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Infecção hospitalar

Segundo a portaria 2616/98 do ministério da saúde infecção hospitalar: é aquela


adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a
alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.

As infecções hospitalares constituem risco significativo à saúde dos usuários, e sua


prevenção e controle envolvem medidas de qualificação da assistência hospitalar, de
vigilância sanitária entre outros.

Com o objetivo de combater as infecções hospitalares foi criado o Programa de


Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) através deste programa ações são
desenvolvidas, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das
infecções

Os hospitais deverão constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, essa


comissão deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior,
formalmente designados, os membros da comissão terão representantes, dos seguintes
serviços:

 Serviço médico;

 Serviço de enfermagem;

 Serviço de farmácia;

 Laboratório de microbiologia;

 Administração.

O hospital deverá elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de


infecção hospitalar, adequado às características e necessidades da instituição.

Também foi criado através da Anvisa o programa nacional de prevenção e controle de


infecções relacionadas à assistência à saúde (2016-2020).
O objetivo geral desse programa e reduzir, em âmbito nacional, a incidência de
Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) em serviços de saúde.o programa
estabeleceu que fossem reportados os dados de infecção primária de corrente sanguínea
(IPCS) associada a cateter venoso central (CVC) infecção do trato urinário (ITU)
associada a cateter vesical de demora (CVD), pneumonia associada a ventilação
mecânica (PAV) de todos os hospitais com leitos de Unidade de Terapia Intensiva - UTI
(adulto, pediátrico ou neonatal), além dos dados de infecções de sitio cirúrgico
relacionadas a cirurgia cesariana de todos os hospitais que realizam esse procedimento.

Para diagnosticar se e uma infecção hospitalar, existem alguns critérios previamente


estabelecidos pela Anvisa/ministério da saúde.

O diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar informações oriundas de:

 Evidência clínica, derivada da observação direta do paciente ou da análise de seu


prontuário;
 Resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames microbiológicos,
a pesquisa de antígenos, anticorpos e métodos de visualização
 Evidências de estudos com métodos de imagem;
 Endoscopia;
 Biópsia e outros

Quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for


isolado um germe diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do
paciente, o caso deverá ser considerado como infecção hospitalar;

Quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver


evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação,
convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se
apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão, São também infecções
hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas da internação,
quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticas, realizados durante
este período, as infecções no recém-nascido são hospitalares, com exceção das
transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24
(vinte e quatro) horas.

Causas
Segundo (PEREIRA et,al,2005), a grande maioria das infecções hospitalares é causada
por um desequilíbrio da relação existente entre a microbiota humana normal e os
mecanismos de defesa do hospedeiro. Isso pode ocorrer devido à própria patologia de
base do paciente, procedimentos invasivos como o uso de cateter e respirador (para
ventilação mecânica), facilitam a entrada de bactérias e vírus, alterações da população
microbiana, geralmente induzida pelo uso de antibióticos, são fatores de risco para
desenvolvimento das IRAS.

Ainda conforme os autores acima, nesta cadeia epidemiológica o elo mais importante é
o hospedeiro, pois alberga os principais microrganismos que na maioria dos casos
desencadeiam processos infecciosos. A patologia base favorece a ocorrência da infecção
hospitalar por afetar os mecanismos de defesa anti-infecciosa: grande queimado,
acloridria gástrica, desnutrição, deficiências imunológicas, bem como o uso de alguns
medicamentos e os extremos de idade. (PEREIRA et al2005).

Pereira et al 2005, ainda destaca que nos pacientes gravemente enfermos a infecção
hospitalar costuma manifestar-se com maior intensidade, devido à realização de
procedimentos invasivos ou imunossupressores a que o doente foi submetido. Algumas
infecções hospitalares são evitáveis outras não. Infecções preveníveis são aquelas que se
podem prevenir, ou seja, interferir na cadeia de transmissão dos microrganismos. A
interrupção dessa cadeia pode ser realizada por meio de medidas reconhecidamente
eficazes como, por exemplo, a lavagem das mãos, a utilização dos equipamentos de
proteção individual e a observação das medidas de assepsia. O autor destaca ainda que
as infecções não preveníveis são aquelas que ocorrem mesmo com todas as precauções
adotadas, como pode ser constatado em pacientes imunologicamente comprometidos,
originarias a partir da sua microbiota normal.

Prevenção

Para prevenir a infecção hospitalar, as principais recomendações envolvem hábitos e


cuidados dos pacientes e dos profissionais de saúde, além dos protocolos internos dos
serviços de saúde. O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) do
Ministério da Saúde, criado para contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em
todos os estabelecimentos de saúde do território nacional, é um dos seis atributos da
qualidade do cuidado e tem adquirido grande importância para os pacientes, famílias,
gestores e profissionais de saúde, com a finalidade de oferecer uma assistência segura.

Pacientes e acompanhantes de pessoas internadas ou em ambulatórios também podem


ajudar na prevenção das infecções com medidas adequadas e lembrando algumas
informações para ajudar os profissionais de saúde durante o atendimento.

Tipos de precauções

Segundo o manual do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar – SCIH (ANVISA,


2010), os tipos de precauções foram divididos conforme as necessidades de cada
paciente, cada microrganismo, sendo que cada classe tem seus cuidados específicos que
devem ser tomados, para que seja evitado o aumento da infecção hospitalar.

Precauções de Contato, esse tipo de precaução deve ser usado em todos os pacientes,
indiferentes de estarem em isolamento ou não, tendo como objetivo prevenir a
disseminação de doenças e infecções de transmissão por contato também se destinam
nas situações de suspeita ou confirmação de doença ou colonização por microrganismos
multirresistentes. Nesse caso o paciente fica em um quarto privativo, o uso de luvas e
aventais é obrigatório, o transporte desse paciente deve ser evitado, quando necessário,
o profissional deve manter todas as precauções de contato durante o trajeto desse
paciente, artigos e equipamentos devem ser de uso exclusivo do paciente incluindo
termômetro, esfigmomanômetro, devem ser limpos diariamente e desinfetados após a
alta do paciente. (ANVISA 2010)

Precauções Respiratórias por Gotículas, a transmissão por gotículas ocorre através


do contato próximo com o paciente. Gotículas de tamanho considerado grande (>5
micras) são eliminadas durante a fala, respiração, tosse, e procedimentos como
aspiração. Atingem até um metro de distância, e rapidamente se depositam no chão,
cessando a transmissão. Portanto, a transmissão não ocorre em distâncias maiores, nem
por períodos prolongados. Exemplos de doenças transmitidas por gotículas: Doença
Meningocócica e Rubéola. (ANVISA, 2010)

O quarto do paciente deve ser privativo com porta fechada, preferencialmente deverá
dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e filtro de alta eficácia é
obrigatório o uso de máscaras comuns e individual, para todas as pessoas que entrarem
no quarto, sendo desprezado na saída do quarto, o transporte também deve ser evitado,
quando for necessário, o paciente deverá sair do quarto utilizando mascara comum (tipo
cirúrgico). E obrigatório o uso de máscara tipo PFF2 – Peça Facial Filtrante II (Máscara
N95) por todo profissional que prestar assistência ao paciente, devendo ser colocada
antes de entrar no quarto e retirada somente após a saída, podendo ser reaproveitada
pelo mesmo profissional enquanto não estiver danificada. (ANVISA, 2010).

Microrganismos multirresistentes, este tipo de precaução tem como objetivo


estabelecer qual o perfil de sensibilidade bacteriana para os microrganismos de flora
interna caracterizando-os como multirresistentes, estabelecer diretrizes para prevenção
da disseminação de microrganismos multirresistentes. (ANVISA, 2010). Para os
pacientes com esses tipos de bactérias multirresistentes são necessários alguns cuidados,
quarto privativo (priorizar os pacientes que de alguma maneira possam estar
transmitindo facilmente estes agentes), manter distância entre os leitos (min. 3 pessoas),
realizar a troca da paramentarão entre o atendimento aos pacientes, evitar acomodação
no quarto de pacientes que possam ter evolução mais grave diante de infecções, internar
com pacientes de baixo risco de aquisição e complicação e de provável internação curta,
instituir Precauções de Contato por tempo não definido. (ANVISA, 2010)

O uso de luvas também é obrigatório para qualquer contato com o paciente ou seu leito,
trocar as luvas entre procedimentos diferentes no mesmo paciente, descartar as luvas no
próprio quarto e lavar as mãos imediatamente com antisséptico degermante (clorexidina
ou triclosan), na falta deste usar sabão liquido, usar o avental sempre que houver
possibilidade de contato das roupas do profissional com o paciente, com seu leito ou
com material infectante se o paciente apresentar diarreia, ileostomia, colostomia ou
ferida com secreção não contida por curativo, o avental passa a ser obrigatório ao entrar
no quarto, cada profissional deve utilizar um avental individual descartável para cada
paciente em isolamento, identificado com seu nome, que será dispensado ao final do
plantão, ou antes, se houver sujeira visível, na impossibilidade da utilização do avental
descartável, os aventais de tecido para uso comum (coletivo) deverão ser substituídos ao
final de cada plantão, ou antes, nos casos em que houver sujidade visível, os aventais
deverão ficar disponíveis no cabideiro na antecâmara dos quartos de isolamento, ou na
falta desta, dentro do quarto de isolamento próximo a porta de entrada.(ANVISA 2010).
Os equipamentos são todos de uso exclusivo para o paciente, incluindo termômetro,
estetoscópio e esfigmomanômetro devem ser limpos diariamente e desinfetados (ou
esterilizados). Estes pacientes também devem evitar serem transportados, quando
necessário, o profissional deverá seguir as precauções de contato durante todo o trajeto
para qualquer contato com o paciente. (ANVISA 2010).

Conforme Aguiar, Lima e Santos (2008), são denominadas precauções padrão (PP) os
procedimentos que devem ser adotados em estabelecimentos de saúde durante a
assistência a qualquer paciente com processo infeccioso e ou suspeita de contaminação,
objetivando reduzir o risco de transmissão de microrganismos de fontes de infecção,
sejam elas conhecidas ou não. São consideradas precauções padrão o uso de
equipamentos de proteção individual (máscaras, luvas, avental, óculos protetores e
escudo facial), vacinas e, principalmente, a mais antiga e mais eficiente, a lavagem das
mãos com agua e sabão.

As mãos são consideradas as ferramentas principais dos profissionais que atuam na área
da saúde, pois são executoras das atividades realizadas. Assim, a segurança do paciente
nesses serviços depende da higienização cuidadosa e frequente das mãos desses
profissionais. (ANVISA 2010).

Atuação da equipe de enfermeiro no controle de infecção hospitalar

Visando o melhor funcionamento do controle da infecção, o enfermeiro tem papel


fundamental no serviço da CCIH, tendo como prioridades as seguintes funções:

 Reduzir a incidência e gravidade das infecções hospitalares;

 Aprimorar o processo de atendimento e seus resultados;

 Estimular a aderência dos profissionais do hospital ao programa de controle de


infecção;

 Estabelecer o padrão epidemiológico das infecções hospitalares;

 Realizar investigação epidemiológica de surtos hospitalares;

 Estar de acordo com organismos reguladores;


 Defender contra ações de má prática profissional;

 Validar o sistema de vigilância.

Moura et al (2007), enfoca que a problemática da IH no Brasil, cresce a cada dia


considerando que o custo do tratamento dos clientes com IH é 3 vezes maior que os
clientes sem infecção. O autor exemplifica esta crescente problemática através de
estudos realizados nos 5 hospitais de referencia de Teresina – PI, onde os mesmos
apresentaram uma taxa de prevalência de 27,9% de IH, ou seja, mais do que a
prevalência registrada em nível nacional.

IMPORTÂNCIA DO FAMILIAR

A importância do familiar e do paciente para o controle IH.

Rabelo e Souza (2009) descrevem em seu artigo, um estudo sobre o conhecimento


apreendido pelo familiar/acompanhante acerca da precaução de contato. Percebe-se
através do estudo uma necessidade emergente de esclarecer e informar adequadamente
tantos os pacientes quanto seus familiares/acompanhantes, pois estas dúvidas podem
gerar angustias e muitas vezes ações inadequadas, como por exemplo, a interação
paciente em sistema de precaução de contato com outras pacientes doentes.

Os autores destacam que a informação sobre o que seria precaução de contato, o que
pode e o que não pode ser feito durante esse período, e as medidas preventivas devem
ser informadas pela equipe de enfermagem e os médicos durante o período de
internação. (RABELO E SOUZA, 2009).

Práticas que reduzem o risco ou impedem a infecção de visitantes e educação e


monitoramento das atividades que impedem que visitantes infectem os pacientes. Diante
disso, percebe-se que o familiar/acompanhante tem necessidade de informações sobre a
situação do paciente que está internado, muitos,(RABELO E SOUZA, 2009)

Rabelo e Souza (2009) descrevem ainda que todo o contato que a enfermeira tem com o
usuário da saúde, estando a pessoa doente ou não, deveria ser considerado uma
oportunidade de ensino de saúde.
O tema ‘‘Controle de Infecção Hospitalar” Orientações aos Pacientes, Familiares e
Profissionais da Saúde deve ser considerado de grande importância para todos
pacientes, familiares e profissionais da saúde como uma forma de esclarecimento das
dúvidas e orientações sobre como combater a IH. Como intervenção, a base será na
educação, na modificação dos hábitos durante a internação hospitalar e no cumprimento
das normas propostas pelo SCIH. Familiares e pacientes orientados sobre os cuidados
para evitar a IH, juntamente com a equipe de profissionais da saúde treinada podem
auxiliar no combate a IH. Neste contexto, a enfermagem surge como mediadora no
processo de aprendizagem. Ressalta-se que o enfermeiro tem um papel fundamental no
controle da IH, atuando como educador no hospital e na comunidade em geral.

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