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RACISMO E SEXISMO NA

CULTURA BRASILEIRA

Lélia Gonzales
RACISMO E SEXISMO NA
CULTURA BRASILEIRA
● Pontuar Lélia Gonzales como precursora das
interseccionalidades;
● Compreender como ambos os conceitos se
assemelham na perspectiva de Gonzales;
● Entender que os mecanismos de reativação
dos mitos de criação são sazonas.

2
Assimilação

● O lugar da fala (a epígrafe);


● O mito da Democracia racial;

● Como a ideia de “democracia racial foi tão bem

assimilada e divulgada em nossa sociedade?”


O SUCESSO DA DITA
“DEMOCRACIA RACIAL”

A concepção de irmandade entre os negros é


complexa na própria forma de “identificação do
dominado com o dominador” (p. 224)
Racismo

● É “a sintomática que caracteriza a neurose


cultural brasileira”, ao se articular com o sexismo
“produz efeito violento sobre a mulher negra em
particular” (p. 224).
O DISCURSO COMO LOCUS DE
PODER
● Sua fala desloca o lugar de fala da mulher preta,
se pondo num campo conflituoso do locus da
fala, esse local de poder. O trato da preta é a
ruptura com aquele lugar atribuído à mulher
negra os das “noções de mulata, doméstica e
mãe preta” (p. 224) para de uma intelectual,
pensadora e investigadora da realidade vivida.
Portanto, o que se reivindica é esse lugar de
disputa, de poder: a fala. Então ressalta o lugar
que nos é legado; o lugar marginalizado. É esse
locus que justifica toda a perseguição ao negro e
toda violência a que lhe é inerente. A naturalização
da agressão ao e para o negro. Esse sujeito que
segundo as imagens instantâneas que lhes é
atribuída um ser perigoso, um criminoso. O que
cabe a sociedade brasileira é domesticação do
povo negro. “Aquele negro é educado”, “esse
negro tem a alma branca”. Os corpos dóceis
foucaultiano.
NEGAÇÃO DO SER NEGRO

● Dessa negação do ser negro, a autora ela


pontua o lugar da mulher negra nesse processo,
“assim como os diferentes modos de
rejeição/integração de seu papel”
CONSCIÊNCIA X MEMÓRIA
● lugar do desconhecimento, do encobrimento, da
alienação, do esquecimento e até do saber” (p.
226);
● memória“considera como o não-saber que
conhece, esse lugar de inscrições que restituem
uma história que não foi escrita, o lugar da
emergência da verdade, dessa verdade que se
estrutura como ficção” (p. 226)
CONSCIÊNCIA X MEMÓRIA

● A consciência “faz tudo para nossa história ser


esquecida, tirada de cena” (p. 226-7).
CONSCIÊNCIA X MEMÓRIA

● A consciência “faz tudo para nossa história ser


esquecida, tirada de cena” (p. 226-7).

● A memória se faz presente “nas mancadas do


discurso da consciência” (p.226).
ATIVAÇÃO MITOLÓGICO

● Toda jovem negra, que desfila no mais humilde


bloco do mais longínquo subúrbio, sonha com a
passarela da Marquês de Sapucaí. Sonha com
esse sonho dourado, conto de fadas no qual “A
Lua te invejando fez careta/ Porque, mulata, tu
não és deste planeta”. E por que não?
LADO OCULTO DO MITO
● “a violência simbólica”, em especial a da mulher
negra, nesse caso. Pois no virar da carruagem,
do endeusamento carnavalesco, o amanhecer
do cotidiano da empregada doméstica. Se
enquadra na dubiedade do sujeito a mulata e a
doméstica se encontram. E a denominação
esbarra no personagem da hora, do como é
vista no olhar altero.
NEUROSE CULTURAL
BRASILEIRA

● “o neurótico constrói modos de ocultamento do


sintoma porque isso lhe traz certos benefícios.
Essa construção o liberta da angústia de se
defrontar com o recalcamento” (p. 232).
LADO OCULTO DO MITO
● “a violência simbólica”, em especial a da mulher
negra, nesse caso. Pois no virar da carruagem,
do endeusamento carnavalesco, o amanhecer
do cotidiano da empregada doméstica. Se
enquadra na dubiedade do sujeito a mulata e a
doméstica se encontram. E a denominação
esbarra no personagem da hora, do como é
vista no olhar altero.
REPRESSÃO

● “A sistemática repressão policial, dado o seu


caráter racista, tem por objetivo próximo a
instauração da submissão psicológica através
do medo” (p. 232).
CONSCIÊNCIA
● “A longo prazo, o que se visa é o impedimento
de qualquer forma de unidade do grupo
dominado, mediante à utilização de todos os
meios que perpetuem a sua divisão interna.
Enquanto isso, o discurso dominante justifica a
atuação desse aparelho repressivo, falando de
ordem e segurança sociais” (Gonzales, 1979
Apud. 1980, p. 232-3).
● Aí as coisas ficam realmente pretas e há que dar
um jeito. Ou se parte para a ridicularização ou se
assume a culpabilidade mediante a estratégia de
não assumi-la. Deu pra sacar? A gente se explica:
os programas radiofônicos ditos populares são
useiros e vezeiros na arte de ridicularizar a crioula
que defende seu crioulo das investidas policiais
(ela sabe o que vai acontecer a ele, né?)... Afinal
um dos meios mais eficientes de fugir à angústia é
ridicularizar, é rir daquilo que a provoca
(GONZALES, 1980, p. 233).
A “MÃE-PRETA” PASSOU A PERNA
NA BRANCA

● A função materna diz respeito à internalização


de valores, ao ensino da língua materna e a
uma série de outras coisas mais que vão fazer
parte do imaginário da gente (GONZALEZ, 1979
Apud., GONZALES, 1980, p. 235).
CONSCIÊNCIA
● “A longo prazo, o que se visa é o impedimento
de qualquer forma de unidade do grupo
dominado, mediante à utilização de todos os
meios que perpetuem a sua divisão interna.
Enquanto isso, o discurso dominante justifica a
atuação desse aparelho repressivo, falando de
ordem e segurança sociais” (Gonzales, 1979
Apud. 1980, p. 232-3).

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