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Serviço médico;
Serviço de enfermagem;
Serviço de farmácia;
Laboratório de microbiologia;
Administração.
Causas
Segundo (PEREIRA et,al,2005), a grande maioria das infecções hospitalares é causada
por um desequilíbrio da relação existente entre a microbiota humana normal e os
mecanismos de defesa do hospedeiro. Isso pode ocorrer devido à própria patologia de
base do paciente, procedimentos invasivos como o uso de cateter e respirador (para
ventilação mecânica), facilitam a entrada de bactérias e vírus, alterações da população
microbiana, geralmente induzida pelo uso de antibióticos, são fatores de risco para
desenvolvimento das IRAS.
Ainda conforme os autores acima, nesta cadeia epidemiológica o elo mais importante é
o hospedeiro, pois alberga os principais microrganismos que na maioria dos casos
desencadeiam processos infecciosos. A patologia base favorece a ocorrência da infecção
hospitalar por afetar os mecanismos de defesa anti-infecciosa: grande queimado,
acloridria gástrica, desnutrição, deficiências imunológicas, bem como o uso de alguns
medicamentos e os extremos de idade. (PEREIRA et al2005).
Pereira et al 2005, ainda destaca que nos pacientes gravemente enfermos a infecção
hospitalar costuma manifestar-se com maior intensidade, devido à realização de
procedimentos invasivos ou imunossupressores a que o doente foi submetido. Algumas
infecções hospitalares são evitáveis outras não. Infecções preveníveis são aquelas que se
podem prevenir, ou seja, interferir na cadeia de transmissão dos microrganismos. A
interrupção dessa cadeia pode ser realizada por meio de medidas reconhecidamente
eficazes como, por exemplo, a lavagem das mãos, a utilização dos equipamentos de
proteção individual e a observação das medidas de assepsia. O autor destaca ainda que
as infecções não preveníveis são aquelas que ocorrem mesmo com todas as precauções
adotadas, como pode ser constatado em pacientes imunologicamente comprometidos,
originarias a partir da sua microbiota normal.
Prevenção
Tipos de precauções
Precauções de Contato, esse tipo de precaução deve ser usado em todos os pacientes,
indiferentes de estarem em isolamento ou não, tendo como objetivo prevenir a
disseminação de doenças e infecções de transmissão por contato também se destinam
nas situações de suspeita ou confirmação de doença ou colonização por microrganismos
multirresistentes. Nesse caso o paciente fica em um quarto privativo, o uso de luvas e
aventais é obrigatório, o transporte desse paciente deve ser evitado, quando necessário,
o profissional deve manter todas as precauções de contato durante o trajeto desse
paciente, artigos e equipamentos devem ser de uso exclusivo do paciente incluindo
termômetro, esfigmomanômetro, devem ser limpos diariamente e desinfetados após a
alta do paciente. (ANVISA 2010)
O quarto do paciente deve ser privativo com porta fechada, preferencialmente deverá
dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e filtro de alta eficácia é
obrigatório o uso de máscaras comuns e individual, para todas as pessoas que entrarem
no quarto, sendo desprezado na saída do quarto, o transporte também deve ser evitado,
quando for necessário, o paciente deverá sair do quarto utilizando mascara comum (tipo
cirúrgico). E obrigatório o uso de máscara tipo PFF2 – Peça Facial Filtrante II (Máscara
N95) por todo profissional que prestar assistência ao paciente, devendo ser colocada
antes de entrar no quarto e retirada somente após a saída, podendo ser reaproveitada
pelo mesmo profissional enquanto não estiver danificada. (ANVISA, 2010).
O uso de luvas também é obrigatório para qualquer contato com o paciente ou seu leito,
trocar as luvas entre procedimentos diferentes no mesmo paciente, descartar as luvas no
próprio quarto e lavar as mãos imediatamente com antisséptico degermante (clorexidina
ou triclosan), na falta deste usar sabão liquido, usar o avental sempre que houver
possibilidade de contato das roupas do profissional com o paciente, com seu leito ou
com material infectante se o paciente apresentar diarreia, ileostomia, colostomia ou
ferida com secreção não contida por curativo, o avental passa a ser obrigatório ao entrar
no quarto, cada profissional deve utilizar um avental individual descartável para cada
paciente em isolamento, identificado com seu nome, que será dispensado ao final do
plantão, ou antes, se houver sujeira visível, na impossibilidade da utilização do avental
descartável, os aventais de tecido para uso comum (coletivo) deverão ser substituídos ao
final de cada plantão, ou antes, nos casos em que houver sujidade visível, os aventais
deverão ficar disponíveis no cabideiro na antecâmara dos quartos de isolamento, ou na
falta desta, dentro do quarto de isolamento próximo a porta de entrada.(ANVISA 2010).
Os equipamentos são todos de uso exclusivo para o paciente, incluindo termômetro,
estetoscópio e esfigmomanômetro devem ser limpos diariamente e desinfetados (ou
esterilizados). Estes pacientes também devem evitar serem transportados, quando
necessário, o profissional deverá seguir as precauções de contato durante todo o trajeto
para qualquer contato com o paciente. (ANVISA 2010).
Conforme Aguiar, Lima e Santos (2008), são denominadas precauções padrão (PP) os
procedimentos que devem ser adotados em estabelecimentos de saúde durante a
assistência a qualquer paciente com processo infeccioso e ou suspeita de contaminação,
objetivando reduzir o risco de transmissão de microrganismos de fontes de infecção,
sejam elas conhecidas ou não. São consideradas precauções padrão o uso de
equipamentos de proteção individual (máscaras, luvas, avental, óculos protetores e
escudo facial), vacinas e, principalmente, a mais antiga e mais eficiente, a lavagem das
mãos com agua e sabão.
As mãos são consideradas as ferramentas principais dos profissionais que atuam na área
da saúde, pois são executoras das atividades realizadas. Assim, a segurança do paciente
nesses serviços depende da higienização cuidadosa e frequente das mãos desses
profissionais. (ANVISA 2010).
IMPORTÂNCIA DO FAMILIAR
Os autores destacam que a informação sobre o que seria precaução de contato, o que
pode e o que não pode ser feito durante esse período, e as medidas preventivas devem
ser informadas pela equipe de enfermagem e os médicos durante o período de
internação. (RABELO E SOUZA, 2009).
Rabelo e Souza (2009) descrevem ainda que todo o contato que a enfermeira tem com o
usuário da saúde, estando a pessoa doente ou não, deveria ser considerado uma
oportunidade de ensino de saúde.
O tema ‘‘Controle de Infecção Hospitalar” Orientações aos Pacientes, Familiares e
Profissionais da Saúde deve ser considerado de grande importância para todos
pacientes, familiares e profissionais da saúde como uma forma de esclarecimento das
dúvidas e orientações sobre como combater a IH. Como intervenção, a base será na
educação, na modificação dos hábitos durante a internação hospitalar e no cumprimento
das normas propostas pelo SCIH. Familiares e pacientes orientados sobre os cuidados
para evitar a IH, juntamente com a equipe de profissionais da saúde treinada podem
auxiliar no combate a IH. Neste contexto, a enfermagem surge como mediadora no
processo de aprendizagem. Ressalta-se que o enfermeiro tem um papel fundamental no
controle da IH, atuando como educador no hospital e na comunidade em geral.