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17out13
Torrão encontrado
em campo, solo
coesivo.
Amostra destorroada
para ensaios de
caracterização.
Ensaio de Granulometria
O ensaio granulométrico é efetuado por meio de uma
série de peneiramentos em malhas padronizadas (NBR
7181 – Análise Granulométrica e NBR 6502/84 –
Rochas e solos). Em sua aplicação torna-se necessário
consultar:
Procedimentos do Ensaio
A análise granulométrica pode ser feita somente por peneiramento ou por
peneiramento e sedimentação. O procedimento dividi-se em três partes:
Peneiramento
Sedimentação
Nas análises por sedimentação, o tamanho de uma partícula é o diâmetro de uma
esfera que se sedimenta em água com a mesma velocidade que a partícula,
princípio baseado na lei de Stokes. Portanto, apesar de não serem
necessariamente esféricos ou cúbicos, os grãos e/ou partículas de solo são
quantificados por um diâmetro equivalente.
Esta quantificação é feita com base
nos procedimentos apresentados
na norma NBR7181 - Solo: Análise
Granulométrica, que prescreve o
método para análise
granulométrica do solo; e na
norma NBR6502 - Rochas e Solos,
que define termos relativos aos
materiais da crosta terrestre,
rochas e solos, para fins de
engenharia geotécnica de
fundações e obras de terra.
Lei de Stokes
Calcula-se o diâmetro máximo das partículas em suspensão, no
momento de cada leitura do densímetro, pela expressão da lei
de Stokes:
1800 a
d
a t
d – diâmetro dos grãos, em cm;
δ – massa específica dos grãos, em g/cm³;
a – altura de queda das partículas, correspondentes à leitura do
densímetro, em cm obtida na curva de calibração do
densímetro;
t – tempo de sedimentação, em segundos;
η - coeficiente de viscosidade do meio dispersor (água), em
g/cm²;
δa – massa especifica do meio dispersor, em g/cm³.
• Correlação com a
condutividade hidráulica
para solos granulares:
k(cm / s) c D10
2
D10
Coeficiente de Não-Uniformidade
• De acordo com a NBR6502 a avaliação da uniformidade do solo é obtida
através do cálculo do coeficiente de não uniformidade (Cu). Este fornece
uma ideia de como se dá a distribuição do tamanho das partículas do solo.
• Valores próximos a unidade indicam curva granulométrica quase vertical,
com os diâmetros variando num intervalo pequeno, enquanto que, para
valores maiores a curva granulométrica vai se abatendo e aumentando o
intervalo de variação dos diâmetros. Da mesma foram que foi definido D 10,
define-se D30 e D60. Os solos com Cu, aproximadamente iguais, serão
representados por curvas paralelas.
Bem Graduado
D 60
CU
D10 Cu< 5: solo uniforme
Cu> 15: solo não-uniforme Uniforme
5 < Cu<15: solo medianamente uniforme
Coeficiente de Não-Uniformidade
D10 D60
Coeficiente de Curvatura
O coeficiente de curvatura (Cc) quantifica a forma e simetria da curva
granulométrica. Para um solo bem graduado, o valor do coeficiente de
curvatura, deverá estar entre 1 e 3. Portanto, a distribuição do tamanho de
partículas é proporcional, de forma que os espaços deixados pelas partículas
maiores sejam ocupados pelas menores.
(D 30 ) 2
Cc
D10 .D 60
Solo bem graduado:
• Areia
1 Cc 3 e Cu 4
• Pedregulho
1 Cc 3 e Cu 6
Coeficiente de Curvatura
Escalas Granulométricas
• Os solos bem graduados são os que possuem grande faixa granulométrica,
aqueles com pequena faixa granulométrica são denominados uniformes.
• Os solos bem graduados são geralmente mais resistentes, apresentam menor
índice de vazios, têm menor compressibilidade e maior número de contatos
grão-grão, que os solos uniformes. Com maior número de contatos tem-se
uma menor tensão de contato.
• Em geral, as partículas do solo são agrupadas em diferentes faixas de
tamanhos, sendo estas: pedregulho, areia, silte e argila. Estas faixas compõem
as denominadas escalas granulométricas.
• Existem diversas organizações que padronizam as escalas granulométricas a
serem adotadas. No Brasil a padronização é feita pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas). Apresentam-se a seguir as classificações: M.I.T.
(Instituto Tecnológico de Massachusetts - centro universitário de educação e
pesquisa privado localizado em Cambridge, Massachusetts, EUA); a AASHTO
(Associação Americana de Oficiais de Estradas Estaduais e Transportes – EUA);
ASTM (Associação Americana para Testes e Materiais, órgão americano de
normatização de vários materiais, produtos, sistemas e serviços).
Pedregulho Areia
Silte Argila
Por exemplo: areia siltosa, areia silto-argilosa, silte arenoso, silte argilo-
arenoso, argila areno-siltosa, etc.
Escalas Granulométricas
Curva Granulométrica
Areia de Ponte Nova/MG
Considerações
• Neste ensaio as partículas grossas e as partículas finas são quantificadas de
forma diferente.
• A precisão da distribuição granulométrica de partículas finas pode ser
questionável em função dos tratamentos, físico e químico, dados ao solo fino no
processo de preparação das amostras. Com o tratamento, tem-se partículas em
condições diferentes das encontradas em campo.
• Por exemplo, o processo de destorroamento e a adição de defloculantes para
a preparação de amostras para ensaios de caracterização quebram a estrutura do
solo natural para que suas partículas individuais possam ser peneiradas e/ou
sedimentadas. Desta forma, possíveis grumos, torrões, cimentações e outras
características encontradas em campo não são analisados nestes ensaios.
• Embora o comportamento de um solo não-coesivo esteja relacionado à
distribuição dos tamanhos das partículas, o comportamento de solo coesivo
depende muito mais de sua história geológica e estrutura do que do tamanho de
suas partículas individuais.
• Apesar destas limitações, a distribuição granulométrica obtida para siltes e
argilas tem forte caráter empírico e valor prático.
Aplicação
• O comportamento mecânico do solo é muito
sensível ao tamanho dos grãos e partículas
constituintes da matriz sólida. Solos mais grossos
(pedregulhos e areias) apresentam-se
normalmente com alta condutividade hidráulica
e boa resistência. Estes fatos proporcionam boas
condições de drenagem e resistência ao
cisalhamento, respectivamente.
PESO SECO + TARA (g) 48,90 52,77 53,18 2" 50 0,00 0,00 861,83 100,00
PESO DA ÁGUA (g) 0,01 0,01 0,01 1 1/2" 38 0,00 0,00 861,83 100,00
TARA (g) 5,59 5,82 7,12 1" 25 0,00 0,00 861,83 100,00
PESO SOLO SECO (g) 43,31 46,95 46,06 3/4" 19 0,00 0,00 861,83 100,00
UMIDADE (%) 0,02 0,02 0,02 3/8" 9,5 0,00 0,00 861,83 100,00
0,02 0,00 0,00 861,83 100,00
Planilha de Análise Granulométrica GeoFast
UMIDADE MÉDIA (%) Nº 04 4,8
FATOR DE CORREÇÃO FC = 100/100+h Nº 10 2,0 0,56 0,56 861,27 99,94
SEDIMENTAÇÃO
LEITURA DIÂMETRO
HORA t LEITURA L
TEMPER.
(ºC) CORRIGIDA DOS GRÃOS
CORREÇÃO
CI
LEITURA
CORRIGIDA
% FINOS
TOTAIS
(min) MENISCO (mm)
09:00
Empresa:
15"
Samarco
26,50
Mineração
26,50 18,0
S.A. AMOSTRA:0,094
0,78 OPER.:
-3,75 Lineker
23,53 VISTO:
50,35
Projeto:
09:00 30" 20,70 20,70 18,0 0,78 0,067 -3,75 17,73 37,94 ENSAIO Nº
P0,049
-13
09:01 Local:
1' Mina do Germano
13,30 13,30 18,0 0,78 -3,75
CALC. 10,33
Lineker 22,11
DATA: 03/08/07 5518
09:02 Mariana
2'
1,85 a0,035
2,15 m
- 10,20
MG 10,20 18,0 0,78 -3,75 7,23 15,47
09:04 4' 7,30 18,0 0,025 -3,75 3,55 7,60
Sedimentação
09:08 8' 6,00 18,0 0,018 -3,75 2,25 4,82
Diâmetro % Pasa da
09:15 15' 5,40 18,0 0,013 -3,75 1,65 3,53
dos Grãos % Finos Totais Amostra
09:30 30' 5,20 18,0 0,0093 -3,75 1,45 3,10
10:00 (mm)
1h 4,90 18,3acumulada 0,0066 -3,69 1,21 2,59
11:00 0,0672h 4,8037,94 18,8 62,06 0,0046 -3,60 1,20 2,57
13:00 0,0494h 4,6022,11 19,9 77,89 0,0032 -3,36 1,24 2,65
17:00 08 h 4,2015,47 20,8 84,53 0,0023 -3,15 1,05 2,25
0,025 7,6 92,40
0,018 4,82 95,18
0,013 3,53 96,47
0,0093 3,1 96,90
Empresa: Samarco Mineração S.A.
Projeto: 0,0066 2,59
AMOSTRA:
97,41 Para diâmetrosVISTO:
OPER.: Lineker abaixo de 0,075, pois
ENSAIO Nº
0,0046
Local: Mina do Germano 2,57 P -13
97,43
1,85 a 2,15 m
estes já foram contemplados
CALC. Lineker DATA: 03/08/07 no 5518
Mariana - MG
0,0032 2,65 97,35
0,0023 2,25 97,75
peneiramento de solo miúdo.
0 2,25 100,00
Curva Granulométrica
Areia Siltosa
Argila Areia
Campanha Amostra Silte (%) Grossa GS
(%) Fina (%) Média (%)
(%)
2-Polpa-Usina 1 6175 1,43 29,18 57,06 12,33 0,01 2,84
2-Polpa-Usina 1 6176 2,05 38,47 50,13 9,31 0,04 2,89
Comportamento da Granulometria
Amostras com rejeito
arenoso de granulometria
bem graduada.
Classificação: Areia Silto
Argilosa.
Bibliografia
• Sites:
– www.sg-guarani.org / www.scielo.org / www.setrem.com.br / www.geotecnia.ufjf.br
– wwwp.coc.ufrj.br / www.ufsm.br / www.agencia.cnptia.embrapa.br / www.cprm.gov.br / www.usp.br /
– www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/ www.carisia.com.br
• Artigos e Teses:
– LOPES JUNIOR, Luizmar da Silva ; CONSOLI, N. C. ; HEINECK, K. S.. Análise do Ganho de Resistência de um Solo Tratado
com Resíduo do Processo de Britagem da Rocha Basáltica e Cal. Sinduscon News - Informativo Bimensal do Sinduscon
PF, Passo Fundo, 2007.
– BRANT, F. A. C.. Propriedades Físicas, Químicas, Mineralógicas e Mecânicas de um Perfil de Solo Residual Basáltico
localizado em um corte da Ferrovia Norte-Sul no Estado de Tocantins. 2005. Dissertação (Mestrado em Engenharia
Civil) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
– REZENDE, V. A. Estudo do Comportamento de barragem de rejeito arenoso alteada por montante. Dissertação
(Mestrado em Geotecnia) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, 2013.
• Livros:
– Das, Braja M.. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
– Lambe, T. W. e Whitman R. V.. Soil Mechanics. Singapore: J. Wiley, 1979.
• Outros:
– Notas de Aula. Núcleo de Geotecnia da Escola de Minas, NUGEO – UFOP.