs.br/laviecs/edu02022/portifolios_educacionais/t_20062_m/Paulo_Brizolla/Linh
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