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Fundamentos de Contabilidade

Prof. Dr. Roberto Tommasetti


roberto.tommasetti@gmail.com
Apresentação
• O docente
• A turma
• Troca de e-mail

2
Regras do Jogo (aulas)
• Faltas: max 5
• Será feita uma única chamada (normalmente no meio da
aula), sem admitir atrasos
• Se precisa conversar fora da aula
• Não ao celulares
• Trabalhos durante a sala de aula serão avaliados junto
com a P2

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Ementa
• Objetivos e Metodologias da Contabilidade. Evolução da
Contabilidade. Postulados, Princípios e Convenções
contábeis. Ativos e Passivos e mensurações. O
patrimônio. Conceituação da Contabilidade.
Demonstrativos Financeiros. Regime de Contabilidade.
Apuração de Resultados. Método das partidas dobradas.
Livros Contábeis e apuração contábil do lucro.

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Módulos do programa
• Modulo I – Teoria da Contabilidade:
1. Conceituação da Contabilidade: Objetivos, finalidades e
metodologias
2. Evolução da Contabilidade
3. Postulados, Princípios e Convenções contábeis
4. CPC00
 Exercício 1
 Prova 1

5
Módulos do programa
• Modulo II – Objetivos e Método da Contabilidade:
1. Demonstrativos Financeiros: conceito de relatórios
contábeis, estrutura, usuários da informação contábil,
relatórios contábeis obrigatórios (Lei 11.638/07)
 Exercício 2
2. Plano de contas: contas patrimoniais e de resultado; objetivos
e noções gerais. Contas: conceito, classificação e finalidades.
 Exercício 3
3. Escrituração contábil: Método das partidas dobradas
 Exercício 4 e 5
 Prova 2

6
Módulos do programa
• Modulo III – Relatórios contábeis:
1. Ciclo contábil: balancete, apuração do resultado do exercício
 Exercício 6
2. Mensuração e avaliação: Ativos e Passivos e Contas de
resultados
 Exercício 7
3. O patrimônio e o balanço patrimonial: conceito; grupos de
contas, contas redutoras.
 Exercício 8
4. Elementos de resultado e a DRE
 Exercício 9 e 10
 (Prova 3)

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Provas: regras do jogo
• 1 hora, quem entregar antes pode (mas deve sair)
• Perguntas (normalmente) com resposta fechada
• Com consulta (sem celular!)
• Nota máxima
– P1:
– P2:
– PF:
• Algumas perguntas tem valor maior do que as demais
• Se a pergunta tem respostas múltiplas, o valor dela se
divide entre elas
• Pode rasurar/usar lápis, desde que seja clara a resposta

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Material didático – Fundamentos de Contabilidade

• CREPALDI, S. A. Curso básico de contabilidade. 7ª


Ed., 2013. Atlas. Livro + Exercícios
• IUDÍCIBUS, Sérgio de /MARION, José Carlos. Curso
de Contabilidade Para Não Contadores - 7ª Ed.
2011. Atlas.
• Alkindar de Toledo Ramos, Edison Castilho e Eduardo
Weber Filho. Equipe de Professores (FEA USP).
Contabilidade Introdutória - 11ª Ed. (livro +
exercícios). Atlas

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Material didático – Analise de Balanço

• IUDÍCIBUS, Sérgio de. Analise de Balanços. 11ª ed. São


Paulo: Atlas, 2017.
• ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de
Balanços, Atlas. 11/2015 + livro de exercícios
• MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de
Balanços: Abordagem Básica e Gerencial, Atlas.
11/2015. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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Contabilidade Geral. Aula 1.
Conceituação da Contabilidade:
Objetivos, finalidades e metodologias
O cenário contábil
• Toda a empresa precisa de informações para o seu bom
gerenciamento. Quando falamos em empresas, falamos
no sentido geral de organização. Ainda não separamos as
categorias, mas entenda o conceito de empresa como
qualquer tipo de organização de pessoas ou grupos de
pessoas que queiram explorar uma atividade econômica.

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Evolução
• Segundo os historiadores, Aristóteles já refletia acerca de
uma ciência que controlaria a riqueza do mundo.
• Diversos registros mostram que as civilizações antigas já
possuíam um esboço de técnicas contábeis.
• Ciência Contábil seria uma das ciências mais antigas que
se conhece.

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Marco
• A obra “Summa de arichmetica, proportioni et proportionalita”
do Frei Pacioli, que foi publicada em Veneza no ano de
1494, que descreve, em um dos seus capítulos, um
método empregado por mercadores de Veneza no
controle de suas operações, posteriormente denominado
“Método das Partidas” ou “Método de Veneza”.
Limitações
• No entanto, as técnicas e as informações ficavam
restritas ao dono do empreendimento, pois os livros
contábeis eram considerados sigilosos.
• Isto limitou consideravelmente o desenvolvimento da
ciência, uma vez que não existia troca de idéias entre os
profissionais.
Mais recentemente ...
... com o desenvolvimento do mercado acionário e o
fortalecimento da sociedade anônima como forma de
sociedade comercial, a contabilidade passou a ser
considerada também como um importante instrumento
para a sociedade.
Mito
• Houve um tempo em que a contabilidade era assunto
para contador! Criou-se até o mito de que “contabilidade
é difícil”.
• No entanto, todo executivo, seja ele financeiro ou não,
lida continuamente com informações contábeis.
Campos de atuação
• No setor público (empresas públicas, prefeituras, estados,
federação, instituições financeiras públicas etc).
• No setor privado (indústria, comércio, prestadoras de serviços
etc).
• Serve para uma pessoa ou para um grupo de pessoas organizadas
ou não em grupos empresariais.
• Entidades sem fins lucrativos e filantrópicos (asilos, casa de
caridade, santas casas etc) e as organizações não governamentais
(ONGs).
Conceito
• A Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos
patrimoniais, preocupando-se com a realidade,
evidências e comportamento dos mesmos, com a
finalidade de fornecer informações a seus usuários sobre
este patrimônio.
– Objeto
– Finalidade

• Aspecto científico x Aspecto tecnológico


Objetivo
• O objetivo da contabilidade compreende:
– a medição dos recursos que determinada entidade
possui;
– a evidência dos direitos contra tal entidade e os
interesses nela existentes;
– a medição das variações ocorridas nesses recursos,
direitos e interesses;
– a atribuição a períodos determinados destas variações;
– a utilização de um denominador comum (moeda)
para exprimir os dados anteriormente tratados;
Objetivo
• Para atingir o objetivo estabelecido, a
Contabilidade busca apoio em áreas como:
– direito;
– economia;
– administração;
– informática;
– métodos quantitativos;
– engenharia.
Fases da Contabilidade

Contabilidade
Contabilidade Contabilidade Contabilidade
(Responsabilidade)
Proprietária Financeira Gerencial
Social
Objeto da contabilidade
• Patrimônio (Bens, Direitos e Obrigações) e suas
variações
$
Pe

Lp
P0

t
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As finalidades informativas dos (principais) relatorios contabeis

Tipo de
t Info Elementos Relatorio
info
Qual é o valor e
Ativos e
Até composição do meu Patrimonial BP
Passivo
Patrimônio?
Qual foi o resultado Receitas e
produzido pel(a gestão Economica Custos DRE
d)o meu Patrimônio? (Despesas)
Do Qual foi o fluxo de
caixa produzido pela Entradas e
Financeira DFC
gestão do meu Saidas
Patrimônio?

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Objetivo
• A Contabilidade assume grande importância como
elemento de avaliação da entidade e de seus dirigentes, e
de prestação de contas da gestão realizada, além de
fornecer os insumos (informação) necessários para que
os seus usuários tenham condições de tomar decisões.
• As informações proporcionadas pela contabilidade
apresentam-se de forma estruturada, contemplando
elementos de natureza financeira e econômica e,
subsidiariamente, informações de natureza física, de
produtividade e social.
Patrimônio
• Patrimônio é o conjunto de BENS, DIREITOS e
OBRIGAÇÕES da Entidade.
• Patrimônio é o conjunto de riquezas de propriedade de uma
entidade. São aqueles itens que a civilização convencionou de
riquezas, por serem raros, úteis, fungíveis (característica de troca),
tangíveis (característica de poder ser movimentado e ser tocado
fisicamente), desejáveis etc.
• Cuidado:
– a entidade não necessariamente precisa ter a propriedade de um bem,
podendo ter somente a posse para reconhecimento no patrimônio;
– existem bens intangíveis, não somente os tangíveis.
Patrimônio
• BENS: bens são os itens de propriedade da entidade e que
podem ser aferidos monetariamente.
• DIREITOS: definem-se direitos como todos os créditos que a
entidade tem com terceiros, ou seja, que a entidade pode exigir de
terceiros.
• OBRIGAÇÕES: são os compromissos que a entidade assume
com terceiros.
Usuários da informação contábil
• Os stakeholders ou grupos de interesse são formados por
um indivíduo ou um grupo de dentro ou fora da
organização que tem interessa na mesma, podendo
influenciar no seu desempenho.
• As informações contábeis geradas pela Entidade devem
ser amplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a
avaliação da sua situação patrimonial das mutações
sofridas pelo seu patrimônio e realização de inferências
sobre o seu futuro.
Usuários da informação contábil

Usuário Características Informações primárias


Entidades Disciplinadores legais; • Receita e lucro
governament interessados em tributáveis;
ais informações que sirvam • Limites operacionais;
de base à tributação • Produtividade;
como receitas e lucros. • Solvência;
Usam os relatórios para • Valor adicionado;
fins de arrecadação e • Benefícios à
impostos, bem como comunidade
para fins estatísticos no
sentido de redimensionar
a economia (IBGE)

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Usuários da informação contábil

Usuário Características Informações primárias


Fornecedores Ambos têm interesse na • Geração de fluxos de
e Clientes continuidade da empresa caixa futuro;
e na manutenção da • Capacidade de liquidar
capacidade desta em obrigações;
saldar compromissos e • Avaliação de
fornecer benefícios desempenho da
passados, presentes e empresa e de seus
futuros. Usam os administradores
relatórios para analisar a
capacidade de pagamento
e de compras dos bens e
serviços

30
Usuários da informação contábil

Usuário Características Informações primárias


Acionistas e Interessados no • Fluxo de dividendos;
Investidores desenvolvimento dos • Lucro por ação;
negócios, manutenção do • Desenvolvimento do
lucro por ações, no fluxo negócio;
de dividendos, entre • Valor de mercado da
outros. É por intermédio ação (no caso de
dos relatórios contábeis Sociedade Anônima de
que se identifica a Capital Aberto)
situação econômico-
financeira da empresa
para tomar decisões

31
Usuários da informação contábil

Usuário Características Informações primárias


Financiadore Fornecedores de recursos • Geração de fluxos de
s e Bancos necessários ao caixa futuro;
desenvolvimento dos • Capacidade de liquidar
empreendimentos, com obrigações;
direito de regresso, • Avaliação de
buscam saber a situação desempenho da
real da empresa, bem empresa e de seus
como perspectivas administradores
futuras. Utilizam os
relatórios para aprovação
de empréstimos e
financiamentos

32
Usuários da informação contábil

Usuário Características Informações primárias


Empregados Interessados na • Lucro;
e Sindicatos continuidade da empresa, • Fluxos de caixa;
bem como na geração • Liquidez;
dos benefícios. Utilizam • Continuidade
os relatórios para, por operacional;
exemplo, determinar a • Manutenção ou
produtividade do setor, expansão da
entre outros. capacidade produtiva;
• Investimentos sociais

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Usuários da informação contábil

Usuário Características Informações primárias


Administraçã Controladores e • Taxas de retorno;
o responsáveis pelas boas • Situação de liquidez e
práticas de manutenção endividamento
de taxas de retorno razoáveis;
aceitáveis e de nível • Comportamento dos
adequado de custos de produção;
endividamento • Eficiência

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Campo de atuação profissional
• Contabilidade Financeira;
• Controladoria;
• Contabilidade Tributária;
• Auditor Interno;
• Auditor Externo;
• Perito Contábil;

35
Definições
• O I Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em
setembro de 1924, aprovou a seguinte definição:
“Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de
orientação, controle e registro relativo aos atos e fatos da
administração econômica”.

• Crepaldi: “É uma ciência concebida para coletar, registrar,


resumir e interpretar dados e fenômenos que afetam as situações
patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer entidade”

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Objeto da Contabilidade

Patrimônio das entidades


BENS + DIREITOS + OBRIGAÇÕES
Representação Gráfica do Balanço Patrimonial

Balanço Patrimonial
Ativo Passivo e PL
Bens Obrigações
• Máquinas • Fornecedores
• Veículos • Salários a Pagar
• Estoque • Empréstimos Bancários
• Dinheiro • Impostos a Pagar
Direitos
• Títulos a receber Patrimônio Líquido
• Depósitos em Bancos • Capital
• Subscrito
• Integralizado

Lado Esquerdo Lado direito

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Finalidade da Contabilidade
• Planejamento – é o conjunto de linhas de ação e a
maneira de executá-las para alcance dos objetivos.
• Controle – é o acompanhamento das atividades da
organização.
Objetivos da Contabilidade
• A Contabilidade é conceituada como um sistema de
informação capaz de orientar aos donos ou acionistas de
uma empresa a tomarem decisões apoiados em números
que idealizem a situação financeira e patrimonial do seu
negócio.
Objetivos da Contabilidade
• O patrimônio empresarial não é estático, alterando-se a cada
operação, e sabendo que o volume de transações requer um
controle próprio, da Contabilidade se exigirá este trabalho seja:
– Confiável – os trabalhos elaborados devem inspirar confiança e
segurança aos usuários.
– Ágil – os trabalhos devem ser elaborados em tempo hábil para serem
usufruídos, porque senão perde-se o sentido da informação,
principalmente em países com economia instável.
– Elucidativa – cada usuário da informação tem um grau de
conhecimento; identificá-lo é primordial para que os trabalhos sejam
elucidativos.
– Fonte para a tomada de decisão – o que está em jogo é o patrimônio
da empresa; dessa forma, quem controla isto deve gerar o alicerce para as
decisões a serem tomadas.
Características qualitativas das informações contábeis

• Para o CPC (2008, item 10) “as características


qualitativas são os atributos que tornam as
demonstrações contábeis úteis aos usuários”.
– Compreensibilidade
– Relevância
– Confiabilidade (representação adequada, primazia da
essência sobre a forma, neutralidade, prudência e
integridade)
– Comparabilidade
Teorias Contábeis
• Pseudopersonalismo, Contismo, Materialismo
Substancial, Personalismo, Controlismo, Aziendalismo,
Reditualismo, Patrimonialismo, Universalismo e
Neopatrimonialismo.
– PERSONALISMO – A Teoria Personalista das contas foi
desenvolvida pelo italiano Francesco Marchi. Pressupõe que
cada grupo de pessoas tem a responsabilidade pelo
controle do patrimônio, sendo possível obter as informações
sobre a composição.
– CONTROLISMO – De acordo com esta doutrina, defendida
por Fábio Besta, as contas representam valores materiais e
não simples relações de débitos de pessoas. O que importa é o
montante do patrimônio e não a relação de responsabilidade
das pessoas.
Teorias Contábeis
• AZIENDALISMO – Esta teoria é defendida por Gino
Zappa e pressupõe que o patrimônio está sob a ação
administrativa do homem, e este deve cuidar tanto dos
aspectos constitutivos e quantitativos, como também de
suas interferências no negócio.
• PATRIMONIALISMO – Esta teoria foi criada por
Vincenzo Masi e pressupõe que o patrimônio é um
objeto de estudo e controle da contabilidade, e propõe a
divisão de contas em patrimoniais e de resultado.
• Esta ultima é a mais aceita
Técnicas Contábeis
• São os métodos utilizados para:
– Escrituração: o registro dos fatos administrativos,
– Demonstrações Contábeis: a elaboração das informações
contábeis,
– Auditoria: a análise da consistência e qualidade dos
lançamentos e das demonstrações,
– Análise de Balanços: o estudo comparativo das
demonstrações financeiras para diagnosticar a saúde
econômico-financeira da empresas.
Áreas de Atuação
Tributária

Social Pública

Ambiental de Custos

Avaliação
Gerencial
de Projetos
Contabilida
de

Análise
Econômic
Atuarial
o-
financeira

Controlado
Auditoria
ria

Financeira Perícia
Usuários da Contabilidade
Usuários da Contabilidade
• Internos • Externos
– Alta administração – Investidores
– Gestor comercial – Empregados
– Gestor administrativo- – Credores de empréstimos
financeiro – Fornecedores e outros
– Gestor da produção credores comerciais
– Gestor de compras – Clientes
– Controller – Governo e suas agências
– Público
Informação Contábil é útil como
• Meio de comunicação
• Meio de motivação
• Meio de verificação

49
Pense nisso...
• A informação contábil auxilia o controle o qual é o
processo pelo qual a alta administração se certifica de
que a organização está agindo em conformidade com
seus planos e políticas estabelecidas.

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Leitura complementar: Dez mitos sobre a contabilidade
Extraído do blog http://www.contabilidade-financeira.com/

1. A Contabilidade foi descoberta por um cara nerd


– não se sabe quem “descobriu” a contabilidade, mas a pessoa
que associamos ao nascimento da contabilidade moderna é
um frei, Luca Pacioli.
2. Contadores são bons em matemática
– em geral as pessoas acham que todo contador é bom de
matemática. Quem é bom de matemática são os matemáticos.
A matemática usada pelos contadores é básica e alguns
profissionais são bons em fazer as operações básicas. Mas isto
todo profissional deveria saber, correto?

51
Dez mitos sobre a contabilidade
3. Todo contador sabe como fazer seus impostos
– ser contador é receber convite para fazer o imposto de renda
de um amigo ou esclarecer suas dúvidas. Mas nem todo
contador são especialistas em imposto de renda. Existem
alguns que detestam fazer uma declaração de imposto de
renda.
4. A tecnologia está acabando com a profissão
– a tecnologia parece estar destruindo todas as profissões. Se um
contador faz lançamentos contábeis e se o computador pode
ser programado para fazer isto, o computador deverá tirar
emprego de contadores, certo? Errado. O número de
profissionais só tem aumentado nos últimos anos e não se
sabe de um bom profissional que esteja desempregado.

52
Dez mitos sobre a contabilidade
5. É um campo dominado pelos homens
– Errado. Cada vez mais as mulheres são maioria. Veja o número
de novos profissionais que se formam a cada ano.
6. Contador é igual a imposto
– Não é somente isto que um contador pode fazer. É bem
verdade que é um bom campo de trabalho e graças ao governo
teremos muito mercado de trabalho para os próximos anos.
Mas a contabilidade vai além de ler nas entrelinhas o último
regulamento do governo.

53
Dez mitos sobre a contabilidade
7. A sua empresa não precisa de um contador
– Em geral o dono deseja reduzir seus custos ao máximo. E para
que serve o contador numa empresa além de pagar seu salário
e todo mês ele apresentar a conta dos tributos? Este
profissional pode ajudar na organização da empresa, na
determinação da expansão dos negócios e em muitas outras
coisas.
8. Contadores são chatos
– Em muitos filmes e séries temos a imagem do contador como
alguém chato e sem graça. Eis uma pequena lista de “chatos”:
Kenny G, John Grisham, Robert Plant, Mick Jagger etc.

54
Dez mitos sobre a contabilidade
9. Contadores contam coisas
– O contador pode ir além da mensuração das coisas. Existem
muitos tipos de tarefas que podem ser desempenhados por
este profissional.

10. O sujeito que faz o controle numérico de algo é


“contador”
– Erro comum da imprensa: toda vez que a polícia prende uma
pessoa que faz a anotação da movimentação do estoque
chama-o de “contador”.

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Contabilidade Geral. Aula 2.
Evolução da Contabilidade
Introdução
• Este trabalho visa apresentar a história da contabilidade
desde os seus primórdios, bem como as teorias mais
expressivas que embasam as normas e padrões
contábeis atuais e por fim apresentar um panorama da
contabilidade no contexto brasileiro.

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 57
Introdução
• “A contabilidade nasceu com a civilização e jamais
deixará de existir em decorrência dela; talvez, por isso,
seus progressos quase sempre tenham coincidido com
aqueles que caracterizam os da própria evolução do ser
humano” (Sá, Antônio Lopes de)

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 58
Introdução
• A contabilidade é o instrumento pelo qual registramos
e geramos informações que serão utilizadas na tomada
de decisão, como concluir ou não um negócio,
aumentar ou não a produção, contratar ou não
empréstimos, a evolução patrimonial no tempo e
muitas outras questões.

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 59
Introdução
• Surgiu das necessidades que as pessoas tinham de
controlar aquilo que possuíam, gastavam ou deviam.
• Desta forma a contabilidade tem o objetivo de fornecer
informações úteis que auxiliam na tomada de decisão.
Mas será que foi sempre assim, os objetivos, métodos,
princípios empregados foram sempre os mesmos, em
todos os lugares do mundo? A contabilidade é algo
exata, imutável? Claro que não, sabemos muito bem
disso.

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 60
Evolução Histórica
• Federigo Melis, na sua obra “Storia della Ragioneria”,
divide a história da contabilidade em quatro períodos:
1. A Contabilidade no mundo antigo;
2. A Contabilidade nas origens do capitalismo e aparecimento
da partida dobrada;
3. Período da literatura contábil;
4. A Contabilidade científica.

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 61
A Contabilidade no Mundo Antigo
• Iudícibus e Marion (2002) afirmam que o
desenvolvimento da Contabilidade foi muito lento ao
longo dos séculos. Chamam a primeira etapa de fase
empírica da Contabilidade, durante a qual foram
utilizados desenhos, figuras e imagens para identificar o
patrimônio.
• Para Lopes de Sá (1997, p. 12) “a escrituração contábil
nasceu antes mesmo que a escrita comum aparecesse, ou
seja, o registro da riqueza antecedeu aos demais.”

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 62
Evolução Histórica
• A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história
da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da
necessidade social de proteção à posse. Deixando a caça, o
homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. Ao
morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas
passado como herança aos filhos ou parentes.
• A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha
como objeto o Patrimônio, representado pelos rebanhos e outros
bens nos seus aspectos quantitativos.
• Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na
memória do homem, depois utilizou gravações e outros métodos
alternativos.

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 63
Evolução Histórica
• As primeiras escritas contábeis datam do término da Era
da Pedra Polida, quando o homem registrava os seus
primeiros desenhos e gravações.
• Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios,
faziam os seus registros em peças de argila, retangulares
ou ovais, que mediam aproximadamente 2,5 a 4,5
centímetros, tendo faces ligeiramente convexas. Os
registros combinavam o figurativo com o numérico.
Gravava-se a cara do animal cuja existência se queria
controlar e o número correspondente às cabeças
existentes.

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 64
Evolução Histórica
• Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o
valor monetário em seus registros. Usavam como base, uma moeda,
cunhada em ouro e prata. Era a adoção, de maneira prática, do Princípio
do Denominador Comum Monetário. Os egípcios legaram um
riquíssimo acervo aos historiadores da Contabilidade, e seus registros
remontam a 6.000 anos antes de Cristo.
• No Egito, o uso do papiro e do cálamo influenciou o desenvolvimento e
aperfeiçoamento da escrita contábil. Naquele país o escriba era
considerado como o ‘máximo profissional’. “Os egípcios deram um
grande passo no desenvolvimento da Contabilidade ao escriturar as
contas com base no valor de sua moeda, o shat de ouro ou de prata”.
(...) “Com o surgimento da moeda e das medidas de valor, o sistema de
contas ficou completo, sendo possível determinar as contas contábeis
representantes do patrimônio e seus respectivos valores” (SCHMIDT,
2000, p. 22).

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 65
Evolução Histórica
• Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo,
já escrituravam Contas de Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a
uma confrontação entre elas, para apuração do saldo. Os gregos
aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo a escrituração contábil às
várias atividades, como administração pública, privada e bancária.
• No que se refere às dúvidas sobre a autoria dos métodos contábeis, apesar
de alguns estudiosos entenderem que foram os templos religiosos os
responsáveis pelos processos de registro por controlarem a escrituração
contábil e a economia, por toda a história e evolução da Mesopotâmia e
todos os seus legados, como o sistema decimal, o calendário, os pesos e
medidas, e até o impulso para o surgimento do atual alfabeto, não falta
apoio à hipótese de a Contabilidade ter dado seus primeiros passos nessa
região. “Apurações de custos, revisões de contas, controles gerenciais de
produtividade, orçamentos, tudo isso já era praticado em registros feitos em
pranchas de argila, nas civilizações da Suméria e da Babilônia
(Mesopotâmia)” (SÁ, 1997, p. 25).

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 66
A Contabilidade nas origens do capitalismo e aparecimento da partida dobrada

• Antônio Lopes de Sá (1997), citando Melis, considera


ter ocorrido o nascimento das partidas dobradas na
região de Toscana, na Itália, entre os anos 1250 e 1280
da era cristã
• Schmidt (2000) aponta dois grandes motivos que
podem ter sido propulsores das partidas dobradas: o
desenvolvimento econômico de alguns centros
comerciais da Itália, como Veneza, Gênova e Florença e
o início da tecnologia de impressão de livros na
Alemanha bem como sua rápida dispersão pelos
grandes centros comerciais da Europa, principalmente
o norte da Itália.
Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade
Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 67
Evolução Histórica
• A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do
comércio. A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos
requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada
transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de
simples registros ou relatórios sobre o fato.
• À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de
valores, preocupava lhe saber quanto poderiam render e qual a forma
mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de
fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros.
• É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou
seja, as compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente,
empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida
ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena
de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de
informações sobre negócios.

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 68
Evolução Histórica
• A medida em que as operações econômicas se tornam
complexas, o seu controle se refina. As escritas
governamentais da República Romana (200 a.C.) já
traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros,
e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e
diversões.
• No período medieval, diversas inovações na
contabilidade foram introduzidas por governos locais e
pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo
Contabilità.

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 69
Período da literatura contábil
• Fato digno de nota desse marco divisório entre os
períodos da Contabilidade, é a publicação do primeiro
livro impresso que apresentava o sistema contábil.
• Summa de Arithmetica,
Geometria, Proportioni e Proportionalità foi
impresso em 1494, em Veneza, na Itália, e é de autoria
do frei franciscano Luca Pacioli.

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 70
Período da literatura contábil
• Em Itália, em 1202, foi publicado o livro “Liber Abaci”, de Leonardo da
Pisa (Fibonacci). O título significa o “Livro do Cálculo”, introduziu na
Europa a numeração árabe. Se os sumérios-babilônios plantaram a
semente da Contabilidade e os egípcios a regaram, foram os italianos
que fizeram o cultivo e a colheita.
• “Era Técnica”, devido às grandes invenções, como moinho de vento,
aperfeiçoamento da bússola, etc., que abriram novos horizontes aos
navegadores, como Marco Pólo e outros. O comércio exterior
incrementou-se por intermédio dos venezianos, surgindo, como
consequência das necessidades da época, o livro caixa, que recebia
registros de recebimentos e pagamentos em dinheiro. Já se utilizavam,
de forma rudimentar, o débito e o crédito, oriundos das relações entre
direitos e obrigações, inicialmente, a pessoas.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 71
Evolução Histórica
• No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta
“Capital”, representando o valor dos recursos injetados nas
companhias pela família proprietária. O método das Partidas
Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa precisar
em que região.
• A escrita já se fazia nos moldes de hoje, considerando, em
separado, gastos com matérias-primas, mão-de-obra direta a ser
agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos eram
contabilizados por fases separadamente, até que fossem
transferidos ao exercício industrial.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 72
A Contabilidade científica
• Na busca de estabelecer teorias, a Contabilidade passou por
inúmeras etapas, da observação passou à organização dos
raciocínios, dela aos conceitos que por sua vez produziram
enunciados ou teoremas que geraram, finalmente, as teorias
• Assim, surgiu uma série de escolas do pensamento contábil, cada
uma sucedendo à outra, fornecendo cada vez mais
conhecimentos que influenciaram no estabelecimento definitivo
da Contabilidade como ciência.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 73
Evolução Histórica
• Eventos importantes que ocorreram neste período:
– Em 1492, é “descoberta” a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um
enorme potencial de riquezas para alguns países europeus;
– Em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa,
emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.
• A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o
controle das inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava.
• O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, “Tratactus de
Computis et Scripturis” (Contabilidade por Partidas Dobradas),
publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e
do crédito corresponde à teoria dos números positivos e
negativos, marca o início da fase moderna da Contabilidade.
– O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir
conceituava inventário e como fazê-lo.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 74
Evolução Histórica
• Discorria sobre livros mercantis:
– Memorial, diário e razão, e sobre a autenticação deles;
– Sobre registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.;
– Sobre contas em geral: como abrir e como encerrar;
– Contas de armazenamento;
– Lucros e perdas, que na época, eram “Pro” e “Dano”;
– Sobre correções de erros;
– Sobre arquivamento de contas e documentos, etc.
• A obra de Pacioli não só sistematizou a Contabilidade, como
também abriu precedente que para novas obras pudessem ser
escritas sobre o assunto.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 75
Evolução Histórica
https://www.youtube.com/watch?v=qw5wbbPwXTg

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 76
A escola Européia
Contismo:
– Preocupa-se basicamente com o funcionamento do mecanismo das contas
e subordinando-as aos métodos de escrituração.
Personalismo:
– Deu personalidade para as contas para explicar as relações de direitos e
obrigações. Vê o administrador como responsável pelo patrimônio,
fundamentando-se no relacionamento do pensamento econômico,
administrativo e contábil.
Neocontismo:
– Criação de grupos como bens patrimoniais e o patrimônio líquido. Passa-
se a dispor as contas do ativo segundo o grau de disponibilidade e o
passivo com base na exigibilidade.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 77
A escola Européia
Controlismo:
– Deu à contabilidade a característica de disciplina racional que estuda o
desenvolvimento dos controles. Preconizou o conceito de patrimônio que
até hoje é utilizado.
Aziendalismo ou escola Italiana
– Considera como vetor principal os conceitos de valor, a natureza do
resultado e sua ligação com a riqueza.
Patrimonialismo:
– A contabilidade é vista como a ciência do patrimônio e utiliza-se de
instrumentos para a memória de fatos ocorridos

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 78
A escola Européia
Críticas
– Peso excessivo da teoria;
– Uso exagerado das partidas dobradas;
– Grande preocupação em demonstrar que a Contabilidade era
uma ciência

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 79
A escola Americana
• A partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de
predominância norte-americana dentro da
Contabilidade.
• Na vanguarda da Contabilidade mundial está a Escola
Norte-Americana que foi ganhando terreno pouco a
pouco no decorrer dos anos, desenvolvendo inúmeras
construções teóricas. Estudou dois grandes campos de
atuação: o progresso doutrinário da Contabilidade
financeira e dos relatórios contábeis, e o
desenvolvimento da Contabilidade Gerencial.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 80
A escola Americana
• FAVERO: A escola norte-americana, além de propor uma
metodologia diferenciada para o ensino da contabilidade,
também o direcionou para dois focos distintos:
– Geração de informações aos usuários externos;
– Geração de informação aos usuários internos.
• IUDÍCIBUS: O surgimento das grandes corporações,
principalmente no inicio do século XX, aliado ao imenso
desenvolvimento do mercado de capitais e ao
extraordinário ritmo de desenvolvimento que o país
experimentou constituiu um campo fértil para o avanço das
teorias e práticas contábeis norte-americanas.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 81
A escola Americana
• IUDÍCIBUS: O surgimento das grandes corporações,
principalmente no inicio do século XX, aliado ao imenso
desenvolvimento do mercado de capitais e ao
extraordinário ritmo de desenvolvimento que o país
experimentou constituiu um campo fértil para o avanço das
teorias e práticas contábeis norte-americanas.
• Críticas
– Pouca importância à regularização do Plano de Contas;
– Pouca consideração com os índices inflacionários;
– Os tópicos nos livros não são colocados de maneira
ordenada, dificultando o julgamento do que é mais
importante.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 82
Common law X Code low
• A tradição Commom • A tradição Civil Law (Code
Law originou-se Inglaterra. Low), que tem suas raízes no
• Tem como predominância Direito Romano.
um direito baseado em usos e • É um regime conhecido por
costumes, ou seja, é um sua visão legalista, onde
direito consuetudinário, tudo tem que estar previsto em
direito comum que não lei e tem que ter um alto grau
passa por um processo de de detalhamento das regras a
criação de leis, sendo serem aplicadas.
aplicadas soluções específicas
para cada situação.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 83
Common law X Code low
Os países com sistema Commom Law, Nos países de sistema Code
normalmente, operam sob um Law impera um relacionamento
modelo de governança projetado mais próximo da empresa como o
para o acionista externo, tendo em seu controlador e com os bancos,
vista uma maior dependência do que por formarem a base de
mercado de capital como fonte de financiamento da entidade, exigem
financiamento, de forma que a individualmente um acesso direto à
assimetria de informação entre informação financeira da empresa,
administradores e acionistas é utilizando-se, portanto, de uma
resolvida, prioritariamente, por meio comunicação privada como
da evidenciação pública de elemento de redução de assimetria
informações financeiras e outros de informação financeira e contábil
tipos de informação, o que demanda
intensa evidenciação por parte da
contabilidade das entidades.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 84
Common law X Code low
A contabilidade dos países A contabilidade dos países de Code
de Common Law é caracterizada por Law é caracterizada por uma
uma orientação de visão justa, orientação legalista, com
transparente e de evidenciação total, evidenciação somente do que a lei
com o mercado de capitais como a determina, com alinhamento entre a
principal fonte de financiamento das contabilidade financeira e fiscal, com
empresas e informações contábeis bancos e outros credores como
destinadas principalmente a atender fontes mais significativas de
as necessidades dos acionistas financiamento e informação
externos. destinada principalmente para
atender ao fisco e demais credores
por empréstimos.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 85
Common law X Code low
Características Common Law Code Law
Escola Americana Escola Européia
Regulamentação Estruturas gerais de Estruturas gerais de organização
organização menos regulada. amplamente regulada
Estrutura Estrutura acionária dispersa Controle acionários nas mãos de
Acionária entre um grande número de poucos acionistas e informação
acionistas e informação contábil menos relevante.
contábil relevante.
Força da Profissões contábeis auto- Não abordado.
profissão contábil reguladas, com enorme
impacto social e prestígio.
Impacto Grau de influência da Influência da legislação tributária
tributário na legislação tributária pequena. forte.
contabilidade
Regulamentação Contabilidade fora da esfera de Contabilidade regulada
contábil influência governamental diretamente pelo governo.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 86
Contabilidade no Brasil
• O Brasil, assim como outros países da América Latina,
segue a cultura do direito romano ou code law, em que as
normas e padrões contábeis devem estar escritos e
especificados na lei.
• Os países de tradição britânica, como os EUA, seguem o
common law, que prioriza o respeito aos costumes e
tradições.
( LORANDI; PINHEIRO, 2011)

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 87
Contabilidade no Brasil
• A doutrina Contábil é recente no Brasil, e até a primeira
metade do século XX sofreu grandes influências da
cultura contábil da Itália, país este, que é considerado o
berço da Contabilidade.
• Com a vinda de indústrias estrangeiras norte-americana
para o país essa influência foi se dissipando, ocorrendo
uma evolução dos conhecimentos contábeis.”
(Reis & Silva, 2007)

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 88
Contabilidade no Brasil
• Pode-se dividir a história da Contabilidade no Brasil em
três partes:
– Parte I: Colônia (1500-1821)
– Parte II: Império (1822-1888)
– Parte III: República (1889-atual)
(LEITE, 2005 )

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 89
Parte I: Colônia (1500-1821)
• No século XVIII, no ano de 1770, para ser mais preciso que foi
criada a primeira regulamentação da profissão contábil no Brasil.
Neste momento o profissional contábil recebia o nome de guarda-
livros, termo este que foi utilizado até a metade dos anos de 1970
• Os primórdios do estudo comercial no Brasil datam de 1804,
quando José da Silva Lisboa, intitulado Visconde de Cairu, faz
publicar a obra “Princípios de Economia Política”. (PELEIAS &
BACCI, 2004).
• O Então príncipe regente decreta em 1808, o “Alvará - de 28 de
Junho de 1808”, que determinava: O METODO DA
ESCRITURAÇÃO E CONTABILIDADE DO ERARIO
(BRASIL, Alvará - de 28 de Junho de 1808).

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 90
Parte II: Império (1822-1888)
• Em 1833, Estevão Rafael de Carvalho escreve a obra “A Metafísica da
Contabilidade Comercial”, na qual divulgava o método das partidas
dobradas, e propunha a elevação da Contabilidade à condição de
Ciência. (Peleias & Bacci, 2004)
• Em 1850, em decorrência da expansão econômica ocorrida no
período, a lei nº 556 instituiu o Código Comercial Brasileiro.
(LEITE, 2005)
• Em 1860 é promulgada a Lei nº 10836, que corrigiu alguns problemas
do Código Comercial, e determinou para as empresas da época, a
obrigatoriedade de publicar e de remeter ao governo, nos prazos e pelo
modo estabelecido em seus regulamentos, os balanços, demonstrações e
documentos por este determinados.... Está é de fato a primeira Lei das
Sociedades por Ações no Brasil. (Peleias & Bacci, 2004).
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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 91
Parte III: República (1889-atual)
• Em 1915 ocorre a fundação do Instituto Brasileiro de Contadores Fiscais. Logo
depois surgem a Associação dos Contadores de São Paulo e o Instituto
Brasileiro de Contabilidade no Rio de Janeiro.
• Em 1924 acontece o 1° Congresso Brasileiro de Contabilidade, onde são
difundidas campanhas para a regulamentação de contador e a reforma do
ensino comercial no país.
• Em 1927 é inaugurado o Conselho Perpétuo, o início do que seria, já no século
XXI, os sistemas: Conselho Federal e Conselho Regional de Contabilidade. Era
conferida já nesta instituição a matricula para os novos profissionais habilitados
para as atividades na área de contabilidade.
• No ano 1931, é admitido o Decreto Federal nº 20158, que regulamenta a
profissão e organiza o ensino comercial. Assim é criado o curso de
contabilidade, onde eram formados dois tipos de profissionais: os guarda-
livros, que realizavam o curso em dois anos e os perito-contadores, que
realizavam o curso em três anos.

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 92
Parte III: República (1889-atual)
• Criação, em 15 de dezembro de 1976, da Lei nº 6404, que dispõe sobre as
Sociedades por Ações.
• Criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), uma autarquia federal, que
surgiu por meio da Lei nº 6.385 de 07 de dezembro de 1976.
• Criação do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) em
13 de dezembro de 1971, vigorado através de novas regras estatutárias de 01 de
julho de 1982. (REIS & SILVA, 2007)

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Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 93
Parte III: República (1889-atual)
• Criação da Normas Brasileiras de Contabilidade, em 1981, substituída
posteriormente em 1993. (SCHMIDT, 2000)
• Criação do Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC) pela Resolução CFC
nº. 1.055/05, em 2005. (PARCIANELLO & MARETH, 2010)
• Comunicado divulgado pelo Banco Central, em 2006, no qual se compromete
harmonizar as normas brasileiras aos padrões internacionais, adotando as
normas divulgadas pelo IASB (International Accounting Standard Board).
(BUESA, 2010)
• Criação da Resolução CFC nº 1.328/11, que dispõe sobre a Estrutura das
Normas Brasileiras de Contabilidade. (BRASIL, Res. Nº1.328/11)

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 94
Conclusão
• “Prognosticar o que a Contabilidade possa vir a ser
é querer prever o que a sociedade humana será, no
futuro”. (IUDÍCIBUS; MARTINS; CARVALHO,
2005, p. 18).

• No que se refere a Evolução da Contabilidade é


importante o estudo da história para que se conheça
quais as principais fundamentações praticas e teóricas
que estão alicerçando os procedimentos contábeis atuais.

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 95
Conclusão
• Como vimos nesta apresentação a Contabilidade vem se
adaptando às necessidades de seus usuários desde seu
surgimento.
• Desde uma contabilidade mais arcaica, que se preocupava em
fazer o controle do rebanho, a uma contabilidade que necessita
prover o mercado de informações cada vez mais detalhadas e
hábeis para a tomada de decisões gerenciais, administrativas ou
financeiras.
• Portanto, a contabilidade atual está em processo de
transformação e adaptação às novas exigências dos
usuários da informação contábil, atualizando-se nas
mudanças demandadas pela globalização do mercado.
Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade
Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 96
Contabilidade Geral. Aula 3.
Postulados, Princípios e Convenções
contábeis
Premissa
• Os dados, informações e valores somente assumem seu real
significado e importância à medida que possam ser comparados
com outros valores similares ou equivalentes.
• Dessa forma, os usuários das demonstrações contábeis analisam a
situação ou os resultados de uma empresa sempre com bases
comparativas. tais comparações podem ser feitas com dados de
outras empresas ou de setores econômicos, ou ainda, com os
dados de períodos anteriores da própria empresa ou dos diversos
segmentos econômicos.
• Esse é um dos fatores que determinam a necessidade de
princípios fundamentais de contabilidade aplicados de forma
consistente. Isso significa que todas as empresas baseiam-se em
certos princípios, tornando as informações contábeis compatíveis
e consistentes entre si.

98
No Brasil
• No Brasil, a estrutura da teoria contábil é definida por órgãos
regulamentadores, como o CFC (Conselho Federal de
Contabilidade) e o CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
• O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é o órgão
responsável por buscar a convergência da contabilidade brasileira
às normas internacionais. Foi criado pela Resolução CFC
1.055/05, sendo que fazem parte deste comitê várias entidades
brasileiras como: Bovespa, Ibracon e Fipecafi, além do próprio
Conselho Federal de Contabilidade.
• As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) têm por objetivo
estabelecer regras de conduta profissional e procedimentos
técnicos, em consonância com os Princípios Fundamentais de
Contabilidade.

99
Definição
• De acordo com o trabalho “Estrutura Conceitual Básica
de Contabilidade” desenvolvido pelo Instituto Brasileiro
de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (IPECAFI)
transformado em pronunciamento pelo Instituto Brasileiro
de contadores (IBRACON) e aprovado pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), define:
“os Princípios Contábeis constituem o núcleo
central da estrutura contábil”
• Resultam do desenvolvimento da aplicação prática de
técnicas emanadas da contabilidade, de uso predominante
do meio em que se aplicam, proporcionando interpretação
uniforme das demonstrações contábeis.

100
Condição para ser aceito
• Para que um princípio contábil seja aceito e adotado na
prática, ele deve ser: útil, objetivo e prático.
– Um princípio contábil é útil no sentido de que ele resulte
informação significativa e valiosa aos usuários da contabilidade
sobre as operações da empresa.
– Um princípio contábil é objetivo até onde a informação não
sofre influência por inclinações pessoais ou juízo dos que a
fornecem.
– Um princípio contábil é praticável até onde possa ser efetuado
sem complexidade ou custos indevidos.
• No desenvolvimento dos princípios contábeis o problema
essencial é determinar o correto equilíbrio entre a utilidade
por um lado e a objetividade e a praticabilidade de outro.
101
Postulados, Princípios, Convenções
• Os conceitos da estrutura básica da contabilidade são, na
realidade, as premissas sobre as quais se assentam posteriormente
todas as normas e procedimentos dos quais são aplicações às
diversas situações específicas de cada tipo de entidade.
• Os princípios fundamentais de contabilidade classificam-se em
três categorias básicas:
– Postulados Ambientais da Contabilidade - definem as
condições sociais, econômicas e institucionais dentro das quais
a contabilidade atua.
– Princípios Contábeis Propriamente Ditos - constituem o
núcleo central da estrutura contábil.
– Convenções Contábeis - representam as normas e
procedimentos que qualificam e delimitam a aplicação prática
dos princípios contábeis.
102
Postulados, Princípios, Convenções

Postulados

Princípios

Convenções

103
Postulados
• São comumente chamados de “Pilares da Contabilidade”, por
serem a base de toda a teoria contábil.
– O Postulado da Entidade estabelece o Patrimônio como sendo o
objeto da Contabilidade e afirma a necessidade de diferenciação do
patrimônio próprio com o patrimônio da entidade jurídica,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou
finalidade, com ou sem fins lucrativos. É imprescindível distinguir
corretamente a pessoa física da pessoa jurídica.
– O Postulado da Continuidade prevê que o processo contábil deve
ser desenvolvido supondo-se que a entidade nunca terá um fim ou
seja sem prazo estimado de duração. A suspensão das suas atividades
pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a
perda, até mesmo integral, de seu valor. A queda no nível de
ocupação pode também provocar efeitos semelhantes.

104
PO1 - Entidade
• A contabilidade é mantida para as entidades; seus sócios
ou quotistas, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, não
se confundem com estas para efeito contábil.
• A aplicação adequada do Postulado da Entidade traduz a
capacidade que a contabilidade tem de não confundir os
interesses e registros contábeis da entidade com os de
seus sócios ou quotistas.

105
PO1 - Entidade
• Suponhamos que em uma sociedade anônima o ativo, o
passivo e o patrimônio líquido pertençam à entidade; os
sócios não têm direito a parcelas do patrimônio líquido até
que a assembléia destine parte dos lucros obtidos à
distribuição.
– Se o acionista retirar o dinheiro da empresa antes da determinação
da assembléia, a contabilidade deverá registrar que a entidade possui
esse valor a receber do acionista, na forma de empréstimo.
– Se o proprietário retirar fisicamente o dinheiro do próprio bolso
para pagar uma obrigação da empresa; todavia a contabilidade da
empresa deve registrar este fato primeiramente como empréstimo
do próprio proprietário à empresa para, em seguida, contabilizar o
pagamento.

106
PO1 - Entidade
• A necessidade da contabilidade em separar o patrimônio
de uma empresa do patrimônio de seus proprietários é
muito mais profunda do que possa parecer à primeira
vista. Sua abrangência vai além do conceito jurídico de
entidade que historicamente justifica este postulado.
• Quanto mais a contabilidade evolui e se afirma no
mundo dos negócios, como a grande fonte de
informações para finalidades gerenciais e externas, mais
o Postulado da Entidade tende a ser visto e entendido
também do ponto de vista econômico, além,
naturalmente, do ponto de vista jurídico.

107
PO1 - Entidade
• Com essa nova visão, se houver várias entidades jurídicas
que compõem uma única unidade econômica, deverá haver
demonstrações contábeis para o conjunto (entidade
econômica), além das válidas para cada sociedade
individualmente (sociedade jurídica). É o caso da
Consolidação das Demonstrações Financeiras.
• Além disso, se houver também várias entidades jurídicas
com algum grau de interesse comum (no caso de coligadas
e controladas), o Postulado da Entidade pressupõe que,
pelo fato de uma empresa ter investido em outra, deve
tratá-lo como se parte dos resultados da investida lhe
pertence. É a origem do Método da Equivalência
Patrimonial na avaliação de investimentos.
108
PO1 - Entidade
• A entidade macroeconômica é tão importante, que em
alguns países acaba sendo a única entidade a ter sua
demonstrações contábeis efetivamente publicadas
divulgadas junto ao grande público. As demonstrações
individuais das diversas pessoas jurídica que compõem essa
macro-entidade passam a ser secundárias, tornando-se às
vezes nada mais que apêndices a constarem nas Notas
Explicativas da entidade maior consolidada.

109
PO2 - Continuidade
• A contabilidade efetua a avaliação do patrimônio e o registro de
suas mutações, considerando que a entidade, até evidências em
contrário, tem sua vida continuada ao longo do tempo, ou seja,
na definição de seus critérios de avaliação a contabilidade vê a
entidade como algo em movimento contínuo, destinada não à
liquidação ou qualquer forma de extinção, mas sim a continuar
de maneira indefinida.
• O entendimento do Postulado da Continuidade é muito
importante, pois dele deriva o conceito de que a base dos
registros dos ativos na contabilidade é o valor de entrada ou
valor de custo (podendo ser custo histórico, ou custo corrigido,
dependendo do tipo de ativo).

110
PO2 - Continuidade
• O raciocínio é simples: na liquidação de uma empresa (caso
típico da descontinuidade das operações), o tipo de valor
relevante é o valor de realização ou o valor de venda, pois
precisamos nos desfazer de todos os ativos a fim de saldarmos
as obrigações existentes (passivo); desta forma, o critério de
avaliação é o valor de saída.
• Assim, recursos adquiridos, mas ainda não utilizados, são
evidenciados pelo seu valor de compra (valor de custo), e não
pelo valor que a empresa poderia obter vendendo-os. O valor
de venda de equipamentos utilizados na produção das
atividades de uma empresa, por exemplo, é secundário, pois
presume-se que esses ativos não serão vendidos, mas usados na
criação de produtos e serviços, portanto na continuidade das
operações.
111
Princípios Contábeis
• Princípios Contábeis são a padronização das técnicas
contábeis adotadas pela maioria dos profissionais, com o
intuito de normalizar os lançamentos e relatórios, para
um melhor controle do patrimônio da entidade.
1. Registro pelo valor original
2. Atualização monetária
3. Prudência
4. Competência
5. Oportunidade

112
PC1 - Registro pelo valor original
• Este princípio estabelece que um ativo é incorporado nos
registros contábeis pelo custo de aquisição (preço pago
para adquiri-lo mais os gastos necessários para colocá-lo em
condições de funcionamento), ou pelo custos dos insumos
utilizados para fabricá-lo. Este valor é a base para todas as
contabilizações subseqüentes relativas ao uso do ativo.
• O resultado da adoção do Princípios Contábeis
propriamente ditos significa que a base inicial de avaliação
dos patrimônios é o seu valor de aquisição (custo histórico).

113
PC1 - Registro pelo valor original
• Os ativos, como regra, não devem ser avaliados pelo que valeriam
se comprados na data do balanço, ou ainda por quanto poderiam
se vendidos nessa mesma data; devem se avaliados por quanto
custaram para que esse custo seja cotejado com a receita que eles
produzirão. Ainda que, de certa forma, a adoção deste princípio
decepcionem aqueles que desejariam observar, através das
demonstrações contábeis, o retrato atualizado, em termos de
valor, da empresa.
• O grande mérito do uso custo histórico está na avaliação do lucro
no momento em que esses ativos forem sendo consumidos,
vendidos, baixados, etc. Nesse momento as receitas produzidas
são cotejadas com o valor investido na aquisição de tais ativos,
obtendo-se desta forma apurações mais corretas de lucro.

114
PC1 - Registro pelo valor original
• Falar em custo histórico sem se falar em correção monetária é,
para casos de países com inflação significativa, distorcer-se o
princípio doutrinário do custo como base de valor. No Brasil,
assim como em outros países, são admitidas algumas formas de
reconhecimento contábil das variações do poder aquisitivo da
moeda, que estão razoavelmente próximas da que seria ideal.
• Teremos então um custo histórico corrigido monetariamente, o
que não invalida a regra geral deste princípio, mas restaura o valor
original dos custos históricos (com base na moeda da data de
incorporação dos ativos), por um índice geral de preço que
represente a variação média do poder de compra dessa moeda no
período.
– Desse princípio decorre também a regra contábil de avaliação de certos
ativos, como estoques e títulos negociáveis pelo custo ou mercado dos dois
o menor, como veremos mais adiante quando comentarmos a Convenção
do Conservadorismo.
115
PC2 - Atualização monetária
• Este princípio estabelece que as demonstrações
contábeis serão expressas em termos de moeda nacional
de poder aquisitivo na data do último balanço
patrimonial.
• Segundo o Princípio do Denominador Comum
Monetário, todos os elementos componentes do
patrimônio devem estar avaliados em uma única moeda
para que possam ser somados e comparados.

116
PC3 - Prudência
• Entre duas alternativas, igualmente válidas, para a
quantificação da variação patrimonial, será adotado
o menor valor para os bens ou direitos e o maior
valor para as obrigações ou exigibilidades. Assim,
quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis
diante dos outros princípios fundamentais de
contabilidade será escolhida a opção que diminui ou
acrescenta menos valor ao Patrimônio Líquido.
• Baseia-se na premissa de nunca antecipar lucros e
sempre prever possíveis prejuízos.

117
PC3 - Prudência
• Essencialmente resulta na adoção do menor valor para os
componentes do Ativo e do maior valor para os componentes
do Passivo, sempre que apresentarem alternativas igualmente
válidas para o registro contábil.
• Isto, é claro, refletirá diretamente na Patrimônio Líquido da
empresa.
• Desse modo, a aplicação do princípio da prudência resulta na
obtenção do menor Patrimônio Líquido, entre aqueles possíveis
diante de procedimentos alternativos de avaliação de fatos
contabilizáveis.
• Esse princípio tem por objetivo não registrar antecipadamente
nenhum lucro e, de outro lado, registrar todas as despesas e
perdas que forem possíveis.

118
PC3 - Prudência
• Ou seja, nunca permitir que a contabilidade da empresa
indique a existência de lucros que possam estar
superestimados pela adoção de um critério, entre dois ou
mais possíveis, que eventualmente venha a não corresponder
à realidade.
• A correta aplicação do princípio da prudência visa impedir
que prevaleçam, na escrituração contábil, juízos puramente
pessoais ou outros interesses. Resumindo: Entre várias
alternativas válidas, para as receitas considere a menor e para
despesas o valor maior.
– Exemplo: Dívida trabalhista a empresa prevê pagar um ação
entre 2000 e 5000 reais. Então registra na contabilidade o valor
maior mesmo que exista um pouco mais de chance de pagar
um valor menor.
119
PC4 - Competência
• Este princípio estabelece que a receita deve ser reconhecida
contabilmente no momento em que é realizada; e a realização
ocorre quando da troca das mercadorias, bens ou serviços por
dinheiro ou títulos de crédito, ou seja, no momento em que o
risco é transferido ao comprador
• O reconhecimento da receita implica reconhecimento do lucro
(ou prejuízo) e, portanto, receitas e despesas são duas facetas de
um mesmo problema geral, embora, no tempo, primeiro se
reconheça a receita e, em seguida, a despesa, direta ou
indiretamente associada.

120
PC4 - Competência
• A fim de podermos colocar os produtos ou serviços à disposição
do cliente (realizar receita) é preciso satisfazer plena e
concomitantemente as seguintes condições:
– Existência de um preço de transferência dos produtos ou serviços
perfeitamente definido (verificável através de contrato, nota fiscal, fatura,
etc.)
– Estejam totalmente concluídos os produtos ou serviços (o esforço em
produzir e distribuir tem que estar integralmente desenvolvido).
– Existência de conhecimento preciso do custo dos produtos ou serviços,
inclusive os desembolsos futuros que, pela competência, estão associados
às vendas (tais como comissões, serviços de garantia, devedores duvidosos
ou insolúveis, etc.).

121
PC4 - Competência
• Princípio do Confronto das Despesas com Receitas e com os
Períodos Contábeis estabelece que as despesas e perdas
ocorridas em um determinado período contábil deverão ser
confrontadas com as receitas reconhecidas nesse mesmo período
ou a ele atribuídas. A base de confronto, entretanto, não está
relacionada ao aspecto financeiro (recebimento de receitas e
pagamento das despesas), mas às receitas reconhecidas
(auferidas) e às despesas incorridas (consumidas) no
período.
• O que importa é o fato gerador e não o pagamento ou
recebimento de numerário. Assim, desde que a receita tenha sido
reconhecida (Princípio da Realização da Receita), todos os custos
e despesas que tenham contribuído para realização daquela receita,
independentemente do período de desembolso, devem também
ser reconhecidos e contrapostos às mesmas
122
PC4 - Competência
• Vejamos alguns exemplos:
– As despesas de pessoal do mês de dezembro (folha de pagamento e
encargos) devem ser lançados no mês de dezembro, mesmo que o
pagamento venha a ocorrer no mês de janeiro.
– A despesa com Imposto de Renda deve ser lançada no exercício dos lucros
a que se refere e não no exercício em que é paga.
– As despesas de comissões sobre vendas devem ser reconhecidas no mês em
que se registram as vendas correspondentes, ainda que o pagamento ao
vendedor seja vinculado ao recebimento do cliente.
– As vendas de mercadorias realizadas no mês de dezembro devem ser
reconhecidas no mesmo mês, ainda que sejam recebidas em meses
posteriores.

123
Para lembrar o conceito de competência ...

Custos Receitas
• Consumidos • Produzidas
• Usados • Auferidas
• Gozados • …
• Incorridos
• …

Independente dos Independente dos


pagamentos recebimentos

124
Competência x Caixa
A despesa foi incorrida/usada/consumida?
A receita foi auferida/produzida?

S N
A despesa foi paga? A despesa foi paga?
A receita foi recebida? A receita foi recebida?

S N S N

Ca=Co Co Ca Nada
A despesa/receita é inteiramente de
competência do período?

S N

100% do Pro-rata
período temporis
125
PC5 - Oportunidade
• Refere-se ao momento em que devem ser registradas as
variações patrimoniais, as quais devem ser feitas
imediatamente e de forma integral,
independentemente das causas que as originaram,
contemplando os aspectos físicos e monetários. A
integridade dos registros é de fundamental importância
para a análise dos elementos patrimoniais, pois todos os
fatos contábeis devem ser registrados, incluindo os das
filiais, sucursais e demais dependências de uma mesma
entidade. Caso seja tratado um fato futuro, o registro
deve ser feito, caso exista como provar o seu valor. São
os casos de provisões como o de férias, 13° salario,
contingências etc.
126
PC5 - Oportunidade
• A Resolução CFC nº 750/93: Art. 6º O Princípio da
OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à
tempestividade e à integridade (isto é completeza) do registro
do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja
feito de imediato e com a extensão correta, independentemente
das causas que as originaram. Consequentemente:
– desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais
deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de
sua ocorrência;
– o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos,
contemplando os aspectos físicos e monetários;
– o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas
no patrimônio da ENTIDADE, em um período de tempo determinado,
base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da
gestão

127
Convenções Contábeis
• As Convenções Contábeis são conceitos para servirem
como um guia para o profissional da área contábil,
normatizando padrões de conduta na hora de escriturar
os fatos contábeis, tais como:
1. Objetividade
2. Conservadorismo
3. Materialidade
4. Consistência

128
CC1 - Objetividade
• Esta convenção estabelece que a contabilidade deve
abster-se ao máximo possível dos subjetivismos e das
avaliações calcadas exclusivamente do entendimento pessoal,
individuais, e ater-se a critérios realmente objetivos, se
possível (e sempre que possível) documentais, que permitam
um maior nível de credibilidade por parte de todos usuários
da informação contábil.
• A observância a essa convenção visa reduzir-se ao mínimo
ou eliminar as áreas em que os Princípios Contábeis podem
ter mais de uma aplicação. Assim, entre vários
procedimentos alternativos tenderemos a escolher sempre o
mais objetivo.

129
CC1 - Objetividade
• Sustentação e prática da objetividade:
– Os registros contábeis das transações devem ser efetuados, sempre que
possível, em documentos adequados, normas e procedimentos escritos, e
práticas geralmente aceitas no ramo de atividade específica.
– A credibilidade tem preferência na avaliação dos elementos patrimoniais
tangíveis, embora os intangíveis sejam, via de regra, economicamente
significativos.
– A contabilidade deve manter-se neutra em relação aos sócios, gerência e
investidores. Desta forma. quanto mais objetivo se é, mais neutro tende-se
a ser.
– Há que se tomar o devido cuidado, entretanto, para que a objetividade
exagerada não prejudique as demonstrações financeiras. Nesses casos, o
julgamento e o bom senso profissional devem prevalecer, transformando o
conceito de objetividade no resultado de um consenso profissional sobre a
melhor maneira de enfrentar certas situações, mesmo que sob um ponto de
vista mais imediatista, não pareça objetiva.

130
CC2 - Conservadorismo
• No caso de hipóteses diferente, igualmente válidas sob o ponto de
vista dos Princípio Contábeis, a contabilidade deve optar sempre
pela alternativa de avaliação que resume em menor lucro, assim:
– Devem ser contabilizadas imediatamente todas as despesas ou perdas
conhecidas, ainda que não realizadas.
– Devem ser adiadas até sua efetiva realização todas as receitas, ainda que
conhecidas com razoável segurança.
• O conservadorismo deve ser encarado como um guia de
procedimentos quando o contador defrontar-se com várias
alternativas de avaliação dos ativos, e como uma atitude
“vocacional” da profissão perante os vários grupos interessados
nas demonstrações financeiras.

131
CC2 - Conservadorismo
• Ele influencia o princípio do custo como base de avaliação,
principalmente na categoria de ativos denominados ativos
correntes, quando o modifica, criando, no caso dos estoques, a
regra de custo ou mercado dos dois o menor. A posição adequada
é considerar a hipótese que resulte no valor mais baixo do ativo
(assim como em caso análogo deveria optar pela alternativa que
resultasse no valor mais alto para o passivo).
• A única ressalva para a “atitude conservadora” do contador é em
não aplicá-la com exagero. Sua aplicação irrestrita pode levar à
perda de controle de seus efeitos, quando se verificar, de um
período para outro, reversões nas expectativas e nos preços.

132
CC3 - Materialidade
• Esta convenção estabelece que a contabilidade não deve se
preocupar com valores ou fatos irrelevantes, tanto do ponto de
vista de registro como do de controle.
• Se uma empresa fez um empréstimo de valor pequeno a um
terceiro qualquer, cobrando juros, não precisa se preocupar em
apropriar essa receita financeira exatamente dentro do regime
de competência, já que o valor envolvido é insignificante e sua
contabilização será totalmente aceitável quando efetivamente
recebido.
• A compreensão exata da Convenção da Materialidade depende
do entendimento de que o custo adicional para proporcionar
certas informações exatamente detalhadas e em períodos muito
curtos, via de regra, é maior que os benefícios adicionais
gerados e, portanto, não valem a pena.
133
CC4 - Consistência
• Esta convenção estabelece que, desde que se tenha adotado
determinado critério contábil, este não deve ser alterado ao
longo do tempo, permanecendo uniforme para não prejudicar a
comparabilidade e o poder de previsão das demonstrações
financeiras.
• A consistência ou uniformidade representa um dos conceitos mais
importantes em todo esquema contábil.
• Entretanto, a obediência a tal convenção não significa que não
possa adotar um novo critério contábil, principalmente quando as
condições aconselho essa mudança; apenas se deve fazer a devida
menção nas demonstrações financeiras, indicando qual a mudança
e quais os seus efeitos sobre o resultado do exercício e sobre o
patrimônio líquido.

134
Síntese PO1 Entidade Patrimônio objeto da contabilidade. Distinguir pf/pj
PO2 Continuidade Entidade sem fim

PC1 Valor original Custo como base inicial de avaliação

PC2 At. monetária Valores em R$ de poder aquisitivo na data do ultimo BP

PC3 Prudência Entre duas opções igualmente aceitáveis diante dos outros
PO princípios fundamentais de contabilidade será escolhida a
opção que diminui ou acrescenta menos valor ao PL
PC
PC4 Competência Receitas reconhecidas (auferidas) e despesas incorridas
CO (consumidas) no período
PC5 Oportunidade Registro imediato (tempestividade) e integral (integralidade)

CO1 Objetividade A contabilidade deve abster-se dos subjetivismos


CO2 Conservadorismo Optar sempre pela alternativa de avaliação que resume
em menor lucro
CO3 Materialidade Relevância dos valores
CO4 Consistência Critério contábeis não devem ser alterados ao longo do
tempo

135
Contabilidade Geral. Aula 4.
Estrutura Conceitual para Elaboração e
Divulgação das Demonstrações
Financeiras (CPC00)
Agenda
• Introdução
• Ambiente normativo
• Objetivos das Demonstrações Contábeis
• Necessidades dos usuários
• Utilidade e Limitações do Relatório Contábil Financeiro
• Características Qualitativas fundamentais
• Características Qualitativas de melhoria
• Premissa subjacente
• Elementos das demonstrações contábeis
• Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis
• Conceitos e manutenção de capital
• Considerações

137
Introdução
• Com o desenvolvimento dos mercados de capitais, as
informações de maneira geral, dentre elas a contábil,
tornaram-se produtos preciosos, capazes de
influenciar as decisões de investidores, credores e
outros agentes do mercado.
• A contabilidade passou a ser mais exigida no que se
refere à elaboração e divulgação de informações
relevantes e ao mesmo tempo confiáveis para seus
usuários, proporcionando comparabilidade de dados
de empresas de diferentes nacionalidades, além de
propiciar alternativas de alocação de capital aos
stakeholders.

138
Ambiente Normativo
• RESOLUÇÃO CFC N.º 1.374/11
– Nome da Norma: NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL
– Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório
Contábil-Financeiro.
– Aplica-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de
2011.
– Vem sendo revisada de tempos em tempos com base na
experiência decorrente de sua utilização.
Objetivo das demonstrações Contábeis
• Demonstrações contábeis objetivam fornecer
informações que sejam úteis na tomada de decisões
econômicas e avaliações por parte dos usuários em
geral.
• Não tem o propósito de atender finalidade ou
necessidade específica de determinados grupos de
usuários.
Objetivo das demonstrações Contábeis
• Posição financeira
– Modificação dos recursos econômicos (capacidade de
gerar caixa)
– Estrutura Financeira ( empréstimos, lucros futuros e
flx. de caixa)
– Liquidez (caixa no futuro próximo)
– Solvência (caixa a longo prazo)
• Resultados
– Recursos econômicos controláveis no futuro
– Gerar Fluxo de Caixa a partir de recurso existentes
– Eficácia no uso de recurso adicionais
Necessidade dos usuários
• Avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos
financeiros emprestados à entidade;
• Determinar políticas tributárias;
• Determinar a distribuição de lucros e dividendos;
• Elaborar e usar estatísticas da renda nacional;
• Regulamentar as atividades das entidades.
Utilidade e Limitações do Relatório Contábil Financeiro
Outras Fontes de Informação: Relatório Contábil Financeiro:
• condições econômicas gerais; BP, DRE, DRA, DMPL, DLP, DFC
• eventos e clima políticos; e DVA
• perspectivas para o setor;
• panorama da indústria;
• leis e regulações.

Usuários da Informação:
• Investidores existentes e em potencial;
• Credores por empréstimos;
• Outros credores.

Decisões Econômicas:
1. Comprar, vender ou manter instrumentos patrimoniais;
2. Comprar, vender ou manter instrumentos de dívida;
3. Fornecer empréstimos e financiamentos em geral;
4. Fornecer outras formas de crédito. 143
Características Qualitativas
• São as propriedades que tornam a informação útil, no
sentido de duração, generalidade e viabilidade.

144
Evolução histórica
• No Brasil, desde que a Le 6404/76 (Lei das SAs) os incluiu como
matéria legislativa a ser observada pelos agentes do mercado de
capitais, os princípios são objeto dos órgãos reguladores oficiais.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) definiu uma primeira
versão em 1981, seguida pela CVM que emitiu uma deliberação
em 1986 (Deliberação 29/86), classificando-os em postulados,
princípios propriamente ditos e convenções
• Em 1993, com a Resolução do CFC 750, ambas as entidades
acordaram em declarar sete Princípios Contábeis definidos pela
norma profissional citada.
– Em 2008, a Deliberação 29/1986 da CVM foi revogada pela Deliberação
nº 539/2008, que não mais os classifica em postulados, princípios e
convenções, e sim a separá-los em Pressupostos Básicos e Características
Qualitativas.

145
Evolução histórica
• A Resolução do CFC nº 750/1993 define os Princípios, que estão
revestidos de universalidade e generalidade, elementos que
caracterizam o conhecimento científico, justamente com a certeza,
o método e a busca das causas primeiras.
• Os princípios da Contabilidade, portanto, são os seguintes:
1. Entidade;
2. Continuidade;
3. Oportunidade;
4. Registro pelo valor original;
5. Correção ou Atualização Monetária (Revogado pela CFC 1.282/2010).
6. Competência; e
7. Prudência.
• Além disso, na aplicação dos Princípios Fundamentais de
Contabilidade às situações concretas, a essência das transações
deve prevalecer sobre seus aspectos formais.
146
Evolução de PO, PC, CC
Caraterísticas Caraterísticas
Fundamentais De Melhoria
PO1 Entidade
Premissas subjacentes
PO2 Continuidade
PC1 Valor original (Um dos) Critério(s) de Mensuração
PC2 Competência Performance financeira
PC3 Oportunidade RF: Completa, Livre de Erro Tempestividade
PC4 Atualização Monetária Eliminado
PC5 Prudência Eliminado
CC1 Conservadorismo (inconsistente c/neutralidade)
CC2 Objetividade RF: Neutra
CC3 Materialidade Relevante
CC4 Consistência Comparabilidade
Essência s/forma Representação Fidedigna

147
Relevância
• Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz
de fazer diferença nas decisões que possam ser
tomadas pelos usuários.
– Valor preditivo: possibilidade de ser utilizada pelos usuários
para predizer futuros resultados.
– Valor confirmatório: possibilidade de retroalimentar
avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).
Materialidade
• A materialidade não é uma característica
fundamental, mas sim um aspecto da relevância.
• Deve ser entendida como um aspecto de relevância
específico da entidade baseado na natureza ou na
magnitude, ou em ambos.
• A informação é material se a sua omissão ou sua
divulgação distorcida puder influenciar decisões que
os usuários tomam.
Aplicação das características qualitativas fundamentais

• Identificar o fenômeno econômico que tenha o


potencial de ser útil para os usuários da informação
contábil-financeira reportada pela entidade;
• Identificar o tipo de informação sobre o fenômeno que
seria mais relevante se estivesse disponível e que poderia
ser representado com fidedignidade;
• Determinar se a informação está disponível e pode ser
representada com fidedignidade.

150
Representação fidedigna
• É essencial que as informações representem fielmente a essência
econômica dos fenômenos que pretendem apresentar.
• Sendo assim, para ter representação fidedigna e assegurar o
usuário quanto à confiabilidade da informação, a realidade
retratada precisa possuir três atributos:
– Completa,
– Neutra
– Livre de erro
– Essência sobre a forma, por ser considerado isso uma redundante com
representação fidedigna
– Prudência (conservadorismo), por ser considerada inconsistente com a
neutralidade.

151
Representação fidedigna - Completa
• Incluir todos os dados necessários para que o usuário
compreenda o fenômeno sendo retratado.
• Ex: frota de carros:
– Natureza do ativo (Modelo, ano e etc);
– Retrato numérico (Quantos carros);
– Descrição acerca do retrato numérico (custo histórico original
ou valor corrente)

152
Representação fidedigna - Neutra
• Desprovida de viés.
• Não deve ser distorcida para maior ou menor peso

153
Representação fidedigna – Livre de erro
• Não há erros ou omissões no fenômeno retratado,
• Não significa algo perfeitamente exato em todos os
aspectos (estimativas).

154
Características qualitativas de melhoria
• A utilidade da informação contábil-financeira é
melhorada se ela for:
– Comparável
– Verificável
– Tempestiva
– Compreensível

155
Características qualitativas de melhoria
Comparabilidade:
• Permite que os usuários identifiquem e compreendam
similaridades dos itens e diferenças entre eles.
• Comparabilidade não significa uniformidade.
– COISAS IGUAL X COISAS DIFERENTES

156
Características qualitativas de melhoria
Verificabilidade:
• Diferentes observadores, cônscios e independentes,
podem chegar a um consenso, quanto a uma
informação econômica em particular ser uma
representação fidedigna.
• O usuário deve ter meios para verificar se a informação
que está sendo divulgada corresponde à realidade dos
fatos.
• Verificação direta (contagem do caixa)
• Verificação indireta (recalcular os resultados obtidos)

157
Características qualitativas de melhoria
Tempestividade:
• Informação disponível a tempo de poder influenciá-
los em suas decisões.
Características qualitativas de melhoria
Compreensibilidade:
• Classificar, caracterizar e apresentar a informação com
clareza e concisão torna-a compreensível.
• Elaborados para usuários que têm conhecimento
razoável de negócios e de atividades econômicas e que
revisem e analisem a informação diligentemente.
Relevância x Fidedignidade
• Para que a informação contábil tenha utilidade tem de
haver um balanceamento entre as duas característica
fundamentais. Nem a representação fidedigna de um
fenômeno irrelevante, tampouco a representação não
fidedigna de um fenômeno relevante auxiliam os
usuários a tomarem boas decisões.
Custo X Benefícios
• O custo de gerar a informação é uma restrição sempre
presente na entidade no processo de elaboração e
divulgação de relatório contábil-financeiro.
• Esse custos devem ser justificados pelos benefícios
gerados pela divulgação da informação
Premissa subjacente
Continuidade
• As demonstrações contábeis são elaboradas tendo como
premissa que a entidade está em atividade e irá manter-
se em operação por um futuro imprevisível.
• Se a entidade entrar em descontinuidade, as
demonstrações contábeis podem ter que ser elaboradas
em bases diferentes (a base de elaboração utilizada
deve ser divulgada).
Elementos das demonstrações

Mensuração da Posição patrimonial e financeira:

Ativo. Recurso controlado Passivo. Obrigação presente da


pela entidade como resultado entidade, derivada de eventos
de eventos passados e do passados, cuja liquidação se espera
qual se espera que fluam que resulte na saída de recursos
futuros benefícios da entidade capazes de gerar
econômicos para a entidade benefícios econômicos
Patrimônio Líquido. Interesse
residual nos ativos da entidade
depois de deduzidos todos os seus
passivos.

163
Representação Gráfica do Balanço Patrimonial

Balanço Patrimonial
Ativo Passivo e PL
Bens Obrigações
• Máquinas • Fornecedores
• Veículos • Salários a Pagar
• Estoque • Empréstimos Bancários
• Dinheiro • Impostos a Pagar
Direitos
• Títulos a receber Patrimônio Líquido
• Depósitos em Bancos • Capital
• Subscrito
• Integralizado

Lado Esquerdo Lado direito

164
Posição patrimonial e financeira
Ativo Passivo
• A forma física não é • Uma característica
essencial para a existência essencial para a existência
de ativo de passivo é que a entidade
• Ao determinar a existência tenha uma obrigação
do ativo, o direito legal de presente
propriedade não é essencial • Alguns passivos somente
podem ser mensurados por
meio de estimativa: as
provisões
Mensuração do Desempenho
• Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o
período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento
de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do
patrimônio líquido e que não sejam provenientes do aporte dos
proprietários da entidade.  Ganhos
• Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante
o período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de
ativos ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimo
do patrimônio líquido.  Perdas

166
Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis

• Processo que consiste em determinar os montantes


monetários por meio dos quais os elementos das
demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e
apresentados no balanço patrimonial e na demonstração
do resultado.
Conceitos de Capital
• Capital financeiro é sinônimo de ativos líquidos ou
patrimônio líquido da entidade.
• Capital físico é considerado como a capacidade
produtiva da entidade.
Manutenção de capital
• Manutenção do capital financeiro – é o lucro
auferido somente se o montante financeiro dos ativos
líquidos no fim do período exceder o seu montante
financeiro no começo do período.
• Manutenção do capital físico – é o lucro auferido
somente se a capacidade física produtiva da entidade no
fim do período exceder a capacidade física produtiva no
início do período.
Importante!
Resolução 750/93 Revogada
• Fim dos Princípios de Contabilidade??
Como fica...
• Continuidade  premissa
• Registro pelo valor original  mensuração
• Competência  art.177 da 6.404 e avaliação da
performance financeira.
• Oportunidade  características de melhoria
• Prudência  incompatível com a neutralidade (ex.
provisões)
• Entidade  presunção e futuro cap. 2 desse CPC
Considerações
• Só informações relevantes influenciam no processo de decisão
(impacta o mercado)...
• Relevância abrange conceitos de magnitude e natureza da
informação...
• Informações específicas à entidade devem ser evidenciadas...
• “divulgação mínima” ou “ no mínimo” que existem em vários
CPCs devem ser interpretadas à luz da relevância...
• mesmo que nenhum CPC ou Lei aborde ou cite, mas se a
informação for relevante NÃO PODE DEIXAR DE SER
MENCIONADA...
• Logo: Jogue fora seu check list !!!!!

172
Contas patrimoniais e de resultado
Objetivo da Contas Contas de
contabilidade é o Patrimoniais Resultado
Patrimônio e suas
...

 Qualitativas

 Quantitativas

BP DRE
173
Contabilidade Geral. Aula 5.
Demonstrativos Financeiros: conceito
de relatórios contábeis, estrutura,
usuários da informação contábil,
relatórios contábeis obrigatórios (Lei
11.638/07)
Lei 6404/76 modificada pela 11.638/07 (Lei das SAs)
SEÇÃO II, Demonstrações Financeiras
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV - demonstração das origens e aplicações de recursos.
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº
11.638/2007)
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
(Incluído pela Lei nº 11.638/2007)

175
Lei 6404/76 modificada pela 11.638/07 (Lei das SAs)
SEÇÃO II, Demonstrações Financeiras
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a
indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício
anterior.
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser
agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a
sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo
grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como
“diversas contas” ou “contas-correntes”.
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros
segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua
aprovação pela assembléia-geral.
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e
outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

176
§ 5o As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações


financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para
negócios e eventos significativos;
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no
Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das
demonstrações financeiras;
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma
apresentação adequada; e

177
§ 5o As notas explicativas devem: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

IV – indicar:
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente
estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de
provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na
realização de elementos do ativo;
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo
único);
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, §
3o );
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros
e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
f) o número, espécies e classes das ações do capital social;
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam
vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da
companhia
178
CPC26
• Um conjunto completo de demonstrações contábeis
inclui, como regra: (a) o balanço patrimonial; (b) a
demonstração do resultado; (c) a demonstração do
resultado abrangente; (d) a demonstração das mutações
do patrimônio líquido; (e) a demonstração dos fluxos de
caixa; (f) a demonstração do valor adicionado quando
exigida legalmente; e (g) as notas explicativas,
compreendendo um resumo das políticas contábeis
significativas e outras informações explanatórias.

179
Comparação

Lei 11638/07 CPC26


Balanço Patrimonial; Balanço patrimonial – BP
Demonstração dos lucros ou Demonstração das mutações do
prejuízos acumulados - DLPA patrimônio líquido – DMPL
Demonstração do resultado Demonstração do resultado – DRE
Demonstração dos fluxos de caixa Demonstração dos fluxos de caixa - DFC
Demonstração do valor adicionado Demonstração do valor adicionado
(se companhia aberta) quando exigida legalmente – DVA
Notas Explicativas Notas explicativas, compreendendo um
resumo das políticas contábeis
significativas e outras informações
explanatórias – NE
Demonstração do resultado abrangente -
DRA

180
Balanço Patrimonial
• É a demonstração contábil destinada a evidenciar,
qualitativa e quantitativamente, numa determinada data,
a posição patrimonial e financeira de uma empresa.
• Bens, direitos e obrigações.

181
Balanço Patrimonial: Importância
• Resume e apresenta os dados de forma adequada;
• Mostra as origens dos recursos (passivo e patrimônio
líquido;
• Dá a visão das aplicações de recursos feitas pela
empresa;
• Possibilita uma série de análises (endividamento,
liquidez etc.)

182
Representação Gráfica do Balanço Patrimonial

Balanço Patrimonial
Ativo Passivo e PL
Bens Obrigações
• Máquinas • Fornecedores
• Veículos • Salários a Pagar
• Estoque • Empréstimos Bancários
• Dinheiro • Impostos a Pagar
Direitos
• Títulos a receber Patrimônio Líquido
• Depósitos em Bancos • Capital
• Subscrito
• Integralizado

Lado Esquerdo Lado direito

183
Balanço Patrimonial: estrutura
ATIVO PASSIVO
• Disponibilidades • Salários e encargos sociais
CIRCULANTE

• Realizáveis no curto prazo • Fornecedores


• Outros créditos a vencer • Obrigações Fiscais
• Investimentos temporários • Empréstimos e Financiamento
• Estoques • Outras obrigações e provisões
• Despesas pagas antecipadas
CCL

• Ativo Realizável a Longo Prazo • Empréstimos e Financiamentos


• Investimento • Outras obrigações e provisões
CIRCULANTE

• Imobilizado
• Intangível • Capital social
Não

• Reservas de capital
• Reservas de Lucros
• (-) Prejuízos acumulados
• (-/+) Ajuste de Avaliação Patrimonial

184
O Termo “CAPITAL” em Contabilidade

Capital = Recursos
Capital de Terceiros =
Capital Alheio = Passivo =
Obrigações
+
Capital próprio = Recursos
(financeiros ou materiais) Patrimônio
=
dos proprietários (sócios Líquido
ou acionistas).
= Capital Total

185
Origens x Aplicações

Aplicações dos Recursos que Todos os Recursos entram


teve origem (Passivo e PL) = pelo Passivo e PL.

Aplicações Origens
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo e PL
Bens Obrigações
• Máquinas • Fornecedores
• Veículos • Salários a Pagar
• Estoque • Empréstimos Bancários
• Dinheiro • Impostos a Pagar
Direitos
• Títulos a receber Patrimônio Líquido
• Depósitos em Bancos • Capital
• Subscrito
• Integralizado

186
Origens x Aplicações

Proprietários (PL)
Caixa
Fornecedores
Estoque
Governo
Máquinas
Bancos
Imóveis etc.
Financeiras etc.

Balanço Patrimonial
Ativo P e PL (origens) $$$$$$$$
$$$
$
De terceiros
Aplicações $$$$$$$$ e próprio $
$$$$$$$$

187
Demonstração do Resultado do Exercício
• É a demonstração dinâmica destinada a evidenciar a
composição do resultado formado num determinado
período de operações da entidade.

• Demonstra a situação econômica da entidade em um


determinado período.

188
Estrutura
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
(-) Impostos Incidentes sobre a venda
(=) Receita Operacional Líquida
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Despesas com Vendas
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
(=) RESULTADO ANTES IR/CS
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 189
Regimes
• Na Contabilidade utiliza-se o Regime de Competência, ou seja,
são contabilizados como Receita ou Despesa, os valores dentro do
período de Competência (quando Gerados), na data onde ocorreu
o fato Gerador, na data da realização do serviço, material, da
venda, do desconto, não importando para a Contabilidade
quando vou pagar ou receber, mas sim quando foi realizado
o ato
• Regime de Caixa: diferente do regime de competência considera o
registro dos documentos quando estes foram pagos, liquidados,
ou recebidos, como se fosse uma conta bancária.

190
Regime de competência
• Porém para se medir os resultados de uma companhia,
deve-se utilizar o Regime de Competência, onde além de
se considerar as vendas efetuadas, as despesas realizadas,
também considera-se a depreciação, que no Regime de
Caixa não se considera.
• Isto permite que as transações sejam registradas nos
livros contábeis e sejam apresentadas nas demonstrações
financeiras do período no qual os bens (ou serviços)
foram entregues ou executados (ou recebidos). É
apresentada assim uma associação entre as receitas e os
gastos necessários para gerá-las.

191
Competência X Caixa
• A DRE, observando o princípio de competência,
evidenciará a formação dos vários níveis de resultado
mediante confronto entre as receitas, e os
correspondentes custos e despesas.
• Regime de Caixa – entidades sem fins lucrativos.

192
Exemplo de Regime de Caixa e Competência
• A Cia. Goiana vendeu em X1 $ 20.000 e só recebeu $
12.000 (o restante receberá no futuro); teve como
despesa incorrida $ 16.000 e pagou até o último dia do
ano $ 13.000.

193
Apuração comparativa

DRE Competência Caixa


Receitas 20.000 12.000
Despesas (16.000) (13.000)
Resultado 4.000 (1.000)

194
Demonstração de Lucros/Prejuízos Acumulados
• É a demonstração do que aconteceu com a conta
durante o exercício social, apresentando a variação do
seu saldo balanço por balanço.

195
Estrutura da DLPA

Sinal Saldo anterior


+ Ajustes dos Exercícios Anteriores
+ Lucro do Exercícios
- Incorporações ao Capital Lucro Líquido do exercício
- Transferência para reserva Legal
- Transferência para outras Reservas de Lucros
- Dividendos Propostos
= Saldo final

196
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

• Em relação à demonstração dos lucros e prejuízos


acumulados, na prática a maioria das empresas a
substitui pela demonstração das mutações do patrimônio
líquido. Esta evidencia todas as alterações ocorridas no
patrimônio líquido.

197
Estrutura da DMPL - Exemplo
• Capital social
• Reservas de capital
• Reservas de Lucros
• (-) Prejuízos acumulados
• (-/+) Ajuste de Avaliação Patrimonial

Capital Reservas Reservas Prejuízos Ajuste de Total


de Lucros acumulados Avaliação
Social de capital Patrimonial

Saldo do 100.000 300 60.000 0 0 160.300


Exercício X-1
Lucro do 0 50.000 0 0 50.000
Exercício
Constituição de 0 5.500 (5.500) 0 0 0
reserva legal
Aumento de 30.000 0 (30.000) 0 0 0
Capital Social
Saldo final do 130.000 5.800 74.500 0 0 210.300
Exercício X

198
Demonstração de Fluxo de Caixa
• Esta demonstração indica o que ocorreu no período em
termos de saída e entrada de dinheiro no Caixa
(demonstração dinâmica) e o resultado desse Fluxo.
• O relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em
três grandes áreas:
I - fluxos das operações;
II - fluxos dos financiamentos;
III - fluxos dos investimentos.

199
As três grandes áreas
• Os fluxos de Operações são explicadas pelas receitas e gastos
decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de
serviços da empresa. Estas atividades têm ligação com o capital
circulante líquido da empresa.
• Os fluxos de Investimento são os gastos efetuados no Ativo
Não Circulante, bem como as entradas por venda de ativos
imobilizados.
• Os fluxos de Financiamento são os recursos obtidos do Passivo
não Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos
aqui os empréstimos e financiamentos de curto prazo. As saídas
correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos
aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros.

200
Estrutura da DFC
• O fluxo de caixa realizado pode ser apresentado por
meio de duas formas:
– método direto: demonstra os recebimentos e pagamentos
derivados das atividades operacionais da empresa em vez do
lucro líquido ajustado. Mostra efetivamente as movimentações
dos recursos financeiros ocorridos no período.
– método indireto: é aquele no qual os recursos provenientes
das atividades operacionais são demonstrados a partir do lucro
líquido, ajustado pelos itens considerados nas contas de
resultado que não afetam o caixa da empresa.

201
Estrutura da DFC

202
Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos

• Destina-se a evidenciar as principais origens e aplicações


de recursos de uma empresa em determinado período.
Ou seja, evidencia o conjunto de decisões financeiras
relativas a investimentos e financiamentos.
• Não obrigatória
• A DOAR evidencia a dinâmica do capital circulante
líquido (CCL), ou mais precisamente o que afetou a
posição financeira de curto prazo da empresa. Assim
sendo, para fins de elaboração deste demonstrativo, são
consideradas tão somente as operações que envolvem
elementos do circulante e do não circulante.

203
Demonstração do Valor Adicionado
• Tem a função de divulgar e identificar o valor da riqueza gerada pela entidade, e
como essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores que contribuíram,
direta ou indiretamente, para a sua geração
• Do ponto de vista macroeconômico, a DVA é bastante útil, uma vez que o
somatório dos valores adicionados (ou agregados) das empresas de um país
representa o Produto Interno Bruto (PIB).
• A DVA objetiva proporcionar uma visão mais abrangente sobre a real
capacidade de uma entidade produzir riqueza e sobre a forma pela qual a
distribui entre os diversos fatores de produção (trabalho, capital próprio ou de
terceiros, governos etc.).
• Constitui, assim, uma informação de fundamental importância para gestão e
para demais usuários da contabilidade. A relevância da DVA para entidades
governamentais dá-se em auxiliar no processo de análise do perfil e da
contribuição das entidades, servindo de base para abertura de linha de crédito,
concessão de incentivos, procedimentos conjuntos, entre outras atividades do
poder público.

204
DVA: Estrutura (ver CPC9)
A DVA compõe-se basicamente
de:
• Cálculo do Valor Adicionado
(Geração de Riqueza) -
Diferença entre vendas brutas
ou produção e total dos
insumos adquiridos de
terceiros (custo de mercadorias
e serviços vendidos, matérias-
primas, outros materiais
consumidos etc.);
• Distribuição do Valor
Adicionado - Distribuição da
riqueza gerada entre os agentes
que contribuíram para sua
formação.

205
DVA x DRE

206
DRA
• DRA deve, no mínimo, incluir: o resultado líquido do
período, cada item dos outros resultados abrangentes
classificados da entidade, a parcela dos outros resultados
abrangentes de empresas investidas e o resultado
abrangente
• Ela abrange as mutações do patrimônio líquido não
representadas pelas operações entre os
proprietários e a entidade e não incluíeis na DRE
(i.e.: hedge; planos de benefícios; variações
cambiais)

207
Balanço Social
• A DVA está implicitamente contida no Balanço Social,
que provavelmente será em futuro próximo obrigatório,
pois é peça fundamental para informações sociais,
ambientais e econômicas à sociedade.
• O balanço social é um demonstrativo publicado
anualmente pela empresa reunindo um conjunto de
informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais
dirigidas aos empregados, investidores, analistas de
mercado, acionistas e à comunidade.
• É também um instrumento estratégico para avaliar e
multiplicar o exercício da responsabilidade social
corporativa.
208
Exemplo de Balanço Social
• Ver documento Natura 2016

209
Exigências Legais
• Nas próximas paginas serão explicadas alguma
exigências legais para poder exercer a atividade de
empresa

210
Formas jurídicas de constituição de empresas
• Entidades governamentais, municípios, Estados e União possuem
sistema contábil próprio (Contabilidade Governamental) que não
visa, a princípio, apurar o lucro ou mensurar bens de uso público
como monumentos, praças e ruas, como ocorre em outros tipos
de sociedade.
• Fundações, entidades assistenciais ou organizações não
governamentais (ONGs)e do terceiro setor não possuem objetivo
de lucro; logo seu desempenho não é avaliado somente do ponto
de vista financeiro mas, igualmente, em relação ao bem-estar
social agregado. Dessa forma, tais entidades não geram lucro ou
prejuízo, mas, sim, déficit ou superávit.
• Empresas com fins lucrativos (comerciais, industriais, de prestação
de serviços, instituições financeiras etc) utilizam critérios
específicos para mensuração do lucro e do patrimônio.
Sociedades por quotas de responsabilidade limitada

• Possuem seu capital social representado por quotas e são


regulamentadas pelo Código Civil e Comercial e devem
ser regidas por um Contrato Social.
• A sociedade deve ser constituída por dois ou mais sócios
(quotistas), que podem ser pessoas físicas ou jurídicas, e
a responsabilidade de cada sócio no investimento é
limitada ao montante do capital investido por ele.
• A denominação social (nome) deve ser definida no
contrato social, incluindo a principal atividade
econômica, seguida da expressão “Limitada” ou “Ltda”.
Contrato Social
• O Contrato Social é o registro da sociedade empresarial
e constitui-se de um contrato escrito entre ambas as
partes (quotistas ou sócios) em que, além das
características da empresa, define-se a quantidade de
quotas da empresa, a quantidade pertencente a cada
sócio no capital social, além da responsabilidade de cada
sócio.
Sociedades anônimas
• São aquelas empresas (ou companhias) que possuem seu
capital dividido em ações (sociedades por ações), e são
regulamentadas pela Lei das S/As) e devem ser regidas
por um Estatuto Social.
• Podem ser constituídas por dois ou mais acionistas e a
responsabilidade destes limita-se ao preço de emissão
das ações.
• A sociedade deve ser designada por denominação
acompanhada das expressões “companhia” ou
“sociedade anônima”, expressas por extenso ou
abreviadamente.

214
Estatuto Social
• É o conjunto de regras e princípios que rege e estabelece
todas as diretrizes e normas de uma empresa, tanto no
que se refere à sua estrutura administrativa, quanto à
disciplina do seu funcionamento.
Valores Mobiliários
• “Valor mobiliário são títulos emitidos pelas companhias
que garantem aos compradores (investidores) direitos de
propriedade (como ações ou bonificações)ou direitos a
crédito (como debêntures ou notas promissórias).”
• Os valores mobiliários tem a finalidade de captar novos
recursos.
Formas de negociações de seus valores mobiliários:

• Companhias abertas: são aquelas que possuem valores


mobiliários de sua emissão negociados no mercado de
valores mobiliários (bolsa de valores ou mercado de
balcão). Somente as S/As e registrada na CVM.
• Companhias fechadas: apesar de emitirem valores
mobiliários, não negociam no mercado de valores
mobiliários (bolsa de valores ou mercado de balcão).
Outras
• Sociedade em nome coletivo: somente pessoas físicas
podem tomar parte na sociedade, respondendo todos os
sócios, solidário e ilimitadamente, pelas suas obrigações
sociais. A administração compete exclusivamente aos sócios.
• Cooperativas: pode ter responsabilidade limitada ou
ilimitada. Suas principais características são: variabilidade ou
dispensa de capital social; numero mínimo de sócios para
administrar as sociedades; intransferibilidade das quotas do
capital a terceiros ou estranhos à sociedade e cada sócio tem
direito a apenas um voto, independente de seu percentual de
participação no capital.
• Associações e fundações: são constituídas pela união de
pessoas que se organizam para fins não econômicos, sem
que haja direitos e obrigações recíprocos entre os associados.
Tipo de portes das empresas
• Quanto à Receita Bruta Anual definida pela
Receita Federal:
– Empreendedor Individual - EI - Lei 123/06 - Até R$
60.000,00
– Microempresa - ME - Lei 123/06 - Até R$ 360.000,00
– Empresa de Pequeno Porte - EPP - Lei 123/06 - De R$
360.000,01 até R$ 3.600.000,00
– Acima de R$ 3.600.000,00 ela se pode se enquadrar como
médio porte ou grande porte.
Tipo de portes das empresas
• O SEBRAE utiliza o critério por número de empregados do
IBGE como critério de classificação do porte das empresas,
para fins bancários, ações de tecnologia, exportação e outros.
– Indústria:
Micro: com até 19 empregados
Pequena: de 20 a 99 empregados
Média: 100 a 499 empregados
Grande: mais de 500 empregados
– Comércio e Serviços
Micro: até 9 empregados
Pequena: de 10 a 49 empregados
Média: de 50 a 99 empregados
Grande: mais de 100 empregados
• O presente critério não possui fundamentação legal, para fins
legais, vale o previsto na legislação do Simples (Lei 123 de 15 de
dezembro de 2006).
220
Tipo de portes das empresas
• Quanto à Receita Bruta Anual definida pelo
BNDES:
– Microempresa - Até R$ 2,4m
– Pequena Empresa - Até R$ 16m
– Media Empresa - Até R$ 90m
– Media-Grande Empresa - Até R$ 300m
– Grande Empresa – acima de R$ 300m
Tipo de portes das empresas
• Outros dispositivos legais utilizam formas diversas
para classificar o porte das empresas, além do
faturamento anual. Por exemplo, a Lei nº
11.638/2007 estabelece que: “considera-se de grande
porte, para os fins exclusivos desta Lei, a sociedade ou
conjunto de sociedades sob controle comum que tiver,
no exercício social anterior, ativo total superior a R$
240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais)
ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00
(trezentos milhões de reais)”
Demonstrações Contábeis Obrigatórias

Sociedade BP DRE e DLPA ou DFC DVA NE


DRA DMPL
Simples X X X X (1) X
LTDA X X X X (1) X
S/A de capital aberto X X X X X X
S/A de capital fechado X X X X (1) X
Entidade s/fins lucro X X X X X ( 2)
ME e EPP X X

(1) - Somente quando o PL for > de 2m


(2) - Readequações terminológicas poderão ser necessárias
Informações complementares aos demonstrativos
• Notas Explicativas
• Relatório da Administração
• Parecer dos Auditores Independentes
• Parecer do Conselho Fiscal
225
Elaboração, divulgação e publicação
Elaboração, divulgação e publicação
• Elaboração: refere-se ao fato de gerar demonstrações
contábeis, porém, não necessariamente torná-las
públicas.
• Divulgação: implica na distribuição das demonstrações
ao público externo, podendo ser feita por meio de sites
na internet, encartes ou outro material da própria
empresa ou, ainda, publicações em jornais e revistas.
• Publicação: refere-se ao fato de divulgar demonstrações
contábeis, obrigatoriamente em meios de comunicação
em massa, em geral, jornais de grande circulação.

227
Resumindo ... Relatórios Contábeis e seus Objetivos

• CONCEITO: É a exposição resumida e ordenada de


dados colhidos pela contabilidade.

• OBJETIVO: Relatar às pessoas que se utilizam da


contabilidade (usuários) os principais fatos registrados
pela contabilidade em determinado período, visando
subsidiar o processo de tomada de decisão.

228
Demonstrações Contábeis Suscetíveis de Análise

• Balanço Patrimonial - BP
• Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
• Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC
• Demonstração do Resultado Abrangente - DRA
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados –
DLPA
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido -
DMPL
• Demonstração do Valor Adicionado - DVA
229
Info complementarias

• Relatório da Diretoria
• Notas Explicativas
• Parecer do Conselho Fiscal
• Parecer dos Auditores Independentes
Outras Fontes de Informação
• Condições econômicas gerais.
• Eventos políticos e clima política.
• Perspectivas para o setor.
• Panorama da indústria.
• Leis e regulações.
230
Elementos das Demonstrações Contábeis

Passivo
Ativo = + Patrimônio
PL

Receita
Resultado = - Fluxos
Despesa

231
Principais Decisões Subsidiadas

• Comprar, fabricar ou alugar.


• Manter ou vender.
• Política de recursos humanos.
• Política de estoque.
• Política de crédito.
• Política tributária.
• Distribuição de lucros.

232
Contas patrimoniais e de resultado
Objetivo da Contas Contas de
contabilidade é o Patrimoniais Resultado
Patrimônio e suas
...

 Qualitativas

 Quantitativas

BP DRE
233
Contabilidade Geral. Aula 6.
Plano de contas: contas patrimoniais e
de resultado; objetivos e noções gerais.
Contas: conceito, classificação e
finalidades.
Objetivo

• Iremos conhecer as contas patrimoniais e


aprender a determinar o débito e o crédito
de cada uma, desmistificando as eventuais
dificuldades que surgem no mercado de
trabalho.

235
Contas patrimoniais
• CONTAS são denominações que identificam e
especificam cada um dos elementos patrimoniais
• CONTA Representação gráfica da relação ORIGEM e
APLICAÇÃO de qualquer operação contábil
• É um recurso contábil utilizado para reunir sob um
único item todos os eventos e valores patrimoniais (bens,
direitos ou obrigações de mesma natureza)
• Exemplos: A conta Banco “X” reúne todos os
movimentos, depósitos e retiradas de dinheiro
realizados no Banco “X”.

236
Porquê é necessário que as contas sejam intituladas

• Para que uma conta possa ser mais facilmente


identificada, recebe uma denominação particular
• Exemplos:
– CAIXA controla a entrada e saída de dinheiro.
– BANCOS CONTA MOVIMENTO para registrar todos os
depósitos e as retiradas de um banco.
– DUPLICATAS A RECEBER controla as vendas a prazo para
cada cliente e respectivos recebimentos.
– DUPLICATAS A PAGAR registra as compras a prazo do
fornecedor e respectivos pagamentos.

237
Contas patrimoniais e de resultado
• CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS PATRIMONIAIS:
contas que representam os bens, os direitos, as
obrigações e o patrimônio líquido da entidade.
Exemplos: Capital Social, Caixa, Bancos, Mercadorias
(Estoque Final), Duplicatas a Receber, Fornecedores,
Empréstimos...
• CONTAS DE RESULTADO: contas que representam
as Receitas e as Despesas. Exemplos: Receita de vendas e
serviços, Descontos obtidos, Despesas de pessoal,
Despesas de consumo...

238
Função das contas
• É representar graficamente a variação patrimonial que
um fato promoveu no Patrimônio da empresa.
• Esta variação pode ser a debito ou a credito da conta.
• A diferença ente o débito e o crédito de uma conta
chama-se saldo, o qual pode ser credor ou devedor.

239
Exemplo

Caixa
D C
• DÉBITO > CRÉDITO =
500 300
SALDO DEVEDOR
200 Saldo

Fornecedor
• CRÉDITO > DÉBITO =
D C
SALDO CREDOR
200 700
Saldo 500

240
Exemplo D C
Caixa
A
Contas de Patrimônio O
D C + Caixa + Passivo
500 300
+ Créditos + Provisões
200 Saldo
+ Estoque + Capital
DÉBITO > CRÉDITO = + Imóveis Resultado
SALDO DEVEDOR - Passivo - Caixa
- Provisões - Créditos
Fornecedor
D C
- Capital - Estoque
200 700
Prejuízo - Imóveis
Saldo 500
Contas de Resultado
CRÉDITO > DÉBITO =
SALDO CREDOR
+ Custos/Desp. + Receitas
- Receitas - Custos/Desp.
241
Plano de contas
• É o elo de comunicação da entidade com os diversos
usuários da informação contábil, como os
administradores, os investidores, os agentes financeiros,
os clientes, os fornecedores e o fisco.

242
Método
• Os fatos contábeis devem ser classificados dentro de um
sistema metódico e organizado para a contabilização dos
mesmos seja feita de forma uniforme.
• A inexistência de um Plano de Contas dá margem a
improvisações que podem produzir sérios
inconvenientes.
• Contém os seguintes elementos básicos:
– Elenco de contas;
– Função atribuída a cada conta;
– Funcionamento (quando debitar/creditar).

243
Classificação das contas – composição
• Contas sintéticas: que dispensam ou não exigem
desdobramentos. Cada conta deste tipo reúne débitos e
créditos de várias subcontas à mesma relacionadas.
– Exemplo: Bancos, Contas-Correntes, Caixa.
• Contas analíticas: exigem desdobramentos. São
subcontas filiadas a determinadas contas gerais.
– Exemplo: Banco do Estado do Piauí, Banco Português do
Brasil (são desdobramentos da conta sintética Bancos).

244
Classificação das contas – natureza dos saldos
• Contas unilaterais: aquelas que sofrem variações
apenas num sentido. Por isso, o saldo dessas contas
aumenta (positivamente ou negativamente) sempre.
– Exemplos: contas Receitas, que sempre serão creditadas, e
as contas Despesas, que sempre serão debitadas.
• Contas bilaterais: aquelas que sofrem variações nos
dois sentidos, ou seja, seu saldo pode aumentar ou
diminuir.
– Elas são divididas em três classes: contas do ativo, contas do
passivo ou contas mistas.

245
Classificação das contas – movimentação
• Contas dinâmicas: atendem à rotina do processo
contábil, sendo debitadas ou creditadas a cada passo.
– Exemplo: Caixa, Bancos, Despesas Gerais, Duplicatas a
Receber.
• Estáticas: aquelas que se movimentam apenas em
virtude de eventos específicos e acidentais, como
constituição da empresa, construções, constituição de
reservas, reforma de instalações e apuração de
resultados.
– Exemplo: Capital, Prédios, Reserva Legal, Gastos com
Instalação.

246
Classificação das contas – duração
• Contas permanentes: registram os fatos da
administração econômica em seus movimentos usuais.
– Exemplo: Mercadorias, Capital, Contas a Receber, Contas a
Pagar.
• Transitórias: criadas para atender a situações especiais
e que perdem a razão de existir quando elas se
extinguem.
– Exemplo: Balanço de Abertura - usada para receber valores
ativos e passivos de um inventário levantado ao iniciar-se um
negócio. Ela deixa de existir quando estes valores são
debitados nas contas de bens e de direitos conforme o caso, e
creditados nas contas de obrigações e de capital.

247
Classificação das contas – natureza
• Contas patrimoniais: são aquelas que representam e
expressam valores do patrimônio, ou seja, do ativo, do
passivo e do patrimônio líquido.
– Exemplo: Duplicatas a Receber, Fornecedores, Empréstimos.
• De resultado: representam e expressam valores das
despesas e receitas.
– Exemplo: Salários, Juros Passivos, Receitas Financeiras.

248
Lembra?
• Objetivo da contabilidade: (determinar)
o Patrimônio (ativo/passivo) e suas
P
variações (resultado) ao longo da vida
da empresa
– Precisamos de contas de patrimônio (que
A
medem ativos e passivos no começo e no
final do período em observação) e de Res
resultado (que medem as variações destas
componentes no período)
– Existem lançamentos contábeis (de partida

C
dobrada) que alteram unicamente a

R
composição do patrimônio (lançamento do
tipo: patrimonial-patrimonial) e outros
também a sua medida (do tipo patrimonial-
econômico)
Res
249
Exemplo de plano de contas e codificação
1ATIVO 3. R E C E I T A S
1.1 Circulante 3.1 Receitas correntes
1.1.1 Conta bancária 3.1.1 Venda de produto acabado
1.1.2 Contas a receber 3.2 (-) Deduções da receita bruta
1.1.3 Estoque de matéria-prima 3.2.1 ICMS
1.1.4 Estoque de produto acabado 4. D E S P E S A S
1.2 Permanente 4.1 Custos
1.2.1 Máquinas e equipamentos 4.1.1 Custos fixos
1.3 Diferido 4.1.2 Custos variáveis
1.3.1 Seguros 4.2 Despesas correntes
2. P A S S I V O 4.2.1 Administrativas
2.1 Circulante 4.2.2 Seguros
2.1.1 Dívida bancária 4.2.3 Juros
2.1.2 Impostos a pagar 4.2.4 Impostos
2.2 Capital 4.2.5 Depreciação
2.2.1 Investimento sócio A
2.2.2 Investimento sócio B
2.2.3 Lucros acumulados
250
Distinção entre circulante e não
• A entidade deve apresentar ativos circulantes e não
circulantes, e passivos circulantes e não circulantes, como
grupos de contas separados no balanço patrimonial,
exceto quando uma apresentação baseada na liquidez
proporcionar informação confiável e mais relevante.
• Quando essa exceção for aplicável, todos os ativos e
passivos devem ser apresentados por ordem de liquidez

251
Ativo circulante
• No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente
de grau de liquidez dos elementos nelas registrados.
• O ativo deve ser classificado como circulante quando
satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
– espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido
ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da
entidade;
– está mantido essencialmente com o propósito de ser
negociado;
– espera-se que seja realizado até doze meses após a data do
balanço; ou
– é caixa ou equivalente de caixa a menos que sua troca ou uso
para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo
menos doze meses após a data do balanço.

252
Passivo circulante
• O passivo deve ser classificado como circulante quando
satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
– espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional
normal da entidade;
– está mantido essencialmente para a finalidade de ser
negociado;
– deve ser liquidado no período de até doze meses após a data
do balanço; ou
– a entidade não tem direito incondicional de diferir a
liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a
data do balanço.

253
O funcionamento
D C das contas
A
Contas de Patrimônio O
+ Caixa + Passivo
+ Créditos + Provisões • Expressam o que a empresa tem
• Normalmente bilaterais
+ Estoque + Capital • Existem escrituras
+ Imóveis Lucro/(Prejuízo) Patrimonial-Patrimonial (sem
efeito econômico)
- Passivo - Caixa
- Provisões - Créditos
- Capital - Estoque
- Imóveis
• Expressam o que a empresa
Contas de Resultado produziu no período
+ Custos/Desp. + Receitas • Normalmente unilaterais
• Não existem escrituras Eco-Eco
- Receitas - Custos/Desp. (sem impacto patrimonial) a menos
de reclassificações
254
A mecânica

Elementos Saldo Variações C/D


Inicial
Ativo + D
D
- C
Passivo + C
C
- D
Receitas C + C
Custos/Despesas D + D

255
Em síntese: a mecânica dos lançamentos contábeis

Conta/Razonete
D C

+A -A
patrimoniais

-P +P
de resultado

C R

(quase nunca –R) (quase nunca –C)

256
As possíveis combinações

# D C Fato contábil
1 +A -A
2 +A +P
3 +A R
4 -P -A
5 -P +P
6 -P R
7 C -A
8 C +P
9 C R

257
As possíveis combinações

# D C Fato contábil
1 +A -A Deposito de efetivo em c/c; Compra de mercadoria
2 +A +P Assinado novo empréstimo
3 +A R Venda de mercadoria
4 -P -A Pagamento de obrigação
5 -P +P Novo empréstimo para pagar fornecedor (1)
6 -P R n/a (2)
7 C -A Registro de CMV; PDD
8 C +P Registro de despesas
9 C R n/a
Notas: (1) deveria/poderia passar para o recebimento do empréstimo (#2) e, depois, para o
pagamento do fornecedor (#4) (2) deveria passar para #3 e, depois, para #4

258
Registrar os fatos contábeis significa ...
1. Identificar as contas envolvidas;
2. Identificar a que grupo a conta pertence;
3. Identificar qual é o efeito do fato sobre cada conta;
4. Efetuar o lançamento segundo o mecanismo de
débito e crédito.

259
Exemplo mês 3 (juntos em sala de aula)
• Individuar se as seguintes contas são do tipo patrimonial
(BP) ou de resultado (DRE) e coloca-las no (lado
correto do) BP e DRE

• Capital Social • Empregados a pagar


• Caixa • Impostos
• Imóveis • Salários
• Veículos • Aluguel
• Mercadoria (ativo) • Receitas
• Computadores • Contas a receber
• Contas a pagar • Custos de mercadoria vendida
• Aluguéis a pagar • Resultado (tanto no BP/DRE)

260
Exemplo mês 3 (juntos em sala de aula)
• Apurar o Total do Ativo, do Passivo e o Resultado de
Exercício dos seguintes lançamentos referentes ao mês
de março:
– 01/03 - Abertura da Empresa Gania Ltda., com capital de
$80.000 em dinheiro, $30.000 em imóveis e $20.000 em
veículos. Total Capital Social conferido = 130.000;
– 02/03 - Compra de mercadorias, a vista, 20.000 unidades, pelo
valor total de $20.000;
– 06/03 - Compra computadores a prazo pelo valor total de
$10.000;
– 11/03 – Venda de mercadorias à vista, 10.000 unidades
(metade da mercadoria em estoque), pelo valor total de
$18.000; Lembre-se de apurar os custos da mercadoria vendida na DRE

261
Exemplo mês 3 (juntos em sala de aula)
– 19/03 - Apropriação e pagamento (a vista) de impostos no
valor de $3.000;
– 25/03 - Venda de mercadorias a prazo, 10.000 unidades, pelo
valor total de $20.000; Lembre-se de apurar os custos da mercadoria
vendida na DRE
– 31/03 - Apropriação de salários de competência do mês no
valor de $2.000;
– 31/03 - Apropriação do aluguel de competência do mês no
valor de $9.000.

262
Resultado mês 3
BP
75.000 Caixa Alugueis a pagar 9.000
30.000 Imóveis Empregados a pagar 2.000
20.000 Veículos Capital Social 130.000
10.000 Computadores Contas a pagar 10.000
- Mercadorias Resultado 4.000
20.000 Contas a receber

155.000 Total Ativo Total Passivo 155.000

DRE
3.000 Impostos Receitas 38.000
2.000 Salários
9.000 Aluguel
20.000 Custos de mercadoria

34.000 Total Custos Total Receitas 38.000


Resultado 4.000
263
Exercício
• A partir da situação patrimonial (BP) e econômica
(DRE) do mês anterior:
– Abrir os razonetes de cada conta, sinalizando se ela é uma
conta de BP ou de DRE
– Registrar os seguintes fatos contábeis do mês nos razonetes
– Atualizar os saldos de BP/DRE, determinando o Resultado do
exercício cumulado (2 meses) na DRE, reportar ele no
Patrimônio Liquido (BP) e verificar que Ativo = Passivo no
BP

264
Exercício mês 4
• 02/04 - Recebimentos de direitos no valor de $10.000;
• 05/04 - Pagamento de obrigação com salários no valor de $2.000;
• 05/04 - Pagamento de obrigação com aluguel no valor de $9.000;
• 09/04 - Compra de mercadorias a vista, 15.000 unidades, pelo valor total de
$15.000;
• 13/04 - Pagamento de obrigação com computadores no valor de $10.000;
• 20/04 - Venda de mercadorias a prazo, 8.000 unidades, pelo valor total de
$14.000; Lembre-te de apurar os custos da mercadoria vendida na DRE
• 23/04 - Recebimentos de direitos no valor de $10.000;
• 26/04 - Compra de mercadorias a prazo, 20.000 unidades, pelo valor total
de $20.000;
• 30/04 - Apropriação de salários de competência do mês no valor de $2.000;
• 30/04 - Apropriação do aluguel de competência do mês no valor de $9.000.

265
Resultado mês 4
BP
59.000 Caixa Alugueis a pagar 9.000
30.000 Imóveis Empregados a pagar 2.000
20.000 Veículos Capital Social 130.000
10.000 Computadores Contas a pagar 20.000
27.000 Mercadorias Resultado - 1.000
14.000 Contas a receber

160.000 Total Ativo Total Passivo 160.000

DRE
3.000 Impostos Receitas 52.000
4.000 Salários
18.000 Aluguel
28.000 Custos de mercadoria

53.000 Total Custos Total Receitas 52.000


Resultado - 1.000
266
Exercício
• A partir da situação patrimonial (BP) e econômica
(DRE) do mês anterior:
– Abrir os razonetes de cada conta, sinalizando se ela é uma
conta de BP ou de DRE
– Registrar os seguintes fatos contábeis do mês nos razonetes
– Atualizar os saldos de BP/DRE, determinando o Resultado do
exercício cumulado (2 meses) na DRE, reportar ele no
Patrimônio Liquido (BP) e verificar que Ativo = Passivo no
BP

267
Exercício mês 5
• 03/05 – Venda de mercadoria a vista, 17.000 unidades, pelo valor total de S25.000.
Lembre-te de apurar os custos da mercadoria vendida na DRE;
• 05/05 - Pagamento de obrigação com salários no valor de $2.000;
• 05/05 - Pagamento de obrigação com aluguel no valor de $9.000;
• 11/05 – Apuração de imposto do mês/Pagamento (a vista) de imposto no valor de
$6.000;
• 18/05 – Apuração do custo/Pagamento a vista de luz, água e telefone no valor de
$1.200;
• 21/05 - Venda de mercadorias a prazo, 10.000 unidades, pelo valor total de $18.000.
Lembre-te de apurar os custos da mercadoria vendida na DRE;
• 23/05 - Recebimentos de direitos no valor de $12.000;
• 27/05 – Abertura de conta corrente através de deposito bancário no valor de
$5.000;
• 31/05 - Apropriação de salários de competência do mês no valor de $2.000;
• 31/05 - Apropriação do aluguel de competência do mês no valor de $9.000.

268
Resultado mês 5
BP
72.800 Caixa Alugueis a pagar 9.000
5.000 Banco
30.000 Imóveis Empregados a pagar 2.000
20.000 Veículos Capital Social 130.000
10.000 Computadores Contas a pagar 20.000
- Mercadorias Resultado - 3.200
20.000 Contas a receber

157.800 Total Ativo Total Passivo 157.800

DRE
9.000 Impostos Receitas 95.000

6.000 Salários
27.000 Aluguel
55.000 Custos de mercadoria
1.200 EE, luz, gas

98.200 Total Custos Total Receitas 95.000


Resultado - 3.200
269
Exercício mês 6
• 05/06 - Pagamento de obrigação com salários no valor de $2.000.
• 05/06 - Pagamento de obrigação com aluguel no valor de $9.000.
• 12/06 - Compra de mercadoria a prazo, 18.000 unidades ao valor de
$18.000.
• 18/06 - Apuração de imposto no valor de $8.000.
• 18/06 - Pagamento de imposto no valor de $8.000.
• 21/06 - Compra de instalações a prazo pelo valor de $25.000.
• 24/06 - Venda de mercadorias a prazo, 10.000 unidades ao valor de $26.000.
• 24/06 - Apurar os custos da mercadoria vendida na DRE (R$1 por unidade)
• 27/06 - Recebimentos de direitos no valor de $12.000.
• 30/06 - Apropriação do aluguel de competência do mês no valor de $9.000.
• 30/06 - Apropriação de salários de competência do mês no valor de $2.000.

270
Resultado mês 6
BP
65.800 Caixa Alugueis a pagar 9.000
5.000 Banco
30.000 Imóveis Empregados a pagar 2.000
20.000 Veículos Capital Social 130.000
10.000 Computadores Contas a pagar 63.000
25.000 Instalacoes Resultado - 6.200
8.000 Mercadorias
34.000 Contas a receber
197.800 Total Ativo Total Passivo 197.800

DRE
17.000 Impostos Receitas 121.000

8.000 Salários
36.000 Aluguel
65.000 Custos de mercadoria
1.200 EE, luz, gas

127.200 Total Custos Total Receitas 121.000


Resultado - 6.200
271
Contabilidade Geral. Aula 7.
Escrituração contábil: Método das
partidas dobradas
Objetivo
• Analisaremos os métodos e as formas de efetuar o
lançamento de uma operação que ocorre na atividade
normal da empresa.
• Identificaremos as fórmulas de lançamento
utilizando-se do Método de Partidas Dobradas.
• Identificaremos os principais livros contábeis da
empresa.

273
Métodos e processos de escrituração
• A escrituração será mantida em livros permanentes com
obediência à legislação
• É a técnica contábil para registro dos fatos
administrativos ocorridos em uma entidade

274
Exigência
• Para que um documento seja hábil na
escrituração, é necessário que seja:
– Idôneo
– Devidamente preenchido com a atividade da empresa
– Vinculado com a atividade da empresa.

• Utiliza-se o método das Partidas Dobradas.

275
A equação
• O método pressupõe que, no registro dos fatos
administrativos, a cada debito, em uma ou mais
contas, de determinado valor total, corresponderá
um credito de igual valor total, em uma ou mais
contas.
• Exemplo

Aplicação Origem

Estoque Caixa
D C D C
200 200

276
Enunciado
• A CADA DÉBITO SEMPRE CORRESPONDE UM
CRÉDITO DE IGUAL VALOR.
• TOTAL DOS DÉBITOS = TOTAL CRÉDITOS
• POR QUÊ PARTIDAS DOBRADAS?
– PARTIDA = LANÇAMENTO CONTÁBIL
– DOBRADA = UM MESMO VALOR SERÁ LANÇADO A
DÉBITO DE UMA CONTA E A CRÉDITO DE UMA
OUTRA CONTA.

277
Convenções do mecanismo
Nome da conta (ou razonete)
DEBITO/DEBITAR CREDITO/CREDITAR

significa registros efetuados no lado

EQUERDO DIREITO
indica
APLICAÇÃO ORIGEM
de recursos de recursos

Saldo DEVEDOR Saldo CREDOR


Débitos > Créditos Créditos > Débitos
278
Passos para definição de debito e credito
• 1º Passo: Identificar os títulos das contas que foram
movimentadas na operação.
• 2º Passo: Verificar a qual grupo de contas pertencem as
contas que foram identificadas.
• 3º Passo: Saber qual foi a variação (+ ou -) ocorrida em
cada conta dessa operação.
• 4º Passo: Qual conta representa Origem e qual conta
representa Aplicação de recursos?

279
Funções essenciais dos lançamentos
• Histórica: pelo fato de a escrituração registrar as
variações patrimoniais em ordem cronológica, está-se
registrando a história do patrimônio da sociedade.
• Estática: ao registrar os fatos administrativos pelos
valores respectivos, a escrita fornece, a qualquer
momento, uma visão estática do patrimônio com os
saldos numéricos que estão registrados em cada conta.

280
Elementos do lançamento contábil
• Data;

• Conta Devedora;

• Conta Credora;

• Histórico;

• Valor.

281
Lançamento simples
• Lançamento simples em que se usa uma conta devedora
em contrapartida com uma credora
• Exemplo: Uberlândia-MG, 16 de março de 20x9 pagos
200 reais pela compra de uma mesa, paga a vista

D C

Moveis 200 a Caixa 200

282
Lançamento complexo – opção 1
• Uma conta devedora em contrapartida com diversas
credora
• Exemplo: Uberlândia-MG, 16 de março de 20x9 pagos
200 reais pela compra de uma mesa, paga a vista por 50
e 150 parcelado
D C

Moveis 200 a Diversos 200


Caixa 50
Duplicatas 150

283
Lançamento complexo – opção 2

D C

Diversos 200 a Caixa 200


Aluguel 150
Juros 50

284
Lançamento complexo – opção 2
• Diversas contas devedoras em contrapartida com uma
credora
• Exemplo: Uberlândia-MG, 16 de março de 20x9 pagos
150 reais pelo aluguel do mês mais multas e juros por
atraso de 50
D C

Diversos 200 a Caixa 200


Aluguel 150
Juros 50

285
Lançamento complexo – opção 3
• Diversas contas devedoras em contrapartida com
diversas credora
• Exemplo: Uberlândia-MG, 16 de março de 20x9 pagos
150 reais pela compra de um arquivo de aço e 50 reais
para material de escritório, pagos pela metade a vista e
metade a prazo
D C

Diversos 200 a Diversos 200


Moveis 150 Caixa 100
Consumíveis 50 Duplicatas 100

286
Livros de escrituração
• O Código Civil estabelece que todo empresário e a
sociedade empresária são obrigados a seguir um
sistema de contabilidade com base na escrituração
uniforme de seus livros.

287
Obrigações contábeis
• São as seguintes as obrigações do comerciante
quanto à Contabilidade e Escrituração:
– seguir uma ordem uniforme de Contabilidade e Escrituração
– e a ter os livros necessários para esse fim;
– fazer registrar no Registro Público de Empresas Mercantis
todos os documentos, cujo registro for expressamente exigido
pela Legislação Comercial, dentro dos prazo legais;
– conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência
e os papéis pertencentes ao giro de seu comércio, enquanto
não prescreverem as ações que lhe possam ser relativas;
– formar anualmente um balanço patrimonial e o resultado
econômico.

288
Livros obrigatórios
• Aqueles que são exigidos por poderes públicos e servem
como objeto de fiscalização das empresas por parte dos
órgãos do governo.

• São classificados em dois grupos:


– Os que são exigidos pelo Código Civil.
– Os que são exigidos por leis especiais.

289
Formalidades legais dos livros fiscais
• Para que tenham validade jurídica e fiscal, os livros de
escrituração obrigatórios devem conter certas
formalidades legais, sendo:
– Extrínsecas (externas): formalidades que os livros devem
conter, antes de serem escriturados, tais como: encadernação,
numeração, termos de abertura e encerramento e registro.
– Intrínsecas (internas): maneira de preenchê-los, ou seja,
clareza, ordem cronológica rigorosa, continuidade, exatidão,
seguir método uniforme.

290
Livros auxiliares ou facultativos
• São aqueles que embora não sejam exigidos por lei, são
necessários ao bom funcionamento do sistema contábil
da empresa
• Os principais são:
– Razão;
– Caixa;
– Contas-Correntes.

291
Livros cronológicos e sistemáticos
• Cronológicos: são aqueles em que os lançamentos
são feitos observando-se a ordem cronológica de
dias, meses e anos.
– Exemplos: Diários e Caixa.

• Sistemáticos: são aqueles em que se observa uma


ordem sistemática, agrupando-se os lançamentos de
acordo com sua natureza e finalidade.
– Exemplos: Razão e Contas-Correntes.

292
Livros principais
• Aqueles imprescindíveis ao bom funcionamento de um
sistema contábil eficientes e moderno:
– Livro diário: é um livro cronológico e obrigatório, e como tal
sujeito às formalidades legais extrínsecas e intrínsecas.
– Razão: é um livro facultativo do ponto de vista legal, porém
principal do ponto de vista da contabilidade; e sistemático, isto
é, seleciona os lançamentos, conforme sua natureza e
finalidade.

293
O razão em T
• Para facilitar os lançamentos do livro Razão,
principalmente no sentido didático, usamos uma forma
de simplificar o livro Razão, através de um “Razonete”
no qual só trabalhamos com os valores, lançando do lado
esquerdo do “T” os valores debitados e do lado direito
os valores creditados

294
Livro Caixa
• É muito utilizado pelas empresas, para controlar os
numerários que transitam pela empresa, determinando o
saldo existente ao fim de cada dia.

295
Livro Conta Correntes
• É classificador das contas de clientes e
fornecedores.
• É livro sistemático, cronológico e facultativo.
• ... Outros livros na pagina 117 de

296
Valor probante dos livros comerciais
• Os livros comerciais, revestidos das formalidades legais,
sempre fazem prova plena:
– Quando irregulares, contra seu possuidor;
– Quando regulares, a favor do possuidor.

297
Exibição dos livros comerciais
• Pode ser total ou parcial e está regulada no Código Civil
– Total ou integral: é medida de exceção e só pode ser
concedida em casos especiais, porquanto nela os livros ficam à
disposição do interessado, que pode examinar toda a escrita.
– Parcial: é o exame de alguns pontos ou dados referentes a
prova ou provas que se pretende fazer em ação judicial
pendente.

298
Erros de escrituração
• Qualquer erro ocorridos nos históricos pode ser
corrigido se for encontrado antes do encerramento do
lançamento
• Caso contrario não resta outra solução que “estornar”
(isto é, fazer uma escrituração contraria à primeira de
forma a elimina-la) onde está o erro e fazer o novo
lançamento correto

299
Erros de lançamento
• Podem-se verificar de duas maneiras, ou seja, de
intitulação e de algarismos.

• Os erros de intitulação consistem em classificar-se


indevidamente uma conta no débito ou no crédito de
uma “partida”.

300
Correção de erro da escrituração
• Os erros de lançamentos são corrigidos contabilmente,
por meio de outros lançamentos.
• Existem três tipos de correção:
– Estorno total: anula o lançamento errado por meio de um
lançamento inverso e depois faz a retificação do lançamento
que seria correto.
– Estorno parcial: anula-se apenas a conta lançada
indevidamente, em contrapartida da conta julgada certa.
– Lançamento complementar: é cometido um erro de
algarismo e consiste em fazer-se um lançamento acertando
para mais ou para menos.

301
Sistema de contabilidade
• A contabilidade utiliza-se de alguns processos ou
sistemas:
– Manual: Utilização de canetas e livros para transcrição dos
dados contábeis. É utilizado em pequenos ramos de negócios que
não necessitam freqüentemente de informações para tomada de
decisão.
– Maquinizados: Utilizava máquina de datilografia e máquina
de somar para registrar os fatos da entidade.
– Mecanizados: Utilizava máquinas de mecanografia específica
para a Contabilidade. Sistema que permitia a elaboração conjunta
do Diário e do Razão.
– Eletrônico (computadorizado): Utiliza computadores. O
volume de documentação deixou de ser problema pela agilidade
e inteligência dessa máquina, o que proporcionou emissão de
relatórios e tomadas de decisão mais rápidas
302
Contabilidade Geral. Aula 8.
Ciclo contábil: balancete, apuração do
resultado do exercício
Balancete de verificação

304
Ciclo Contábil

Lançamentos Balancete de Relatórios


contábeis verificação contábeis

305
Lembram? Exemplo de Regime de Caixa e Competência

• A Cia. Goiana vendeu em X1 $ 20.000 e só recebeu $


12.000 (o restante receberá no futuro); teve como
despesa incorrida $ 16.000 e pagou até o último dia do
ano $ 13.000.

DRE Competência Caixa


Receitas 20.000 12.000
Despesas (16.000) (13.000)
Resultado 4.000 (1.000)

306
Pelo mesmo principio ...
• ... Temos que registrar nas contas do exercício que
estamos fechando avaliações de eventos que, mesmo
não acontecidos, são de competência do exercício

307
Contas retificadoras

Patrimônio
Ativo Passivo
Liquido
• Provisão para • Juros a • Capital a Realizar
Créditos de transcorrer ou a Integralizar
Liquidação • Provisões • Prejuízos
Duvidosa • Determinação de Acumulados
(PCLD) impostos a pagar • Ações em
• Provisão para • Redução do Tesouraria
ajuste ao valor de passivo para • ...
mercado descontos a
• Depreciação receber
• ... • ...

308
Contas retificadoras
• Também chamadas de redutoras, são contas que,
embora apareçam num determinado grupo patrimonial
(Ativo ou Passivo), têm saldo contrário em relação às
demais contas desse grupo. Desse modo, uma conta
redutora do Ativo terá natureza credora, bem como uma
conta redutora do Passivo terá natureza devedora. As
contas retificadoras reduzem o saldo total do grupo em
que aparecem

309
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD)
• Quando uma empresa vende a prazo, ela corre o risco de receber
ou não o dinheiro devido pelo cliente. Caso ela não irá receber
100% do valor em haver, ocorre assim a inadimplência.
• A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) existe
para reconhecer essa parcela que a empresa não receberá de forma
onerosa em seu resultado, representando uma “perda” de valor
nos seus títulos a receber, afetando o seu Patrimônio Líquido. Ou
seja, é a parcela estimada pela empresa que não será recebida em
decorrência dos maus pagadores. Ex.: cheque sem fundos, cartões
de crédito sem saldo, clientes que não pagarão, etc.
• A PCLD é uma conta de natureza credora, fazendo parte
do Ativo Circulante, grupo Disponibilidades. É uma conta
redutora, ou seja, entra com saldo negativo no Ativo, deduzindo
os valores a receber dos clientes (conta Duplicatas a receber).

310
Observação
• A empresa deve considerar os fatores de risco
conhecidos, para que se possa estimar, criteriosamente, a
expectativa de perdas com contas a receber. Pode ser
feito através da determinação do valor das perdas já
conhecidas com base nos clientes em concordata,
falência ou dificuldades financeiras ou ainda estabelecer
um valor adicional de provisão para cobrir perdas
prováveis, mesmo que ainda não conhecidas, tomando-
se como base a taxa de inadimplência ocorrida nos anos
anteriores.

311
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD)

• A contabilização deve ser feita da seguinte forma:


D- Despesas com PCLD (despesas administrativas (DRE)
C- PCLD (conta retificadora, saldo credor (Ativo/BP)
• Percentual médio de perdas ocorridas nos três últimos
exercícios, em relação ao saldo da conta Clientes na data do
balanço de encerramento: 3%
• Empresa titular de $5.000.000,00 em Duplicatas a receber
• Valor da provisão: $5.000.000,00 x 3% = $150.000,00
• Sendo assim:
D C
Despesa com PCLD 150 a Créditos 150

DRE BP 312
Provisão para ajuste ao valor de mercado
• É conta redutora da conta Estoques (no Ativo Circulante). Tem
por finalidade eliminar dos estoques a parcela dos custos que
provavelmente não é recuperável. Essa conta prevê prováveis
perdas resultantes de estragos, deterioração, obsoletismo, redução
nos preços de venda ou de reposição do estoque.
• A constituição desta provisão é feita com base no Princípio de
Avaliação de Estoque, que é assim determinado: custo ou
mercado, dos dois o menor. De acordo com esse princípio, as
perdas devem ser reconhecidas no resultado do exercício em que
ocorreram e não no exercício em que a mercadoria (produto) é
vendida, reposta ou transformada em sucata.
• A constituição desta provisão gera um lançamento a crédito nessa
conta e a contrapartida é lançada na demonstração de resultado
(DRE), no grupo de Despesas Operacionais.

313
Depreciação
• É a diminuição do valor de um bem, resultante do
desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência
normal. Ou seja, é o motivo de perda de valor ao passar
do tempo, por ter surgido um melhor (desvalorização).
A depreciação é o registro da perda de materiais da
empresa (desgaste de bens materiais/tangíveis).
• A depreciação ocorre apenas nos bens materiais
classificados no Ativo Imobilizado e nos bens de renda
classificados no grupo de Investimentos do Ativo Não
Circulante (ex.: imóveis alugados). Ela pode ser
calculada mensalmente ou no final do ano, por ocasião
da Apuração do Resultado do Exercício (ARE).

314
Depreciação Conta Taxa (ao ano) Vida útil
Veículos 20% a.a. 5 anos
• Exemplo: Imóveis (prédios) 4% a.a. 25 anos
Móveis e utensílios 10% a.a. 10 anos
• Veiculo adquirido no Computadores e periféricos 20% a.a. 5 anos
Máquinas e equipamentos 10% a.a. 10 anos
1/1/2015 por R$ Terreno Não deprecia -----------
20.000
2015 2016 2017 2018 2019
Valor do veiculo inicio do exercício 20.000 16.000 12.000 8.000 4.000
Depreciação do ano (4.000) (4.000) (4.000) (4.000) (4.000)
Valor do veiculo final do exercício 16.000 12.000 8.000 4.000 --
D C

01/1/2015
Veículos – A/BP 20.000 a Duplicadas a pagar P/BP 20.000

31/12/2015
Depreciação – C/DRE 4.000 a Veículos – A/BP 4.000

315
Contas retificadoras do passivo
• Juros a transcorrer
– Exemplo: empréstimo (em dia 1/10/2016) de 10 mil reais com juros de 1%
ao mês, pagamento semestral dos juros. Primeira parcela pagável no dia
1/4/2017
• Provisões
– Exemplo: no período de apuração do resultado ao 31/12, advogado da
empresa XY Ltda avisa que existem 3 causas trabalhistas com diferentes
perfis
• Determinação de impostos a pagar
– Exemplo: Calculo de IR/CSLL a pagar
• Redução do passivo para descontos a receber
– Exemplo: a empresa Larissa Ltda tem um acordo com o seu principal
fornecedor que ao alcançar compras por 100 mil reais em um ano de
calendário, receberá um desconto de 10%

316
Contas retificadoras do passivo 1
• Juros a transcorrer
– Exemplo: empréstimo (em dia 1/10/2016) de 10 mil reais com
juros de 1% ao mês, pagamento semestral dos juros. Primeira
parcela pagável no dia 1/4/2017

D C

01/10/2016
Banco – A/BP 10.000 a Empréstimos P/BP 10.000

31/12/2016
Juros – C/DRE 300 a Divida por Juros – P/BP 300

317
Contas retificadoras do passivo 2
• Provisões
– Exemplo: no período de apuração do resultado ao 31/12,
advogado da empresa XY Ltda avisa que existem 3 causas
trabalhistas com diferentes perfis
Nome Reclamação Valor % insucesso Provisão
Bruno Horas extras 10.000 100% 10.000
Carolina Danos morais 15.000 50% 7.500
Eloyse Desvio de função 8.000 50% 4.000
Total 33.000 65% 21.500

31/12/2016 D C

Custos p/provisão C/DRE 21.500 a Provisão trabalhista P/BR 21.500

318
Contas retificadoras do passivo 3
• Determinação de impostos a pagar
– Exemplo: Calculo de IR/CSLL a pagar

31/12/2016 D C

Impostos s/lucro C/DRE 20.000 a Impostos a pagar P/BP 20.000

319
Contas redutoras do passivo 4
• Redução do passivo para descontos a receber
– Exemplo: a empresa Larissa Ltda tem um acordo com o seu
principal fornecedor que ao alcançar compras por 100 mil
reais em um ano de calendário, receberá um desconto de 10%
– No ano de 2016, a Larissa Ltda comprou 130 mil reais
“daquele” fornecedor

31/12/2016 D C

Fornecedores P/DRE 13.000 a Custos de mercadoria C/DRE 13.000

320
Ciclo Contábil

Lançamentos Balancete de Ajustes Relatórios


contábeis verificação retificadores contábeis

321
Balancete com ajustes

322
Contabilidade Geral. Aula 9.
Mensuração e avaliação: Ativos e
Passivos e Contas de Resultado
Pronunciamentos Contábeis
CPC Título Status
00 Estrutura Conceitual para Elaboração de Relatório Contábil-Financeiro 12/2011
01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos 8/2010
01 Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis 9/2010
03 Demonstração dos Fluxos de Caixa 9/2010
04 Ativo Intangível 11/2010
05 Divulgação sobre Partes Relacionadas 9/2010
06 Operações de Arrendamento Mercantil 11/2010
07 Subvenção e Assistência Governamentais 11/2010
08 Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários 12/2010
09 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 10/2008
10 Pagamento Baseado em Ações 12/2010
11 Contratos de Seguro 12/2008
12 Ajuste a Valor Presente 12/2008
13 Adoção Inicial da Lei nº. 11.638/07 e da Medida Provisória nº. 449/08 12/2008
14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação (Fase I) OCPC 03
15 Combinação de Negócios 06/2011
16 Estoques 05/2009
17 Contratos de Construção Até 2018
18 Investimento em Coligada, em Controlada e em Conjunto 12/2012
324
Pronunciamentos Contábeis
CPC Título Status
19 Negócios em Conjunto 11/2012
20 Custos de Empréstimos 9/2011
21 Demonstração Intermediária 9/2011
22 Informações por Segmento 6/2009
23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro 6/2009
24 Evento Subsequente 7/2009
25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 6/2009
26 Apresentação das Demonstrações Contábeis 12/2011
27 Ativo Imobilizado 6/2009
28 Propriedade para Investimento 6/2009
29 Ativo Biológico e Produto Agrícola 8/2009
30 Receitas Até 2018
31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada 7/2009
32 Tributos sobre o Lucro 7/2009
33 Benefícios a Empregados 12/2012
34 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais Não editado
35 Demonstrações Separadas 10/2012
36 Demonstrações Consolidadas 12/2012

325
Pronunciamentos Contábeis
CPC Título Status
37 Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade 11/2010
38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração Revogado
39 Instrumentos Financeiros: Apresentação 10/2009
40 Instrumentos Financeiros: Evidenciação 6/2012
41 Resultado por Ação 7/2010
42 Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Não editado
43 Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 15 a 41 12/2010
44 Demonstrações Combinadas 12/2011
45 Divulgação de Participações em outras Entidades 12/2012
46 Mensuração do Valor Justo 12/2012
47 Receita de Contrato com Cliente 11/2016
48 Instrumentos Financeiros 11/2016
PME Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas com Glossário de Termos 12/2009

326
CPC01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos

• Processo de identificação da existência de ativos desvalorizados


– A entidade deve avaliar, no mínimo por ocasião da elaboração das
demonstrações contábeis anuais, se há alguma indicação de que seus
ativos ou conjunto de ativos porventura perderam representatividade
econômica, considerada relevante.
– Isto é sues ativos não estejam registrados contabilmente por um valor
superior àquele passível de ser recuperado no tempo por uso nas
operações da entidade ou em sua eventual venda.
– Caso existam evidências claras de que os ativos estão registrados por valor
não recuperável no futuro, a entidade deverá imediatamente reconhecer a
desvalorização, por meio da constituição de provisão para perdas.

327
Fontes externas
• O valor de mercado do ativo diminuiu sensivelmente, mais do que
seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou do
uso normal;
• Ocorreram, ou ocorrerão em futuro próximo, mudanças
significativas no ambiente tecnológico, de mercado, econômico ou
legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o ativo
é utilizado;
• As taxas de juros de mercado, ou outras taxas de mercado de
retorno sobre investimentos aumentaram, e esses acréscimos
provavelmente afetarão a taxa de desconto utilizada no cálculo do
valor de um ativo em uso e diminuirão significativamente o seu
valor recuperável; e
• O valor contábil do patrimônio líquido da entidade se tornou
maior do que o valor de suas ações no mercado.

328
Fontes internas
• Evidência disponível de obsolescência ou de dano físico;
• Ocorreram, ou ocorrerão em futuro próximo, mudanças
significativas com efeito adverso sobre a entidade, na medida ou
maneira em que um ativo é ou será utilizado. Essas mudanças,
entre outras, incluem: o ativo que se torna inativo, o ativo que a
administração planeja descontinuar, reestruturar ou baixar
antecipadamente; ou, ainda, o ativo que passa a ter vida útil
definida ao invés de indefinida; e
• Levantamentos ou relatórios internos que evidenciem, por
exemplo, a existência de dispêndios extraordinários de construção,
capitalização excessiva de encargos financeiros, etc. e indiquem
que o desempenho econômico de um ativo é, ou será, pior do que
o esperado.

329
Determinação do valor recuperável
• O Pronunciamento define valor recuperável como o maior
valor entre o preço líquido de venda do ativo e o seu valor em
uso (DCF). Caso um desses valores exceda o valor contábil do
ativo, não haverá desvalorização nem necessidade de estimar o
outro valor.
• O valor recuperável de um ativo deve ser estimado para cada
uma das unidades que geram caixa. Se não for possível
estimar o valor recuperável de cada uma das unidades do ativo, a
entidade deve determinar o valor recuperável da unidade geradora
de caixa à qual o ativo pertence. Uma unidade geradora de caixa é
o menor grupo de ativos que inclui o ativo em uso e que gera
entradas de caixa, que são em grande parte independentes das
entradas de caixa provenientes de outros ativos ou grupos de
ativos.

330
Reconhecimento das perdas
• Se o valor recuperável do ativo for menor que o valor contábil, a
diferença existente entre esses valores deve ser ajustada pela
constituição de provisão para perdas, redutora dos ativos, em
contrapartida ao resultado do período. No caso de ativos
reavaliados, o montante da redução deve reverter uma reavaliação
anterior, sendo debitado em reserva no patrimônio líquido. Caso
essa reserva seja insuficiente, o excesso deverá ser contabilizado
no resultado do período.
• Após o reconhecimento da provisão para perdas, a despesa de
depreciação, amortização e exaustão dos ativos desvalorizados
deve ser calculada em períodos futuros pelo novo valor contábil
apurado, ajustado ao período de sua vida útil remanescente.

331
Reversão de provisão
• A entidade deve avaliar na data de encerramento do
período social se há alguma indicação, com base nas
fontes externas e internas de informação, de que uma
perda reconhecida em anos anteriores deva ser reduzida
ou eliminada. Em caso positivo, a provisão constituída
deve ser revertida total ou parcialmente a crédito do
resultado do período, desde que anteriormente a ele
debitada; nos casos em que tenha sido debitada a reserva
de reavaliação, esta deverá ser recomposta. Não se aplica
a reversão no caso de perda no ágio por expectativa de
rentabilidade futura (goodwill).

332
Divulgações
• O valor da perda (reversão de perda) com desvalorizações
reconhecidas no período, e eventuais reflexos em reservas de
reavaliações;
• Os eventos e circunstâncias que levaram ao reconhecimento ou
reversão da desvalorização;
• Relação dos itens que compõem a unidade geradora de caixa e
uma descrição das razões que justifiquem a maneira como foi
identificada a unidade geradora de caixa; e
• Se o valor recuperável é o valor líquido de venda, divulgar a base
usada para determinar esse valor e, se o valor recuperável é o valor
do ativo em uso, a taxa de desconto usada nessa estimativa.

333
CPC04 - Ativo Intangível: Definição
• Um ativo intangível é um ativo não monetário
identificável sem substância física.
• Um ativo é identificável na definição de um ativo
intangível quando: for separável ou resultar de
direitos contratuais ou legais

334
Reconhecido se ...
• Um ativo intangível deve ser reconhecido somente
quando:
– for provável que os benefícios econômicos futuros
esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da
entidade; e
– o custo do ativo possa ser mensurado com segurança.

335
Ativo intangível gerado internamente
• O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura
(goodwill) gerado internamente não deve ser
reconhecido como ativo
• Nenhum ativo intangível proveniente de pesquisa
deve ser reconhecido. O dispêndio com pesquisa deve
ser reconhecido como uma despesa quando for
incorrido.
• Marcas, títulos de publicações, listas de clientes e itens
semelhantes gerados internamente não devem ser
reconhecidos como ativos intangíveis

336
Ativo intangível em desenvolvimento
• Deverá ser reconhecido somente se a entidade puder
demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados:
– a viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja
disponibilizado para uso ou venda;
– sua intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
– sua capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
– a forma como o ativo intangível deverá gerar benefícios econômicos
futuros. Entre outros aspectos, a entidade deverá demonstrar a existência
de um mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio
ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;
– a disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos
adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo
intangível; e
– sua capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo
intangível durante seu desenvolvimento.

337
Método de custo ou método de reavaliação
• A entidade pode, em determinadas circunstâncias, optar
pelo método de custo ou pelo método de reavaliação
para a sua política contábil. Quando a opção pelo
método de reavaliação não estiver restringida por uma
Lei ou norma legal regularmente estabelecida

338
Vida útil
• A entidade deve avaliar se a vida útil de um ativo
intangível é definida ou indefinida e, no primeiro caso,
a duração ou o volume de produção ou unidades
semelhantes que formam essa vida útil.
– A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo
intangível quando, com base na análise de todos os fatores
relevantes, não existe um limite previsível para o período
durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de caixa líquidos
positivos para a entidade.

339
Ativo intangível com vida útil definida
• Deve ser apropriado de forma sistemática ao longo
da sua vida útil estimada.
• A amortização deve ser iniciada a partir do momento em
que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando
se encontrar no local e nas condições necessários para
que possa funcionar da maneira pretendida pela
administração.
• A amortização deve cessar na data em que o ativo é
classificado como mantido para venda
• O método de amortização utilizado deve refletir o
padrão de consumo pela entidade dos benefícios
econômicos futuros.
340
Ativo intangível com vida útil indefinida
• Não deve ser amortizado. De acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução ao Valor
Recuperável de Ativos, é exigido que uma entidade teste
a recuperação de um ativo intangível com vida útil
indefinida comparando o seu valor recuperável com o
seu respectivo valor contábil, anualmente ou sempre que
haja uma indicação de que o ativo intangível pode estar
perdendo substância econômica.

341
CPC 16 - Estoque (adquiridos)
• Mensurados pelo valor de custo ou pelo valor
realizável líquido, dos dois o menor. Neles se incluem
todos os custos de aquisição, de transformação e outros
incorridos para trazer os estoques à sua condição e
localização atuais.
– Por isso, devem compreender o preço de compra, os impostos
de importação e outros tributos (que não sejam aqueles
posteriormente recuperáveis pela empresa), custos de
transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à
aquisição de produtos acabados, materiais e serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos do preço na determinação do custo de
aquisição.

342
Estoque (produzidos)
• Os custos de estoques fabricados são aqueles diretamente
relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de
produção
– tais como mão-de-obra direta e matéria-prima, e incluem também a
alocação sistemática de custos indiretos de produção fixos e variáveis que
sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados ou
para a prestação de serviços.
– A alocação de custos indiretos fixos às unidades produzidas deve ser
baseada no volume normal de produção, que é aquele que se espera atingir,
em média, ao longo de vários períodos ou de períodos sazonais, em
circunstâncias normais, levando-se em consideração a não-utilização da
capacidade total, resultante da manutenção planejada, de férias coletivas
planejadas, etc. Os custos fixos relativos à capacidade não-utilizada em
função de volume de produção inferior ao normal devem ser registrados
como despesas no período em que são incorridos, não podendo ser
alocados aos estoques

343
Note-se
• O custo-padrão pode ser utilizado para a avaliação
de estoques desde que seja estabelecido com base em
níveis normais de eficiência e de volume de produção,
seja revisado periodicamente ou quando houver
mudança das condições de produção, e desde que seus
valores reflitam aproximadamente o custo real.

344
Qual custo?
• Quando da existência de bens não-intercambiáveis,
seu custo específico precisa ser utilizado.
• No caso de bens intercambiáveis, deve-se usar o
custo médio ponderado ou o Primeiro Que Entra,
Primeiro Que Sai (PEPS), vedada a utilização do
Último Que Entra, Primeiro Que Sai (UEPS).
– O mesmo critério precisa ser usado consistentemente para
valoração dos estoques que tenham natureza e uso semelhante.

345
VRL
• O custo dos estoques pode não ser recuperável por
motivo de danificação, obsolescência, redução no preço
de venda, incremento no custo estimado de acabamento,
etc.
• Nesse caso, o valor de custo precisa ser substituído
pelo valor realizável líquido, obtido a partir do preço
de venda estimado deduzido dos custos estimados de
conclusão, dos gastos estimados necessários para se
concretizar sua venda e dos tributos incidentes sobre a
venda.

346
Competência
• Os estoques são baixados ao resultado como
despesa quando reconhecida a receita a que se
vinculam, ou quando consumidos nas atividades a que
se destinam, se não estiverem vinculados à produção de
bens ou à prestação de serviços para a geração de receita
futura. São também reconhecidas como despesas do
período a redução ao valor realizável líquido e quaisquer
outras perdas.

347
CPC 25 – Passivos, Provisões e Passivos Contingentes - Definição

• Uma provisão é um passivo de prazo ou valor incertos.

348
Quando reconhecer?
• Uma provisão deve ser reconhecida quando
– uma entidade tem uma obrigação presente como resultado
de um evento passado;
– é provável uma saída de recursos;
– possa ser feita uma estimativa confiável do valor da
obrigação.

349
Mensuração
• A melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar
a obrigação presente é o valor que uma entidade
racionalmente pagaria para liquidar a obrigação na
data do balanço ou para transferi-la para terceiros nesse
momento.
• Se não é provável (mas possível e ligada a eventos
futuros incertos) e/ou não pode ser estimada é uma
um passivo contingente que não deve ser reconhecido
(mas divulgada).

350
Passivos contingentes são:
• uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja
existência será confirmada apenas pela ocorrência, ou não, de um
ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controle
da entidade; ou
• uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que
não é reconhecida porque:
– não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos seja exigida para liquidar a obrigação, ou
– o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente
confiabilidade.
• Uma entidade não deve reconhecer um passivo contingente.
Uma entidade deve divulgar um passivo contingente, a menos que
seja remota a possibilidade de uma saída de recursos que
incorporam benefícios econômicos, mas sim divulgados

351
Arvore das avaliações

Inicio

Obrigação presente
como resultado de N Obrigação N
evento que gera possível?
obrigação

S S

Saída N S
Remota?
provável?

S N

Estimativa N (raro)
confiável?

S
Divulgar o passivo Não fazer
Reconhecer contingente nada

Passivo ou Contingências
Provisão
352
Exemplo 1. Caso judicial
• Após um casamento em 20X0, dez
pessoas morreram, possivelmente
Inicio por resultado de alimentos
envenenados oriundos de produtos
Obrigação presente
como resultado de N Obrigação N vendidos pela entidade.
evento que gera
obrigação
possível? Procedimentos legais são
S S instaurados para solicitar
Saída
N S
indenização da entidade, mas esta
prováve Remota?
l? disputa o caso judicialmente:
S N • Até a data da publicação das DC do
Estimativa
exercício de 31/12/20X0, a opinião
N (raro)
confiável? dos advogados da entidade é que
S
não seja provável que a entidade
Divulgar o passivo Não fazer será responsabilizada.
Reconhecer contingente nada
Conclusão – A questão é divulgada
como passivo contingente, a menos
Passivo ou
Provisão
Contingências que a probabilidade de qualquer
saída seja considerada remota 353
Exemplo 1.1. Caso judicial
• Após um casamento em 20X0, dez
pessoas morreram, possivelmente
Inicio por resultado de alimentos
envenenados oriundos de produtos
Obrigação presente
como resultado de N Obrigação N
vendidos pela entidade.
evento que gera
obrigação
possível? Procedimentos legais são
S S instaurados para solicitar
Saída
N S
indenização da entidade, mas esta
prováve Remota?
l? disputa o caso judicialmente:
S N • Em 31/12/20X1, os seus
Estimati advogados aconselham que, dado o
va N (raro)
confiável desenvolvimento do caso, é
?
S
provável que a entidade será
Divulgar o passivo Não fazer
responsabilizada.
Reconhecer contingente nada • Saída de recursos: Provável.
Conclusão – Uma provisão é
Passivo ou Contingências reconhecida pela melhor estimativa
Provisão
para liquidar a obrigação.
Exemplo 2. Custo de reforma
Um forno possui um revestimento que
precisa ser substituído a cada cinco anos
Inicio por razões técnicas. Na data do balanço,
o revestimento foi utilizado por três
Obrigação presente anos.
como resultado de N Obrigação N
evento que gera possível? Conclusão – Nenhuma provisão é
obrigação
reconhecida. O custo de substituição do
S S
revestimento não é reconhecido porque,
Saída
prováve N Remota? S na data do balanço, não há obrigação de
l? substituir o revestimento existente. Ao
S N invés de uma provisão ser reconhecida, a
Estimati
va N (raro) depreciação do revestimento leva em
confiável
?
consideração o seu consumo, ou seja, é
S depreciado em cinco anos. Os custos do
Divulgar o passivo Não fazer novo revestimento, quando incorridos,
Reconhecer contingente nada
são capitalizados e o consumo de cada
novo revestimento é capturado pela
Passivo ou Contingências depreciação ao longo dos cinco anos
Provisão
subseqüentes.
CPC 27 – Ativos imobilizados: Definição
• São itens tangíveis utilizáveis por mais do que um ano
e que sejam detidos para uso na produção ou
fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel
ou para fins administrativos.

356
Mensuração
• Deve ser mensurado pelo seu custo. O custo de um
item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista
na data do reconhecimento.
– São também adicionados no custo inicial todos os gastos
incrementais e necessários a colocar o imobilizado em
condições de funcionamento, como transporte, tributos,
montagem, testes etc. até que ele esteja em condições de
efetivo uso. Compõe ainda o custo inicial o valor estimado dos
gastos previstos para desmontagem, remoção e restauração do
local onde é instalado.
– Não fazem parte do custo gastos com realocação, ociosidade
mesmo que no uso inicial, gastos com abertura de nova
instalação ou introdução de novo produto, gastos
administrativos e outros custos indiretos etc.
357
Note-se
• No caso de permuta, custo é o valor justo do ativo
adquirido, a não ser que essa mensuração seja
impossível, quando prevalece o valor contábil do ativo
cedido. Subvenção governamental pode reduzir o custo
do ativo, conforme Pronunciamento Técnico CPC 07 –
Subvenção e Assistência Governamentais.

358
Depreciação
• Trata-se da alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo
da sua vida útil econômica para a entidade, corresponde à parcela pertencente
ao período do total da diferença entre o valor do custo do ativo (ou outro
valor que substitua o custo) menos o valor residual esperado ao final de sua
utilização.
– Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo,
após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição
esperadas para o fim de sua vida útil.
• Cessa a depreciação quando o ativo é desativado por baixa de qualquer
natureza ou transferência para ativo não circulante mantido para venda (CPC
31) mas não cessa por ociosidade.
• O método de depreciação utilizado deve refletir o padrão de consumo, pela
entidade, dos benefícios econômicos futuros do ativo a que se refere. O
método e as premissas que levam ao cálculo da depreciação precisam ser
acompanhados ao longo da vida útil do ativo

359
Impairment
• Além da depreciação, é necessária a verificação pelo menos anualmente da
eventual necessidade de reconhecimento de perda por redução ao valor
recuperável do ativo, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 01 –
Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
• O valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado:
– por ocasião de sua alienação ou substituição;
– quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização
ou alienação;
– quando transferido para outro grupo de contas.
• Há, portanto, a obrigatoriedade da nota explicativa sobre a mutação do valor
contábil do ativo imobilizado. Devem também ser divulgadas as restrições
dadas por garantias tais como hipotecas, alienação fiduciária e outras, por
compromissos advindos da aquisição, por indenizações por parte de terceiros,
bem como devem ser destacados os ativos adquiridos por meio de
arrendamento mercantil.

360
CPC30 – Receitas: Reconhecimento
• Deve ser reconhecida quando for provável que
benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e
esses benefícios possam ser confiavelmente
mensurados;
• Inclui somente os ingressos originários de suas próprias
atividades. As quantias cobradas por conta de
terceiros – tais como tributos sobre vendas, tributos
sobre bens e serviços e tributos sobre valor adicionado
não são benefícios econômicos que fluam para a
entidade e consequentemente não resultam em aumento
do patrimônio líquido. Portanto, são excluídos da receita.

361
Reconhecimento
• A receita proveniente da venda de bens deve ser
reconhecida apenas quando:
– a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e
benefícios mais significativos inerentes à propriedade dos bens;
– não mantenha envolvimento continuado na gestão dos
bens vendidos;
– o valor dos ingressos seja confiavelmente mensurável;
– seja provável que os benefícios econômicos associados à
transação fluirão para a entidade;
– as despesas incorridas ou a serem incorridas, referentes à
transação, possam ser confiavelmente mensuradas.

362
Mensuração
• A receita deve ser mensurada pelo valor justo da retribuição
recebida ou a receber, geralmente acordado entre a entidade e o
comprador ou usuário do ativo, deduzido de quaisquer descontos
comerciais e/ou bonificações concedidos pela entidade ao
comprador.
• Quando o acordo constituir, efetivamente, uma transação de
financiamento, o valor justo da receita é calculado a valor
presente, ou seja, descontando todos os recebimentos futuros,
tomando por base a taxa de juro imputada, a mais claramente
determinável entre a taxa correspondente a um instrumento
financeiro similar de emitente com classificação de crédito similar
ou a taxa de juro que desconte o valor nominal do instrumento
para o preço de venda à vista dos bens ou serviços

363
Note-se
• No caso de permuta de bens e serviços de mesma
natureza não há reconhecimento de receita; esta só
ocorre quando de permuta de bens e serviços de
natureza diferente.
• Quando surgir uma incerteza relativa à realização de
valor já reconhecido na receita, o valor incobrável ou a
parcela do valor cuja recuperação é improvável devem
ser reconhecidos como despesa e não como redução do
montante da receita originalmente reconhecida.

364
Regime de Competência
• A receita e as despesas relacionadas à mesma transação são
reconhecidas simultaneamente; esse processo está vinculado
ao princípio da contraposição das despesas às receitas
– Os royalties devem ser reconhecidos por regime de competência, de acordo
com a essência do contrato.
– Os dividendos devem ser reconhecidos quando estabelecido o direito do
investidor de receber o pagamento.
• As despesas, incluindo garantias e outros custos a serem
incorridos após a entrega dos bens, podem ser confiavelmente
mensuradas quando as outras condições para o reconhecimento
da receita tenham sido satisfeitas. Porém, quando as despesas não
possam ser mensuradas confiavelmente, a receita não pode ser
reconhecida. Em tais circunstâncias, quaisquer valores já recebidos
pela venda dos bens serão reconhecidos como um passivo.

365
Contabilidade Geral. Aula 10.
O patrimônio e o balanço patrimonial:
conceito; grupos de contas, contas
redutoras
Conceito
• O balanço patrimonial é a demonstração contábil
destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente,
numa determinada data, a posição patrimonial e
financeira da Entidade

367
Conteúdo e Estrutura
• O balanço patrimonial é constituído pelo ativo, pelo
passivo e pelo Patrimônio Líquido.
– O ativo compreende as aplicações de recursos representadas
por bens e direitos;
– O passivo compreende as origens de recursos representadas
por obrigações;
– O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da
Entidade, ou seja, a diferença a maior do ativo sobre o passivo.
Na hipótese do passivo superar o ativo, a diferença denomina-
se “Passivo a Descoberto”.

368
Balanço Patrimonial: estrutura
ATIVO PASSIVO
• Disponibilidades • Salários e encargos sociais
CIRCULANTE

• Realizáveis no curto prazo • Fornecedores


• Outros créditos a vencer • Obrigações Fiscais
• Investimentos temporários • Empréstimos e Financiamento
• Estoques • Outras obrigações e provisões
• Despesas pagas antecipadas
CCL

• Ativo Realizável a Longo Prazo • Empréstimos e Financiamentos


• Investimento • Outras obrigações e provisões
CIRCULANTE

• Imobilizado
• Intangível • Capital social
Não

• Reservas de capital
• Reservas de Lucros
• (-) Prejuízos acumulados
• (-/+) Ajuste de Avaliação Patrimonial

369
Foco na liquidez
• As contas do ativo são dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de
realização, e as contas do passivo são dispostas em ordem crescente dos prazos
de exigibilidade, estabelecidos ou esperados, observando-se iguais
procedimentos para os grupos e subgrupos.
• Os direitos e as obrigações são classificados em grupos do Circulante, desde
que os prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obrigações,
estabelecidos ou esperados, situem-se no curso do exercício subseqüente à data
do balanço patrimonial.
• Os direitos e as obrigações são classificados, respectivamente, em grupos de
Realizável e Exigível a Longo Prazo, desde que os prazos esperados de
realização dos direitos e os prazos das obrigações estabelecidas ou esperados,
situem-se após o término do exercício subseqüente à data do balanço
patrimonial.
• Na Entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício
social, a classificação no Circulante ou Longo Prazo terá por base o prazo desse
ciclo

370
Ativo Circulante: conceito geral
• O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer
qualquer dos seguintes critérios:
– espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou
consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
– está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
– espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço;
ou
– é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no
Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de
Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se
encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do
balanço. Todos os demais ativos devem ser classificados como não
circulantes.

371
Ativo circulante
• Disponível: São os recursos financeiros que se encontram à disposição
imediata da Entidade, compreendendo os meios de pagamento em
moeda e em outras espécies, os depósitos bancários à vista e os títulos
de liquidez imediata.
• Créditos: São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e os
outros direitos.
• Estoques: São os valores referentes às existências de produtos
acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, mercadorias,
materiais de consumo, serviços em andamento e outros valores
relacionados às atividades-fins da Entidade.
• Despesas Antecipadas: São as aplicações em gastos que tenham
realização no curso do período subseqüente à data do balanço
patrimonial.
• Outros Valores e Bens: São os não relacionados às atividades-fins da
Entidade.

372
Ativo Não Circulante: conceito geral
• A expressão “não circulante” inclui ativos tangíveis,
intangíveis e ativos financeiros de natureza de longo
prazo. Não se proíbe o uso de descrições alternativas
desde que seu sentido seja claro.
• O ciclo operacional da entidade é o tempo entre a
aquisição de ativos para processamento e sua realização
em caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo
operacional normal da entidade não for claramente
identificável, pressupõe-se que sua duração seja de doze
meses.

373
Ativo não circulante
• Realizável a Longo Prazo: São os ativos referidos nos itens já
comentados no AC, cujos prazos esperados de realização situem-
se após o término do exercício subseqüente à data do balanço
patrimonial.
• Permanente: São os bens e direitos não destinados à
transformação direta e meios de pagamento e cuja perspectiva de
permanência na Entidade ultrapasse um exercício. É constituído
pelos seguintes subgrupos:
– Investimentos: São as participações em sociedades além dos bens e
direitos que não se destinem à manutenção das atividades-fins da Entidade.
– Imobilizado: São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na
consecução das atividades-fins da Entidade.
– Diferido: São as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para
a formação do resultado de mais um exercício social.

374
Passivo
• Circulante: São as obrigações conhecidas e os encargos
estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados,
situem-se no curso do exercício subseqüente à data do
balanço patrimonial.
• O passivo deve ser classificado como circulante quando
satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
– espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da
entidade;
– está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
– deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço;
– a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo
durante pelo menos doze meses após a data do balanço

375
Passivo
• Exigível a Longo Prazo: São as obrigações conhecidas
e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou
esperados, situem-se após o término do exercício
subseqüente à data do balanço patrimonial.

376
Patrimônio Liquido
• Capital: São os valores aportados pelos proprietários e os
decorrentes de incorporações de reservas de lucros.
• Reservas: São os valores decorrentes de retenções de lucros,
de reavaliação de ativos e de outras circunstâncias.
• Lucros ou Prejuízos Acumulados: São os lucros retidos
ou ainda não destinados e os prejuízos ainda não
compensados, estes apresentados como parcela redutora do
Patrimônio Líquido.
– No caso onde houver Passivo a Descoberto, devido à sua excepcionalidade,
a Entidade deverá modificar a forma habitual da equação patrimonial,
apresentando, de forma vertical, o ativo diminuído do passivo, tendo como
resultado o Passivo a Descoberto.

377
Patrimônio Liquido
• A entidade deve divulgar seja no balanço patrimonial, na demonstração das
mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas para cada classe de
ações do capital:
– a quantidade de ações autorizadas;
– a quantidade de ações subscritas e inteiramente integralizadas, e subscritas mas não
integralizadas;
– o valor nominal por ação, ou informar que as ações não têm valor nominal;
– a conciliação entre as quantidades de ações em circulação no início e no fim do
período;
– os direitos, preferências e restrições associados a essa classe de ações, incluindo
restrições na distribuição de dividendos e no reembolso de capital;
– ações ou quotas da entidade mantidas pela própria entidade (ações ou quotas em
tesouraria) ou por controladas ou coligadas;
– ações reservadas para emissão em função de opções e contratos para a venda de
ações, incluindo os prazos e respectivos montantes;
– uma descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do patrimônio
líquido.

378
Estática Patrimonial: o Balanço
• Balanço Patrimonial: é uma das mais importantes
demonstrações contábeis, por meio do qual podemos
apurar a situação patrimonial e financeira da empresa

379
Ativo
• Ativo: compreende os bens e os direitos da entidade
expressos em moeda
• Exemplo: Caixa, bancos, imóveis, veículos,
equipamentos, mercadorias, títulos a receber e clientes
• Todos os elementos componente do Ativo acham-se
discriminados no lado esquerdo do Balanço
Patrimonial

380
Passivo
• Passivo: compreende
basicamente as obrigações a
pagar da empresa
• Exemplo: Títulos a pagar,
contas a pagar, fornecedores,
salários a pagar, impostos a
pagar e hipotecas
• Todos os elementos
componente do Passivo
acham-se discriminados no
lado direito do Balanço
Patrimonial
381
A “balança” patrimonial

382
Patrimônio Líquido
• Patrimônio Líquido: diferença entre o valor do Ativo e
do Passivo de uma entidade, em determinado momento
• Exemplo:
– Ativo = $ 10.000
– Passivo = $ 5.300
– Patrimônio Líquido= $ 4.700
• O patrimônio líquido pode ser proveniente de:
– Capital de socios
– Lucros

383
Equação fundamental do patrimônio

PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO - PASSIVO

Se o Ativo suplantar o Passivo

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Se o Passivo suplantar o Ativo

ATIVO + PASSIVO A DESCOBERTO = PASSIVO

384
A “balança” patrimonial

385
Configurações do estado patrimonial - 1
• Constituição da Alfenas S.A. com capital subscrito e
integralizado em dinheiro de $ 4.000 em 15-01:

Alfenas S.A Balanço Patrimonial


Ativo Passivo
Caixa 4.000 0
Patrimônio Liquido
Capital subscrito 4.000
Total A 4.000 Total P+PL 4.000

386
Configurações do estado patrimonial - 2
• Aquisição de um edifício por $ 1.200 sendo o
pagamento efetuado a vista em 10-02-Ano X:

Alfenas S.A Balanço Patrimonial


Ativo Passivo
Caixa 2.800 0
Imóveis 1.200 Patrimônio Liquido
Capital subscrito 4.000
Total A 4.000 Total P+PL 4.000

387
Configurações do estado patrimonial - 3
• Compra de materiais junto a fornecedores pelo valor de
$ 2.000 em 13-02-AnoX

Alfenas S.A Balanço Patrimonial


Ativo Passivo
Caixa 2.800 Fornecedores 2.000
Imóveis 1.200 Patrimônio Liquido
Estoque 2.000
Capital subscrito 4.000
Total A 6.000 Total P+PL 4.000

388
Configurações do estado patrimonial - 4
• Aquisição de um veículo a vista por $ 200 em 20-02-XX:

Alfenas S.A Balanço Patrimonial


Ativo Passivo
Caixa 2.600 Fornecedores 2.000
Imóveis 1.200 Patrimônio Liquido
Estoque 2.000
Capital subscrito 4.000
Veículos 200
Total A 6.000 Total P+PL 4.000

389
Configurações do estado patrimonial - 5
• Venda do pavimento superior do edifício em 23-02-XX
por $ 600 (venda ao custo) mediante nota promissória

Alfenas S.A Balanço Patrimonial


Ativo Passivo
Caixa 2.600 Fornecedores 2.000
Imóveis 600 Patrimônio Liquido
Estoque 2.000
Capital subscrito 4.000
Veículos 200
Títulos a receber 600
Total A 6.000 Total P+PL 4.000
390
Configurações do estado patrimonial - 6
• Pagamento, em 05-03-XX, de $ 1.300 a fornecedores

Alfenas S.A Balanço Patrimonial


Ativo Passivo
Caixa 1.300 Fornecedores 700
Imóveis 600 Patrimônio Liquido
Estoque 2.000
Capital subscrito 4.000
Veículos 200
Títulos a receber 600
Total A 4.700 Total P+PL 4.700
391
Configurações do estado patrimonial - 7
• Recebimento, em 10-03-XX, de $ 400 como parte da
venda do edifício:

Alfenas S.A Balanço Patrimonial


Ativo Passivo
Caixa 1.700 Fornecedores 700
Imóveis 600 Patrimônio Liquido
Estoque 2.000
Capital subscrito 4.000
Veículos 200
Títulos a receber 400
Total A 4.700 Total P+PL 4.700
392
Representação gráfica dos estados patrimoniais
• Quando o ATIVO for maior que o PASSIVO: Revela
existência de riqueza própria

Passivo
Ativo

PL

393
Representação gráfica dos estados patrimoniais
• Quando o ATIVO for maior que o PASSIVO e o
PASSIVO = 0: Revela inexistência de divida

Ativo PL

394
Representação gráfica dos estados patrimoniais
• Quando o ATIVO for igual ao PASSIVO e PL = 0:
Revela inexistência de riqueza própria

Ativo Passivo

395
Representação gráfica dos estados patrimoniais
• Quando o PASSIVO for maior que o ATIVO: Revela
existência de “Passivo a Descoberto”

Ativo
Passivo

PL

396
Representação gráfica dos estados patrimoniais
• Quando o PASSIVO for maior que o ATIVO e ATIVO
= 0: Revela inexistência de Ativo. Apenas dívida.

PL Passivo

397
Várias configurações do capital
• Capital nominal
– Investimento inicial feito pelos proprietários de uma empresa
• Capital próprio
– Corresponde ao conceito de patrimônio líquido, abrangendo o
capital inicial e suas variações
• Capital de terceiros
– Corresponde aos investimentos feitos na empresa com
recursos provenientes de terceiros
• Capital total à disposição da empresa
– Conjunto de valores disponíveis pela empresa em dado
momento

398
Contabilidade Geral. Aula 11.
Elementos de resultado e a DRE
Conceito
• Demonstração do Resultado do Exercício – DRE é a
demonstração contábil que tem por objetivo evidenciar a
situação econômica da entidade, isto é, apuração do
lucro ou prejuízo.

400
Forma
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
(-) Impostos Incidentes sobre a venda
(=) Receita Operacional Líquida
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Despesas com Vendas
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
(=) RESULTADO ANTES IR/CS
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 401
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos • Compreende o valor
(-) Impostos Incidentes sobre a venda
(=) Receita Operacional Líquida
bruto da venda de
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV mercadorias, produtos ou
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
serviços prestados pela
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Despesas com Vendas
pessoa jurídica, não se
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras incluindo na receita o IPI
(-) Despesas Gerais e Administrativas ou qualquer outro
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops
imposto em que o
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
vendedor seja mero
(=) RESULTADO ANTES IR/CS depositante do tributo
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 402
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta • Vendas Canceladas, também chamada de Devolução de
Vendas compreende o total bruto de mercadorias e
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos produtos devolvidos pelo comprador. Não podem ser
(-) Impostos Incidentes sobre a venda deduzidas diretamente da conta de Receita de Vendas,
sendo esse procedimento contábil necessário para que a
(=) Receita Operacional Líquida administração possa acompanhar o volume das vendas
efetuadas e o total das devolvidas.
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV
• As devoluções podem ocorrer por defeitos de qualidade,
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO de fabricação ou oriundos de transporte ou desembarque,
por divergência da quantidade pedida ou por qualquer
(-) DESPESAS OPERACIONAIS motivo alegado pelo comprador.
• Os Descontos Incondicionais compreendem a parcela
(-) Despesas com Vendas deduzida do valor da venda, no momento da emissão da
nota fiscal e que não dependem de evento futuro. Esses
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras descontos são também chamados de “Descontos
Comerciais” e não podem corresponder à condição de
(-) Despesas Gerais e Administrativas pagamento antecipado de duplicata de venda à prazo,
porque seriam considerados “Descontos Concedidos” do
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops grupo de Despesas Financeiras.
• Os Abatimentos sobre Vendas são reduções no preço de
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL
venda, concedidas posteriormente à entrega das
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops mercadorias ou produtos, quando estas apresentam defeito
de qualidade ou avarias decorrentes do transporte e
(=) RESULTADO ANTES IR/CS desembarque e são concedidos normalmente com a
(-) Provisões de IR/CS finalidade de evitar a devolução dos produtos vendidos

(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 403


Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
• De acordo com a legislação em vigor, são os
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
seguintes:
(-) Impostos Incidentes sobre a venda • ICMS – Imposto sobre Circulação de
(=) Receita Operacional Líquida Mercadorias e Serviços
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV • ISS – Imposto sobre Serviços
• PIS – Programa de Integração Social
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
• COFINS- Contribuição para
(-) DESPESAS OPERACIONAIS Financiamento da Seguridade Social.
• Note-se que os tributos denominados de PIS
(-) Despesas com Vendas
e COFINS são calculados sobre a Receita
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras Bruta, que compreende o Faturamento +
(-) Despesas Gerais e Administrativas Outras Receitas Operacionais + Receitas
Financeiras + Variações Monetárias Ativas.
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops Apesar de incluir valores além do conteúdo
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL do faturamento, na Demonstração de
Resultado do Exercício, são apresentados no
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
item relacionado a “Impostos e Contribuições
(=) RESULTADO ANTES IR/CS sobre Vendas e Serviços”
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 404
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
(-) Impostos Incidentes sobre a venda A definição de Receita Líquida,
(=) Receita Operacional Líquida segundo o Regulamento do Imposto
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV
de Renda/99:
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO • “Art. 280 A bruta diminuída das
(-) DESPESAS OPERACIONAIS vendas canceladas, dos descontos
(-) Despesas com Vendas concedidos incondicionalmente,
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras dos abatimentos e dos tributos
(-) Despesas Gerais e Administrativas incidentes sobre vendas (Decreto-
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops Lei n.° 1598/77 RECEITA
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL LÍQUIDA de vendas será a
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops receita, art. 12, § 1.°).”
(=) RESULTADO ANTES IR/CS
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 405
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
• É o custo dos produtos vendidos a serem
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos computados no exercício correspondente às
(-) Impostos Incidentes sobre a venda receitas de vendas de produtos e serviços
(=) Receita Operacional Líquida
reconhecidos no mesmo período.
• Note-se que as compras a prazo de materiais
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV
e mercadorias eram registrados pelo seu valor
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO integral da nota fiscal, sendo embutido ao
custo os juros. Esses juros devem ser
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
separados do valor propriamente dito do
(-) Despesas com Vendas custo da mercadoria e tratar como despesas
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras
financeiras
• Está diretamente relacionado com os
(-) Despesas Gerais e Administrativas estoques, porque representa a baixa efetuada
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops na conta por meio das vendas realizadas.
• CPV = EI + CL – EF onde:
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL CPV – Custo dos produtos vendidos
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops EI – Estoque Inicial
(=) RESULTADO ANTES IR/CS C – Compras Liquidas
(-) Provisões de IR/CS
EF – Estoque Final
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 406
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
RIR/99 assim se expressa:
(-) Impostos Incidentes sobre a venda
• “Art. 278 Será classificado como
(=) Receita Operacional Líquida LUCRO BRUTO o resultado da
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV atividade de venda de bens ou
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO serviços que constitua objeto da
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
pessoa jurídica (Decreto-Lei n.º
(-) Despesas com Vendas
1598/77, art. 11).
• Parágrafo único – O LUCRO
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras
BRUTO corresponde à diferença
(-) Despesas Gerais e Administrativas
entre a receita líquida das vendas e
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops
serviços (art. 227) e o custo dos
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL bens e serviços vendidos
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
(Subseção II) (Lei n.° 6404/76,
(=) RESULTADO ANTES IR/CS
art. 187, II)”
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 407
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta • Despesas com vendas: compreende as despesas pagas ou
incorridas relacionadas com o setor relativo, representadas
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos por despesas com pessoal e respectivos encargos sociais,
comissões de vendedores, utilidades e serviços,
(-) Impostos Incidentes sobre a venda propagandas e publicidades, impostos e taxas, ocupação e
(=) Receita Operacional Líquida despesas gerais.
• Despesas/Receitas financeiras compreende as
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV remunerações de capital de terceiros, representadas pelos
juros e descontos obtidos decorrentes das atividades da
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO empresa, além dos rendimentos de aplicações financeiras.
• As despesas gerais e administrativas compreendem os
(-) DESPESAS OPERACIONAIS gastos pagos ou incorridos na direção ou gestão do
empreendimento, representado por diversos componentes
(-) Despesas com Vendas
que envolvem as despesas com pessoal administrativo e
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras respectivos encargos, honorários diversos, utilidades e
serviços, ocupação e despesas gerais.
(-) Despesas Gerais e Administrativas • Outras receitas/despesas ops: as demais receitas e
despesas que, embora ligadas à atividade operacional são
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops esporádicas ou que não estejam diretamente vinculadas a
atividade operacional, mas que representem uma extensão
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL dessa atividade
• Ex: - Receitas de Dividendos – Ganhos/perdas de
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
Equivalência Patrimonial – Receitas/Despesas de Aluguéis
(=) RESULTADO ANTES IR/CS de Imóveis – Receitas/Despesas de Arrendamentos de
Bens - Reversão da Provisão p/Devedores Duvidosos -
(-) Provisões de IR/CS Outras Reversões de Provisões.
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 408
Em resumo ...

Vender Despesas
Gera
mercadorias com vendas

Administrar Despesas
Gera
a empresa gerais/adm

Financiar as
Despesas
operações Gera
financeiras
da empresa

409
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta Internacionalmente ...
• O EBIT é a sigla em inglês para Earning Before
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
Interest and Taxes, também chamado no Brasil
(-) Impostos Incidentes sobre a venda de LAJIR, isto é, Lucro antes dos Juros e
(=) Receita Operacional Líquida Tributos.
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV • Medida de lucro mais ligada ao resultado de
natureza operacional, apresentando qual é o
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
verdadeiro lucro contábil a partir das
(-) DESPESAS OPERACIONAIS atividades genuinamente ligadas ao negócio
• EBIT = LUCRO/PREJUIZO
(-) Despesas com Vendas
OPERACIONAL ± RESULTADO
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras FINANCEIRO
(-) Despesas Gerais e Administrativas • EBITDA é a sigla em inglês para Earning
Before Interest, Taxes, Depreciation and
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops Amortization, também chamado no Brasil de
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL LAJIDA, ou seja, é o Lucro antes dos Juros,
Impostos, Depreciação e Amortização.
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
• EBITDA = EBIT - DEPR/AMORT
(=) RESULTADO ANTES IR/CS • O EBITDA é uma medida aproximada ao
(-) Provisões de IR/CS potencial de caixa do negócio.
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 410
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos • Receitas não operacionais compreende as
(-) Impostos Incidentes sobre a venda contas que registram as receitas
extraordinárias
(=) Receita Operacional Líquida
• Receita de Venda de Imobilizado
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV
• Receita de Venda de Investimentos
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO • Receita de Indenização de Seguros
(-) DESPESAS OPERACIONAIS • Receitas de Desapropriação de
Imóvel.
(-) Despesas com Vendas
• Despesas não operacionais compreende
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras os custos referentes às baixas dos bens
(-) Despesas Gerais e Administrativas objeto das alienações:
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops • Custo de Baixa do Imobilizado
• Custo de Baixa de Investimento
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL
• Custo de Baixa de Bens Sinistrados
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops • Custo de Baixa por Desapropriação
(=) RESULTADO ANTES IR/CS de Imóvel
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 411
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
(-) Impostos Incidentes sobre a venda
(=) Receita Operacional Líquida
• Se o Total das Receitas >
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV Total das Despesas = Lucro
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO • Se o Total das Receitas <
(-) DESPESAS OPERACIONAIS Total das Despesas =
(-) Despesas com Vendas Prejuízo
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras • O Resultado será registrado
(-) Despesas Gerais e Administrativas
numa conta do Balanço
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops
Patrimonial/Patrimônio
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
Liquido
(=) RESULTADO ANTES IR/CS
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 412
Formulas
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta A
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos b1
(-) Impostos Incidentes sobre a venda b2
(=) Receita Operacional Líquida C=A-B
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV D
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO E = C–D
(-) DESPESAS OPERACIONAIS F
(-) Despesas com Vendas f1
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras f2
(-) Despesas Gerais e Administrativas f3
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops f4
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL G=E–F
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops H
(=) RESULTADO ANTES IR/CS I=G-H
(-) Provisões de IR/CS L
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO M=I–L 413
CPC 41 – Resultado por Ação
• Todas as entidades devem divulgar, com igual destaque na
demonstração do resultado, o Resultado por Ação básico e diluído
• O Resultado por Ação básico é calculado dividindo-se o lucro
ou prejuízo do período atribuído aos acionistas da companhia
pela média ponderada da quantidade de ações em circulação
(incluindo ajustes por bônus e emissão de direitos).
• O Resultado por Ação diluído é calculado ajustando-se o lucro
ou prejuízo e a média ponderada da quantidade de ações levando-
se em conta a conversão de todas as ações potenciais com
efeito de diluição. Ações potenciais são instrumentos
patrimoniais ou contratos capazes de resultar na emissão de ações,
como títulos conversíveis e opções, incluindo opções de compra
de ações por empregados.

414
CPC 41 – Resultado por Ação
• Para calcular o resultado diluído por ação, a companhia deve ajustar o lucro ou
prejuízo atribuível aos titulares de ações ordinárias (capital próprio ordinário)
da companhia, bem como o número médio ponderado de ações totais em
poder dos acionistas (em circulação), para efeitos de todas as ações ordinárias
potenciais diluidoras.

RPA Básico RPA Diluído


LL dos acionistas ordinários da Como ao lado
controladora
(excluindo preferenciais e terceiros)

MP ações ordinárias Como ao lado + potencialmente


(como acima) convertíveis (em ordinárias)

415
Analise de Balanço
Prof. Msc. Roberto Tommasetti
roberto.tommasetti@gmail.com
Relembrando da Contabilidade Geral ...
Fases da Contabilidade

Contabilidade
Contabilidade Contabilidade Contabilidade
(Responsabilidade)
Proprietária Financeira Gerencial
Social
Objeto da contabilidade
• Patrimônio (Bens, Direitos e Obrigações) e suas
variações
$
Pe

Lp
P0

t
419
Objetivo
• A Contabilidade assume grande importância como
elemento de avaliação da entidade e de seus dirigentes, e
de prestação de contas da gestão realizada, além de
fornecer os insumos (informação) necessários para que
os seus usuários tenham condições de tomar decisões.
• As informações proporcionadas pela contabilidade
apresentam-se de forma estruturada, contemplando
elementos de natureza financeira e econômica e,
subsidiariamente, informações de natureza física, de
produtividade e social.
Usuários da informação contábil
• Os stakeholders ou grupos de interesse são formados por
um indivíduo ou um grupo de dentro ou fora da
organização que tem interessa na mesma, podendo
influenciar no seu desempenho.
• As informações contábeis geradas pela Entidade devem
ser amplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a
avaliação da sua situação patrimonial das mutações
sofridas pelo seu patrimônio e realização de inferências
sobre o seu futuro.
Usuários da informação contábil

Usuário Características Informações primárias


Entidades Disciplinadores legais; • Receita e lucro
governament interessados em tributáveis;
ais informações que sirvam • Limites operacionais;
de base à tributação • Produtividade;
como receitas e lucros. • Solvência;
Usam os relatórios para • Valor adicionado;
fins de arrecadação e • Benefícios à
impostos, bem como comunidade
para fins estatísticos no
sentido de redimensionar
a economia (IBGE)

422
Usuários da informação contábil

Usuário Características Informações primárias


Fornecedores Ambos têm interesse na • Geração de fluxos de
e Clientes continuidade da empresa caixa futuro;
e na manutenção da • Capacidade de liquidar
capacidade desta em obrigações;
saldar compromissos e • Avaliação de
fornecer benefícios desempenho da
passados, presentes e empresa e de seus
futuros. Usam os administradores
relatórios para analisar a
capacidade de pagamento
e de compras dos bens e
serviços

423
Usuários da informação contábil

Usuário Características Informações primárias


Acionistas e Interessados no • Fluxo de dividendos;
Investidores desenvolvimento dos • Lucro por ação;
negócios, manutenção do • Desenvolvimento do
lucro por ações, no fluxo negócio;
de dividendos, entre • Valor de mercado da
outros. É por intermédio ação (no caso de
dos relatórios contábeis Sociedade Anônima de
que se identifica a Capital Aberto)
situação econômico-
financeira da empresa
para tomar decisões

424
Usuários da informação contábil

Usuário Características Informações primárias


Financiadore Fornecedores de recursos • Geração de fluxos de
s e Bancos necessários ao caixa futuro;
desenvolvimento dos • Capacidade de liquidar
empreendimentos, com obrigações;
direito de regresso, • Avaliação de
buscam saber a situação desempenho da
real da empresa, bem empresa e de seus
como perspectivas administradores
futuras. Utilizam os
relatórios para aprovação
de empréstimos e
financiamentos

425
Usuários da informação contábil

Usuário Características Informações primárias


Empregados Interessados na • Lucro;
e Sindicatos continuidade da empresa, • Fluxos de caixa;
bem como na geração • Liquidez;
dos benefícios. Utilizam • Continuidade
os relatórios para, por operacional;
exemplo, determinar a • Manutenção ou
produtividade do setor, expansão da
entre outros. capacidade produtiva;
• Investimentos sociais

426
Usuários da informação contábil

Usuário Características Informações primárias


Administraçã Controladores e • Taxas de retorno;
o responsáveis pelas boas • Situação de liquidez e
práticas de manutenção endividamento
de taxas de retorno razoáveis;
aceitáveis e de nível • Comportamento dos
adequado de custos de produção;
endividamento • Eficiência

427
Campo de atuação profissional
• Contabilidade Financeira;
• Controladoria;
• Contabilidade Tributária;
• Auditor Interno;
• Auditor Externo;
• Perito Contábil;

428
Finalidade da Contabilidade
• Planejamento – é o conjunto de linhas de ação e a
maneira de executá-las para alcance dos objetivos.
• Controle – é o acompanhamento das atividades da
organização.
Objetivos da Contabilidade
• O patrimônio empresarial não é estático, alterando-se a cada
operação, e sabendo que o volume de transações requer um
controle próprio, da Contabilidade se exigirá este trabalho seja:
– Confiável – os trabalhos elaborados devem inspirar confiança e
segurança aos usuários.
– Ágil – os trabalhos devem ser elaborados em tempo hábil para serem
usufruídos, porque senão perde-se o sentido da informação,
principalmente em países com economia instável.
– Elucidativa – cada usuário da informação tem um grau de
conhecimento; identificá-lo é primordial para que os trabalhos sejam
elucidativos.
– Fonte para a tomada de decisão – o que está em jogo é o patrimônio
da empresa; dessa forma, quem controla isto deve gerar o alicerce para as
decisões a serem tomadas.
Áreas de Atuação
Tributária

Social Pública

Ambiental de Custos

Avaliação
Gerencial
de Projetos
Contabilida
de

Análise
Econômic
Atuarial
o-
financeira

Controlado
Auditoria
ria

Financeira Perícia
Usuários da Contabilidade
Common law X Code low
Características Common Law Code Law
Escola Americana Escola Européia
Regulamentação Estruturas gerais de Estruturas gerais de organização
organização menos regulada. amplamente regulada
Estrutura Estrutura acionária dispersa Controle acionários nas mãos de
Acionária entre um grande número de poucos acionistas e informação
acionistas e informação contábil menos relevante.
contábil relevante.
Força da Profissões contábeis auto- Não abordado.
profissão contábil reguladas, com enorme
impacto social e prestígio.
Impacto Grau de influência da Influência da legislação tributária
tributário na legislação tributária pequena. forte.
contabilidade
Regulamentação Contabilidade fora da esfera de Contabilidade regulada
contábil influência governamental diretamente pelo governo.

Evolução Escola Escola Common X Code Contabilidade


Introdução Conclusão
Histórica Europeia Americana Low no Brasil 433
Síntese PO1 Entidade Patrimônio objeto da contabilidade. Distinguir pf/pj
PO2 Continuidade Entidade sem fim

PC1 Valor original Custo como base inicial de avaliação

PC2 At. monetária Valores em R$ de poder aquisitivo na data do ultimo BP

PC3 Prudência Entre duas opções igualmente aceitáveis diante dos outros
PO princípios fundamentais de contabilidade será escolhida a
opção que diminui ou acrescenta menos valor ao PL
PC
PC4 Competência Receitas reconhecidas (auferidas) e despesas incorridas
CO (consumidas) no período
PC5 Oportunidade Registro imediato (tempestividade) e integral (integralidade)

CO1 Objetividade A contabilidade deve abster-se dos subjetivismos


CO2 Conservadorismo Optar sempre pela alternativa de avaliação que resume
em menor lucro
CO3 Materialidade Relevância dos valores
CO4 Consistência Critério contábeis não devem ser alterados ao longo do
tempo

434
Utilidade e Limitações do Relatório Contábil Financeiro
Outras Fontes de Informação: Relatório Contábil Financeiro:
• condições econômicas gerais; BP, DRE, DRA, DMPL, DLP, DFC
• eventos e clima políticos; e DVA
• perspectivas para o setor;
• panorama da indústria;
• leis e regulações.

Usuários da Informação:
• Investidores existentes e em potencial;
• Credores por empréstimos;
• Outros credores.

Decisões Econômicas:
1. Comprar, vender ou manter instrumentos patrimoniais;
2. Comprar, vender ou manter instrumentos de dívida;
3. Fornecer empréstimos e financiamentos em geral;
4. Fornecer outras formas de crédito. 435
Características Qualitativas
• São as propriedades que tornam a informação útil, no
sentido de duração, generalidade e viabilidade.

436
Evolução de PO, PC, CC
Caraterísticas Caraterísticas
Fundamentais De Melhoria
PO1 Entidade
Premissas subjacentes
PO2 Continuidade
PC1 Valor original (Um dos) Critério(s) de Mensuração
PC2 Competência Performance financeira
PC3 Oportunidade RF: Completa, Livre de Erro Tempestividade
PC4 Atualização Monetária Eliminado
PC5 Prudência Eliminado
CC1 Conservadorismo (inconsistente c/neutralidade)
CC2 Objetividade RF: Neutra
CC3 Materialidade Relevante
CC4 Consistência Comparabilidade
Essência s/forma Representação Fidedigna

437
Relevância
• Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz
de fazer diferença nas decisões que possam ser
tomadas pelos usuários.
– Valor preditivo: possibilidade de ser utilizada pelos usuários
para predizer futuros resultados.
– Valor confirmatório: possibilidade de retroalimentar
avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).
Materialidade
• A materialidade não é uma característica
fundamental, mas sim um aspecto da relevância.
• Deve ser entendida como um aspecto de relevância
específico da entidade baseado na natureza ou na
magnitude, ou em ambos.
• A informação é material se a sua omissão ou sua
divulgação distorcida puder influenciar decisões que
os usuários tomam.
Comparação

Lei 11638/07 CPC26


Balanço Patrimonial; Balanço patrimonial – BP
Demonstração dos lucros ou Demonstração das mutações do
prejuízos acumulados - DLPA patrimônio líquido – DMPL
Demonstração do resultado Demonstração do resultado – DRE
Demonstração dos fluxos de caixa Demonstração dos fluxos de caixa - DFC
Demonstração do valor adicionado Demonstração do valor adicionado
(se companhia aberta) quando exigida legalmente – DVA
Notas Explicativas Notas explicativas, compreendendo um
resumo das políticas contábeis
significativas e outras informações
explanatórias – NE
Demonstração do resultado abrangente -
DRA

440
Balanço Patrimonial: estrutura
ATIVO PASSIVO
• Disponibilidades • Salários e encargos sociais
CIRCULANTE

• Realizáveis no curto prazo • Fornecedores


• Outros créditos a vencer • Obrigações Fiscais
• Investimentos temporários • Empréstimos e Financiamento
• Estoques • Outras obrigações e provisões
• Despesas pagas antecipadas
CCL

• Ativo Realizável a Longo Prazo • Empréstimos e Financiamentos


• Investimento • Outras obrigações e provisões
CIRCULANTE

• Imobilizado
• Intangível • Capital social
Não

• Reservas de capital
• Reservas de Lucros
• (-) Prejuízos acumulados
• (-/+) Ajuste de Avaliação Patrimonial

Importante evidenciar a componente circulante/nc e financeira/ops!


441
O Termo “CAPITAL” em Contabilidade

Capital = Recursos
Capital de Terceiros =
Capital Alheio = Passivo =
Obrigações
+
Capital próprio = Recursos
(financeiros ou materiais) Patrimônio
=
dos proprietários (sócios Líquido
ou acionistas).
= Capital Total

442
Origens x Aplicações

Aplicações dos Recursos que Todos os Recursos entram


teve origem (Passivo e PL) = pelo Passivo e PL.

Aplicações Origens
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo e PL
Bens Obrigações
• Máquinas • Fornecedores
• Veículos • Salários a Pagar
• Estoque • Empréstimos Bancários
• Dinheiro • Impostos a Pagar
Direitos
• Títulos a receber Patrimônio Líquido
• Depósitos em Bancos • Capital
• Subscrito
• Integralizado

443
Origens x Aplicações

Proprietários (PL)
Caixa
Fornecedores
Estoque
Governo
Máquinas
Bancos
Imóveis etc.
Financeiras etc.

Balanço Patrimonial
Ativo P e PL (origens) $$$$$$$$
$$$
$
De terceiros
Aplicações $$$$$$$$ e próprio $
$$$$$$$$

444
Estrutura
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
(-) Impostos Incidentes sobre a venda
(=) Receita Operacional Líquida
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Despesas com Vendas
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
(=) RESULTADO ANTES IR/CS
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 445
Regimes
• Na Contabilidade utiliza-se o Regime de Competência, ou seja,
são contabilizados como Receita ou Despesa, os valores dentro do
período de Competência (quando Gerados), na data onde ocorreu
o fato Gerador, na data da realização do serviço, material, da
venda, do desconto, não importando para a Contabilidade
quando vou pagar ou receber, mas sim quando foi realizado
o ato
• Regime de Caixa: diferente do regime de competência considera o
registro dos documentos quando estes foram pagos, liquidados,
ou recebidos, como se fosse uma conta bancária.

446
Regime de competência
• Porém para se medir os resultados de uma companhia,
deve-se utilizar o Regime de Competência, onde além de
se considerar as vendas efetuadas, as despesas realizadas,
também considera-se a depreciação, que no Regime de
Caixa não se considera.
• Isto permite que as transações sejam registradas nos
livros contábeis e sejam apresentadas nas demonstrações
financeiras do período no qual os bens (ou serviços)
foram entregues ou executados (ou recebidos). É
apresentada assim uma associação entre as receitas e os
gastos necessários para gerá-las.

447
Competência X Caixa
• A DRE, observando o princípio de competência,
evidenciará a formação dos vários níveis de resultado
mediante confronto entre as receitas, e os
correspondentes custos e despesas.
• Regime de Caixa – entidades sem fins lucrativos.

448
Estrutura da DLPA

Sinal Saldo anterior


+ Ajustes dos Exercícios Anteriores
+ Lucro do Exercícios
- Incorporações ao Capital Lucro Líquido do exercício
- Transferência para reserva Legal
- Transferência para outras Reservas de Lucros
- Dividendos Propostos
= Saldo final

449
Estrutura da DMPL - Exemplo
• Capital social
• Reservas de capital
• Reservas de Lucros
• (-) Prejuízos acumulados
• (-/+) Ajuste de Avaliação Patrimonial

Capital Reservas Reservas Prejuízos Ajuste de Total


de Lucros acumulados Avaliação
Social de capital Patrimonial

Saldo do 100.000 300 60.000 0 0 160.300


Exercício X-1
Lucro do 0 50.000 0 0 50.000
Exercício
Constituição de 0 5.500 (5.500) 0 0 0
reserva legal
Aumento de 30.000 0 (30.000) 0 0 0
Capital Social
Saldo final do 130.000 5.800 74.500 0 0 210.300
Exercício X

450
Estrutura da DFC

451
Demonstração do Valor Adicionado
• Tem a função de divulgar e identificar o valor da riqueza gerada pela entidade, e
como essa riqueza foi distribuída entre os diversos setores que contribuíram,
direta ou indiretamente, para a sua geração
• Do ponto de vista macroeconômico, a DVA é bastante útil, uma vez que o
somatório dos valores adicionados (ou agregados) das empresas de um país
representa o Produto Interno Bruto (PIB).
• A DVA objetiva proporcionar uma visão mais abrangente sobre a real
capacidade de uma entidade produzir riqueza e sobre a forma pela qual a
distribui entre os diversos fatores de produção (trabalho, capital próprio ou de
terceiros, governos etc.).
• Constitui, assim, uma informação de fundamental importância para gestão e
para demais usuários da contabilidade. A relevância da DVA para entidades
governamentais dá-se em auxiliar no processo de análise do perfil e da
contribuição das entidades, servindo de base para abertura de linha de crédito,
concessão de incentivos, procedimentos conjuntos, entre outras atividades do
poder público.

452
DVA: Estrutura (ver CPC9)
A DVA compõe-se basicamente
de:
• Cálculo do Valor Adicionado
(Geração de Riqueza) -
Diferença entre vendas brutas
ou produção e total dos
insumos adquiridos de
terceiros (custo de mercadorias
e serviços vendidos, matérias-
primas, outros materiais
consumidos etc.);
• Distribuição do Valor
Adicionado - Distribuição da
riqueza gerada entre os agentes
que contribuíram para sua
formação.

453
DVA x DRE

454
DRA
• DRA deve, no mínimo, incluir: o resultado líquido do
período, cada item dos outros resultados abrangentes
classificados da entidade, a parcela dos outros resultados
abrangentes de empresas investidas e o resultado
abrangente
• Ela abrange as mutações do patrimônio líquido não
representadas pelas operações entre os
proprietários e a entidade e não incluíeis na DRE
(i.e.: hedge; planos de benefícios; variações
cambiais)

455
Balanço Social
• A DVA está implicitamente contida no Balanço Social,
que provavelmente será em futuro próximo obrigatório,
pois é peça fundamental para informações sociais,
ambientais e econômicas à sociedade.
• O balanço social é um demonstrativo publicado
anualmente pela empresa reunindo um conjunto de
informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais
dirigidas aos empregados, investidores, analistas de
mercado, acionistas e à comunidade.
• É também um instrumento estratégico para avaliar e
multiplicar o exercício da responsabilidade social
corporativa.
456
Demonstrações Contábeis Obrigatórias

Sociedade BP DRE e DLPA ou DFC DVA NE


DRA DMPL
Simples X X X X (1) X
LTDA X X X X (1) X
S/A de capital aberto X X X X X X

S/A de capital fechado X X X X (1) X

Entidade s/fins lucro X X X X X ( 2)

ME e EPP X X

(1) - Somente quando o PL for > de 2m


(2) - Readequações terminológicas poderão ser necessárias
Demonstrações Contábeis Suscetíveis de Análise

• Balanço Patrimonial - BP
• Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
• Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC
• Demonstração do Resultado Abrangente - DRA
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados –
DLPA
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido -
DMPL
• Demonstração do Valor Adicionado - DVA
458
Info complementarias

• Relatório da Diretoria
• Notas Explicativas
• Parecer do Conselho Fiscal
• Parecer dos Auditores Independentes
Outras Fontes de Informação
• Condições econômicas gerais.
• Eventos políticos e clima política.
• Perspectivas para o setor.
• Panorama da indústria.
• Leis e regulações.
459
Elementos das Demonstrações Contábeis

Passivo
Ativo = + Patrimônio
PL

Receita
Resultado = - Fluxos
Despesa

460
Principais Decisões Subsidiadas

• Comprar, fabricar ou alugar.


• Manter ou vender.
• Política de recursos humanos.
• Política de estoque.
• Política de crédito.
• Política tributária.
• Distribuição de lucros.

461
Exemplo D C
Caixa
A
Contas de Patrimônio O
D C + Caixa + Passivo
500 300
+ Créditos + Provisões
200 Saldo
+ Estoque + Capital
DÉBITO > CRÉDITO = + Imóveis Resultado
SALDO DEVEDOR - Passivo - Caixa
- Provisões - Créditos
Fornecedor
D C
- Capital - Estoque
200 700
Prejuízo - Imóveis
Saldo 500
Contas de Resultado
CRÉDITO > DÉBITO =
SALDO CREDOR
+ Custos/Desp. + Receitas
- Receitas - Custos/Desp.
462
Ciclo Contábil

Lançamentos Balancete de Relatórios


contábeis verificação contábeis

463
Contas retificadoras

Patrimônio
Ativo Passivo
Liquido
• Provisão para • Juros a • Capital a Realizar
Créditos de transcorrer ou a Integralizar
Liquidação • Provisões • Prejuízos
Duvidosa • Determinação de Acumulados
(PCLD) impostos a pagar • Ações em
• Provisão para • Redução do Tesouraria
ajuste ao valor de passivo para • ...
mercado descontos a
• Depreciação receber
• ... • ...

464
Ciclo Contábil

Lançamentos Balancete de Ajustes Relatórios


contábeis verificação retificadores contábeis

465
Balancete com ajustes

466
Pronunciamentos Contábeis
CPC Título Status
00 Estrutura Conceitual para Elaboração de Relatório Contábil-Financeiro 12/2011
01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos 8/2010
01 Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis 9/2010
03 Demonstração dos Fluxos de Caixa 9/2010
04 Ativo Intangível 11/2010
05 Divulgação sobre Partes Relacionadas 9/2010
06 Operações de Arrendamento Mercantil 11/2010
07 Subvenção e Assistência Governamentais 11/2010
08 Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários 12/2010
09 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 10/2008
10 Pagamento Baseado em Ações 12/2010
11 Contratos de Seguro 12/2008
12 Ajuste a Valor Presente 12/2008
13 Adoção Inicial da Lei nº. 11.638/07 e da Medida Provisória nº. 449/08 12/2008
14 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação (Fase I) OCPC 03
15 Combinação de Negócios 06/2011
16 Estoques 05/2009
17 Contratos de Construção Até 2018
18 Investimento em Coligada, em Controlada e em Conjunto 12/2012
467
Pronunciamentos Contábeis
CPC Título Status
19 Negócios em Conjunto 11/2012
20 Custos de Empréstimos 9/2011
21 Demonstração Intermediária 9/2011
22 Informações por Segmento 6/2009
23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro 6/2009
24 Evento Subsequente 7/2009
25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 6/2009
26 Apresentação das Demonstrações Contábeis 12/2011
27 Ativo Imobilizado 6/2009
28 Propriedade para Investimento 6/2009
29 Ativo Biológico e Produto Agrícola 8/2009
30 Receitas Até 2018
31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada 7/2009
32 Tributos sobre o Lucro 7/2009
33 Benefícios a Empregados 12/2012
34 Exploração e Avaliação de Recursos Minerais Não editado
35 Demonstrações Separadas 10/2012
36 Demonstrações Consolidadas 12/2012

468
Pronunciamentos Contábeis
CPC Título Status
37 Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade 11/2010
38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração Revogado
39 Instrumentos Financeiros: Apresentação 10/2009
40 Instrumentos Financeiros: Evidenciação 6/2012
41 Resultado por Ação 7/2010
42 Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Não editado
43 Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 15 a 41 12/2010
44 Demonstrações Combinadas 12/2011
45 Divulgação de Participações em outras Entidades 12/2012
46 Mensuração do Valor Justo 12/2012
47 Receita de Contrato com Cliente 11/2016
48 Instrumentos Financeiros 11/2016
PME Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas com Glossário de Termos 12/2009

469
Balanço Patrimonial: estrutura
ATIVO PASSIVO
• Disponibilidades • Salários e encargos sociais
CIRCULANTE

• Realizáveis no curto prazo • Fornecedores


• Outros créditos a vencer • Obrigações Fiscais
• Investimentos temporários • Empréstimos e Financiamento
• Estoques • Outras obrigações e provisões
• Despesas pagas antecipadas
CCL

• Ativo Realizável a Longo Prazo • Empréstimos e Financiamentos


• Investimento • Outras obrigações e provisões
CIRCULANTE

• Imobilizado
• Intangível • Capital social
Não

• Reservas de capital
• Reservas de Lucros
• (-) Prejuízos acumulados
• (-/+) Ajuste de Avaliação Patrimonial

470
Foco na liquidez
• As contas do ativo são dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de
realização, e as contas do passivo são dispostas em ordem crescente dos prazos
de exigibilidade, estabelecidos ou esperados, observando-se iguais
procedimentos para os grupos e subgrupos.
• Os direitos e as obrigações são classificados em grupos do Circulante, desde
que os prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obrigações,
estabelecidos ou esperados, situem-se no curso do exercício subseqüente à data
do balanço patrimonial.
• Os direitos e as obrigações são classificados, respectivamente, em grupos de
Realizável e Exigível a Longo Prazo, desde que os prazos esperados de
realização dos direitos e os prazos das obrigações estabelecidas ou esperados,
situem-se após o término do exercício subseqüente à data do balanço
patrimonial.
• Na Entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício
social, a classificação no Circulante ou Longo Prazo terá por base o prazo desse
ciclo

471
Ativo Circulante: conceito geral
• O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer
qualquer dos seguintes critérios:
– espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou
consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
– está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
– espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço;
ou
– é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido no
Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de
Caixa), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se
encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do
balanço. Todos os demais ativos devem ser classificados como não
circulantes.

472
Ativo circulante
• Disponível: São os recursos financeiros que se encontram à disposição
imediata da Entidade, compreendendo os meios de pagamento em
moeda e em outras espécies, os depósitos bancários à vista e os títulos
de liquidez imediata.
• Créditos: São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e os
outros direitos.
• Estoques: São os valores referentes às existências de produtos
acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, mercadorias,
materiais de consumo, serviços em andamento e outros valores
relacionados às atividades-fins da Entidade.
• Despesas Antecipadas: São as aplicações em gastos que tenham
realização no curso do período subseqüente à data do balanço
patrimonial.
• Outros Valores e Bens: São os não relacionados às atividades-fins da
Entidade.

473
Ativo Não Circulante: conceito geral
• A expressão “não circulante” inclui ativos tangíveis,
intangíveis e ativos financeiros de natureza de longo
prazo. Não se proíbe o uso de descrições alternativas
desde que seu sentido seja claro.
• O ciclo operacional da entidade é o tempo entre a
aquisição de ativos para processamento e sua realização
em caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo
operacional normal da entidade não for claramente
identificável, pressupõe-se que sua duração seja de doze
meses.

474
Ativo não circulante
• Realizável a Longo Prazo: São os ativos referidos nos itens já
comentados no AC, cujos prazos esperados de realização situem-
se após o término do exercício subseqüente à data do balanço
patrimonial.
• Permanente: São os bens e direitos não destinados à
transformação direta e meios de pagamento e cuja perspectiva de
permanência na Entidade ultrapasse um exercício. É constituído
pelos seguintes subgrupos:
– Investimentos: São as participações em sociedades além dos bens e
direitos que não se destinem à manutenção das atividades-fins da Entidade.
– Imobilizado: São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na
consecução das atividades-fins da Entidade.
– Diferido: São as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para
a formação do resultado de mais um exercício social.

475
Passivo
• Circulante: São as obrigações conhecidas e os encargos
estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados,
situem-se no curso do exercício subseqüente à data do
balanço patrimonial.
• O passivo deve ser classificado como circulante quando
satisfizer qualquer dos seguintes critérios:
– espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da
entidade;
– está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
– deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço;
– a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo
durante pelo menos doze meses após a data do balanço

476
Passivo
• Exigível a Longo Prazo: São as obrigações conhecidas
e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou
esperados, situem-se após o término do exercício
subseqüente à data do balanço patrimonial.

477
Patrimônio Liquido
• Capital: São os valores aportados pelos proprietários e os
decorrentes de incorporações de reservas de lucros.
• Reservas: São os valores decorrentes de retenções de lucros,
de reavaliação de ativos e de outras circunstâncias.
• Lucros ou Prejuízos Acumulados: São os lucros retidos
ou ainda não destinados e os prejuízos ainda não
compensados, estes apresentados como parcela redutora do
Patrimônio Líquido.
– No caso onde houver Passivo a Descoberto, devido à sua excepcionalidade,
a Entidade deverá modificar a forma habitual da equação patrimonial,
apresentando, de forma vertical, o ativo diminuído do passivo, tendo como
resultado o Passivo a Descoberto.

478
Patrimônio Liquido
• A entidade deve divulgar seja no balanço patrimonial, na demonstração das
mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas para cada classe de
ações do capital:
– a quantidade de ações autorizadas;
– a quantidade de ações subscritas e inteiramente integralizadas, e subscritas mas não
integralizadas;
– o valor nominal por ação, ou informar que as ações não têm valor nominal;
– a conciliação entre as quantidades de ações em circulação no início e no fim do
período;
– os direitos, preferências e restrições associados a essa classe de ações, incluindo
restrições na distribuição de dividendos e no reembolso de capital;
– ações ou quotas da entidade mantidas pela própria entidade (ações ou quotas em
tesouraria) ou por controladas ou coligadas;
– ações reservadas para emissão em função de opções e contratos para a venda de
ações, incluindo os prazos e respectivos montantes;
– uma descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do patrimônio
líquido.

479
Ativo
• Ativo: compreende os bens e os direitos da entidade
expressos em moeda
• Exemplo: Caixa, bancos, imóveis, veículos,
equipamentos, mercadorias, títulos a receber e clientes
• Todos os elementos componente do Ativo acham-se
discriminados no lado esquerdo do Balanço
Patrimonial

480
Passivo
• Passivo: compreende
basicamente as obrigações a
pagar da empresa
• Exemplo: Títulos a pagar,
contas a pagar, fornecedores,
salários a pagar, impostos a
pagar e hipotecas
• Todos os elementos
componente do Passivo
acham-se discriminados no
lado direito do Balanço
Patrimonial
481
A “balança” patrimonial

482
Forma
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
(-) Impostos Incidentes sobre a venda
(=) Receita Operacional Líquida
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Despesas com Vendas
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
(=) RESULTADO ANTES IR/CS
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 483
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos • Compreende o valor
(-) Impostos Incidentes sobre a venda
(=) Receita Operacional Líquida
bruto da venda de
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV mercadorias, produtos ou
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
serviços prestados pela
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
(-) Despesas com Vendas
pessoa jurídica, não se
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras incluindo na receita o IPI
(-) Despesas Gerais e Administrativas ou qualquer outro
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops
imposto em que o
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
vendedor seja mero
(=) RESULTADO ANTES IR/CS depositante do tributo
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 484
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta • Vendas Canceladas, também chamada de Devolução de
Vendas compreende o total bruto de mercadorias e
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos produtos devolvidos pelo comprador. Não podem ser
(-) Impostos Incidentes sobre a venda deduzidas diretamente da conta de Receita de Vendas,
sendo esse procedimento contábil necessário para que a
(=) Receita Operacional Líquida administração possa acompanhar o volume das vendas
efetuadas e o total das devolvidas.
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV
• As devoluções podem ocorrer por defeitos de qualidade,
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO de fabricação ou oriundos de transporte ou desembarque,
por divergência da quantidade pedida ou por qualquer
(-) DESPESAS OPERACIONAIS motivo alegado pelo comprador.
• Os Descontos Incondicionais compreendem a parcela
(-) Despesas com Vendas deduzida do valor da venda, no momento da emissão da
nota fiscal e que não dependem de evento futuro. Esses
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras descontos são também chamados de “Descontos
Comerciais” e não podem corresponder à condição de
(-) Despesas Gerais e Administrativas pagamento antecipado de duplicata de venda à prazo,
porque seriam considerados “Descontos Concedidos” do
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops grupo de Despesas Financeiras.
• Os Abatimentos sobre Vendas são reduções no preço de
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL
venda, concedidas posteriormente à entrega das
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops mercadorias ou produtos, quando estas apresentam defeito
de qualidade ou avarias decorrentes do transporte e
(=) RESULTADO ANTES IR/CS desembarque e são concedidos normalmente com a
(-) Provisões de IR/CS finalidade de evitar a devolução dos produtos vendidos

(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 485


Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
• De acordo com a legislação em vigor, são os
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
seguintes:
(-) Impostos Incidentes sobre a venda • ICMS – Imposto sobre Circulação de
(=) Receita Operacional Líquida Mercadorias e Serviços
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV • ISS – Imposto sobre Serviços
• PIS – Programa de Integração Social
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
• COFINS- Contribuição para
(-) DESPESAS OPERACIONAIS Financiamento da Seguridade Social.
• Note-se que os tributos denominados de PIS
(-) Despesas com Vendas
e COFINS são calculados sobre a Receita
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras Bruta, que compreende o Faturamento +
(-) Despesas Gerais e Administrativas Outras Receitas Operacionais + Receitas
Financeiras + Variações Monetárias Ativas.
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops Apesar de incluir valores além do conteúdo
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL do faturamento, na Demonstração de
Resultado do Exercício, são apresentados no
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
item relacionado a “Impostos e Contribuições
(=) RESULTADO ANTES IR/CS sobre Vendas e Serviços”
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 486
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
(-) Impostos Incidentes sobre a venda A definição de Receita Líquida,
(=) Receita Operacional Líquida segundo o Regulamento do Imposto
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV
de Renda/99:
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO • “Art. 280 A bruta diminuída das
(-) DESPESAS OPERACIONAIS vendas canceladas, dos descontos
(-) Despesas com Vendas concedidos incondicionalmente,
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras dos abatimentos e dos tributos
(-) Despesas Gerais e Administrativas incidentes sobre vendas (Decreto-
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops Lei n.° 1598/77 RECEITA
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL LÍQUIDA de vendas será a
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops receita, art. 12, § 1.°).”
(=) RESULTADO ANTES IR/CS
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 487
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
RIR/99 assim se expressa:
(-) Impostos Incidentes sobre a venda
• “Art. 278 Será classificado como
(=) Receita Operacional Líquida LUCRO BRUTO o resultado da
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV atividade de venda de bens ou
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO serviços que constitua objeto da
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
pessoa jurídica (Decreto-Lei n.º
(-) Despesas com Vendas
1598/77, art. 11).
• Parágrafo único – O LUCRO
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras
BRUTO corresponde à diferença
(-) Despesas Gerais e Administrativas
entre a receita líquida das vendas e
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops
serviços (art. 227) e o custo dos
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL bens e serviços vendidos
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
(Subseção II) (Lei n.° 6404/76,
(=) RESULTADO ANTES IR/CS
art. 187, II)”
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 488
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta • Despesas com vendas: compreende as despesas pagas ou
incorridas relacionadas com o setor relativo, representadas
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos por despesas com pessoal e respectivos encargos sociais,
comissões de vendedores, utilidades e serviços,
(-) Impostos Incidentes sobre a venda propagandas e publicidades, impostos e taxas, ocupação e
(=) Receita Operacional Líquida despesas gerais.
• Despesas/Receitas financeiras compreende as
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV remunerações de capital de terceiros, representadas pelos
juros e descontos obtidos decorrentes das atividades da
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO empresa, além dos rendimentos de aplicações financeiras.
• As despesas gerais e administrativas compreendem os
(-) DESPESAS OPERACIONAIS gastos pagos ou incorridos na direção ou gestão do
empreendimento, representado por diversos componentes
(-) Despesas com Vendas
que envolvem as despesas com pessoal administrativo e
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras respectivos encargos, honorários diversos, utilidades e
serviços, ocupação e despesas gerais.
(-) Despesas Gerais e Administrativas • Outras receitas/despesas ops: as demais receitas e
despesas que, embora ligadas à atividade operacional são
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops esporádicas ou que não estejam diretamente vinculadas a
atividade operacional, mas que representem uma extensão
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL dessa atividade
• Ex: - Receitas de Dividendos – Ganhos/perdas de
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
Equivalência Patrimonial – Receitas/Despesas de Aluguéis
(=) RESULTADO ANTES IR/CS de Imóveis – Receitas/Despesas de Arrendamentos de
Bens - Reversão da Provisão p/Devedores Duvidosos -
(-) Provisões de IR/CS Outras Reversões de Provisões.
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 489
Em resumo ...

Vender Despesas
Gera
mercadorias com vendas

Administrar Despesas
Gera
a empresa gerais/adm

Financiar as
Despesas
operações Gera
financeiras
da empresa

490
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta Internacionalmente ...
• O EBIT é a sigla em inglês para Earning Before
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
Interest and Taxes, também chamado no Brasil
(-) Impostos Incidentes sobre a venda de LAJIR, isto é, Lucro antes dos Juros e
(=) Receita Operacional Líquida Tributos.
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV • Medida de lucro mais ligada ao resultado de
natureza operacional, apresentando qual é o
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO
verdadeiro lucro contábil a partir das
(-) DESPESAS OPERACIONAIS atividades genuinamente ligadas ao negócio
• EBIT = LUCRO/PREJUIZO
(-) Despesas com Vendas
OPERACIONAL ± RESULTADO
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras FINANCEIRO
(-) Despesas Gerais e Administrativas • EBITDA é a sigla em inglês para Earning
Before Interest, Taxes, Depreciation and
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops Amortization, também chamado no Brasil de
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL LAJIDA, ou seja, é o Lucro antes dos Juros,
Impostos, Depreciação e Amortização.
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
• EBITDA = EBIT - DEPR/AMORT
(=) RESULTADO ANTES IR/CS • O EBITDA é uma medida aproximada ao
(-) Provisões de IR/CS potencial de caixa do negócio.
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 491
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos • Receitas não operacionais compreende as
(-) Impostos Incidentes sobre a venda contas que registram as receitas
extraordinárias
(=) Receita Operacional Líquida
• Receita de Venda de Imobilizado
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV
• Receita de Venda de Investimentos
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO • Receita de Indenização de Seguros
(-) DESPESAS OPERACIONAIS • Receitas de Desapropriação de
Imóvel.
(-) Despesas com Vendas
• Despesas não operacionais compreende
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras os custos referentes às baixas dos bens
(-) Despesas Gerais e Administrativas objeto das alienações:
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops • Custo de Baixa do Imobilizado
• Custo de Baixa de Investimento
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL
• Custo de Baixa de Bens Sinistrados
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops • Custo de Baixa por Desapropriação
(=) RESULTADO ANTES IR/CS de Imóvel
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 492
Componentes
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos
(-) Impostos Incidentes sobre a venda
(=) Receita Operacional Líquida
• Se o Total das Receitas >
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV Total das Despesas = Lucro
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO • Se o Total das Receitas <
(-) DESPESAS OPERACIONAIS Total das Despesas =
(-) Despesas com Vendas Prejuízo
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras • O Resultado será registrado
(-) Despesas Gerais e Administrativas
numa conta do Balanço
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops
Patrimonial/Patrimônio
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops
Liquido
(=) RESULTADO ANTES IR/CS
(-) Provisões de IR/CS
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO 493
Formulas
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO R$
Receita Operacional Bruta A
(-) Vendas canceladas/Devoluções/Descontos b1
(-) Impostos Incidentes sobre a venda b2
(=) Receita Operacional Líquida C=A-B
(-) Custo das Mercadorias (Serviços) Vendidas – CMV D
(=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO E = C–D
(-) DESPESAS OPERACIONAIS F
(-) Despesas com Vendas f1
(+) Receitas Financeiras/(-) Despesas Financeiras f2
(-) Despesas Gerais e Administrativas f3
(+) Outras Receitas Ops/(-) Outras Despesas Ops f4
(=) LUCRO/PREJUIZO OPERACIONAL G=E–F
(+) Receitas Não Ops/(-) Despesas Não Ops H
(=) RESULTADO ANTES IR/CS I=G-H
(-) Provisões de IR/CS L
(=) LUCRO/PREJUIZO LIQUIDO M=I–L 494
CPC 41 – Resultado por Ação
• Todas as entidades devem divulgar, com igual destaque na
demonstração do resultado, o Resultado por Ação básico e diluído
• O Resultado por Ação básico é calculado dividindo-se o lucro
ou prejuízo do período atribuído aos acionistas da companhia
pela média ponderada da quantidade de ações em circulação
(incluindo ajustes por bônus e emissão de direitos).
• O Resultado por Ação diluído é calculado ajustando-se o lucro
ou prejuízo e a média ponderada da quantidade de ações levando-
se em conta a conversão de todas as ações potenciais com
efeito de diluição. Ações potenciais são instrumentos
patrimoniais ou contratos capazes de resultar na emissão de ações,
como títulos conversíveis e opções, incluindo opções de compra
de ações por empregados.

495
CPC 41 – Resultado por Ação
• Para calcular o resultado diluído por ação, a companhia deve ajustar o lucro ou
prejuízo atribuível aos titulares de ações ordinárias (capital próprio ordinário)
da companhia, bem como o número médio ponderado de ações totais em
poder dos acionistas (em circulação), para efeitos de todas as ações ordinárias
potenciais diluidoras.

RPA Básico RPA Diluído


LL dos acionistas ordinários da Como ao lado
controladora
(excluindo preferenciais e terceiros)

MP ações ordinárias Como ao lado + potencialmente


(como acima) convertíveis (em ordinárias)

496
Controladoria – Analise das
Demonstrações Contábeis
Qual Contabilidade? Financeira x Gerencial
Contabilidade Financeira Gerencial
Publico alvo Externo Interno
Temporalidade Histórica (???) Corrente e orientada
para o futuro
Restrições Regulada Na “medida”
Informação - tipo Financeira (?) Financeira +
Operacionais + Física
Informação - natureza Objetiva, auditável, Subjetiva,
relevante Relevante
Info – apresentação Natureza Destino
Escopo Agregado Des-agregado
Objetivo Reportar o desempenho Informar para tomada
passado (?) de decisão

498
Para a próxima Aula 0
• Cada Grupo deverá definir “suas” empresas entre as
listadas no mesmo setor de atividade escolhendo com
base em:
– Numero/Informações disponíveis
– Mesmo Tamanho
• Parâmetros contábeis
– DRE: Vendas Totais
– BP: Total Ativo
• Parâmetros não contábeis
– Números de funcionários
– Números de clientes
– ...
– Comentar a escolha, discutindo sobre o tipo de negocio e
a comparabilidade (conversa de ~ 15m/grupo)

499
CAGR
• CAGR é um KPI que representa uma taxa de crescimento
composta de um determinado período (é uma media geométrica).
Dificilmente você vai analisar um relatório financeiro que não
utilize o CAGR. É muito utilizado representar o desempenho de
empresas
• CAGR (Compound Annual Growth Rate), em português
significa Taxa Composta Anual de Crescimento.
• A grande vantagem é que você consegue apresentar em um único
dado, uma informação relevante por todo o período
• Vale ressaltar que essa não é a taxa de retorno real, é um número
fictício que descreve a taxa à qual um investimento teria crescido
se a taxa fosse constante.

500
CAGR

• Fórmula: CAGR =
(Valor final / Valor
inicial) ^ (1/qtd
anos) -1
– Valor inicial = Valor
aplicado inicialmente no
investimento
– Valor final = Valor que
você retirou quando fez a
saída do investimento
– Qtd de anos = Quantos
anos você ficou no
investimento?

501
Balanço Patrimonial: estrutura
ATIVO PASSIVO
• Disponibilidades • Salários e encargos sociais
CIRCULANTE

• Realizáveis no curto prazo • Fornecedores


• Outros créditos a vencer • Obrigações Fiscais
• Investimentos temporários • Empréstimos e Financiamento
• Estoques • Outras obrigações e provisões
• Despesas pagas antecipadas
CCL

• Ativo Realizável a Longo Prazo • Empréstimos e Financiamentos


• Investimento • Outras obrigações e provisões
CIRCULANTE

• Imobilizado
• Intangível • Capital social
Não

• Reservas de capital
• Reservas de Lucros
• (-) Prejuízos acumulados
• (-/+) Ajuste de Avaliação Patrimonial

502
Analytical procedures
• Are one of many financial audit processes which help to
understand the client's business and changes in the
business, and to identify potential risk areas to plan other
audit procedures.
• Include comparison of financial information (data in
financial statement with:
– prior periods
– Budgets e Forecasts
– Similar Industries
– …

503
Analytical procedures
• It also includes consideration of predictable
relationships, such as:
– KPIs (gross profit to sales; payroll costs to employees; …)
– Financial information and non-financial information (i.e.: the CEO's
reports and the industry news)
• Other possible sources of information about the client
include:
– Interim financial information
– Budgets
– Management accounts
– Non-financial information
– Bank and Cash records
– Tax info (i..e.: VAT returns)
– Correspondence (i.e.: with clients; providers; …)

504
Para a próxima Aula 1
• Cada Grupo deverá para as “suas” empresas ...
– Tabelar as principais linhas do Balanço Patrimonial e da DRE
por um período de 5 anos
– Calcular Variação % entre os dois anos mais recentes, o ano
mais recente e o mais antigo e o CAGR do período (de
quantos anos é composto o período?)
– Analisar as principais variações

505
Índices Patrimoniais de Liquidez
Ind Formula Significado
LC (AC - DA)/PC quanto a empresa dispõe de direitos realizáveis a curto
prazo para cada R$1 de dívidas de curto prazo. Deve-se
considerar apenas os elementos do AC que irão se
converter em caixa, por isso, exclui-se o elemento
Despesas Antecipadas (ex: prêmios de seguros), pois
nunca se converterão em caixa. Se menor que 1: Não
haveria disponibilidade suficientes para quitar as
obrigações a curto prazo, caso fosse preciso.
LS (AC-DA-E)/PC quanto de dívidas de curto prazo podem ser saldadas
utilizando-se do ativo circulante, desprezando-se os
estoques
LG (AC+ANC-AI- quanto tenho de recursos de curto e longo prazos para
DA)/(PC+PNC) cada R$ 1,00 de dívidas de curto e longo prazos.

LC = Liquidez Corrente LS = Liquidez Seca AI = Ativo Imobilizado


AC = Ativo Circulante E = Estoque PNC = Passivo Não Circulante
DA = Despesas Antecipadas LG = Liquidez Geral
PC = Passivo Circulante ANC = Despesas Antecipadas 506
Índices Patrimoniais de Estrutura de Capital
Ind Formula Significado
CE PC/(PC+PNC) quanto do capital de terceiros está alocado em compromissos
de curto prazo
PCT (PC+PNC)/PL quanto o capital de terceiros representa sobre o capital próprio
investido no negócio
GE (PC+PNC)/AT quanto o capital de terceiros representa sobre o total de
recursos investidos no negócio. O complemento é o PCP
GE2 (PC+PNC- quanto a rentabilidade da empresa consegue «sustentar» o
Cash)/EBITDA endividamento (<4x)
PCP AI/PL quanto dos recursos “engessados” no ativo Permanente foram
financiados com capitais próprios.
GIA AI/AT Componente de Longo Prazo do Ativo. O
Complemento é o AG
CE = Composição de Endividamento PPL = Participação do PL
PCT = Participação do Capital de Terceiros Cash = Disponibilidades liquidas
PCP = Participação do Capital Próprio Ebitda = Earnings before Interest, Depr, Amortiz.
PL = Patrimônio Liquido ICP = Imobilização de Capital Próprio
GE = Grau de Endividamento GIA = Grau de Imobilização do Ativo
AT = Ativo Total AG = Aplicações no Giro 507
Índices de Prazos (ou de Rotatividade)
Ind Formula Significado

PV 360 * CLm/RB Em quantos dias as vendas se transformam em cash in. Menor,


melhor
PP 360 * PCP/Custos e Em quantos dias as compras se transformam em cash out.
Despesas Ops Maior, melhor
PR PV/PP Indicador do Capital Circulante. Desejável < 1
PE 360 * Em/CMV Em dias. Menor Melhor
CO Ciclo Operacional PV + PE
CC Ciclo de Caixa CO - PP

RV = Recebimentos de vendas PP = Prazo dos Pagamentos


RB = Receitas Brutas PR = Posicionamento Relativo
CLm = Créditos comerciais - media PE = Giro do Estoque
PV = Prazo de recebimentos de vendas CMV = Custo da Mercadoria Vendida
PC = Pagamento de pagamento de Compras Em = Estoque médio
PCPc = Passivo Curto Prazo (Comercial) PE = Prazo de giro do Estoque
508
O que é ciclo operacional (CO)?
• Uma vez que o ciclo operacional (CO) é o prazo desde a entrada
da matéria prima na empresa até o recebimento das vendas,
podemos dizer que ele envolve duas categorias de contas do ativo
circulante (estoque e contas a receber)
• O ciclo operacional é calculado a partir da soma da idade média
do estoque com o prazo médio de recebimento
• Ou seja, enquanto a idade média de estoque compreende o
período médio em que a matéria prima e os produtos finalizados
permanecem armazenados na empresa; e o prazo médio de
recebimento compreende desde o período da venda até o
momento em que a empresa recebe os recursos; então podemos
dizer que a soma da idade média de estoques com o prazo
médio de recebimento resulta justamente no conceito do
ciclo operacional (CO).

509
O que é ciclo operacional (CC)?
• Para a gestão financeira precisamos considerar também
as contas a pagar, que não estão presentes no cálculo
do ciclo operacional!
• Sendo assim, lembramos que o prazo médio de
pagamento é o tempo necessário para a empresa
liquidar as contas a pagar.
• Logo, se subtrairmos o PP do CO teremos o ciclo de
conversão de caixa (CC).

510
Exemplo
• A EX Company, produtora de pratos de papel, tem faturamento
anual de R$ 10 milhões. O custo de produtos vendidos representa
75% das vendas e as compras equivalem a 65% do custo dos
produtos vendidos. A idade média do estoque (PE) é igual a 60
dias, seu prazo médio de recebimento (PR) é de 40 dias e o prazo
médio de pagamento (PP) é de 35 dias.
– Qual é o ciclo operacional?
CO = 60 + 40 = 100 dias
A empresa leva em média 100 dias para comprar matéria-prima, produzir,
vender e receber o pagamento das vendas.
– Qual é o ciclo de conversão de caixa?
CC = 60 + 40 – 35 = 65 dias
A empresa leva cerca de 65 dias para receber os recursos desde quando
teve que desembolsar para pagar seus fornecedores.

511
Graficamente (quanto menor, melhor)

512
Necessidade de Capital de Giro (NCG)
• NCG = Contas a Receber + Estoque – Contas a
pagar
– Quanto menor melhor mas ... Se o valor da NCG for negativo,
isso não significa que ela não precisa de capital de giro, e sim
que ela precisa buscar fontes externas, já que as contas a pagar
são mais caras do que as contas a receber.
– Leva em conta os prazos médios de recebimento e prazos
médios de pagamentos

513
Para a próxima Aula 2
• Cada Grupo deverá para as “suas” empresas ...
– Calcular os principais índices patrimoniais
– Analisar as principais variações, comparando entre as
empresas

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