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TREINAMENTO
PRÁTICO
Lorena Fergon
Alisson de Andrade
Maicon Marques
Elisa Furini
Daiane Candido
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
CIRURGIA
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
NOÇÕES BÁSICAS DE CIRURGIA
MEDIDAS ANTI-INFECCIOSAS
ASSEPSIA:
Conjunto de medidas preventivas para impedir a entrada de agentes patogênicos no organismo ou na
ferida operatória:
Esterilização: destruição de qualquer forma de vida, incluindo esporos e inclui irradiação
autoclaves etc.
Desinfecção: destruição apenas de formas vegetativas, utilizando principalmente produtos
químicos como aldeído, fenólicos etc.
Quando usar um ou outro: classificação de Spaulding (divisão dos artigos utilizados em cirurgias):
Críticos (penetram a traves da pele ou mucosas) sempre esterilizados (ex: agulhas e cateteres
venosos).
Semicríticos (contato com pele integra ou não integra) desinfectados (ex: laringoscópio).
Não críticos (contatos a penas com pele integra) desinfecção leve ou mesmo limpeza com
detergentes.
ANTISSEPSIA:
São medidas para remover ao máximo o número de microrganismos sobre a pele ou mucosa e se dá em
2 fases:
1ª Limpeza com soluções degermante e fricção (mecânica);-
2ª Antissepsia propriamente dita com soluções alcoólicas de iodóforos (Povidine) ou clorexidina.
PARAMENTAÇÃO
ENTRADA NO CENTRO CIRÚRGICO:
Antes de entrar, qualquer pessoa, deverá trocar a roupa pelo macacão ou pijama cirúrgico, usar gorros,
máscara e proteger os calçados com propé descartável e não esquecer de lavar as mãos.
LAVAGEM E ESCOVAÇÃO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS:
É obrigatória para os que vão entrar no CAMPO Cirúrgico;
Retirar anéis, pulseiras e relógios;
O tempo mínimo é de 5 min;
A sequencia é das mãos para o antebraço
Podemos usar soluções degermantes como povidine a 10 % OU clorexidina a 4% (de escolha para
cirurgias longas).
As mãos devem sempre ficar mais elevadas que os cotovelos para o escorrimento da água
Inicia-se pela limpeza das unhas e dedos; depois palmas e dorsos das mãos; e depois punhos e
antebraços até os cotovelos.
Atenção: você nunca deve retornar de uma área não limpa para outra já escovada.
Enxaguar das pontas dos dedos em direção ao cotovelo sem permitir também, que a água volte para as
aéreas já enxaguadas.
A secagem das mãos é feita com compressa estéril dobrada de forma que cada parte seja utilizada para
secar uma única parte. A sequencia também deve ser dedos e mãos antebraços e cotovelos.
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COLOCAÇÃO DO AVENTAL E DAS LUVAS:
Após a lavagem e secagem das mãos deverá ser feito:
1º colocação do avental ou capote cirúrgico que é amarrado nas costas pela circulante;
2º calçamento correto das luvas
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INSTRUMENTAL CIRÚRGICO
DIÉRESE:
São as técnicas de abertura, incisão, secção, divisão e perfuração de diferentes tecidos, os principais
instrumentos são:
SÍNTESE:
É o oposto da diérese, trata-se da recomposição dos tecidos por suturas ou grampeamento, alinhando e
aproximando as estruturas anatômicas, facilitando a cicatrização, para isso utilizamos:
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HEMOSTASIA:
Qualquer manobra destinada a evitar ou interromper um sangramento, temporária (pinçamento ou
garroteamento) ou definitivamente (cauterização e ligadura). As pinças são utilizadas para reparar e
tracionar estruturas, dissecar por divulsão e auxiliar na passagem de fios. São elas:
PREENSÃO:
É importante observar que esta classificação não é estanque e que algumas pinças hemostáticas,
especialmente as mais grosseiras, também podem servir para preensão e serem classificadas em alguns
manuais desta forma. São pinças de preensão:
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PINÇAS DE DISSECÇÃO ANATÔMICA , DENTE DE RATO E ADSON: são úteis no auxilio de todos os
movimentos básicos (diérese, hemostasia e síntese).
ALLIS: apreensão de tecidos mais delicados, friáveis e escorregadios, com mínima lesão.
BACKHAUS: pinça de campo. Por ser curva não perfura nem o campo e nem a pele do paciente.
BABCOCK, FOERSTER E DUVAL: são utilizadas na preensão de estomago, intestinos, vesículas, bexiga.
CHERON: entre outras, preensão de gaze e drenos.
AFASTADORES:
São instrumentos, utilizados para afastar as bordas de incisão, as estruturas e órgãos para se obter um
campo cirúrgico claro r acessível. O principal representante deste órgão é o afastador dinâmico de
FARABEUF:
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PREPARO PRÉ OPERATÓRIO
AVALIAÇÃO DO RISCO EXAME Medicações de Uso PROFILAXIA ATB
CIRÚRGICO PRÉ-OPERATÓRIO CRÔNICO (30min antes)
Cardiovascular: < 45anos: NENHUM! MANTER: Cirurgia Limpa:
Ñ operar se: 45-54:ECG (só homem) Anti-hipertensivo Nenhuma, c/ exceção de:
Arritmia (BAVT) 55-70: ECG+HMG (diurético suspende no dia) 1- Próteses/Telas...
Sd. Corona. Aguda >70: ECO + HMG + Corticoide: Hidrocortis. IV 2- se existir a infecção
Insuf. Cardíaca Eletrólitos + Glicemia + Insulina: NPH (⅔noite; ½dia)
será catastrófica ex:
Volvopatia Grave Função Renal SUSPENDER: cirurgia cardíaca
ASA: OBS EM GERAL: Anti-agregante: 7-10d antes Limpa Contaminada:
I: sem comorbidades (coronariopata: Manter AAS) Cefazolina
1) Ñ fazer Tricotomia
II: Dç Sistemica S/ Limitações AINES: 1-3d antes Colón/Reto:
2) Jejum:
III: Dç Limita mas Ñ Incapacita Anti-diabético oral: no dia Cipro +Metro
Sólidos: 6-8h antes
IV: Dç Limita e Incapacita Warfarin: 4-5d antes Cardíaca/ Sangramento
Líquidos claros: 2 h
V: Moribundo sobrevida <2 4h (operar se INR≤ 1,5), trocando Excessivo/ > 6h de
antes
VI: Morte Cerebral por: duração: Repetir dose
OU HNF: suspender 6h antes de Cefazolina.
COMO < RISCO:
OU HBPM: suspender 24h
1) B-bloq se IRCR≥3 (iniciar
antes
mínimo 1d antes)
2)Estatina na cirurgia vascular
COMPLICAÇÕES EM CIRURGIA
PRÉ-OPERATÓRIO 24-72H DE PÓS-OPERATÓRIO >72H PÓS-OPERATÓRIO (S.Aureus)
1- Infecção pré-existente 1- Atelectasia (tto: fisioterapia) 1- Infecção de ferida operatória
2- Reação a droga ou Transfusão 2- Infecção Necrosante de Ferida: 2-ITU/Pneumonia só se usou
3- Hipertermia Maligna (ao Streptococcus Pyogenes sonda/cateter
Anestésico), Antidoto: DANTROLENE Clostridium Perfingens 3- Parotidite Supurativa
4-Trombose Venosa Profunda
COMPLICAÇÕES DE FERIDA OPERATÓRIA
SEROMA HEMATOMA DEISCÊNCIA INFECÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA (S.Aureus)
APONEURÓTICA
Coleção de Coleção de Defeito músculo- É até 30d de PO Ou 1ano se teve colocação de corpo
linfa no SC sangue e aponeurótico estranho (prótese; tela...), PODE SER:
Prevenção: coagulo TTO: Reoperar SUPERFICIAL (PELE/SC):
Dreno Risco: Febre + dor + flogose +Drenagem purulenta
TTO: Infecção e
TTO: Reabrir + Drenar + Lavar
compressão Hérnia PROFUNDA (MUSC/APONEUROSE):
ou Aspiração TTO:
Reabrir SE Idem anterior +Crepitação
volumoso TTO: Idem Anterior + ATB
DE ORGÃOS E CAVIDADES:
Febre + Distensão + Toxemia
TTO: ATB + Drenagem Guiada por Ex. Imagem
CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS
FASES CARACTERÍSTICAS
1- INFLAMAÇÃO Início: Neutrófilos/ Depois: Macrófagos (maestro) (Dura ± 4 dias)
2- PROLIFERAÇÃO OU REGENERAÇÃO Fibroblasto (Dura ± 4-12 dias)
3- MATURAÇÃO OU REMODELAÇÃO Miofibroblastos (Dura ± 12 dias- 1 ano)
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CASO CLÍNICO 1 – ATLS – PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO:
Guilherme de 27 anos chega ao pronto atendimento trazido pela equipe do corpo de bombeiro vítima
de acidente de motocicleta, esta consciente, assustado, com leve desconforto respiratório ao qual
refere muita dor no peito, você é o médico que atende o caso e deve prosseguir com o atendimento do
paciente nesse momento (TEM QUE SER EM ORDEM):
PARTE I – ATLS:
Apresentar como médico responsável pelo caso.
Citar que vai fazer o ABCDE do trauma.
Citar Paramentação.
Pedir ajuda para poder passar o colar cervical.
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Mencionar paramentação estéril antes da realização do procedimento (1º gorro, óculos,
máscara e propé; 2º lavagem correta das mãos com degermante; 3º secar com compressas
secas e estéreis; 4º capote estéril; 5º colocação correta das luvas estéreis).
Mencionar antisepsia; analgesia “PPP” (pele, periósteo e pleura) e uso do campo estéril.
Delimitar (5º -6º EIC entre LAA e LAM no “ triangulo de segurança”) e Disseção pela borda
superior costela;
Romper a pleura com;
Exploração Digital;
Não esquecer dos materiais básicos para drenagem (dreno de tórax + selo d’agua), Introduzir
Dreno em direção ao ápice;
Amarrar dreno (fixar- bailarina);
Radiografia de tórax de controle (se falar “RX”, não considerar a resposta);
1- De o diagnóstico e que exame complementar dever ser solicitado para sua confirmação
2- Que conduta você deve tomar imediatamente?
Anexo 2 (CC1-Cirurgia): considerar ABCDE realizado sem alterações
Após sua medida salvadora seu paciente evolui com boa resposta, salvando assim sua vida, você como
um excelente médico sabe que essa medida é provisória e que seu paciente precisara passar por um
procedimento definitivo que de fato é o que ele necessita.
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Imagem de materiais de procedimento:
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CASO CLÍNICO 2 – ATLS – TAMPONAMENTO CARDÍACO:
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Rafael de 33 anos é trazido à emergência pelo SAMU vítima de acidente de automobilístico, esta
consciente, levemente confuso com o ocorrido, aparentemente em bom estado geral, porem refere dor
no peito, você realiza o atendimento do paciente, qual é próximo passo (TEM QUE SER EM ORDEM):
PARTE I – ATLS:
Apresentar como médico responsável pelo caso.
Citar que vai fazer o ABCDE do trauma.
Citar Paramentação de procedimento.
Pedir ajuda para poder passar o colar cervical.
A Passar colar cervical e prancha rígida com 2 coxins laterais.
Ofertar oxigênio 10-12L por minuto com mascara facial com reservatório.
Realizar exame do aparelho respiratório (inspeção, palpação; percurção e ausculta).
B
Solicitar oxímetro de pulso (Informar que esta saturando em 92%) (DAR: O ANEXO 1).
C Checou pulso; pressão; FC e Fonese (DAR: O ANEXO 2).
PARTE II: TAMPONAMENTO CARDÍACO:
Dar o diagnóstico de Tamponamento Cardíaco sem a solicitação de nenhum exame
complementar.
Solicitar 2 acessos venosos periféricos para infusão de cristaloide aquecido
Solicitar monitorização.
Indicar pericardiocentese de Alívio, (feito na sala de trauma) (deve ser dito completo).
Informar o procedimento e pedi consentimento do paciente.
Citar Paramentação estéril (Gorro, máscara, capote, luva), assepsia, antissepsia, analgesia e
campo fenestrado estéril.
Separar material (DAR: Imagem de materiais de procedimento exibida no caso clínico 1 de
cirurgia).
Seringa de 60ml
Agulha para punção (calibre 18 e tamanho de 7cm) (DAR: O ANEXO 3)
PARTE III: TORACOTOMIA:
Indicar a Toracotomia em ambiente cirúrgico como conduta definitiva (deve ser dito completo).
Informar o procedimento e pedi consentimento do paciente.
Mencionar paramentação estéril antes da realização do procedimento (1º gorro, óculos,
máscara e propé; 2º lavagem correta das mãos com degermante; 3º secar com compressas
secas e estéreis; 4º capote estéril; 5º colocação correta das luvas estéreis).
Mencionar assepsia; analgesia e uso do campo estéril antes da realização do procedimento.
Anexo 1 (CC2-Cirurgia):
Seu paciente nesse momento esta evoluindo com rebaixamento do nível de consciência, ingurgitação
jugular e com muita dificuldade respiratória ao ponto de não falar com você, esta entrando em um
quadro agudo grave e seu exame do aparelho respiratório mostrou-se sem nenhuma alteração
relevante, o tempo é seu maior inimigo, e a vida do seu paciente estar em suas mãos, tome
imediatamente o próximo passo:
Anexo 2 (CC2-Cirurgia):
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Seu paciente continua com rebaixamento do nível de consciência com PA de 70 x 50 mmHg, pulso débil
e filiforme, FC indetectável com ruídos cardíacos abolidos, sem outros achados relevantes. Já não há
mais tempo a perder, cada segundo que passa o seu paciente se aproxima da morte, e se acontecer à
culpa será totalmente sua.
1- De o diagnóstico e que exame complementar dever ser solicitado para sua confirmação.
2- Que conduta você deve tomar imediatamente?
Anexo 3 (CC2-Cirurgia):
Após sua medida de urgência, você avalia seu paciente e vê que ele evoluiu com ruídos cardíacos
normofonéticos em dois tempos, mas ele continua com a PA de 70x50 mmHg você logo pensa na
próxima passo, que deverá ser:
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PS: haverá saída de 1600 ml de sangue no primeiro momento, dar diagnostico nesse
momento de hemotórax maciço
Radiografia de tórax de controle (se falar “RX”, não considerar a resposta);
Citar que deve prosseguir com ABCDE do trauma.
PARTE III: CONTINUÇÃO DO ABCDE:
Checou pulso; pressão; FC, Fonese e solicitar tipagem sanguínea e RH (DAR: O ANEXO 2)
C Solicitar 2 acessos venosos periféricos para infusão de cristaloide aquecido.
Solicitar monitorização (a monitorização já é feita no B, solicite PA)
Citar que deve prosseguir com ABCDE do trauma (DAR: O ANEXO 3).
Deu resultado de 10 pontos de Glasgow.
D
Realizou o exame pupilar (se sim, informar: pupilas anisocóricas e fotoreativas).
Citar que deve prosseguir com ABCDE do trauma (DAR: O ANEXO 4).
Expor completamente o paciente e analisar todo o corpo em busca de lesões.
E
Colocar ar condicionado em temperatura ambiente e Cobrir o paciente para evitar hipotermia.
Fazer primeiros cuidados da fratura exposta de tíbia (analgesia, limpeza, ATB profilático, e fixar)
Solicitar analise e conduta do ortopedista e pedir radiografia de coluna cervical, tórax, pelve e
FAST. Nesse caso solicitar RX de perna e TC de craneo.
1- De o diagnóstico e que exame complementar dever ser solicitado para sua confirmação.
2- Que conduta você deve tomar imediatamente? Qual é o próximo passo após sua conduta?
Anexo 2 (CC 3-Cirurgia):
Após fazer o procedimento que salvou a vida do paciente, você prosseguiu com o exame ABCDE do
trauma, e ao avaliar o “C”, verificou-se que o pulso estava 110bpm, a PA era 90 x 60 mmHg, e ruído
cardíaco rítmico e normofonético.
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foram empregadas corretamente.
PARTE I – ATLS:
Apresentar como médico responsável pelo caso.
Citar que vai fazer o ABCDE do trauma.
Citar Paramentação.
Pedir ajuda para poder passar o colar cervical.
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Anexo 2 (CC4-Cirurgia):
Seu paciente agora com monitorização constante dos sinais vitais, apresenta no monitor uma melhora
parcial da PA 70 x 55mmHg, graças aos cristaloides aquecidos que você infundiu no paciente, que esta
consciente e com exame do abdome inocente. Que conduta você deve tomar imediatamente
Anexo 3 (CC4-Cirurgia):
Seu FAST ou LPD foi positivo, o monitor indica uma PA de 60 x 40, seu paciente esta evoluindo com
rebaixamento do nível de consciência, não abre os olhos aos estímulos dolorosos, murmure-a sons
incompreensíveis, retira o membro aos estímulos dolorosos.
1- De o diagnóstico sindrômico.
2- Qual é o próximo passo nesse momento e que outro exame deve ser feito antes da sua conduta?
CASO CLÍNICO 5 – ATLS –POLITRAUMA/PCR:
Maria de 35 anos chega a emergência trazido pela equipe do corpo de bombeiro vítima de
politramatismo, você é o médico que atende o caso e deve prosseguir com o atendimento do paciente
nesse momento (TEM QUE SER EM ORDEM):
PARTE I – BLS:
Citar Paramentação.
Checar responsividade (RESPONDER: não responde).
Checar pulso e respiração por no máx. 10 segundos (RESPONDER: não tem pulso e nem
respiração).
Citar que vai iniciar o BLS.
Gritar por ajuda e pedir o carrinho de parada (INFORMAR: que já estão a caminho).
Pedir ajuda para fixação da cabeça utilizando as mãos para passar colar cervical.
Passar o colar cervical.
Iniciar as primeiras 30 compressões torácicas.
Mencionar técnica correta das compressões (colocar o paciente em superfície rígida “prancha
rígida”, delimitar o ponto onde serão aplicados as massagens que é 2 dedos acima do apêndice
C xifoide na linha intermamilar, estender os braços e colocar as mãos uma sobre a outra e
entrelaçar os dedos, estender as mãos sendo que polpa de uma das mãos que entra em contato
com o esterno, realizar compressões com movimento do tronco, com frequência entre 100-
120/min, comprimindo 5cm de profundidade = 1/3 do diâmetro AP do tórax; permitir retorno
completo; alternar 30 compressões x 2 ventilações).
(DAR: Imagem de materiais de procedimento exibida no caso clínico 1 de cirurgia) perguntar se há
algum material que o candidato(a) queira utilizar .
Realizar manobra de elevação da mandíbula (Jaw Thrust).
A
Passar cânula de Guedel para auxiliar as ventilações.
B Utilizar AMBU conectado com fonte oxigênio a 100% (10-12L/min) (técnica E.C.)
(PERGUNTAR: por quanto tempo ira fazer as compressões).
Por 2 minutos (5x 30C:2V) ou até a chegada do carrinho de parada.
Perguntar se o carinho de parada chegou.
(INFORMAR: O Carrinho de parada chegou!).
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Posicionar corretamente as Pás (um na região apical ‘’foco mitral’’ o outro na região
infraclavicular direita ‘’foco aórtico’’) (DAR: ANEXO 1).
Responder que o ritmo é chocável.
Aplicar o choque com 200 Joules (se for monofásico 360 J).
Continuar com as compressões torácicas (RCP).
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Colocar gel protetor nas pás Aplicar o choque com 200 Joules
Administra 300mg de Amiodarona (cada 3-5mim, máx. 2 doses).
Continuar com as compressões por mais 2 min e depois checar o ritmo e trocar de função.
(DAR: O ANEXO 5)
Colocar gel protetor nas pás Aplicar o choque com 200 Joules.
Administra 1mg de Adrenalina.
Continuar com as compressões por mais 2 min e depois checar o ritmo e trocar de função.
(DAR: O ANEXO 6)
Colocar gel protetor nas pás Aplicar o choque com 200 Joules.
Administra 150mg de Amiodarona.
Continuar com as compressões por mais 2 min e depois checar o ritmo e trocar de função.
(DAR: O ANEXO 7)
Colocar gel protetor nas pás Aplicar o choque com 200 Joules.
1mg de Adrenalina.
Continuar com as compressões por mais 2 min e depois checar o ritmo e trocar de função.
Investigar as causas Potencialmente Reversíveis (5H e 5T):
5H 5T
1- Hipovolemia 1- Tension (Pneumo/hemotórax)
2- Hipoxemia 2- Trombo coronário (IAM)
3- Hipotermia 3- Toxinas
4- Hipo/Hipercalemia 4- Tamponamento cardíaco
5- H+ (Acidose) 5- TEP
1- O ritmo é chocável? Se você decidir dar o choque, quantos Joules você utilizara? Se não chocar
qual é sua outra opção?
2- Qual(s) seu(s) próximo(s) passo(s) após sua decisão?
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1- O ritmo é chocável? Se você decidir dar o choque, quantos Joules você utilizara? Se não chocar
qual é sua outra opção?
2- Qual(s) seu(s) próximo(s) passo(s) após sua decisão?
Anexo 3 (CC 5-Cirurgia):
A pesar da dificuldade, você conseguiu realizar a intubação orotraqueal, agora sua ventilação é
independente das compressões, após 2 min de RCP você novamente checou o ritmo, que continua o
mesmo anteriormente.
1- O ritmo é chocável? Se você decidir dar o choque, quantos Joules você utilizara? Se não chocar
qual é sua outra opção?
2- Qual(s) seu(s) próximo(s) passo(s) após sua decisão?
Anexo 4 (CC 5-Cirurgia)
Após 2 min de RCP você novamente checou o ritmo, que continua o mesmo anteriormente.
1- O ritmo é chocável? Se você decidir dar o choque, quantos Joules você utilizara? Se não chocar
qual é sua outra opção?
2- Qual(s) seu(s) próximo(s) passo(s) após sua decisão?
Anexo 5 (CC 5-Cirurgia)
Após 2 min de RCP você novamente checou o ritmo, que continua o mesmo anteriormente.
1- O ritmo é chocável? Se você decidir dar o choque, quantos Joules você utilizara? Se não chocar
qual é sua outra opção?
2- Qual(s) seu(s) próximo(s) passo(s) após sua decisão?
Anexo 6 (CC 5-Cirurgia)
Após 2 min de RCP você novamente checou o ritmo, que continua o mesmo anteriormente.
1- O ritmo é chocável? Se você decidir dar o choque, quantos Joules você utilizara? Se não chocar
qual é sua outra opção?
2- Qual(s) seu(s) próximo(s) passo(s) após sua decisão?
Anexo 7 (CC 5-Cirurgia)
Após 2 min de RCP você novamente checou o ritmo, que continua o mesmo anteriormente.
1- O ritmo é chocável? Se você decidir dar o choque, quantos Joules você utilizara? Se não chocar
qual é sua outra opção?
2- Qual(s) seu(s) próximo(s) passo(s) após sua decisão?
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Citar que vai iniciar o BLS.
Gritar por ajuda e pedir o carrinho de parada (INFORMAR: que já estão a caminho).
Iniciar as primeiras 30 compressões torácicas (OBS: lembrar que se disponível usar escada de
leito).
Mencionar técnica correta das compressões (colocar o paciente em superfície rígida “prancha
rígida”, delimitar o ponto onde serão aplicados as massagens que é 2 dedos acima do apêndice
C xifoide na linha intermamilar, estender os braços e colocar as mãos uma sobre a outra e
entrelaçar os dedos, estender as mãos sendo que polpa de uma das mãos que entra em contato
com o esterno, realizar compressões com movimento do tronco, com frequência entre 100-
120/min, comprimindo 5cm de profundidade = 1/3 do diâmetro AP do tórax; permitir retorno
completo; alternar 30 compressões x 2 ventilações).
(DAR: Imagem de materiais de procedimento exibida no caso clínico 1 de cirurgia) perguntar se há
algum material que o candidato(a) queira utilizar.
Realizar manobra de extensão da cabeça e elevação do queixo.
A
Passar cânula de Guedel para auxiliar as ventilações.
B Utilizar AMBU conectado com fonte oxigênio a 100% (10-12L/min).
(PERGUNTAR: por quanto tempo ira fazer as compressões)
Por 2 minutos (5x 30C:2V) ou até a chegada do carrinho de parada.
Perguntar se o carinho de parada chegou.
(INFORMAR: O Carrinho de parada chegou!)
Posicionar corretamente as Pás (um na região apical ‘’foco mitral’’ o outro na região
infraclavicular direita ‘’foco aórtico’’) (DAR: ANEXO 1).
Responder que o ritmo NÃO é chocável (AESP).
Continuar com as compressões torácicas (RCP) por mais 2 min e depois checar o ritmo e trocar
de função (se responder completo DAR: ANEXO2 direto, se não, PERGUNTAR: por quanto
tempo ira fazer as compressões).
Por mais um ciclo (2min ou 5x 30c:2v) depois checo o Ritmo e passo para o ACLS e se equipe
disponível sempre alternar as funções a cada 2 min, e devo dar as orientações a equipe.
(DAR: ANEXO2, se já não tiver dado).
PARTE II – ACLS/ INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL:
Responder que o ritmo NÃO é chocável (AESP).
Continuar com as compressões torácicas (RCP) por mais 2 min e depois checar o ritmo e trocar
de função.
Indicar acesso venoso.
Indicar Via aérea avançada: Intubação Orotraqueal ou com mascara laríngea.
Administra 1mg de Adrenalina e elevação do membro após.
(INFORMAR: que o candidato proceda com a intubação orotraqueal)
Paramentação (luva de procedimento, máscara e óculos).
Separar, e checar material. (DAR: Imagem de materiais de procedimento exibida no caso
clínico 1 de cirurgia).
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Montar Laringoscópio com lamina curva (machintosh) e checar;
Seringa de 10 ml (deixar aspirado 10ml de ar);
Tubo endotraqueal (7; 7,5 e 8) testar cuff (infle e desinfle) com seringa com 10ml de ar;
Aspirador a vácuo;
AMBU;
Estetoscópio.
Mencionar técnica correta (segurar o laringoscópio com a mãe esquerda, entrar belo borde
direito da boca, lateralizar o laringo para esquerda lateralizando a língua junto, posicione o
laringo na parte central da boca, direcione suavemente para valévula, levantar o laringo para
frente e para cima, visualizando assim as cordas vocais por onde o tubo passa entre elas).
Insuflar cuff com seringa com 10 ml de AR.
Checar com estetoscópio se o tubo está devidamente posicionado.
Mencionar a colocação do Capnógrafo.
Mencionar que a partir de agora as ventilações são independente das compressões:
Compressões: 100-120/min;
Ventilações: 10/min.
(DAR: ANEXO 3)
Responder que o ritmo NÃO é chocável (AESP).
Responder a causa da parada: Hipercalemia (ECG: Onda “P’’ achatada + Onda “T’’ Apiculada).
Solicitar Infusão de bicarbonato de sódio (8,4%, 1ml/Kg).
Administra 1mg de Adrenalina depois de 3 mim da anterior.
Continuar com as compressões por mais 2 min e depois checar o ritmo e trocar de função.
1- O ritmo é chocável? Se você decidir dar o choque, quantos Joules você utilizara? Se não chocar,
qual é sua outra opção?
2- Qual(s) seu(s) próximo(s) passo(s) após sua decisão?
Anexo 2 (CC 6-Cirurgia):
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Após 2 minutos de compressões torácicas (2 min ou 5 x de 30c:2v) ,verificou-se o ritmo e o seu monitor
indicou o mesmo ritmo anteriormente:
1- O ritmo é chocável? Se você decidir dar o choque, quantos Joules você utilizara? Se não chocar
qual é sua outra opção?
2- Qual(s) seu(s) próximo(s) passo(s) após sua decisão?
Anexo 3 (CC 6-Cirurgia):
Depois de realizar a intubação orotraqueal, agora sua ventilação é independente das compressões, após
2 minutos de compressões torácicas (2 min ou 5 x de 30c:2v) ,verificou-se o ritmo e o seu monitor
indicou o mesmo ritmo anteriormente:
1- O ritmo é chocável? Se você decidir dar o choque, quantos Joules você utilizara? Se não chocar
qual é sua outra opção?
2- Qual é a causa da parada?
3- Qual é a conduta frente ao seu diagnóstico?
CASO CLÍNICO 7 – ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO:
Roberto, de 39 anos de idade apresentou-se ao serviço de emergência relatando muita ‘’dor na
barriga’’.
1) Realize Anamnese e Exame Físico:
PARTE I – ANAMNESE:
Recebeu o paciente, cumprimentando-o e identificando-se .
Identificou o paciente.
Mostrou-se disponível para ouvir a queixa do paciente.
Realizou a anamnese da dor:
Localização (Informar: mesogástrico);
Aparição (Informar: há 48h);
Intensidade (Informar: há um dia houve aumento progressivo na intensidade e
frequência da dor);
Irradiação (Informar: não há);
Alivio (Informar: nem com remédio);
Característica da dor (Informar: dor abdominal em cólicas).
Uso de medicação (Informar: Sim, Paracetamol).
Náuseas/vômitos (frequência/quantidade/característica) (Informar: vômitos biliosos
precedidos de náuseas).
Indagou eliminação de flatos/fezes (Informar: não elimina nem fezes nem flatos).
Indagou perda de peso, anorexia (Informar: não consegue comer).
Investigou hábitos alimentares, alcóolicos, tabagismo, catarse, diurese
(Informar: nega alcoolismo e tabagismo, não elimina fezes, somente urina 3 x ao dia).
Investigou antecedentes patológicos (cirurgia prévia) (Informar: apendicectomia prévia na
adolescência).
PARTE II – EXAME FÍSICO:
Solicitou exame físico direcionado para o abdome.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Lavou as mãos.
Pediu que por favor o paciente tire a blusa e baixe a calça até a raiz das coxas.
Realizou exame físico inspeção/auscultação/percussão/palpação direcionado (DAR ANEXO 1).
PARTE III – INVESTIGAÇÕES DIAGNÓSTICA:
Solicitou necessidade de toque retal .
Solicitou exames complementares (RX de abdome: em pé e deitado) (DAR: ANEXO 2).
Identificou adequadamente o diagnóstico ao paciente: ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO
COMPLETO .
Identificou que a obstrução é de Intestino Delgado.
Identificou sinal radiológico de: ‘’Empilhamento de Moeda’’.
PARTE IV – CONDUTA:
Realizou internação do paciente.
Realizou adequadamente as indicações para leito e possibilidade de cirurgia:
Dieta zero;
Hidratação/Correção Eletrolítica;
Analgésico;
Antiemético;
ATB (CIPRO/METRONIDAZOL);
SNG.
Descreveu os passos para sondagem nasogástrica:
Contraindicações? (Trauma de base de crânio/lesões esofágicas/Alteração de consciência)
(Informar que não te contraindicação!);
Orientar o paciente sobre o procedimento e pedir consentimento;
Separar o material necessário; (DAR: Imagem de materiais de procedimento exibida no
caso clínico 1 de cirurgia).
Medir o tamanho da sonda;
Verificar fossa nasal menos pérvia para ser sondada;
Passar lidocaína em gel em fossa nasal e pela sonda;
Introduzi-la;
Chegar auscultando epigástrio enquanto insufla seringa com 10ml de ar;
Fixar sonda com esparadrapo;
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Exame proctológico mostrou
ampola retal vazia.
PARTE I – ANAMNESE:
Apresentou-se à paciente como médico.
Solicitou identificação da paciente.
Indagou a respeito do local de origem/tipo/tempo de início/duração da dor /alívio.
Investigou fatores atenuantes.
Investigou ocorrência de febre ou calafrio.
Investigou perda de peso, anorexia, náuseas/vômitos.
Indagou a respeito da ocorrência de constipação, diarreia.
Investigou sintomas urinários, ginecológicos – gravidez.
Solicitou um exame ginecológico.
Investigou antecedentes patológicos (cirurgias, internações) / não patológicos (alimentação,
exercício físico, hábito intestinal/ uso de drogas, álcool/ uso de medicamentos).
(DAR ANEXO 1)
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Sinal de Blumberg: Descompressão dolorosa indicando irritação peritoneal;
Sinal de Rovsing: Dor na FID quando se comprime a FIE;
Sinal de Lapinsky: Dor à compressão da FID enquanto o paciente eleva o MMII esticado;
Sinal de Lenander: Diferença das temperaturas axilar e retal maior do que 1ºC;
Sinal do Psoas: Dor à extensão da coxa D seguida de sua abdução com o paciente
deitado sobre seu lado E;
Sinal do Obturador: Dor em região hipogástrica ao realizar a rotação interna e passiva da
coxa D flexionada com o paciente em decúbito dorsal;
Sinal de Dunphy: Dor na FID que piora com a tosse.
PARTE III – HIPOTESE DIAGNÓSTICA E CONDUTA IMEDIATA, E COMUNICAÇÃO À PACIENTE:
Citou diagnóstico sindrômico: Abdome Agudo Inflamatório
Citou diagnóstico definitivo: Apendicite Aguda.
Indicou Internação e como conduta definitiva Apendicectomia (DAR ANEXO 3)
Explicou de modo compreensível a suspeita diagnóstica de Abdome Agudo Inflamatório-
Apendicite Aguda.
Explicou de modo compreensível a necessidade de tratamento cirúrgico de urgência,
esclarecendo dúvidas quanto o procedimento e indagando as possíveis complicações caso este
não seja realizado.
Explicou à paciente a necessidade de internação e sobre o pós operatório.
Perguntou a paciente se ela tem dúvidas sobre o seu diagnóstico e as medidas indicadas e as
esclarece.
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Sinal de Blumberg (+) ; Obturador (+) ; Psoas (+); Rovsing (+) ; Lapinsky (+)
3- Cite o diagnóstico sindrômico e o definitivo
4- Indique a conduta definitiva.
Anexo 3 (CC8-Cirurgia):
A Paciente apresenta-se com medo da cirurgia a princípio se recusa.
5- Explique ao paciente sua hipótese diagnóstica e conduta e apresente critérios para convencê-la.
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ATB terapêutico ( cipro/amoxi+clavulanato/sulbactran 14dias)
Cirurgia: laparotomia
APENDICITE COM MASSA PALPÁVEL (3-5 DIAS DE EVOLUÇÃO):
Hidratação + ATB
Drenagem guiada por imagem (TC)
Apendicectomia programada 8 a 12 semanas após o quadro agudo
COMPLICAÇÕES:
A perfuração que pode acontecer pode ser: Bloqueada, quando forma um abcesso periapendicular; o
paciente pode estar oligossintomático com possível desconforto em FID.
Ou a perfuração ocorre para o peritônio livre, causando uma peritonite generalizada com dor abdominal de
grande intensidade e difusa com abdome em tábua, elevação de temperatura e pode evoluir para sepse.
Outras complicações são: Infecção de ferida operatória (mais comum), íleo paralítico, abcesso
intraperitoneal, algumas vezes subdiafragmático, fístula estercoral, obstrução incisional, hérnia incisional,
atelectasias, pileflebite e tromboflebite do sistema porta (são raras).
PANCREATITE AGUDA
ETIOLOGIA: 1º Litíase biliar e 2º Álcool
CLINICA:
Dor contínua “em barra” que tende a irradiar para o dorso, náuseas e vômitos, Icterícia leve a
moderada e pode evoluir para “abdome agudo”.
Sinais semiológicos: Cullen (equimose periumbilical), Grey-turner (equimose nos flancos), Fox
(equimose na base do pênis) – estes não são patognomônicos, são sinais de hemorragia retroperitoneal
(indicam maior gravidade).
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
Laboratórios Inespecíficos – (Leucocitose, hiperglicemia, aumento de TGO [dita o prognóstico] e TGP
[se TGP > 3x = pancreatite biliar], aumento de Amilase [volta ao normal em 3-6 dias] e Lipase[volta ao
normal em 7-8 dias e é mais específica]).
Inespecífico por imagem – USG (1ro exame, realiza na hora) e TC com contraste (exame definitivo,
esperar 72 horas para realizar ou realiza na hora da internação quando a pancreatite está grave,
piorando ou em dúvida).
Fechando diagnóstico: 2 ou 3 dos seguintes – Dor abdominal fortemente sugestiva, aumento de
enzima > = 3x o normal, exame de imagem característico.
Observação: Necrose pancreática infectada com gás confirma diagnóstico. Se houver suspeita, mas não
houver gás deve-se fazer diagnóstico invasivo (Punção + cultura).
CLASSIFICANDO:
1. Leve – Sem falência orgânica E sem complicações locais/sistêmicas
2. Moderadamente Grave – Falência orgânica transitória (<48h) OU complicações locais/sistêmicas.
3. Grave – Falência >48hrs geralmente tem complicações locais/sistêmicas.
COMPLICAÇÕES LOCAIS:
Edematosa:
< = 4 semanas (coleção fluída aguda peripancreática)
> 4 semanas (pseudocisto)
Necrosante:
< = 4 semanas (coleção necrótica aguda)
> 4 semanas (coleção necrótica organizada)
Observações: < = 4 semanas não são encapsulados / > 4 semanas são encapsulados
PROGNÓSTICO:
RANSON > = 3 tem um prognóstico ruim (Não fazem parte do RANSON – TGP, Amilase e Lipase,
Bilirrubinas)
BALTHAZAR (TC) > = 6 tem um prognóstico ruim
APACHE II > = 8 tem um prognóstico ruim
PCR > = 150 tem um prognóstico ruim
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TRATAMENTO:
1. Dieta zero
2. Hidratação (+ importante)
3. Controle eletrolítico ácido básico
4. Analgesia com opioides
Reiniciando a dieta:
Nutrição enteral (v.o./cateter NJ) – mais precocemente possível (24hrs), quando o paciente referir
fome, tiver diminuição da dor e diminuir o PCR.
Adicionar nutrição parenteral se a enteral não for suficiente
Tratamento Pancreatite Biliar Leve:
Risco cirúrgico bom – Colecistectomia por vídeo antes da alta
Risco cirúrgico ruim – Papilotomia via EDA antes da alta
Tratamento Pancreatite Biliar Grave + Colangite:
Papilotomia via EDA agora e depois de 6 semanas realiza colecistectomia se risco cirúrgico bom.
ATENDENDO UM CASO CLÍNICO:
1. Apresentar-se
2. Identificação: Nome, idade, profissão, estado civil, onde mora.
3. Queixa principal: Dor em quadrante superior direito em faixa, ALICIA e FREDUSA. Vômitos? Febre?
Disúria? Sangramento? Icterícia?
4. Antecedentes pessoais: D.M., HAS, cirurgia prévia, medicação, ACO, alguma outra doença? Alcool,
cigarro, drogas? Dieta, aumento de peso, obesidade, atividade física?
5. Antecedentes familiares: Alcoolismo, HAS, D.M.
6. Lavar a mão
7. Sinais vitais, IMC, Peso.
8. Exame físico: Tórax, abdome (equimose periumbilical, dor em faixa).
9. Diagnóstico diferencial: DUM, sintomas iniciais
10.Diagnóstico: Clínica + Laboratório: Amilase, lipase, TGO, TGP, transaminase, Hg, PCr, glicemia, LDH,
ureia, creatinina. Exame de imagem: TC de abdome (após 48hrs do quadro clínico) e USG de
abdome (muitos quadros de pancreatite são causados por litíase biliar).
11.Tratamento: Dieta zero, hidratação venosa, ATB (Metro + Cipro), SNG (na 1ª porção do duodeno
para não estimular a bilis), sintomáticos (não pode se usa opioide).
12.Conduta: TC de abdome (gás no pâncreas é necrose - Trata com necrosectomia)
13.Orientações: Observação por 24 hrs, se melhorar pode-se dar alta. O tratamento nos casos de
colangite por cálculo impactado ou coledolitíase com icterícia progressiva = CPRE.
14.A COLECISTECTOMIA se realiza na Pancreatite Aguda leve durante a mesma internação após
resolução do quadro clínico, já na Pancreatite Aguda grave deve-se esperar 6 semanas após
resolução do quadro.
COLELÍTIASE
DEFINIÇÃO: Presença de cálculo na vesícula (independente da quantidade)
CLÍNICA:
Assintomático (maioria)
Sintomático: Dor (cólica biliar) < 6horas (15%) – aparece quando o cálculo impacta no infundíbulo,
depois o cálculo volta para dentro da vesícula.
DIAGNÓSTICO: USG abdominal (imagem hiperecóica acompanhada de sombra acústica)
TRATAMENTO: Colecistectomia videolaparoscópica.
Só opera pacientes sintomáticos OU assintomáticos se vesícula em porcelana; associação com pólipo
(>1cm, >60anos, crescimento); cálculo >3cm.
Não opera o sintomático se: Risco cirúrgico alto ou se o paciente recusar.
TRATAMENTO CLÍNICO: Dissolução farmacológica com URSODESOXICÓLICO só se o cálculo for de
colesterol <15mm.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
ATENDENDO UM CASO CLÍNICO:
1. Apresentar-se
2. Identificação: nome, idade, procedência.
3. Queixa principal: Dor em quadrante superior direito < 6hrs (melhora em 24hrs – pode irradiar para
ombro), tem vômitos, após ingestão de alimentos gordurosos, febre (não tem febre quando <6hrs),
sintomas urinários.
4. Antecedentes pessoais: Primeira vez, história familiar, colelitíase, D.M., HAS, quantos filhos, DUM,
ACO, algum medicamento, fuma, bebe, atividade, álcool.
5. Lavar as mãos
6. Verificar peso, sinais vitais.
7. Exame Físico
8. Diagnóstico: USG abdominal, colesterol total, glicemia.
9. Tratamento: Internar na clínica, Dieta Zero, Hidratação, Sintomáticos, após estabilização realiza
cirurgia (colecistectomia na mesma internação).
COLECISTITE AGUDA
DEFINIÇÃO: “Inflamação da mucosa da vesícula por cálculo obstruindo a vesícula”.
CLÍNICA: Dor (cólica biliar) > 6hrs + Febre + Sinal de Murphy (coloca 2 dedos no ducto cístico e pede ao
paciente para inspirar, o paciente urra de dor e interrompe a inspiração) + SEM icterícia.
LABORATÓRIO: Leucocitose, bilirrubinas “normais” ou “tocadas”.
DIAGNÓSTICO:
USG de abdome (1ro exame realizado) – Cálculo impactado; parede espessa > 3mm; “Murphy” sonográfico.
Cintilografia Biliar (padrão-ouro) – ausência de contraste na vesícula biliar.
TRATAMENTO: Medidas gerais + Hidratação (E.V.) + Antibioticoterapia (E.Coli, Klebsiella, enterococo) +
Colecistectomia laparoscópica precoce (até 72hrs).
Nos casos graves (sem condições de cirurgia): Colecistostomia percutânea.
COMPLICAÇÕES: Perfuração:
a. Livre – Peritonite (febre alta + leucocitose) = cirurgia de urgência
b. Localizada – Bloqueada (abscesso) = avaliar colecistostomia
c. Fístula – íleo biliar
ATENDENDO UM CASO CLÍNICO:
1. Apresentar-se
2. Identificação: nome, idade, procedência.
3. Queixa principal: Dor em quadrante superior direito > 6hrs ou não desaparece em 24hrs, vômitos, febre.
4. Antecedentes pessoais: Primeira vez, história familiar, colelitíase, D.M., HAS, quantos filhos, DUM, ACO,
algum medicamento, fuma, bebe, atividade, álcool.
5. Lavar as mãos
6. Verificar peso, sinais vitais.
7. Exame Físico
8. Diagnóstico: USG (sinal de Murphy sonográfico), HMG (leucocitose), PCR, Amilase, TGO, Sinal de Murphy.
9. Tratamento: Internação + Dieta Zero + Hidratação + Sintomático + ATB + Colecistectomia 24-72hrs
COLEDOCOLITÍASE
DEFINIÇÃO: Cálculo no colédoco; 1º: formado dentro do colédoco – 10% ou 2º: dentro da vesícula – 90%.
CLÍNICA: Pode ser assintomático ou apresentar ICTERÍCIA INTERMITENTE + Vesícula NÃO palpável
DIAGNÓSTICO: CPRE, ColangioRNM (confirma o diagnóstico). A USG abdominal não é muito boa.
“Em todo paciente com colelitíase, avaliar o riso de coledocolitiase”.
CONDUTA PRÉ-OPERATÓRIA: USG abdominal + Hepatograma + Bilirrubina
Risco alto: Icterícia flutuante + USG (cálculo no colédoco) + Bilirrubina (>4mg/dl) – Nesses casos realizar
CPRE que é diagnóstica e terapêutica.
Risco intermediário: Colédoco > 6mm + Bilirrubina 1,8 -4 mg/dl + Outro laboratório anormal (exemplo:
Fosfatase Alcalina) – Nesses casos realizar ColangioRNM.
Risco Baixo: Alteração laboratorial + Colédoco < 5mm – Realizar colangiografia peroperatória.
Risco muito Baixo: Tudo negativo – Realizar só colecistectomia
TRATAMENTO (PARA TODOS OS PACIENTES):
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CPRE (Papilotomia endoscópica) – se descoberto no pré-operatório
Exploração cirúrgica (vídeo ou aberta) – se descoberto no per-operatório
Derivação biliodigestiva – se cálculo intra-hepático ou múltiplos cálculos.
ATENDENDO UM CASO CLÍNICO
1. Apresentar-se
2. Identificação: nome, idade, procedência.
3. Queixa principal: Dor em quadrante superior direito, icterícia flutuante, colúria, acolia.
4. Antecedentes pessoais
5. Lavar as mãos
6. Verificar peso, sinais vitais.
7. Exame Físico
8. Diagnóstico: USG abdominal (colédoco > 6mm), CPRE (terapêutico também), bilirrubina direta
aumentada, Fosfatasa Alcalina, Gama-GT, TGO/TGP.
9. Tratamento: CPRE
COLANGITE AGUDA
DEFINIÇÃO: Obstrução + infecção das vias biliares
Não grave (não supurativa) – Tríade de Charcot: Febre com calafrios + icterícia + dor abdominal.
Grave (supurativa) – Pentade de Reynold: Febre com Calafrios + icterícia + dor abdominal +
hipotensão + queda do sensório.
CONDUTA: Antibiótico (Ampiclina + Gentamicina + Metronidazol) + drenagem biliar.
Não grave – Responde bem a ATB e a drenagem é eletiva (feita na hora que puder)
Grave – Não responde bem a ATB e a drenagem é imediata
Obstrução baixa – Drenagem por CPRE
Obstrução alta – Drenagem transhepática percutânea
ATENDENDO UM CASO CLÍNICO:
1. Apresentar-se
2. Identificação: nome, idade, procedência.
3. Queixa principal: Tríade de charcot (febre – icterícia – dor hipocôndrio direito) ou Pêntade de
Reynold (tríade de charcot + hipotensão + confusão)
4. Lavar as mãos
5. Verificar peso, sinais vitais.
6. Exame Físico
7. Diagnóstico: Hemograma, PCR, Bilirrubina, Fosfatasa Alcalina, Gama-GT, AST, ALT, USG ou CPR.
8. Tratamento: Dieta Zero + Hidratação + Sintomático + Descompressão SNG + Cipro + Metro + CPRE
com papilotomia.
CASO CLÍNICO 9 – ABDOME PERFURATIVO:
Francisco de 41 anos de idade, atendido no Pronto atendimento com quadro de dor abdominal difusa,
intensa e de início súbito, com cerca de 3horas de evolução.
1) Realize a Anamnese direcionada do paciente.
PARTE I – ANAMNESE:
Apresentou-se ao paciente como médico
Solicita dados de informações do paciente (nome, idade, estado civil, profissão)
Investigou queixa e duração
Investigou a hematêmese (duração, frequência, intensidade)
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Investigou hematoquezia (duração, frequência, intensidade)
Investigou melena (duração, frequência, intensidade)
Investigou sintomas associados (dor abdominal, náuseas, vômitos prévios, diarreia, febre, parada
na eliminação de fezes e gases)
Investigou hepatopatias e seus fatores de risco (alcoolismo, obesidade, doenças imunológicas e
hepatites virais)
Investigou doença ulcerosa péptica e seus fatores de risco
Investigou Uso de algum medicamento? (AINE)
Indagou doenças prévias e atuais -> H. Pylori (tratamento, diagnóstico prévio) (DAR ANEXO 1).
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Ao exame encontrava-se pálido, face álgica,
sudorético, taquipnéico, apresentando abdome
difusamente doloroso com tensão aumentada.
Sigos vitais: FC 102 bpm, PA 110/60 mmHg e FR 25
Vômito: escasso / hematêmese (2 episódios)
INSPEÇÃO: normal
AUSCUTAÇÃO: ruídos hidroaéreos diminuídos
PERCUSSÃO: sinal de Jolbert (+)
PALPAÇÃO: leve resistência muscular, difusamente
doloroso com tensão aumentada e sinal de Blumberg (+)
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
ÚLCERA PÉPTICA ≥45 anos: EDA (se gástrica: biopsia e IBP 4- 8 semanas, Se H. pylori +:
Sintomas: Dispepsia: controle de cura) Claritro+amoxi+IBP por 7 dias com
Gástrica: piora logo com < 45 anos diagnóstico presuntivo Controle de cura H. Pylori após o
alimentação, ↑ suco gástrico. SEMPRE PESQUISAR H. PYLORI: tto!
Duodenal: piora 2-3 horas 1- Por endoscopia teste da uréase Cirurgia (em casos refratário ou
2- Teste da uréase respiratória (por não ser complicação aguda):
após alimentação, tempo da
invasivo, bom para Dx. e controle de cura) Tipo I: Antrectomia +
digestão.
3- Sorologia (Ñ serve para controle de cura) Reconstrução a Billroth I
Classificação de JOHNSON 4- Agente fecal.
Tipo II:Vagotomia troncular +
FORREST (Risco de resangramento)
Antrectomia Estendida com
I. SANGRAMENTO ATIVO (RISCO ALTO):
IA: Sangramento arterial Reconstrução à Billroth I ou II
IB: Sangramento Venoso “Babando” Tipo III: Vagotomia troncular +
II. HEMORRAGIA RECENTE: Antrectomia com Reconstrução à
IIA: Vaso visível não sangrante (Risco Alto) Billroth I ou II
IIB: Coágulo Aderido (Risco Médio) TipoIV: Gastrectomia Subtotal +
IIC: Hematina “ponto preto” (Risco Baixo) Reconstrução em Y de Roux
I-IV: Hipocloridríacas III. BASE CLARA S/ SANGRAMENTO OBS: A melhor vagotomia é a
II-III: Hipercloridríacas (Risco Baixo) Superseletiva (+ difícil de ser feita)
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
DIVERTÍCULO Esofagografia baritada <2cm: Miotomia
DE ZENKER (Padrão ouro) >2cm: Miotomia+pexia até 5cm
Disfagia, halitose, idoso OU ectomia
>3cm: EDA + diverticulotomia
DRGE É Clinico!!! / pHmetria (Padrão ouro) 1-Medidas antirefluxo:
Clinica: EDA: >45 anos Ou sinal de ALARME Evitar: álcool, tabagismo, café, chocolate,
Pirose/regurgitação (Perda de peso, anemia, deitar depois de comer.
odino/disfagia).
CA DE ESOFAGO Levantar cabeceira da cama.
COMPLICAÇÃO Barret biópsia:
Escamoso (EPIDERMOIDE) 2-IBP por 6-12 semanas (refratário 2x dose)
metaplasia intestinal.
F.R: Tilose Palmo-Plantar/ 3-Cirurgia (SE refratário, estenose, úlcera):
consumo de bebidas quentes Acompanhamento com EDA:
Fundoplicatura de Nissen (360:) Se
Avaliar T/N: USG endoscóp. Sem displasia EDA 2-3 anos
Esofago- manonometria (Ex. obrigatório
Avaliar M: PET scan Displasia de baixo grau EDA 6-12
tto curativo: Esofagectomia meses Pré-Op.): >30mmHg esôf. Distal e >60%
+ Linfadenectomia
Displasia de alto grau da ativid. Peristáltica
tto paliativo (T4b e/ou M1):
Stent / Radio/ Gastrostomia
Esofagectomia distal Se <30mm ou < 60 %:
Adenocarcinoma Invasivo CA, TNM DOR/THALL: parcial Anterior
e conduta TOUPET/LIND: parcial Posterior
Avaliar “T/N”: USG endoscópica/
(Não erradicar H. pylori!!!)
“M”: PET scan
CASO CLÍNICO 10 – SUTURA/FERIDA:
Paciente 23 anos, da entrada ao PS, com uma laceração superficial em antebraço esquerdo posterior,
por estilhaço de vidro, medindo aproximadamente 5cm, refere que o ferimento ocorreu há 2 horas,
durante seu trabalho em uma lanchonete. Já foi feita a antissepsia da ferida, bloqueio anestésico,
limpeza, constatando que não há corpos estranhos e colocação do campo cirúrgico.
Indique a conduta Realize a sutura:
ADENDO – SUTURA/FERIDA
INFUSÃO DO ANESTÉSICO
Deve ser feito com lidocaína 1% com ou sem vasoconstritor, o uso do vasoconstritor está indicado para
aumentar a duração do tempo anestésico, deve ser evitado em nariz, orelhas, órgãos genitais e
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
extremidades. Segundo O MS deve ser infundido no borde de fora do ferimento (pele sã), pois assim
diminuiria o risco de infecção, porém acabamos infundindo no tecido subcutâneo borde interno da
ferida, que oferece menos resistência a dor e não há um aumento significativo do risco de infecção, a
infusão deve ser feita aspirando a seringa antes de se infundir o AL para evitar a infusão intravascular
inadvertida. Não devemos nos esquecer de calcular a dose máxima do anestésico.
Sem vasoconstrictor: 4.5mg\kg dose máx. de 31,5ml (paciente de 70kg);
Com vasoconstrictor: 7mg\kg dose máx. de 49ml (paciente de 70kg).
LAVAGEM, INSPEÇÃO E DESBRIDAMENTO
Após a infusão do anestésico, a laceração deverá ser lavada com solução fisiológica ou mesmo com
água corrente. Você pode lançar mão de uma seringa de 50ml para direcionar o jato e efetuar uma
irrigação mais eficaz. Lave o ferimento até que o mesmo fique limpo, não importando a quantidade de
solução fisiológica utilizada até esse momento. Com o corte preparado, troque as luvas de
procedimento para luvas estéreis, aplique o campo cirúrgico e com a pinça anatômica explore a ferida
em busca de corpos estranhos e lesões graves que podem ter passado desapercebidas em um primeiro
momento (lesão arterial, rotura de tendões, exposição óssea, etc.). Com auxílio de um bisturi ou uma
tesoura, retire todo o tecido necrótico e inviável. Pode ser feita a degermação, lembrando se você usa
clorexidina degermante vai usar depois a clorexidina alcoólica(tópica), se usar povidine degermante vai
usar depois o povidine tópico, não podem ser misturados clorexidina com povidine. Agora a ferida
estará pronta para a realização da sutura.
ESCOLHA DA NÚMERAÇÃO DO FIO NYLON CONTRAINDICAÇÃO DE SULTURA
SEGUNDO A REGIÃO DA LESÃO
Pálpebra: nylon 6-0; Sem tecido para aproximação;
Face: nylon 5-0; Infecção /abscesso;
Tronco: nylon 4-0; Couro e face tempo superior a 24h;
MMII\MMSS: nylon 4-0; Corpo e membros superiores a 6h;
Couro cabeludo: nylon 2-0. Mordeduras (se em mordeduras de grande laceração
deve ser feita apenas aproximando os bordes).
CUIDADOS EM GERAL
Uso de ATB deve ter um bom senso em ferida comum, sendo sempre indicado em mordeduras:
amoxicilina clavulanato.
Nas feridas por queimaduras, antes da limpeza deve ser feito analgesia com opioides, uso de ATB
deve ser tópico, sulfadiazina de prata.
Todo ferimento não devemos nos esquecer da profilaxia para tétano e em casos de mordedura
tétano e raiva. Profilaxia para tétano:
Hist. Vacinal menor a 3doses: vacina (tanto ferida de alto ou baixo risco)
Hist. Vacinal ≥3d: não vacina, se ultima dose maior a 10 anos, reforço
Ferida de alto risco e última dose maior a 5 anos: reforço
Ferida de alto risco e ultima dose menor a 5 anos: não faz nada
Ferida de baixo risco e dose maior a 5 anos: não faz nada
Ferida de baixo risco e dose menor a 5 anos: não faz nada
Retirada dos pontos dependerá do local, face 3-4 dias e tórax e abdome 8-10 dias.
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O candidato explicou o procedimento ao paciente e pediu sua permissão?
O candidato mencionou manter o paciente na posição de trendelemburg?
O candidato colocou o gorro e a máscara antes de se escovar?
O candidato manifestou a necessidade de degermação das mãos?
O candidato realizou corretamente a colocação da roupa cirúrgica estéril (capote) e calçou as
luvas estéreis sem contaminar?
O candidato posicionou ao lado do paciente?
O candidato manifestou a necessidade de antissepsia do local da punção?
O candidato mencionou a necessidade de colocação de campos estéreis sobre o paciente?
O candidato mencionou anestesiar o sítio da punção com lidocaína 2% sem vasoconstritor,
mencionando aspirar antes de injetar o anestésico?
O candidato conectou a agulha no kit de punção à seringa?
O candidato mencionou o triângulo de punção e introduziu no ápice com uma angulação a 20-
30º da pele, apontando ao mamilo ipsilateral, ao mesmo tempo a outra mão estava palpando a
carótida? (caso tenha escolhido a jugular interna)
O candidato mencionou e localizou o ponte médio da clavícula e introduziu a agulha 2-3cm
abaixo, apontando em direção à fúrcula esternal, enquanto a mão não dominante estava sobre
a clavícula e a fúrcula esternal?(caso tenha escolhido a subclávia)
O candidato realizou com êxito a punção?
O candidato realizou a técnica de seldinger para inserção do guia e colocação do cateter?
O candidato conectou o cateter a um equipo de soro?
O candidato realizou colocou o fixador borboleta de fixação, realizou uma nova anestesia e fixou
com ponto com fio mononylon 4-0?
O candidato solicitou uma radiografia de tórax para checar posicionamento do cateter e
possíveis complicações?
ADENDO – PUNÇÃO VENOSA CENTRAL
INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
Pacientes graves com instabilidade hemodinâmica; Pacientes com distúrbios da
Necessidade de aferição da PVC e da saturação venosa central de O2; hemostasia (objetivas INR menor
Manejo hidroeletrolítico; a 1.5, atividade de protombina
Hemotransfusão e infusão de drogas durante grandes cirurgias; maior a 50%, PTT menor a 55s,
Infusão rápida de drogas, líquidos e hemocomponentes; plaquetas maior a 50.000);
Uso de drogas irritantes ou indutoras de vasoespasmo; Queimadura ou infecção local;
NPT; Trauma local da anatomia;
Falência de acesso venoso periférico; Trombose prévia local.
Implante de marca-passo transvenoso;
Cateterismo cardíaco e angiografia pulmonar e monitorização
cardíaca.
MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A PUNÇÃO VENOSA PROFUNDA
1. Kit de punção venosa profunda: deverá ser aberto por seu assistente apenas no momento do uso.
Sua composição varia de acordo o fabricante, mas o básico de todo kit é: seringa, agulha, dilatador,
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bisturi, borboletas de fixação, guia e cateter.
2. Além do kit de punção, são necessários:
Capote, luvas e campos estéreis;
Gorro, máscara, óculos de proteção;
Material de degermação e antissepsia(clorexidine ou polvidine, lembrando que sempre um
ou outro e degermante primeiro depois tópico);
Kit estéril para antissepsia com gaze, cuba e pinça própria (ex: foerster, cheron);
Anestésico local, agulha 22G e seringa 5-10ml para anestesia;
Porta agulha estéril e fio inabsorvível para fixação de cateter (mononylon 4-0);
Tesoura reta.
PUNÇÃO DA VEIA JUGULAR INTERNA
A veia localiza-se lateralmente à artéria carótida comum. No seu percurso pela região cervical, ela
atravessa um trígono formado pelas porções clavicular e esternal do musculo esternocleidomastoide
(ECOM), além da própria clavícula. É no ápice desse triangulo que tentaremos a punção venosa.
Devemos dar preferência à punção da jugular interna direita pelo menor risco de lesão da cúpula
pleural e impossibilidade de lesão do ducto torácico, embora tais riscos sejam muito baixos neste
procedimento. Preparo do paciente e posicionamento, degermação e antissepsia e instalação do
cateter com a técnica de seldinger:
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PUNÇÃO DA VEIA SUBCLÁVIA
A veia subclávia é uma continuação da veia axilar, estendendo-se da borda lateral do 1º arco costal até
sua união com a jugular interna, quando forma a veia braquiocefálica ou inonimada. Seu curso próximo
à borda inferior da clavícula torna a subclávia um ótimo sitio para punção venosa profunda, contudo
existe o risco de punção da artéria subclávia, que passa atrás da veia, separada da mesma apenas pelo
musculo escaleno anterior. O risco de complicações de uma punção arterial aqui é maior do que na
carótida, já que, neste caso, não teremos como comprimir diretamente a artéria. Outro cuidado é com
a pleura, que em alguns pontos chega a cerca de 5mm da veia subclávia, acarretando considerável risco
de pneumotórax. Devemos dar preferência à punção da subclávia direita pelo menor risco de lesão da
cúpula pleural (pneumotórax) e impossibilidade de lesão do ducto torácico (que passa a esquerda).
Preparo do paciente e posicionamento, degermação e antissepsia e instalação do cateter com a técnica
de seldinger.
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PARTE III – PRESCRIÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO CASO:
Prescreve ATB adequado (cefalexina oral ou outra celalosporina de 1ª geração/2ª opção:
eritromicina oral)
Orienta a realização de curativo diário
Orienta a aplicação de compressas mornas
Prescreve vacina antitetânica
Informa sobre a evolução do quadro: flutuação, drenagem purulenta, piora do quadro febril,
linfadenite (pelo menos 2 dos citados)
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CASO CLÍNICO 13 – HERNIA INGUINAL:
Paciente Joaquim, 36 anos de idade vem ao ESF com queixa de sensação de peso na região inguinal
direita, acompanhada de dor moderada aos esforços.
Faça a avaliação diagnóstica, diagnóstico diferencial e Conduta Terapéutica:
Cumprimentou o paciente e apresentou-se como médico.
Realiza anamnese com atenção ao paciente (a dor começou a uns 6 meses junto com a
sensação de peso na região inguinal direita, profissão de pedreiro, sem outras comorbidades)
Lavou as mãos e calçou luvas.
Realiza o exame físico inicial com paciente em pé, em repouso e com manobra de valsalva
(abaulamento na região inguinal).
Realiza o exame físico com paciente deitado pela manobra- pela bolsa escrotal introduz o
dedo no anel inguinal externo em direção ao interno e pede para realizar valsalva (toca a
polpa do dedo).
Pesquisou a presença de hérnia contralateral.
Identificou o diagnostico de Hérnia inguinal direta à direita.
Citou diagnostico diferencial (mínimo três: hidrocele, adenite inguinal, varicocele, lipoma,
hérnia femoral, epididimite, hematoma).
Indicou tratamento cirúrgico.
Explicou ao paciente sobre a conduta expectante e suas possíveis complicações.
Perguntou ao paciente se tinha alguma duvida.
ADENDO
ESTRANGULADA
Emergência cirúrgica (Solicitar avaliação e conduta do cirurgião)
ENCARCERADA
Referem dor aguda e intensa na região inguinal após alguma situação de aumento súbito da pressão
intra-abdominal e abaulamento irredutível. Excluída a presença de estrangulamento ou de obstrução
intestinal, devemos tentar a redução manual incruenta do saco herniário. No caso de dificuldade, fazer
analgesia e trendelenburg. Caso se mostre irredutível indicar tratamento cirúrgico de urgência
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Removeu a roupa do paciente , irrigou a área queimada copiosamente com água a temperatura
ambiente ou solução fisiologica
Retirou joias e anéis.
Colheu informações referentes a antecedentes relevantes para o tratamento (alergias, remédios,
doenças previas, eventos relacionados, ultima refeição)
Avaliou corretamente o grau das lesões, identificando como de 2 e 3 graus.
Calculou corretamente a área queimada (18% tronco anterior, 4,5% da face anterior do braço
direito, 4,5% da face anterior do braço esquerdo, 9% da face anterior da coxa direita =36%)
Realizou o tratamento inicial da dor indicando soro sobre as lesões e analgésicos
Orientou a cobertura das lesões com compressas estéreis e secas.
Indicou a passagem de uma sonda vesical de Foley para medida de diurese horária 0,5ml kg hora
Calculou o volume de reposição volêmica pela formula de Parkland (2 a 4 ml x % SCQ x Peso :
Infundir 50% do volume nas primeiras 8 horas e 50% nas 16 horas seguintes)
Indicou internação ou remoção para um Centro de queimados após estabilização
Indicou uma dose de reforço do toxoide tetânico (0,5 ml)
ADENDO – QUEIMADURA
Fórmula de Parkland 4ml x peso x S.C.Q ½ 1ª 8 horas e a outra ½ nas 16h restantes (diurese ≥
(HOSPITAL) 0,5ml/Kg/h)
Fórmula de Reposição Peso x SCQ ÷ 8 = ml/h (usar Ringer Lactato)
de Vol. Atenção 1ª (essa fórmula é utilizada no momento do 1º atendimento até ao hospital)
A- Fornecer O2 (Intubar?)
B- Complicações Respiratória
Conduta C- Hidratação Venosa (+importante)
D- Consciente?
E- S.C.Q
Queimadura de Forçar diurese > 2ml/kg/h + alcalinização urinária (bicarbonato)
4ºGrau -Rabdomiólise (Sd. Compartimental: Fasciotomia)
Queimaduras químicas Lavar com água abundante, até pH da pele >7,5 (15-20 litros de água).
Lesão térmica das VAS Rouquidão, hiperemia de orofaringe, queimaduras de face e pescoço: Intubação
orotraqueal precoce.
Lesão pulmonar por Sibilos, escarro carbonáceo, Insuf. Respiratória NBZ com broncodilatadores:
inalação da fumaça Berotec + Atrovent.
ABCDE
Analgesia (Opioide)
Antitetânica
Fazer curativo com sulfadiazina de prata (troca diária)
Cuidados em geral Explorar a ferida e realizar desbridamento da queimadura se necessário
Avaliar necessidade de enxertos
1ºG: Limpeza+Alnalgesia sulfadiazina prata
2ºG:Anterior+Desbridamento+Curativo+ATB
3ºG: Anterior+Enxerto (sd.comp: Escarotomia)
Intoxicação por cianeto Tto: Hidroxicobalamina + tiossulfato de sódio
Intoxicação por CO Tto: aumentar FIO2
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GINECOLOGIA
E
OBSTERÍCIA
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CASO CLÍNICO 1 – PRÉ-ECLAMPSIA:
Julia 36 anos de idade, 32 semanas de gestação, primigesta apresenta ao PSF com queixa de dor de
cabeça e inchaço nas pernas. Exame Físico: PA : 140/90 mmhg, Edema de membros inferiores.
Exames complementares: Plaquetas 100,000, Creatinina 1,4 mg/dl, Proteinuria 500 mg/24 h
Faça o atendimento da paciente, de o diagnóstico e respectiva conduta.
Recebe a paciente, cumprimentando-a e identificando-se como médico
solicita cartão da gestante
lavado de mãos
Realiza anamnese demonstrando atenção com a paciente (cefaleia a 1 semana, no cartão apresenta a
ultima PA de 130/80)
Identifica a cefaleia como queixa relacionada a pré-eclampsia
Identifica o edema de membros inferiores como sinal relacionado com a PE
Identifica a Hipertensão arterial como achado relacionado com a PE
Interpreta corretamente os exames complementares, destacando o comprometimento renal
incipiente e a plaquetopenia
Informa a suspeita do diagnostico de pré-eclampsia
Explica adequadamente a paciente a sua condição, que se trata de uma patologia do ultimo trimestre
Encaminha a paciente para atendimento em serviço com emergência obstétrica
Demonstra empatia com a situação da paciente
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HAS + pré- eclampsia
HIPERTENSÃO GESTACIONAL
PA ≥140x90 sem proteinúria após 20 semanas de gestação
CASO CLÍNICO 2 – SÍFILIS
Michele, 23 anos, comparece à UBS para consulta ginecológica, queixando-se de apararição de lesões
em genitália
Realise a anamnese e exame físico direcionados; de o diagnóstico e a devida conduta.
APRESENTAÇÃO
Identificar-se e cumprimentar a paciente
Solicitou identificação (nome, idade, estado civil, procedência)
Ouviu atentamente a queixa da paciente, sem interrompe-la
ANAMNESE
Investigou início (onde dói, tipo de dor, duração, irradiação, fatores que agravam/atenuam a
dor), características do sintoma, evolução, relação com outras queixas
Investigou doenças preexistentes, uso medicamentos
Interrogatório sintomatológico -> ciclo menstrual, corrimento, PCCU, disúria (cor, odor), quantos
parceiros, gestação, aborto
Investigou antecedentes pessoais/familiares (tabagismo, álcool, drogas)
Investigou hábitos de vida -> atividade sexual/preservativo
EXAME FÍSICO
Controlou dos signos vitais
Inspecionou pele/olhos/olhos -Sobrancelhas (madarose?) /mucosas oral (placas
mucosas)/cabeça (alopecia)
Exame ginecológico: MAMA/ABDOME/GENITÁLIA: inspeção, especulo, toque (buscando lesões,
caracteríscas, corrimento, cheiro, aspecto, sensibilidade)
Coletou adequada de material nas lesões recentes (fases primária e secundária) técnica de
microscopia em campo escuro ou pela Imunofluorescência direta
DIAGNÓSTICO
Solicitou estudo em Técnica de microscopia em campo escuro ou pela Imunofluorescência
direta
Solicitou VDRL / FTA- Abs
CONDUTA / TRATAMENTO
Informa adequadamente que a paciente possui sífilis
Explicou a respeito da transmissão sexual e investiga sobre múltiplos parceiros, convocando-o
para uma consulta indagando a necessidade do diagnóstico (VDRL e tratamento de ambos)
Prescreveu PNC BZT 2.400.000 UI IM - dose única
Orientou sobre abstinência sexual e importância do uso de preservativo
Orientou retorno
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Realizou Notificação Compulsória da doença
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Investigou antecedentes sexuais (Refere novo parceiro sexual há 2 meses)
Investigou antecedentes obstétricos ( Nulígesta)
Investigou uso de anticonceptivos (Faz uso regular de anticoncepcional combinado oral)
Realizou exame físico geral (aferiu PA, FC, FR, asculta, palpação, percussão...)
Lavou as mãos e calcou luva
Realizou inspeção da vulva, distribuição dos pelos e características da lesão - demonstrou lesões
ulcerosas bilaterais dolorosas de pequenas dimensões
Realizou a Palpação de linfonodos (linfonodos não palpáveis)
Realizou exame especular (vagina rugosa, elástica e colo fechado posterior)
Realizou toque bimanual (sem alteração)
Diagnosticou como Herpes genital
Indicou Aciclovir 400 mg VO 3 x ao dia por 7 a 10 dias
Convocou o parceiro
Orientou sobre as DST e como prevenir
Perguntou se a paciente tinha duvidas
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2º Microscopia Direta (Exame a Fresco)
3º Teste do pH (normal 4 – 4,5)
4º Teste das Aminas com KOH10% (testes de Whiff)
VULVOVAGINITE
DOENÇA DIAGNOSTICO TRATAMENTO
AGENTE
3 dos 4 CRITÉRIOS de AMSEL: Metronidazol 400-500mg VO 12/12h por 7 dias
VAGINOSE Secreção branco-acinzentada, fina; Não tratar o Parceiro
Gardnerella homogêneo com odor fétido Pode usar Metro na Gestante
vaginalis Clue Cells ou “células Alvo” Evitar álcool (ef. Antabuse)
(Não é DST) pH > 4,5 Metro ou Clinda tópicos como Alternativos
Teste das Aminas +
Secreção Branca Grumosa (“Leite em Creme Imidazólico local por 7-14 noites:
CANDIDÍASE Nata”) Clotrimazol (7noites) Ou
Candida Pseudo-Hifas (exame a fresco) Nistatina (14 noites)
albicans pH < 4,5 Não tratar o parceiro (só sintomático)
(Não é DST) Teste das Aminas Negativo Fluconazol 150mg VO (DU)
Candidíase de repetição: Fluconazol 150mg VO
Secreção Amarelo-esverdeada Bolhosa Metronidazol 400-500mg VO 12/12h por 7 dias
TRICOMO- Colo “Framboesa/morango” Convocar e tratar o Parceiro
NÍASE Lugol: Aspecto “tigroide/Pele de Onça” Rastrear outras DSTs
Trichomona Protozoário móvel Pode usar Metro na Gestante
vaginalis pH > 5 Evitar álcool (ef. Antabuse)
(É uma DST) Teste das aminas + Pode usar Metro ou Clinda tópicos como Alternativos
CERVICITE/URETRITE
AGENTES DIAGNOSTICO TRATAMENTO
GONOCOCO Corrimento Cervical muco- P/ GONOCOCO:
Neisseria purulento Ceftriaxone 250mg IM (DU) Ou Cipro 500mg VO (DU)
gonorrhoeae Colo Hiperemiado, Friável P/ CLAMÍDIA:
diplococo Gram - Sinusorragia/ Disparunia Azitromicina 1g VO (DU) Ou Doxiciclina 100mg VO
(É uma DST) Bacterioscopia/Gram 12/12h por 7d
CLAMÍDIA Cultura p/ gonococo Convocar e tratar o Parceiro
Chlamydya (Thayer-Martin ou New- Rastrear outras DSTs
trachomatis York) Se Gram/Cultura Neg. p/ gonococo Tratar somente
(É uma DST) COMPLICACÃO: DIP Clamídia
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP)
AGENTES 1º DIAGNOSTICO TRATAMENTO
3 CRITÉRIOS MAIORES AMBULATORIAL (P/ MONIF 1):
GONOCOCO (MÍNIMOS): Ceftriaxone 250mg IM (DU) + Doxicilina 100mg VO
e Dor hipogátrica 12/12h por 14 dias ± Metronidazol 400-500mg VO
CLAMÍDIA Dor anexial 12/12h por 14d
Dor a mobilização do colo OBS: Tratar HIV + Igual pessoa comum
Mais Tardiamente HOSPITALAR (P/ MONIF > 1):
POLIMICROBIANA 1 CRITÉRIO MENOR Clindamicina 900mg IV 8/8h + Gentamicina
(ADICIONAIS): 240mg/dia EV
COMPLICAÇÃO: Febre OBS tto Hospitalar tbm se:
Sd. Fitz-Hugh-Curts Leucocitose Imunodeprimida (CD4<200) c/ ou s/ complicações
(aderência do VHS/ PCR Gestante
fígado e parede Cervicite Sem melhora após 72h de ATB ambulatorial
abdominal com OU CLASSIFICAÇÃO DE MONIF: + Lavagem
aspecto em “corda 1 CRITÉRIO ELABORADO: Estagio 1: sem peritonite: AMB
de violino”) Exaustiva
Biópsia Endometrite Estagio 2: com peritonite: HOS
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Laparoscopia DIP Estagio 3: Oclusão da Trompa/ Abscesso TO:
Abscesso Tubo-Ovariano HOS+CIRURGIA
Abscesso Fundo Saco Douglas Estagio 4: Abscesso >10cm ou roto HOS+CIR
ULCERAS
DOLOROSAS NÃO DOLOROSAS FISTULIZAÇÃO DE LINFONODO
1- Herpes Simplex 1- Sífilis 1- Cancro Mole Único Orifício
2- Cancro Mole 2- Donovanose 2- Linfogranuloma Múltiplos Orifícios em “bico de Regador”
3- Linfogranuloma
HERPES SIMPLEX
DIAGNÓSTICO: É CLÍNICO TRATAMENTO
Vesículas e Úlceras superficiais, dolorosas de bordes bem definido com fundo limpo Aciclovir
Adenopatia dolorosa que não fistuliza 400mg 3x/dia por 7-10 d
Citologia de Tzanck/Sorologia viral (recorrente por 5 dias)
CANCRO MOLE (Haemophilus ducreyi)
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Múltiplas úlceras dolorosas, profundas, borde irregular, fundo sujo Azitromicina 1g VO (DU)
Adenopatia dolorosa que pode fistulizar por um orifício
LINFOGRANULOMA (Chlamydia trachomatis L1; L2 e L3)
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
Pápula/Úlcera Indolor Azitromicina 1g VO (DU)
Adenopatia dolorosa que fistuliza por múltiplos orifícios
SÍFILIS (Treponema pallidum)
DIAGNOSTICO TRATAMENTO
FORMAS CLÍNICAS: PRIMARIA:
1- Primária Cancro Duro (úlcera única brilhante Penicilina Benzatina 1x 2,4 milhões IU IM
indolor que some) SECUNDÁRIA:
2- Secundária Condiloma Plano; Roséola Sifilidis; Penicilina Benzatina 2x 2,4 milhões IU IM (semanal)
Madarose (perda do final da sobrancelha) TERCIARIA/LATENTE TARDIA/INDETERMINADA:
3- Terciaria Gomas; Tabes Dorsales; Aneurisma Penicilina Benzatina 3x 2,4 milhões IU IM (semanal)
Aórtico; Artropatia de Charcot Convocar e tratar o parceiro
SOROLOGIA: Notificação Compulsória
VDRL FTA-Abs Interpretação OBS EM GESTANTE:
Teste Ñ Teste Alergia a Penicilina faz desensibilização
Treponemico Treponemico Penicilina se manter alergia Estearato de
Ñ é Sífilis Ou Eritromicina
Janela Imunológica VDRL ≥ 1:8 TTO
Sífilis Precoce Ou VDRL ˂ 1:8 Pedir FTA-Abs, na falta Trata!!!
Curada CONTROLE VDRL Mensal e deve cair os títulos
VDRL falso-Positivo
Sífilis Ñ tratada Ou
tratada recente
DONOVANOSE (Calymmatobacterium granulomatis “Klebsiella”)
DIAGNOSTICO TRATAMENTO
Úlcera PROFUNDA Indolor e CRÔNICA Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 21dias ou até
BiópsiaCorpúsculos Donovan desaparecer a úlcera
CONDUTA HIV NA GESTAÇÃO = NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA!
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≥34 sem + carga viral ≥1000 Ou Desconhecia Ou ≥34 sem + carga viral ˂ 1000
não usa TARV combinada
1- VIA DE PARTO Cesariana Eletiva!!! Pra ser Eletiva: VIA DE PARTO Avaliar Parto Vaginal
Fora de trabalho de parto (até 3-4cm de dilatação) O que não fazer durante o Parto:
Bolsa Integra (até 2h de bolsa rota) Não romper a bolsa (+ Importante)
2- AZT (zidovudina) EV pelo menos 3h antes da cirurgia e Não usar Fórceps
manter até clampeamento do cordão Não fazer Episiotomia
CASO CLÍNICO 5: PRÉ – NATAL:
Florisbela, 22 anos, chega a sua primeira consulta pré-natal referindo data da última menstruação
12/09/2015, e que sabe que está grávida porque já está sentindo náuseas, sabe que seus seios
aumentaram de tamanho, e há 5 dias saiu um sangramento escuro e em pequena quantidade, como
havia sido na sua última gravidez.
1- Faça Anamnese, Exame Físico, Recomendações, Conduta.
2- Ela saber quando pode saber o sexo do bebê porque já tem uma menina e gostaria de ter um menino.
3- Ela também quer saber se esse tempo de consulta pode ser descontado do seu salário porque ela não
pode perder nenhum valor de seu salário mensal, e quando pode tirar licença maternidade, por que na
última gravidez ela não tinha trabalho com carteira assinada, e agora precisa conhecer seus direitos.
PARTE I: IDENTIFICAÇÃO:
Apresenta-se para paciente como médico
Solicita a identificação da paciente (nome completo, estado civil, profissão/trabalho, nível de
instrução – pelo menos 3)
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Pergunta sobre a ocorrência de, pelo menos DOIS dos seguintes sintomas ou intercorrências na
gestação atual: queixas urinárias, náuseas, vômitos, sangramento, cólicas, cefaleia e corrimento
vaginal
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Agendar retorno para 30 dias
PARTE V: ATITUDE:
Interação respeitosa e empática com a paciente
Confirma se há entendimento quanto às orientações.
ADENDO PRÉ-NATAL
Deve ser iniciado nos primeiros 120 dias da gravidez, é um instrumentos capaz de detectar doenças que
podem minimizar as consequências tanto para mãe como para o feto.
DIAGNÓTICO DE GRAVIDEZ
Investigar: características do ciclo menstrual, tempo de atraso, utilização de métodos anticoncepcionais,
passado obstétrico
Clínica: Naúseas, sialorreia, sensibilidade álgica mamária, polaciúria, constipação intestinal, tonteiras,
sonolência ou fadiga.
Exame físico: Cloasma gravídico, linha nigra, sinal de Halban
Mamas – tubérculos de Montgomery, rede de Haller, sinal de Hunter
Abdome – aumento do volume
Sinais obstétricos – sinal de Hatman, Hegar, Osiander, Hozapfel, Piskacek, Nobile-Budin, Goodel,
Jacquemier, Kluge, Puzos, percepção das partes e movimentação fetal.
Laboratorial e Imagem: Ausculta dos batiemtnos cardíacos, beta-hCG, USG transvaginal.
NÚMERO IDEAL DE CONSULTAS NO PRÉ-NATAL
1ro trimestre = 1 consulta
2do trimestre = 2 consultas
3ro trimestre = 3 consultas
Mínimo exigido = 6 consultas
PRIMEIRA CONSULTA
ANAMNESE EXAME FÍSICO GERAL EXAME FÍSICO EXAMES SOLICITADOS
deve-se pesquisar: ESPECÍFICO
1-Aspectos socioepidemiológicos, Inspeção da pele e das Palpação obstétrica; Tipagem sanguínea
2-Anteced. Familiares, mucosas; Medida e valiação da + Rh (1ra consulta)
3-Anteced. Pessoais , Sinais vitais: aferição do altura uterina; Hemograma (1ra
4-Ginecológicos obstétricos pulso, frequência Ausculta dos consulta)
5-Situação da gravidez atual. cardíaca, frequência batimentos Glicemia de Jejum
Principais listados abaixo: respiratória, cardiofetais; (1ra consulta e 30ª
DUM (preciso); temperatura axilar; Registro dos semana)
Regularidade dos ciclos; Palpação da tireoide, movimentos fetais; EAS (1ra consulta e
Uso de anticoncepcionais; região cervical, Teste de estímulo 30ª semana)
Paridade; supraclavicular e axilar sonoro simplificado Urinocultura
Intercorrências clínicas, obstétricas (pesquisa de nódulos ou (Tess) (bacteriúria
e cirúrgicas; outras anormalidades); Exame clínico das assintomática)
Detalhes de gestações prévias; Ausculta mamas VDRL (1ra consulta
Hospitalização anteriores; cardiopulmonar; Exame ginecológico + 30ª semanas +
Uso de medicações; Exame do abdome; (inspeção dos genitais Parto)
História prévia de doença Exame dos membros externos, exame HIV (1ra consulta +
sexualmente transmissível; inferiores; especular, coleta de 30ª semanas + parto
Exposição ambiental; Determinação do peso; material para exame HBsAg (30ª
Reações alérgicas; Determinação da altura; colpocitopatológico, semanas)
História pessoal ou Cálculo do IMC; toque vaginal). Toxoplasmose
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familiar de doenças Avaliação do estado (1Consulta)
hereditárias/malformações; nutricional e do ganho de Colpocitologia
Gemelaridade anterior; peso gestacional; (exocervical)
Fatores socioeconômicos; Medida da pressão EPF (Para baixo
Atividade sexual; arterial; nível
Uso de tabaco, álcool, ou Pesquisa de edema socioeconômico)
outras drogas lícitas ou ilícitas; (membros, face, região USG (não é
História infecciosa prévia; sacra, tronco) obrigatória se
Vacinações prévias; disponível)
História de violências.
MNEUMÔNICO EXAMES SOLICITADOS
1ª CONSULTA “TESTAAR” REPETIR NA 30ª SEMANAS
Tipagem e Rh Hemograma
EAS e urinocultura VDRL
Sexuais (HIV, VDRL) HIV
Toxoplasmose Realizar HBsAg
Anemia (hemograma) Glicemia Jejum
Açucar EAS
Repetir Urinocultura
CONDUTAS GERAIS
Deve Interpretar dos dados da anamnese, exame clínico/obstétrico e a instituição de condutas
específicas;
Deve-se orientar a gestante sobre a alimentação e o acompanhamento do ganho de peso gestacional;
Deve-se incentivar o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses;
Deve-se fornecer todas as informações necessárias e respostas às indagações da mulher, de seu
companheiro e da família;
Deve-se prescrever suplementação de sulfato ferroso (40mg/fe elementar/dia) e ácido fólico (5mg/dia)
para profilaxia da anemia;
Deve-se orientar a gestante sobre os sinais de risco e a necessidade de assistência em cada caso;
Deve-se referenciar a gestante para atendimento odontológico;
Deve-se encaminhar a gestante para imunização antitetânica (vacina dupla viral), quando a paciente não
estiver imunizada;
Deve-se referenciar a gestante para serviços especializados quando o procedimento for indicado.
Entretanto, mesmo com referência pra serviço especializado, a mulher deverá continuar sendo
acompanhada, conjuntamente, na unidade básica de saúde.
CONSULTAS SUBSEQUENTES
ANAMNESE ATUAL SUCINTA:
Deve-se enfatizar a pesquisa das queixas mais comuns na gestação e dos sinais de intercorrências
clínicas e obstétricas com o propósito de se reavaliar o risco gestacional e de se realizar ações mais
efetivas;
Exame físico direcionado (deve-se avaliar o bem-estar materno-fetal);
Verificação do calendário de vacinação;
Deve-se avaliar o resultado dos exames complementares;
Devem ser feitas a revisão e a atualização do cartão da gestante e da ficha de pré-natal.
ALÉM DISSO, DEVEMOS EXECUTAR AS SEGUINTES TAREFAS:
CONTROLE MATERNO:
Cálculo e anotação da idade gestacional;
Determinação do peso e cálculo do índice de massa corporal (IMC) – anote no gráfico e realize a
avaliação nutricional subsequente e o monitoramento do ganho de peso gestacional;
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Medida da pressão arterial (observe a aferição da P.A. com técnica adequada)
Palpação obstétrica e medida da altura uterina (anote os dados no gráfico e observe o sentido da curva
para avaliação do crescimento fetal)
Pesquisa de edema
Exame ginecológico, incluindo das mamas, para observação do mamilo.
CONTROLE FETAL:
Ausculta dos batimentos cardiofetais
Avaliação dos movimentos percebidos pela mulher e/ou detectados no exame obstétrico/ registro dos
movimentos fetais
Teste de estímulo sonoro simplicado (Tess), se houver indicação clínica
CONDUTAS:
Interpretação dos dados da anamnese e do exame clínico/ obstétrico e correlação com resultados de
exames complementares;
Avaliação dos resultados de exames complementares e tratamento de alterações encontradas ou
encaminhamento, se necessário;
Prescrição de suplementação de sulfato ferroso (40mg de Fe elementar/dia) e ácido fólico (5mg/dia),
para profilaxia da anemia;
Oriente a gestante sobre alimentação e faça o acompanhamento do ganho de peso gestacional;
Incentive o aleitamento materno exclusivo até os seis meses;
Oriente a gestante sobre os sinais de risco e a necessidade de assistência em cada caso;
Faça o acompanhamento das condutas adotadas em serviços especializados, pois a mulher deverá
continuar a ser acompanhada pela equipe da atenção básica;
Proceda á realização de ações e práticas educativas individuais e coletivas;
Faça o agendamento das consultas subsequentes.
LICENÇA MATERNIDADE/ PATERNIDADE
O homem tem direito a 5 dias úteis de licença-paternidade para estar mais próximo do RN e ajudar a
mãe nos processos pós-operatórios.
PERÍODO DE PERCEPÇÃO:
O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante cento e vinte dias, com início
vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto, podendo ser prorrogado.
VALOR:
O salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda mensal igual à sua
remuneração integral.
NOTIFICAÇÃO AO EMPREGADOR
A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do
afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28o dia antes do parto e a ocorrência deste.
PARTO ANTECIPADO:
Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 dias previstos na Lei.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
II – dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis
consultas médicas e demais exames complementares.
INÍCIO DE AFASTAMENTO:
O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será determinado com base em atestado
médico ou certidão de nascimento do filho.
PAGAMENTO DO SALÁRIO-MATERNIDADE:
Para os benefícios requeridos a partir de 01.09.2003, tendo em vista a vigência da Lei 10.710/2003, cabe
à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante.
CARTÃO DA GESTANTE
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CASO CLÍNICO 6 – PAPANICOLAU:
Maria 32 anos, vem a consulta ginecológica de rotina, casada, G1 P1 A0.
Faça o Papanicolau:
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ADENDO – EXAME COLPOCITOLÓGICO (PAPANICOLAU)
Lembrando que pela idade da paciente o MS não indica rastreamento clinico para mamas, tão pouco
mamográficos.
O rastreamento clinico de mamas segundo MS esta indicado para mulheres acima de 40 anos de
forma anual, o rastreamento mamográfico esta indicado apenas para pacientes acima de 50 anos e
max. 69 anos, sendo realizados anuais max. de 2 em 2 anos.
Resultados do exame colpocitológico:
LIE-BG (LSIL): repetir em 6 meses se tiver mais de 20 anos. E em 12 meses em menores a 20 anos.
ASC-US: repetir em 6 meses se a mulher tiver mais de 30 anos e em 12 meses de menor a 30 anos.
ASC-H: colposcopia
AGC (AGUS): colposcopia e avaliar canal
LIE-AG (HSIL): colposcopia
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA CITOLOGIA
ASC-US: atipias de significado intederminado.
ASC-H: células escamosas atípicas de significado indeterminado em que não pode afastar lesão de
alto grau.
LIE-BG: lesão de baixo grau oncogênico (1%), deve ser encarada expressão de uma infecção pelo HPV
sem potencial oncogênico.
LIE-AG: lesão de alto grau oncogênico.
MEMORIZE – INDICAÇÕES DE COLPOSCOPIA
Resultado citológico de LIE-BG
Duas citologias consecutivas com resultado citológico de ASC-US
Duas citologias consecutivas com resultado citológico de LIE-BG
Resultado citológico ASC-H
Resultado citológico de AGC (antigos AGUS), o canal cervical tem que ser obrigatoriamente avaliado
Pacientes imunossuprimidas (HIV positivas, usuárias crônicas de corticoides) com lesões intraepteliais
de baixo grau na citologia.
COLPOSCOPIA
Teste com ácido acético: o ácido acético coagula as proteínas citoplasmáticas do epitélio alterado.
Portanto quanto mais proteínas, mais esbranquiçada fica a lesão.
Teste de Schiler: consiste na embrocação do colo uterino com uma solução iodo-iodetada (lugol). A
finalidade deste teste é identificar áreas de epitélio escamoso desprovidas de glicogênio, que
assumira, tonalidade suave de amarelo, denominado “amarelo-mostarda” com limites nítidos e
contornos caprichosamente recortados à semelhança de mapa geográfico. Em contraposição, o
restante do epitélio escamoso, rico em glicogênio, apresentará coloração marrom-escuro.
MEMORIZE – A INTERPRETAÇÃO DO TESTE DE SCHILER (CAI EM PROVA):
O teste é positivo quando o iodo é negativo (coloração amarelo-mostarda).
O teste é negativo quando o iodo é positivo (coloração marrom-escuro).
RESULTADOS DA BIÓPSIA GUIADA POR COLPOSCOPIA:
NIC I: baixo grau – cauterização
NIC II: alto grau – tirar lesão
NIC III: alto grau
Conização
Carcinoma in situ
OBS:
NIC II se for extensa ou acometer endométrio cérvice conização
NIC II se for pequena a lesão tirar com margem de segurança
Carcinoma in situ, depois da conização, mandamos peça para estadiamento.
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CASO CLÍNICO 7 – EXAME OBSTÉTRICO:
Carla de 22 anos, primigesta de 36 semanas chega ao consultório para exame obstétrico. A paciente
relata que gostaria de realizar cesárea, pois tem medo da dor do parto normal.
Faça Anamnese, Exame físico, Orientações e conduta.
PARTE I: ACOLHIMENTO:
Identifica-se à paciente como médico e a cumprimenta
Solicita dados de identificação da paciente: nome, estado civil e profissão
PARTE II: ANAMNESE:
Investiga quebras ou alterações ocorridas depois da última consulta, realizada há três semanas: dor,
edema, sangramento vaginal, disúria
PARTE III: EXAME FÍSICO:
Realiza palpação obstétrica
Fundo
Flancos
Manobras de Leopold
Hipogátrio/escava bimanual
Mede corretamente altura uterina
Realiza ausculta no lado do dorso fetal
PARTE IV: REGISTRO DE ACHADOS DE EXAME CLÍNICO NO CARTÃO PRÉ-NATAL:
Altura Uterina
Apresentação Fetal
Batimentos cardiofetais
Altura uterina na curva do crescimento
PARTE V: ORIENTAÇÕES E EXPLICAÇÕES:
Sobre o trabalho de parto e os direitos da parturiente
Intervalo de contrações
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Perda de sangue ou secreção muco-sanguinolenta
Perda de líquido (rotura de bolsa)
Direito a livre escolha de acompanhante, inclusive o marido, no trabalho de parto e no parto
Explica que a indicação de tipo de parto é uma conduta médica
Explica os riscos e benefícios do parto normal e do cesariano
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PARTO NORMAL VS CESÁREA
CARACTERISTICAS PARTO NORMAL PARTO CESÁREO
PREMATURIDADE Menor Maior
RESPIRAÇÃO DO RN Favorece Não favorece
DOR NO TRABALHO DE Pode ser dolorosa, com gradações. _____
PARTO
Pode ser controlada com preparo
VANTAGEM psicológico, apoio emocional ou Salva vidas em caso de complicações
mediante aplicação de anestesia
DOR NA HORA DO PARTO Pode ser controlada com anestesia É sempre realizada com anestesia
DOR APÓS O PARTO Menor Maior. Há necessidade de analgésicos
mais fortes
COMPLICAÇÕES Menos frequentes Acidentes anestésicos e hemorrágicos
são mais frequentes
INFECÇÃO PUERPERAL Mais rara Mais frequente
ALEITAMENTO MATERNO Mais fácil Mais difícil
RECUPERAÇÃO Mais rápida Mais lenta
CUSTO Menor Maior
CICATRIZ Menor (epísiotomia) Maior
RISCO DE MORTE Muito baixo Pequeno, porém maior do que no
parto normal
FUTURAS GESTAÇÕES Menor risco Maior risco
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Solicitou HDL, LDL e VDL, Triglicerideos, Colesterol total (normal)
Solicitou ultrassonografia pélvica e interpretou como atrófico (3mm) normal e 4-5mm
Verifica se há contraindicação para TH (pelo menos 4) (sem contraindicação)
Indicou Terapia de Reposição Hormonal (tibolona)
Orientou sobre roupas arejadas, evitar tabagismo, diminuição do peso, exercícios leves.
Perguntou a paciente se apresenta alguma duvida
ADENDO – CLIMATÉRIO
CLÍNICA:
Perimenopausa: irregularidade menstrual, pode ocorrer sangramento (o mesmo deve ser
rigorosamente investigado)
Menopausa: ausência de sangramento a 12 meses (ou dosagem hormonal em mulher que usa
anticoncepcional (FSH ˃35-45)
Pós menopausa:
Alterações vasomotoras: fogachos (períodos transitórios e recorrentes de rubor na face, pescoço e
tórax, sudorese e sensação de calor, acompanhados de palpitação, ansiedade e algumas vezes
calafrios) que duram de 1-3 minutos e podem repetir até 30 vezes ao dia.
Alterações atróficas: ressecamento vaginal, dispareunia, urgência urinaria
SNC: dificuldade de concentração, diminuição da cognição e perda de memória recente.
Osteoporose: dor óssea, diminuição da estatura.
EXAME FÍSICO: Inespecífico, pode apresentar sinais de atrofia vaginal como redução da espessura,
perda da elasticidade, perda do enrugamento, aumento do pH, redução das secreções vaginais.
PROPEDÊUTICA CLIMATÉRIO: exames que devem ser solicitados: lipidograma, glicemia, pesquisa de
sangue oculto ou colonoscopia, colpocitologia oncótica, mamografia, USG pélvica, densitometria óssea.
TERAPIA HORMONAL:
Contraindicações: CA de mama atual ou prévio, CA de endométrio atual ou prévio, tromboembilismo
agudo, sangramento vaginal indeterminado, doenças hepáticas ativas, porfiria.
Repercussões da TH: aumento do risco de CA de mama, AVE, doença coronariana e
tromboembolismo, diminuição no risco de CA de colón e reto, aumento do risco de hiperplasia e ca
de endométrio, aumento do risco de doença da vesícula biliar. Na ausência de contraindicações, deve
ser iniciada já no inicio da falência ovariana.
Indicações: alterações vasomotoras, alterações atróficas (pode ser por via tópica, se associado a
diminuição da libido é recomendado que seja feita reposição androgênica).
OSTEOPOROSE:
Diagnósticado através da densitometria óssea de coluna lombar e trocânter femoral: Z-escore: ≥2,5; T-
escore ≤2,5.
Tratamento: bifosfonatos + cálcio e vitamina D.
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CASO CLÍNICO 9– PARTOGRAMA\FORCIPE:
Multípara, 32 anos, 38 semanas de gestação, foi admitida na maternidade apresentando seu cartão de
pré-natal devidamente preenchido, sorologias anti-HIV e VDRL negativos, sendo HbsAG+, com
contrações regulares (3contrações de 40 segundos em 10 minutos de observação), dilatação cervical de
4cm e apresentação cefálica fletida. Apresentou corioamniorexe oportuna, evidenciando-se líquido
amniótico claro. Cerca de 4h após a admissão, foi encaminhada à sala de parto com dilatação completa
e polo cefálico no plano +2 de lee. Após 1h, apresenta contrações regulares (5\60seg\10min) e BCF
126bpm, sem desaceleração. Ao toque vaginal, verifica-se polo cefálico no plano +2 de lee e variedade
de posição OEA.
1- Faça o parto.
2- Tem indicação de fórcipe, se sim, qual?
3- Referente ao partograma de o diagnóstico.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
O candidato deu o diagnóstico de Período pélvico prolongado referente ao partograma?
O candidato utilizou adequadamente os equipamentos de proteção individual, gorro e a
máscara antes de se escovar?
O candidato comunicou-se adequadamente com a enfermeira, demonstrando atenção e
respeito, dando orientações claras e objetivas?
O candidato realizou corretamente a colocação da roupa cirúrgica estéril e calçou as luvas sem
contaminar?
O candidato verificou as condições de aplicabilidade do fórcipe?
O candidato mencionou analgesia bilateral dos pudendos?
O candidato pediu o fórcipe Simpson e mencionou que a pega correta seria
biparietomalomentoniana?
O candidato mencionou realizar episiotomia?
O candidato introduziu o fórcipe de maneira correta, tendo a preocupação de proteger o canal
de parto?
O candidato pediu à mãe que o avisasse da contração uterina para tracionar o fórcipe?
O candidato realizou a tração correta do fórcipe e o retirou antes do desprendimento total do
polo cefálico?
O candidato realizou com êxito o parto, mencionando clampeamento umbilical imediato?
O candidato pediu de forma clara e respeitosa a enfermeira que fosse feito imunoglobulina
humana anti-hepatite B e vacina de hepatite B, grupamentos musculares diferentes?
O candidato realizou adequadamente a prescrição do pós-parto, contendo pelo menos, os
seguintes itens: Dieta geral ou dieta livre, amamentar sob livre demanda, sendo o leite
ordenhado e pasteurizado, cuidados gerais e sinais vitais.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
O candidato realizou corretamente as manobras para proteção do períneo no período expulsivo?
O candidato realizou rotação externa da cabeça para esquerda (movimento de restituição) ?
O candidato realizou corretamente a tração do polo cefálico, para tentar desprendimento do
ombro anterior?
O candidato diagnosticou adequadamente distócia de ombro, informando a enfermeira?
O candidato parou de tracionar o polo cefálico?
O candidato pediu para que fosse cessado a administração de ocitocina?
O candidato pede ajuda a enfermeira indicando manobra de Mc Robert\indicação de elevação dos
membros inferiores em direção ao abdome com abdução? (sem sucesso)
O candidato pede ajuda a enfermeira indicando que seja feita a manobra de pressão
suprapúbica?(sem sucesso)
O candidato pede ajuda a enfermeira indicando que seja feita a manobra de Rubin I? (sem sucesso)
O candidato falou sobre a necessidade de realizar episiotomia para realizar manobra de Rubin II?
(sem sucesso)
O candidato realiza a manobra de Woods? (bem sucedida)
O candidato após a expulsão fetal , solicitou que a enfermeira administre ocitocina por via IM
(10UI). Considerar adequado apenas se referir a dose.
O candidato realiza o campleamento de cordão umbilical?
O candidato solicita VDRL da mãe?
O candidato solicitou anti-HIV da mãe ou teste rápido para HIV?
O candidato solicitou tipagem sanguínea do recém nascido e da mãe?
O candidato realizou adequadamente a prescrição do pós-parto, contendo pelo menos, os
seguintes itens: Dieta geral ou dieta livre, amamentar sob livre demanda, cuidados gerais e sinais
vitais.
ADENDO – PARTOGRAMA
PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO: manifesta-se no partograma com a descida progressiva da apresentação,
mas excessivamente lenta. Nota-se dilatação completa do colo uterino e demora na descida e expulsão do
feto. Essa distócia geralmente está relacionada à contratilidade uterina deficiente e sua correção é obtida
pela administração de ocitocina, rotura artificial da bolsa das águas e, ainda, pela utilização do fórcipe,
desde que preenchidos os pré-requisitos para sua aplicação.
REFERENTE AO PARTOGRAMA DA PROVA: teve como diagnóstico período pélvico prolongado, mas não
sendo necessário correção com ocitocina já que o motor da nossa paciente encontra-se normal, também
não sendo necessário romper a bolsa das águas, pois na história clinica já houve espontâneo, sendo assim o
único motivo para o tal diagnóstico seria uma fadiga materna, sendo então indicado o fórcipe para a
resolução do mesmo.
RELEMBRAREMOS CAUSAS DE PARTO DISFUNCIONAL DADO PELO PARTOGRAMA: o trabalho de parto
disfuncional, não representa um diagnóstico em si, mas um sinal de que existe alguma anormalidade no
andamento do parto e cuja causa deve ser investigada e, se possível corrigida.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
QUANDO FALAMOS DA DILATAÇÃO TEMOS:
1-FASE ATIVA PROLONGADA OU DISTÓCIA FUNCIONAL PRIMÁRIA: dilatação cervical menos que 1cm\hora
(ultrapassa linha de alerta), decorrente geralmente de discinesias uterinas.
2- PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO: dilatação cervical mantida (ultrapassa linha de alerta)
diagnosticada por dois toques sucessivos, com intervalo de duas horas seguidas em paciente na fase ativa
do parto, decorrente em geral da desproporção cefalopélvica ou alteração da posição da apresentação
fetal (deflexão, variedades transversas ou posteriores).
3-PARTO PRECIPITADO (OU TAQUITÓCITO): dilatação, descida e expulsão do feto que ocorrem num período
de 4 horas ou menos. Estão presentes taquissitolia e hipersistolia e pode ser decorrente, por exemplo, da
administração excessiva de ocitocina.
QUANDO FALAMOS DA DESCIDA:
1-PARADA SECUNDÁRIA DA DESCIDA: diagnosticada por dois toques sucessivos com intervalo de pelo
menos 1 hora, desde que a dilatação esteja completa. É a parada da descida fetal por pelo menos 1 hora
após atingir dilatação completa. Decorrente em geral da desproporção ou alteração da posição da
apresentação fetal (deflexão, variedades transversas ou posteriores).
2- PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO: Descida progressiva, mas excessivamente lenta no período expulsivo.
Decorrente em geral da contratilidade diminuída ou desproporção cefalopélvica relativa (deflexões, má
rotações). O ministério da Saúde (2001) não apresenta distinção entre primíparas e multíparas no limite
de horas decorridos no período expulsivo para definir o período expulsivo prolongado, embora isto seja
citado por vários autores (citação a respeito do MS retirado da apostila de Obstetrícia medcurso ano
2015).
ADENDO – FÓRCEPS
A pegada ideal do fórcipe é a biparietomalomentoniana.
OS MAIS UTILIZADOS SÃO: SIMPSON, KIELLAND E PIPER:
SIMPSON: serve para praticamente todos os tipos de aplicações, exceto para aplicações quanta a
apresentação está em variedade de posição transversa.
KIELLAND: é um excelente para realizar rotações mais amplas da cabeça na pelve, correção de
assinclitismos e de escolha em variedades de posições transversas.
PIPER: desenhado para extração da cabeça derradeira na apresentação pélvica.
CONDIÇÕES DE APLICABILIDADE DO FÓRCIPE:
A= Ausência de colo (dilatação total).
P= Pelve proporcional (articulação do fórceps, proporcionalidade da bacia ao concepto)
L= Livre canal e parto (canal do parto sem obstáculos)
I = Insinuação do feto
C= Conhecer variedade
A= Amniotomia
R= Reto e bexiga vazios (se for necessário passagem de sonda vesical).
TÉCNICA GERAL DE APLICAÇÃO DO FÓRCIPE DE SIMPSON: posição de litotomia, cuidados de assepsia e
antissepsia da vulva, do períneo e da vagina, analgesia peridural ou bloqueio bilateral dos pudendos,
cateterismo vesical para esvaziamento da bexiga.
ANTENDENDO UM CASO CLINICO PARA APLICAR O FÓRCEPS:
1-Apresentação do fórcipe à vulva, na posição em que irá ficar após aplicado
2-Escolha a primeira colher que, neste caso, será a esquerda
3-Introdução de 2 dedos-guia da mão direita na vagina (indicador e médio), na região da chanfradura
sacrociática esquerda, de forma que a face dorsal da mão fique voltada para a essa chanfradura e a palmar
para eminência ileopectíena direita.
4-Aplicação da primeira colher, apoiando o polegar direito sobre o jumélio posterior da colher esquerda
(cotovelo da colher), o qual servirá para impulsionar o instrumento. A mão externa, que segura o cabo,
não deve exercer qualquer força: toda a movimentação deverá ser feita com a mão e os dedos que servem
como guia.
5-Aplicação da segunda colher, de forma semelhante a primeira colher, após se trocarem as mãos que
seguram o instrumento e servem como guia.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
6-Articulação do fórcipe em direção à pequena fontanela.
7-Verificação da pegada: a pequena fontanela se localiza a um dedo transverso acima do plano transversal
dos pedículos; a sutura sagital se encontra equidistante e perpendicular ao plano transverso dos pedículos;
e não é possível introduzir mais que a polpa digital entre a cabeça fetal e a cauda da fenestra.
8-Relização de episiotomia (pode ser feita nesse momento, ou antes da aplicação do fórcipe).
9-Tração do fórcipe durante contração uterina.
10-Elevação gradual dos cabos, até deflexão da cabeça fetal, quando a pequena fontanela se apoia sob
ângulo subpúbico. (Resumindo, deve ser puxado pra baixo e pra frente, quando houve desprendimento da
cabeça eleva-se para cima e retira o fórcipe para extração manual do bebe).
11-Retirada do instrumento na ordem inversa da aplicação, ou seja, primeiro o direito e depois o esquerdo.
12-Revisão do canal do parto e do colo uterino após o secundamento.
ADENDO – DISTÓCIA DE ESPÁDUA
Observar na história clinica se tem o cartão da gestante, caso não tenha, será necessário pedir alguns
exames logo após o parto: VDRL, HIV, tipagem sanguínea.
Caso tivesse o cartão da gestante, e o mesmo sem anotação de parto de alto risco e sorologia negativa
para HIV, deve ser tomado em conta o clampeamento tardio de cordão.
Caso a manobra de woods não tivesse sido bem sucedida deveríamos continuar a atenção, continuaríamos
com a manobra de jacquemier, não tendo sucesso, poderíamos fazer a última conduta: clidotomia ou
tentar manobra de zavanelli e cesárea.
PARTO PÉLVICO:
1-ASSISTÊNCIA AO DESPRENDIMENTO DA CINTURA PÉLVICA: O desprendimento do polo pélvico
geralmente ocorre sem maiores dificuldades, em variedades transversas (SET ou SDT). O ponto de referência
fetal é o sacro e a linha de orientação o sulco interglúteo. Para aumentar a força do desprendimento do polo
pélvico, pode-se realizar a manobra de Thiessen, a qual consiste em ocluir a fenda vulvar por algumas
contrações com uma compressa e a palma da mão, de forma que o desprendimento fetal ocorra em bloco.
Como mencionado, deve-se orientar o dorso fetal para anterior e mantê-lo retificado durante a descida do
tronco fetal. Os membros inferiores fetais se desprendem espontaneamente ou podem ser desprendidos
com delicadeza pelo médico assistente. Alguns autores recomendam a realização de alça de cordão
umbilical.
2-ASSISTÊNCIA AO DESPRENDIMENTO DA CINTURA ESCAPULAR: A liberação dos ombros e da cabeça fetal
pode ser tentada em conjunto através da manobra de BRACHT. Caso o desprendimento dos braços não
ocorra espontaneamente, pode-se realizar a retirada suave dos mesmos com auxilio digital
(desprendimento dos braços in situ).
a) dificuldade na liberação da cintura escapular:
Podemos utilizar as seguintes manobras:
Desprendimento dos braços in situ (já descrita anteriormente)
Deventer-muller
Lovset
Rojas
Pajot
b) dificuldade da cabeça derradeira:
Não a sequência universalmente aceita na literatura para execução das manobras para o desprendimento
da cabeça derradeira no parto pélvico por via vaginal. Mas na maioria das fontes bibliográficas recomenda
que a primeira a ser executada seja BRACHT ou Liverpool.
Brachtt: pode ser tentada novamente para liberação da cabeça, se já foi feita para liberação da cintura
escapular. Podemos também tentar: Liverpool; Aplicação do fórcipe de piper; Manobra de mauriceau;
Wiegand-Martin-Wieckel; Champetier de Ribes.
ADENDO PARTO PRÉ-TERMO
CLÍNICA: Atividade uterina aumentada, dolorosa, que persiste por no mínimo 1 hora, mesmo com a gestante
em repouso e submetida à sedação.
Investigar fatores de Risco: Estresse, fadiga ocupacional, distensão uterina excessiva, aborto prévio,
infecção, patologia placentária, fatores fetais.
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Marcadores de parto pré-maturo:
USG para avaliação do comprimento de colo uterino: distância menor que 25mm entre o orifício interno e
externo
Dosagem de fibronectina fetal na secreção cervicovaginal: > 50ng/ml está associado a parto prematuro
CONDUTA:
1- CONDUTA CONSERVADORA :
Interromper o trabalho de parto (tocólise) e prolongar a gestação
CONTRAINDICAÇÕES A TOCÓLISE:
Doença materna de difícil controle
Corioamnionite
Malformações fetais incompatíveis com a vida
Óbito fetal
Sofrimento fetal agudo
Maturidade pulmonar fetal comprovada
Relativas: Placenta prévia, dilatação > 4cm, RPMO
DROGAS DE ESCOLHA:
1. Indometacina 100mg por via retal, seguida de 100 mg via retal cada 12 hrs ou 25-30mg V.O. cada 4hrs,
por no máximo 3 dias (só pode ser utilizado até as 32 semanas de gestação).
2. Nifedipina 30mg V.O. (dose de ataque) seguida de 20mg cada 4-6hrs (utilizado ≥32 semanas de gestação)
3. Salbutamol 5 ampolas diluídas em 500ml SG5%, iniciar 10gts por minuto a cada 20 minutos até a
cessação completa das metrossístoles.
CORTICOTERAPIA:
Indicada nas gestações entre 24-34 semanas
Betametasona 12mg 1x/dia por 2 dias
Dexametasona 6mg 2x/dia por 2 dias
Indicada nas gestações entre 24-32 semanas
Sulfato de magnésio 4g em bolus durante 20 minutos, seguidos de 1g/h por no máximo 24hrs. (O
sulfato de magnésio é dado para realizar neuroproteção fetal).
MEDIDAS NÃO UTÉIS:
Hidratação venosa
Antibióticos
2- CONDUTA ATIVA
Deve ser realizada nos casos de contraindicação a tocólise ou em gestações acima de 34 semanas.
PROFILAXIA PARA INFECÇÃO POR STREPTOCOCCUS DO GRUPO B:
Indicada em toda paciente com trabalho de parto prematuro e cultura desconhecida. Droga de escolha: PNC
Cristalina (dose de ataque 5.000.000UI, manutenção: 2.500.000UI 4/4h até o parto). Esquema alternativo:
Ampicilina (dose de ataque 2g, manutenção 1g 4/4hrs até o parto).
ASSISTÊNCIA AO TRABALHO DE PARTO:
Avaliação da vitalidade fetal: deve ser realizada de forma vigorosa, podendo até ser feita de forma contínua.
VIA DE PARTO:
A cesariana beneficia os fetos com peso estimado menor que 1500g em apresentação pélvica.
Episiotomia ampla é recomendável (na mediana se secciona os músculos bulbocavernoso, transverso
superficial, porção puboretal do elevador do ânus)
Amniotomia deve ser evitada
PREVENÇÃO:
Eliminar ou reduzir fatores de risco:
1. Acompanhamento rigoroso em pacientes com passado de parto prematuro
2. Orientação sobre os sinais de parto prematuro
3. Diminuição da atividade física
4. Circlagem nas pacientes que apresentam Incontinência Istmo Cervical (IIC).
5. Suplementação com progesterona.
6. Interrupção do tabagismo, álcool e drogas.
7. Tratamento das infecções genitais e bacteriúria assintomática.
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CASO CLÍNICO 11– ABORTAMENTO:
Maristela, primigesta, 14 anos de idade, na 13ª semana de gestação, comparece à Unidade de Saúde da
Família acompanhada por seu namorado.
1-) Faça a anamnese e exame físico
2-) Diagnóstico e conduta
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ANAMNESE:
Maristela, 15 anos, estudante, solteira
Não tem cartão pre-natal
Cólicas intensas em baixo ventre e sangramento vaginal, em grande quantidade, há 2 horas
O namorado, que é maior de idade
FUM 07/09/15 -> 92dias/7=13 semanas e 1 dias
Primeira gravidez
Negou intenção de abortamento
EXAME FISICO
Lavou as mãos
sinais vitais normais
10 cm
Colo apagado, 6cm de dilatação, presença de coágulos, não fétidos
Sangramento moderado, com presença de coágulos
ORIENTAÇÃO E CONDUTA
Abortamento incompleto
Indagou a necessidade de esvaziamento uterino, explicando o procedimento
Negou o sigilo, por conta da idade da paciente, enfatizando a necessidade de comunicação aos
responsáveis.
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CLASSIFICAÇÕES:
Segundo Segundo Mecanismo Segundo a Repetição
Tempo De Saída
Precoce: 1- Espontâneo; 1-Esporádico
≤ 12 sem. 2- Provocado: 2-Habitual (≥ = 3perdas consecutivas):
Tardio: Estupro= legal – b.o. Não é obrigatório Incompetência istmo cervical (tardio,
>12 sem. (abortamento sentimental) colo fino), SAAF (lúteo), insuficiência do
Risco de vida materno = 2 médicos assinam corpo uterino (perda precoce)
Anencefalia= qualquer idade gestacional Habitual – maior causa= aneoploidias /
(laudo USG >12 sem + 2 médicos assinam trissomias 16 ou causa infecciosa
(não precisa de autorização judicial)
GRAVIDEZ ANEMBRIONADA
Aproximadamente 15-20% das gestações terminam espontaneamente antes da viabilidade
conceptual. É encontrado um grande número de gestações anembrionadas ou de embriões
degenerados.
Essas alterações fetais podem ser acompanhadas de número anormal de cromossomas
(aneuploidia) ou com número correto (euploidia)
A USGTV permite identificar o saco gestacional intrauterina com níveis séricos de B- HCG entre
1000 – 2000 mUL/ml, a vesícula vitelínica pode ser identificada quando o saco gestacional tem
diâmetro >8mm, e o embrião atingir 5mm de comprimento cabeça – nádegas (6º semana), a FC
deve se situar em torno de 110 – 180 bpm e, quando está <90 bpm, representa meu prognóstico
gestacional.
O SG pode ser avaliado quanto à sua forma, regularidade, local de implantação e medida de seus
dm.
A gestação anembrionadas é diagnosticada quando não se identifica imagem de vesícula vitelínica
com S.G. de 11mm de diâmetro médio ou quando não pode ser observado embrião em SG com
dm médio de 17mm.
DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL (DTG)
Cursa com hiperplasia trofoblástica/vascularização deficiente/Degeneração Hidrópica do estroma
CLASSIFICAÇÃO:
1- BENIGNA - MOLA HIDATIFORME :
COMPLETA: não há embrião -90% cariótipo normal (46XX) 20% de malignização Espermatozoide
normal ocupa um óvulo vazio e se multiplica
PARCIAL: tecido fetal + MOLA = triploidia (69XXY) 5% malignização. Dois espermatozoides
normais fecundam um único óvulo normal
2- MALIGNA:
Coriocarcinoma
Mola invasora (coriocarcinoma destruens) (+comum)
Tumores trofoblásticos do sitio placentário (+ agressivo)
DIAGNÓSTICO:
ClínicaHiperêmese, Hipertireoidismo, Hipertensão, Hiperestímulo ovariano, Hipersintomática,
Eliminação de Vesículas, Hemorragia Intermitente, Sangue escuro e indolor, cistos luteinicos,
útero em Sanfona maior que a IG.
B-HCGmuito elevado
USGtempestade de neve
TRATAMENTO:
Esvaziamento uterino Vácuo- aspiração + Histopatológico:
AMIU
Curetagem
Misoprostol
Histerectomia: se tumor de sítio placentário, Prole constituída, > 40 anos, deixa anexos.
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CONTROLE (SEGUIMENTO) B-HCG: Semanal = normal por 3 semanas 1 em 15 dias Normal
Mensal = normal por 6 meses seguidos CURA!
OBS: Dar ACO para paciente durante todo tempo do seguimento para evitar gravidez e possível
confusão do B-HCG com malignização.
MALIGNIZAÇÃO = QUIMIOTERAPIA:
↑ B-HCG de uma dosagem;
Platô por 3 semanas;
B-HCG + depois de 6 meses;
Metástase.
GRAVIDEZ ECTÓPICA
TROMPA é o sítio mais comum -> região ampular
CLÍNICA:
Atraso menstrual
Dor abdominal: Dor é relativa: cólica leve ou dor intensa (rompido)
Útero vazio
Não existe sangramento intenso (sangramento discreto)
FATORES DE RISCO:
Alteração da trompa (forma ou função)
Inflamação tubária (DIP/endometrite/salpingite)
Ectopia prévia
Endometriose (aderências)
Tabagismo (altera a função/movimento ciliar)
DIU- só protege a cavidade, não é anovulatório
DIAGNÓSTICO:
Clínico – dor/atraso
USG- útero vazio
B-HCG >1500 + Útero vazio (correlacionado com USG/IG)
TRATAMENTO:
EXPECTANTE MEDICAMENTOSO CIRURGICO CIRURGICO
SE: CONSERVADOR RADICAL
B-HCG: cai Metotrexate Injeção local ou Salpingostomia Estabilidade
naturalmente Sistêmica IM, DU. Laparoscópica: lavar hemodinâmica:
Estabilidade (Máximo 3 tentativas) e retirar, sem dar Salpingectomia
Hemodinâmica Controle: Dosar B-HCG após 4- ponto (fibrose) laparoscópica
7 dias e espera-se diminuição Indicado quando: Instabilidade
do B-HCG em 15% para uma Ectópica íntegra hemodinâmica:
evolução favorável. Desejo de gestar Salpingectomia
Indicado quando: laparotômica
Trompa íntegra
(rompida- salpingectomia) Indicado quando:
Estabilidade Hemodinâmica Ectópico Roto ou
Sem BCF prole completa
Massa < 3,5cm
B-HCG < 5000
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SANGRAMENTOS DA 2ª METADE DA GRAVIDEZ
DPP PP ROTURA ROTURA DE VASA ROTURA DE SEIO
UTERINA PRÉVIA MARGINAL
INICIO Súbito Progressiva Súbito Após amniotomia Súbito e periparto
ORIGEM Materno/fetal Materna Materna Fetal Materna
HEMORRAGIA Escura (oculta em Vermelho vivo Vermelho vivo e Vermelho vivo e Vermelho vivo e
20% dos casos) de repetição único único único
SOFRIMENTO Grave e precoce Ausente/tardio Grave e precoce Grave e precoce Ausente
FETAL
HIPERTONIA Sim Não Não Não Não
DOR Sim (hipertonia) Indolor Cessa Indolor Indolor
DISCRASIA Sim Não Não Não Não
Não altera a ↓a hemorragia Desencadeia o
AMNIOTOMIA hemorragia, mas pela sangramento
↓ risco de CIVD compressão
placentária
Clinico USG Clínico USG + doppler- Definitivo no pós
DIAGNÓSTICO fluxometria ou parto, estudo
inspeção da histopatologico da
placenta pós parto placenta
O candidato apresentou-se a paciente como médico, explicando possíveis procedimentos que terá
que fazer e acalmou a paciente.
O candidato comunicou-se adequadamente com a enfermeira, demonstrando atenção e respeito,
dando orientações claras e objetivas.
O candidato lavou as mãos e calçou luva antes de atender a paciente e solicitou que colocassem um
biombo para preservar a privacidade da paciente
O candidato informou q iniciou massagem uterina bimanual e citou possíveis causas para
hemorragia puerperal (4T’s)
O candidato solicitou medição de P.A. para enfermeira
O candidato solicitou aplicação E.V. de Ocitocina (10-20 UI diluídos em 500 ml de solução cristaloide
para enfermeira)
O candidato solicitou espéculo para avaliar possível trauma de canal de parto, avisando a paciente
antes o procedimento que iria realizar.
O candidato solicitou que aplicasse I.M. ou direto na musculatura uterina algum derivado de “ergot”
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Após descartar trauma do canal de parto e retenção placentária ou membranas, o candidato
informou a paciente que terá que fazer uma intervenção cirúrgica para parar o sangramento e os
possíveis riscos. O candidato solicitou sala cirúrgica.
O candidato se paramentou antes de entrar no ambiente cirúrgico.
O candidato informou que tentará primeiro Rafia de B-Lynch
Após fracasso da rafia o candidato informou que tentará ligadura da artéria uterina e/ou
hipogástricas
Após fracasso da rafia das artérias o candidato informou que tentará embolização uterina.
Após fracasso da embolização o candidato informou que como última opção ele terá que realizar
histerectomia para salvar a vida da paciente.
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CASO CLÍNICO 13– DIABETES GESTACIONAL:
Paciente com 30 semanas de gestação refere não ter antecedentes de diabetes e hipertensão antes da
gestação.
LABORATÓRIOS
EAS HEMOGRAMA GLICEMIA OUTROS
sem Hb 13.5g/dl Glicose em Jejum 94mg/dl Colesterol 210mg/dl (100-200mg/dl)
alterações Ht 38% HbA1c 6.8% HDL 27mg/dl (>40mg/dl)
VCM 92mm³ SOG 75g = 94mg/dl LDL 115mg/dl (<110mg/dl)
HCM 27pg/cell 1 hora = 180mg/dl Triglicerideos 155mg/dl (30-150mg/dl)
Plaquetas 400.000/mm³ 2 horas = 153mg/dl
G.B. 5.1 x10³/mm³
PARTE I – ACOLHIMENTO:
Identifica-se à paciente como médico e a cumprimenta
Solicita dados de identificação da paciente: nome, estado civil e profissão
PARTE II –ANAMNESE:
Investiga queixas ou alterações ocorridas depois da última consulta realizada há 1 mês: dor, edema,
sangramento vaginal, disúria
PARTE III – EXAME FÍSICO:
Mede P.A.
Pesa a gestante (compara com peso anterior)
Mede altura da gestante
Calcula IMC (identifica obesidade como fator de risco para D.M.).
Realiza palpação obstétrica (fundo, flancos, manobra de Leopold, hipogástrio/escava bimanual,
mede corretamente altura uterina, Realiza ausculta no lado do dorso fetal)
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PARTE IV – REGISTRO DE ACHADOS DE EXAME CLÍNICO NO CARTÃO PRÉ-NATAL:
Altura Uterina
Apresentação fetal
Batimentos Cardiofetais
Altura Uterina na curva de crescimento
PARTE V – SOLICITAÇÃO DE EXAMES E INTERPRETAÇÃO DOS MESMOS:
Solicita Glicemia de Jejum (94mg/dl)
Interpreta adequadamente o resultado da glicemia de jejum
Solicita TOTG
Interpreta adequadamente os resultados
PARTE VI – DIAGNÓSTICO:
Explica adequadamente o diagnóstico de D.M. gestacional para paciente
PARTE VII– CONDUTA TERAPÊUTICA:
Indica Dieta hipocalórica e prática de exercícios
Explica para paciente que o exame terá de ser repetido para avaliar necessidade de tratamento
medicamentoso (insulina)
Explica para paciente dos riscos para ela e para o feto, caso ela não controle a glicemia
PARTE VIII – ATITUDE:
Escuta atentamente a paciente
Interage com respeito à paciente
Tranquiliza a paciente, esclarecendo suas dúvidas
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
CONDUTA TERAPÊUTICA:
D.M. diagnosticada na gravidez = Dieta + Atividade Física ... Se não controlar Inicia Insulinoterapia.
Realiza controle com hemoglobina glicada cada 2-3 meses + Perfil glicêmico cada 2 semanas.
D.M. prévia = já inicia insulinoterapia dose inicial 0,5UI/Kg com ajustes individual (Deve ser mantida
em todas as pacientes que já faziam uso antes da gestação e iniciada em DM2 que não obtêm
controle com dieta e atividade física após 2 semanas – O crescimento fetal também é critério para
iniciar insulinoterapia (USG com 29-33 semanas se circunferência abdominal >= que o percentil 75).
COMPLICAÇÕES: Macrossomia, Polidramnia, Sofrimento Fetal, Distócia de espádua e Malformações
fetais (Síndrome da regressão caudal).
COMPLICAÇÕES NEONATAIS: Hipoglicemia, Policitemia, Hiperbilirrubinemia, Hipocalcemia.
ORIENTAÇÕES:
Incentivar dieta e atividade física;
Esclarecer sobre as complicações maternas, fetais e neonatais;
Explicar sobre a necessidade de consultas quinzenais até 30-34 semanas e semanais a partir de 34
semanas;
Administrar ácido fólico para prevenir contra defeitos do tubo neural 4-5mg/dia;
Urinocultura trimestral;
USG morfológica e ecocardiograma fetal (c/ 26 semanas) – para detectar malformações cardíacas;
Contagem de movimentos fetais (1-3x/dia por 1 hora em decúbito lateral); a partir 28 semanas após
uma refeição < 7 movimentos fetais/hora = alterado
Dopplerfluxometria a partir de 26 semanas (pré-eclampsia).
USG seriada a partir de 28 semanas para avaliar o líquido, a cada 2-3 semanas até 34 semanas, e
semanal após este período.
Cardiotocografia semanalmente a partir de 28 semanas; 2x/semana a partir de 34 semanas;
diariamente a partir de 36 semanas ou pacientes internado.
PARTE I – APRESENTAÇÃO:
Apresentou-se à paciente e a cumprimentou
Solicitou dados da paciente
Ouviu com atenção as queixas da paciente, sem interrupção desnecessária
Estabeleceu clima harmônico na consulta, interagindo efetivamente com a paciente
PARTE II – ANAMNESE:
Investigou ciclo menstrual (regularidade)
Investigou vida sexual (quantos parceiros/atividade)
Indagou uso de métodos contraceptivos
Indaga mudanças de pele, cabelo, pelos, ganho ponderal
Investigou quanto tempo de evolução dos sintomas/sinais
Investigou histórico familiar de SOP
Investiga antecedentes obstétricos/ginecológicos (menarca/DUM/ciclos)
Investigar desejo de gestar/infertilidade
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
PARTE III – EXAME FISICO:
Lavar as mãos
Controle de SV, buscando HTA
Pesar a paciente e calcular IMC
Inspeção e busca de sinais de Hirsutismo (pelos grossos e pigmentados em regiões atípicas em
mulheres- face, tórax e abdome)
Buscar a presença de acne, seborreia, alopecia frontal
Indagar a busca por acantose nigricans em axilas, nuca, abaixo das mamas, face interna das coxas e
vulva (sinal de resistência insulínica)
PARTE IV – DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO:
Informa a suspeita diagnóstica e esclarece à paciente
Indaga a necessidade de provas diagnósticas para confirmação da suspeita (b-HCG/TSH/TH
livre/prolactina/LH/FSH/USG PELVICA TV/glicemia de jejum/TTGO/triglicerídeos/HDL).
Orientar a paciente quanto às medidas gerais a serem tomadas: perda de peso (dieta/atividade
física) e estéticas
Indicou metformina (VO) 500 mg 3x/dia (de acordo triagem glicêmica)
Indicou acetato de ciproterona / diário
Explicou os riscos de infertilidade/ CA endometrial/Ca mama/Ca ovário
Perguntou a paciente se possui alguma dúvida
TECA GRANULOSA
Androstenediona (Aromatase) ESTRONA
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ADENDO – CONTRACEPÇÃO
Categoria I Não há Restrições
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE Categoria II As Vantagens superam os Riscos
Categoria III Os Riscos Superam as Vantagens (C.I. Relativa)
Categoria IV Risco de saúde inaceitável (C.I. Absoluta)
ÍNDICE DE PEARL (I.P) n: de falhas após 1ano em 100 mulheres ( I.P Eficácia)
MÉTODOS HORMONAIS COMBINADOS (ESTROGÊNIO: Etinilestradiol + 1 PROGESTÁGENO)
TIPOS MECANISMO DE AÇÃO CONTRAINDICAÇÃO ABSOLUTA
1- ACO Inibição da ovulação (por bloqueio das 1- Enxaqueca com Aura
2- Injetável Mensal gonadotrofinas: P4 LH / Estrogenio FSH) 2- CA de Mama Atual
3- Anel Espessamento do Muco (por efeito da P4) 3- HAS Grave
4- Adesivo Antiproliferação Endometrial (efeito da P4) 4- TVP/TEP/AVE
Diminuição da Motilidade das Trompas 5- Fumou ≥35 anos + ≥15cigarros/dia
6- Amamentação < 6 meses pós-parto
MÉTODOS HORMONAIS DE PROGESTERONA
TIPOS MECANISMO DE AÇÃO CONTRAINDICAÇÃO ABSOLUTA
1- Pílula Oral (Anovulação só: Desogestrel; Anovulação? (depende do
Levonogestrel/Noretisterona) tipo)
2- Injetável Trimestral (Anovulação) Espessamento do Muco CA de Mama Atual
3- Implante(Anovulação) (+eficaz d TODOS) (efeito da P4)
4- DIU de Levonogestrel (Ovulação) Antiproliferação Endometrial
(dura 5 anos) (efeito P4)
DIU DE COBRE (Dura 10 anos)
MECANISMO DE AÇÃO CONTRAINDICAÇÃO ABSOLUTA DE DIU EM GERAL
1- Gestação
2- Sangramento de causa desconhecida (pensar em CA)
Ação Inflamatória Espermicida 3- Infecção Pélvica (DIP, Cervicite, Pós Aborto séptico...)
4- Malformação Uterina
5-CA Ginecológico (Colo; Ovário; Mama; Mola)
OBS: NULIPARIDADE NÃO é Contra-Indicação!!!
MECANISMO DE AÇÃO DO CONTRACEPTIVO DE EMERGÊNCIA (LEVONOGESTREL)
1ª FASE: FOLICULAR PRÓXIMO À OVULAÇÃO 2ª FASE: LUTEA
1- Alteração do Desenvolvimento Folicular FALHA!!! 1- Espessamento do Muco
2- Impedir ou Retardar a Ovulação 2- movimentação dos espermatosóides
CONTRACEPÇÃO CIRÚRGICA
Lei 9263/1966: Somente é permitida: Artigo 4 da msm Lei: Paragrafo ÚnicoÉ Vedada a Esterilização:
I - > 25 anos OU ≥ 2 Filhos Vivos 42º dia do pós Parto OU Aborto, Exceto em:
II- Risco de Vida da Mulher OU Cesarianas sucessivas anteriores OU
Risco de vida do Futuro Concepto Doença de Base e a exposição a segundo ato cirúrgico ou
anestésico representam maior risco.
ADENDO – AMENORREIA
Amenorreia 1ª Ausência de Menstruarão até 14anos s/ Carac 2º OU começando aparecer Carac2º aos 16 anos
Amenorreia 2ª Ausência de Menstruarão ≥6 Meses OU ≥3 Ciclos Consecutivos (se < é Atraso Menstrual)
INVESTIGAÇÃO DA AMENORREIA PRIMÁRIA
PASSO A PASSO DA INVESTIGAÇÃO DA AMENORREIA PRIMÁRIA
1º Há Presença ou Ausência de caracteres sexuais secundários? (o Primeiro a aparecer é desenvolvimento
das mamas “Telarca”)
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1º) CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS AUSENTES 1º) CARACTERES SEXUAIS SECUNDÁRIOS PRESENTES
2º) FSH/LH 2º) FSH/LH 3º) Teste 2º) Presença de Vagina 2º) Vagina Curta
(hipófise normal) GnRH: ou Ausente
Diginesia Gonadal Menstruou =Falha Testes Diagnósticos: 1-Cariótipo 46XX:
(+comum Amenorreia 1ª) Hipotalamo USG/ RM Rokitansky:
(Sd. Tunner?) Fazer exame de Cariótipo Anomalias Mullerianas
Sd. Savage Neuroimagem Hímen Imperfurado? 2-Cariótipo 46XY: Morris:
Ñ Menstruou = Falha Insensibilidade aos
Hipófise Androgênios
INVESTIGAÇÃO DA AMENORREIA SECUNDÁRIA
Não é TSH/PLC
1º) Descartar Gravides: 2º) Dosar TSH e Prolactina:
Gravides Normais 3º) Teste da Progesterona:
B-HCG TSH: Hipotireoidismo
PLC: Hiperprolactnemia?
Causa Ovariana! Medicamentosa? (Anamnese)
(comp. II) Hiperprolacnoma? (Ex. Imagem)
Falência Ovariana?
Menopausa Precoce? 4º) Teste Conjugado ANOVULIA!
(ALTO) 5º) Dosar FSH
Estrogênio +Progesterona SOP???
Causa Hipofisária! (BAIXO)
(compartimento III)
(fazer Neuroimagem p/ 2)
6º) Teste do GnRH Causa Uterina !
Causa Hipotalâmica! B-HCG (Compartimento I)
(compartimento IV)
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ADENDO – INFERTILIDADE (sempre é do CASAL!!!)
RECOMENDAÇÕES P/ Mulher < 35 anos: após 1 ano de atividade sexual Sem Proteção Contraceptiva (P.C)
INICIO DA INVESTIGAÇÃO >35 anos (Individual): Imediatamente OU após 6 meses de atividade sexual sem P.C
DO CASAL INFÉRTIL
Conduta na 1ª Consulta ESPERMOGRAMA +Dosagens Hormonais + USG TV Seriada + HisterossalpingoGRAFIA
com o CASAL
O que vê na Prova de COTTE Positiva = Trompa Permeável / COTTE Negativo Trompa Obliterada
Histerossalpingografia?
Depois da Video-histeroscopia (P-Ouro p/cavidade uterina)
Histerossalpingografia Video-Laparoscopia (P-Ouro p/ trompa)
(se normal) vem o que? OBS: Os Dois NÃO fazem parte da avaliação inicial!!!
DOSAGENS HORMONAIS FSH / Estradiol basais / Prolactina / TSH / T4 Livre / Progesterona de segunda fase
ADENDO – ENDOMETRIOSE
ANAMNESE:
1- História Familiar materna
2- Malformações uterinas
3- Menarca precoce
4- Ciclos curtos / fluxo ↑/ duração ↑
5- Dismenorreia progressiva/ dispareunia
6- Histórico de Infertilidade
7- Gestação tardia, nuliparidade
8- Raça branca e asiática
9- Consumo exagerado de Café e Álcool
DIAGNÓSTICO:
Clínico + USGTV (estruturas císticas com ecos internos dispersos) + CA 125
TRATAMENTO:
Expectante (doença mínima e perimenopausa)
AINE + ACO (12 meses sem parar – casos leves) ou PROGESTÁGENO (30mg/dia VO ou 150mg IM /3m)
TRH (Danazol)
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ADENDO – SUA- SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL
ANMNESE
De onde vem o sangramento (útero/vagina/vulva)
Idade da paciente
Sexualmente ativa? Pode estar grávida?
Ciclo menstrual? Sintomas de anovulação?
SUA frequência, em que período ocorre, duração, volume, relação com coito?
Sintomas associados?
Doença sistêmica, usa alguma medicação?
Houve mudança de peso, relacionada a exercício excessivo, doença, estresse, alimentação?
Historia pessoal ou familiar de desordem menstrual? (obesidade, nuliparidade, idade >35anos, DM,
uso de tamoxifeno)
EXAME FÍSICO:
Exame das Mamas
Exame ginecológico (pólipos/leiomiomas) - (especular/toque)
EXAMES LABORATORIAIS:
B-HCG (toda idade reprodutiva)
hemograma/coagulograma
USG/tv – Endométrio >4-5mm ou </= 4-5mm + fator de risco para CA (investigação endometrial)
TRH>8mm
TRATAMENTO:
1. ACO
2. AINE
3. TRH
MIOMA:
Miomectomia /
Embolização (miomas volumosos e múltiplos)/
Expectante (</= 3cm, sem sintomas/ paciente na peri ou pós- menopausa)
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Expos ambas as mamas completamente
Fez a inspeção estática (tamanho, forma, número, mamilo, discromias, abaulamentos e retrações)
Fez a inspeção dinâmica (super-homem)
Vestiu a paciente
Palpou os linfonodos supra, infraclaviculares e axilares (não usar luvas) (nenhum linfonodo palpável)
Deitou a paciente
Higienizou as mãos novamente
Posicionou as mãos da paciente atrás da cabeça
Expos apenas uma das mamas para palpação
Fez palpação pelas técnicas de Velpeaux (espalmada) Bloodgood (dedilhado)
Fez palpação da cauda de Spence (prolongamento axilar)
Investigou se há descarga papilar (não há descarga) (na presença de descarga papilar realizar
manobra do gatilho)
Cobriu a mama examinada e descobriu a mama contralateral
Examinou a mama contralateral na mesma sequencia
Identificou o nódulo na mama esquerda e solicitou PAAF ( falha em aspirar liquido)
Solicitou USG da mama (nódulo solido)
Solicitou mamografia (nódulo espiculado)
Reconheceu o nódulo espiculado (BIRADS 5) e indicou biopsia (carcinoma ductal infiltrante)
Suspendeu a Terapia Hormonal
Explica para a paciente do seu diagnóstico de forma empática
Pergunta a paciente se tem alguma duvida
Encaminha a paciente para médico especialista (oncologista)
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
FISIOLÓGICA PATOLÓGICA
Descarga provocada Descarga espontânea
Multiductal Uniductal
Bilateral Unilateral
Multicolorida Aquosa\sanguínea
Esporádica Profusa e persistente
d) há nódulo palpável? Caso haja, a investigação dominante é a do nódulo.
e) na ausência do nódulo palpável, devem ser pesquisados mais informações sobre a descarga: é uma
descarga uniductal ou multiductal, unilateral ou bilateral, persistente ou intermitente. A expressão
radiada é uma etapa fundamental no exame físico. Consiste na palpação em raios no sentido periferia-
centro, seguida e pressão firme sobre a aréola na tentativa de reproduzir o derrame no chamado ponto
de gatilho. Esta avaliação é muito importante para a identificação de sua topografia e para o
planejamento da incisão em caso de indicação cirurgia.
3- EXAMES COMPLEMENTARES: Fluxograma resume em que ponto da investigação os exames
complementares devem ser solicitados e as estratégias terapêuticas para o derrame papilar.
Causas principais de derrame papilar sanguinolento são: papiloma intraductal e carcinoma intraductal.
CONDUTA NODULOS: Estratégia diagnóstica:
1-ANAMNESE: em caso de presença de nódulos, deve-se investigar a data da percepção, velocidade de
crescimento, localização, consistência, relação com traumatismos ou ciclo menstrual. Além disso, devem
ser pesquisados fatores de risco para câncer de mama:
Idade superior a 50 anos ou 40 anos
Ser mulher,
Antecedentes pessoais de câncer de mama
História familiar,
Antecedentes pessoal de outros tipos de câncer e RT para linfoma de Hodgkin,
Lesões histológicas indicadoras de risco
Cicatriz radial ou lesão esclerosante complexa
Historia menstrual: menarca precoce (antes dos 11 anos); menopausa tardia (após 55 anos)
Historia obstétrica: nuliparidade e primariedade idosa (após os 30 anos)
Uso de ACO
TH
Fatores nutricionais: dietas rica em gorduras
Uso crônico de bebidas alcoólicas
Agentes químicos
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Radiação ionizante
Fatores geográficos: países desenvolvidos e industrializados
Sedentarismo
Genética: BRA1 e BRA2, doença de cowden (doença harmatomatosos intestinais e extraintestinais)
2-EXAME FÍSICO:
Deve responder as seguintes perguntas:
a)A lesão é realmente um nódulo: temos que saber diferenciar de benigno e malignos:
BENIGNIDADE MALIGNIDADE
Normalmente são moveis Normalmente são aderidos
Apresentam consistência Apresentam consistência endurecida (em alguns casos são pétreos)
fime e elástica Possuem contornos irregulares e margens indefinidas
Possuem contornos regulares A descarga papilar pode ser sanguinolenta ou em água de rocha
e margens definidas Podem ser acompanhados de retração de pele, retração mamilar,
invasão da pele ou da parede torácica.
b)se a lesão é um nódulo, ela deve ser bem caracterizada e outras perguntas devem ser respondidas:
Há quanto tempo existe o nódulo
A lesão aumentou de tamanho com o tempo
Há historia de biopsias ou aspirações previas de cistos
Qual a idade da paciente
3-EXAMES COMPLEMENTARES:
PAAF: é o primeiro passo na investigação dos nódulos mamários, pois diferencia as lesões císticas das
lesões solidas. Temos a PAAF guiada por USG e a guiada por MMG.
CISTOS TUMORES SÓLIDOS
Devem ser enviados para a citologia os líquidos São diagnosticados após falha em aspirar
aspirados sanguinolentos. liquido com PAAF; de qualquer forma, o
Cisto simples: o fluido aspirado não é sanguinolento. material que for aspirado, deverá ser
A massa desaparece após aspiração. encaminhado para avaliação citológica. É
Carcinoma intracístico ou neoplasias parcialmente importante lembrar que não faz
císticas: as situações que aumentam a suspeita destas diagnostico, só levamos em conta
entidades são: liquido aspirado sanguinolento, massa resultados positivos da citologia, caso
palpável persistente após a aspiração do liquido, venha negativo não podemos descartar
recidiva frequente dos cistos (normalmente maior do câncer e será solicitado MMG.
que duasrecidivas de cistos simples)
Ultrassonografia das mamas: é um método que assegura boa diferenciação entre nódulos sólidos e
císticos.
BENIGNIDADE MALIGNIDADE
Diâmetro laterolateral mauor que o Margens irregulares
craniocaudal Hipoecogenicidade e textura heterogênica
Ecogenicidade homogênea (achado inespecífico)
Bordas bem delimitadas Diâmetro craniocaudal (anteroposterior)
Pseudocápsulas ecogênicas fina maior do que o diâmetro laterolateral (nódulo
Sombras laterais à lesão mais que largo)
Roforço acústico posterior Presença de sombra acústica posterior
Contornos microlobulares
Mamografia das mamas (MMG): é o método principal e seguro de auxílio ao exame clinico no câncer
de mama. É um exame radiolológico realizado no mamógrafo que compreende pelo menos duas
incidências principais: mediolateral obliqua e craniocauldal. Com essas duas incidências devemos
identificar localização do nódulo nos quadrantes mamários.
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BENIGNIDADE MALIGNIDADE
Calcificações grosseiras Microcalcificações pleomórficas agrupadas
Nódulos com contornos regulares e nítidos Nódulos espiculados, sem margens definidas
(pipoca)
O BI-RADS estabelece categorias para a classificação dos achados mamograficos, e foi adotada pela
Sociedade Brasileira de Mastologia.
OBS: mulheres usuárias de implantes de silicone podem sim ser submetidas a mamografia. Deve ser
anotada na solicitação da mamografia uso de prótese mamaria ou a paciente informar no momento do
exame que tem implantes de silicone.
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CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA
O mais comum é um carcinoma infiltrante, o carcinoma ductal infiltrante (70-80%)
Temos vários cânceres, para ficar mais fácil para a prova memorizamos que todo carcinoma é um
câncer, exceção temos a doença de paget, que é um câncer e não leva carcinoma no nome.
BIOPSIA
1-Core biopsia (punção com agulha grossa ou biopsia de fragmento ou biopsia percutânea com agulha
grossa)
É um procedimento ambulatorial realizado com anestesia local, com um dispositivo em forma de pistola
que se dispara é realizado e coletado vários fragmentos de tecido mamário para o exame
histopatológico, antes de realizar o procedimento é necessário realizar uma pequena incisão na pele
com um bisturi. É um método barato, semelhante a uma biopsia cirúrgica e a paciente não necessita
ficar internada. (No curso CPMED falaram que podem perguntar que tipo de biopsia, indicaríamos esta,
por ser um procedimento ambulatorial e teríamos que mostrar o aparelho, mas não sendo necessário
saber o seu manuseio).
2-Mamotomia (biopsia percutânea a vácuo)
Sai em vantagem a core biopsia por conseguir coletar uma quantidade de material melhor. O problema
é seu custo elevado e pequena biodisponibilidade.
3-Biopsia cirúrgica
Método mais tradicional e maior biodisponibilidade. Temos a incisional: quanto se tira parte da lesão;
excisional: retirada total da lesão.
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CASO CLÍNICO 16 – INFERTILIDADE:
Juscelina chega ao consultório acompanhada de seu esposo Arnaldo, referindo dificuldade para
engravidar.
Faça Anamnese dirigida, solicitar exames, conduta.
INFORMAÇÕES QUE SERÃO COLHIDAS
Nomes completos: Juscelina Martins Teixeira e Juscelino Teixeira
Idade: Juscelina 29 anos e Juscelino 30 anos
Relações sexuais: 4 a 6 vezes por semana
Juscelina refere dispaurenia leve
Características do ciclo: Juscelina refere ciclo irregular, com dismenorreia, intervalo de 24-34 dias,
duração de 2-8 dias, fluxo normal
Antecedentes Patológicos: Juscelina refere nunca ter tido DST’s, sem presença de leucorreia, mas sim
de dismenorreia, não apresenta hirsutismo.
Métodos contraceptivos: Juscelina afirma que não utiliza métodos contraceptivos há mais de 18
meses
Antecedentes Patológicos: Arnaldo afirma não ter apresentado trauma genital, varicocele, infecções,
nem caxumba ou DST’s, nem uretrite.
Paridade pregressa: Arnaldo tem 2 filhos de outro relacionamento e Juscelina não tem filhos.
O candidato apresentou-se ao casal, falou seu próprio nome e perguntou o nome dos dois (considerar
adequado apenas se perguntar o nome dos dois).
O candidato comunicou-se adequadamente, envolvendo o casal na consulta, utilizando linguagem
acessível e dirigindo-se ao casal, evitando direcionar a consulta exclusivamente para um dos cônjuges.
O candidato perguntou a idade da mulher e do esposo (considerar adequado apenas se perguntar dos
dois).
O candidato perguntou sobre a regularidade da atividade sexual do casal.
O candidato perguntou sobre queixas ou problemas relacionados à vida sexual do casal (considerar
adequado se perguntar, pelo menos, dois dos seguintes: dispareunia, sangramento, ejaculação precoce,
disfunção erétil, anorgasmia, alteração de desejo).
O candidato perguntou sobre as características do ciclo menstrual da paciente: intervalo e
duração/intensidade do fluxo menstrual.
O candidato investigou, pelo menos, DOIS dos seguintes fatores de risco para infertilidade feminina
(infecções genitais, DST’s, cirurgias pélvicas ou abdominais, endometriose, dismenorreia, SOP,
galactorréia).
O candidato interrogou sobre o uso de métodos contraceptivos, caracterizando que o casal não utiliza
métodos contraceptivos há mais de 12 meses.
O candidato investigou pelo menos, DOIS dos seguintes fatores de risco para infertilidade masculina
(trauma genital, varicocele, infecções, caxumba, DST’s, uretrite)
O candidato questionou se algum deles já tinha filho de outro relacionamento.
O candidato informou corretamente ao casal que realmente se tratava de um caso de infertilidade e que
necessitava investigação (mais de um ano mantendo atividade sexual regular, sem uso de métodos
anticoncepcionais).
O candidato solicitou e explicou ao casal a necessidade de avaliar a ocorrência de ovulação (USG TV
seriada, dosagem de progesterona na segunda fase do ciclo ou no 21º dia, biópsia endometrial na
segunda fase do ciclo – considerar adequado se solicitar corretamente um dos métodos acima para
investigação de ovulação e se explicar ao casal a necessidade de exame).
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
O candidato solicitou e explicou ao casal a necessidade de realização de espermograma, mesmo
com o antecedente do esposo ter 2 filhos de outro relacionamento.
O candidato solicitou e explicou ao casal a necessidade de histerossalpingografia (para avaliar
permeabilidade das tubas uterinas).
O candidato indagou se o casal tinha alguma dúvida adicional e planejou retorno para apresentação
dos exames.
ADENDO INFERTILIDADE
Ausência de gravidez após um ano de coito desprotegido.
Classificação: Infertilidade Primária (ausência de gestação prévia) – Infertilidade Secundária (presença
de gestação prévia, mas não necessariamente com um nascido vivo)
AVALIAÇÃO DO CASAL
Frequência das relações sexuais
Tempo de coito sem contracepção
Idade da mulher
Paridade Prévia (<35 anos = espera 12 meses para investigar ... >35 anos = 6 meses ou investiga
imediatamente)
Causas: Fator Masculino (35%) ; Fator Tuboperitoneal (35%); Fator Ovulatório (15%); Sem causa
aparente (10%); Outros (5%)
PROPEDÊUTICA MASCULINA
Anamnese (hábitos, cirurgia, traumas, história sexual, disfunção erétil, ejaculação precoce,
características secundárias)
Espermograma (2 amostras no mínimo, ficar em abstinência 2-3 dias, repete em 12 semanas, máximo
1 hora para análise [volume normal 1.5ml])
PROPEDÊUTICA FEMININA
Anamnese (hábitos, história menstrual, história reprodutiva prévia, história familiar de mal formações)
Fator Ovulatório (buscar anovulação e alteração da função lútea [solicitar USGTV seriada; dosagem de
P4; solicitar FSH e Estradiol])
Fator Tuboperitoneal (lesões tubáricas são sequelas de DST’s, BK, cirurgia e endometriose [solicitar
Histerossalpingografia entre 2º e 5º dias após término da menstruação])
Fator Uterino e Cervical (solicitar USGTV e Histerossalpingografia)
Infetilidade Sem Causa Aparente – ISCA (se tudo normal, esse é o diagnóstico, que é de exclusão)
TRATAMENTO
Mudanças de hábitos de vida (Tabagismo, Alcool, Cafeína)
Modulação do Peso (IMC>17 e <27kg/m² é objetivado)
INDUÇÃO DA OVULAÇÃO:
Citrato de Clomifeno (50-150mg começando do 3º ao 5º dia do ciclo durando 5 dias)
Gonadotrofinas (quando não há resposta ao clomifeno – dá no 3º dia do ciclo 75u/d de FSH por 5-6d)
Metformina (para pacientes com resistência insulínica – associar com clomifeno)
TRATAMENTO PARA SITUAÇÕES ESPECIAIS:
Falência Ovariana Precoce – Doação de óvulos
Falha dos outros tratamentos – Reprodução Assistida
TRATAMENTO DO FATOR MASCULINO:
Fertilização in Vitro
Injeção Intracitoplasmática de SPZ
Cirurgia – para Varicocele e caso haja feito Vasectomia
Doação de Sêmen (Azoos ou Oligospermia)
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PEDIATRIA
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ADENDO – ALEITAMENTO
CHECK LIST
1 ACOLHIMENTO:
1.1 Identifica-se à mãe do RN como médico e a cumprimenta
1.2 Solicita dados de identificação da criança (data de nascimento/ nome) e o CARTÃO DA CRIANÇA
2 ANAMNESE:
2.1 Investiga o motivo da consulta e os hábitos intestinais do RN (número e aspecto das evacuações,
ocorrência de cólicas)
2.2 Investiga como ocorreu o parto e as condições da criança ao nascer (IG, choro ao nascer,
respiração, tônus, cianose), buscando confirmar o APGAR descrito na ficha de informações da criança
2.3 Investiga a adequação do aleitamento materno (produção de leite, qualidade da mamada)
2.4 Investiga uso de mamadeiras, chupetas, chás, água, fórmulas infantis? (Pelo menos 3)
2.5 Investiga se a criança tomou as vacinas BCG/ HEPATITE B
3 ORIENTAÇÕES:
3.1 Orienta a mãe sobre o aleitamento materno exclusivo, em livre demanda e a tranquiliza sobre as
evacuações liquidas, cólicas e perda de peso do RN
3.2 Orienta sobre cuidado gerais (banho, queda do cordão umbilical, higiene na região perianal, sono) e
sobre retornos, destacando periodicidade e calendário de vacinação
3.3 Pergunta a mãe se tem alguma dúvida sobre o que lhe foi explicado
4 ATITUDE:
4.1 Comunica-se com linguagem acessível
4.2 Escuta atentamente a mãe do RN
4.3 Interage com respeito à mãe do RN
TIPOS DE ALEITAMENTOS
Aleitamento Materno Exclusivo (AME) o bebê recebe apenas leite materno como alimentação
diretamente do seio materno ou ordenhado, sem qualquer outro alimento líquido ou sólido (exceto:
vitaminas, Sais de hidratação ou medicamentos).
Aleitamento Materno Predominante (AMP) o bebê recebe na alimentação outros líquidos (sucos,
chás e agua) além do leite materno.
Aleitamento Materno Complementado (AMC) o bebê recebe alimentos sólidos e semi-sólidos
(papas de frutas e legumes) além do leite materno. (não inclui leite de outras espécies)
Aleitamento Materno Misto ou Parcial o bebê recebe outros tipos de leite (vaca, cabra e soja)
além do leite materno.
Aleitamento materno quando a criança recebe o leite materno (direto da mama ou ordenhado),
independentemente de receber ou não outros alimentos.
OBS: A recomendação do MS é que a alimentação do bebê seja Aleitamento Materno Exclusivo (AME)
até os 6 meses e Aleitamento Materno Complementado entre 6 meses e 2 anos.
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
Estrogênios Durante a gravidez têm a função de proliferar os ductos galactíferos assim como suas
ramificações
Progesterona tem a função de estimular o crescimento dos alvéolos.
Prolactina função de produção do leite materno
Ocitocina:
Função de contração das células mioepiteliais fazendo a ejeção deste leite
Estimula a contração da musculatura lisa do útero (Reflexo de Fergunsson) contribuindo assim
para a formação do globo de segurança de Pinard, evitando grandes sangramentos.
Após o nascimento diminui a P4 e aumenta a forma ativa da prolactina, com isso acontece a
APOJADURA, que é ejeção do leite nas primeiras 72 pós-parto , sem que aja sucção do mamilo pelo RN.
A adrenalina inibe a secreção de oxitocina não há ejeção de leite eficaz diminuindo a produção de leite.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
LEITE HUMANO x LEITE DE VACA
Vantagens do leite humano: mais energia, gordura, lactose, vitaminas (o que auxilia no ganho ponderal
do lactente), ferro ( maior absorção, prevenção fisiológica de anemia)
Possui menos: proteína, sódio:
CARACTERÍSTICAS LEITE HUMANO LEITE DE VACA
Menos proteínas: Mais Proteínas (3 x mais):
PROTEÍNAS Menor % de caseína (20) Maior % de caseína (80)
formação de coalho mais
duro, dificultando a digestão
PRINCIPAL Alfalactoalbumina Humana Belactoglobulina (+
PROTEÍNA alergênica)
Menor quantidade: Maior quantidade:
ELETRÓLITOS Principalmente de Sódio Aumenta a sobrecarga renal
Impede a sobrecarga renal Aumenta o risco de
desidratação hipertônica
Mais gordura BOA: Menos gordura BOA:
Colesterol (lava o individuo a ser um bom Saturados em excessos
metabolizador na vida adulta) Insaturados vão ser
Lipase (quebra da gordura) insuficientes
Lipídios insaturados de cadeia longa:
GORDURAS Ácido linoleico
Ácido alfalinoleico
Lipidios Poliinsaturados de cadeia muito longa
PUFAs (ácido docosaexaenoico e ácido aracdônico)
OBS: lipídios tem ação primordial no desenvolvimento
neuropisicomotor e formação da retina.
Maior quantidade de lactose: Menor quantidade de lactose:
LACTOSE Amolecimento das fezes pelo açúcar não digerido (vai ser o oposto do leite
(GALACTOSE + (hipertonicidade intestinal) humano)
GLICOSE) pH intestinal ácido ajuda na flora sp. De
lactobacilos e aumenta a absorção de cálcio.
Baixa concentração com maior biodisponibilidade: Baixa concentração sem a
Pela lactoferrina se une ao ferro e só disponibiliza biodisponibilidade:
no sítio de absorção, evitando o consumo de ferro Absorção de 10 % do Ferro
FERRO pelos patógenos entéricos.
Pelo pH intestinal ácido
Absorção do Ferro é de 50%
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
PARA O BEBÊ:
1- Composição nutricional, metabólica e imunológica ideal para o sistema renal em amadurecimento e
gastrointestinal
2- Prevenção de doenças: (é maior quando é em AME):
a) Redução de doenças Respiratórias (em 50%)
b) Redução de doenças diarreicas (em 66%)
c) Diminuição de Distúrbios hidroeletrolíticos secundários (desidratação, hiponatremia e
hipocalemia)
d) Diminuição de doenças imunoalérgicas (asma, bronquite, dermatite atópica, sibilancia
recorrente)
e) Diminuição de doenças crônicas:
Canceres (leucemias, linfomas e doença de Hodgkin)
Gastrointestinais (doença celíaca, Crohn, Retocolite ulcerativa)
Metabólicas (DM I e II,obesidade, hipercolesterolemia)
Cardiovasculares: redução da PA sistêmica
3- Melhor desenvolvimento cognitivo
4- Desenvolvimento da cavidade oral: o aleitamento materno produz o desenvolvimento do sistema
estomatognático.
FATORES DE PROTEÇÃO DO LEITE HUMANO
FATORES ESPECÍFICOS:
1- IgA (principal) na forma de IgA secretória, que reveste a mucosa intestinal, impedindo a agressão
por bactérias, toxinas ou antígeno estranhos.
2- IgM
3- IgG
FATORES NÃO ESPECÍFICOS:
1- Fator Bífido favorece o crescimento do lactobacillus bífidos, fazem parte da flora saprófita,
impedindo a proliferação de microrganismos, e juntamente com a lactose determinam um pH
intestinal ácido (acidificação fecal)
2- Lisozima ação bactericida e anti-inflamatória, produzida por neutrófilos e macrófagos, age
através da lise da parede celular de bactérias Gram-positivas e negativas.
3- Lactoferrina indisponibiliza o ferro para agentes patógenos (staphylococcus sp.; E.Coli sp. e
Cândida sp.)
4- Lactoperoxidase enzima ativa contra estreptococos
5- Lipase atua contra parasitas como Giardia lamblia e Entamueba histolytica
MODIFICAÇÕES DO LEITE MATERNO
1- COLOSTRO (3-5 DIAS APÓS O PARTO):
Leite Imaturo
Mais proteínas e eletrólitos
Maior concentração de vitaminas lipossolúveis (principalmente a vit. A, que dá a coloração
amarelada)
Maior concentração de IgA
Basicamente um exsudato plasmático
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
TÉCNICA DE AMAMENTAÇÃO
POSICIONAMENTO PEGA
Criança bem apoiada Boca do bebê bem aberta
Cabeça e tronco no mesmo eixo Lábio inferior evertido
Corpo próximo da mãe Aréola mais visível acima da boca
Rosto de frente para mama Queixo toca a mama
PRINCIPAIS QUEIXAS MATERNA
“LEITE FRACO”: pela coloração que é aguada em relação ao leite de vaca, reafirmar que leite fraco não
existe.
Conduta: Orientar: à mãe quanto à importância do leite materno, seus benefícios, nutrientes e
vantagens em relação ao leite de vaca e fórmulas infantis/mamadeiras. Correção da PEGA e
POSICIONAMENTO. Aleitamento materno exclusivo à livre demanda até 6 meses e complementar dos
6 meses aos 2 anos como mínimo.
“POUCO LEITE”:
Causada: por erro na técnica de amamentação e ou pela baixa frequência de sucção das mamas.
Dx: se após esgotar as duas mamas o RN fica insatisfeito dorme mal ou acorda chorão, urina < 8x/dia
perde peso. Pedir que por favor a mãe mostre a forma que amamenta seu filho, em sua presença, e
conforme a demonstração corrigir técnica de pega e posição.
Conduta: Orientar à mãe:
Quanto à importância do leite materno, seus benefícios, nutrientes e vantagens em relação ao leite
de vaca e fórmulas infantis/mamadeiras.
Manter a sucção frequente, durante 3-4dias, se necessário a cada hora.
Correção da PEGA e POSICIONAMENTO.
Aleitamento materno exclusivo à livre demanda até 6 meses
A partir dos 6 meses a criança terá um aleitamento complementado (papas de frutas/papas de sal
– leguminosas, hortaliça, proteína animal, cereal, verdura)
Quando completa o aleitamento com papa se mantém até 2 anos no mínimo
“NÃO TENHO LEITE”: a sensação de peito vazio, principalmente após o parto reforça o mito de não ter
leite, quanto antes amamentar mais cedo ocorrerá a apojadura
“O PEITO CAI”: o comprometimento estético da mama decorre das alterações gravídicas e não do fato
da mulher amamentar.
PRINCIPAIS PROBLEMAS MAMÁRIOS
ANTECEDENTES PATOLÓGICOS: trauma local, medicamentos.
ANTECEDENTES NÃO PATOLÓGICOS: dieta, alcoolismo, tabagismo, drogas.
EXAME FÍSICO MÃE: Cor do tecido mamário; quaisquer erupções cutâneas incomuns ou descamação /
assimetria / procura de alterações na aréola (tamanho, forma e simetria) / alterações na orientação dos
mamilos (desvio da direção em que os mamilos apontam) / achatamento ou inversão; ou evidência de
secreção mamilar, como crostas em torno do mamilo / Presença de ingurgitamento mamário, inflamação/
Presença de leite à ordenha manual / Dor/ Pedir que por favor a mãe mostre a forma que amamenta seu
filho, em sua presença, e conforme a demonstração corrigir técnica de pega e posição.
1. FISSURAS:
São lesões de continuidade lineares e concêntricas à pele do mamilo.
Ocorrem por:
Má técnica de amamentação,
Mamilos curtos ou invertidos,
Disfunções orais da criança (ex: freio lingual curto)
Higiene desnecessária da aréola
Por oferecimento de mamas ingurgitadas.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Condutas:
Orientar a técnica de amamentação correta (pega e posicionamento)
Começar o aleitamento pela mama menos afetada
Passar o próprio leite nos mamilos rachados e deixa-lo secar ao ar livre
Ordenhar a mama antes da mamada
Mudança de posição (cavaleiro, deitada ou invertida)
Não usar sutiã muito apertado, que empeça o arejamento do mamilo
Não usar pomadas ou anti-sépticos.
Lembram a mãe que, se aparecer sangue na boca do bebe ou em vômitos, não há problema.
2. INGURGITAMENTO:
Composto por 3 fatores: acúmulo de leite, congestão vascular e obstrução linfática
Manifestando:
Aumento de volume (sem hiperemia e edema),
Mamas doloridas,
Calor e tensão nas mamas.
Conduta:
Manter amamentação com maior frequência e livre demanda
Ordenhar as mamas manualmente o excesso de leite
Começar mamada pelo seio mais túrgido
Realizar massagens circulares nas mamas
Fazer compressas frias nos intervalos entre as mamadas (diminuir a produção de leite)
Banho morno auxilia na liberação do leite
Se necessário usar analgésicos e anti-inflamatórios
3. MASTITE:
Inflamação da mama localizado em um quadrante, pode esta em ambas as mamas (pode formar um
abscesso)
Agente infeciosos S. aureus (95%) E.Coli e estreptococos representam os 5 % restantes
Conduta:
Manter a amamentação mesmo com infecção
Esvaziar as mamas
Ordenha da mama
Analgésicos, anti-inflamatórios (ibuprofeno)
Antibióticos (cefalexina ou amoxicilina com clavulanato em tratamento ambulatorial ou oxacilina para
tratamento hospitalar).
4. ABSCESSO:
Complicação da mastite.
Caracterizado por: dor intensa, nodulação palpável e febre.
Agente infecioso principalmente pelo S. aureus
Conduta:
Drenagem cirúrgica com uso de antibióticos sistêmicos.
Se a incisão for longe da aréola podemos até mesmo manter o aleitamento.
5. CANDIDÍASE:
Lesão mamária por cândida albicans, geralmente transmitida pela criança.
Caracterizado por: Dor, rubor, prurido e descamação da pele.
Conduta:
Devemos realizar ventilação e exposição dos mamilos ao sol,
Ferver chupetas e bicos por 20 min (fonte de contaminação)
Uso de nistatina, cetoconazol ou ainda miconazol por 14 dias e usar nistatina oral na criança mesmo
que ela não tenha sintomas.
Se o Tto não for efetivo: usar fluconazol VO 14-18 dias para a nutriz
6. GALACTOCELE:
Cistos presentes em meio ao tecido mamário, onde há grande produção de leite.
Conduta: excisão cirúrgica devido a sua tendência de recidiva
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
7. SÍNDROME DE RAYNAUD:
Ocorre por isquemia intermitente do mamilo.
Causas prováveis: compressão do mamilo, trauma, exposição ao frio
Caracterizado por: palidez, dor, queimação que podem durar de minutos até horas
Conduta:
Compressas mornas
Nifedipina,
Vit.B6,
Suplementação de cálcio e magnésio,
Ibuprofeno
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS DO ALEITAMENTO MATERNO NO LACTENTE
GALACTOSEMIA é um erro no metabolismo da galactosa devido à deficiência das enzimas: GALT, GALE e
lactoquinase. Neste caso o lactente deve usar leite de soja.
CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS DO ALEITAMENTO MATERNO NO LACTENTE
FANILCETONÚRIA é uma doença caracterizada pela deficiência na conversão de fenilalanina em tirosina.
Neste caso devemos suspender o aleitamento por 5 dias e dar dieta isenta de fenilalanina. Conforme a
concentração de fenilalanina vai decrescendo podemos reintroduzir o leite materno novamente. (manejo
difícil) (teste do pezinho).
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS DO ALEITAMENTO MATERNO NA MÃE
1- HIV
2- HLTV 1 E 2 NÃO CONTRA-INDICAM
3- USO DE MEDICAMENTOS: O ALITAMENTO:
Antineoplásicos (com exceção do metotrexate e bleomicina) 1- Hepatite B e C
Imunossupressores
2- Tuberculose
Radiofármacos
Amiodarona
Sais de Ouro
ACO
Drogas de vícios e abusos (todas)
CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS DO ALEITAMENTO MATERNO NA MÃE
1. Psicose puerperal, eclampsia, e choque.
2. Lesões herpéticas ativas, se a localização forem em outro sítio que não seja a mama, pode
amamentar desde que estejam tapadas e com medidas preventivas como lavagem das mão e uso
de luvas (esta última somente se tiver lesões nas mãos)
3. Varicela materna se adquirido 5 dias antes do parto e 2 dias após o parto contra-indicam
temporariamente o aleitamento materno, o leite deverá ser ordenhado e oferecido ao bebe, o
contato de mãe/filho deve ocorrer apenas na fase de crostas.
4. Tuberculose pode amamentar desde que a mãe use máscara durante o período bacilífero (3
primeiras semanas de tratamento) e ambiente arejado, No RN uso de isoniazida profilática
(10mg/kg/dia por 3 meses) com suspensão da BCG, depois de 3 meses faz o teste tuberculínico
(PPD):
Não reator (<5mm) vacina com BCG.
Reativo (>5mm) + sintomático inicia o tratamento.
Reativo (>5mm) + NÃO sintomático mais 6 meses de isoniazida e não precisa vacinar com BCG.
5. Doença de Chagas será suspenso o aleitamento na fase aguda ou quando houver lesões
sangrantes no mamilo.
6. Hanseníase não deve amamentar quando encontram-se sem tratamento ou com um período
inferior a 3 meses de tratamento com sulfona ou 3 semanas com rifampicina.
LEGISLAÇÃO SOBRE LICENÇA MATERNIDADE E PATERNIDADE
A nossa Constituição de 1988 garante licença maternidade por 120 dias (4 meses) que poderá ser
estendido por mais 60 dias (180 dias ou 6 meses) desde que seja solicitado à empresa empregadora até
o primeiro mês de pós-parto. A licença paternidade é de 5 dias.
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ANEMIA FISIOLÓGICA DO LACTENTE
O declínio das cifras de hemoglobina entre 8 e 12 semanas de vida até cifras entre 9 e 11 g/dl é considerada
como Anemia Fisiológica e ocorre por diminuição dos níveis de eritropoetina como consequência ao
aumento da SaO2 após o nascimento.
Não é necessário tratamento, pois assim que os sensores hepáticos e renais detectam níveis anormalmente
baixos de hemoglobina a produção de eritropoetina recomeça novamente e restabelece os níveis de
hemoglobina.
ANEMIA FERROPRIVA
Anemia é um processo patológico no qual a concentração de hemoglobina encontra-se anormalmente
baixa, quando esta anemia é causada por deficiência de ferro a chamamos de Anemia Ferropriva. Para fins
operacionais consideramos anemia:
6 meses e 59 meses (4 anos e 11 meses): Hb < 11g/dl
5 anos e 11 anos: Hb < 11,5g/dl
12 anos e 14 anos: Hb < 12g/dl
Devemos lembrar que a Anemia Ferropriva é a anemia mais comum que há no mundo. Na falta de ferro no
organismo a medula óssea não produz hemoglobina. A Anemia Ferropriva pode trazer sérias consequências
no crescimento e desenvolvimento das crianças e por isso devemos atuar de forma preventiva e saber
diagnosticar e tratar precocemente esta entidade nosológica.
PRINCIPAIS FATORES ETIOLÓGICOS DA ANEMIA FERROPRIVA SÃO:
Aporte inadequado de ferro na dieta
Baixa reserva de ferro: prematuridade, gemelaridade e anemia materna grave
Defeito na absorção intestinal
Defeito no transporte e metabolismo do ferro
Aumento das perdas: parasitose intestinal, sangramento ou tumores intestinais
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA ANEMIA FERROPRIVA:
1-ferritina baixa < 20ug/dl (a ferritina é o melhor parâmetro para medir a reserva de ferro no organismo)
2-ferro sérico diminuído
3-Anemia microcítica (VCM baixo) e hipocrômica (HCM e CHCM baixos) com:
Hb baixa,
anisocitose (hemácias de diferentes tamanhos)
RDW (amplitude de variação do tamanho das hemácias)
TRATAMENTO: Terapêutico: 3 a 5 mg/Kg/dia por 4 meses
PROFILAXIA CONTRA ANEMIA FERROPRIVA (SBP, MS E ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA):
1- A termo >2,5kg
< 6 meses em AME ou Fórmula infantil não recebe
> 6 meses recebe 1mg/kg/dia de Fe elemental até 2 anos (exceto se recebe > 500ml/dia de
Fórmula Infantil)
2- Prematuro (< 37 semanas ou < 2,5kg) Recebe de 30 dias-2 anos:
1º ano:
< 2500 2mg/kg/dia
< 1500 3mg/kg/dia
< 1000g 4mg/kg/dia
2º ano 1mg/kg/dia
OBS: LEMBRANDO QUE 1 GOTA DE SULFATO FERROS TEM 1,25MG DE FERRO ELEMENTAR.
REPOSIÇÃO DE VITAMINA A:
A reposição de vitamina A f o MS recomenda em regiões de alta prevalência de hipovitaminose , Nordeste,
Vale do Jequitinhonha e Mucuri (Minas Gerais).
Lactentes de 6-11 meses: 100.000UI uma vez a cada 6 meses
Lactentes de 11-59 meses: 200.000 UI uma vez a cada 6 meses
REPOSIÇÃO DE VITAMINA D:
A reposição de vitamina D faz-se somente quando:
Lactente em aleitamento materno e não exposição ou Lactente que não receba no mínimo
500ml/dia de formula infantil. Dose 200 UI/ dia de vit. D dia oral até 18 meses.
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CASO CLÍNICO 1 – ICTERÍCIA:
Paciente RN de 60hs de nascido de parto normal sem intercorrências, a termo, pesando 3100gr,
medindo 49cm, mãe realizou pré - natal, onde a mesma percebeu que seu filho estava amarelo.
Além disso, relata choro irritável, a todo momento e que seu filho perdeu peso.
Ex. Físico: Peso atual: 2690g
RN ictérico aproximadamente até o cordão umbilical
Realise o atendimento do Recém Nascido:
PARTE I – ANAMNESE:
Cumprimentou a mãe e identificou-se de maneira adequada
Estabeleceu clima harmônico na consulta, interagindo efetivamente com a mãe do paciente
Ouviu com atenção as queixas da mãe do paciente, sem interrupção desnecessária
Usou efetivamente linguagem não verbal (postura, gestual, atitude)
Perguntou à mãe sobre algum incômodo durante a amamentação
Solicitou à mãe uma demonstração da amamentação
PARTE II – EXAME FISICO:
Solicitou o exame físico do RN
Lavou as mãos
Identificou icterícia clínica e qual área de Kramer
Lavou as mãos e inspecionou presença de fissuras mamilares da mãe
PARTE III – INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA:
Solicita laboratório de BI/BD e BT / Rh e ABO
Investigou Fator de Risco para icterícia prolongada (história familiar de DÇ
hemolítica/vômitos/letargia/ baixo peso/urina escura/ fezes acólicas)
Descarta incompatibilidade abo/RN
PARTE IV – CONDUTA :
Descartou necessidade de fototerapia (gráfico)
Identificou como icterícia do aleitamento materno
Orientou o aleitamento materno de forma exclusiva, explicando corretamente a pega e o
posicionamento do RN ao lactar
Orientou à mãe não passar nada além do próprio leite, banho de sol e seguir amamentando
Indicou anti-inflamatório VO e analgésicos VO para a mãe
Prestou atenção as inquietações da paciente, demonstrando empatia
Expressou-se com clareza e segurança ao orientar a mãe
Conferiu entendimento, perguntando se há duvidas
Demonstra interesse em auxiliar a mãe do RN em sua situação de saúde
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ADENDO – ICTERÍCIA
ICTERICIA ASSOCIADA AO LEITE MATERNO
PRECOCE ICTERÍCIA DO ALEITAMENTO MATERNO: aumento da circulação entero-hepatica, por uma
ingesta de leite insuficiente relacionada às dificuldades do início da amamentação e consequentemente
pela menor quantidade de eliminação de mecônio.
Associada sempre ao 2º e 3º dia de vida e está ligada a sinais de dificuldades alimentares como
pega/posicionamento incorretos, perda de peso acentuada nos primeiros dias de vida.
TARDIA ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO: Início mais tardio, ao redor do 4º dia, sua concentração de
bilirrubina continua a subir até o 14° dia, podendo alcançar cifras de até 20-30mg/dl, se o aleitamento é
continuado esses níveis tendem a cair entre 4 a 12 semanas. Se suspenso, cai em 48h rapidamente.
Esses RN não apresentam nenhuma alteração hemolítica ou hepática
Prova terapêutica: suspende-se o aleitamento por 24h deixando o RN com complemento.
A bilirrubinemia cai rapidamente, podendo ocorrer um discreto aumento à reintrodução do
aleitamento, porém, não atingindo os valores anteriores.
ICTERICIA FISIOLÓGICA
Atinge o nível de 5-6mg/dl por volta do 2° a 4° dia, podendo alcançar 12mg/dl, caindo para 2mg/dl
entre o 5° e 7° dia de vida
FR: filhos de mães diabéticas, raça oriental, PMT, altitude, policitemia, drogas (vitk3), eliminação tardia
de mecônio, histórico familiar de irmão que tiveram icterícia fisiológica.
ICTERICIA PATOLÓGICA
Surge nas primeiras 24h de vida
Além da parte média abdominal
Associada a sinais clínicos de anemia, sepse, dificuldade respiratória, hepatoesplenomagalia ou
qualquer outro sinal de Dç sistêmica
Níveis de Bilirrubina que se ascendem rapidamente
Persistência >3semanas
Níveis que não diminuem com a fototerapia
Níveis que se elevam em velocidade >0.5mg/kg/h
Níveis elevados de BD
Investigação diagnóstica: bilirrubina sérica e suas frações, tipo sanguíneo e fator Rh da mãe e RN,
teste de Coombs, eritrograma e contagem de reticulócitos, análise de sangue periférico (lâmina),
TSH/T4/pesquisa de galactoseia, deficiência de glicose 6-fosfato-deshidrogenase
HIPERBILIRRUBINEMIA NÃO FISIOLÓGICA
DIRETA:
MECANISMO: MISTO:
Infecção congênita: 1- Toxoplasmose/ 2- Rubéola/ 3- CMV /4- Herpes Simples/ 5- Sífilis
Sepse
Asfixia
Filho de mãe diabética
MECANISMO: OBSTRUÇÃO DE VIAS BILIARES:
Atresia de vias biliares
SD de Rotor
SD de Dublin-Johnson
Cisto de colédoco
Fibrose cística
Tumor
MECANISMO: REDUÇÃO DE SECREÇÃO DE BD:
Galactosemia
Deficiência de alfa 1 antitripsina
Tirosinemia
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INDIRETA:
TESTE DE COOMBS NEGATIVO:
Hemoglobina alta: transmissão feto-fetal
Transmissão materno-fetal
Atraso no clampeamento do cordão
PIG
Hemoglobina baixa/normal Reticulócitos:
Aumentado: esferocitose, estomatocitose, talassemia, Def. de glicose 6 fosfato
Normal: hemorragia, hematoma/equimose, asfixia, Sd. Gilbert, Sd. Crigler Najar, aumento da
circulação entero-hepatica: estenose pilórica, obstrução intestinal, íleo meconial, íleo paralitico
TESTE DE COOMBS POSITIVO:
Hemólise mediada imunologicamente
Incompatibilidade Rh/ABO/outros grupos sanguíneos
NORMOGRAMA DE ICTERÍCIA NEONATAL
ESCALA DE KRAMER
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CASO CLÍNICO 2 – CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO:
Jorge, 7 anos, chega ao consultório trazido pela mãe, que diz está preocupada com a baixa estatura de
seu filho.
Faça Anamnese direcionada, Exame físico direcionado (com medição de P.A.), Diagnóstico e conduta
terapêutica.
PARTE I – ACOLHIMENTO:
Identifica-se e cumprimenta adequadamente a mãe.
Escuta com atenção e respeito à queixa da mãe sobre o crescimento do filho.
PARTE II – ANAMNESE:
Solicita o cartão da criança e verifica imunizações e registros de peso e altura
Investiga a rotina alimentar da criança (horários, tipos de alimentos, ingestão de líquidos, frutas
e verduras)
Investiga atividades realizadas pela criança (horário de ida à escola, prática de atividade física,
horário de dormir e acordar)
Questiona sobre a altura dos pais da criança
PARTE III – EXAME FÍSICO:
Lavou as mãos antes de examinar a criança
Pesa a criança
Mede a altura da criança
Escolhe adequadamente o manguito para medição da P.A.
Afere a P.A. da criança
Calcula o I.M.C da criança
Plota todos os dados adequadamente nos gráficos
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PARTE IV – ACONSELHAMENTO:
Reconhece e explica adequadamente o crescimento normal
Reconhece e explica adequadamente os fatores relacionados ao crescimento (ausência de
antecedentes mórbidos, velocidade de crescimento mantida no gráfico e estatura dos pais)
Reconhece e explica adequadamente o quadro de obesidade grave
Reconhece e explica adequadamente os fatores associados ao desenvolvimento da obesidade
grave (desmame precoce, dieta desequilibrada, sedentarismo e antecedentes familiares)
Reconhece e explica adequadamente o quadro de pré-hipertensão
Reconhece e explica adequadamente a relação entre obesidade grave, sedentarismo,
alimentação e hipertensão arterial
Orienta sobre a necessidade de reeducação alimentar ou dieta
Orienta sobre a prática de atividade física
Orienta sobre a necessidade de a criança realizar consultas periodicamente para dar
prosseguimento à medição do peso, estatura e P.A.
Se expressa com clareza e segurança
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TEMPO DE VIDA MOTOR ADAPTATIVO SOCIAL LINGUAGEM
Cabeça centralizada;
4º MÊS olha para as mãos na Pega cubital de Ri alto Sons guturais.
linha média e sustenta a objetos.
cabeça.
6-7 MESES Rola; senta sem apoio Pega radial; transfere Polissílabos
por pouco tempo. objetos entre as Prefere a mãe. vogais.
mãos.
Segura objetos com Estranha, acena, bate
9-10 MESES Senta sozinho e sem pinça entre polegar e palmas, brinca de Polissílabos
apoio; engatinha. indicador. Solta “cadê”. (mama e papa).
objetos se retirados.
Apanha objetos com
pinça entre polegar e Interage (vestir, Fala algumas
12 MESES Anda com apoio, levanta indicador; entrega brincar). palavras.
sozinho. objetos por
solicitação.
ADOLESCÊNCIA Período da vida em que acontece o desenvolvimento da puberdade.
PUBERDADE Sequência de eventos que vai definir e diferenciar uma criança de um adulto.
TELARCA Surgimento do broto mamário em meninas que estão entrando na puberdade.
GINECOMASTIA É o aumento da glândula mamária em meninos durante a puberdade que quase
sempre é benigno e regride espontaneamente.
PUBARCA Aparecimento dos pelos pubianos.
MENARCA Primeira menstruação.
CRONOLOGIA
MENINAS – Início 8 - 13 anos e é marcada pela telarca. O pico de crescimento ocorre entre 11-13 anos
de aproximadamente 8,3cm/ano que se acaba depois da menarca. A menarca ocorre normalmente 2 a
2,5 anos após telarca.
MENINOS – Início 9 -14 anos marcado pelo aumento testicular. O pico de crescimento é de
aproximadamente 9,5cm/ano.
ESTADIAMENTO DE TANNER
MENINAS MENINOS
M1 Mama pré puberal G1 Pré puberal
M2 Broto mamário subareolar (fora G2 Aumento testicular (4ml)
pra dentro – Telarca)
M3 Aumento da mama e da aréola G3 Aumento do pênis em
(ocorre pico de crescimento) comprimento.
M4 Duplo Contorno (ocorre a G4 Aumento do pênis em diâmetro
menarca) (ocorre estirão pubertário).
M5 Mama Madura G5 Genitália adulta
P1 Pré puberal (pelugem) P1 Pré puberal
P2 Surgimento de pelos finos e lisos P2 Pelos na base do pênis, finos e
ao redor dos grandes lábios. lisos.
Pelos chegam à sínfise púbica, um Pelos até a sínfise púbica.
P3 pouco mais grossos e P3
encaracolados.
P4 Pelos em grande quantidade P4 Pelos em grande quantidade.
P5 Pelos até a raiz das coxas. P5 Pelos até a raiz das coxas.
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CURVAS DE CRESCIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
PESO/IDADE (ESCORE Z):
Abaixo do -3: Muito baixo peso para idade
Entre -2 e -3: Baixo peso para idade
Entre -2 e +1: Eutrófico
Entre +1 e +2: Alto peso para idade
Entre +2 e +3: Muito Alto peso para idade
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ESTATURA/IDADE (ESCORE Z):
Abaixo do -3: Muito baixa estatura para idade
Entre -2 e -3: Baixa estatura para idade
Entre -2 e +3: Eutrófica
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PESO/ESTATURA (ESCORE Z):
Abaixo do -3: Magreza acentuada (desnutrição grave – OMS)
Entre -2 e -3: Magreza (desnutrição moderada – OMS)
Entre -2 e +1: Eutrófico
Entre +1 e +2: Risco de Sobrepeso (em <5anos) – Sobrepeso (em >5anos)
Entre +2 e +3: Sobrepeso (em <5 anos) – Obesidade (em >5anos)
Acima de +3: Obesidade (em <5 anos) – Obesidade grave (em >5anos)
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IMC/IDADE (ESCORE Z):
Abaixo do -3: Magreza acentuada (desnutrição grave – OMS)
Entre -2 e -3: Magreza (desnutrição moderada – OMS)
Entre -2 e +1: Eutrófico
Entre +1 e +2: Risco de Sobrepeso (em <5anos) – Sobrepeso (em >5anos)
Entre +2 e +3: Sobrepeso (em <5 anos) – Obesidade (em >5anos)
Acima de +3: Obesidade (em <5 anos) – Obesidade grave (em >5anos)
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DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO
DESNUTRIÇÃO PRIMÁRIA: Baixo aporte energético.
DESNUTRIÇÃO SECUNDÁRIA: Aumento da demanda metabólica por uma doença secundária.
DESNUTRIÇÃO GRAVE
KWASHIORKOR:
Doença do 1ro filho quando a mãe se descobre grávida do segundo. Deficiência de proteína, ingestão
energética elevada para taxa proteica. É de instalação rápida, ocorre após o desmame.
Clínica: Apatia, anorexia, hepatomegalia, esteatose hepática, alteração do cabelo (fino, quebradiço e
seco – sinal clássico da bandeira). Alterações de pele (pele com manchas hipocrômicas, seca e fina em
áreas de exposição ao sol – pelagroide), subcutâneo relativamente preservado com presença de
edema.
É uma desnutrição com forma não adaptada o que dá um péssimo prognóstico.
MARASMO:
Ingesta deficiente em energia, de maneira global. Essa criança nunca foi alimentada de maneira ideal.
Instalação é lenta, acomete mais o lactente jovem, crianças abandonadas que nunca foram
amamentadas, instalação insidiosa.
Clínica: Irritabilidade com apetite variável, ausência de tecido adiposo, perde até a bola gordurosa de
“bishar” dando a ela uma fascies senil (semiesca), lança mão das reservas musculares, gerando
hipotrofia muscular e hipotonia. Não há edema.
É uma desnutrição de forma adaptada, com melhor prognóstico que Kwashiorkor.
KWASHIORKOR-MARASMÁTICO:
Forma clínica mista, normalmente é um paciente que vinha melhorando e em algum momento ela
adquire uma infecção ou deixa de ser alimentada e desenvolve edema.
Tem pior prognóstico.
TRATAMENTO PARA AS 3:
1º PASSO:
Internação hospitalar + Exames complementares (albumina, glicemia, Na, K, Mg, hemograma
completo)
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BAIXA-ESTATURA
Quando a criança está abaixo do percentil 3 ou escore Z -2.
ETIOLOGIA:
1. Variantes Normais:
Baixa estatura genética (pais baixos)
Retardo constitucional do crescimento (pais de estatura normal)
2. Condições Patológicas:
Desnutrição (primária ou secundária)
Doenças endócrinas (deficiência de GH, hipotireoidismo [mais comum], Excesso de cortisol)
3. Doenças Genéticas:
Síndromes cromossômicas [ex. tunner]
Displasias Esqueléticas
AVALIAÇÃO:
1. Estatura atual – coloca no gráfico que tem no cartão da criança
2. Velocidade de crescimento:
Se a curva de crescimento dela é paralela às curvas normais = variante normal.
Se a curva está horizontalizada, com uma velocidade de crescimento anormal = condição patológica.
3. Relação peso/estatura
4. Alvo genético:
Para sexo masculino (altura do pai + [altura da mãe + 13] / 2).
Para sexo feminino ([altura do pai – 13] + altura da mãe / 2).
Obs: O resultado está dentro da normalidade se for +-8cm.
5. Exames complementares:
Cariótipo (para meninas com baixa estatura [suspeita sd de tunner])
Hormônios tireoidianos (pode-se dar hormônio e melhorar altura da criança)
Raio-X de mãos (Idade óssea, serve para prognóstico)
ESQUEMA:
Velocidade de crescimento NORMAL + Idade Óssea atrasada + Alvo genético normal = RETARDO
CONSTITUCIONAL
Velocidade de crescimento NORMAL + I.O. Compatível + Alvo genético baixo = BAIXA ESTATURA
GENÉTICA
Velocidade de crescimento ANORMAL = SEMPRE SOLICITAR CARIOTIPO
Velocidade de crescimento ANORMAL + Alteração Fenotípica = SÍNDROME GENÉTICA CROMOSSOMIAL
Velocidade de crescimento ANORMAL + Baixa relação Peso/estatura (emagrecido) = DESNUTRIÇÃO
Velocidade de crescimento ANORMAL + Alta relação Peso/estatura (bem nutrido ou obeso) =
ENDROCRINOPATIA
HIPERTENSÃO ARTERIAL NA INFÂNCIA
Definida a partir de valores de P.A. iguais ou superiores ao percentil 95 para idade, sexo e percentil de
altura, confirmados em 3 ocasiões.
ESCOLHA DO MANGUITO:
Mede-se a circunferência do braço da criança na altura do ponto médio entre o olecrano e o acrômio. A
câmara interna tem de ter no mínimo a largura de 40% da circunferência do braço e o comprimento de
80-100% da mesma, sem superposição.
CLASSIFICAÇÃO:
Normal – P.A. abaixo do percentil 90
Pré-hipertenso – P.A. >= p90 e <95
Hipertenso estágio I – P.A. >= p95 e <= p99+5mmHg
Hipertenso estágio II – P.A. >p99 + 5mmHg
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CASO CLÍNICO 3 – IMUNIZAÇÃO:
Mãe traz seu filho de 3 meses de idade para consulta de puericultura.
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Realizou exame físico (peso, comprimento, desenvolvimento)
Plotou nos gráficos do cartão da criança
O candidato identifica nos dados apresentados o bom ganho ponderal do bebê
O candidato usou efetivamente linguagem não-verbal (postura, gestual, atitude).
O candidato demonstra conhecimento sobre as vantagens do aleitamento natural.
Características do leite materno (proteínas, lipídeos, ferro).
Fatores de proteção imunológica (IgA secretora).
Menor risco de contaminação.
Maior digestibilidade (menor tempo de esvaziamento gástrico).
Maior vínculo afetivo mãe-filho.
Presta atenção às inquietações do paciente, demonstrando empatia.
Orienta a mãe corretamente quanto à correção do calendário vacinal.
Confere entendimento, perguntando se há dúvidas.
Demonstra interesse em auxiliar a mãe do paciente em sua situação de saúde.
ADENDO IMUNIZAÇÕES
CONCEITOS BÁSICOS
Período de Latência – é o período de incubação, tempo que demora para o corpo gerar anticorpos
depois da aplicação da vacina. (vacinas com vírus vivo atenuado demoram de 1-2 semanas, sendo que a
febre amarela tem tempo específico de 10 dias)
Simultaneidade – é a aplicação de todas ou mais de uma vacina ao mesmo tempo. Isso é permitido
com exceção da Febre amarela + outra vacina de vírus vivo atenuado (tetra ou tríplice), nesse caso
realiza a aplicação de uma e só 30 dias depois pode-se aplicar a outra.
Intervalo máximo entre doses da mesma vacina – NÃO EXISTE DOSE PERDIDA DE VACINA, sempre
pode retomar de onde parou o calendário vacinal. Exceção é o transplante de medula que perde toda
memória imunológica.
VACINAS – PNI – AGENTES VIVOS
Mnemônico: Vovó e Vovô Beijam e Tentam Fazer Tripulia
VOP
VORH
BCG
TRIPLICE VIRAL
FEBRE AMARELA
TETRA VIRAL
VACINAS – PNI – AGENTES NÃO VIVOS
HEPATITE A
HEPATITE B
MENINGO-C
HPV
PENTAVALENTE (DPT+HIb+Hepatite B)
PNEUMO-10
INFLUENZA
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CONTRAINDICAÇÕES/ADIAMENTO
Reação anafilática prévia
Grávidas (contraindica agentes vivos)
Imunossupressão (C.I Ag. Vivos)
Doença Febril moderada/grave
Transplante de medula
CALENDÁRIO VACINAL
IDADE VACINAS
AO NASCER 1. BCG
2. HEPATITE B
1. PENTAVALENTE
2 MESES 2. VIP
3. VORH
4. PNEUMO-10
3 MESES 1. MENINGO-C
1. PENTAVALENTE
4 MESES 2. VIP
3. VORH
4. PNEUMO-10
5 MESES 1. MENINGO-C
1. PENTAVALENTE
6 MESES 2. VOP
3. PNEUMO-10
9 MESES 1. FEBRE AMARELA
1. TRIPLICE VIRAL
12 MESES 2. HEPATITE A
3. PNEUMO-10
1. TETRAVIRAL
15 MESES 2. DTP
3. VOP
4. MENINGO-C
4 ANOS 1. DTP
1. VOP – campanhas
OBSERVAÇÕES 2. INFLUENZA – campanhas à partir dos 6 meses
3. DTP – 10/10 anos
4. HPV – Pra meninos e meninas à partir dos 9 anos até 26 anos.
ESTUDO INDIVIDUAL DE CADA VACINA
BCG:
Bactéria viva atenuada
Administração via I.D.
Eventos adversos – Ulceração >1cm, abscesso subcutâneo, linfadenite regional supurada.
Contra-indicação – <2kg, doença de pele, contato domiciliar com bacilífero (dar isoniazida por 3
meses), Imunossupressão.
Revacinação – Ausência de cicatriz após 6 meses, contato com hanseníase.
HEPATITE B:
Antígeno de superfície (HbsAg)
Administração I.M. precoce
Observação – se mãe HbsAg + deve administrar nas primeiras 12 horas de vida a Hepatite B em uma
coxa e a Imunoglobulina contra hepatite B na outra.
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PENTAVALENTE:
Composto por : Toxoide Diftérico (D)
Toxoide Tetânico (T)
Bacilos mortos da Coqueluche [Bodertella Pertussis] (P)
Sacarideo Capsular conjugado (Hib)
HbsAg (Hep.B)
Nas crianças menores de 7 anos pode-se administrar a DTP, DTPa, DT
Nas crianças maiores de 7 anos só pode administrar a dT
Nos adultos pode-se administrar a dTpa
Eventos adversos
Febre alta ou choro persistente incontrolável dentro de 48hrs (na próxima vacinação administra a
Pentavalente + Antitérmico/analgésico).
Episódio hipotônico-hiporresponsivo dentro de 48hrs e/ou Convulsão dentro de 72hrs (na próxima
vacinação administra DTPa + Anti-Hib + Anti-HepatiteB)
Encefalopatia dentro de 7 dias pós vacinação (na próxima vacinação administra DT + Anti-Hib + Anti-
HepatiteB)
VIP – VACINA INATIVA DA POLIO
Poliovírus inativado (trivalente)
Evento adverso – Reação Local
VOP – VACINA ORAL DA POLIO
Poliovírus atenuado (1,2,3 – trivalente)
Evento adverso – Poliomielite vacinal
Contraindicação – Imunideficientes, contactantes de imunodeficientes (o vírus vivo sai pelas fezes e
pode contaminar imunodeprimidos), hospitalizados (mesmo motivo).
Observações – Revacinar UMA vez se a criança cuspir, vomitar ou regurgitar. NÃO SE ADMINISTRA
CONCOMITANTEMENTE COM VORH.
VORH – VACINA ORAL ROTA VÍRUS HUMANO
Rotavírus atenuado G1
Aplicação
1ª Dose: 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias
2ª Dose: até 7 meses e 29 dias
Intervalo mínimo entre as doses é de 4 semanas.
Contraindicação – Imunodeficientes, invaginação prévia, malformação intestinal não corrigido.
Observações – NUNCA REAPLICAR
PNEUMO-10
Sacarídeos de 10 sorotipos (conjugado)
Observação: Diferente da pneumo-23valente (polissacarídeo)
MENINGO-C
Sacarídeo capsular (conjugada)
FEBRE AMARELA
Vírus vivo atenuado
Evento adverso – Encefalite
Contraindicação – Criança menor de 6 meses, gravidez (analisar risco-benefício), anafilaxia a ovo,
imunodeprimido, mulheres amamentando bebês menores de 6 meses.
Observação – Período de latência de 10 dias
TRIPLICE VIRAL
Virus atenuado do sarampo, rubéola e caxumba.
Contraindicação: HIV positivo com Linfócitos T CD4 < 15%.
Observação – Se intervalos com hemoderivados reaplique a vacina.
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HEPATITE A
Vírus inativo
Eventos adversos raros
Está em fase de implantação no PNI onde se aplica somente uma dose
TETRAVIRAL
É a tríplice viral + vírus da varicela atenuado
Observação – Pelo PNI só pode-se administrar de 15 a 24 meses, sempre após a Triplice viral.
INFLUENZA
Vírus inativado
Administração – à partir dos 6 meses até os 9 anos ( Primovacinação + reforço anual), à partir dos 9
anos (1 dose)
Contraindicação – Anafilaxia a ovo e menores de 6 meses de vida
HPV
Vírus inativado (6,11,16,18)
Administração à partir dos 9 anos até 26 anos (segundo PNI) sendo dose 0 no dia da aplicação e
depois 6 meses e 60 meses.
Eventos adversos – Raros
OBSERVAÇÕES VACINAIS SEGUNDO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA PORTADORES DE HIV
Reforço de Hib com 15 meses de vida.
VOP e VORH só podem ser aplicados após avaliação do status imunológico
PNEUMO-23 é aplicada aos 2 anos + reforço com 3-5 anos após a primeira dose.
VARICELA E TRIPLICE VIRAL – N, A, B E CD4>15%
HPV é aplicada com a dose 0, 1-2 meses e 6 meses
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
INFORMAR: Criança Não Responde
Retomar RCP por 2 min
Checar o ritmo após 2 min de RCP
MOSTRAR O ECG: com Fibrilação ventricular (anexo1)
Iniciar desfibrilação com a carga correta (4 J/Kg) (2º choque)
Iniciar RCP por 2min e Administrar Adrenalina a cada 3-5min
Indicar Intubação Oro Traqueal com o tamanho da cânula correto e com frequência respiratória de
1 ventilação a cada 6 segundos e uso de capnógrafo
Checar o ritmo após 2 min de RCP
MOSTRAR O ECG: com Fibrilação ventricular (anexo1)
Iniciar desfibrilação com a carga correta (4-10 J/Kg) (3º choque)
Iniciar RCP por 2min e Administrar Amiodarona ou Lindocaína a cada 3-5min
Checar o ritmo após 2 min de RCP
Buscar causas Reversíveis (6H e 5T)
INFORMAR: Criança Respondeu
Iniciar cuidados pós parada
FIM!!!
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
INFORMAR: Criança tem pulso, mas não respira.
Iniciar ventilação com frequência de 1ventilação a cada 3-5 segundos (12-20 ventilações/min)
Checar pulso e respiração após 2 mim
INFORMAR: Criança agora não tem pulso e nem respiração.
Solicitar alguém para pedir ajuda da equipe de emergência 192 e obter u DEA
Iniciar as compressões com técnica correta (2dedos) comprimindo 1/3 do diâmetro AP (cerca de
4cm), com uma frequência de 100-120/min. (não esquecer se tiver uma escada utiliza-la)
Perguntar por alguém treinado para ajudar ventilação
INFORMAR: Não
Ventilar com uma relação compressão x ventilação 30:2
Checar pulso e respiração após 2 min de RCP e repetir o ciclo até a chegada do DEA ou da Equipe de
emergência
INFORMAR: que chegou o DEA e a Criança continua sem pulso e sem respirar desde a ultima
checagem.
Verificar ritmo
MOSTRAR O ECG: Assistolia (anexo2)
Retomar RCP por 2 min
Checar o ritmo após 2 min de RCP
MOSTRAR O ECG: com Assistolia (anexo2)
Retomar RCP por 2 min
Checar o ritmo após 2 min de RCP
PERGUNTAR: você faz isso até quando
Respondeu, até a equipe de emergência chegar.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
CASO CLÍNICO 6 – INFECÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES – FARINGITE BACTERIANA:
Roberto, 8 anos, natural de Belo Horizonte, com queixa de dor de garganta há 12 horas. Mãe refere
ausência de sintomas antes da dor de garganta, mas diz que há 10 horas apresentou febre não
termometrada com dor abdominal associada.
Faça Anamnese e Exame Físico direcionados – Diagnóstico – Conduta Terapêutica.
INFORMAÇÕES A SEREM DADA CONFORME PERGUNTADAS PELO CANDIDATO(a)
ANTECEDENTES: Nascido de parto normal, a termo, sem intercorrências. Crescimento e desenvolvimento
adequados. Nega outras doenças. Nega alergias. Nega outras internações.
HÁBITOS DE VIDA: Reside em casa de alvenaria, saneamento básico completo. Nega contato com animais
periodicamente e nega contato com tabagistas.
EXAME FÍSICO:
REG, acianotico, anicterico, normopneico, facies de dor, SaO2 ar amb: 97%.
Oroscopia:
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
PARTE IV – ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA:
O Candidato indicou corretamente PNC Benzatina I.M. dose única + Antipiréticos e Analgésico,
explicando à mãe a efetividade da PNC no tratamento e na profilaxia primária para Febre Reumática
PARTE V – ATITUDE:
O Candidato demonstrou empatia durante o atendimento (escuta atenta, linguagem acessível )
ADENDO – INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
SINAIS SEMIOLÓGICOS: Taquipnéia e Estridor
IRA COM F.R. NORMAL – Infecção de Vias aéreas Superiores [Resfriado Comum e Faringite Bacteriana]
IRA COM ESTRIDOR + F.R. VARIÁVEL – Infecção das vias aéreas de condução extrapleurais (intermediárias)
[Epiglotite Aguda e Laringite Aguda]
IRA COM F.R. ELEVADA – Infecção das vias aéreas inferiores [Pneumonia e Bronquiolite]
ADENDO INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES
RESFRIADO COMUM
CLÍNICA: Coriza, obstrução nasal, tosse (piora à noite), dor de garganta, febre (baixa), sintomas gerais.
TTO: Antipirético (não usar AAS), aumentar a oferta de líquidos, desobstruir o nariz, orientações.
PREVENÇÃO: Isolamento Respiratório e LAVAGEM DAS MÃOS.
COMPLICAÇÕES:
OTITE MÉDIA AGUDA
É uma complicação do Resfriado Comum
Clínica: DOR, otorréia (rompe membrana timpânica)
Diagnóstico: Abaulamento da Membrana timpânica
Tratamento: Amoxicilina 40-50mg/kg/dia por 10 dias
< 6 meses: tratamento para TODOS
meses – 12 anos: Quadro grave ou otorréia – tratamento para TODOS
meses – 24 meses: Não grave com OMA bilateral – Trata
>6 meses: Não grave – Não trata
Complicação: Mastoidite (abaulamento da região periauricular), é grave, necessita internação para ATB E.V.
SINUSITE AGUDA
É uma complicação do Resfriado Comum
Clínica: Resfriado arrastado, coriza abundante com obstrução nasal, febre, tosse intensa (diurna e noturna),
ausência de cefaleia (até 4-6 anos).
Diagnóstico: Clínico (Raio-X de seios nasais só visualiza após 4-6 anos, porque o único seio da face formado
e pneumatizado nessa idade é o seio etmoidal)
Tratamento: Antipirético, Solução Salina Nasal, Antibioticoterapia (quando acaba a tosse dá o ATB por mais
7 dias)
Complicação: Celulite (Peri) Orbitária – Acúmulo de secreção purulenta na região orbitária causando
proptose, dor a mobilização ocular, diplopia, pode levar a cegueira (é muito grave) – Deve internar o pcte e
dar ATB de amplo espectro e se necessário realizar drenagem ocular.
FARINGITE AGUDA BACTERIANA
25% das faringites são bacterianas e 75% são virais.
CLÍNICA: Febre + Dor abdominal, dor de garganta, exsudato amigdaliano, hiperemia de pilar anterior,
petequias de palato, adenopatia cervical anterior dolorosa única.
DIAGNÓSTICO: Hemograma e Swab de Orofaringe.
TRATAMENTO: Analgésico/antipirético + Antibioticoterapia (Escolha: PNC Benzatina I.M. D.U. –
Alternativas: Amoxicilina V.O. por 10 dias ou Eritromicina V.O. por 10 dias)
COMPLICAÇÕES:
1-FEBRE REUMÁTICA Complicação não supurativa prevenível com uso de ATB adequado até o 9° dia.
2-GNDA Complicação não supurativa não prevenível
3-ABSCESSO PERIAMGDALIANO Complicação supurativa normalmente polimicrobiana que causa disfagia,
sialorreia, desvio de úvula, amigdalite, trismo (dificuldade de abrir a boca) – Nesse caso deve internar o pcte
e dar ATB de amplo espectro, depois avalia necessidade de drenagem.
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CASO CLÍNICO 7 – INFECÇÃO DE VIAS AÉREAS INTERMEDIÁRIAS – CRUPE VIRAL:
Amanda, 7 anos, natural de Belo Horizonte, com queixa tosse, afonia e rouquidão. Mãe refere início de
quadro gripal com tosse, febre não termometrada há 3 dias, mas refere piora nas últimas 12 horas
“com tosse de cachorro e um barulho estranho durante a respiração (sic)” .
Faça Anamnese e Exame Físico direcionados – Diagnóstico – Conduta Terapêutica.
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ADENDO – INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
SINAIS SEMIOLÓGICOS: Taquipnéia e Estridor
IRA COM F.R. NORMAL – Infecção de Vias aéreas Superiores [Resfriado Comum e Faringite Bacteriana]
IRA COM ESTRIDOR + F.R. VARIÁVEL – Infecção das vias aéreas de condução extrapleurais
(intermediárias) [Epiglotite Aguda e Laringite Aguda]
IRA COM F.R. ELEVADA – Infecção das vias aéreas inferiores [Pneumonia e Bronquiolite]
ADENDO INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS INTERMEDIÁRIAS
EPIGLOTITE AGUDA
Etiologia bacteriana (principal é Haemophilus B que é protegido por vacina)
CRIANÇA COM ESSA CLÍNICA SEM VACINA FIQUE DE OLHO:
Clínica: Início agudo e evolução rápida, febre alta (toxemia), dor de garganta, sialorreia, disfagia,
dificuldade respiratória (ESTRIDOR), posição do TRIPÉ.
Diagnóstico: Clínico
Tratamento: Deixe a criança tranquila (no máximo ofereça O2 enquanto prepara tudo para
intubação), estabeleça via aérea definitiva (IOT) e depois proceda com realização de exames e ATB
(Amoxicilina-Clavulanato E.V. por 7 dias) [Se tentar visualizar orofaringe tem risco de obstrução
completa].
LARINGITE AGUDA OU CRUPÉ VIRAL
Etiologia viral
Clinica: Prodromos catarrais, tosse metálica (crupe viral), afonia e rouquidão, estridor (pode ser Leve
[exercício] ou Em Repouso [contínuo])
Diagnóstico: Clínico
Tratamento:
Estridor Leve – Vapor com ou sem corticoide
Estridor em Repouso – NBZ com adrenalina (adrenalina tem efeito e duração rápida) + Corticoide
(efeito depois de 6 horas no mínimo) Obs – Pode dar alta se não tiver estridor ou tiver estridor leve
depois de 6 horas que é quando o corticoide já estará fazendo efeito e não teremos mais o risco do
efeito rebote da adrenalina.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Realizou o exame genital e reconheceu que o testículo esquerdo não se encontrava na bolsa escrotal
e que não havia sinais de que o testículo estivesse no canal inguinal nem na região perineal.
Verificou se o testículo direito estava palpável no saco escrotal e se era de tamanho adequado
(estava e era normal)
Reconhece a criptorquidia e explica adequadamente a mãe sobre conduta expectante e cirurgica
Solicitou parecer do cirurgião para conduta cirúrgica, indicada de preferência antes de 1 ano de idade
Pergunta a mae se tem alguma duvida
ADENDO– CRIPTORQUIDIA
TRATAMENTO QUANDO TRATAR
Deve ser iniciado a partir do 6º mês de vida e completado ao término de 2º ano de vida. Justificativa
•Relocação do testículo no escroto (cosmético);
• Prevenção das lesões histológicas testiculares (infertilidade);
• Possibilidade de controle da malignidade;
• Tratamento da hérnia inguinal associada (90% dos casos);
• Risco de torção do testículo;
• Risco de trauma;
• Problemas psicológicos.
TRATAMENTO HORMONAL
OPÇÕES EXISTEM DUAS DROGAS PARA TRATAMENTO DO TESTÍCULO CRIPTORQUÍDICO:
Gonadotrofina coriônica (HCG)
Hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH)8(D)
Pode ser utilizado nas semanas que antecedem a cirurgia, para estimular a neovascularização
testicular, aumentando sua resistência ao trauma cirúrgico.
INDICAÇÃO:
• Testículo criptorquídico baixo;
• Testículos retráteis;
• Afecção bilateral.
CONTRAINDICAÇÃO:
Testículo ectópico,
Recém-nascidos,
Pacientes pós-puberais,
Prune-belly.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
INDICAÇÃO:
• Tratamento padrão;
• Testículo muito alto ou impalpável;
• Após falha ou rejeição do tratamento hormonal;
• Associação com hérnia inguinal.
CONTRAINDICAÇÃO: Não há.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
ADENDO – INFECÇÕES CONGÊNITAS
Transmissão hematogênica –> transplantaria –> via vertical
Manifestações anti –natais -> PMT/RCIU
Geralmente assintomáticas/manifestações inespecíficas
Cuidado ao avaliar a sorologia do RN
IgG materna passa a placenta (MÃE)
IgM não passaa placenta (FETO)
SÍFILIS = NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
AGENTE: Treponema Pallidum
AVALIAÇÃO DO RN:
Avaliação clínica
VDRL – sangue periférico
HEMOGRAMA – anemia/plaquetopenia/leucocitose/leucopenia
Análise do LCR – punção lombar
RX de ossos longos
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
REALIZAR todos os exames e tratar todos os casos:
LÍQUOR ALTERADO LIQUOR NORMAL E ASSINTOMATICO E TODOS OS
QUALQUER OUTRA EXAMES NORMAIS – VDRL NÃO
ALTERAÇÃO REAGENTE
PNC cristalina IV por 10dias PNC Cristalina IV 10 dias PNC BZT em DU + acompanhamento
(sem amostra do LCR tratar OU garantido se não conseguir o
como se tivesse alterado) PNC Procaina IM 10 dias acompanhamento tratar por 10 dias
TOXOPLASMOSE
AGENTE: Toxoplasma Gondii
TRANSMISSÃO: vertical, somente em fase aguda ou reativação na mãe imunodeprimida
RISCO DE TRANSMISSÃO: > no 3º trimestre >60%/ No 1º trimestre <20%
CLINICA: Inespecífica /Hepatomegalia /PIG
DIAGNÓSTICO:
Sorologia + neuroimagem
TRIADE DE SABIN: coriorretinite grave + hidrocefalia (obstrutiva) + CALCIFICAÇÕES DIFUSAS
TRATAMENTO:
Sulfadiazina + Pirimetamina + Ac. Folínico (1ºano de vida do RN)
Corticóide para coriorretinite grave ou LCR com proteinorraquia ↑ >1g/dl
RUBÉOLA = NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Mãe agudamente infectada durante a gestação
CLINICA:
Picos de maior transmissão 1º e 3º trimestre
A síndrome da RUBÉOLA CONGÊNITA é somente no 1º trimestre, geralmente da 8ª a 12ª semanas
Surdez
Catarata (reflexo vermelho ausente) pode haver coriorretinite
Cardiopatia congênitasopro cardíaco:
Persistência do canal arterial
Estenose da artéria pulmonar
TRATAMENTO: manejo das sequelas
CMV
Citomegalovirose aguda (primária durante a gestação)
Reativação de infecção latente
Infecção por cepa diferente da 1ª infecção
CLINICA: Manifestações específicas CALCIFICAÇÕES PARAVENTRICULARES
TRATAMENTO: Ganciclovir IV por 6 semanas
SEQUELAS: Surdez Neurossensorial não hereditária da infância
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ADENDO – TRIAGEM NEONATAL
OBJETIVOS
Identificar distúrbios e doenças no recém-nascido em tempo oportuno para intervenção adequada,
garantindo tratamento e acompanhamento contínuo às pessoas com diagnóstico positivo, conforme
estabelecido nas linhas de cuidado, com vistas a reduzir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de
vida das pessoas.
A triagem neonatal é realizada por meio de testes capazes de detectar precocemente um grupo de
doenças congênitas e hereditárias, geralmente assintomáticas no período neonatal (até 28 dias do
nascimento).
Todos os resultados dos testes, retestes, diagnóstico, monitoramento ou acompanhamento devem ser
informados no prontuário e na caderneta da criança. Vale destacar, a importância de garantir o
acolhimento e orientações aos pais ou responsáveis.
PROGRAMA NACIONAL DE TRIAGEM NEONATAL DO MS DE 2013 É COMPOSTO PELOS SEGUINTES
COMPONENTES:
I - Triagem Neonatal Biológica (Teste do Pezinho)
II - Triagem Neonatal Auditiva (Teste da Orelhinha)
III - Triagem Neonatal Ocular (Teste do Olhinho)
I – TESTE DO PEZINHO
Idealmente realizado entre o 3º e 7º dia de vida, nunca antes das 48h de amamentação e nunca após
30 dias.
FASES DO PROGRAMA (TESTE DO PEZINHO)
FASE I FASE II FASE III FASE IV
Fenilcetonúria Fenilcetonúria Fenilcetonúria Fenilcetonúria
Hipotireoidismo Hipotireoidismo Hipotireoidismo Hipotireoidismo Congênito
Congênito Congênito Congênito Doença Falciforme e outras
Doença Falciforme e Doença Falciforme e Hemoglobinopatias
outras outras Fibrose Cística
Hemoglobinopatias Hemoglobinopatias Hiperplasia Adrenal Congênita
Fibrose Cística Deficiência de Biotinidase
FASE IV: Regiões SUL/SUDESTE/Bahia/DF
FASE III: Regiões NORTE/NORDESTE/CENTRO-OESTE
FASE II: Amapá/Tocantins
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HIPERPLASIA CONGÊNITA DA SUPRA-RENAL: provoca uma deficiência na produção de hormônios pelas
glândulas supra-renais ou adrenais. Para compensar, a hipófise produz excesso de hormônios que
estimulam as supra-renais, que aumentam de tamanho e passam a produzir em excesso hormônios que
levam à masculinização do corpo da criança. Além disso, pode ocorrer desidratação, perda de sal no
organismo e vômitos.
FIBROSE CÍSTICA: doença multissistêmica que causa insuficiência pancreática, infecções de vias aéreas
e síndromes disabsortivas.
São necessários acompanhamentos: espirometria 2/ano, TC tórax a cada 2 anos, Escarro em toda
consulta.
DIAGNÓSTICO:
Teste do suor >60meq/l (2 testes) + história familiar ou sintomas ou enzima pancreática
Triagem neonatal/tripsiogênio/ Enzimas pancreáticas
TRATAMENTO:
ATB (Oxacilina + Amicacina + Ceftazidima)
Mucolíticos,
Nebulização com salina 7% 4x/dia,
Lipase 1000UI/kg/cada refeição,
Vacinas anti- Pneumocócica + anti- Influenza + anti- Varicela
II – TESTE DA ORELHINHA
FATORES PERINATAIS QUE AUMENTAM O RISCO DE PERDA AUDITIVA:
Asfixia (APGAR <6 no 5ºminuto) Anomalias craniofaciais
História familiar de surdez congênita Espinha bífida
Infecções TORCHS Cromossomopatias
Hiperbilirrubinemia Drogas ototóxicas
Sepse/meningite Peso <1500g
Hemorragia interventricular Ventilação mecânica >5dias
Convulsões
O tempo ideal para diagnóstico é <3 meses e inicio do tratamento até 6 meses.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
TESTE DO CORAÇÃOZINHO/OXIMETRIA DE PULSO
É um teste recomendado pela SBP, ainda não pertence ao grupo de triagem neonatal do MS.
Detecção precoce de cardiopatias congênitas críticas como por exemplo:
Cardiopatias críticas com fluxo pulmonar dependente de canal: ATRESIA DE ARTERIA PULMONAR
Cardiopatias críticas com fluxo sistêmico dependente de canal: HIPOPLASIA DE CORAÇAO ESQUERDO
E COARTAÇAO GRAVE DE AORTA
Cardiopatias com circulação em paralelo: TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS
O teste da Oximetria deve ser realizado em todo Neonato >34 semanas, após 24h de vida e antes da
alta da maternidade:
Local: extremidade do MSD (representa a saturação pré-ductal) e extremidade de um dos MI
(representa a saturação pós-ductal), é necessário que as extremidades estejam aquecidas.
RESULTADO NORMAL: SO2 95% em ambos os locais e diferença entre a medida do MS e do
MI
RESULTADO ANORMAL: < 95% ou se a diferença entre MS e MI for 3%.
Diante desse resultado, deve-se repetir o exame em 1hora.
Caso se mantenha, a criança deverá realizar um ECOCARDIOGRAMA dentro das próximas 24 e
encaminhada a cardiologia.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Introduzir o laringoscópio e iniciar aspiração traqueal, introduzir cânula e conectar o aspirador
externo e retirar em seguida
Iniciar ventilação por pressão positiva com ar ambiente 40-60/min (sem resposta associar o2 a
100%)
Checar técnica
Considerar intubação oro-traqueal, em seguida verificar fc
Iniciar massagem cardíaca 3:1
Solicitar acesso de via venosa umbilical
Infundir adrenalina (0.1 a 0.3ml/kg) seguido por 1ml de sol fisiológica, sem que se interrompa as
massagens e ventilação
PARTE IV – FIM DO PROCEDIMENTO APÓS 10 MINUTOS DE REANIMAÇÃO SEM RESPOSTA.
Se não haver o oxímetro e BLENDER disponíveis – iniciar VPP em ar ambiente para todas as idades,
após 30 segundos sem melhora, associar O2.
MASSAGEM CARDÍACA:
1/3 do dm AP do tórax
3:1 compressão/ventilação (90 movimentos e 30 ventilações/minuto)
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
ESCORE DE APGAR
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CASO CLÍNICO 10 – DOENÇA DIARRÉICA AGUDA/DESIDRATAÇÃO:
Mãe traz filho de 7 meses para pronto socorro referindo muitos episódios de diarreia há 2 dias. Nega
febre e vômitos.
Realize Anamnese direcionada, Exame Físico, Diagnóstico e Tratamento.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
ADENDO DOENÇA DIARREICA AGUDA – DESIDRATAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DOENÇA DIARREICA AGUDA:
1. Diarreia aguda é quando dura < 14 dias
2. Diarreia Persistente é quando dura entre 14 – 30 dias
3. Crônica é quando dura > 30 dias
ETIOLOGIA DDA CLÍNICA DDA
Viral (principal), Diárreia, Vômitos, Perda de apetite, Febre, Coriza, Distensão abdominal,
Bacteriana, Protozoários Alteração de RHA (aumentados, diminuídos ou abolidos)
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO
PLANO DE TTO A B C
COMO CLASSIFICAR < 2 sintomas do B e C ≥ 2 sint. do B + < que 2 do C ≥2 sintomas do C
PALAVRA CHAVE NORMAL S/ “MUITO” “MUITO”
SINTOMAS SEM DESIDRATAÇÃO LEVE A MODERADA GRAVE
ESTADO GERAL Alerta Irritado Comatoso/Letárgico
SEDE Bebe normalmente Sedento/ com avides Incapaz de beber
FC Normal Normal a aumentada Aumentada
PULSO Normal Normal a diminuído Fraco/Impalpável
OLHOS Normal Fundos Muito Fundos
LÁGIMAS Presentes Diminuídas Ausentes
MUCOSAS Úmidas Secas Muito secas
FONTANELA Normal Deprimida Muito Deprimida
SINAL DA PREGA Recolhe rápido Recolhe < 2 seg Recolhe >2 segundos
ENCHIMENTO CAPILAR Normal Lento Muito Lento
EXTREMIDADES Quentes Frias Frias/Moteadas
DÉFICIT DE PESO < 3% 3a9% > 9%
NÃO ESQUECER DE PESAR SEMPRE A CRIANÇA E IDENTIFICAR PERDA DE PESO (Item OBJETIVO)
TRATAMENTO
PLANO A PLANO B PLANO C
Terapia de Reidratação Oral Reidratação Venosa
Não é necessário Administrar SRO 50-100ml/kg em 4- EXPANSÃO: Solução Cristaloide 100ml/kg:
internação 6hrs que deve ser administrado em <1 ANO (6h) >1 ANO (3h)
Orientar aumento da pequenas quantidades e com alta 30ml/kg em 1 h 30ml/kg em 30 minutos
ingesta de líquidos frequência. 70ml/kg em 5 h 70ml/kg em 2h e 30min
Administração de Reavaliar constantemente quanto à MANUTENÇÃO: Reposição hídrica em 24h:
solução após perdas: desidratação, peso e diurese. 1-Regra de Holliday:
até 12 meses = 50-100ml Manter somente aleitamento < 10kg = 100ml/kg
>12 meses = 100-200ml materno, retira outros alimentos 10-20kg=1000ml + 50ml/kg acima de 10kg
>10 anos = quantidade Após o fim, se o paciente estiver >20kg = 1500ml + 20ml/kg acima de 20kg
desejada reidratado deve dar alta com uso de 2-Soro a 1:4 =1 parte de SF 0,9% : 4 partes
Alimentação usual SRO após perdas. de SG5%
(corrigir erros dietéticos Obs1: A TRO está contraindicada se 3-Reposição de K: 1ml de KCl 19,1% para
graves) o paciente tiver com desidratação cada 100ml de solução
Orientar família sobre grave, vômitos incontroláveis, REPOSIÇÃO Reposição hídrica para perdas:
os sinais de desidratação distensão abdominal com íleo Iniciar com 50ml/kg adicional ao soro de
Obs: Soro caseiro se faz paralítico. manutenção
com um copo de água Obs2: A Gastróclise está indicada Solução 1:1 = 1 parte de SF 0,9% : 1
limpa filtrada ou fervida em caso de Perda de peso após as 2 parte de SG5%
(200ml) + uma medida primeiras horas de TRO, Vômitos ZINCO: está associada à redução da
pequena e rasa de sal persistentes (>4episódios/hora) gravidade de DDA:
(aproximadamente 1 depois de iniciada a TRO, Distensão < 6 meses = 10mg/dia por 10-14 dias
pitada) + Duas medidas abdominal acentuada com ruídos > 6 meses = 20mg/dia por 10-14 dias
grandes e rasas de açúcar hidroaéreos presentes, Recusa ou
dificuldade de ingerir TRO.
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CASO CLÍNICO – SARAMPO:
Um lactente com nove meses de idade vem à consulta na Unidade Básica de Saúde (UBS) com febre há
seis dias, acompanhada de tosse, secreção seromucosa nasal, hiperemia e secreção conjuntival intensa.
Procurou a UBS no início dos sintomas, sendo diagnosticado um quadro gripal. A mãe retorna para
reavaliação, pois a febre não cessou e os sintomas pioraram com o surgimento de manchas
avermelhadas no rosto, que progrediram para o tronco há um dia. Ao exame físico: bom estado geral,
ativo, afebril, frequência cardíaca = 120 bpm, frequência respiratória = 40 irpm, auscultas pulmonar e
cardíaca sem alterações. Boa perfusão periférica. Otoscopia normal. Oroscopia com mucosa
hiperemiada e pequenas manchas brancas com halo eritematoso próximo aos pré-molares. Pele:
exantema maculopapular em tronco e face.
ANAMNESE
Cumprimentou a mãe e identificou-se de maneira adequada
Solicitou dados da criança + cartão da criança
Estabeleceu clima harmônico na consulta, interagindo efetivamente com a mãe do paciente
Ouviu com atenção as queixas da mãe do paciente, sem interrupção
Usou efetivamente uma linguagem não verbal (postura/gestual/atitude)
Identificou nos dados apresentados o quadro de Sarampo
Investiga histórico vacinal dos contactantes (grávida, crianças)
EXAME FÍSICO
Lavou as mãos
Pesou a criança/mediu/perímetro cefálico
Avaliou as lesões exantemáticas, descrevendo as características
Examinou conduto auditivo/pulmão (complicações)
CONDUTA E TRATAMENTO
Explicou à mãe a origem da doença e evolução da mesma
Orientou quanto ao contato com outras crianças ou pessoas não vacinadas para o risco de
contagio
Enfatizou a importância das vacinas em dia e alertou quanto as próximas doses
Alertou quanto as complicações e sinais alerta (dispneia, taquicardia)/ de infecção (conjuntivite
purulenta/pneumonia/OMA)
Prescreveu vitamina A - 100.000 U.I (VO)/ antitérmico / orientou uma adequada
hidratação/alimentação/ repouso
Solicitou retorno em 48h
Perguntou à mãe se tem alguma dúvida
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ADENDODOENÇAS – EXANTEMÁTICAS
SARAMPO - NOTIFICAÇÃO IMEDIATA
FÁMILIA: Paramyxoviridae
COMPLICAÇÕES:
OMA – mais comum
Pneumonia (mais mata por ser mais comum que encefalite)
Encefalite
TRATAMENTO: Não existe tratamento específico para a infecção por sarampo. O tratamento
profilático com antibiótico é contraindicado.
É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, a fim de
reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda
administrar a vitamina A, em todas as crianças, no mesmo dia do diagnóstico do Sarampo, nas
seguintes dosagens:
• Crianças menores de seis meses de idade - 50.000 Unidades Internacionais(U.I.): uma dose, em
aerossol, no dia do diagnóstico; e outra dose no dia seguinte.
• Crianças entre seis e 12 meses de idade - 100.000 U.I: uma dose, em aerossol, no dia do
diagnóstico; e outra dose no dia seguinte.
• Crianças maiores de 12 meses de idade - 200.000 U.I.: uma dose, em aerossol ou cápsula, no
dia do diagnóstico; e outra dose no dia seguinte.
Para os casos sem complicação manter a hidratação, o suporte nutricional e diminuir a hipertermia.
Muitas crianças necessitam de quatro a oito semanas, para recuperar o estado nutricional que
apresentavam antes do sarampo. As complicações como diarréia, pneumonia e otite média, devem
ser tratadas de acordo com normas e procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde
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RUBÉOLA – NOTIFICAÇÃO IMEDIATA
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ESCARLATINA
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VARICELA - NOTIFICAÇÃO IMEDIATA (grave/óbito)
ALEITAMENTO: aleitamento materno por ordenha, sem contato com o RN até remissão da doença
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CLÍNICA
MÉDICA
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CASO CLÍNICO 1 – CRISE ASMÁTICA:
Paciente masculino de 23 anos de idade vem a consulta no UBS com queixa de dificuldade de respirar e
tosse. Exame Físico apresenta sibilos expiratórios, FR: 22 irpm.
Faça a avaliação diagnostica quais exames complementares e a conduta terapêutica:
Cumprimentou o paciente e apresentou-se como médico.
Perguntou o nome do paciente e idade.
Perguntou Queixa Principal
Lavou as mãos antes de realizar o exame físico e pediu permissão para examinar o paciente
Realizou exame físico direcionado (Estado Geral [Bom]– Uso de Musculatura acessória [Sim] –
Ausculta Pulmonar [Sibilos] – F.R. [28irpm] /F.C. [106bpm])
Solicitou Peak Flow (PFE)[55%] e Oximetria de Pulso [96%]
Formulou o diagnóstico adequado de crise asmática.
Classificou a crise asmática como Leve/moderada
Indicou o emprego de um B2 agonista de curta duração (fenoterol 10gts) + S.F. (4ml) + O2 6l
Repetiu 3 ciclos reavaliando o paciente cada 30 min. [Não houve melhora]
Indicou associação com Brometo de Ipatrópio (Atrovent 20gts) + Corticoide V.O. (Prednisona 40-
60mg) 30/30min por 4 horas
Após melhora do paciente prescreveu Salbutamol para crises e Corticoide V.O. diário por 7-
10dias
Orientou a forma de uso dos medicamentos
Orientou retorno
Perguntou ao paciente se tinha alguma dúvida.
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Lavou as mãos antes de realizar o exame físico e pediu permissão para examinar o paciente
Realizou exame físico direcionado (Estado Geral [Bom]– Uso de Musculatura acessória [Não] –
Ausculta Pulmonar [Sibilos escassos] – F.R. [18irpm] /F.C. [90bpm])
Solicitou Espirometria com prova com broncodilatador [alterado]
Formulou o diagnóstico adequado de asma.
Classificou a Asma como Não Controlada
Explicou o diagnóstico para mãe
Indicou para tratamento – Medidas Ambientais + Salbutamos Aerossol se necessário +
Budesonida 50ug 1 puff 12/12hrs + Salmeterol 25ug 2 puff 12/12hrs
Orientou a forma de uso dos medicamentos
Orientou retorno
Perguntou ao paciente se tinha alguma dúvida.
ADENDO ASMA
SE O PACIENTE CHEGAR COM CRISE
1º CLASSIFICAR A GRAVIDADE DA CRISE:
Fazer o Exame Físico (1-Estado Geral; 2-Uso de musculatura acessória; 3- Ausculta pulmonar; 4-FR/FC)
Solicitar Peak flow (PFE).
Solicitar Oxímetria.
Solicitar Gasometria (Indicação: Sinais de gravidade; PFE < 30% do valor basal; Saturação O2 <93%)
CRISE LEVE/MODERADA CRISE GRAVE CRISE MUITO GRAVE
Bom Estado Geral Regular Estado Geral Mal Estado Geral
PFE: > 50% do basal PFE: 30 a 50% do basal PFE: < 30% do basal
SpO2: >95% SpO2: 91 a 95% SpO2: < 90%
Gaso: Alcalose Respiratória Gaso: Normal Gaso: Acidose Respiratória
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MANUTENÇÃO DA ASMA
Passo 1 Medidas ambientais + B2 agonista de curta duração. [Salbutamol Aerossol conforme
necessidade do paciente]
Passo 2 Passo 1 + corticoide inalatório de baixa dose [Budesonida 200ug Aerossol – Dose baixa:
1puff 12/12hrs]
Passo 3 Passo 1+ Passo 2 + B2 agonista de longa duração [Salmeterol 25ug Aerossol – Dose média
2puff 12/12hrs] (em crianças < de 5 anos não faz B2 de Longa, apenas aumenta a dose do
corticoide inalatório).
Passo 4 Passo 1+Passo 2 (corticoide inalatório de media/alta dose) [Budesonida 200ug Aerossol –
Dose Média 2 puff 12/12hrs – Dose Alta 3 puff 12/12hrs] + B2 agonista de longa duração
Passo 5 Passo 1+ Passo2 (corticoide inalatório de media/alta dose) + B2 agonista de longa duração
e Corticoide Oral [Prednisona 1-2mg/kg 1comprimido ao dia (dose máxima para crianças
40mg e para adulto 60mg)]
TÉCNICA DE COLETA DE GASOMETRIA
1º Realizar Teste de ALLEN: comprimir as artérias Unar e Radial com os dedos polegares; pedir ao
paciente abrir e fechar as mãos varias vezes até surgir palidez das palmas; soltar o fluxo apenas da
artéria Unar; Observar se há boa reperfusão sanguínea (< 6 segundos) capas de nutrir a mão da
paciente na falta do fluxo sanguíneo da artéria Radial.
2º Separar material
3º Seringa heparinizada
4º Palpar artéria: com indicador e médio
5º Ângulo de entrada 45:
6º Movimento Único de Entrada
7º Retirar Agulha e pressionar local por 5 min
GASOMETRIA
GASOMETRIA ARTERIAL NORMAL:
pH= 7,35-7,45
PCO2= 35-45 mmHg
HCO3 act= 22-26 meq/l
HCO3 std = 22-26 meq/l
BBecf= 48 meq/l
BEecf = 3,0+ 3,0 meq/l
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2º Passo: ver a origem: se é Metabólica ou Respiratória analisando o PCO2 e HCO3:
Acidose metabólica = pH < 7,35 + HCO3 < 22
Alcalose metabólica = pH >7,45 + HCO3 >26
Acidose Respiratória = pH < 7,35 + PCO2 > 45
Alcalose Respiratória = pH >7,45 + PCO2 < 35
OBS: os valores esperados para a resposta compensatória pode aceitar uma variação de até ± 2
6º Passo: Ver se a clínica do paciente é compatível com o tipo de distúrbio, porém a gasometria é
mandatória!!!
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ADENDO - DPOC
Obstrução do fluxo que não é totalmente Reversível
Obstrução é progressiva e associada a uma resposta inflamatória do pulmão a partículas de gases tóxicos
TIPOS
Bronquite crônica obstrutiva -> BLUE BLOATER -> Bronquítico
Enfisema Pulmonar -> PINK PUFFER -> Enfisematoso
Obesidade Caquético
Crepitações + chiado MV↓ / ruídos respiratórios ↓
Tosse produtiva crônica Mínima tosse
Expectoração purulenta Respiração ‘lábio franzido’
Retenção de co2- insensível Utiliza os músculos respiratórios acessórias
Cianose Pele rosada
Edema periférico Tórax em barril
Taquipnéia + aumento ventilação/ minuto
Co2 responsivo + hiperventilação
compensatória
ABORDAGEM
Em média 20 anos de tabagismo para início da sintomatologia. SUSPEITA:
Dispneia = IC -> Progressiva, persistente, piora com exercícios (3P)
Tosse crônica – intermitente e pode ser seca
Expectoração crônica (mucoide ou de qualquer tipo)
Histórico familiar de DPOC
FATORES DE RISCO
Tabagismo
Poluição
Pobreza
Infecção (TB)
Deficiência de alfa 1 anti- Tripsina ( ENFISEMA PULMONAR) : Quando suspeitar?
Enfisema em jovem sem risco conhecido
Enfisema em Região Basal
Hepatopatia inexplicada
Vasculite C-ANCA + Wegener
Histórico familiar
Biópsia é diferente do tabagismo : ENFISEMA PANACINAR (tto: reposição de alfa1antitripsina)
Biópsia do enfisema- tabagismo: CENTROACINAR
DIAGNÓSTICO: Espirometria
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TRATAMENTO
MANUTENÇÃO:
1º “A” Cessar tabagismo + B2 de curta de alívio + vacina para Pneumococo/Influenza
2º “B” Broncodilatador de longa ação (B2 ou tiotrópio) + Reabilitação
3º “C” Corticóide Inalatório
4º “D” B2 Longa e/ou Tiotrópio
OBS: O2 domiciliar se:
PaO2 ≤ 55 OU SatO2 ≤ 88% em repouso
PaO2 56-59 +Ht > 55% OU cor pulmonale
CIRURGICO: Transplante pulmonar
DPOC DESCOMPENSADA
SUSPEITA: 1 ou + sintomas cardinais
TRATAMENTO:
1º Avaliar intubação Orotraqueal (IOT): Asma ou Ph<7, 25 + pco2 >60 (solicitar RX de tórax/
hemograma)
2º ATB:
Amoxicilina + ac. Clavulanato
Macrolídeo
Cefalosporina de 2ª/3ª ou 4ª para Pseudomona
Quinolona Respiratória (Levofloxacina)
3º Broncodilatador Inalatório de curta: B2 Agonista ATROVENT
4º Corticóide por 10-14 dias: Prednisona VO ou Metilprednisolona 40-60mg/dia IV
5º Dar Oxigênio: com baixo fluxo 3-4L (Alvo da SATURAÇÃO de O2: 88-92%)
6º Iniciar Ventilação Não Invasiva (VNI): Ph 7,35 paco2 45 Dispnéia grave
COR PULMONALE
Insuficiência cardíaca resultante de doença pulmonar, mais comumente devido à DPOC.
Outras causas incluem fibrose pulmonar, pneumoconioses, embolia pulmonar recorrente, hipertensão
pulmonar primária, apneia do sono e cifoescoliose.
As manifestações clínicas são produzidas pela doença pulmonar subjacente e pela insuficiência
ventricular direita.
A radiografia de tórax revela aumento do ventrículo direito e da artéria pulmonar; o eletrocardiograma
pode mostrar desvio do eixo para a direita, hipertrofia ventricular direita e ondas P altas e apiculadas (P
pulmonale) na presença de baixa voltagem de QRS.
As provas de função pulmonar geralmente confirmam a presença de doença pulmonar subjacente, e o
ecocardiograma revela dilatação do ventrículo direito, porém, com função ventricular esquerda normal
e elevação da pressão sistólica ventricular direita.
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CASO CLÍNICO 2 – ANEMIA:
Mulher 54 anos, procura atendimento por quadro de fraqueza, cansaço, dispneia aos grandes esforços,
ao exame clinico apresenta-se em bom estado geral, descorada, murmulho vesicular bilateral presentes
sem ruídos adventícios , bulhas cardíacas rítmicas e normofonéticas sem sopro, Hb: 8g-dl, Ht: 24%,
ferritina 20ng-ml, saturação de transferrina 10%.
1- De o principal diagnóstico:
2- Conduta frente ao caso da paciente:
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ADENDO – ANEMIA
Ferro sérico de 60-150mcg-dl, geralmente vem menor a 30.
Ferritina 30-100ng-dl, geralmente na anemia vem menor a 30.
TBIC 250-360mcg-dl, geralmente vem maior a 360.
Saturação de transferrina 20-40%, geralmente vem menor a 10%
Pode cursar com RDW alto, normal de 10-14%.
Plaquetas altas, trombocitose
A apresentação clinica pode também apresentar: glossite, queilite angular, coiloniquia, disfagia
(plummer-vinson), perversão do apetite (picacismo).
Investigar sempre a causa, crianças: prematuridade, gemelaridade e parasitoses, adultos: gravidez,
hipermenorreia, doença celíaca, perda gastrointestinal.
Ver se tem resposta ao tratamento, contagem de reticulócitos pico em 5-10 dias.
A resposta ao tratamento deve ser observada em 5-10 dias avaliando-se a contagem dos reticulocitos.
A hemoglobina e o hematócrito começam a subir em 2 semanas (o início da melhora é mais rápida
quanto mais grave for a anemia), geralmente voltando ao normal em 2 meses após o início da terapia.
A reposição de ferro elementar deve durar 3-6 meses após a normalização do hematócrito (total de 6-
12 meses), no intuito de reabastecer os estoques corporais desse elemento. O controle pode ser feito
com a ferritina sérica, que deve chegar a valores acima de 50ng\ml, em crianças, recomenda-se uma
duração de 3-4 meses para a terapia de reposição, ou 2 meses após a normalização da hemoglobina.
O Fe sérico se normaliza em 2 meses, mas o tratamento é por 6 meses ou até ferritina maior a
50ng\ml, para repor estoques.
Deve ser orientado ao paciente a tomar o sulfato ferroso distante das refeições e junto com ácido
ascórbico, pois de estomago vazio e junto a ácidos há uma melhor absorção, caso haja intolerância
gástrica, pode tomar junto as refeições.
Pensar em anemia megaloblástica em pacientes alcoólatras, uso de fenitoína, vegetarianos ou doenças
autoimunes (celíaca, vitiligo), pois podem estar associadas a anemia perniciosa, pensar falta de vit, B12
se sd. Neurológicas, solicitar ácido metilmalônico e homocisteína, Lab: VCM alto, plaquestas baixa, LDH
alto. Tratamento acido fólico de 1-5mg VO dia e vitita. B12 1000mug dia IM por 7 dias, em seguida
semanal por 4 semanas, depois mensal.
TRATAMENTO PROFILÁTICO DE ANEMIA EM PEDIATRIA SEGUNDO MS
1-Criança a termo em a termo >2,5kg:
< 6 meses em AME ou Fórmula infantil não recebe
˃ 6 meses recebe 1mg/kg/dia de Fe elementar até 2 anos (exceto se recebe > 500ml/dia de
Fórmula Infantil)
2-Prematuro (< 37 semanas ou < 2,5kg) Recebe de 30 dias-2 anos:
1º ano:
< 2500: 2mg/kg/dia
< 1500: 3mg/kg/dia
< 1000g: 4mg/kg/dia
2º ano: 1mg/kg/dia
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CASO CLÍNICO 3 – TAQUIARRITMIAS - TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR PAROXÍSTICA:
Mulher de 29 anos, comparece ao PS com queixa de palpitações taquicárdicas, sudorese e mal-estar de
início há 20 minutos. Nega comorbidades, uso de drogas ilícitas ou medicamentos. Ao exame físico
apresenta-se com PA=82x44. Realizou um eletrocardiograma cujo resultado está reproduzido a seguir.
O tratamento dessa paciente é:
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ADENDO – TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR PAROXÍSTICA
A taquicardia supraventricular paroxística trata-se de uma arritmia comum na prática médica,
especialmente em setores de emergência e pronto atendimento, pode acometer qualquer idade,
sempre começa e termina subitamente, acontece em pacientes jovens, hígidos, sem comorbidades,
geralmente mulheres. Para desenvolver tal arritmia o indivíduo precisa ter desde o nascimento uma
dupla via nodal, ou seja, o nódulo AV apresenta duas vias de condução, com propriedades
eletrofisiológicas diferentes. Apesar de 25% da população ter dupla via nodal, somente a minoria
dessas pessoas terá esta arritmia.
TRATAMENTO
O tratamento é feito baseando-se se o paciente está hemodinamicamente estável ou não.
ESTÁVEL:
1-Realizamos a manobra vagal, tendo a precaução de auscultar a carótida do paciente, pois se
apresentar sopro, não deve ser realizada, pois indica que ali se tem uma placa ateromatosa, podendo
haver um desprendimento da mesma e acarretando danos maiores que a arritmia em si.
2-Caso a manobra vagal teve insucesso, pois apenas 25% apresentam resposta a essa terapia, ou o
paciente possui contraindicação de realizar a manobra, devemos administrar adenosina IV (6mg em 1-2
segundos, injeção rápida), se adenosina não reverteu a arritmia devemos repetir com dose dobrada. O
medicamento de segunda escolha é o veramapil IV(ataque:2,5-5mg IV em 2min, pode repetir a dose de
5mg após 15-30 minutos). A Adenosina está contraindicada no uso da TEOFILINA.
INSTÁVEL:
Realizamos a cardioversão. Não podemos nos esquecer do mnemônico para cardioversão elétrica:
I = Informar
S = Sedar
A = Ambusar\ analgesia
S = Sincronizar
C= Chocar
Sedamos e fazemos a analgesia= propofol ou midazolam (sedativos-hipnóticos) + fentanil (analgésico).
O paciente deve estar com O2 suplementar conforme necessidade, além de acesso venoso periférico e
monitorização contínua do eletrocardiograma e dos sinais vitais (OVM: oxigênio, veia e monitor),
ficando o material de reanimação prontamente disponível. O choque como vimos na aula prática,
vamos gravar um padrão 100J, tanto para aparelhos monofásicos quanto bifásicos.
TRATAMENTO DE PROFILAXIA DAS CRISES
Digoxina, verapamil (240-480mg de 8\8h) diltiazem ou betabloqueadores (Metropolol 50-400mg\dia de
12\12h).
Tratamento definitivo
Ablação com radiofrequência (sucesso em 95% dos casos)
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CASO CLÍNICO 4 – ARRITMIAS – FIBRILAÇÃO ATRIAL:
Mulher com 60 anos de idade, hipertensa, vai à consulta em UBS porque apresentou quadro de
parestesias e hemiparestesias no MSE há uma semana, com reversão espontânea completa em 12
horas. PA= 180x110mmHg, ausculta cardíaca com ritmo irregular, em 2 tempos, exame neurológico sem
alterações significativas. Traz tomografia computadorizada de crânio sem contraste, realizada no dia dos
sintomas, que é normal. Realizou eletrocardiograma conforme mostrado abaixo que é normal. Realizou
eletrocardiograma conforme mostrado abaixo.
Objetivo: Qual o fármaco, além do tratamento anti-hipertensivo, é o mais indicado para essa paciente
como medida de maior impacto na prevenção de novos episódios do quadro neurológico?
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ADENDO – FIBRILAÇÃO ATRIAL
Toda FA estável diagnosticada temos que pesquisar fatores desencadeantes. Muitas vezes o contexto
clinico nos fornece pistas obvias (pós-operatório de cirurgias cardíacas, sepse), outras vezes o paciente
é totalmente assintomático, sendo a FA descoberta por acaso, temos por obrigação rastrear distúrbios
tireoideanos(TSH, T4L) e doenças valvares ou miocárdicas ocultas (ecocardiograma), além de solicitar
exames de rotina (hemograma, bioquímica, função renal), revisão de medicamentos é fundamental
(teofilina, e outros simpatomiméticos), libação alcoólica e uso de drogas ilícitas.
PASSO A PASSO FRENTE UMA FA ESTÁVEL
1º PASSO: temos que fazer controle da frequência cardíaca, até planejarmos o controle do ritmo
(cardioversão), ou podemos optar somente pelo controle da frequência. O controle da frequência é
feito com inibição do nódulo AV, com as seguintes drogas: 1-digitálicos, 2-antagonistas canais de cálcio
não-diidropiridínicos, 3-betabloquadores.(Meta do controle da FC é uma FC menor a 110bpm em
repouso).
1- Digitálicos: digoxina VO 0,125-0,375mg 1x\dia
2- Antagonistas canais de cálcio não-diidropiridínicos: diltiazem 120-360mg\dia (4 tomadas);
verapamil 240-480mg\dia (3 tomadas)
3- Betabloquadores: Metropolol 50-400mg (2 tomadas) – Antes dar dose de ataque
2º PASSO: consiste na anticoagulação:
RISCO ALTO “EPE” INTERMEDIÁRIO RISCO “dos Is”
Estenose mitral Idade maior a 75 anos
Prótese valvar mecânica “Ipertensão” arterial
Embolia prévia: AVE, AIT, Insulina – Diabete
IC\ FE menor 35%
Grupo de risco= warfarin; Sem risco= AAS
Warfarina a dose dever ser ajustada para manter um INR entre 2-3.
Deve ser feita enoxaparina 1mg\kg SC de 12\12h + warfarina (dose ajustada para manter um INR entre
2-3, suspendendo a heparina após o INR atingir faixa terapêutica.
3º PASSO: devemos nos perguntar, qual a melhor estratégia para uma FA estável recém-diagnosticada,
controle do ritmo ou controle da frequência?
Grandes estudos mostraram resultados semelhantes frente as duas condutas, desde que o controle da
frequência seja feita da maneira correta e seguido o protocolo de anticoagulação conforme o grupo de
risco, os estudos mostraram que pacientes submetidos ao controle do ritmo evoluiu com recidiva da FA
e acabaram sendo mais internados no hospital com mais frequência.
Cardioversão eletiva. Pode ser química (farmacológica) com amiodarona [400mg 12/12hrs por 2-4
semanas depois 200 mg 12/12hrs por 2 semanas e depois 1x/dia por toda a vida] OU elétrica
(cardioversão):
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Devemos prescrever um antiarrítmico para manter o ritmo sinusal, o antiarrítmico mais indicado seria a
amiodarona.
FA INSTÁVEL
Pacientes que chegam a emergência instáveis: hipotensão arterial grave, congestão pulmonar e\ou
isquemia miocárdica, a conduta é CARDIOVERSÃO ELÉTRICA IMEDIATA.
Como o paciente instável pode morrer a qualquer momento, é preciso estabiliza-lo (revertendo a
arritmia) o quanto antes,
Não devemos nos esquecer do mnemônico ISASC para a cardioversão.
Sedamos e fazemos a analgesia= propofol ou midazolam (sedativos-hipnóticos) + fentanil
(analgésico).
O paciente deve estar com O2 suplementar conforme necessidade, além de acesso venoso periférico
e monitorização contínua do eletrocardiograma e dos sinais vitais (OVM: oxigênio, veia e monitor),
ficando o material de reanimação prontamente disponível.
O choque como vimos na aula prática, vamos gravar um padrão 100J, tanto para aparelhos
monofásicos quanto bifásicos.
OBS: pacientes que se tentou controle da frequência e ritmo e foram refratários, não se atingiu as
metas preconizadas, ou atingiram e continuaram bastante sintomáticas, o único recurso disponível é
a terapia intervencionista a Ablação por Radiofrequência.
ADENDO – FLUTER ATRIAL
DEFINIÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA
1-Frequencia atrial acima de 250bpm (geralmente 300bpm), observadas pela frequência das ondas F;
2-Ausência de uma linha isoelétrica entre estas ondas atriais (ondas F), o que pode dar um aspecto em
dente de serra.
3-A frequência cardíaca costuma ser de 150bpm (metade da frequência atrial, pois a condução AV
quase sempre é 2:1)
4-QRS estreito (idêntico ao QRS do ritmo sinusal), a não ser em caso de bloqueio de ramo associado.
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Se irregular: FA
Se regular: Taquicardia Supraventricular
CASO CLÍNICO 5 – ASCITE:
Jailton de 49 anos, masculino, pardo, solteiro, natural da Bahia, previamente hígido, cuja queixa
principal foi aumento do volume abdominal há 2 semanas da admissão, apresentou quadro de aumento
de volume abdominal progressivo, associado a dor abdominal difusa (mal caracterizada), sem irradiação,
intensidade 6/10, com piora à palpação abdominal e movimentação e melhora ao uso de dipirona.
Referiu plenitude gástrica com consequente redução da ingesta alimentar neste período, perda
ponderal importante (não mensurada) durante os últimos 5 meses, constipação na última semana,
tendo apresentado hematoquezia de pequena monta, além de dor e parestesia em pés (mal
caracterizadas). História de etilismo importante durante 30 anos, abstêmio há um mês e diagnóstico de
DM2 há um ano.
História familiar de HAS - irmãs.
1- Exame físico: semiologia abdominal
2- Realize uma paracentese
3- Exames laboratoriais
PARTE I – APRESENTAÇÃO:
Cumprimentou e Apresentou-se ao paciente
Solicitou dados de identificação do paciente (idade/profissão/estado civil)
PARTE II – ANAMNESE E EXAME FISICO:
Investigou a queixa principal e o tempo de início do quadro clinico
Investigou a ocorrência da dor (tipo, duração, intensidade)
Investigou ocorrência de febre, vômitos, presença de sangue nas fezes.
Investigou hábitos (tabagismo, alcoolismo, atividade física, alimentação, drogas)
Investigou antecedentes patológicos (medicamentos, antec. familiares, cirurgias prévias, alergia)
PARTE III – EXAME FÍSICO:
Lavou as mãos
Solicitou Signos Vitais
Solicitou ao paciente que se deite e permaneceu ao lado direito do paciente
Realizou inspeção/auscultação/percussão/palpação abdominal (direcionado)
Realizou as manobras: narrou corretamente: PIPAROTE/ SEMI-CIRCULOS DE SKODA/MACICEZ
MÓVEL DE DECUBITO/SINAL DA POÇA
Indagar a importância e necessidade de realizar um TOQUE RETAL
PARTE IV – PROCEDIMENTO:
Explicou ao paciente a necessidade do procedimento e pedir sua autorização
Indicou a paramentação adequada (gorro, óculos, luvas estéreis, capote, máscara)
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Indicou a degermação local e colocou campo estéril
Indicou a realização anestesia local
Indicou o ponto correto para realização do procedimento (lado esquerdo)
Selecionou o material adequado para o procedimento e indicar a técnica correta para a inserção
da agulha (em Z ou oblíqua)
Indicou curativo compressivo e fim do procedimento
Coletou uma amostra do material para análise
PARTE V – EXAMES COMPLEMENTARES:
Descreveu os exames para ao qual será enviada a amostra do líquido ascitico
(Citometria/Proteinas Totais – Albumina/ Bacterioscopia Pelo Gram/ Cultura Para Aeróbios)
Solicitou Hemograma; Função Hepática; Função Renal; Plaquetas; Coagulograma
Orientação quanto a necessidade de abstinência definitiva ao alcool
Perguntou ao paciente se possui alguma dúvida
ADENDO – ASCITE
DIAGNÓSTICO CLÍNICO DA ASCITE
As ascites de pequenos volumes são diagnosticadas com uma boa ultra sonografia abdominal.
SINAL DE POODLE OU DA POÇA: Paciente é colocado em decúbito dorsal e deve-se percutir a região
periumbilical observando timpanismo. Em seguida, o paciente é colocado “de quatro” e ao percutir
haverá macicez (em caso de volumes de 100 a 500 ml). OBS: É uma manobra não usada!
MACICEZ MÓVEL DE DECÚBITO: O paciente em decúbito dorsal apresenta uma área central timpânica e
lateral maciça. Ao colocar o paciente em decúbito lateral e percutir observa-se macicez. É usado para
ascite moderada.
SINAL DE PIPAROTE: Coloca- se a mão do paciente no centro do abdômen e o médico dá um peteleco e
sente a onda vibratória.
É usado para ascite de grande monta.
ADENDO – PARACENTESE
É um procedimento que pode ser diagnóstico (estabelecer a causa da ascite) ou de alívio ( retirada de
maior volume de liquido em paciente com ascite de grande monta). Importante procedimento em
pacientes cirróticos que internam com descompensação do quadro clínico, pois é fundamental para
estabelecer ou afastar o diagnóstico de PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA.
Pode ser guiada por USG (ascite de pequena monta), a fim de evitar lesões acidentais de vasos, alças
intestinais ou bexiga.
A CIRROSE é a principal causa de ascite e, por isso, a maioria dos pacientes submetido à paracentese são
cirróticos e, como tal, existe risco de plaquetopenia (pela hipertensão portal) e alargamento do TAP
(pela insuficiência hepática).
INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÃO CONTRAINDICAÇÃO RELATIVA
ABSOLUTA
Diagnóstico do CIVD Gestação
tipo de ascite Evidências clínicas Aderências de alças intestinais
Suspeita de PBE de fibrinólise Obstrução intestinal (passar CNG antes da paracentese)
Terapêutica (de Distensão vesical (passar CV antes da paracentese)
alívio) Não puncionar sítios infectados, com hematomas, cicatriz
cirúrgica ou com vasos ingurgitados visíveis
MATERIAL
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É um procedimento estéril: paramentação
Gorro e máscara/ óculos de proteção são opcionais
Capote, luvas e campo fenestrado estéreis
Material para degermação e antissepsia (povidine degermante + tópico)
Kit estéril para antissepsia com gaze, cuba e pinça própria (Foerster OU Cheron)
Anestésico Local (agulha 22G e seringa 5-10ml para anestesia)
Cateter periférico tipo Jelco calibroso (14 ou 16G) e seringa
TÉCNICA
1. Informe ao paciente o procedimento e obtenha seu consentimento
2. Posicione o paciente em decúbito dorsal, preferencialmente com a cabeceira discretamente elevada.
No caso de ascite pouco volumosa, o ideal é o semidecúbito lateral (45º) para o lado a ser puncionado
3. Colocar máscara, gorro, realizar a degermação e antissepsia das mãos e antebraços com material
apropriado (escova contendo povidine degermante) secando-as com compressas estéreis
4. Vista o capote e calce as luvas estéreis.
5. Prenda a gaze na pinça (Cheron ou Foerster), realize a degermação do sitio da punção e
posteriormente a antissepsia, utilizando antisséptico tópico/alcóolico
6. Coloque o campo estéril
7. PONTO CORRETO: Dividir a distância entre a crista ilíaca ântero-superior e a cicatriz umbilical,
inserindo a agulha na junção do 1/3 inferior com o 1/3 médio. O lado esquerdo é melhor que o
direito, (o ceco à direita, é mais fixo que as alças contralaterais, aumentando o risco de perfuração)
8. Inserção formando um ângulo obliquo com a pele, de modo que a pele e o peritônio sejam
perfurados em posições distintas
9. A primeira agulha a ser inserida é mais fina 22G – que será utilizada para anestesia: primeiro é feito
um “botão”, para posterior anestesia do subcutâneo e do peritônio, sempre aspirando antes de
injetar o anestésico (com essa mesma agulha, já pode tentar localizar o líquido ascético)
10.Após a anestesia, inserir o Jelco conectando à seringa, utilizando o mesmo orifício da anestesia.
11.Uma vez atingido o líquido ascético, avance mais 2-5mm, cuidadosamente, antes de retirar a agulha,
deixando apenas o cateter.
12.Após o procedimento, retirar o cateter e cobrir a área com curativo compressivo
PACIENTE CIRROTICO COM SUSPEITA DE PBE: 20 ml para a Citometria total e diferencial e cultura:
PBE = PMN >250/mm³
Proteína sérica >2,5 g/dl
Tuberculose peritoneal (testes específicos para bk +)
Carcinomatose peritoneal (citologia oncótica +)
PACIENTE COM ASCITE A ESCLARECER: Retirar 40-60 ml para citometria, bioquímica, bacterioscopia
(GRAM/ZIEHL-NIELSEN) e Cultura . Citologia oncótica: retirar o maior volume possível de líquido.
PARACENTESE DE ALÍVIO: após punção, adaptar cateter a tubo coletor, que levará o líquido ascético até
um recipiente próprio.
Repor albumina em caso de drenagem de >5litros de líquido asciitico
ALBUMINA HUMANA A 20% => REPOR 6-8 g/L (Litro de líquido asciitico retirado)
COMPLICAÇÕES: Hemorragia, hematoma, perfuração intestinal e vesical e perda contínua de líquido.
ADENDO – PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA “principal causadora é a E. coli.”
Ela não é secundária, por exemplo, quando o paciente tem apendicite supurada e leva a infecção por
uma bactéria da microbiota intestinal. A peritonite bactéria espontânea é uma infecção primária, por
exemplo, desenvolvida pelo paciente com ascite.
Principais manifestações clínicas: Dor Abdominal; Febre; Náuseas e Vômitos; Encefalopatia Hepática;
Leucocitose Inexplicada; PCR-T Elevada;Piora Inexplicada da Função Renal.
Conduta:
• Ceftriaxona 1g IV de 12/12horas por 5 dias.
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• Albumina humana 1,5g/kg IV (máx 150g/d) no 1º dia e 1 g/kg IV (máx 100g/d) no 3º dia (objetivo:
profilaxia para síndrome hepato-renal ).
Obs.: Cada frasco de albumina a 20% (50 ml) equivale a 10 gramas.
Se o paciente não tiver mais de 250 polimorfonucleares deve-se ver o resultado da cultura.
Caso ela dê negativa não há peritonite e se o resultado der positivo deve-se repetir a paracentese em 48h
e ver se há mais de 250 PMN, caso não haja ou seja, só a cultura der positiva é apenas uma bacteriascite.
CASO CLÍNICO 6 – CETOACIDOSE DIABÉTICA:
Paciente 20 anos de idade, antecedentes de diabetes mellitus tipo 1 desde os 8 anos de idade, foi
trazido Serviço de Emergência pela ocorrência de náuseas e vômitos há cerca de 24 horas, e dor
abdominal nas últimas 12 horas, além de rebaixamento progressivo do nível de consciência nas últimas
horas. Ao exame se encontrava com estado geral comprometido, descorado (+\4+), desidratado (3+\4+),
taquipneico em repouso (respiração de grande amplitude), Glasgow= 9, com pupilas simétricas e
fotorreagentes e FC= 116bpm, FR=24 irpm, PA=90x50mmHg, T.axilar= 36,4C e glicemia capilar elevada.
Aparelho cardiovascular e respiratório sem anormalidades ao exame físico. Havia dor a palpação difusa
do abdome, sem massas, visceromegalia ou sinais de irritação peritoneal. Ruídos hidroaéreos presentes.
1- De o Diagnóstico
2- E realize a Conduta adequada.
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O candidato respondeu corretamente os critérios de resolução da CAD?(pH: maior 7,30;
bicarbonato maior a 18 e glicemia menor a 200mg\dl).
INFORMAR: Considere o quadro de CAD resolvido, descreva um regime de insulina terapia por via SC,
incluindo nomes das insulinas e numero de aplicações ao dia, para ser utilizada pelo paciente após
alta hospitalar.
O candidato prescreveu ou mencionou: Insulina NPH 2x ao dia + Insulina regular 2x ao dia
O candidato fez orientações quanto aos hábitos da paciente
O candidato perguntou se tinha algumas dúvidas
ADENDO – TRATAMENTO DA BIABETES TIPO I
Existem várias possibilidades de respostas para prescrição de insulina para alta hospitalar, porém
temos que usar dois tipos de insulina uma basal (NHP, glargina ou detemir), associada a uma insulina
rápida (insulina regular) ou ultrarrápida (lispro, Aspart ou glulisina).
Exemplos: combinação da coluna insulina basal + insulina rápida ou ultrarrápida.
INSULINA BASAL INSULINA PRANDIAL
Insulina NPH 2 x ao dia Insulina Regular 2x ao dia
Insulina NPH 3 x ao dia Insulina Regular 3x ao dia
Insulina Glargina 1x ao dia Insulina Lispro 2x ao dia
Insulina Detemir 1x ao dia Insulina Lispro 3x ao dia
Insulina Detemir 2x ao dia Insulina Aspart 2x ao dia
Insulina Apart 3x ao dia
Insulina Glulisina 2x ao dia
Insulina Glulisina 3x ao dia
O tratamento padrão ouro seria a Infusão continua através de bomba de insulina.
Se optarmos por fazer o esquema de NPH + Regular (dose 0.15UI/Kg), temos que saber que,
recomenda-se fazer-se 2\3 da dose diária na primeira tomada (manhã) e 1\3 na segunda tomada
(noite). A proporção NPH\Regular deve ser de 70%\30% na primeira tomada e de 50\50%, na segunda
tomada. Por exemplo, uma dose total de 30U\dia poder ser dividida da seguinte maneira: 20U café da
manhã + 10U janta. As 20U da manhã são divididas em 14U de NPH e 7U de regular; as 10U da noite
são separadas em 5U de NPH e 5U de Regular.
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CASO CLÍNICO 7 – DIABETES TIPO I:
Lidiane, 16 anos, chega ao consultório referindo corrimento vaginal há aproximadamente um mês, alega
ainda ser virgem, utilizar calcinha de algodão e manter higiene ginecológica.
Faça Anamnese, Exame físico, solicite os laboratórios, de o diagnóstico e conduta terapêutica.
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Exame especular: Sinais de irritação na vagina com leucorreia com secreção de cor branca
aderido em nata.
Teste da fita: pH 4.1
Exame a fresco: pseudo-hifas
LABORATÓRIOS:
Glicemia em Jejum: 210mg/dl
HbA1c: 7%
TOTG: 210mg/dl
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PARTE VII – ATITUDE
O candidato perguntou se a paciente tinha alguma dúvida
O Candidato demonstrou empatia durante o atendimento (escuta atenta, linguagem acessível
ao paciente)
CASO CLÍNICO 8 – DIABETES TIPO II:
Jorge, 47 anos, obeso, sedentário, chega ao consultório para consulta de controle sobre sua
hipertensão.
Faça Anamnese, Exame físico, solicitar laboratórios, diagnóstico e conduta terapêutica.
INFORMAÇÕES QUE SERÃO DADAS CONFORME SOLICITADAS
Paciente refere ter sido diagnosticado com hipertensão há 5 anos e que faz uso de enalapril e
hidroclorotiazida para controle.
Paciente refere aumento de peso no último ano, refere ter tido um aumento da fome, e que por falta
de tempo não pratica exercício, e que sua dieta consiste basicamente arroz, feijão, bife e batata
quando está em casa, mas que na rua sempre come salgadinhos e toma refrigerante.
Paciente refere aumento da sede e que acorda à noite para ir ao banheiro urinar
Paciente refere uso adequado dos medicamentos.
Exame Físico
Altura: 1,72
Peso 106kg
IMC 35,83kg/m²
Circunferência abdominal = 110cm
P.A. 130x85mmHg
LABORATÓRIOS:
Glicemia em Jejum: 210mg/dl
HbA1c: 7%
TOTG: 210mg/dl
HDL 30
Triglicerideos 170
PARTE I – AVALIAÇÃO CLÍNICA:
O candidato cumprimentou a paciente e apresentou-se como médico
O candidato investigou queixa principal e tempo de início do quadro
O candidato investigou peso anterior do paciente
O candidato perguntou se existe alguma mudança do seu hábito urinário, fome, sede.
O candidato investigou estilo de vida (exercício físico, dieta) da paciente
O candidato investigou consumo de álcool e tabagismo
O candidato investigou antecedentes familiares para D.M.
O candidato explicou para o paciente que pela sua idade já deve ser rastreado para diabetes
mellitus, e que ele ainda possui fatores de risco para doença.
PARTE II –REALIZOU MEDIÇÃO ANTROPOMÉTRICA:
O candidato pesou o paciente
O candidato mediu o paciente
O candidato calculou IMC
O candidato mediu circunferência abdominal do paciente
O candidato verificou P.A. da paciente
PARTE III –SOLICITAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES:
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O candidato solicitou Glicemia de Jejum, TOTG, Hemoglobina glicada (pelo menos 2),
Triglicerideos e HDL.
O candidato interpretou corretamente o resultado dos exames
PARTE IV –FORMULAÇÃO DO DIAGNÓSTICO:
O candidato formulou o diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo II
O candidato explicou o diagnóstico para a paciente de modo claro, buscando tranquiliza-lo
PARTE V –ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA:
O candidato indicou dieta e exercício físico para o paciente (explicando que precisa de perder no
mínimo 7% do peso corporal de maneira controlada e fazer no mínimo 150 minutos de exercício
moderado semanalmente)
O Candidato indicou corretamente Metformina
O candidato explicou para o paciente que pelo valor da sua hemoglobina glicada o tratamento
começará com monoterapia, mas que é de fundamental importância que eles cumpra as
indicações dietéticas e de exercício físico para melhor controle da doença e para evitar
complicações.
O candidato orientou sobre o cuidado com os pés, exercício e alimentação
PARTE VI –ATITUDE:
O candidato perguntou se o paciente tinha alguma dúvida
O Candidato demonstrou empatia durante o atendimento (escuta atenta, linguagem acessível
ao paciente)
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DIABETES TIPO I X DIABETES TIPO II
CARACTERÍSTICA DM I DM II
IDADE < 30 > 45
APRESENTAÇÃO Abrupta sintomática Insidiosa assintomática
PEPTÍDEO C < 0,1ng/dL indetectável > 0,1ng/dL
FISIOPATOLOGIA Autoimunidade Genética: Gêmeos (80%)
1A: Anti-ICA, GAD, IA2
1B: sem AC’s
OBESIDADE Quase Todos Magros 80% Obesos
CETOACIDOSE Frequente Rara
TIPOS DE INSULINA
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3. Insulinoterapia:
a. Clássico: NPH 2x/dia (antes do café e antes de dormir) + Regular 2x/dia (30minutos antes de cada
refeição) – DOSE DE INSULINA 0,15 -0,5UI/Kg - 70%/30% Manhã e 50%/50% Noite
b. Alternativo: Glargina/Detemir 1-2x/dia + Lispro/Asparte/Detemir (nas refeições)
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C.I.: IC Nyha III-IV
II. Aumento da secreção insulínica
a. Glinidas
Ex.: Repaglinida e pateglinida (ação pós prandial)
b. Sulfonilureias
Ex.: Glibenclamida e gliclazida (secreção basal de insulina)
III. Redução de absorção de glicose
a. Acarbose
IV. Incretinomiméticos – Induzem secreção de insulina BASEANDO na glicemia pós prandial
a. Análogos GLP-1 (subcutâneos)
Ex.: Exenatide e Liraglutide
b. Inibidor DPP IV
Ex.: Gliptinas
SÍNDROME METABÓLICA
Presença de 3 dos critérios:
1. Circunferência abdominal (H > 102cm / M > 88cm)
2. Hipertensão >= 130x85mmHg
3. Triglicerídeos > 150mg/dl
4. HDL (H < 40mg/dl / M < 50mg/dl)
5. Glicemia de jejum > = 100mg/dl
Avaliação do Pé Diabético
Introdução
1. Lavar as mãos
2. Explicar ao paciente sobre o exame
3. Ex Fisico:
Inspeção (Úlcera, deformidades, edema, veia, cor)
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Sensibilidade
Sensibilidade tátil: Com algodão, e sem o paciente ver, toque em diversos locais do pé, como dedos e
planta e verifique se ele consegue notar.
Sensibilidade térmica: Toque com o cabo do diapasão para que o paciente note a diferença de
temperatura
Sensibilidade dolorosa: Com um palito toque diversos pontos do dorso do pé, sem penetrar a pele.
Ultilização do monofilamento
1. Dê um exemplo de sensação do monofilamento na mão, cotovole ou fronte do paciente
2. Com os olhos do paciente fechado, colque o monofilamento no hálux & cabeças dos metatarsos
3. Pressione com firmeza para que curve o filamentos
4. Mantenha o monofilamento contra a pele por 1-2 segundos - pergunte ao paciente se ele sente.
Sensibilidade vibratoria:
Diapasão a 128 Hz
1. Peça ao paciente para fechar os olhos
2. Toque o diapasão 128hz
3. Coloque no esterno do paciente e confirme se pode sentir o zumbindo
4. Peça ao paciente para informá-lo quando ele pode sentir no pé e para dizer quando para o zumbido
5. Coloque na falange distal do dedo grande do pé em cada perna por sua vez,
6. Se a sensação é prejudicada, continuar a avaliar mais proximal - por exemplo, falange proximal
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ORIENTAÇÕES
Os 4 pontos principais do tratamento são:
Alimentação balanceada;
Atividade física;
Monitorização;
Medicação.
Explicar sintomas de Hipoglicemia:
Tremor;
Tontura;
Irritabilidade;
Fome;
Sonolência;
Sudorese;
Desmaios;
Confusão mental;
Batimentos cardíacos acelerados.
Causas de Hipoglicemia
Durante ou depois da prática de exercícios físicos;
Se você não comer o suficiente;
Se você tomar medicamento em excesso.
O que fazer na hipoglicemia
Tome 1 copo de suco de fruta ou de refrigerante imediatamente;
Se estiver inconsciente, deve ser levado a um pronto-socorro imediatamente. Pode-se molhar o
dedo com mel e esfregar na parte interna da bochecha;
Informar o acontecimento ao médico para determinar se há necessidade de ajuste da
medicação.
Cuidados necessários:
Fale com seu médico antes de começar a fazer exercício físico para saber qual o mais adequado
para você;
Leve sempre uma identificação médica, pois em caso de emergência, as pessoas saberão que
você é diabético;
Tente fazer os exercícios regularmente e de maneira freqüente, ou seja no mesmo horário (de
20 a 30 minutos) e todos os dias se possível;
Use calçados confortáveis que se adaptem bem aos seus pés e sejam apropriados para a
atividade;
Pare de fazer exercícios se tiver sensação de desmaio ou dor ou dificuldades de respirar. Caso
seja necessário, entre em contato com o seu médico;
Leve sempre consigo alimentos com açúcar de ação rápida quando fizer exercícios, como por
exemplo, doces, bolachas, balas de açúcar; caso tenha os sintomas de nível baixo de açúcar,
coma logo um destes alimentos ou, caso necessário, entre em contato com o seu médico.
Cuidados com os pés:
Quando se tem diabetes, é muito importante cuidar dos pés. O mal controle pode afetar os nervos e a
circulação do sangue nos pés. Quando isto acontece pode-se ter uma sensação de formigamento e
“agulhadas”.
Evita na alimentação:
Carne com gordura;
Leite integral;
Queijo gorduroso;
Fritura;
Fast-food;
Bebidas alcoólicas.
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Quem toma insulina ou comprimidos para diabetes, precisa ter cuidado com bebida alcoólica pois, o
seu uso pode fazer baixar demais o nível de açúcar no sangue. Não deixe de tomar seu medicamento
para beber. No caso de cerveja, você pode consumir a que não contém álcool. Em caso de dúvida,
consulte o seu nutricionista.
CASO CLÍNICO 9 – DENGUE COM SINAIS DE ALARME:
PARTE I – ACOLHIMENTO:
Apresentou-se e cumprimenta a paciente
Solicitou dados de identificação da paciente (nome/idade)
PARTE II – ANAMNESE:
Investigou a ocorrência e o início dos sintomas (febre, adinamia, mialgia, tontura, cefaleia, dor
retro orbitária, tosse seca, diarreia, dor abdominal, vômitos) (pelo menos 5)
Investigou característica da febre (intensidade, duração, periodicidade, calafrios)
Investigou detalhadamente os sintomas apresentado, buscando sinais de alarme
Investigou uso de medicamentos (antitérmicos – salicilatos, dipirona)
Investigou alergias
Investigou Antecedentes patológicos
Investigou risco epidemiológico (casos de dengue na vizinhança, trabalho, dengue prévia)
PARTE III – EXAME FISICO/PROVAS DIAGNÓSTICAS:
Lavou as mãos
Realizou controle dos signos vitais (FC/FR/PA[deitado e sentado]/Tº)
Explicou a necessidade de realizar a PROVA DO LAÇO ao paciente e pediu permissão
Realizou corretamente a prova do laço, narrando o procedimento
(INFORMAR: Prova do laço (-))
Classificou a Dengue de acordo a clínica (dengue c/ sinais de alarme)
Explicou a paciente a necessidade de solicitar exames (hemograma – hto/plaquetas – TGO/TGP
– Albumina sérica – Rx de Torax – USG de abdome) (INFORMAR: HTO: 49% /PQT: 71000)
Solicitar confirmação diagnóstica (PCR Viral ou Prova rápida)
PARTE IV – CONDUTA E TRATAMENTO:
Explicou à paciente a necessidade de internação na enfermaria
Explicou a paciente e as possíveis complicações (choque hipovolêmico).
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Narrou adequadamente o tratamento segundo o plano que se enquadra o paciente: (Plano C:
Ringer Lac /Sol. Fisiológica 20ml/kg/h IV repetir por 2 ciclos (2H))
Perguntou se a paciente possui alguma dúvida
Notificou a doença
PARTE I – ACOLHIMENTO:
Apresentou-se e cumprimenta a paciente
Solicitou dados de identificação da paciente (nome/idade)
PARTE II – ANAMNESE:
Investigou a ocorrência e o início dos sintomas (febre, adinamia, mialgia, tontura, cefaleia, dor
retro orbitária, tosse seca, diarreia, dor abdominal, vômitos) (pelo menos 5)
Investigou característica da febre (intensidade, duração, periodicidade, calafrios)
Investigou detalhadamente os sintomas apresentado, buscando sinais de alarme
Investigou uso de medicamentos (antitérmicos – salicilatos, dipirona)
Investigou alergia
Investigou antecedentes patológicos
Investigou risco epidemiológico (casos de dengue na vizinhança, trabalho, dengue prévia)
PARTE III – EXAME FISICO/PROVAS DIAGNÓSTICAS:
Lavou as mãos
Realizou controle dos signos vitais (FC/FR/PA[sentado e deitado]/Tº)
Explicou a necessidade de realizar a PROVA DO LAÇO ao paciente e pediu permissão
Realizou corretamente a prova do laço, narrando o procedimento
Classificou a Dengue de acordo a clínica e prova do laço
Explicou a paciente a necessidade de solicitar exames (hemograma – hto/plaqtas)
Solicitou confirmação diagnóstica [ PCR Viral ou Teste rápido]
PARTE IV – CONDUTA E TRATAMENTO:
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Explicou à paciente a necessidade de espera dos resultados laboratoriais solicitados
Após resultados laboratoriais interpreta corretamente os exames e orienta a paciente
Explicou detalhadamente o preparo do soro caseiro e a quantidade de liquido necessária para
uma adequada hidratação
Escutou atentamente a paciente
Listou os sinais de alarme e orienta a paciente a voltar imediatamente caso apresente algum
sinal entregando a ela o CARTÃO DE CONTROLE DA DENGUE e solicita RETORNO DIÁRIO
Orienta a paciente quanto aos medicamentos permitidos e os contraindicados
Pergunta se a paciente possui alguma dúvida
Notificou a doença
ADENDO – DENGUE
CLASSIFICAÇÃO/CONDUTA DENGUE
A B C D
SEM ALTERAÇÃO ALARME CHOQUE
Atenção 1ª / FAZEM PARTE: Internação Atenção terciária
ambulatorial Sangramento de pele enfermaria Internação no CTI
Hidratação VO Prova do laço (+) Atenção Terciária Via IV
(80ml/kg/dia) Comorbidades IRC/DM/HAS/DPOC Via IV FASE DE EXPANSÃO
SRO 1/3 <2 anos / >65anos FASE DE EXPANSÃO Ringer Lac/SF 0.9%:
Líquidos 2/3 Gestante Ringer lac /sol. 20ml/kg em 20min
CONDUTA: Sempre solicitar Hto: Fisiológica 20ml/kg/h em até 3 ciclos
Se Ht normal (Mulher 40%/ por 2h Se melhorar:
homem 45%) = casa c/ plano A SE MELHORAR: Realiza fase de
Se Ht (M>44%/H>50% ou de Ht 25ml/kg x 6h (SF expansão do grupo
>10% relação ao anterior): 0,9% ou RL) C
Atenção secundária (leito de 25ml/kg x 8h (1/3 SF Sem melhora:
observação) 0.9% e 2/3 SG 5%) Coloide
Hidratação VO Supervisionada ou IV SEM MELHORA: REAVALIAÇÃO
Seguir conduta do CLINICA
grupo D C/ 15-30min
REPETIR HTO c/2h
DENGUE:
GRUPO A – SÍNDROME FEBRIL (ATÉ 7D) + 2 DOS “PROBLEMAS”:
Petéquias
Rash
OrBital
Leucopenia
Emese
Mialgia
Artralgia
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PROVA DO LAÇO (+) – GRUPO B:
Adulto: >/= 20 petéquias no quadrado (por 5 minutos)
Criança: >/= 10 petéquias no quadrado (por 3 minutos)
Aferir a PA, somando a PAS com a PAD e dividir por 2
Insuflar o manguito no valor da PA média
Fazer um quadrado de 2,5 cm x 2,5 cm no antebraço
Deixe o manguito insuflado no tempo correspondente
Conferir quantas petequias surgiram no interior do quadrado
DENGUE GRAVE:
DENGUE GRAVE – GRUPO D = INTERNAÇÃO NO CTI:
Choque (3 ps): Pressão / Pulso / Periferia:
Queda da PA
Pressão Convergente (diferença entre PAS e PAD <20mmHg)
Pulso fino e rápido
Extremidades frias, enchimento capilar >2seg.
Sangramento Grave:
Hematêmese
Melena
Hemorragia no SNC
Comprometimento Grave de Órgãos:
Encefalite
Hepatite (AST/ALT >1000)
Miocardite
EXAMES INESPECÍFICOS OBRIGATÓRIOS PARA o GRUPO C E D:
Hemograma
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Aminotransferases
Albumina sérica
RX de tórax
USG de abdome
CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA:
FASE AGUDA (VIREMIA) ATÉ 5 DIAS: PROCURE O VÍRUS!:
Isolamento viral
Antígeno – NS1
FASE DE SOROCONVERSÃO ≥6 DIAS: PROCURE O ANTICORPO!:
Sorologia: MAC Elisa (IgM)
OBS: quando solicitar:
Sem epidemia: todos
Epidemia: Grupos B,C,D ou Dúvida.
CONDUTA PRA TODOS: Notificação Compulsória / Notificação imediata: dengue com Óbito.
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NECESSIDADE DE EXAMES?
Disenteria, Diarréria com Desidratação, febre, ausência de melhora após 48h, novos surtos na
comunidade, dor abdominal >50 anos, idosos >70anos, Imunodeprimidos, idosos, uso recente de ATB
PRECISA DE ATB?
Disenteria, febre, Imunodeprimidos, diarreia em viajantes, >8 evacuações/ dia, >7dias, desidratação,
idosos.
7- TTO e ORIENTAÇÃO:
Ciprofloxacino 500mg 12/12h por 5 dias
Probiótico 1 flaconete 12/12h por 5 dias
Plasil (metoclopramida)(se vômitos)
SRO
Seguir a mesma dieta habitual
↑ Ingesta de líquido (orientar sobre a água-ferver)
Lavar bem os alimentos
Lavar as mãos antes das refeições/após ir ao banheiro
Retornar em caso de piora: Dor intensa abdominal, sonolência, não consegue ingerir líquidos/sólidos,
vômitos persistentes
Perguntar se a paciente tem alguma dúvida sobre o assunto.
DIARREIA CRÔNICA
PASSO A PASSO DO CHECK LIST
1- APRESENTAR-SE
2- IDENTIFICAR O PACIENTE: idade, estado civil, profissão, procedência
3- QUEIXA: DIARREIA:
Quando começou?
Fétida?
Oleosa? aspecto
Tem sangue?
Consistência?
Urgência?
Quantas evacuações?
Acompanhada de Vômitos?
Febre?
Sente a barriga inchada?
Quantidade?
Relacionada com comida?
Duração e frequência?
4- ANTECEDENTES PESSOAIS:
Onde mora, tem água encanada?
Qual a procedência da água ingerida? Potável/filtrada/fervida/mineral
Tomou alguma medicação?
Viajou?
Alcoolismo?
Ingeriu alguma comida diferente do habitual? Fora de casa?
DM?
Já tomou medicação para verme? Quanto tempo que não toma?
Alguém da família teve/tem alguma doença inflamatória intestinal
Alguma cirurgia?
ACO?
AINE?
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5- LAVAR AS MÃOS/EXAME FÍSICO:
Sinais vitais
Exame físico: desidratado?
Abdome: distendido, aumento de RH, timpanismo, dolorido
Dor articular?
Lesão de pele?
6- SOLICITAR: exames complementares se necessário
7- DAR: o diagnóstico de acordo com a clínica, exame físico e exames complementares.
8- TRATAR: o paciente de acordo sua enfermidade de base.
9- ORIENTAR: o paciente sobre possíveis complicações.
10- PERGUNTAR: ao paciente se ele tem alguma dúvida sobre o caso
11- VERIFICAR: se o caso há indicação de notificação compulsória.
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
INTOLERÂNCIA À LACTOSE:
pH <5,5 + teste do H2 isolado >20 + presença de substâncias redutoras nas fezes
Deficiência da enzima lactase (não digere), geralmente por lesão das microvilosidades
TTO: Abstinência de laticínios e seus derivados, suplementação de Cálcio.
DOENÇA DE WHIPPLE:
Clínica: mioarritmia óculomastigatorio.
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Dx: EDA+ BX duodenal
TTO: Sulfametoxazol + Trimetoprim por 1 ano.
COLITE PSEUDOMEMBRANOSA: quadro que se inicia 6 semanas após o uso de ATB, diarreia, dor
abdominal, febre, uso de ATB)
TTO: Suspender o ATB + Metronidazol VO
CASO CLÍNICO 11 – FEBRE REUMÁTICA:
Menino com 12 anos de idade é trazido pelo pai ao ambulatório de pediatria. Na história, apresenta
febre e dor intensa nas articulações do joelho há uma semana, a qual passou a acometer cotovelos e
punhos.
1- Faça uma anamnese dirigida
2- De o diagnostico
3- Realize a Conduta
O candidato cumprimenta pai e filho e identifica-se como médico?
O candidato pergunta motivo da consulta, ouve sem interrupção desnecessária?
O candidato indaga a respeito se teve quadro do faringoamigdalite?
(INFORMAR: O pai relata que há 3 semanas teve infecção de garganta, tratada com amoxicilina).
O candidato lava as mãos para examinar o paciente?
O candidato realiza ausculta cardíaca?
(INFORMAR: Sopro holossitólico de média intensidade, mais audível em ápice, irradiando-se para
a axila 3º bulha audível).
O candidato examina as articulações do paciente?
(INFORMAR: Artrite em cotovelos e punhos)
O candidato solicita ASLO, Hemograma completo e ECG? (INFORMAR: ASLO positivo e VHS
positivo)
O candidato menciona diagnóstico de febre reumática, pois o paciente tem 2 critérios maiores:
cardite+poliartrite e o obrigatório: ASLO, referente aos critérios de Jones?
O candidato indaga sobre o peso da criança? (INFORMAR: 30kg)
O candidato prescreve:
AAS 90-100mg dia devidos em 4 tomadas VO até resolução dos sintomas
Prednisona 1-2mg\kg dia divididos em 3-4 tomadas VO por 2-3 meses
O candidato indicou profilaxia secundária?
O candidato mencionou profilaxia secundaria com penicilina G benzatina 1.200.000 U por de
21\21 dias por 10 anos ou até 25 anos de idade?
O candidato explica o tratamento para o pai e para a criança e a importância da realização do
mesmo.
O candidato pergunta se existe alguma dúvida?
ADENDO – FEBRE REUMÁTICA
Febre reumática Aguda, geralmente incide em crianças e adolescentes, predominando na faixa etária
entre 5-15 anos, muito rara antes dos 3 anos de idade, e sua incidência reduz significativamente após
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
os 18 anos de idade. É uma doença inflamatória sistêmica aguda que ocorre como sequela tardia de
uma infecção das vias aéreas superiores (faringoamigdalite pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo
A – Streptococcus pyogenes), se caracteriza clinicamente pelo comprometimento preferencial do
coração, das articulações, do tecido subcutâneo, da pele e do sistema nervoso central. O período de
latência entre a faringoamigdalite e a febre reumática geralmente encontra na faixa de 2-4 semanas.
Diagnóstico é através dos critérios de Jones (modificados).
CRITÉRIOS DE JONES (MODIFICADOS)
CRITÉRIOS MAIORES CRITÉRIOS MENORES CRITÉRIO OBRIGATÓRIO
Cardite Febre ASLO\ASO ou AntiDnase B ou
Artrite (poliartrite) Reagentes de fase aguda: Proteína Anti-Hilaluronidase OU
Nodulos subcutâneos C reativa, VHS, Mucoproteínas Swab de orofaringe positivo:
Eritema Marginatum ECG: alargamento do intervalo PR cultura ou teste rápido para
Coreia de Sydenham (isolado artralgia (na ausência de artrite) antígeno estreptocócico.
permite diagnostico de FR).
O diagnóstico: 2 critérios maiores ou 1 critério maior e 2 menores. Não se esquecendo do obrigatório.
Cardite: a principal ateração encontrada no exame físico é o sopro cardíaco orgânico, especialmente
em foco mitral, decorrente de uma valvulite. Os principais sopros da FRA são:
Insuficiência mitral: sopro holossitólico, presença de B3, Ictus VE desviado.
Estenose mitral: Sopro (ruflar) diastólico, Hiperfonese B1, estalido de abetura, reforço pré-sitólico.
Mnemônico: Se uma CRIANÇA tem FEBRE sua avó dá uma CANECA de chá:
MAIORES – CANECA MENORES – FEBRE
C – Cardite F
A – Artrite E FEBre
N – Nódulos subcutâneos B
E – Eritema Marginatum R – Reagentes de fase aguda (VHS/Proteína C Reativa)
C – Coréia de Sydenham E – ECG: alargamento do intervalo PR
A – ASLO/ASO*** (critério OBRIGATÓRIO)
TRATAMENTO
1-erradicação do S.pyogenesPenicilina G benzatina via IM dose única
1.200.000 U no adulto ou crianças maiores a 25-27kg.
600.000 U para crianças com menos de 25-27kg
Alternativas:
Penicilina V oral: crianças 250mg VO de 8\8h durante 10 dias. Adultos 500mg VO de 8\8h durante 10d.
Eritromicina: 40mg\kg\dia (dividido em 3-4 doses) durante 10 dias (escolha p/ alérgicos ás penicilinas).
2-Polartrite, febre e sintomas geraisAAS: dose anti-inflamatória, 90-100mg\kg\dia para crianças e 6-
8g\dia para adultos (divididos em 4 tomadas diárias). Deve ser mantido em dose plena até que todos os
sintomas e sinais inflamatórios cessem, incluindo a febre.
3-Cardite reumática:
Está indicado uso de corticosteroides na cardite moderada ou grave. A droga de escolha é a Prednisona
na dose de 1-2mg\kg\dia VO, em 3-4 tomadas diárias (não ultrapassar 80mg\dia em adultos).
4-Coreia: Manter o paciente em ambiente o mais tranquilo possível. Para sedação e combate à
ansiedade, que piora a coreia, pode lançar mão de benzodiazepínicos. A corticoterapia com prednisona
é recomendada para encurtar a duração da coreia. Carbamazepina e Ac. valproico (anticonvulsivantes)
também podem ser utilizados para controle dos sintomas. O haloperidol é extremamente eficiente no
combate dos movimentos coreicos, mas seu potencial de indução a sequelas graves, como a discinesias
tardia, limita seu uso aos casos extremamente graves e refratários. A dose inicial é de 1mg\kg pela
manhã, podendo ser aumentada até 3mg\dia, deve ser monitorado quanta a sinais extrapiramidais.
PROFILAXIA
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1-primária
Antes do primeiro episódio de FRA, iniciada até 9 dias após o início dos sintomas da faringoamigdalite,
o efeito preventivo ocorrerá, porém, quanto mais precoce a terapia, maior a prevenção.
Penicilina G benzatina via IM dose única
1.200.000 U no adulto ou crianças maiores a 25-27kg.
600.000 U para crianças com menos de 25-27kg
Alternativas:
Penicilina V oral: crianças 250mg VO de 8\8h durante 10 dias. Adultos 500mg VO de 8\8h
durante 10 dias.
Eritromicina: 40mg\kg\dia (dividido em 3-4 doses) durante 10 dias (escolha para alérgicos ás
penicilinas).
Azitromicina: (só em maiores de 16 anos), 500mg no 1º dia e 250mg 1x\dia por 4 dias, VO.
Cefalexina (ou cefadroxil): 500mg 6\6h, VO durante 10 dias.
2-secundária
Após diagnóstico de FRA em qualquer forma clínica. Consiste em diminuir a taxa de recorrência,
principalmente nos primeiros 5 anos após o último episódio e , além pela pontencial gravidade de
suas consequências, principalmente em pacientes que tiveram cardite.
Esquema de escolha é:
Penicilina G benzatina IM, 21\21 dias
Adultos ou crianças maiores a 25-27kg: 1.200.000 U
Crianças menores a 25-27kg: 600.000 U
Alternativas:
Penicilina V oral: crianças 250mg VO de 12\12h diariamente.
Eritromicina: 250mg VO 12\12h, diariamente
Azitromicina: (só em maiores de 16 anos), 500mg no 1º dia e 250mg 1x\dia por 4 dias, VO.
Sulfadiazina: 1g VO 1x dia, diariamente (em crianças maiores a 27kg); ou 500mg 1x\dia (em
crianças ≥27kg).
CATEGORIAS DURAÇÃO DA PROFILAXIA
FR sem cardite Pelo menos até a idade de 21 anos ou mínimo de
5 anos após último episódio.
FR com cardite, porém, sem doença valvar Mínimo 10 anos após último episódio, pelo menos
residual (ou regurgitação mitral mínima) até a idade adulta (25 anos, algumas fontes 21).
FR com cardite + lesão valvar residual Até a idade de 40 anos ou por toda a vida
FR com cardite + cirurgia para troca valvar Por toda a vida
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O candidato perguntou nome, idade, moradia e profissão
O candidato indaga das queixas do paciente?
O candidato ouve sem interrupções desnecessárias?
O candidato indaga sobre quadro semelhante ocorrido anteriormente
O candidato indaga sobre história familiar de gota?
O candidato indaga sobre: etilismo, dieta, diabete, insuficiência renal crônica, hipertensão (diurético
tiazídico e furosemida), hipertrigliceridemia, profissão?
(INFORMAR: Paciente diabético, hipertenso em uso de hidroclorotiazida e etilista).
O candidato lava as mãos para examinar o joelho do paciente?
O candidato explica para o paciente que vai examinar seu joelho e pede permissão?
O candidato aventou pelo menos 2 hipóteses diagnósticas (Gota, Artrite séptica, Artrite reativa)
O candidato solicita Hemograma completo e Ácido Úrico Sérico
O candidato solicitou artrocentese com pedido de: pesquisa de cristais sob luz polarizada, citometria,
bioquímica, LDH, gram.
(INFORMAR: Cristais de urato monossódico no interior dos leucócitos do liquido sinovial ou forte
birrefringência negativa)
O candidato formulou diagnóstico de crise gotosa
O candidato prescreveu de imediato para alivio da dor: Indometacina 75mg VO seguida de 50mg VO
6/6hrs
O candidato trocou o diurético para Furosemida 40mg dia?
O candidato orientou retorno para 2 dias
O candidato orientou o paciente quanto a dieta, uso de álcool, exercício físico para redução de peso?
O candidato perguntou se o candidato tinha alguma dúvida
ADENDO – GOTA
CAUSAS DA GOTA
PRIMÁRIA: 90% geralmente por problema na eliminação renal do ácido úrico. Ainda não se sabe que passo
do processo de manipulação tubular seria afetado. Os 10% seria por hiperprodução endógena de ácido
úrico, constatada por uma hiperuricemia renal superior a 800mg\24h.
SECUNDÁRIA: etilismo, dieta rica em purina, diurético tiazídico, hipertrigliceridemia, acidose lática(diabete),
obesidade, AAS em doses baixas, IRC, intoxicação por chumbo (aqui temos que perguntar a profissão,
geralmente pintor).
TRATAMENTO NA CRISE GOTOSA
Homens adultos, primeira crise geralmente se localiza na primeira articulação metatarsofalangeana, grande
artelho, podagra. Depois as crises tendem a serem no joelho. No momento da crise não devemos NUNCA
utilizar hipouricemiantes (Alopurinol, AAS), pois podemos agravar o quadro.
De primeiro momento podemos prescrever: indometacina 75mg VO, seguida por 50mg de 6\6 h por 2
dias, ou até o alivio da dor. Em sequência, esta dose deve ser reduzida para 25mg 3x ao dia, mantida até
por 2 duas após a remissão completa da inflamação.
Refratários podemos prescrever: colchicina 1mg VO dose inicial, seguido por 0,5mg cada duas horas até
que haja melhora do quadro ou efeitos de toxidade (náuseas, vômitos, diarreia).
Contraindicações aos AINEs e a colchicina (Insuficiência renal, ou hepática) podemos prescrever
corticoides intra-articulares: triamcinolona 20-40mg.
Pacientes sem condições de terapia oral, podemos prescrever: ACTH 40-80 U\I IM, ou colchicina 1-2mg
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diluídos em SF 0,9% com infusão lenta em pelo menos 10 minutos.
PROFILAXIA DAS CRISES:
Colchicina diária de 1mg, ou seja, colchicina 0,5mg de 12\12h, emagrecimento, eliminação de fatores de
risco (álcool, dieta, etc..)
REDUÇÃO DA URICEMIA:
Alopurinol 100mg\dia em uma ou duas tomadas, devendo ser aumentada até atingir níveis de ácido úrico
≤7mg\dl ou dose máxima de 1000mg, a dose de manutenção média é de 300mg uma vez ao dia.
CASO CLÍNICO 13 – HANSENÍASE:
Paciente sexo masculino, 32 anos, servente de obra. Vem ao ambulatório com queixa de mancha
dormente na pele. Ainda à anamnese, nega outra pessoa da família com doença de pele, e afirma que
essa mancha apareceu há mais de seis meses e que não altera quando à exposição solar diária.
1-Realize exame físico direcionado a queixa principal
2-Principal diagnóstico clinico?
3- Qual é Conduta frente ao caso clinico?
Exame dermatológico:
Pele íntegra em quase toda a extensão do tegumento, exceto por apresentar calosidades importantes
localizadas em ambas as mãos, inclusive com fissura na mão direita. Há mancha branca (hipocrômica)
localizada na face posterior do braço, com limites externos imprecisos. Nega dor, coceira (prurido),
queixando-se de leve e ocasional formigamento no local. Não há descamação.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
O candidato mencionou a pesquisa sensibilidade térmica da lesão no paciente? (considere no
local da lesão que o paciente não conseguiu distinguir quente do frio)
O candidato realizou a pesquisa da sensibilidade dolorosa da lesão do paciente? (considere no
local da lesão que o paciente não sentiu dor)
O candidato realizou a pesquisa de sensibilidade tátil da lesão do paciente? (considere no local
da lesão que o paciente não teve sensibilidade tátil)
O candidato realizou mencionando locais de palpação dos troncos dos nervosos periféricos?
O candidato solicitou baciloscopia? (solicito baciloscopia de linfa obtida em pelo menos 4
lugares: lóbulos da orelha D e E, cotovelo D e E, lesão cutânea suspeita). (Examinador dá a
resposta de baciloscopia negativa).
O candidato deu diagnóstico de hanseníase paucibacilar ou indeterminada?
O candidato prescreveu o tratamento ao paciente de forma correta? ( Rifampicina 600mg 1x ao
mês + Dapsona 100mg 1x ao mês + Dapsona 100mg dia.
O candidato explicou de forma clara como o paciente deveria tomar os comprimidos com a
cartela em mãos?
O candidato perguntou ao paciente se tinha alguma dúvida ao tratamento?
O candidato administrou ou mencionou que o paciente iria tomar a Rifampicina e a Dapsona
mensal supervisionada?
O candidato explicou ao paciente que só teria alta do tratamento após o tratamento correto,
novo exame dermatológico após tratamento, uma avaliação neurológica simplificada e do grau
de incapacidade física.
O candidato realização notificação
O candidato perguntou ao paciente se tinha alguma dúvida?
O paciente solicitou agendamento de retorno do paciente para busca de nova cartela de
medicamento e avaliação médica?
ADENDO – HANSENÍASE
CLASSIFICAÇÃO
INDETERMINADA PAUCIBACILAR: TUBERCULOIDE MULTIBACILAR: VIRCHOWIANA
Mancha hipocrômica ≤ 5 lesões com placa eritematosa > 5 lesões do tipo Infiltrativas e
hipoanestésica que pode delimitada difusas
evoluir para: Imunidade celular imunidade humoral
Boa imunidade celular: Pólo benigno Nódulos /Linfonodos acometidos ≥1
paucibacilar Mitsuda positivo Acometimento grave dos nervos
Baixa imunidade celular: Baciloscopia de linfa negativo Pólo maligno
multibacilar PGL-1 Negativo (glicolipideo Mitsuda negativo
fenólico tipo1) Baciloscopia de linfa positivo
Tratamento supervisionado Por PGL-1 positivo(glicolipideo fenólico
6 meses (até 9 meses): tipo1)
Rifampicina 600mg + Dapsona Tratamento supervisionado Por 12
100mg 1x mês meses (até 18 meses):
Dapsona 100mg dia Rifampicina 600mg +Dapsona 100mg
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+ Clofazimina 300mg 1x mês
Dapsona 100mg 1x dia
Clofazimina 50mg dia
ANAMNESE E EXAME FÍSICO
Devemos pensar em hanseníase qualquer lesão eritematosa, papular, nodular com perda de
sensibilidade.
O diagnóstico pode ser dado clinicamente, caso a baciloscopia não esteja disponível e indicado o
tratamento.
Além da inspeção dos olhos deve ser feita perguntas como: se houve algum sintoma como
lacrimejamento, ardor, coceira, visão embaçada e perda da sobrancelha (madarose) e outros, o nariz
deve ser avaliado a cartilagem do nariz, ressecamento ou sangramento, dos membros superiores deve
ser perguntando se houve comprometimento da força, formigamento, Inclui, também, a verificação da
existência de ressecamento, calosidades, fissuras,ferimentos, cicatrizes, atrofias musculares e
reabsorções ósseas (perda de uma ou maisfalanges dos dedos, ou parte de uma delas), já dos MI
devem ser feitas as mesmas perguntas do MS e exame e mais observação da marcha (modo de andar)
do paciente que pode apresentar características de comprometimento neural (pé caído) não pode deixar
de ser feita.
O nervo deve ser palpado com as polpas digitais do segundo e terceiro dedos, deslizando-os sobre a
superfície óssea, acompanhando o trajeto do nervo, no sentido de cima para baixo. Não se deve
esquecer que se os nervos estiverem inflamados poderão estar sensíveis ou doloridos, merecendo
cuidado e pouca força ao serem palpados (Figuras 4, 5, 6, 7 e 8).
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Se há alteração na consistência do nervo: se há endurecimento, amolecimento;
Se há alteração na forma do nervo: se existem abcessos e nódulos;
Se o nervo apresenta aderências.
Teste da sensibilidade:
Explicar ao paciente o exame a ser realizado certificando-se de sua compreensão para obter maior
colaboração.
Demonstrar a técnica, primeiramente, com os olhos do paciente abertos e em pele sã.
Ocluir, então, o campo de visão do paciente.
A pesquisa de sensibilidade térmica nas lesões e nas áreas suspeitas deve ser realizada, sempre que
possível, com dois tubos de vidro, um contendo água fria e no outro água aquecida. Deve-se ter o
cuidado da temperatura da água não ser muito elevada (acima de 45C), pois neste caso poderá
despertar sensação de dor, e não de calor. Devem ser tocadas a pele sã e a área suspeita com a
extremidade dos tubos frio e quente, alternadamente, solicitadando-se à pessoa que identifique as
sensações de frio e de calor (quente). As respostas como menos frio, ou menos quente devem
também ser valorizadas nessa pesquisa. Na impossibilidade de fazer-se o teste com água quente e
fria, pode-se utilizar um algodão embebido em éter como procedimento alternativo. Nesse caso, a
pele sã e a área suspeita devem ser tocadas, alternadamente, com um pedaço de algodão
embebido em éter e, ao paciente, deve-se solicitar que diga quando tem a sensação de frio, sendo
comparado os resultados do toque na pele sã e na área suspeita.
Já a pesquisa de sensibilidade tátil nas lesões e nas áreas suspeitas é apenas com uma mecha fina
de algodão seco. A pele sã e a área suspeita devem ser tocadas, alternadamente, com a mecha de
algodão seco e ao indivíduo examinado, perguntar-se-á se sente o toque. Após a comparação dos
resultados dos toques, pode-se concluir sobre a alteração de sensibilidade tátil nas lesões ou nas
áreas suspeitas.
A pesquisa da sensibilidade protetora é realizada nas lesões, nos membros inferiores e superiores
utilizando-se a ponta de uma caneta esferográfica. Essa pesquisa é a mais importante para prevenir
incapacidades, pois detecta precocemente diminuição ou ausência de sensilidade protetora do
paciente.
TRATAMENTO
HANSENÍASE PAUCIBACILAR:
Tomar 2 capsulas de Rifampicina em UBS cada uma de 300mg dando a dose de 600mg + 1 comp. De
Dapsona de 100mg e orientar a tomar 1 comp. diário em casa de Dapsona 100mg. O agendamento do
paciente deve ser feito para a busca da nova cartela e toma da dose supervisionada, caso o paciente não
compareça na data do agendamento o medicamento deve ser levado a sua residência.
HANSENÍASE MULTIBACILAR: a
Tomar 2 capsulas de Rifampicina em UBS cada uma de 300mg dando a dose de 600mg + 1 comp. De
Dapsona de 100mg + 3 capsulas de Clofazimina cada uma de 100g dando uma dose de 300g e orientar a
tomar 1 comp. diário em casa de Dapsona 100mg + 1 comp. De Clofazimina 50mg diário.
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O candidato perguntou nome, idade, profissão e moradia
O candidato ouviu as queixas sem interrupções desnecessárias?
O candidato indagou sobre antecedentes pessoais e familiares
O candidato estabelece clima harmônico na consulta?
O candidato reconhece as queixas relacionadas com hipertireoidismo?
O candidato reconhece os achados físicos como de hipertireoidismo?(sintomas adrenérgicos)
O candidato pesou a paciente, mediu e calculou IMC. O candidato perguntou peso anterior da
paciente.
O candidato solicita TSH e T4L + ECG?(TSH: 0,05mUI\L; T4L: 5,0ng\dl)
O candidato explica para a paciente a natureza de seus sintomas?
O candidato indicou tratamento com Metimazol e Propanolol e encaminhou o paciente para
um endocrinologista para acompanhamento
O candidato perguntou se o paciente tinha alguma dúvida
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
reflexos tendinosos exacerbados, etc....
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
TSH: baixo ou suprimido (˂o,05 um\ml)
T4L alto
Trab, só deve ser solicitado em casos de dúvida, não sendo necessário em todos os pacientes.
EXAMES COMPLEMENTARES:
Cintilografia da tireoide = captação difusa
RAIU 24h ( captação de iodo radioativo)= ˃20%
TRATAMENTO
1-MEDICAMENTOSO
a) Betabloqueadores: Propranolol (20-40mg a cada 6-8horas) e atenolol (50-200mg\dia).
b) Antitireoideanos (tionamidas)
Propiltiouracil:
Dose de ataque (4-8 semanas): 300-600mg\dia em 3 tomadas.
Manutenção: 100-400mg\dia em 2 tomadas.
Metimazol:
Dose de ataque (4-8 semanas): 40mg\dia, em 1-2 tomadas.
Manutenção: 5-20mg\dia, em 1 tomada.
Na estratégia de terapia medicamentosa até a remissão, não há um período estabelecido para a
duração do uso de antititeoideanos, com muitos autores recomendando-se 1-2 anos de terapia.
Mesmo com este esquema muitos pacientes remitem, por volta de 75% das recidivas ocorrem durante
os primeiros 3 meses de suspenção da droga.
2-RADIOABLAÇÃO 131I
Indicados para recidiva da terapia medicamentosa, reações tóxicas as DAT (hepatite medicamentosa,
agranulocitose);
3-CIRURGIA – TIREOIDECTOMIA SUBTOTAL
Indicada para pessoas com contraindicação a radioablação.
Gravidez
Grandes bócios
Exoftalmia
Recidiva após DAT
Preparo cirúrgico: 1- uso de PTU ou MMI (6 meses); 2-Iodo (lugol): 2 semanas antes da cirurgia.
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Levotiroxina (T4): 1-2 ug\dia (manhã)
Atenção: risco ˃40x de linfoma de Hodgkin
UM ALGO A MAIS: HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO: TSH ALTO E T4 NORMAL
Tratamento:
TSH ≥10
Gravidez
Anti-TPO alto
Dislipidemia
Depressão
ADENDO – NÓDULO TIROIDIANO
Crescimento rápido, rouquidão, linfonodos cervicais e supraclaviculares aumentados de tamanho,
nódulos fixado a traqueia, irregular nos fazem considerar malignidade.
Os nódulos que não são indicativos de PAAF deve ser feito acompanhamento com US cada 6-18 meses
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Investigou presença de edema em MMII (INFORMAR:normal)
Diagnosticou como uma Emergencia Hipertensiva
Indicou internação
Indicou antihipertensivo IV (nitrupussiato de sódio 50mg diluídos em 500ml de SG5% passando
0,25ug/kg/minuto) durante as 2-3 primeiras horas
Controle da PA
Orientou sobre hábitos que melhoram a qualidade de vida (deixar de fumar, melhorar a dieta,
exercício físico leve, evitar estresse
Perguntou se o paciente tem alguma dúvuda
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PARTE III – RECOMENDAÇÕES MÉDICAS
Informa o paciente sobre a necessidade de reavaliação da medida de pressão arterial em outra
consulta, mesmo na ausência de sintomas para a confirmação do diagnóstico de hipertensão arterial.
Solicita dosagem da glicemia de jejum para rastreamento de diabetes
Solicita o perfil lipídico (colesterol e frações triglicerídeos) para rastreamento do risco cardiovascular.
Solicita dosagem da creatinina sérica e do exame do sumário de urina (EAS ou Urina Tipo 1) para
rastreamento de doenças do rim.
Não solicita exames desnecessários, Monitorização Ambulatorial de Pressão Arterial,
ecocardiograma, teste ergométrico.
Recomenda ou solicita a realização de pesquisa de sangue oculto nas fezes ou de colonoscopia, para
rastreamento de câncer de intestino.
PARTE IV – ATITUDE
Comunica-se com linguagem acessível
Escuta atentamente o paciente
186
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2. >= 60 anos: < 150x90mmHg
3. Diabetes Mellitus: < 130x80mmHg
4. Lesão de órgão alvo: <130x80mmHg
TRATAMENTO
NORMAL E PRÉ-HIPERTENSO: Mudança no estilo de vida:
Perda ponderal (principal)
Restrição sódica (2,4g de sódio ou 6g de sal)
Dieta DASH (K, Ca, Vegetais, frutas...)
Moderação do consumo etílico
Interrupção do tabagismo
Exercício regular
HAS ESTÁGIO I: Início com 1 droga (monoterapia) – Droga de 1ª linha: Tiazídico, bloqueador de cálcio,
IECA, BRAII.
HAS ESTÁGIO II: Início com 2 drogas (associação) – Drogas de 2ª linha: Betabloqueador,
alfabloqueador, espironolactona, clonidina, hidralazina, furosemida, metildopa, alisquireno.
HAS SISTÓLICA ISOLADA: Depende da P.A. sistólica
ANTIHIPERTENSIVOS DE 1ª LINHA (INDICAÇÕES ESPECÍFICAS E EFEITOS ADVERSOS)
1. IECA (“pril”)/BRAII (“sartan”)
a. Para nefropatas crônicos, diabéticos negros e portadores de ICC.
b. Pode causar: IRA, HiperK e tosse crônica (aumento de bradicinina – só o IECA causa tosse crônica)
c. Não usar se creatinina > 3 ou K > 5,5 ou estenose bilateral de aa renal.
2. TIAZÍDICO
a. Para negros
b. Pode causar: 4 Hipo (hipovolemia, hiponatremia, hipoK, HipoMg) e 3 Hiper (hiperuricemia,
hiperglicemia, hiperlipidemia)
3. BLOQUEADOR DE CÁLCIO (ANLODIPINO, NIFODIPINO)
a. Para negro e portadores de doença arterial periférica
b. Pode causar: Edema de membros inferiores
HAS RESISTENTE
Quando a P.A. continua elevada apesar de 3 drogas diferentes, sendo que uma delas é um tiazídico.
I. VERDADEIRA – continua alta mesmo com uma das drogas sendo espironolactona
II. MÁ ADERÊNCIA – pode ser pelo efeito colateral; preço do medicamento; ou até mesmo ignorância.
III. JALECO BRANCO – pseudoresistência
IV. HAS SECUNDÁRIA – pode ser uso de anovulatório ou outras causas.
HAS SECUNDÁRIA
1. DOENÇA RENAL PARENQUIMATOSA
a. Achados: Insuficiência Renal, Edema...
b. Diagnóstico: USG Renal, TFG.
2. RENOVASCULAR (ESTENOSE DE ARTÉRIA RENAL)
a. Achados: Sopro, hipocalemia, alcalose.
b. Diagnóstico: Doppler de artéria renal.
3. HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO
a. Achados: Hipocalemia, alcalose.
b. Diagnóstico: Aumento da aldosterona e Diminuição da renina.
4. COARCTAÇÃO DE AORTA
a. Achados: Diferença de pulso MMSSxMMII
b. Diagnóstico: AngioTC
5. FEOCROMOCITOMA
a. Achados: Crises adrenérgicas
b. Diagnóstico: Metanefrinas urinárias
6. APNÉIA DO SONO
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a. Achados: Ronco, sonolência
b. Diagnóstico: Polissonografia
CRISE HIPERTENSIVA: Elevação aguda e intensa da pressão arterial
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA: Lesão aguda de órgão-alvo (cérebro; coração; rim; retina; eclampsia):
Tto: Antihipertensivo I.V. (nitroprussiato/betabloqueador/nitroglicerina), diminuir 25% da P.A. em 2-3h
URGÊNCIA HIPERTENSIVA: P.A. diastólica > 120mmHg SEM lesão de órgão alvo
Tto: Antihipertensivo V.O. (captopril/ furosemida/ clonidina), diminuir P.A. em 24 horas.
EXEMPLOS DE EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA: Hiperfluxo cerebral / Edema:
Quadro clínico: Cefaleia; náuseas; confusão menta; convulsão; paresia (diagnóstico diferencia com
AVC – fazer TC de Crâneo)
Tratamento: Nitroprussiato I.V. – Diminuir 25% da P.A. em 2-3 horas.
HIPERTENSÃO ACELERADA MALIGNA: Retinopatia grau III/IV com ou sem lesão Renal:
Quadro clínico: Fundoscopia alterada com piora da função renal podendo apresentar encefalopatia
hipertensiva.
Tratamento: Nitroprussiato I.V. – Diminuir 25% da P.A. em 2-3 horas.
DISSECÇÃO AÓRTICA: HTA gera deslocamento que gera um falso lúmen, este lúmen se expande e
causa dor torácica intensa e súbita:
1. ASCENDENTE (Coronárias) – Infarto / Insuficiência Aórtica
2. ARCO AÓRTICO (Vasos do pescoço) – Subclávia [diferença de P.A.] / Carótida [síncope/AVC].
3. DESCENDENTE (Orgãos) – Isquemia mesentérica / RIM
CLASSIFICAÇÃO DISSECÇÃO DA AORTA (DeBackey):
DeBackey I – Toda Aorta
DeBackey II – Aorta Ascendente
DeBackey III – Aorta Descendente
CLASSIFICAÇÃO STANFORD:
Stanford A – Ascendente
Stanford B – Descendente
TRATAMENTO NA SUSPEITA: se realiza tratamento clínico com controle de F.C. (60bpm) e P.A.
(110x70mmHg) – Uso do Nitroprussiato + betabloqueador ou Labetolol.
TRATAMENTO NA CONFIRMAÇÃO (ECOTE/TC/RNM): Cirúrgico sempre para o tipo A, e no tipo B só
realiza cirurgia nos casos complicados.
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O candidato cumprimentou o paciente e apresentou-se como médico
O candidato investigou o tempo e o modo de inicio do quadro clínico (INFORMAR: há três
horas, desconforto no peito)
O candidato investigou a ocorrência de dor do tipo pleurítica e escarros hemoptoicos
(INFORMAR: apresenta dor do tipo pleurítica)
O candidato investigou a ocorrência de sincope, sudorese e náuseas (pelo menos 2)
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O candidato identificou os fatores predisponentes (pelo menos 3: IMC>35, cirurgias plásticas
múltiplas, anestesia geral, tempo cirúrgico prolongado, tabagismo, uso de estrogênios)
O candidato formulou o diagnostico de embolia pulmonar
O candidato interpretou corretamente a sobrecarga ventricular direita presente no ECG: Sinal
S1Q3T3.
O candidato identificou alteração presente no Rx de tórax: sinal de Westmark (diminuição da
trama vascular); sinal de corcova Hampton (Triangulo em ângulo costofrênico de base p/ pleura)
e Sinal de Palla (proeminências dos hilos pulmonares)
O candidato identificou a acidose respiratória evidenciada através da Gasometria
O candidato solicitou pelo menos dois dos seguintes: angiotomografia, tomografia helicoidal,
RMN, arteriografia pulmonar
O candidato indicou o emprego de heparina não fracionada 24 a 30.000 U/dia
O candidato indicou o emprego de warfarin VO 5mg
ADENDO – TEP/TVP
FATORES DE RISCO TRIADE DE VIRCHOW
Hereditários: Trombofilias 1- Hipercoagulabilidade
Adquiridas: PO/ Eventos obstétricos/ Neoplasias 2- Lesão endotelial
Malignas/ Imobilização 3- Estase Sanguínea
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
CLÍNICA: maioria é assintomática
1- Edema (assimétrico em MI)
2- Dor à palpação
3- Empastamento
4- Phlegmasia (alba Cerulea dolens): alteração da coloração do membro com trombose:
Alba = palidez = vasoespasmo
Cerulea = coloração azul (acúmulo de Hb Carboxilada)
5- Homans: dor da panturrilha ao fazer uma dorso-flexão do pé, infrequente 1/3 dos casos
OBS: Quanto mais alta a TVP (mais proximal), maior o risco de TEP
DIAGNÓSTICO:
1- Venografia (contraste) padrão ouro
2- DOPPLER de escolha– Perda da compressibilidade (vaso mais turgido), na hora do exame há
dificuldade na compressão do vaso
TROMBOEMBOLISMO PULMONAR
CLÍNICA
Sempre com uma TVP prévia → Coração Direito →Êmbolo Impactado em algum território arterial
pulmonar → súbito → Evento Agudo
Manifestações SÚBITAS:
1- TAQUIPNÉIA (principal sinal)
2- DISPNÉIA (principal sintoma)
3- DOR TORÁCICA (tipo pleurítica, ↑intenso na inspiração)
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4- HEMOPTISE
5- SIBILÂNCIA (súbita/ broncoespasmo)
TEP MACIÇO ÊMBOLO GRANDE + GRAVE
Quadro súbito de COR PULMONALE – não há passagem para o sangue bombeado pelo coração direito
para o pulmão, e volta então, para o coração esquerdo. Portanto ocorre uma insuficiência ventricular
aguda direita.
Hipotensão = shock
O BNP ↑ indica um TEP de pior prognóstico
↑ a pressão do VD, ocorre uma compressão da parede ventricular compressão mecânica
comprime diretamente e provoca áreas de microinfarto
TROPININA↑ E BNP são marcadores de pior prognóstico
EXAMES COMPLEMENTARES
INESPECÍFICOS: reforçam a hipótese, mas não confirmam:
Gasometria: hipoxemia/ hipocapnia
ECG: taquicardia sinusal/alteração mais especifica do TEP : D1/S1 - D3/Q3 – D3/T3 (mas não confirma
o TEP, não dá o diagnóstico definitivo)
ECOCARDIOGRAMA: disfunção do VD pior prognóstico
Marcadores laboratoriais: BNP/TROPONINA/ D-DÍMERO (produto da degradação da fibrina)
RX de TORAX: não faz diagnóstico,
ACHADOS INESPECÍFICOS: DP, atelectasia.
ACHADOS ESPECÍFICOS:
1- SINAL DE WESTERMARK: + escuro o lugar provável que tenha sofrido uma embolia oligoemia
localizada
2- SINAL HAMPTON: hipotransparência triangular periférica
3- SINAL PALLA: distensão da vasculatura pulmonar
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ESPECÍFICOS: podem confirmar:
DOPPLER (duplex scan) de MMII- alteração vascular de membro acometido associado à clínica
pulmonar
CINTILOGRAFIA
ANGIOTOMOGRAFIA
ARTERIOGRAFIA (cateterismo da artéria pulmonar – contraste, é mais invasivo) padrão ouro
ESCORE DE WELLS
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2- Cite 3 exames complementares que ajudam na investigação do caso e cite os respectivos achados:
3- Realize sua Conduta segundo o seu diagnóstico.
PARTE I- ANAMNESE:
O candidato cumprimentou o paciente e apresentou-se como médico
Investigou, dispneia noturna, perda de peso, tosse noturna (INFROMAR: dispneia noturna)
O candidato investigou antecedentes pessoais (álcool, dieta, tabaco, drogas, sedentarismo)
(RESPONDER: O paciente é tabagista há 30 anos).
Investigou o uso de medicações e se toma corretamente (RESPONDER: Clortalidona 25mg/dia
em uso irregular).
PARTE II- EXAME FÍSICO:
Lavou as mãos antes de realizar o exame físico.
Aferiu a Pressão Arterial (sentado e em pé); e Citar que irá aferir novamente no intervalo de 5’
(INFORMAR: PA=170x90 mmhg)
Realizou controle da Frequência Cardíaca e Respiratória (INFORMAR: FC=85 bpm e FR=20irpm)
Investigou edema maleolar (INFORMAR: sem alteração)
Investigou presença de turgência jugular (INFORMAR: presente à direita)
Realizou a ausculta pulmonar (INFORMAR: sibilos esparsos e estertores crepitantes em bases)
Realizou a ausculta cardíaca (INFORMAR: ritmo cardíaco regular, hiperfonese em B2, s/sopros)
Investigou Hepatomegalia na palpação abdominal (INFORMAR: sem alteração)
Investigou presença de edema em MMII (INFORMAR: presença de edema a nível das pernas)
PARTE III – EXAMES COMPLEMENTARES:
Solicitar hemograma, ureia, creatinina, eletrólitos, hormônios tireoidianos, Rx, ECG, função
hepática.
Lembrar de checar o nome citado no exame se confere com o nome do paciente em questão.
Solicitou radiografia e interpretou corretamente (cardiomegalia, com inversão de trama
vascular) (DAR: Anexo 1)
Solicitou Eletrocardiograma (Hipertrofia e sobrecarga do ventrículo esquerdo) (DAR: Anexo 2)
Solicitou Ecocardiograma (DAR: Anexo 3)
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Classificou como NYHA III (Dispneia aos médios esforços)
Orientou sobre hábitos que melhoram a qualidade de vida (deixar de fumar, melhorar a dieta,
exercício físico leve).
Orientou sobre restrição salina e hírdrica
Indagou se a paciente tinha alguma dúvida.
Indicou IECA +Beta bloq + Furosemida +Espironolactona
ANEXO 1 (CC7-Clínica Médica):
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Diminui a força de contração (ejeção ruim) Diminui o relaxamento (enchimento ruim)
Fração de ejeção <40-50% Fração de ejeção >=50%
Aumento das câmaras no ECO Câmaras normais
Aumento do coração no RX Coração tamanho normal
Presença de B3 Presença de B4
Diminuição do débito Cardíaco Diminuição do débito Cardíaco
TIPOS DE ICC (CONGESTIVA)
ICC DIREITA ICC ESQUERDA
Turgência jugular bi ou uni lateral. Congestão Pulmonar: Edema Agudo de
Hipertensão Portal (Varizes esofágicas e de fundo gástrico, Pulmão (dispneia que melhora sentado e
hemorroidas, circulação colateral ‘’cabeça de medusa’’). piora deitado e tosse com expectoração de
Edema MMII. coloração rosa Salmão).
Hipertensão Intracraniana.
DIAGNOSTICO DE IC
Clinico (critérios de framinghan) + ECO
O BNP faz diagnostico diferencial com a dispneia na sala de urgência
Na IC o BNP ta >100mg/ml ou NT-PRO-BNP >2000 pg/ml
CLASSIFICAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL - NYHA
CLASSE CLASSIFICAÇÃO TRATAMENTO
I Sem dispneia com atividades usuais IECA + B-BLOQ
II Com dispneia com atividades usuais + DIURÉTICO
+ ESPIRONOLACTONA
III Dispneia com qualquer atividade + HIDRALAZINA E NITRATO
+ DIGITAL
+ IVABRADINA
IV Dispneia em Repouso IGUAL O ACIMA
CLASSIFICAÇÃO EVOLUTIVA
CLASSE CLASSIFICAÇÃO TRATAMENTO
A Só fatores de Risco Tratar só os fatores de riscos
B Doente, mas, assintomático. IECA+B-BLOQ
C Sintomático Depende do NYHA
D Refratário Depende do NYHA
CRITÉRIOS CLÍNICOS DE FRAMINGHAM
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TRATAMENTO
TRATAMENTO DA ICC SISTÓLICA
DROGAS QUE AUMENTAM SOBREVIDA:
IECA: 1ra droga a ser introduzida na IC, começar devagar até chegar na dose plena. Indicados para
todos, mesmo os assintomáticos, salvo contraindicações (K > 5; Estenose bilateral das artérias renais).
BETA-BLOQUEADOR (Succinato de metoprolol/ Caverdilol/ Bisoprolol): Começa devagar até chegar a
dose plena (demora +- 3 meses), depois de iniciado não deve ser retirado. Indicados para todos,
mesmo os assintomáticos, salvo paciente que estiver agudamente descompensado.
Betabloq +IECA = grande dupla da IC.
ESPIRONOLACTONA – Indicado para classe funcional III e IV (não usar se K > 5)
HIDRALAZINA+NITRATO – Indicado para pacientes com contraindicação ao IECA e para todos os
pacientes negros que tenham classe funcional II-IV.
BRAII – Indicado em caso de tosse no uso de IECA.
IVABRADINA – Indicados para classe funcional II-IV em uso de IECA + B-bloq + F.C. > = 70bpm com
ritmo sinusal.
DROGAS SINTOMÁTICAS:
DIURÉTICO – Indicado para sintomáticos, a droga de escolha é a FUROSEMIDA, depois de iniciado o
diurético não pode ser retirado, só diminui-se a dose se necessário.
DIGITAL (Digoxina/ Deslanosídeo) – Indicado para pacientes refratários.
TRATAMENTO DA IC DIASTÓLICA:
Se congestão = Diurético
Controlar fatores que prejudicam o relaxamento – P.A. / F.C. / Coronariopatia
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Realizou manobras de KERNIG E BRUDZINSKY / Avaliando rigidez de nuca
Identificou no caso apresentado o possível diagnóstico de Meningite
Solicitou estudo citológico do LCR/ cultura/ PCR / sorologia / cultura de secreção
nasofaringea/coprocultura (enterovirose)
A partir do resultado laboratorial apresentado, diagnosticou uma meningite viral explicando ao
paciente do que se tratava a doença
Indica medidas de suporte: analgésicos, antitérmicos, antieméticos, hidratação e dieta
adequada
Orienta o paciente evitar ambientes abafados onde há aglomeração de pessoas e lavar bem as
mãos antes de comer, lavar talheres, copos e pratos
Perguntou ao paciente se possui alguma dúvida
RIGIDEZ DE NUCA
Paciente em decúbito dorsal tenta-se fletir seu pescoço. Há dificuldade na manobra devido à contratura
reflexa da musculatura cervical posterior
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SINAL DE KERNIG
Há 2 formas de se pesquisar este sinal:
Com o paciente em decúbito dorsal eleva-se o tronco fletindo-o sobra a bacia. Ocorre flexão da perna
sobre a coxa, e desta sobre a bacia
Com o paciente em decúbito dorsal flete-se a coxa sobre o quadril e o joelho sobre a coxa. Quando o
examinador tenta estender a perna, o paciente refere dor
SINAL DE BRUDZINSKI
Flexão involuntária da perna sobre a coxa e desta sobre a bacia ao se tentar fletir a cabeça
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AGENTES ATB DOSES (IV) CÇ/AD INTERVALO TEMPO
N.Meningitidis PNC G Cristalina (MS) 300-500.000UI/KG/dia 4h/4h 7-10d
(Meningococo) Ou Ampicilina 200-400mg/kg/dia
H. Influenzae Ceftriaxone 100 mg/kg/dia 12h/12h 7-10d
PNC G Cristalina (Sensível PNC) 300-500.000UI/kg/dia 4h/4h
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
cristaloide) + drogas vasoativas
Choque Compensado: iniciar com dopamina
Choque quente: noradrenalina
Choque Frio: adrenalina
Choque Refratário: associar hidrocortisona
Fundamental que tratamento seja rápido e eficaz dentro da 1ra hora de reconhecimento do choque
séptico (hora de ouro)
MENINGITE MENINGOCÓCICA
AGENTE ETIOLÓGICO: Meningococo (Neisseria meningitides) (coco gram -)(Necessita isolamento)
CARACTERÍSTICA DO LÍQUOR: (coleta líquor somente após retirar pcte do choque):
↑ da Celularidade
Proteinorraquia ↑
Glicorraquia ↓
Evidência de diplococo Gram (-)
TRATAMENTO: Ceftriaxone
ALGORITMO DE AVALIAÇÃO DE CRIANÇA:
MOV: Monitorização Cardíaca + oxímetro de pulso + hidratação EV
Depois: ABCDE:
A (via aérea pérvia);
B (FR/Oximetria/Ausculta/Sinais de desconforto respiratório)
C: FC/Pulso/PA/Perfusão capilar)
D: Glasgow/Rigidez de nuca/Abaulamento de fontanela <1,5/Pupilas
E: Exposição do dorso e ver Tº
200
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Isolamento respiração deve ser feito em casos de meningite pelo vírus da caxumba
201
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
ADENDO - PARASITOSES INTESTINAIS
Escanear a todos o resumo de 1 folha de parasitose.
Toda anemia ferropriva deve ser investigada a causa, não apenas tratar, criança deve sempre
investigar parasitose e em adultos, hemorroidas, câncer, perdas gastrointestinais e hipermenorreia.
Para tratamento da anemia ferrorpriva, é necessário 60mg de Fe elementar o que equivale a 300mg
de sulfato ferroso, devendo ser tomando 3-4x ao dia. Já em crianças a dose deve ser de 5mg\kg\dia
de ferro elementar dividido em 3-4 tomadas.
A absorção do sulfato ferroso é melhor quando administrado de estômago vazio, 1-2 horas antes das
refeições, de preferência associado a vitamina C ou suco de laranja. Caso o paciente apresente
intolerância gástrica: náuseas, vômitos, diarreia, desconforto epigástrico, devem ser orientados a
tomar junto das refeições, ou seja, o sulfato ferroso só deve ser dado junto com a comida em caso de
intolerância gástrica.
A resposta ao tratamento deve ser observada em 5-10 dias avaliando-se a contagem dos
reticulocitos. A hemoglobina e o hematócrito começam a subir em 2 semanas (o inicio da melhora é
mais rápida quanto mais grave for a anemia), geralmente voltando ao normal em 2 meses após o
início da terapia. A reposição de ferro elementar deve durar 3-6 meses após a normalização do
hematócrito (total de 6-12 meses), no intuito de reabastecer os estoques corporais desse elemento.
O controle pode ser feito com a ferritina sérica, que deve chegar a valores acima de 50ng\ml, em
crianças, recomenda-se uma duração de 3-4 meses para a terapia de reposição, ou 2 meses após a
normalização da hemoglobina.
PROTOZOÁRIOS = NIDAZOL
NEMATELMINTOS = BENDAZOL
PLATELMINTOS = PRAZIQUANTEL
202
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
N. Americano) Forma infectante: Filarioide
1- Dermatite Cercariana
2-Febre Katayama (febre; sudorese;
hepatoesplenomegalia; Eosinofilia)
3- Forma crônica (formação de
Esquitossomose Vasos granulomas): Hipertensão pulmonar / Praziquantel 10mg/kg/dose
(S. Mansoni) mesentéri Neurológica (mielite) / Hipertensão portal única
os (pré-sinusoidal: varizes de esôfago e Oxaminiquine (↓carga
fundo gástrico)...DX: larvária)
Sorologia (agudo)
EPF (só após 40 dias)
Biópsia retal (>sensibilidade)
Toxocaríase Delgado Sd. loeffler /Hepatomegalia/EOSINOFILIA
(T. Canis) (cão) intensa Albendazol 10mg/kg/dia por 5
(larva migrans Mais em crianças dias ±corticoide
visceral) DX: Sorologia (ELISA)
Oxiuríase Colón Prurido anal noturno Albendazol 10mg/kg/dose
(E. Vermicularis) Perianal DX: Fita gomada (Graham) única
Tricuríase Colón Colite Mebendazol 100 mg 12/12hrs
(T. Trichiura) Prolapso retal por 3 dias
Teníase Delgado Dor abdominal Praziquantel 10mg/kg/dose
Solium/saginata Fraqueza única
Neurocisticercos cérebro Por ingestão do OVO: crise convulsivas
e em pacientes previamente hígidos/
(T.solium) microcalcificações cerebrais DX: TC cranio
Albendazol não trata Ameba / Schistosoma Mansoni
Nitazoxanida (annita) Amplo Espectro
Parasitoses que não tratam Entamoeba Coli / Iodamueba Butschlii / Endolimax nana
Sd. De loeffler (ciclo pulmonar) Tosse seca / Infiltrado pulmonar migratório /Eosinofilia
Parasitas Que Fazem Ciclo Pulmonar “SANTA” Strongyloides/Ancylostoma/Necator/Toxocara/Ascaris
CASO CLÍNICO 22– RAIVA/TÉTANO:
Felipe de 15 anos de idade, estudante, sofreu ataque por mordedura de cão há 2 horas.
O cão é da raça Rotweiler, faz parte do meio familiar (pertence ao pai do garoto) e não apresenta sinais
de alteração no comportamento.
O paciente apresentava, à admissão, múltiplas e extensas lacerações em face (região frontal, glabelar,
nasal e periorbitária esquerda) com descolamento parcial da orelha esquerda, acompanhadas de lesões
menos perfurantes em membros superiores. Os demais aspectos do exame físico eram normais.
O paciente não tem antecedente patológico e desconhece a sua situação vacinal
Realise a Abordagem inicial da ferida e as condutas necessárias:
Apresentou-se ao paciente
Colheu dados do paciente
Investigou Origem da ferida, quanto tempo, se passou algo
Acalmou o paciente, explicando o procedimento
ETAPAS DO PROCEDIMENTO
Lavou as mãos e Calçou as luvas (técnica asséptica)
Lavou exaustivamente a ferida com solução fisiológica
203
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Realizou Assepsia das bordas da ferida
Colocou de campo cirúrgico
Infiltrou de anestésico local
Explorou a ferida e realizar desbridamento quando necessário
Realizou hemostasia
Aproximou bordas (questionável)
Lavou novamente a ferida
Fez curativo
CONDUTA E ORIENTAÇÃO
Investigou situação vacinal do paciente
Indagou a necessidade da profilaxia antitetânica e anti- rábica
Investigou origem do animal (conhecido/desconhecido/vacinado/sintomas)
Solicitou ajuda do responsável quanto a observação do animal
Realizou imunização em locais diferentes antitetânica e SAT ou IGHAT devido ao desconhecimento
vacinal do paciente
Realizou imunização antirrábica e orienta o paciente retornar em 3 dias para a posterior dose,
orientando o esquema profilático
Prescreveu o tratamento ambulatorial com Antibióticos por 5 dias (amoxicilina+ Ac.Clavulânico) e
analgésicos + Antiinflamatórios
Orientou ao paciente quanto aos cuidados diários (água e sabão neutro, secar e descobrir após 24h)
Explicou os sinais de inflamação e infecção da ferida
Notificou o caso
Perguntou se o paciente possui alguma dúvida
ADENDO RAIVA/TETANO
CONDUTA FRENTE FERIMENTOS SUSPEITO DE RAIVA
Cão ou gato sem suspeita de Cão ou gato clinicamente Cão ou gato raivoso,
Raiva no momento da agressão suspeito de raiva no momento desaparecido ou morto
da agressão animais silvestres5
TIPO DE EXPOSIÇÃO (inclusive os
domiciliados)
Animais domésticos de
interesse econômico ou
de produção
CONTATO INDIRETO • Lavar com água e sabão. • Lavar com água e sabão. • Lavar c/ água e sabão
• Não tratar • Não tratar. • Não tratar.
ACIDENTES LEVES • Lavar com água e sabão. • Lavar com água e sabão. • Lavar c/ água e sabão.
• Ferimentos • Observar o animal durante • Iniciar esquema profilático • Iniciar imediatamente
superficiais, pouco 10 dias após a exposição1. com 2 (duas) doses, uma no o esquema profilático
extensos, geralmente • Se o animal permanecer dia 0 e outra no dia 3. com 5 (cinco) doses de
únicos, em tronco e sadio no período de • Observar o animal durante vacina administradas
membros (exceto mãos e observação e encerrar caso. 10 dias após a exposição1. nos dias 0,3, 7, 14 e 28.
polpas digitais e planta • Se o animal morrer, • Se a suspeita de raiva for
204
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
dos pés); podem desaparecer ou se tornar descartada após o 10º dia de
acontecer em raivoso, administrar 5 doses de observação, suspender o
decorrência de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28). esquema profilático e
mordeduras ou encerrar o caso.
arranhaduras causadas • Se o animal morrer,
por unha ou dente. desaparecer ou se tornar
raivoso, completar o
• Lambedura de pele esquema até 5 (cinco) doses.
com lesões superficiais. Aplicar uma dose entre o 7º e
o 10º dia e uma dose nos dias
14 e 28.
ACIDENTES GRAVES • Lavar com água e sabão. • Lavar com água e sabão. • Lavar c/ água e sabão.
• Ferimentos na cabeça, • Observar o animal durante • Iniciar o esquema • Iniciar imediatamente
face, pescoço, mãos, 10 dias após exposição1, 2. profilático com soro 20U/Kg o esquema profilático
polpas digitais e/ou • Iniciar esquema profilático aplicando na ferida e o que com soro 20U/Kg
planta do pé. com duas doses uma no dia 0 sobrar coloca I.M. e 5 doses aplicando na ferida e o
• Ferimentos profundos, e dia 3. de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 que sobrar coloca I.M.
múltiplos ou extensos, • Se o animal permanecer e 28. e 5 (cinco) doses de
em qualquer região do sadio no período de • Observar o animal durante vacina administradas
corpo. observação, encerrar caso. 10 dias após a exposição. nos dias 0, 3, 7, 14 e 28.
• Lambedura de • Se o animal morrer, • Se a suspeita de raiva for
mucosas. desaparecer ou se tornar descartada após o 10º dia de
• Lambedura de pele raivoso, dar continuidade ao observação, suspender o
onde já existe lesão esquema profilático, esquema profilático e
grave. administrando o soro 20U/Kg encerrar o caso.
• Ferimento profundo na ferida e o que sobrar
causado por unha de coloca I.M. e completando o
animal esquema vacinal até 5 (cinco)
doses. Aplicar uma dose entre
o 7º e o 10º dia e uma dose
nos dias 14 e 28.
205
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
SINDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
1- Apresentar-se
2- Nome, idade, sexo, profissão, estado civil
3- Queixas: febre/febrícula intermitente ou constante?
Sudorese noturna?
Cefaleia?
Mal estar?
Anorexia?
Náuseas/vômitos?
Infecções bacterianas resistentes e arrastadas?
Candidíase ou esofagite refratária?
Herpes Zoster ou simples?
Adenomegalia?
Diarreia >30 dias ou recidivante?
Pneumonia arrastada?
Purpuras?
Mialgia?
Artralgia?
Hepatoesplenomegalia?
4- ANTECEDENTES PATOLÓGICOS:
Infecções, neoplasias, doenças oportunistas
206
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Dieta?
Tabagismo?
Drogas?
Álcool?
Profissão/acidente de trabalho?
Atividade sexual? Quantos parceiros? Usa preservativo? Orientação sexual?
6- EXAME FÍSICO
PA/FC/FR/Pulso/Tº/peso/altura/IMC
Alteração neurocognitivas e focais
Dermatites
Mucosas
Adenomegalias
Candidíase oral
Molusco contagiosos
Hepatoesplenomegalia
Estertores Creptantes/MV↓
Sarcoma de Kaposi
Psoríase
Micoses
Verrugas genitais
Corrimento genital recidivante
7- DIAGNÓSTICO
Teste rápido 1 (+) + Teste Rápido 2 (+) + RNA (+) = HIV
Ou ELISA (+) + RNA (+) = HIV
Se Teste Rápido (+) ou Elisa (+) com RNA (-) deve-se realizar Western Blot (+)
8- TRATAMENTO
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
ZIDOVUDINA+LAMIVUDINA+EFAVIRENZ
34 semanas com carga viral >1000 ou desconhecida ou não usaram TARV combinada:
cesárea eletiva, desde que seja fora de TP ou até 3cm de dilatação com bolsa integra
34 semanas com carga viral <1000 = avaliar via vaginal (se fez tto combinado durante a
gravidez, se haver >4cm de dilatação, já não realiza a cesárea
PARTO VAGINAL mais natural possível – sem romper bolsa, sem utilizar fórceps, sem
episiotomia, clampeamento imediato do cordão umbilical.
Paciente chega ao consultório referindo inchaço no corpo e urina cor de coca – cola há 3 dias
*30 anos
207
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
*antecedentes de farigoamidalite há 2 semanas
SÍNDROME NEFRÍTICA
PASSOA PASSO DO CHECK LIST
Paciente de 30 anos chega ao consultório referindo inchaço no corpo e urina cor de coca-cola há
3 dias. Tem antecedente de faringoamigdalite há 2 dias.
1-Apresentar-se
2-I.D: nome, idade, profissão, estado civil
3-Queixa: edema, cansaço, anorexia, mal-estar, hematúria macroscópica, oligúria.
4-Antecedente pessoais: 1-2 semanas faringoamigdalite, 3-6 semanas piodermite, medicamentos?
Febre reumática? Penicilina G benzatina?
5-lavar as mãos
6-Exame físico: avisar o paciente PA, FC, FR, Tº, Peso, altura, IMC, observar faringe, ausculta
pulmonar, adenomegalia, ausculta cardíaca, palpação, abdominal, MMII edema, olhos.
7-Diagnóstico: antecedente patológico + anticorpos (ASLO) + ↓C3 + EAS + ↑PA + clinica + hemograma
+ uréia + creatinina + proteinuria 24 hrs
8-Tratamento: Internação
Restrição hidrossalina 800ml-1000ml\dia
Acesso venoso
Furosemida 1-2mg\kg dia IV
Captopril 0,15-2mg\kg\dia dividido em 3 doses
ATB esta indicado em todos os casos de GNPE= penicilina G benzatina, o antibiótico não está
indicado para melhora do quadro da GNPE, mas sim para erradicar cepas nefritogências da pele
e orofaringe para prevenir uma futura recidiva, porém aqui não há tratamento por anos como
profilaxia secundária da febre reumática, pois a GNPE ao contrário da febre reumática, não
deixa sequelas, outros episódios teria a mesma expectativa de morbidade que o primeiro.
Cateter vesical
Observar diurese
Aferir PA 4-4h
Repouso no leito
Pesar em jejum diariamente
208
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
a) Hematúria dismórfica (EAS com pesquisa de Dismorfismo Eritrocitário).
b) Cilindros Hemáticos (formado pela Proteína de “Tamm-Horsfall” + hemácias)
c) Piúria
d) Cilindros Leucocitários
HEMATÚRIA DISMÓRFICA
OBS: LESÃO GLOMERULAR = GNDA
CILINDROS HEMÁTICOS
(pode ser apenas um)
CAUSAS MAIS IMPORTANTE DE GNDA SÃO:
1- PÓS – INFECCIOSA Pós-Estreptocócica (GNPE) é a + comum, é o protótipo das GNDA!!
2- POR DOENÇA MULTISSISTÊMICA:
a) Lúpus Eritematoso Sistêmico
b) Síndrome de Goodpasture
3- PRIMÁRIAS DO GLOMÉRULO:
a) Doença de Berger
b) GN Membranoproliferativa (Mesangiocapilar)
É uma sequela renal tardia de uma infecção por cepas nefritogênias do Estreptococo beta-hemolítico
do grupo A (Streptococcus Pyogenes), que podem estar presentes numa:
Faringoamigdalite período de incubação entre 7-21 dias. (aprox. 1-2 semanas).
Piodermite Estreptocócica (como impertigo crostoso ou erisipela) período de incubação entre
15 – 28 dias (aprox. 2-4 semanas).
FREQUENCIAem crianças e adolescentes entre 2 – 15 anos (2-6 anos p/ Piodermite; 6-15 a p/
Faringoamigdalite), e maior incidência em meninos (2:1).
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA:
1- Mesmos Achados Clássicos de uma Síndrome Nefrítica (hematúria, Proteinúria, edema, HAS,
Oligúria...)
2- Dor abdominal e Náuseas podem estar presentes
3- Dor Lombar Bilateral (por entumescimento da cápsula renal)
COMPLICAÇÕES:
1- Encefalopatia hipertensiva devido a HAS, e ocorre em 5-10% dos casos de GNPE.
2- Edema Agudo de Pulmão
3- Hipercalemia devido ao hipoaldosteronismo hiporreninêmico.
TFG Hipervolemia (HAS e Edema) Renina SRAA Hipoaldosteronismo
209
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Piodermite).
4º Documentar uma queda transitória de complemento C3, que tem que voltar ao seu valor sérico
normal (85-185mg/dl) em no máximo 8 semanas, a contar dos primeiros sinais de nefropatia.
TTO SUPORTE!!!:
1- Repouso e Restrição Hidrosalina
2- Diuréticos de alça (furosemida)
OBS: Se a hipertensão persistir então acrescentamos um ou mais das seguintes medidas:
Outros anti-hipertensivos bloqueadores dos canais de cálcio (nifedipina)
IECA (captopril) ou BRA (Losartana Potássica)
Vasodialtadores Hidralasina
Em caso de encefalopatia hipertensiva Nitropussiato de Sódio
Diálise se necessário (congestão volêmica, encefalopatia hipertensiva refrataria a terapata
medicamentosa)
PROGNÓSTICO É BOM, 90% dos pacientes recuperam completamente o volume urinário em 7dias, de
1-5% evolui para GNRP
TEMPO MÁXIMO ESPERADO PARA REVERSÃO DOS ACHADOS CLÍNICOS:
Oligúria até 7 dias
Hipocomplementenemia até 8 semanas
Hematúria Microscópica até 1-2 anos
Proteinúria sub Nefrótica até 2-5 anos
Se dá quando o paciente desenvolve Sd. Nefrítica (de qualquer causa) e evolui para falência renal
aceleradamente, de forma fulminante e com necessidade de Diálise urgentemente, sem tratamento os
Rins entram em estado Terminal em semanas.
QUADRO CLÍNICO (PODE SER AGUDO OU SUBAGUDO):
1- Oligúria marcante ou até Anúria (sinal de lesão glomerular gravíssima)
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2- Sd. Urêmica (Insuficiência Renal Grave):
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7- Perda De Transferrina causa uma Anemia Ferropriva
8- Perda De Antitrombina III, Proteína S e C Hipercoagubilidade, Trombos.
9- Aumento da Alfa2 Globulina EXCEÇÃO: São as únicas que Aumentam o resto só diminuem!!!
10- Aumento da Betaglobulina
COMPLICAÇÃO:
1- Fenômenos tromboembólicos:
Acontecem pela perda da Antitrombina III
Mais comum é a trombose de veia renal Varicocele esquerda (Homem) + Dor lombar +
Hematúria.
2- Infecções:
Peritonite Bacteriana Espontânea (+ comum) 1º Streptococcus Pneumoniae; 2º E. Coli.
OBS: Toda criança com Sd. Nefrótica perde a capacidade de se defender contra germes Encapsulados
(pela perda de IgG), então deve ser vacinada para:
Streptococcus Pneumoniae
Neisséria Meningitidis (vacina tetravalente, 7 valente)
Haemophilus Influenzae
3- Aterogênese Acelerada LDL e triglicerídeos leva a uma perda rápida da função renal, por
isso devemos usar Estatinas, tanto para a hiperlipidemia e para preservar os rins ou pelo menos
retardar esse processo.
4- Perda Progressiva Da Função Renal (Tto: IECA ou BRA).
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
AINE
Neoplasia Oculta É GEFS !!!
LES
Hepatite B ou C
NEFROPATIA MEMBRANOSA (NM)
É a Mais comum de Nefropatia secundária em adultos.
Se mais em Adultos entre 30-50 anos.
PODE SER CAUSADA PELA:
1- Hepatite B,
2- Neoplasia Oculta,
3- Malária.
4- É Sinal inicial do LES
COMPLICA COM Trombose de Veia Renal (a NM é que mais causa Trombose da Veia Renal).
ACHADOS HISTOLOGICOS apagamento dos processos podocitários
TTO Prednisona + Imunossupressores (Ciclofosfamida/Clorambucil)
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Analgesia regular; aquecer território com quadro álgico. Nos casos refratários: Transfusão.
3. Síndrome torácica aguda – multifatorial: isquemia pulmonar/infecção, febre, Taquipnéia, dor,
infiltrada – Hidratação/O2, Analgesia/ATB. Nos casos graves realiza exsanguíneotransfusão (de
troca).
4. A.V.E. – Isquêmico (2-15anos), hemorrágico (adulto) – Exsanguíneotransfusão (de troca)
Tratamento em UPA para criança falcêmica com febre: Dar ATB – Cefuroxima ou Ceftriaxone
Tratamento crônico da anemia falciforme:
I. Evitar complicações –
a. Infecções – Pen V Oral (até os 5 anos) diária + Imunização (pneumo/hemófilo)
b. Crise megaloblástica – dar ácido fólico diariamente
c. AVE/ S. torácica aguda/ crises álgicas (>3/ano): Hidroxiureia (aumento de HbF) +
Transfusões crônicas (c/5 a 6 meses) – manter HbS < 30%.
II. Transplante de medula – em casos muito graves
TRAÇO FALCÊMICO: Assintomático. No máximo apresenta um acometimento renal.
ATENDENDO UM CASO CLÍNICO
1. Apresentar-se
2. Identificação: Nome, idade, profissão, estado civil, onde mora.
3. Queixa principal: Dactilite, dor abdominal, febre, taquidispnéia, crise álgica óssea.
4. Antecedentes pessoais: D.M., HAS, cirurgia prévia, medicação, ACO, alguma outra doença?
Alcool, cigarro, drogas? Dieta, aumento de peso, obesidade, atividade física?
5. Antecedentes familiares: Alcoolismo, HAS, D.M., traço falcêmico, anemia falciforme
6. Lavar a mão
7. Sinais vitais, IMC, Peso
8. Exame físico.
9. Diagnóstico: Clínica + Laboratório:
a. Aumento LDH;
b. B.I.;
c. Diminui TGO/TGP, Hb (8g/dl);
d. Leucocitose;
e. Trombocitose;
f. Diminui VHS;
g. Teste de afoiçamento (gota espessa +);
h. Hematoscopia (drepanócitos [foice, alvo]);
i. Eletroforese de Hb > 85% de HbS e > 5% de HbF; A eletroforese dá o diagnóstico definitivo.
10. Tratamento: Penicilina V Oral por 3 meses aos 5 anos + Imunização (contra pneumococo,
haemophilus e hepatite) + Ácido fólico + Crise álgica + Hidratação vigorosa +ATB (se Infecção) + AINE +
Opioide + O2 + Transfusão só em crise refratária.
214
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
20 mg/dia por seis meses, com remissão total do quadro. Aos 40 anos parou de trabalhar, apesar de ter
construído uma carreira brilhante, em função do declínio de memória. Passou a cuidar de sua filha e a
realizar pequenos trabalhos domésticos diariamente. Seu discurso era marcado por repetições constantes.
Foi submetido a uma avaliação neuropsicológica que revelou uma síndrome dismnésica grave, do tipo
anterógrada, sem quadro demencial estabelecido. Fez uso de donepezil 5 mg/dia por um curto período, pois
não tolerou os seus efeitos colaterais, e vitamina E 800 mg/dia.
Desenvolvimento psicomotor sem alterações. Nega história de doenças crônicas, internações e cirurgias
prévias. Nega história de uso de substâncias psicoativas.
História familiar: Tem um irmão mais novo, desportista, saudável. Seus pais são vivos e saudáveis. Possui
duas filhas vivas e saudáveis. Os pais negam antecedentes familiares de doença neurodegenerativa.
Exame físico: Dentro dos padrões de normalidade.
Exame neurológico: Alerta, sem déficit motor focal, com reflexos profundos simétricos (3+/4), reflexo
glabelar inesgotável e orbicular dos lábios presente. Nervos cranianos mostram-se sem alterações, tônus
muscular normal. Prova índex-nariz lentificada e simétrica. Marcha apráxica. Equilíbrio estático preservado.
Sensibilidade superficial e profunda sem alterações.
O miniexame do estado mental (MEEM) revelou alterações em orientação, memória de evocação, atenção
e cálculo, comando e cópia de pentágonos (17/30 pontos).
A avaliação funcional para atividades de vida diária (AVD) revelou um comprometimento moderado a
grave. Apesar de não apresentar dificuldades na realização de AVD básicas (cuidados pessoais), o paciente
pouco comparecia a eventos sociais, se perdia frequentemente na rua e não administrava mais suas finanças
nem sua medicação.
Mostrava-se apático, sua fala era disártrica, embora compreendesse sem dificuldade o que lhe era dito. Não
apresentava quaisquer alterações de comportamento.
Exames complementares: Hemograma completo, bioquímica sangüínea, provas de função tireoidiana,
sorologia anti-HIV, sorologia para Lues, exame qualitativo da urina, perfil liquórico e radiografia de tórax
dentro dos padrões de normalidade.
Eletroencefalograma (EEG) com mapeamento cerebral – atividade lenta (teta) com predomínio
frontotemporal à esquerda.
Ressonância nuclear magnética (RNM) do encéfalo com espectroscopia de prótons e volumetria de
hipocampos áreas hiperintensas na substância branca dos cornos occipitais dos ventrículos laterais,
acentuação dos sulcos corticais temporais e, notadamente, occipitoparietais, redução volumétrica dos
hipocampos – e importante aumento da relação mio-inositol/creatina (Mi/Cr) e redução da relação N-acetil-
aspartato/creatina (Naa/Cr).
Tomografia por emissão de fóton único (PET-SCAN) – área extensa e bilateral de hipoperfusão em região
parietal posterior.
215
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Realiza Avaliação Funcional para atividades de vida diárias
Solicita Exames para descartar causas reversíveis de demência (T4 livre, TSH, acido
metilmalonico e homocisteina, VDRL, TC de crânio [com ou sem contraste], Anti-HIV [neste pede
autorização ao paciente para solicitar])
Explica a paciente que não existe cura para essa doença, e que o tratamento visa retardar a
evolução da doença e melhorar o comportamento do paciente visando um bom relacionamento
com os familiares e cuidadores.
216
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Para diagnóstico de demência em Analfabetos deve ter < 19pts e em Alfabetizados < 23 pts.
Avaliação funcional para atividades de vida diária (AVD)
CAUSAS:
Reversíveis – Metabólica/Infecciosa/Estrutura:
Hipotireoidismo
Deficiência de vitamina B12
Neurossífilis
Complexo de demência relacionado à AIDS
Tumores cerebrais
Hidrocefalia comunicante normobárica
Não-Reversíveis:
Alzheimer (principal causa)
217
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Vascular Multinfarto
Doenças do Corpúsculo de Lewy difuso
Doença de Pick
Doença de Binswanger
Doença de Huntigton
Obs: Todo paciente com demência deve ser submetido á investigação de todas as causas reversíveis!
DOENÇA DE ALZHEIMER
É a demência mais comum que tem como fatores de risco principais a idade > 65 anos e uma história
familiar positiva.
Clínica: Inicia com perda de memória (não sabe quando começou – evolução insidiosa) e perda do
senso geográfico.
Diagnóstico: Clínico + Exclusão
TRATAMENTO:
Anticolinesterásicos centrais (Donepezil, Ravastigmina, Galantamina)
Antagonista do receptor do glutamato (memantina)
UM ALGO A MAIS
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Pergunta o motivo da consulta
Investiga antecedentes pessoais
Investiga antecedentes familiares
Identifica hábitos alimentares
Investiga realização e frequência de atividades físicas
Investiga tabagismo
Investiga uso de drogas ilícitas
Investiga atividade sexual
Investiga qualidade do sono
Investiga luto, motivos desencadeadores de tristeza
Investiga tentativa pregressa de suicídio
Investiga relacionamentos interpessoais e familiares
Explica para paciente que não irá prescrever medicamento para ela dormir porque ela não tem
indicações
Explica para paciente que deverá interna-la (risco de suicídio)
Solicita avaliação da paciente por um psiquiatra por provável diagnóstico de depressão
Comunica-se com linguagem acessível
Escuta atentamente a paciente
Acolhe a paciente e tenta fazê-la sentir-se bem
ADENDO DEPRESSÃO
Queda patológica do humor
CLÍNICA: Tristeza, melancolia, apatia, tédio, fadiga, culpa, lentificação do pensamento, hipobulia,
pseudodemência, dor.. SEMPRE PESQUISAR IDÉIAS DE SUÍCIDIO (risco maior no homem, idoso,
solitário, doente crônico)
CLASSIFICAÇÃO:
Leve (não impede atividades diárias: 2 ou 3 sintomas)
Moderada (impede atividades diárias : ≥4 sintomas)
Grave (ideias suicidas marcantes).
DIAGNÓSTICO: Clínico (fenomenológico)
TRATAMENTO:
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA – ISRS
1ra escolha por ter melhor perfil de tolerabilidade
Fluoxetina, Citalopran, Paroxetina, Sertralina
Tem efeitos colaterais que tendem a diminuir com o tempo de tratamento: tontura, perda de apetite,
queda da libido, naúsea, vômito, retardo da ejaculação...
SEMPRE INTERNAR SE RISCO DE SUICÍDIO
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
desconexas e muito agitado, sem documentos, “como não sabiam que droga ele havia utilizado,
resolveram trazê-lo ao hospital” (SIC).
Ao ingressar nota-se paciente emagrecido, muito agitado, não responde perguntas por apresentar
dificuldade para falar, confuso, com um rebaixamento do nível de consciência.
Objetivo: Anamnese, exame físico, diagnóstico e conduta terapêutica.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
O candidato cumprimentou o paciente e apresentou-se como médico
O candidato solicitou monitorização cardíaca
O candidato solicitou oximetria de pulso
O candidato solicitou dextro
O candidato identificou a presença de hipoglicemia com sintomas Neuroglicopênicos
O candidato solicitou coleta de sangue para avaliação da glicemia e em seguida solicitou
administração de tiamina 100mg I.M. (ou I.V. lenta) explicando que pode haver associação com
alcoolismo e/ou desnutrição pela histórico e apresentação do paciente.
O candidato solicitou em seguida administração de solução glicosada hipertônica 50% (50ml-
100ml) I.V. em bolus
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
REALIZOU MEDIÇÃO ANTROPOMÉTRICA
O candidato observou melhora clínica imediata do paciente e nesse momento indicou ingestão
de alimento com açúcar.
O candidato logo em seguida iniciou anamnese - perguntou onde o paciente vive (há quanto
tempo vive na rua), o que come (há quanto tempo está sem comer), se bebe, fuma, usa drogas
ilícitas, tem alguma doença que conhece (se trata). [pelo menos 4]
O candidato pesou o paciente
O candidato mediu o paciente
O candidato calculou IMC
O candidato identificou que o paciente está com desnutrição grave
FORMULAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
O candidato formulou o diagnóstico de Hipoglicemia e desnutrição grave
ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA
O Candidato indicou corretamente internação para realização de exames complementares
[Hemograma completo, Ferro sérico, Ferritina, Transferrina, TIBIC, eletrólitos (Na, K, Mg),
função hepática (TGO, TGP), função renal(Cr, Ureia, ClCr), TSH e T4 Livre, glicemia em jejum,
TOTG, HbA1c, albumina] e estabilização do paciente (Dieta normoproteica e normocalórica,
correção de distúrbios eletrolíticos, tratamento de infecções [ceftriaxone], suplementação de K,
Mg e Zinco e vitamina A precocemente)
O candidato explicou ao paciente que essa fase de internação dura de 1-7 dias, e que após
estabilização iniciaria um novo tipo de dieta para reabilitação e suplementação de Fe.
ATITUDE
O candidato perguntou se o paciente tinha alguma dúvida
O Candidato demonstrou empatia durante o atendimento (escuta atenta, linguagem acessível
ao paciente)
ADENDO HIPOGLICEMIA
DEFINIÇÃO
Hipoglicemia é uma síndrome clínica com diversas causas em que baixos níveis de glicemia podem levar à
neuroglicopenia.
Hipoglicemia grave pode ser definida como uma hipoglicemia que não é detectada pelo paciente ou é
detectada tão tardiamente que requer a intervenção de outra pessoa, por exemplo, para
administrar glucagon ou levar o paciente ao hospital para receber glicose endovenosa.
A hipoglicemia não é uma doença, é uma reação que ocorre como uma consequência de alguma doença ou
pelo uso de alguns medicamentos. Ela ocorre quando não há níveis de glicose no sangue suficientes para
fornecer energias às células cerebrais. As demais células do corpo conseguem obter energia através da
quebra de gorduras e proteínas armazenadas, mas os neurônios são nutridos exclusivamente por glicose,
por isso a hipoglicemia é um sinal de que as células nervosas estão em sofrimento.
CAUSAS
Existem várias causas. A ocorrência de hipoglicemia é comum em pacientes diabéticos, mas pessoas sem o
diagnóstico de diabetes mellitus também podem apresentar esta condição devido a outras causas, como:
Consumo exagerado de bebidas alcoólicas.
Jejum prolongado (é mais frequente em jejuns com mais de 72 horas de duração).
Esforço físico excessivo (os músculos consomem a glicose circulante e os neurônios ficam sem obter
221
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
energia de maneira adequada).
Uso de alguns medicamentos como insulina e hipoglicemiantes orais são os que mais causam hipoglicemia
(alguns pacientes utilizam insulina para tentar suicídio ou até mesmo assassinatos), mas ela pode ocorrer
com a ingestão de aspirina, anti-inflamatórios, beta-bloqueadores (por exemplo , o Propranolol) e alguns
antibióticos.
Hipoglicemia reativa (ocorre 1 a 3 horas após as refeições, por rápida absorção dos carboidratos).
Tumores produtores de insulina (muito raros, mas precisam ser pesquisados em alguns casos).
Cirurgia para redução ou retirada do estômago, geralmente realizadas para auxiliar na perda de peso
corporal ou devido a tumores localizados no estômago.
SINTOMAS
AUTONÔMICOS: sintomas provenientes da ação do sistema nervoso autônomo (sudorese, tremores,
palpitações, sensação de calor e fome, ansiedade e náuseas).
HIPOGLICEMIAS GRAVES (alterações da consciência e/ou convulsões) deve ser feito com glicose hipertônica
20 a 30g I.V., em bolus (associada à tiamina [50-100mg sendo que 1 ampola tem 100mg] nos pacientes
desnutridos e alcoolistas), ou glucagon 1mg S.C. ou I.M.
DESNUTRIÇÃO
Em adultos é diagnosticada desnutrição quando o IMC está abaixo de 18,5 ou houve perda acidental de
5-10% do peso corporal durante os últimos três a seis meses. Além disso, podem ser feitos exames de
sangue para avaliar as concentrações de determinados nutrientes em seu corpo, independente dos
resultados de IMC ou perda de peso. O médico pode suspeitar de desnutrição com base na alimentação
do paciente.
Outros sinais de desnutrição podem incluir:
Cansaço e falta de energia
Demorar um longo tempo para se recuperar de infecções
Demora na cicatrização de feridas
Irritabilidade
Falta de concentração
Dificuldades para se manter aquecido
Diarreia persistente
Depressão.
COMPLICAÇÕES
A desnutrição leva a uma série de alterações na composição corporal e no funcionamento normal do
organismo. Quanto mais grave for o caso, maiores e também mais graves serão as repercussões.
As principais complicações são:
222
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Grande perda muscular e dos depósitos de gordura, provocando debilidade física
Emagrecimento: peso inferior a 60% ou mais do peso ideal (adultos) ou do peso normal
(crianças)
Alterações sanguíneas, provocando, dentre elas, a anemia
Alterações no sistema nervoso: estímulos nervosos prejudicados, número de neurônios
diminuído, depressão, apatia
Alterações nos demais órgãos e sistemas respiratório, imunológico, renal, cardíaco, hepático,
intestinal etc
A pessoa desnutrida fica mais sujeita a infecções.
Outros efeitos da desnutrição são o aumento da morbidade e da mortalidade, além de hospitalização e
convalescença prolongadas.
TRATAMENTO
1º PASSO:
Internação hospitalar + Exames complementares (albumina, glicemia, Na, K, Mg, hemograma
completo)
2º PASSO: FASE DE ESTABILIZAÇÃO (1-7 dias):
Prevenção e tto da hipotermia e hipoglicemia +
Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos +
Tto de infecções (Ceftriaxone ou ampicilina) +
Iniciar alimentação (normoproteíca e normocalórica) +
Suplementação K, Mg e Zinco +
Suplementar Vitamina A precocemente
3º PASSO – FASE DE REABILITAÇÃO (2-6 Semanas): – O marco inicial é o retorno do apetite:
Inicia uma dieta hiperproteica e hipercalórica +
Suplemento Fe +
Alta para acompanhamento ambulatorial – Pesando semanalmente, se houver qualquer alteração
volta a internar o paciente (acompanhamento por 6 meses)
223
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Abd: globoso, flácido, indolor a palpação, ausência de VMG.
Ext: bem perfundidas, sem edema.
RADIOGRAFIA:
AVALIAÇÃO CLÍNICA
O candidato cumprimentou a mãe e o paciente e apresentou-se como médico
O candidato solicita o Cartão da criança e verifica imunizações
O candidato solicita dados de identificação (nome, idade, moradia)
O candidato solicita antecedentes pessoais (patológicos e não patológicos)
O candidato solicita antecedentes familiares
O candidato estabelece clima harmônico na consulta, interagindo efetivamente com a mãe do
paciente
O candidato investigou queixa principal e tempo de início do quadro
O candidato investiga a ocorrência e características da dor torácica (pelo menos 2 das seguintes:
ínicio, duração, intensidade, localização, tipo de dor, fatores de alívio e exacerbação)
O candidato investigou características de dispneia (pelo menos 2 das seguintes: início, duração,
intensidade, fatores de alívio e exacerbação)
O candidato investigou características da tosse (pelo menos 2 das seguintes: inicio, duração,
intensidade, fatores de alívio e exacerbação, produtiva ou improdutiva)
O candidato investigou ocorrência de febre (pelo menos 2 dos seguintes: dia e hora da
instalação, se verificado com termômetro, associação com calafrios ou sudorese, existência de
fatores de alívio)
O candidato investigou a ocorrência de expectoração e duas características (pelo menos 2 dos
seguintes: coloração, presença de sangue, quantidade e consistência)
O candidato indicou realização do exame físico
O candidato investigou pelo menos 3 dos seguintes: ambiente doméstico e escolar – ar
condicionado, carpete, ventilação, iluminação solar, relacionamento com fumante, animais
domésticos.
O candidato investigou estilo de vida (exercício físico, dieta)
O candidato investigou ocorrência de doenças concomitantes (cardiopatia, DM)
EXAME FÍSICO
224
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
O candidato lavou as mãos antes de iniciar o exame físico
O candidato realizou exame físico identificando alterações
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES
O candidato solicitou Radiografia de Torax PA e Lateral
O Candidato identificou presença de derrame pleural à esquerda
FORMULAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
O candidato formulou o diagnóstico de Pneumonia adquirida na Comunidade Complicada com
um derrame pleural (origem comunitária)
O candidato explicou o diagnóstico para a mãe e para criança de modo claro, buscando
tranquiliza-la
ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA
O Candidato indicou corretamente internação para início de antibioticoterapia (PNC Cristalina
I.V.), por se tratar de uma pneumonia complicada
O candidato indicou necessidade de uso de O2 e realização de drenagem torácica e pediu
análise do líquido pleural.
ATITUDE
O Candidato demonstrou empatia durante o atendimento (escuta atenta, linguagem acessível
ao paciente)
O candidato pergungou a mãe se ela tinha alguma dúvida sobre o caso.
225
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
refere que há 8 dias o marido apresentou uma dor lombar associada a uma fraqueza e formigamento
nas pernas percebido ao se levantar da cama, gerando dificuldade para caminhar. Refere também que
percebe que essa fraqueza muscular está “subindo” (sic) gerando fraqueza nos braços e dificuldade para
escrever. O paciente já não consegue mais caminhar sem auxílio e não desempenha mais suas
atividades. Objetivo: Anamnese direcionada, exames laboratoriais, hipótese diagnóstica, orientações e
conduta terapêutica.
226
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
periféricos. Aproximadamente 75% dos pacientes possuem uma história pregressa (1-3 semanas) de
infecção intestinal (Campylobacter Jejuni) ou respiratória (Citomegalovírus ou EBV).
CLÍNICA: Hiperaguda (horas ou dias)
Lombalgia
Plegia ou paresia
Arreflexia
Flacidez
Acometimento simétrico e ascendente
Não há atrofia muscular significativa
A sensibilidade térmica e dolorosa geralmente está preservada, mas não a proprioceptiva e a vibratória.
Obs: A principal causa de morte na síndrome de Guillain Barré é a parada respiratória por
acometimento do diafragma.
Obs: A disautonomia é uma alteração comum, mesmo nmmos pacientes sem outros critérios de
gravidade, levando a arritmias cardíacas, sudorese e labilidade pressórica (hipotensão postural intensa,
crise hipertensiva espontânea)
DIAGNÓSTICO: Dissociação proteinocitológico no líquor (muita albumina para pouca célula – só
aparece após 1 semana do inicio dos sintomas)
TRATAMENTO: O paciente deve estar INTERNADO de preferência no CTI. Deve-se fazer profilaxia de
TEV, manter cuidados com a pele (evitar escaras), além de suporte nutricional enteral, ventilação
mecânica e fisioterapia motora para evitar contraturas.
O tratamento específico deve ser iniciado com uma das seguintes opções: Plasmaférese ou
IMUNOGLOBULINA I.V.
NÃO SE DÁ CORTICOIDE
Obs: O tratamento é para diminuir o tempo de evolução da doença e melhorar o paciente mais rápido.
Obs: A causa mais comum de óbito são as complicações pulmonares secundárias (pneumonia
nosocomial, por causa do longo tempo de ventilação mecânica). As arritmias podem levar a morte
súbita. A mortalidade gira em torno de 5% e cerca de 80% dos pacientes apresenta boa recuperação
durante os próximos meses.
CASO CLÍNICO 28– FEBRE AMARELA:
Gabriela, com 22 semanas de gestação, chega ao consultório informando que viajará para Bolívia em 20
dias e que lá é exigido o cartão de vacina comprovando vacinação para Febre Amarela.
Objetivo: Anamnese, Orientação específica e Conduta
AVALIAÇÃO CLÍNICA
O candidato cumprimentou a paciente e apresentou-se como médico
227
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
O candidato informou que a viagem é realmente para uma área de risco
O candidato explicou para paciente que a vacina de febre amarela não está no calendário usual
da gestante por ter vírus vivo atenuado e possíveis riscos para gestante e feto
O candidato explicou que pelo risco benefício o ideal é que ela se vacine, mas que a vacinação
só pode ser realizada no 6º mês de gestação
O candidato explicou que a vacina tem que ser tomada no mínimo 10 dias antes da viagem e
que a imuniza por 10 anos.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
O candidato cumprimentou o paciente e apresentou-se como médico
O candidato solicita dados de identificação (nome, idade, estado civil, moradia)
O candidato investigou queixa principal e tempo de início do quadro
O candidato solicita antecedentes pessoais (patológicos e não patológicos)
228
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
O candidato investigou quais medicamentos o paciente tomou e se realizou exames de imagem ou
laboratório previamente
O candidato investigou ocorrência de febre (pelo menos 2 dos seguintes: dia e hora da instalação, se
verificado com termômetro, associação com calafrios ou sudorese, existência de fatores de alívio)
O candidato investigou estilo de vida (exercício físico, dieta) da paciente
O candidato investigou ocorrência de doenças concomitantes (cardiopatia, DM)
EXAME FÍSICO
O candidato lavou as mãos antes de iniciar o exame físico
O candidato realizou exame físico identificando alterações
SOLICITAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES
O candidato solicitou Hemograma completo, eletrólitos, bilirrubina, enzimas hepáticas
O candidato interpretou corretamente o resultados dos laboratórios
FORMULAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
O candidato formulou o diagnóstico de Leptospirose
O candidato explicou o diagnóstico para o paciente de modo claro, buscando tranquiliza-lo
ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA
O Candidato indicou corretamente Internação com PNC Cristalina e Diálise
ATITUDE
O candidato realiza notificação
O Candidato demonstrou empatia durante o atendimento (escuta atenta, linguagem acessível ao
paciente)
CASO CLINICO 30– CALAZAR – LEISHMANIA VISCERAL:
RSC, 2 anos, sexo feminino, natural e procedente de Nazaré – BA
Queixa Principal: Febre alta e adinamia há 15 dias.
Objetivo: Anamnese direcionada, Exame Físico, Solicitação de Exames, Diagnóstico e Conduta
Terapêutica.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
O candidato cumprimentou a mãe da criança e apresentou-se como médico
O candidato solicita dados de identificação (nome, idade, estado civil, moradia)
O candidato investigou queixa principal e tempo de início do quadro
O candidato solicita antecedentes pessoais (patológicos e não patológicos)
Investigou medicamentos o paciente tomou e se realizou Ex. de imagem ou laboratório previamente
O candidato investigou ocorrência de febre (pelo menos 2 dos seguintes: dia e hora da instalação, se
verificado com termômetro, associação com calafrios ou sudorese, existência de fatores de alívio)
O candidato investigou dieta da paciente
O candidato investigou ocorrência de doenças concomitantes (cardiopatia, DM)
EXAME FÍSICO
O candidato lavou as mãos antes de iniciar o exame físico
O candidato realizou exame físico identificando alterações
SOLICITAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES
Solicitou Hemograma completo, gammaglobulina, albumina, VHS e PCR e aspirado de medula.
O candidato interpretou corretamente os resultados dos laboratórios.
FORMULAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
O candidato formulou o diagnóstico de Calazar
O candidato explicou o diagnóstico para a mãe da criança de modo claro, buscando tranquiliza-la
ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA
O Candidato indicou corretamente Glucantime
ATITUDE
O candidato realizou notificação
O Candidato demonstrou empatia durante o atendimento (escuta atenta, linguagem acessível
CASO CLINICO 31– MALÁRIA:
O paciente FERNANDO, chega a UBS queixando-se de dor de cabeça, febre, calafrios, mialgia e artrose
há aproximadamente 10 dias. Atendido na rede de saúde de Palmas, foi feito diagnóstico presuntivo de
dengue. Na ocasião foi solicitada sorologia para dengue e recomendado repouso e hidratação.
Apresentando piora do quadro, com fraqueza, diarreia e vômito.
Ao realizar visita domiciliar, o enfermeiro de sua área de referência, observou que o paciente estava
prostrado, com taquicardia, pressão arterial 100x50mmHg, dispneico, taquipnéico, temperatura de
36,2ºC, ictérico, sudorese intensa, sangramento ocular (esclera vermelha), dor abdominal, vômitos,
diarreia de cor escura como borra de café com odor fétido e prova do laço positivo.
Relata que estava fazendo uso de colírio dexametasona e dipirona comprimido de três em três horas,
conforme tinha sido orientado, mas mesmo assim, no dia anterior teve febre de 41ºC.
Objetivo: Anamnese direcionada, Exame Físico, Solicitação de Exames, Diagnóstico e Conduta
Terapêutica
INFORMAÇÕES QUE SERÃO DADAS CONFORME SOLICITADAS
O paciente FERNANDO, de 26 anos, operário, natural de Codó, no município do Maranhão e
procedente de Angola, África, onde estava trabalhando na construção de uma hidroelétrica. Sem
antecedentes de malária, saiu da região de procedência sem ter passado por nenhuma avaliação
médica para avaliar seu estado de saúde. Chegou a Palmas no dia 10/12/2015, bem fisicamente,
porém, oito dias depois começou a sentir dor de cabeça, febre, calafrios, mialgia e artrose. Atendido
na rede de saúde de Palmas, em 20/12, foi feito diagnóstico presuntivo de dengue, tendo em vista
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
os sintomas descritos que se manifestavam há dois dias. Na ocasião foi solicitada sorologia para
dengue e recomendado repouso e hidratação. No dia 26/12, o paciente retornou a mesma unidade
de saúde levando o resultado dos exames. Sob efeito de medicação, estava com pressão arterial de
120x90mmHg, temperatura 36,0ºC e queixava-se de fraqueza, diarréia e vômito. O hemograma
relatou baixo número de plaquetas 60.000/µl (normal de 150.000 a 450.000/µl). A hipótese
diagnóstica sugere convalescença de dengue e por isso foi administrado soro glicofisiológico
endovenoso com complexo B. Dia 28/12, quando o enfermeiro de sua área de referência fez visita
na residência, observou que o paciente estava prostrado, com taquicardia, sudorese intensa,
sangramento ocular (esclera vermelha), dispnéico, taquipnéico, temperatura de 36,2ºC, ictérico, dor
abdominal, prova do laço positivo, vômitos, diarréia de cor escura como borra de café com odor
fétido e pressão arterial 100x50mmHg. Relata que estava fazendo uso de colírio dexametasona e
dipirona comprimido de três em três horas, conforme tinha sido orientado, mas mesmo assim, no
dia anterior teve febre de 41ºC.
O paciente com histórico de febre há 10 dias, o paciente estava orientado e verbalizando, porém,
em estado grave, desidratado, com cefaleia, fraqueza geral, taquidispnéico, sangramento ocular e
pressão arterial 90x70mmHg. Relata não estar se alimentando, ter tido sangramento nasal e urina
escura parecido com coca-cola.
Os exames complementares indicavam distúrbios de coagulação grave, insuficiência hepática,
insuficiência renal grave, uréia 157,0mg/dl (normal: 10 a 50mg/dl), creatinina 4,1mg/dl (normal: 0,7
a 1,5mg/dl), bilirrubina 26mg/dl (normal: 0,30 a 1,20mg/dl), plaquetas 28.000/µl (normal: 150.000 a
400.000/µl de sangue) e gama-glutamil transferase (GGT) 172U/L (normal 2 a 30U/L).
A ultrassonografia evidenciou hepatoesplenomegalia, disfunção de alças intestinais e rins com
aumento difuso de sua ecogenicidade.
Gota espessa comprovou quatro cruzes (++++) Plasmodium falciparum.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
O candidato cumprimentou o paciente e apresentou-se como médico
O candidato solicita dados de identificação (nome, idade, moradia)
O candidato investigou queixa principal e tempo de início do quadro
O candidato solicita antecedentes pessoais (patológicos e não patológicos)
O candidato solicita antecedentes familiares
O candidato investigou quais medicamentos o paciente tomou e se realizou exames de imagem
ou laboratório previamente
O candidato investigou ocorrência de febre (pelo menos 2 dos seguintes: dia e hora da
instalação, se verificado com termômetro, associação com calafrios ou sudorese, existência de
fatores de alívio)
O candidato investigou exercícios e dieta da paciente
O candidato investigou ocorrência de doenças concomitantes (cardiopatia, DM)
O candidato investigou sobre uso de proteção contra mosquitos na África (repelente, roupa,
mosquiteiro)
EXAME FÍSICO
O candidato lavou as mãos antes de iniciar o exame físico
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
O candidato realizou exame físico identificando alterações
SOLICITAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES
O candidato solicitou Hemograma completo, função renal, função hepática, Gota espessa, USG
abdominal.
O candidato interpretou corretamente os resultados dos laboratórios.
FORMULAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
O candidato formulou o diagnóstico de Malária
O candidato explicou o diagnóstico para o paciente de modo claro, buscando tranquiliza-lo
ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA
O Candidato indicou corretamente Internação pelo quadro grave do paciente
O candidato indicou Artesunato + clindamicina + diálise + Transfusão de plasma fresco
congelado (prévia solicitação de Tipo sanguíneo e Rh)
ATITUDE
O candidato realizou notificação
O Candidato demonstrou empatia durante o atendimento (escuta atenta, linguagem acessível
ao paciente)
PREVENÇÃO: Vacina anti-amarilica – para moradores das áreas recomendadas, e para viajantes para
áreas endêmicas (10 dias antes da viagem e vale por 10 anos).
OBSERVAÇÃO: A vacina contra a febre amarela não é rotineiramente indicada para a gestante, porém
se a grávida vive em área de risco ou vai viajar para essas regiões, e não está com sua vacinação
atualizada, a vacina pode ser recomendada a partir do sexto mês de gestação. Não há consenso na
literatura em relação à adequada resposta imune da vacina contra febre amarela em grávidas.
ADENDO SÍNDROMES FEBRIS BACTERIANAS (LEPTOSPIROSE E FEBRE TIFOIDE)
LEPTOSPIROSE
AGENTE ETIOLÓGICO: Leptospira interrogans
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 1 a 30 dias (média 5-14 dias)
RESERVATÓRIO: Ralos
CLÍNICA:
A. Anictérica (+ comum - 90%)
a. Fase leptospirênica (dura até 7 dias)
i. Sd febril + mialgia importante
ii. Sufusão conjuntival + dor na panturrilha
b. Fase Imune (após 7 dias)
i. Meningite asséptica (igual a viral) + uveíte
B. Ictero-hemorrágica (10%)
a. Piora do quadro do 4º ao 9º dia (doença de Weil – Icterícia + Sd pulmão-rim)
b. Icterícia + Hemoptise + Insuficiência Renal (NIA)
DIAGNOSTICO:
Inespecífico – Plaquetopenia + aumento de CPK + IRA com hipocalemia
Específico – Cultura (sangue, urina e líquor) e Microaglutinação (após 2ºsemana é o padrão-
ouro)
CONDUTA:
NOTIFICAR
Casos graves – PNC cristalina + diálise
Casos leves/profilaxia – Doxiciclina ou Amoxicilina
FEBRE TIFOIDE
AGENTE ETIOLÓGICO: Salmonela typhi (se localiza nas placas de peyer a nível do cecoapendice)
CLINÍCA:
A. Fase Bacterêmica (1ºsemana):
a. Sd febril + Sinal de Faget
b. Diarreia ou Constipação
B. Fase Hiperreativa (2º e 3º semana):
a. Piora da febre (>40°C)
b. Dor na FID
c. Roséolas Tifoídicas (30%)
d. Estado Tifoide (15%)
e. Complicações intestinais (10-15%) – Perfuração (+ grave) – Sangramento (+ comum)
C. Fase de Convalescência (4º semana):
a. Diminuição da febre
b. O paciente vai melhorando
Obs – ATENÇÃO: 3-4% dos pacientes se tornam um portador crônico que armazena a salmonela se
multiplicando na vesícula biliar e elimina nas fezes – Tratamento do carreador crônico é Amoxicilina por
6 semanas e Ciprofloxacino por 4 semanas.
DIAGNÓSTICO:
Inespecífico – Leve desvio para esquerda + linfomonocitose relativa / Leucopenia paradoxal / VHS
normal (ou próximo de 0) / Aumento de TGO, TGP e CPK
Específico – Depende da semana
1º semana: Hemocultura
2º semana em diante: Coprocultura (40-60%) e Mielocultura (90% - mais sensível mesmo depois
do ATB)
TRATAMENTO:
Cloranfenicol por 10 dias (segundo Ministério da Saúde)
Ceftriaxone/Ciprofloxacino por 10 dias (são os mais usados)
Choque + Alteração consciência = dar CORTICOIDE
233
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Depois de terminar ATB realiza 3 coproculturas com intervalo de 1 mês para detectar portador
crônico.
PROFILAXIA:
Evitar contato com esgoto
Cuidado em áreas endêmicas
ADENDO SÍNDROMES FEBRIS PROTOZOOSES (CALAZAR E MALARIA)
CALAZAR – LEISHMANIA VISCERAL
AGENTE ETIOLÓGICO: Leishmania chagasi
RESERVATÓRIO: Cachorro (este depois de infectado sempre transmitirá a doença, por isso deve ser
sacrificado segundo o M.S.)
CLÍNICA: É parecido a um C.A. Hematológico, conhecido como C.A. infeccioso. A maioria das pessoas
não adoecem quando estão bem imunologicamente por que a leishmania tem baixa patogenicidade.
Diminui a imunidade celular gerando uma disseminação arrastada para fígado, baço e medula – o
paciente apresenta febre, hepatoesplenomegalia, mal estar, anorexia.
Aumenta a imunidade humoral gerando hipergamaglobulinemia com hipoalbuminemia.
DIAGNÓSTICO:
Parasitológico:
Aspirado de M.O. (mais usado) – Exame direto ou cultura em meio NNN
Sorológico:
IFI, ELISA, PCR
Laboratórios:
Pancitopenia, Hipergamaglobulinemia, hipoalbuminemia, aumento VHS e PCR,
TRATAMENTO:
Antimonial pentavalente (Glucantime)
Anfotericina B – Para gestantes, HIV+, Falha do glucantime e Pacientes graves ( idade menor a 6 meses,
desnutrido grave, portador de comorbidades, com icterícia, hemorragia, anasarca e toxemia)
Anfotericina B lipossomal – Para pacientes com insuficiência renal, transplantados e maiores de 50 anos.
MALARIA
AGENTES ETIOLÓGICOS:
a) Plasmodium Vivax (febre terçã [calafrios + sudorese+ cefaleia] – agente mais comum)
b) Plasmodium Falciparum (febre terçã – agente mais grave – 2º mais comum – infecta hemácias
de todas as idades, possui proteínas de aderência que causam obstrução e disfunção orgânica,
provoca também um hipercatabolismo que gera hipoglicemia e acidose lática)
c) Plasmodium Malariae (febre quartã – agente mais raro – provoca sd nefrótica)
d) Plasmodium ovale (não tem no Brasil)
CONCEITOS DO CICLO:
Existem 2 etapas – A Hepática e a Eritrocitária (são tratadas com medicamentos diferentes)
O agente tem um ciclo sexuado no mosquito e um ciclo assexuado no ser humano.
Forma hipnozoita – Vivax (é necessário dar uma droga para matar os hipnozoitas no fígado)
CLÍNICA:
Anemia hemolítica + Hipoglicemia + Acidose + Insuficiência Renal + crises febris
Prostação, alteração do nível de consciência, dispneia, convulsões, choque, icterícia, edema
pulmonar, hemorragia, oligúria.
DIAGNÓSTICO:
Gota Espessa (1º escolha)
Teste rápido (usado em áreas não endêmicas)
TRATAMENTO:
P. Vivax – (+ comum no Brasil) Cloroquina + Primaquina (a prima mata os hipnozoitas, mas está
contraindicada em grávidas, onde se utiliza a AMODIAQUINA)
P. Falciparum – Artesunato + clindamicina (Nos pacientes graves) e Artesunato + Mefloquina (Nos
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
pacientes não graves)
AVALIAÇÃO CLÍNICA
O candidato cumprimentou a paciente e apresentou-se como médico
O candidato solicita dados de identificação (nome, idade, moradia)
O candidato investigou queixa principal e tempo de início do quadro
O candidato solicita antecedentes pessoais (patológicos e não patológicos)
O candidato solicita antecedentes familiares
O candidato investigou quais antibióticos o paciente tomou e se realizou exames de imagem
previamente
O candidato investigou características da tosse (pelo menos 2 das seguintes: inicio, duração,
intensidade, fatores de alívio e exacerbação, produtiva ou improdutiva)
O candidato investigou ocorrência de febre (pelo menos 2 dos seguintes: dia e hora da
instalação, se verificado com termômetro, associação com calafrios ou sudorese, existência de
fatores de alívio)
O candidato investigou a ocorrência de expectoração e duas características (pelo menos 2 dos
seguintes: coloração, presença de sangue, quantidade e consistência)
O candidato indicou realização do exame físico
O candidato investigou contato com tuberculoso, moradia (quantos moram na casa – solicitar
PPD e RX de tórax para contactantes)
O candidato investigou se a criança tomou BCG e se apresenta sintomas respiratórios, perda de
peso (citou escore de pontos para criança)
O candidato investigou estilo de vida (exercício físico, dieta) da paciente
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
O candidato investigou ocorrência de doenças concomitantes (cardiopatia, DM)
SOLICITAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES
O candidato solicitou Radiografia de Toráx PA e Lateral
O Candidato identificou presença de cavitação à direita
O candidato solicitou BAAR
O candidato solicitou PPD para criança
O candidato interpretou corretamente o resultado do PPD da criança
FORMULAÇÃO DO DIAGNÓSTICO
O candidato formulou o diagnóstico de Tuberculose Pulmonar
O candidato explicou o diagnóstico para a paciente de modo claro, buscando tranquiliza-la
O candidato explicou que a criança não desenvolveu a doença
ORIENTAÇÃO TERAPÊUTICA
O Candidato indicou corretamente esquema RIPE para paciente e explicou o tempo de
tratamento, complicações e cuidados (tempo que a febre desaparece e em quanto tempo ela
deixará de ser infectante)
O candidato indicou medidas profiláticas para evitar contaminação da criança (uso de máscara
durante o aleitamento e explicar que o aleitamento não é contraindicado e está indicado de
forma exclusiva por 6 meses)
ATITUDE
O candidato realizou notificação
O Candidato demonstrou empatia durante o atendimento (escuta atenta, linguagem acessível
ao paciente)
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Todas causam intolerância gástrica
Rifampicina – Gripe, alergia, penias, hepatotoxicidade
Isoniazida – Neuropatia Periférica (não suspende droga, só repõe piridoxina), Lupus-Like,
hepatotoxicidade
Pirazinamida – Hiperuricemia, Gota, hepatotoxicidade
Etambutol – Alteração Visual
Estreptomicina – Lesão Renal e Auditiva
INVESTIGAÇÃO DOS CONTACTANTES ASSINTOMÁTICOS
Deve-se realizar PPD + Raio-X de Tórax para todos – Se dx de infecção latente de TB (ILTB) tratar com
ISONIAZIDA 5-10mg/kg/dia (máx 300mg) POR 9 MESES
Preventiva
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
CASO CLÍNICO 1 – MORTE ENCEFÁLICA:
Comunique a morte encefálica da paciente ao esposo que entrou ao PS com um TCE grave. O paciente e
o familiar se encontra a beira do leito.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
ADENDO – MORTE ENCEFÁLICA
1- Identificar a causa da morte encefálica (AVC/TCE/TU INTRACRANEANOS/ENCEFALOPATIA ANOXICA).
2- Afastar causas reversíveis de coma (uso de drogas depressoras do SNC, hipotermia).
3- Exame clínico (2 exames por médicos diferentes):
Coma aperceptivo (sem resposta a estímulo externo)
Ausência de reflexos de tronco:
Reflexo óculo-motor;
Reflexo córneo-palpebral;
Reflexo óculo-cefálico (‘olho de boneca’):
Reflexo óculo-vestibular (ou vestíbulo calórico);
Reflexo da Tosse.
Teste a apneia
4- Exame complementar : ausência de:
Circulação Sanguínea Intracraniana ou
Atividade Elétrica Cerebral ou
Atividade Metabólica Cerebral.
TEMPO DE INTERVALO ENTRE OS EXAMES CLÍNICOS DE UM MÉDICO PRA OUTRO MÉDICO
FAIXA ETÁRIA INTERVALO ENTRE EXAMES COMPLEMENTARES
EXAMES CLÍNICOS
7 dias a 2 meses incompletos 48h 2 EEG com Δt 48h
2 meses a 1 ano incompleto 24h 2 EEG com Δt 24h
1 ano a 2 anos incompletos 12h Se usar EEG, repetir 2 exames com Δt 12h
>2 ANOS 6h Sem restrições
Hora do Óbito é a hora do último exame que constatou e completou o protocolo de Morte Encefálica
COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS - SPIKES
1- SETTING-UP (preparar o ambiente)
2- PERCEPTION (perceber o que o outro sabe do assunto)
3- INVITATION (convidar a expor dúvidas)
5- KNOWLEDGE (passar o conhecimento da notícia)
6- EMOTION (acolher as emoções)
7- STRATEGY AND SUMMARY (apontar os próximos passos)
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Indagou antecedentes patológicos, alergicos e cirúrgicos (nega todos)
Investigar uso de preservativo nas relações
Indagou antecedentes pessoais (uso de tabaco, droga, álcool ) nega todos
Investigar numero de parceiros sexuais e data da sexarca
Investigou a idade da menarca, cólica menstrual e características do ciclo menstrual , DUM(com
menarca aos 12 anos, menstruação regular 28 dias, fluxo normal, Esta menstruada no dia da
consulta)
Solicitou Papanicolau para daqui há 10 – 20 dias e orientou
Explicou a paciente sobre todos os métodos contraceptivos (Comportamentais, Barreira,
Hormonais, DIU)
Deixar a paciente participar da escolha do método
Indicou a paciente o uso de ACO e o uso de Condon
Explicou a paciente a importância do uso do Condon para prevenção de DST
Perguntou a paciente se tinha alguma duvida
CASO CLÍNICO 3 – CAT:
Uma mulher com 31 anos de idade, auxiliar de cozinha, comparece à Unidade Básica de Saúde
necessitando de ajuda para solicitar o auxílio-doença ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Informa que há 3 dias fraturou o ombro direito, no trabalho, quando escorregou no piso que estava
lavando e caiu sobre o referido braço. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), seu braço e ombro
foram imobilizados. A empresa em que trabalha negou a emissão da Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT) por julgar que o acidente ocorreu por negligência da paciente.
Objetivo: Anamnese e Exame Físico direcionado, Orientações e Emissões de documentos pertinentes.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
O candidato cumprimentou a paciente e apresentou-se como médico
O candidato Investigou queixa principal
O candidato investigou sobre o momento do acidente (data do acidente)
O candidato examinou a paciente
o candidato solicitou um documento para confirma identificação da paciente
O candidato explicou sobre os direitos da paciente ( salario, reavaliação com perito do
INSS,mudança de função, atestado médico, isenção por 12 meses, estabilidade do emprego)
PREENCHIMENTO DO ATESTADO MÉDICO
O candidato emitiu um atestado médico para a concessão de benefícios previdenciários e
explicou a paciente que ela será reavaliada por um médico perito do INSS
O candidato emitiu a CAT da paciente ( 4 vias ) INSS, empresa, paciente, sindicato dos
trabalhadores e aconselhar guarda por 10 anos
O candidato notificou o acidente de trabalho
ATITUDE
O Candidato demonstrou empatia durante o atendimento (escuta atenta, linguagem acessível
ao paciente)
240
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
DEFINIÇÃO: Lesão, doença ou morte com redução temporária ou permanente da capacidade
laborativa. Trabalho FORMAL ou INFORMAL tem que ser contabilizado (Típicos/Trajeto)
Notificação compulsória (para formal e informal) + Comunicação do Acidente de Trabalho (CAT)
CAT – RESPONSABILIDADES: Qualquer pessoa pode emitir a CAT, mas é responsabilidade da empresa.
Os dados médicos da CAT podem ser preenchidas por qualquer médico. Tudo isso até o 1ro dia útil
após o acidente (se passar o prazo, deve ser preenchida do mesmo jeito). Em acidentes fatais a
notificação e investigação são imediatas.
CAT – CASO DE DOENÇA DO TRABALHO: A emissão da CAT deverá ser feita logo depois de constatada a
incapacidade para o trabalho, ou no dia em que for realizado o diagnóstico da doença.
CAT – VIAS: Deve ser emitida em 4 vias, sendo: – 1° INSS; – 2° Segurado ou dependente; – 3° Sindicato
dos Trabalhadores; – 4° Empresa.
Obs: De todas as vias da CATs mostradas acima a que vai para o INSS é a única que acontece
automaticamente via sistema (internet). As outras precisam ser impressas e enviadas, a
responsabilidade do envio é do empregador ou dos outros emitentes.
CAT – GUARDAR: Especialistas em documentos previdenciários recomendam que a CAT seja guardada
no mínimo por dez anos.
241
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
AVALIAÇÃO CLÍNICA
O candidato cumprimentou a mãe e apresentou-se como médico
O candidato certificou-se que a paciente estava confortável (sentada em uma sala silenciosa)
O candidato explicou o motivo do óbito e deixou claro que foram realizados todos os
procedimentos médicos necessários
O candidato conseguiu se expressar de maneira profissional
O candidato não culpou a mãe
O candidato explicou que não é necessário encaminhar o corpo ao IML
O candidato explicou que ele irá fazer o atestado de óbito e que nada será cobrado pela emissão
do mesmo.
PREENCHIMENTO DO ATESTADO DE ÓBITO
O candidato deve preencher de maneira correta o atestado de óbito
ATITUDE
O Candidato demonstrou empatia durante o atendimento (escuta atenta, linguagem acessível
ao paciente)
242
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
243
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
ADENDO ATESTADO DE ÓBITO
Na linha “a” deve ser indicada a causa imediata ou terminal e, nas linhas subsequentes, as que deram
origem às declaradas anteriormente. Pela definição da OMS, “causa básica da morte é a doença ou
lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte”.
Na parte II do atestado são declaradas outras causas que contribuíram para a morte, mas que não
estejam relacionadas com a cadeia de eventos registrada na Parte I.
RESPOSTA: I a) Crise Convulsiva – minutos b) meningite purulenta – dias c) Otite Média Aguda – 10
dias II Anemia
NUNCA COLOCAR COMO CAUSA DE MORTE PARADA CARDIORESPIRATÓRIA!!
AVALIAÇÃO CLÍNICA:
O candidato cumprimentou o paciente e apresentou-se como médico
O candidato explicou que comprovando o parentesco dele com o pai, o prontuário será
fornecido.
O candidato forneceu a cópia do prontuário do pai.
O candidato explicou que não pode fornecer prontuário ou qualquer informação acerca da
saúde da filha por sigilo médico.
O candidato não forneceu informações da filha e nem cópia do prontuário.
O candidato Explicou que exame ginecológico é feito na presença de uma assistente.
ATITUDE:
O Candidato demonstrou empatia durante o atendimento (escuta atenta, linguagem acessível
ao paciente).
244
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Capítulo I: Princípios Fundamentais
Destaca a função do médico de zelar pela saúde do ser humano sem discriminação, pela honra
e prestígio da profissão;
Explicita o dever que todo médico tem de aprimorar continuamente seus estudos e de usá-los
para o bem comum e progresso da medicina;
O respeito pela integridade do ser humano é uma obrigação na medicina. Portanto, nenhum
médico deve usar de seus conhecimentos científicos para causar dor e sofrimento ou tentar
contra a vida e a dignidade;
A proibição da utilização da medicina como comércio ou exploração da mesma por terceiros
em função de interesses financeiro, político, religioso ou pessoal;
O bem do paciente é destacado como prioridade, se o médico dispõe de ferramentas
cientificamente reconhecidas para ajudá-lo, então nenhum estatuto institucional poderá
impedi-lo de usar em favor da vida do paciente;
O médico tem interesses financeiros, político, religioso ou pessoal;
O bem do paciente é destacado como prioridade, se o médico dispõe de ferramentas
cientificamente reconhecidas para ajudá-lo, então nenhum estatuto institucional poderá
impedi-lo de usar em favor da vida do paciente;
O médico tem total responsabilidade sobre seus atos profissionais, por isso deve dispor de suas
decisões com prudência e responsabilidade;
Em casos terminais, a ética proíbe que se use de terapêutica e procedimentos desnecessários.
No entanto, é direito dos pacientes ter todos os cuidados paliativos apropriados.
Capítulo II: Direitos dos Médicos
São destacados os direitos do médico de:
Ser remunerado justamente pelo trabalho que exerce;
Não ser discriminado por nenhum motivo;
Indicar ao paciente o tratamento adequado de acordo com as práticas reconhecidas
cientificamente;
Poder apontar erros e falhas em normas internas dos hospitais e instituições onde trabalha,
caso elas impeçam o melhor exercício de sua profissão.
Capítulo III: Responsabilidade Profissional
Dividida em 21 artigos, esclarece as obrigações do médico com a vida dos pacientes e com o
exercício de sua profissão. Destaca-se as especificações em relação à fertilização assistida.
Neste caso o médico é terminantemente proibido de criar seres humanos a partir de
modificações genéticas, embriões para investigação e determinar sexo dos embriões.
O médico agora é obrigado a escrever receitas e laudos em letra legível e com a devida
identificação de seu número de registro. É obrigação dele também, alertar o paciente sobre as
condições de trabalho que afetam sua saúde, para que os empregadores responsáveis sejam
devidamente comunicados.
Capítulo IV: Direitos Humanos
Esclarece o trabalho do médico diante da integridade humana;
Explicita o dever de cuidar da saúde respeitando os direitos que todo cidadão tem de ser
respeitado e não ser discriminado por nenhum motivo;
Destaca que os estudos médicos não podem usar ninguém para fazer pesquisas que o
degradem ou causem mal a saúde.
Capítulo V: Relação com Pacientes e Familiares
O médico tem que respeitar a decisão dos pacientes, responsáveis e representantes legais nos
tratamentos e execução de práticas diagnósticas;
O paciente tem o direito de ser informado sempre sobre o diagnóstico, prognóstico e seus
possíveis riscos;
Não é permitido que o médico se oponha a opção do paciente a uma segunda opinião. Assim
245
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
como julga-se ilegal a atitude de abreviar a vida do paciente ainda que seja uma solicitação
deste ou do seu representante legal.
O doador tem o direito de ser alertado sobre todo risco que envolve a cirurgia, os exames e
outros procedimentos;
A retirada de órgãos deve ser feita em pessoas legalmente aptas para serem doadoras;
A comercialização de órgãos é crime, qualquer participação médica nesse ato é ilícita.
Capítulo VII: Relação entre Médicos
O médico não pode utilizar sua posição para impedir por seus interesses que as instalações da
instituição que gerencia sejam utilizadas por outros médicos.
O médico não pode assumir um emprego ou cargo de outro médico afastado ou demitido. Ser
contra a categoria médica para obter vantagens. Encobrir erro ou atitude antiética de outro
médico.
Não fornecer informações sobre o quadro clínico do paciente a outro médico, desde o paciente
tenha autorizado ou um representante legal.
Capítulo VIII: Remuneração Profissional
O médico não poderá exercer trabalho mercantilista;
O médico não poderá aceitar ou dar remuneração ou receber vantagens de pacientes;
O médico não poderá deixar de mostrar ao paciente o custo dos procedimentos.
Capítulo IX: Sigilo Profissional
Cita a obrigação que todo médico tem de guadar sigilo sobre informações que abrangem suas
funções.
Capítulo X: Documentos Médicos
Os documentos médicos devem ser emitidos com responsabilidade. Os médicos devem atestar
óbito, dar receitas e diagnósticos quando tiverem contato com o paciente, ou seja, é
presencial.
Capítulo XI: Auditoria e Perícia Médica
Os laudos periciais e auditoriais devem ser assinados pelo médico somente quando ele tiver
realizado exame pessoalmente;
Não é permitido fazê-los em pacientes, familiares ou qualquer pessoa próxima para que o
trabalho não seja prejudicado;
As pessoas não podem ser examinadas em delegacias ou presídios para essa finalidade; A
remuneração justa pelo trabalho de perícia é um direito do médico.
Capítulo XII: Ensino e Pesquisa Médica
Os médicos tem que obter uma autorização legal para iniciar pesquisa científica em seres
humanos, é uma etapa prevista na legislação;
Não é considerado ético da parte dele realizar estudos com uma comunidade sem que esta
tenha conhecimento prévio disso;
É importante manter a independência profissional e científica dos interesses comerciais dos
financiadores das pesquisas;
Quando há tratamento eficaz, não é permitido realizar pesquisa com placebo para seres
humanos.
Capítulo XIII: Publicidade Médica
A divulgação de qualquer assunto por médicos em meios de comunicação de massa tem que
ser exclusivamente para fins didáticos e informativos.
Capítulo XIV: Disposições Gerais
Quando constatada uma doença incapacitante em um médico, através de perícia, seu registro
será suspenso enquanto estiver incapaz de exercer a profissão;
Punição: quando o médico comete uma falta grave prevista no código de ética e se for
constatado que o exercício de sua profissão oferece risco para sociedade, então seu registro
profissional pode ser suspenso, mediante procedimento administrativo.
246
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
CASO CLÍNICO 6– TRANSTORNO POR ABUSO DE DROGAS:
José, 20 anos, chega ao consultório referindo que a mãe o mandou a consulta porque ele quebrou
algumas coisas na casa e ela acha que ele tem problema mental. Refere que usa algumas coisas e a mãe
o incomoda muito reclamando, por isso ele acabou quebrando as coisas em casa. Fala que precisa de
um medicamento para dormir e parar de ficar ouvindo o tempo todo as reclamações da mãe.
247
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
ADENDO TRANSTORNO POR ABUSO DE DROGAS
O individuo viciado em droga depressora faz com que o SNC se estimule para adaptar ao uso, no caso
de o paciente ficar sem o uso da droga o SNC fica hiperestimulado.
O individuo viciado em droga estimuladora faz com que o SNC do usuário se deprima para adaptar ao
uso, no caso de o paciente deixar de usar a droga o SNC dele fica hiperdepressivo.
Em suma, a abstinência causa o efeito inverso da droga.
Dentre as drogas depressoras teremos: Álcool, Opióide, Benzodiazepínicos.
Dentre as drogas estimuladoras teremos: Cocaína, Crack, Anfetamina, Nicotina.
ÁLCOOL
INTOXICAÇÃO AGUDA (LIBERA O FRONTAL): Euforia, perda de sensura, alteração do raciocínio
(diminui)Tontura e incoordenaçãoComportamento emocional afetado Confusão, estupor, coma.
ABSTNÊNCIA (ACELERA): Tremor (1ª manifestação), insônia, agitação (dura 5-10 d, tudo pela
hiperatividade simpática)
Obs: Alguns chegam até o DELIRIUM TREMENS: tremores, alucinações, ilusões, diminuição da
consciência, confusão, hiperatividade autonômica.
Obs: Alguns podem ter ALUCINOSE ALCÓOLICA com ou sem hiperatividade simpática: alucinações
predominantemente auditiva, sem rebaixamento do nível de consciência e sem alteração autonômica.
Obs: Se o paciente apresentar síndrome de abstinência é porque ele é dependente. Quando o
paciente apresenta problemas legais (não cumpre tarefas) é porque ele abusa.
TRATAMENTO:
INTOXICAÇÃO AGUDA: Suporte (hipoglicemia, hiponatremia) + repor tiamina (cada 1l de SG repor 1
ampola de tiamina [100mg]) + Antipsicótico (Aldol - se apresentar alucinação)
SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA: Benzodiazepínico (SNC acelerado, então tem que desacelerar) + repor
tiamina + Antipsicótico (Aldol – se apresentar alucinação) e Interrupção do hábito: Terapia+ repor
tiamina + Dissulfiram (potencializa a ressaca causando com isso aversão ao álcool)
OPIOIDE
INTOXICAÇÃO AGUDA: Causa as mesmas coisas do álcool + efeito parassimpático (constipação,
bradicardia, anorexia, sedação, hipotensão) Pode causar depressão respiratória, miose, coma..
TRATAMENTO: Naloxone (antídoto)
Obs: AVE Pontino e intoxicação por opioide causam=coma + pupila miótica. Para diferenciar os 2 temos
que saber que AVE Pontino causa Hipertensão, enquanto intoxicação por opioide causa Hipotensão.
ABSTINÊNCIA: Hiperatividade simpática (midríase, hipertensão, sudorese, tremor, dor abdominal)
TRATAMENTO: Suporte (antitérmico, clonidina) + Metadona (reduz as doses de metadona aos poucos,
ela é a que tem um efeito controlado e menor [comprimido – mais fácil para ir tirando aos poucos])
COCAÍNA
Aumenta dopamina (principal), noradrenalina e serotonina.
INTOXICAÇÃO AGUDA: Irritabilidade, mania, alucinação, delírio, hiperatividade autonômica simpática
(acelera), pupilas dilaradas, HTA, sudorese.
Tratamento: Benzodiazepinico + Aldol (se alucinação) + Fentolamina (bloqueio alfa)
Obs: Evitar Betabloqueador.
ABSTINÊNCIA (CAUSA EFEITO CONTRÁRIO DA DROGA): Disforia, ansiedade, depressão, ideação
suicida, sonolência, fadiga.
CRACK (Cocaína + Bicarbonato de Sódio)
Tem um efeito mais rápido, mais potente e mais curto e com isso causa mais dependência.
Apresentação clínica e Tratamento igual o anterior
NICOTINA
Agonista nicotínico dos receptores da acetilcolina
ABSTINÊNCIA: Disforia, insônia, ansiedade, ganho de peso, depressão.
TRATAMENTO DA ABSTINÊNCIA: NICOTÍNICOS (adesivo; goma de mascar) + Não-Nicotínicos
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
(bupropiona [diminuir limiar convulsivo] vareniclina [agonista nicotínico]) + Terapia cognitivo
comportamental.
CASO CLÍNICO 7– VIOLÊNCIA SEXUAL:
Paciente vítima de abuso sexual procura atendimento médico, chega a emergência do hospital
atordoada apresentando equimoses nos braços, escoriações.
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
O candidato solicita B-hcg
O candidato mencionou notificação compulsória imediata (em até 24h)
O candidato mencionou o acionamento do conselho tutelar ou vara da infância e da juventude?
O candidato agendou retorno para 2 semanas e encaminhou para acompanhamento psicológico
250
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
CASO CLÍNICO 8 – ORIENTAÇÕES PARA MONTAR UMA CASA DE REPOUSO:
Chega ao consultório um senhor que diz necessitar informações para montar uma casa de repouso. Ele
diz que já está fazendo os documentos, mas precisa tirar algumas dúvidas.
1. Tenho dúvida em relação ao ambiente, tenho um espaço pequeno e queria fazer uns 3 andares,
como faço?
2. E alimentação doutor, o que eu faço? Tem alguma dieta, alguma coisa? E água, o que eu faço? Pensei
em colocar alguns bebedouros espalhados, porque aí não preciso gastar muito com ajudantes para
ficar levando água em cada quarto.
3. Doutora, minha tia é chefe de um restaurante muito famoso, e ela cozinha muito bem, eu acredito
que não preciso gastar com nutricionista, posso deixa-la como chefe da minha cozinha, já que minha
avó é bem idosa e adora a comida dela. Essas nutricionistas gostam de colocar muito defeito nas
coisas, e se os idosos não gostarem da comida e quiserem ir embora da casa?
4. Que tipo de acidente ele pode ter? De que esse paciente pode morrer?
5. E existe algum tipo de atividade que posso fazer com eles para entretê-los?
6. Com o pouco espaço que tenho disponível a atividade física é muito inviável, o que mais posso fazer
com eles?
7. Outra dúvida, eu estava falando com meu advogado para fazer os papéis e ele falou que muitos
clientes vão pedir para interditar o idoso, ele falou várias coisas, mas não entendi o que seria
interditar o idoso, o que é isso?
8. Outra coisa que pensei, é se o paciente morrer lá imagina um corpo na clínica poderia assustar os
idosos, nesse caso eu poderia levar o corpo para um hospital, ou para onde eu teria que levar?
251
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
quedas, e também usar um piso que não seja escorregadio, deixando o ambiente mais seguro.
2. Quanto à água, não se deve utilizar bebedouros, porque existe dois tipos de problemas comuns
entre os idosos, os que esquecem de tomar água e isso gera uma desidratação e os que tomam
muita água, gerando uma hiper hidratação, sabendo disso, a utilização dos bebedouros é inviável,
porque pode gerar doenças ou agravar alguns quadros, o correto é ter sim uma pessoa responsável
por levar água para cada idoso nos horários adequados e com a quantidade adequada. Quanto à
alimentação, o correto é contratar uma nutricionista para avaliar individualmente cada idoso,
montando uma dieta adequada.
3. Você pode chamar sua tia e deixa-la como sua cozinheira, mas a função da nutricionista e da
cozinheira são funções diferentes, a nutricionista deve montar um cardápio individual, porque ela
analisa as necessidades de cada idoso de forma particular. Com toda minha experiência nunca vi um
idoso abandonar a casa por que não gostava do cardápio montado pela nutricionista, ainda mais
porque muitos já vêm de uma adaptação alimentar por causa da doença que cada um possui.
4. O principal acidente que pode acontecer com um idoso é a queda, por isso a indicação que te dei de
utilizar rampa, barras e piso não escorregadio, para justamente prevenir esse acidente. As principais
causas de morte dos idosos são doenças cardiovasculares, AVC e tumores.
5. Claro, se você tiver um espaço disponível para disponibilizar a realização de atividades físicas
(ginástica, alongamento...) ao ar livre seria o ideal, com isso além de entretê-los, ainda será
percebida uma melhora da qualidade de vida desses idosos. A utilização do espaço é ideal que seja
pela manhã e/ou à tardezinha, para que não haja uma exposição exagerada ao sol.
6. Além de atividades físicas, você pode utilizar de trabalhos manuais, palavras cruzadas, quebra-
cabeça, dominó, cartas, caça-palavras, xadrez, dama. São jogos que entretêm e eles podem realizar
dentro da própria clínica.
7. Às vezes a família realiza esse pedido quando vai deixar o idoso na clínica, isso retira do idoso o
direito de fazer atividades da vida civil dele, como assinar documentos, realizar saques em bancos,
compra e venda de casa, em suma retira do idoso o direito de gerir seus bens, passando esse direito
a outro familiar, que será o responsável por tudo que pertencia ao idoso.
8. Em caso de falecimento é proibido por lei o transporte de cadáveres, não se deve remover o corpo
por hipótese nenhuma (é crime), no exato momento de identificado a morte deve chamar
ambulância e comunicar a policia imediatamente. Se houver suspeitas quanto à causa da morte
(queda, suspeita de suicídio, suspeita de morte violenta), o corpo será encaminhado para o IML e se
não houver suspeitas ou na dúvida o corpo será levado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO),
se o SVO identificar alguma coisa estranha transferirá o corpo para o IML.
252
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Abordou a necessidade de treinamento da equipe para a ESF?
Orientou sobre as instalações e materiais mínimos para o funcionamento da UBS/ESF?
Abordou sobre atribuições e organização do processo de trabalho da equipe de saúde da
família?
253
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
anexos da mesma e observando metragem mínima e ambientes, de acordo com o tipo de unidade
solicitada e aprovada. Obs. caso haja necessidade do município realizar mudança do endereço da
construção, este deverá solicitar a alteração de endereço antes do início de obra também, via sistema.
(Art. 2º Definir 2 (dois) portes de UBS a serem construídas/financiadas pelo Plano Nacional de
Implantação de Unidades Básicas de Saúde: I - UBS Porte I - UBS destinada e apta a abrigar 1 (uma)
Equipe de Saúde da Família; e II - UBS Porte II - UBS destinada e apta abrigar, no mínimo, 3 (três)
Equipes de Saúde da Família; Parágrafo único. As UBS deverão contar, no mínimo, respectivamente
para o Porte I e Porte II, com área física e distribuição de ambientes estabelecidos, conforme
estabelecido no Anexo)
Passo 8: para recebimento da segunda parcela equivalente a 65% do valor total aprovado o município
deverá enviar via sistema os documentos obrigatórios (ordem de início de serviço e ratificação da
ordem de início de serviço pela Comissão Intergestores Bipartite - CIB );
Passo 9: para recebimento da terceira parcela equivalente a 25% do valor total aprovado, o município
deverá enviar via sistema o documento obrigatório (atestado de conclusão/final de obra e ratificado
pela CIB);
Obs. As UBS financiadas pela portaria Nº 2.226/GM, deverão obrigatoriamente abrigar equipes de
Saúde da Família e serem identificadas de acordo com os padrões visuais do Programa Saúde da Família
estabelecidos pelo Ministério da Saúde e que se encontram disponíveis para consulta no sítio
eletrônico do departamento.
COMO CREDENCIAR A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) - passo a passo:
Passo 1: o município deverá apresentar projeto contendo as seguintes informações:
a) Área geográfica a ser coberta, com estimativa da população residente;
b) Descrição da estrutura mínima com que contarão as Unidades Básicas de Saúde onde
atuarão as equipes de Saúde da Família (ESF); [Equipe multidisciplinar com no mínimo 1 médico, 1
enfermeiro, 1 técnico de enfermagem e 4-6 agentes comunitários – Essa equipe pode atender 3.000-
4.000 pessoas, uma ESF pode contar com mais de uma equipe, aumentando com isso o número de
pessoas que podem ser atendidas pela mesma. Lembrar que os profissionais tem um compromisso
integral de 40 horas semanais.]
c) Definição das ações mínimas a serem desenvolvidas pelas ESF; (Atendimento integral e
hierárquico [racionalizando a complexidade], Substitutivo [Promovendo a saúde], Territorialização [com
vinculação da população] e Adscrição de Clientela [cadastrar todos os pacientes])
d) Proposta de fluxo dos usuários para garantia de referência aos serviços de saúde de maior
complexidade;
e) Definição do processo de avaliação do trabalho das equipes e da forma de acompanhamento
do pacto de indicadores da atenção básica e utilização dos sistemas nacionais de informação;
f) Descrição da forma de recrutamento, seleção e contratação dos profissionais da ESF,
contemplando o cumprimento de carga horária de 40 horas semanais para todos os profissionais;
g) Contrapartida de recursos do município e do Distrito Federal.
Passo 2: o município submete o projeto para aprovação do Conselho Municipal de Saúde.
Passo 3: a Secretaria Municipal de Saúde envia as informações para análise da Secretaria Estadual de
Saúde.
Passo 4: a Secretaria Estadual de Saúde submete o pleito do município à apreciação da Comissão
Intergestores Bipartite (CIB).
Passo 5: a CIB envia a planilha para o Ministério da Saúde.
Passo 6: o Ministério da Saúde publica o credenciamento do município no Diário Oficial da União.
Passo 7: o município cadastra os profissionais da ESF no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de
Saúde (CNES), conforme define a Portaria nº 750, de 10 de outubro de 2006.
O município começa a receber os recursos referentes ao número de ESF implantadas e
informadas no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, mas para manutenção dos
recursos é preciso alimentar mensalmente os sistemas de informações nacionais.
INCENTIVOS FINANCEIROS:
254
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
Os incentivos serão repassados do Fundo Nacional de Saúde ao Fundo Municipal de Saúde, de acordo
com a modalidade da eSF na qual o município se enquadre, conforme definido na Portaria nº 3.066, de
23 de dezembro de 2008.
Modalidade I:
Incentivo de implantação por equipe - R$ 20.000,00 (em duas parcelas de R$ 10.000,00).
Incentivo de custeio por equipe - R$ 9.600,00.
Modalidade II:
Incentivo de implantação por equipe - R$ 20.000,00 (em duas parcelas de R$ 10.000,00).
Incentivo de custeio mensal por equipe - R$ 6.400,00.
INCORPORAR O AGENTE DE COMBATE ÀS ENDEMIAS (ACE) NA ATENÇÃO PRIMÁRIA à SAÚDE
Para quem: municípios que aderiram ao Pacto pela Saúde e tenham cobertura da Estratégia Saúde da
Família de acordo com o seu porte populacional.
Produto: inclusão de ACE ou dos agentes que desempenham essas atividades, mas com outras
denominações, junto às eSF.
Para que serve: para fortalecer as ações de vigilância em saúde junto às equipes de Saúde da família,
pois muitas ações de vigilância em saúde são desenvolvidas pelas eSF, tais como diagnóstico,
tratamento, busca ativa e notificação. Além dessas ações, o controle ambiental, de endemias, de
zoonoses e de riscos e danos à saúde é desenvolvido no mesmo território, devendo, para
potencialização dos resultados, serem integradas com a Atenção Primária à Saúde. Os processos de
trabalho devem ocorrer de modo organizado e integrado com planejamento conjunto das ações de APS
e de Vigilância em Saúde.
COMO IMPLANTAR O ACE JUNTO ÀS ESF - passo a passo:
Passo 1: a Secretaria Municipal de Saúde deve elaborar projeto de implantação.
Passo 2: o projeto deverá ser aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde e encaminhado à Secretaria
Estadual de Saúde (SES) para análise.
Passo 3: após análise pela SES, o projeto que tiver parecer favorável deve ser encaminhado à Comissão
Intergestores Bipartite (CIB).
Passo 4: após receber o projeto, a CIB deve deliberar e encaminhar a lista com os municípios elencados
para o Ministério da Saúde.
Passo 5: após receber as deliberações das CIB o Ministério da Saúde publicará portaria específica
credenciando os municípios ao recebimento do incentivo federal para as eSF que tiverem ACE
incorporado.
Passo 6: após credenciamento, os municípios deverão cadastrar no Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (CNES) os ACE vinculados às eSF para recebimento do incentivo federal.
INCENTIVOS FINANCEIROS:
Os incentivos serão repassados do Fundo Nacional de Saúde ao Fundo Municipal de Saúde de acordo
com o cadastro realizado no CNES. Os Incentivos financeiros estão estabelecidos no anexo I da Portaria
nº 1.007/GM, de 4 de maio de 2010.
ÁREA FÍSICA PARA UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE – UBS
Para o planejamento e a definição da área física mínima e dos ambientes necessários em uma Unidade
Básica de Saúde(UBS) foram levados em consideração diversos fatores tais como os fluxos de
atendimento e as atividades mínimas a serem desenvolvidas em cada Unidade. A definição da área
física contida no quadro a seguir é a mínima necessária para cada UBS.
255
LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
contidas na Resolução RDC nº 50/2002 - ANVISA e alterações. Os ambientes previstos no quadro acima
deverão ainda estar em concordância com o descrito no Manual de Estrutura Física das Unidades
Básicas de Saúde/Saúde da Família, disponível on-line em http://dtr2004.saude.gov.br/dab/docs/
publicacoes/geral/manual_estrutura_ubs.pdf.
As UBS financiadas por esta Portaria deverão obrigatoriamente estar adequadas ao regulamento de
identificação visual da Saúde da Família, o qual pode ser acessado no endereço www.saude.gov.br/dab.
Publicada no DOU de 23-09-2009, Seção 1, pp. 654-655.
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INDICADORES DE SAÚDE
Coeficientes medem RISCO (Numerado = Denominador)
Os índice medem Perncentuais (Numerador = Denomidor)
Morbidade (doença..) P =I x D (é fotografia e ve o saco o tem dentro, casos novos e antigos)
Mortalidade Geral “ASPONE”
Denominador de Nascidos Vivos
Mortalidade Mater/Infantil
Mortalidade Materno/Infan Gravidade (notificação compulsória)
MACETE: Montanha Russa: (Quanto mais ALTO melhor!!!)
1º Nível índice > 75%
ISU 2º Nívelíndice 50-74%
3º nível índice 25-49%
4º nível índice <25%
OBS: o Brasil tem o ISU de 75,2% (dados de 2012)
MACETE: Não Lembro Um Jeito
Do Pior Para o Melhor!!!
Nelson Moraes Curva Tipo I: “N” MUITO BAIXO (óbitos em adulto jovem)
Curva Tipo II: “L” BAIXO (óbitos infantis e em pré-escolares)
Curva Tipo III: “U” REGULAR (começa em >50 anos/ mortali. Inf.
Curva Tipo IV: “J” ELEVADO (predomínio de mortalidade em >50 anos)
Primeiro a MULHER “CIRcula” dps “CArinho” dps “RESPeito” dps “CEXo
Primeiro o HOMEM “CIRcula” depois faz “CEXo”
Causas de Morte CIR = Circulatórias
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CA = Câncer (F: Mama/ M: Pulmão)
RESP = Respiratórias
CEX = Causas Externas
Pera- Maçã:
Transição Demográfica Queda de fecundidade (principal determinante)
Aumento da expectativa
Redução da mortalidade infantil
Efeito Baygon + CIR-CA-CEX:
Substituição das doenças transmissíveis pelas doenças não
Transição Epidemiológica transmissíveis e causas externas (efeito Baygon)
Deslocamento da carga morbimortalidade dos grupos mais jovens aos
grupos mais idosos
Transformação de uma situação em que predomina a mortalidade para
a outra situação na qual a morbidade é dominante.
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS PARTE I
Faz uma Fotografia
Transversal Vê a fumaça, mas não vê o fogo
DOENÇA E FATOR DE RISCO ao MESMO TEMPO !!!
Vou estar observando Daqui (para) FRENTE!!!
Coorte Bom pra que? DEFINIR RISCO!
Fator de Risco ANTES da Doença!
Vou estar observando Daqui (para) TRÁS!!! (Estudo
Retrospectivo)
Caso-Controle Bom pra que? Doença RARA/ LONGA
Defini Risco? Não!!! Apenas Estima!!!
Doença ANTES do fator de Risco
Ensaio Clínico Caçadores de mitos
Interfere no Fator, Prevenindo a Doença!
RR > 1 fator de risco/ RR < 1 fator de proteção/ RR = 1 sem
associação (nem risco nem proteção)
Como interpretar esses resultados na pratica?
Estudo 1: RR = 10 (IC 95% 1,1 22,5)/ Estudo 2: RR = 10 (IC 95% 9,3
10,8)/ Estudo 3: RR = 10 (IC 95% 0,6 42,0)
Interpretação do RR e Em qual estudo não se pode confiar?
Intervalo de Confiança Estudo 3, porque o IC foi de 0,6 a 42,0. Isto significa que ora o fator foi
protetor,ora não teve associação, ora o fator foi de risco. Não dá para
confiar neste estudo!!!
Qual foi o estudo mais preciso?
O estudo 2, porque o intervalo de confiança teve pouca variação (9,3
10,8).
QUANTO MENOR O INTERVALO DE CONFIANÇA, MAIS CONFIÁVEL É O
ESTUDO E MAIOR É O GRUPO!!!
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS PARTE II
Sensibilidade Capacidade de detectar os DOENTES
Especificidade Capacidade de detectar os NÃO DOENTES
Acurácia Proporção de Acertos Total de V+ e V-, em relação a amostra estudada
Sensibilidade/ NÃO são influenciadas pela PREVALÊNCIA !!!
Especificidade
Nos Testes com Alta VÊ: Verdadeiro Positivo
Sensibilidade: Evita: Falso Negativo Se der resultado Negativo eu: EXCLUO A
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DOENÇA!!!
Pode dar: Falso Positivo
Usamos p/: TRIAGEM
Nos Testes com Alta VÊ: Verdadeiro Negativo
Especificidade: Evita: Falso Positivo Se der resultado positivo eu: FECHO O
DIAGNÓSTICO!!!
Pode dar: Falso Negativo
Se der resultado positivo eu: Fecho o Diagnóstico!!!
Usamos p/: CONFIRMAÇÃO
> Prevalência Maior é o VPP e Menor é o VPN
< Prevalência Menor é o VPP e Maior é VPN
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III O Trabalho é o AGRAVANTE (ex: Asma; Dermatite de Contato)
Dç Associado à TUBERCULOSIS
Silicose
Cânceres do PULMÃO E MESOTELIOMA
Asbesto
ATROPINA É o ANTAGONISTA p/ Organosfosforado e Carbamato
O empregador tem a responsabilidade de emitir a CAT (não comprido qlq um pode
emitir)
CAT Emitida no 1º dia útil após o acidente
Acidente Fatal: Notificação e investigação IMEDIATA
As Doenças Endêmicas; Degenerativas e que não Incapacitem não serão acidentes.
PAIR Lesão Neurossensorial, Frequências: 3 – 4 – 6 KHZ (lesão auditiva Induzida por ruídos)
LER/DORT Também são consideradas acidente de trabalho
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SUS
PRINCIPIOS DO SUS 1988 “CRIA-SE O SUS”
Acesso a todos é UNIVERSALIZAÇÃO
Prevenção, cura e INTEGRALIDADE Éticos/Doutrinários “VOGAIS”
Reabilitação
Tratamento desigual é EQUIDADE
Dividir poder é DESCENTRALIZAÇÃO
Municipalização é REGIONALIZAÇÃO
Níveis de Complexidade é HIERARQUIZAÇÃO Organizacionais/Operacionais CONSOANTES
Conselho/Conferencia PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Resolver problemas é RESOLUBILIDADE
Contratar o privado é COMPLEMENTARIEDADE
LEI 8080/1990 “FUNCIONAMENTO DO SUS”
Cabe a direção Nacional: DEFINIR... Políticas, Normas... (Executa Vigilância: Portos; Aeroportos e
Fronteiras)
Cabe a direção Estadual: COORDENAR
Cabe a direção Municipal: EXECUTAR
E o setor Privado? Pode atuar de forma LIVRE e COMPLEMENTAR
EQUIDADE Não faz parte dos princípios estabelecidos na lei 8080/90!!!
LEI 8142 “GASTOS E PARTICIPAÇÃO POPULAR”
Gastos Transferência REGULAR e AUTOMÁTICA
Conselhos Controlam os GASTOS e a EXECUÇÃO da Saúde...“Fiscaliza” !!! (reunião
Mensal)
Poderes do conselho Permanente e Deliberativo
Conferência CRIAM Diretrizes da Saúde (reunião de 4 em 4 anos)
Participação Popular 50% Usuários (povo)
NOB 91 Lei sem Noção!!!
NOB 93 TRÊSpartite e as Nas!!!
NOB 9G (NOB 96) Gestão Plena/ PAB (piso de Atenção Básica)
NOAS 2001/2002 “ROAS” Regionalização Organizada
Ampliação da Atenção Ambulatorial
UNIÃO (PAÍS): $$$ do anterior + Correção positiva do PIB
Lei EC n: 29 – Lei ESTADO: 12% da receita vão p/ saúde
141/2012 MUNICÍPIOS: 15% da receita vão p/ saúde
(Lei complementar)
ATENÇÃO BÁSICA À SAUDE (PRIMÁRIA)
Características da Princípios principais Reorientação (Centrada na pessoa)
Atenção Básica Reabilitação tbm faz parte Elevada complexidade/Baixa Densidade
“PRIMAREA” Integral (40h/sem o Dr..) Adscrição de clientela/Territoria (ideal:3000/máx:4000)
(RESUMÃO) Multidisciplinar (Médico +Enfermeiro+ Tc Enf. +4-6 Ass. Social)
Acolhimento /Autonomia (participação da comunidade)
Complexidade Elevada!!!
Densidade Baixa!!!
Faz Reabilitação? SIM!!!
Primeiro Contato porta de entrada (acessibilidade)
4 PLInCípios Longitudinalidade Acompanhamento (vínculo)
PLInCipais Integralidade Integral/Completo (40h/sem) ( médico pode 20/sem)
(princípios Coordenação Integração do cuidado
principais)
PSF Territorialização e Adiscrição de Clientela
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NASF NÃO é porta de entrada!!!
Promoção
Risco de Violência
Infantil/Materno (mortalidade)
Omem/Oral
Pacto pela vida Ralador (trabalhador)
“PRIORIDADES Idoso
pela Vida” Deficiência
Atenção Basica
Distúrbios Mentais
Endêmicas
Só Mama e Colo
Urgência UPA
TTO Mental/ CAPS (AD)
Dependente =
45 CASOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA – BESTEIRAS
BICHOS LOUCOS ENDÊMICAS NO BRASIL SD FEBRIS TERRORISMO
Doença de Chagas aguda Dengue Antraz Pneumônico
Doença de Creutz Fuldt – Jacob Hanseníase Malária Botulismo
(Vaca Louco) Esquistossomose Leptospirose Tularemia
Peste (pulga louca) Leishmaniose Hantavirose Violência
Peçonhentos (cobra/aranha) Acidente de Trabalho Febre tifoide
Raiva (acidente com animal) (biológico/grave) Febre maculosa/
Óbito materno e infantil Riquetioses
Febre Chicungunya
Febre hemorrágica
Febre do Nilo ocidental
EXÓGENAS INTENACIONAIS Risco à Saúde ANTICORPOS (VACINAS) SI...
(INTOXICAÇÃO) Pública
Varíola Tuberculose Sífilis
Agrotóxico Influenza (ex: surto de Hepatites virais (B) (C) Difteria SIDA
Metal pesado Poliomielite/PFA Ebóla no Brasil) Tétano Síndrome do
Gás tóxico SARS Coqueluche corrimento
Haemophilus uretral
Doença meningocócica /meningite masculino
Febre amarela Sinistra Cólera
Sarampo/Rubéola
Varicela (grave/óbito)
Evento adverso pós -vacinal
NOTIFICAÇÃO IMEDIATA
INTERNACIONAIS : Varíola/Influenza/Pólio/SARS
MATA-TODOS: Raiva/acidente por animal transmissor
EVENOS DE RISCO A SAÚDE PÚBLICA
DOENÇA DE CHAGAS
INTERNACIONAIS ANTIGAS: Cólera/FA/PESTE
ACIDENTES: de Trabalho grave/Animais peçonhentos
TERRORISMO: Botulismo/ Antraz/ Tularemia/ Violência sexual/ Suicídio
ANTICORPOS – VACINAS: Todas com exceção de TB e HEPATITES VIRAIS
SD FEBRIS: Dengue com óbito/ Malária extra-Amazônica/Todas as outras
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ADENDO ZICA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA E SUA ASSOCIAÇÃO COM MICROCEFALIA
Por ser uma doença pouco descrita, a caracterização clínica e história natural da infecção pelo vírus Zika
se fundamentam em um número limitado de relatos de casos. De modo geral, estima-se que menos de
20% das infecções humanas resultem em manifestações clínicas, sendo, portanto, mais frequente a
infecção assintomática.
A infecção pelo vírus Zika afeta todos os grupos etários e ambos os sexos e, à luz do conhecimento
atual, é uma doença febril aguda, autolimitada na maioria dos casos, que leva a uma baixa necessidade
de hospitalização e que, via de regra, não vinha sendo associada a complicações.
Quando sintomática, a infecção pelo vírus Zika pode cursar com febre baixa (ou, eventualmente, sem
febre), exantema máculopapular, artralgia, mialgia, cefaleia, hiperemia conjuntival e, menos
frequentemente, edema, odinofagia, tosse seca e alterações gastrointestinais, principalmente vômitos.
Formas graves e atípicas são raras, mas, quando ocorrem, podem excepcionalmente evoluir para óbito.
O tratamento recomendado para os casos sintomáticos de infecção pelo vírus Zika é baseado no uso de
acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e da dor. No caso de erupções
pruriginosas, anti-histamínico pode ser prescrito.
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MICROCEFALIA
A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira
adequada. É caracterizada por um perímetro cefálico inferior ao esperado para a idade e sexo e,
dependendo de sua etiologia, pode ser associada a malformações estruturais do cérebro ou ser
secundária a causas diversas.
A ocorrência de microcefalia, por si só, não significa que ocorram alterações motoras ou mentais.
Crianças com perímetro cefálico abaixo da média podem ser cognitivamente normais, sobretudo se a
microcefalia for de origem familiar. Contudo, a maioria dos casos de microcefalia é acompanhada de
alterações motoras e cognitivas que variam de acordo com o grau de acometimento cerebral. Em geral,
as crianças apresentam atraso no desenvolvimento neuropsicomotor com acometimento motor e
cognitivo relevante e, em alguns casos, as funções sensitivas (audição e visão) também são
comprometidas. O comprometimento cognitivo ocorre em cerca de 90% dos casos.
A MICROCEFALIA PODE SER CLASSIFICADA CONFORME O TEMPO DO SEU INÍCIO:
a) Microcefalia congênita: está presente ao nascimento e é às vezes chamada de "microcefalia
primária"; porém, como este termo se refere a um fenótipo particular de microcefalia, deve-se
usar preferencialmente "microcefalia congênita"; e
b) Microcefalia pós-natal: refere-se à falha de crescimento normal do perímetro cefálico após o
nascimento, ou seja, o cérebro é normal ao nascimento; por isso é também chamada de
"microcefalia secundária".
ATENÇÃO À SAÚDE DAS MULHERES
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO:
Portanto, é necessário:
1. Realizar ações de educação em saúde com mulheres e homens adultos, jovens e adolescentes,
para garantir a oferta de informações e promover a discussão sobre saúde sexual e
reprodutiva.
2. Fazer a busca ativa a mulheres em idade fértil para identificação precoce das gestantes e início
oportuno do acompanhamento pré-natal.
3. Ofertar os métodos contraceptivos, conforme orientações do Ministério da Saúde. Neste
quesito, é importante atentar para o uso correto do método escolhido. Cabe lembrar que o uso
de preservativos mantém sua indicação não só como método contraceptivo, mas também
como preventivo de infecções sexualmente transmissíveis, e seu uso deve ser sempre
estimulado.
4. Ofertar aconselhamento pré-concepcional, para orientação e informação às mulheres que
desejam engravidar sobre a atual situação dos casos de microcefalia no País e sua relação com
o vírus Zika, além de reforçar a necessidade de combate ao vetor (o mosquito Aedes aegypti),
prevenção à picada de mosquitos e medidas de proteção individual: utilização de telas em
janelas e portas, uso contínuo de roupas compridas – calças e blusas – e, se portar roupas que
deixem áreas do corpo expostas, uso de repelente.
5. Garantir o acesso ao teste rápido de gravidez para detecção precoce da gravidez e início do
acompanhamento pré-natal em tempo oportuno. Destaca-se a oportunidade, em caso de
resultado negativo e a mulher não querer engravidar, para oferecer planejamento reprodutivo.
ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL:
Introdução ao cuidado da mulher grávida
O acesso ao cuidado pré-natal na Atenção Básica é essencial para a qualidade de vida tanto da mãe
quanto do bebê. Iniciar o pré-natal no primeiro trimestre (até a 12ª semana) da gestação é
fundamental para identificar os fatores de risco e para o acompanhamento durante a gestação,
favorecendo ações e intervenções adequadas que evitam complicações e protegem a saúde da mulher
e da criança.
Na Atenção Básica, é fundamental o envolvimento de toda a equipe para a assistência integral à
gestante. Destaca-se o papel do Agente Comunitário de Saúde, o qual, durante o período gestacional,
deverá realizar visitas domiciliares com maior periodicidade em sua área de abrangência, buscando
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
com isso intensificar a orientação, identificar precocemente condições que tornam vulnerável a saúde
da mulher e da criança e aprimorar o vínculo de confiança entre si e a gestante.
Tendo em vista o atual conhecimento acerca da fisiopatologia da infecção pelo vírus Zika, não há razões
para que se altere a rotina de acompanhamento pré-natal preconizada pelo Ministério da Saúde, e as
gestações não são consideradas, por essa causa isolada, como sendo de alto risco.
Embora se considere essa gestação de baixo risco, é importante garantir o acesso à unidade de
referência especializada, se houver necessidade. Caso a atenção básica, após a classificação de risco,
identifique alguma alteração que indique encaminhar a gestante, a rede de serviços deverá ser
acionada com intuito de priorizar o seu atendimento.
Dessa forma, mantém-se a recomendação de que a ultrassonografia obstétrica seja realizada
preferencialmente no primeiro trimestre da gravidez, época em que a estimativa da idade gestacional é
mais precisa. É necessária a atenção dos profissionais da saúde para que não sejam tomadas condutas
ou realizadas intervenções, como exames ultrassonográficos em série para identificação de
microcefalia, que não mudam a condição nem o prognóstico nesses casos.
CABE AOS GESTORES E ÀS EQUIPES DE SAÚDE:
1. Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré- natal.
2. Garantir o início do acompanhamento pré-natal em tempo oportuno e a realização das
consultas conforme a rotina preconizada pelo Ministério da Saúde: mensal até a 28ª semana;
quinzenal entre a 28ª e a 36ª semana; e semanal a partir da 36ª semana e até o nascimento do
bebê.
3. Promover a escuta ativa da gestante e acompanhante(s), considerando aspectos intelectuais,
emocionais, sociais e culturais e não somente um cuidado biológico. Neste momento, atentar
para o quadro clínico dos sinais e sintomas da infecção pelo vírus Zika.
4. Realizar a busca ativa das gestantes faltantes às consultas agendadas, para que tenham o
adequado acompanhamento pré-natal.
5. Orientar a população sobre ações de prevenção e controle:
a. Evitar horários e lugares com presença de mosquitos;
b. Utilizar continuamente roupas que protejam partes expostas do corpo, como braços e
pernas;
c. Alertar a gestante e acompanhante sobre medidas de controle, como controle vetorial
(eliminar na casa possíveis criadouros do mosquito), limpeza dos terrenos, descarte
apropriado do lixo e materiais e aproveitamento adequado da água;
d. Consultar o profissional da saúde sobre o uso de repelentes e verificar atentamente no
rótulo a concentração do repelente e definição da frequência do uso para gestantes.
Recomenda-se utilizar somente produtos que estão devidamente regularizados na
ANVISA (os repelentes “naturais” à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre
outros, não possuem comprovação de eficácia nem a aprovação pela ANVISA até o
momento);
e. Permanecer em locais com barreiras para entrada de insetos, preferencialmente locais
com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis;
6. Solicitar todos os exames de pré-natal preconizados pelo Ministério da Saúde, inclusive a
eletroforese de hemoglobina e os testes rápidos de sífilis e HIV, garantindo os resultados e
tratamentos em tempo oportuno;
7. Realizar vacinação de rotina das gestantes, conforme o calendário vacinal do Ministério da
Saúde;
8. Investigar e registrar na caderneta ou cartão da gestante, assim como no prontuário da mulher,
a ocorrência de infecções, rash cutâneo, exantema ou febre, orientando-a a procurar o serviço
de saúde caso apresente estes sinais e sintomas;
9. Investigar e orientar sobre medicamentos utilizados, exposição a substâncias tóxicas e uso de
tabaco, álcool outras drogas durante a gestação;
10. Realizar práticas educativas, abordando principalmente o incentivo ao aleitamento materno, ao
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LAMED – Lorena; Alisson; Maicon; Elisa e Daiane Dezembro, 2015 - Brasil
parto normal e aos hábitos saudáveis de vida; os cuidados com o recém-nascido; riscos do
tabagismo, do uso de álcool e de outras drogas; e uso de medicamentos na gestação;
11. Manter a atenção e classificação de risco durante o pré-natal de forma a identificar agravos e
complicações, com encaminhamento ao pré-natal de alto risco conforme protocolo;
12. Manter a suplementação de ácido fólico e sulfato ferroso conforme preconizado;
13. Realizar visita domiciliar, incluindo orientações sobre os cuidados sanitários, tanto para as
gestantes como para seus familiares;
14. Observar o direito do(a) parceiro(a) ser acolhido(a), cuidado(a) e informado(a) sobre a
realização de consultas, exames e acesso a informações antes, durante e depois da gestação;
15. Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, bem sobre como conhecer e
exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal; e
16. Esclarecer que a evidência de uma infecção exantemática, durante a gestação, não leva
obrigatoriamente à ocorrência de microcefalia no feto. Caso a gestante apresente doença
exantemática aguda (5 dias de exantema), e excluídas outras hipóteses de doenças infecciosas
e causas não infecciosas, deve-se coletar material para exame (sangue e urina). Deve-se
notificar o caso, conforme orientações do “Protocolo de Vigilância e Resposta à ocorrência de
microcefalia relacionada à infecção pelo Vírus Zika”.
Caso haja diagnóstico laboratorial conclusivo para vírus Zika, define-se como caso CONFIRMADO
para gestante, sob risco de feto com microcefalia secundária a possível exposição ao vírus Zika.
Caso a ultrassonografia obstétrica da gestante mostre um feto com circunferência craniana (CC)
aferida menor que dois desvios padrões (< 2 dp) abaixo da média para a idade gestacional, ou com
alteração no sistema nervoso central (SNC) sugestiva de infecção congênita, este pode ser considerado
um caso SUSPEITO de microcefalia relacionada ao vírus Zika na gestação.
A confirmação de microcefalia relacionada ao vírus Zika durante a gestação dá-se pelos seguintes
critérios:
I. Caso confirmado de feto com alterações pós-infecciosas no SNC relacionadas ao vírus Zika: Feto
com alterações no SNC características de infecção congênita identificada por ultrassonografia E
relato de exantema na mãe durante gestação E excluídas outras possíveis causas, infecciosas e
não infecciosas.
II. Caso confirmado de feto com microcefalia pós-infecciosa relacionada ao vírus Zika: Feto com
microcefalia identificada por ultrassonografia, apresentando alterações no sistema nervoso
central características de infecção congênita E relato de exantema na mãe durante gestação E
excluídas as outras possíveis causas, infecciosas e não infecciosas.
III. Caso confirmado de aborto espontâneo relacionado ao vírus Zika: Aborto espontâneo de
gestante com relato de exantema durante a gestação, sem outras causas identificadas, com
identificação do vírus Zika em tecido fetal/embrionário ou na mãe.
A equipe de saúde deve estar sensibilizada a acolher a gestante com caso suspeito e suas angústias,
dúvidas e medos, por meio de uma escuta qualificada, sem julgamento nem preconceitos, que permita
à mulher falar de sua intimidade com segurança.
Quando necessário, as equipes de Saúde da Família podem solicitar o apoio matricial dos
profissionais de saúde mental, por intermédio do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) ou de
outros profissionais de saúde mental do município.
ATENÇÃO AO PARTO E NASCIMENTO:
A atenção ao parto e nascimento não deve ser modificada exclusivamente em razão da suspeita ou
confirmação de infecção pelo vírus Zika ou de microcefalia.
Durante o trabalho de parto, a mulher deve ter garantido o direito a acompanhante de sua livre
escolha, a liberdade de movimentação e de escolher a posição mais confortável para parir e não deve
permanecer em jejum prolongado ou ser submetida a intervenções desnecessárias ou de rotina.
O cuidado deve ser prestado conforme diretrizes de boas práticas de atenção ao parto e nascimento,
com ausculta dos batimentos cardíacos fetais e cuidados para garantir o bem-estar materno e fetal.
Assim, não há indicação de alteração da via de parto obstétrica, ou seja, a infecção pelo vírus Zika ou a
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microcefalia em si não são indicação de cirurgia cesariana.
Os cuidados ao recém-nascido também devem seguir as recomendações do Ministério da Saúde de
garantir o contato pele-a-pele, o clampeamento oportuno do cordão umbilical, a amamentação na
primeira hora de vida e a realização de procedimentos de rotina somente após esse período.
ATENÇÃO AO PUERPÉRIO:
A gravidez e o parto podem ser eventos estressantes para a mulher e sua família, pois a mulher passa
por mudanças biológicas, subjetivas, sociais e familiares, entrando em um estado especial, de
sensibilidade exacerbada.
Quando uma criança nasce, ocorrem mudanças na vida da mãe e da sua família e surge a necessidade
de adaptação à chegada do novo ser. Quando o bebê nasce com algum problema de saúde, em alguns
momentos isso pode gerar frustração nos pais, que imaginavam uma criança e nasceu outra diferente,
além de culpa e comportamentos excessivos de zelo e cuidado dos pais, que buscam reparar tal
sentimento. Assim, a equipe de saúde tem um papel importante no atendimento à puérpera, ao seu
bebê e aos familiares, fornecendo informações para esclarecer dúvidas e anseios, apoiando a família e
devendo também observar problemas na relação dos pais com os bebês, a comunicação entre mãe e
bebê durante a amamentação, como a mãe e os cuidadores se comportam quando a criança está mais
agitada e chorosa. E, em caso de microcefalia, o crescimento e o desenvolvimento da criança devem ser
observados por toda a equipe, na visita domiciliar, nos momentos de vacinação na unidade básica de
saúde e nas consultas de rotina.
Esclarecer sobre a microcefalia deixará a mãe e familiares fortalecidos para lidar melhor com a
situação. É imprescindível a realização de visita domiciliar à mulher, ao recém-nascido e à família pelo
agente comunitário de saúde ou qualquer outro profissional da equipe, para avaliar as necessidades,
orientar as soluções e fortalecer o vínculo entre o serviço de saúde e a família.
Os profissionais e os serviços devem estar atentos e preparados para aproveitar a oportunidade de
contato com a mulher e o recém-nascido, preferencialmente entre o terceiro e quinto dia de vida (5º
Dia de Saúde Integral), com o objetivo de consultar o bebê e ver a Caderneta de Saúde da Criança,
verificando se foram aplicadas as vacinas contra Tuberculose e Hepatite B e realizadas as triagens
neonatais (testes do pezinho, olhinho e orelhinha); apoiar e incentivar o aleitamento materno; orientar
sobre os cuidados com o bebê e sinais de alerta e agendar a próxima consultar do bebê. Para a mulher
no pós-parto, verificar a Caderneta da Gestante e agendar consulta do puerpério, orientando para a
importância da vacinação contra a rubéola e o planejamento familiar.
Todos os bebês com confirmação de microcefalia devem manter as consultas de Puericultura na
Atenção Básica, conforme o preconizado no “Cadernos de Atenção Básica 33: Saúde da Criança -
Crescimento e Desenvolvimento” .
ATENÇÃO À SAÚDE DO RECÉM-NASCIDO (RN), LACTENTE E CRIANÇA COM MICROCEFALIA.
ATENÇÃO AO RN COM MICROCEFALIA:
Cuidados ao recém-nascido no momento do parto/nascimento - Devem ser seguidas as recomendações
do Ministério da Saúde para os cuidados de uma criança normal
Aleitamento Materno - O aleitamento materno é a estratégia isolada que mais previne mortes infantis,
além de promover a saúde física, mental e psíquica da criança e da mulher que amamenta. Vale
ressaltar que a identificação do vírus Zika na urina, leite materno, saliva e sêmen pode ter efeito prático
apenas no diagnóstico da doença, não se demonstrando que essas vias sejam importantes para a
transmissão do vírus para outra pessoa. Estudos realizados na Polinésia Francesa não identificaram a
replicação do vírus em amostras do leite, indicando a presença de fragmentos do vírus que não seriam
capazes de produzir doença. No caso de identificação no sêmen, ocorreu apenas um caso descrito nos
Estados Unidos da América e a doença não pode ser classificada como sexualmente transmissível, e
também não há descrição de transmissão por saliva.
“À luz dos conhecimentos científicos atuais, não dispomos de evidências para alterar as condutas
assistenciais e técnicas no que concerne ao aleitamento materno e aos Bancos de Leite Humano frente
ao cenário epidemiológico do Vírus Zika.”
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ANAMNESE:
1. Antecedentes maternos (infecções intrauterinas, insuficiência placentária, controle pré- natal,
número de abortos prévios, doenças maternas pré-existentes);
2. Exposição a substâncias tóxicas com potencial teratogênico (drogas ilícitas, álcool, tabagismo,
inseticidas e cosméticos, entre outras);
3. Medicamento(s) utilizado(s) durante a gravidez;
4. Exposição à radiação ionizante;
5. Presença de rash cutâneo e outros sinais e sintomas sugestivos de infecção;
6. Ultrassonografia gestacional (descrever os achados ultrassonográficos);
7. Antecedentes familiares (transtornos genéticos, microcefalia);
EXAME FÍSICO:
Realizar o exame físico do recém-nascido, incluindo exame neurológico detalhado.
Medição precisa do perímetro cefálico, adotando como valor de referência para definição de
microcefalia para o recém-nascido a termo o perímetro cefálico ≤ 32 cm ao nascimento, conforme a
curvas da OMS para meninos e para meninas. Para o recém-nascido pré-termo, o perímetro cefálico
menor que -2 desvios padrões, pela curva de Fenton para meninos e para meninas.
Considerando-se que a maioria dos RN de parto normal apresenta suturas cavalgadas (superpostas),
pode ocorrer que o PC esteja transitoriamente abaixo do parâmetro de corte. Assim, orienta-se que a
medição seja refeita com 24-48h de vida, sendo que, no caso desta segunda medição estar acima do
parâmetro de corte, a criança deve ser excluída da continuidade da investigação de microcefalia,
necessitando ser acompanhada clinicamente quanto a evolução do PC e avaliação do desenvolvimento.
O ideal seria que sempre fosse usado o gráfico de perímetro cefálico de acordo com a idade gestacional
e sexo do paciente, mas sabe-se que isso não acontece na prática dos berçários; então, para recém-
nascidos a termo foi estabelecido fixar o ponto de corte em 32 cm, o que é percentil 2,6 para meninos
e 5,6 para meninas, tanto no gráfico de PC adotado pela OMS quanto pelo CDC, ou seja, um ponto de
corte mais adequado (aproximando a definição internacional de microcefalia).
É claro que a medida do PC deve ser acompanhada mensalmente após o nascimento e qualquer
desaceleração do PC que coloque a medida da criança com PC abaixo de -2 desvios-padrões também
deve levantar a suspeita e levar à notificação do caso como deve ocorrer com qualquer lactente que se
mantém em puericultura.
Comparação do perímetro cefálico com outros parâmetros do crescimento (microcefalia
acompanhada de peso e comprimento também baixos, mas proporcionais, fala a favor de
criança sadia);
Presença de características dismórficas;
Presença de anomalias congênitas que comprometem outro(s) órgão(s);
Avaliação neurológica do RN (descrever anormalidades).
INVESTIGAÇÃO:
O objetivo principal da investigação é confirmar o diagnóstico de microcefalia congênita,
afastando a possibilidade de um falso positivo (uma criança sadia com PC menor que o parâmetro
definido), tendo em vista não existir tratamento específico para a infecção pelo vírus Zika, e nem
mesmo para a microcefalia. Além disso, objetiva excluir outras etiologias para a microcefalia que
tenham tratamento como, por exemplo, a toxoplasmose e a infecção pelo citomegalovírus.
Investigação laboratorial
Triagem infecciosa (sorologias) Para a triagem infecciosa, devem ser coletadas amostras de:
1. Sangue do cordão umbilical (3 mL);
2. Placenta (3 fragmentos de dimensões de 1cm3 cada);
3. Líquido cefalorraquidiano do RN (1 mL); e
4. Sangue da mãe (10 mL).
Figura 2 - Algoritmo laboratorial para amostras de casos suspeitos de microcefalia relacionada com a
infecção pelo vírus Zika
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Exames laboratoriais inespecíficos
Hemograma completo, dosagens séricas de aminotransferases hepáticas (AST/TGO e ALT/TGP),
uréia e creatinina e outros conforme as necessidades apresentadas pelo RN.
Exames de imagem
Os achados são inespecíficos de uma encefalite com destruição cerebral e microcefalia por
perda tecidual, com imagens de calcificações, dilatação ventricular, atrofia cerebral, lisencefalia, entre
outras.
Ultrassonografia transfontanela (US-TF), como primeira opção de exame de imagem, sempre
que disponível, considerando que a tomografia computadorizada envolve alta carga de
radiação (equivalente a 70-100 exames radiográficos) e que sua realização em RN com
frequência exige sedação;
Tomografia de crânio (TCC), sem contraste, para RN cujo tamanho da fontanela impossibilite a
US-TF e para aqueles em que, após os exames laboratoriais e a US-TF, ainda persista dúvida
diagnóstica.
Ressalte-se que a alta do RN não deve ser adiada por causa de realização de exame de imagem,
podendo ele ser agendado para realização ambulatorial.
Triagens Neonatais
A Triagem Neonatal (testes do pezinho, orelhinha e olhinho) deve ser realizada, possibilitando a
detecção precoce de algumas doenças ou condições nos primeiros dias de vida. No caso da
microcefalia, a mesma está relacionada a alterações do desenvolvimento neuropsicomotor e do
comportamento que podem ser acompanhadas por problemas auditivos e visuais.
Triagem Auditiva Neonatal (TAN)
A presença de microcefalia é um indicador de risco para perda auditiva (IRDA). Portanto, para
as crianças com microcefalia, deve-se realizar o PEATE como primeira escolha devido a maior
prevalência de perdas auditivas retrococleares não identificáveis por meio do exame de Emissões
Otoacústicas Evocadas (EOAE).
No caso de falha neste teste, o reteste deverá ser feito no período de até 30 dias após,
preferencialmente no mesmo local de realização do teste anterior.
No caso de falha no reteste, a criança deverá serencaminhada imediatamente para a avaliação
diagnóstica otorrinolaringológica e audiológica.
Não deverá ser realizada a TAN naquelas crianças que apresentem malformação na orelha
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(mesmo que unilateral). Estas deverão ser encaminhadas diretamente para um serviço de referência
para a realização de diagnóstico otorrinolaringológico e audiológico, conforme as Diretrizes de Atenção
da Triagem Auditiva Neonatal.
Se diagnosticada a perda auditiva, a criança deverá ser encaminhada para a reabilitação em
serviço de referência em reabilitação auditiva: Centro Especializado em Reabilitação.
SEGUIMENTO DO RECÉM-NASCIDO:
Todos os bebês com confirmação de microcefalia devem manter as consultas de Puericultura
na Atenção Básica, conforme o “Cadernos de Atenção Básica nº 33: Saúde da Criança – Crescimento e
Desenvolvimento”.
Além de ser acompanhados por meio da puericultura, também devem ser encaminhados para
estimulação precoce em serviço de reabilitação (Centro Especializado de Reabilitação, Centro de
Reabilitação em Medicina Física, Centro de Reabilitação Física – nível intermediário, Serviço de
Reabilitação Intelectual); por fisioterapeuta, fonoaudiólogo ou terapeuta ocupacional do NASF ou
vinculados às equipes da atenção básica; ou em Ambulatório de Seguimento de Recém-Nascido de
Risco.
O atendimento na Atenção Básica e na Atenção Especializada, de forma compartilhada, faz com
que essas crianças sejam mais bem assistidas e as famílias amparadas. No SUS, estão disponíveis
serviços de atenção básica, serviços especializados de reabilitação, de exame e diagnóstico e
hospitalares, além de órteses e próteses e meio auxiliar de locomoção nos casos em que se aplicar.
ESTIMULAÇÃO PRECOCE:
O desenvolvimento infantil é um processo multidimensional que se inicia com o nascimento e
que engloba o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e
afetiva da criança.
É imprescindível o envolvimento dos pais e familiares no programa, considerando que o
ambiente social é o mais rico em estímulos para a criança. A equipe deve informar a família sobre a
doença e seus desdobramentos, orientando-os a utilizar momentos como o banho, vestuário,
alimentação, autocuidado e, principalmente, as brincadeiras para estimular.
São objetivos gerais de um Programa de Estimulação Precoce:
1- Maximizar o potencial de cada criança inserida no programa por meio da estimulação em
âmbito ambulatorial e também em seu ambiente natural, estabelecendo o tipo, o ritmo e a
velocidade dos estímulos e designando, na medida do possível, um perfil de reação;
2- Potencializar a contribuição dos pais ou responsáveis, de modo que eles interajam com a
criança de forma a estabelecer mutualidade precoce na comunicação e afeto, prevenindo o
advento de distúrbios emocionais e doenças cinestésicas;
3- Promover um ambiente favorável para o desempenho de atividades que são necessárias para o
desenvolvimento da criança;
4- Oferecer orientações aos pais e à comunidade quanto às possibilidades de acompanhamento
desde o período neonatal até a fase escolar da criança;
5- Promover um modelo de atuação multiprofissional e interdisciplinar; e
6- Disseminar informações incentivando e auxiliando a criação de programas de estimulação
precoce.
DEFINIÇÕES DE CASOS
A seguir, sistematizam-se as definições para a classificação dos casos de microcefalia relacionados com
a infecção pelo vírus Zika, conforme o momento da gestação e do parto, e os critérios para a exclusão
de casos suspeitos com diagnóstico descartado e de casos para vigilância de casos de microcefalia
relacionada à infecção pelo vírus Zika.
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INVESTIGAÇÃO
Com o objetivo de avaliar a ocorrência e suas implicações para saúde coletiva, deve-se confirmar o
diagnóstico e orientar sobre as medidas de controle. Diante da ocorrência de um caso novo de doença
transmissível, a equipe assistencial deve investigar e avaliar o caso estabelecendo o seu significado real
para população, informando por meio do Registro de Eventos de Saúde Pública – RESP.
Recomenda-se que seja realizada a investigação epidemiológica com a gestante/puérpera, para todos
os casos suspeitos de microcefalia e que todos eles sejam notificados e investigados em tempo
oportuno.
Quando há suspeita de outros casos ocorridos, impõe-se a busca ativa das mulheres em idade fértil, das
gestantes e de recém-nascidos, visando ao conhecimento, intervenção(ões) necessária(s) e
disseminação das medidas de controle.
Como critério, para priorizar os casos a serem investigados, deve-se selecionar as gestantes e
puérperas que apresentarem histórico de exantema durante a gestação. Ressalta-se que, durante a
investigação, o profissional da saúde solicite os dados da caderneta da gestante e, se for o caso,
também da caderneta da criança para consultar os dados sobre o acompanhamento pré-natal e o
nascimento registrados.
Orienta-se, ainda, a coleta de dados referentes à investigação de casos de microcefalia a partir de
registros de serviços de saúde, como, por exemplo, prontuário único multidisciplinar e laudos emitidos
por serviço de diagnóstico, caso a gestante ou puérpera não apresente dados necessários no momento
da investigação.
NOTIFICAÇÃO
Após suspeita de caso de infecção por vírus Zika, deve ser realizada a notificação no Sistema Nacional
de Agravos e Notificação – SINAN e o registro oportuno de casos de microcefalia no Registro de Eventos
de Saúde Pública – RESP. É fundamental notificar, para ativar o processo de investigação, visando a
confirmar os casos, bem como subsidiar as ações de atenção à saúde.
Registro de eventos de saúde pública referente às microcefalias
Todos os casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika devem ser registrados pelos serviços
públicos e privados de saúde no formulário de Registro de Eventos de Saúde Pública (RESP –
Microcefalias), on-line e disponível em http://www.resp.saude.gov.br/microcefalia#/painel.
Este formulário é composto por uma série de perguntas relacionadas à gestante ou puérpera, recém-
nascido ou lactente, e contém informações sobre a gestação e o parto, dados clínicos e
epidemiológicos e locais de ocorrência do parto.
Importante: A notificação do caso suspeito de microcefalia no RESP não exclui a necessidade de se
notificar o mesmo caso no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).
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ACIDENTE OFÍDICO
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