Resumo: “Um erro inocente” de Dorothy

Koomson

Desde a sua adolescência que Serena Gorringe esconde um segredo.

Durante essa parte da sua vida, teve uma relação com o seu
professor de História, Marcus, um homem divorciado de Marlene e
com um filho.
Vinte anos depois, Serena encontra-se casada com Evan e tem dois
filhos: Verity e Conrad. Existe apenas um problema: o seu marido não
sabe de Marcus e muito menos que ele apareceu morto e esfaqueado
na sua casa depois de Serena e Poppy, a outra adolescente
“enfeitiçada” pelos encantos aparentes do professor, lá foram para
terminarem tudo. E neste “tudo” podemos incluir os abusos sexuais e
físicos que sofriam todos os dias, as mentiras contadas a muitas
pessoas, as várias visitas aos hospitais com costelas partidas, os
enganos que sofriam por estarem obcecadas pelo pedófilo que
amavam, as desculpas que aceitavam sobre a razão de Marcus ainda
estar com Poppy ou com Serena, dependendo da rapariga com que
estava no momento.
Tudo na adolescência é vivido mais intensamente, ou pelo menos é
isso que parece. Senão fosse assim, porque razão é que a relação
existente entre Marcus e Serena e também entre Marcus e Poppy
durou tanto tempo se não sentissem que, apesar dos maus-tratos, ele
era o homem da sua vida?
Serena vivia, portanto, à beira do precipício, quase a cair, pois,
apesar de tanto se considerar como também de ter sido considerada
inocente, o seu marido não fazia a mínima ideia fosse do que fosse.
Pensava que a sua mulher era uma pessoa normal, sem um passado
”escuro” e achava que todas as noites a sua mulher escondia as
facas que tinham em casa por temer a segurança dos seus filhos, não
por ter sido ilibada de um esfaqueamento.
Apesar disso, Serena vivia descansada, até que um dia, Poppy, que
tinha sido condenada a 20 anos de prisão apesar de também jurar ser
inocente, sai da prisão em liberdade condicional e procura e espia
Serena para fazê-la admitir o crime. Só há um problema: se tanto
Poppy como Serena se declaram inocentes, quem, de facto, matou
Marcus?
Quando Poppy saiu da prisão, não tem para onde ir. Não tem casa,
não fala com os seus pais à anos e os únicos amigos que tem estão
ainda presos. Por isso, e por muito que lhe custe, vai para casa dos
seus pais, onde não é muito bem recebida, já que os seus pais se
deixaram acreditar em todos os boatos sobre “as meninas do
gelado”, isto é, sobre Poppy e Serena serem melhores amigas e
terem uma relação com Marcus por quererem e gostarem dela tal
como era. A razão de Poppy e Serena passarem a ser conhecidas por
esta alcunha foi por ter caído nas “mãos da imprensa” uma foto das
duas raparigas em trajes menores (trajes que eram obrigadas a vestir
por Marcus, senão eram espancadas) a segurar um gelado e a sorrir.
Quando Poppy chega a casa, reparou que o seu quarto permaneceu
exactamente igual, apesar de os seus pais se terem mudado. E tudo
se tornou mais difícil porque, durante a estadia na prisão, a sua avó e
a única pessoa a acreditar na sua inocência, faleceu, deixando-lhe
uma casa como herança. Reparou também que os seus pais evitam
estar em casa ao mesmo tempo que ela, ou até mesmo cruzar-se
com ela.
Certo dia, Poppy onde conheceu Alain, um professor universitário.
Passado algum tempo, Poppy apaixonou-se por Alain e vice-versa.
Tudo corria bem, até que Alain decidiu ser completamente honesto.
Realmente era um professor universitário, mas inicialmente só se
tinha apresentado a Poppy porque era também jornalista e queria
saber os pormenores da sua história para depois a publicar. Ou seja,
no início, estava por ela por interesse, até que se apaixonou de
verdade. Apesar de inicialmente Poppy não o ter perdoado, mais
tarde fê-lo.