Vous êtes sur la page 1sur 4

Recebendo a Jesus como Senhor (Deuteronômio 32:6), em conduzi-lo “por todo o caminho”

(Deut. 1:31), compadecer-se do filho (Sal. 103:13),


3º Trimestre de 2005 repreendê-lo por amor (Prov. 3:12), redimi-lo (Isa. 63:16), ser
o ponto de referência da origem comum de todos os filhos
Lição 6: SENHOR DE NOSSAS ORAÇÕES (Mal. 2:10).
30 de Julho a 6 de agosto Orar a Deus como Pai implica em reconhecê-Lo, em
primeiro lugar, como um Ser pessoal. “Deus é exatamente
José Miranda Rocha, DMin tão pessoal quanto nós o somos, e até mais”, observa Stott.5
Professor de Teologia Aplicada Na reflexão de C. S. Lewis, Deus “pode muito bem ser...
UNASP – CAMPUS II ‘além da personalidade’”.6 Em segundo lugar, o
jose.rocha@unasp.edu.br reconhecimento de Deus como Pai leva-nos a identificá-Lo
como Ser amoroso que “preenche o ideal de paternidade em
Dentre as características essenciais do culto e da seu cuidado amoroso por seus filhos”.7 Em terceiro lugar, o
religião, destaca-se aquela nomeada como um conjunto de Pai a quem devemos orar é grande, pois não apenas habita
cerimônias e normas litúrgicas. As duas cerimônias mais nos Céus, mas é o Criador de todo o Universo onde governa
comuns e importantes a todas as religiões são os sacrifícios pela aceitação de Sua vontade.
e as orações; estas aparecem nas formas de prece individual Stott recomenda que, antes de orarmos, gastemos
ou orações públicas. Qualquer que seja a forma, “orar é algum tempo refletindo sobre quem é Deus. Diz ele que “só
buscar a face de Deus e reconhecer nossa dependência então poderemos aproximar-nos de nosso amoroso Pai no
dEle”.1 Ellen G. White define oração particular como “o abrir Céu com a devida humildade, devoção e confiança”.8 O
do coração a Deus como a um amigo”.2 Johnston afirma que mesmo autor afirma corretamente que, depois disso, nossas
“a oração – a comunicação com Deus – é a essência do ato orações serão afetadas de duas maneiras: (1) Os interesses
religioso. Poucas religiões, se é que há alguma, não incluem de Deus (“Teu Nome..., Teu reino..., Tua vontade...”) terão
a oração. Orar é o mais básico que um crente pode fazer”.3 prioridade na vida; (2) entregaremos totalmente a Ele nossas
“João Calvino referia-se à oração como ‘a alma da fé’, próprias necessidades (“Dá-nos..., perdoa-nos..., livra-
e realmente a fé sem a oração logo perde o vigor”.4 Por esta nos...”).
e outras razões, para os seguidores de Cristo, a prática da Somos chamados a reconhecer a paternidade divina
oração ocupará lugar de suprema importância na vida. A sobre nossa vida porque Ele é o nosso Pai por criação (O
motivação para esta priorização vem de Sua Palavra e do Criador) e por adoção (O Redentor). Como Redentor, Deus
Seu exemplo. Farão como Ele, do hábito de orar em um lugar nos libertou da escravidão do pecado e nos adotou na família
especialmente reservado, a primeira e última ocupação do celestial, com direitos e deveres de um filho da casa. A razão
dia. para esta atitude e decisão do Pai é o Seu amor (Efés. 1:5).
O tema da lição convida-nos a tomar Deus como o Como filhos adotados, reconhecemos o Seu caráter amoroso
Senhor das nossas orações. O estudo sugere que, para isto e a Ele nos dirigimos, mediante o poder do Espírito,
se efetive, quatro pontos devem ser considerados: (1) Deus clamando “Aba! Pai!”. Libertados do passado de escravidão
precisará estar em relação conosco como Pai; (2) devemos do pecado, recebemos o status de filho com todas as
orar em nome de Jesus; (3) nossas orações priorizarão a prerrogativas de herdeiros (Efés. 1:14-15), o que implica na
vontade de Deus; (4) a obra da intercessão caracterizará aceitação de um novo estilo e modo de vida coerente com o
nossa prática de oração. nosso presente e futuro.

I. ORANDO AO PAI CELESTIAL II. ORANDO EM NOME DE JESUS


Desde os tempos do Antigo Testamento, os fiéis de Quanto vale um nome? Vale a honra, o caráter, o
Deus eram convidados a se relacionar com Deus como Pai. futuro e o poder de uma pessoa. Podemos ilustrar, pensando
A linguagem era conhecida, pois implicava “fazer o filho”
sobre o que acontece quando um milionário assina um III. ORANDO DE ACORDO COM A VONTADE DO PAI
pedaço de papel, isto deixa de ser uma simples folha de Qual é a vontade do Pai? Essa é a primeira pergunta
papel de ínfimo valor para tornar-se de um alto valor a ser respondida por todos aqueles que desejam orar de
financeiro. No passado, em tempos de pessoas de muita acordo com o Seu beneplácito. Jesus sabia qual era vontade
credibilidade, de reconhecida honestidade, bastava alguém do Pai e submetia-Se a ela em compromisso diário para
apresentar-se em nome de alguma dessas honoráveis cumpri-la (João 6:38). Do Pai, Jesus recebia sabedoria diária
pessoas e fazer transações comerciais e aquisições, sem a para falar as palavras com prudência em Seu ministério.
necessidade de outras comprovações. Infelizmente ou Para entendermos melhor o que significa a vontade
felizmente, os tempos e as pessoas mudaram o seu perfil de de Deus, devemos pensar em três aspectos que constituem
honestidade e isso não é mais possível. O valor de um nome tudo o que abrange o querer do Onisciente: (1) A vontade
pode ser constatado por aqueles que foram assaltados com intencional; (2) a vontade circunstancial; e (3) a vontade final.
perda de seus documentos. Em não raros casos, os Concernente às duas primeiras, há suficiente luz para
acreditados nomes das vítimas são usados para a prática de sabermos qual é o propósito de Deus a nossa vida, incluindo
atos desonestos e falcatruas na praça comercial. Suas intenções iniciais ao nos criar, e Sua vontade final que
Se o nome de uma pessoa é importante hoje, nos é nos salvar completamente. A grande dificuldade é como
tempos bíblicos, tanto no Antigo como no Novo Testamentos, saber o que Ele deseja para nós nas esferas da vida onde
“nome não era um mero rótulo, mas era virtualmente somos chamados a exercer o nosso livre-arbítrio.
equivalente à pessoa ou ao objeto que o levava”.9 Isto pode A orientação da Palavra é que oremos segundo a Sua
ser lido em I Samuel 25:25 ao referir-se a Nabal: “Não se vontade, o que significa submeter os nossos pedidos à Sua
importe o meu senhor com este homem de Belial, a saber, sabedoria. Mas todo cristão esclarecido saberá que certos
com Nabal; porque o que significa o seu nome ele é. Nabal é pedidos nunca deveriam ser feitos a Deus, pois contrariam
o seu nome, e a loucura está com ele; eu, porém, tua serva, aquilo que já está revelado como a vontade de Deus para a
não vi os moços de meu senhor, que enviaste”. Em vida humana, em geral. Nesse caso, os Dez Mandamentos
Apocalipse 3:4, a palavra grega “nomes” é traduzida ocupam posição de destaque ao procurarmos saber o que
corretamente como “pessoas”.10 Ele deseja de nós. Em uma palavra, tudo o que Ele quer é
“O nome e a pessoa de Deus freqüentemente são que sejamos felizes. E a receita da felicidade está na
usados em paralelismo entre si (Sal. 18:49; 68:4; 74:18; obediência aos Seus mandamentos. Assim, ficar em dúvidas
86:12; 92:1; Isa. 25:1; Mal. 3:16), ressaltando a identidade se é ou não Sua vontade que pratiquemos adultério, ou
essencial entre eles.” Assim, “crer no nome de Jesus é a roubemos de alguém alguma coisa é orar contra a vontade
mesma coisa que crer no próprio Jesus, conforme demonstra do Pai. Ao orarmos por um enfermo, devemos ter em mente
João 3.18. Orar em nome de Jesus, portanto, não é depositar que a vontade intencional e final do Senhor é que ele tenha
uma confiança mística numa fórmula tradicional, mas é orar saúde, e, conseqüentemente, vida. (III João 2).
em harmonia com o caráter, com a mente e com o propósito Mas haverá circunstâncias em que a melhor súplica
de Jesus. Ele é exatamente como o Seu nome – um nome será que a vontade do Pai seja feita e não a nossa, pois nas
que significa Salvador (Mat. 1.21), um nome ‘que está acima circunstâncias que envolvem nossa finitude Ele sabe o que
de todo [outro] nome”.11 melhor para nós.
Ellen G. White declara: “Orar em nome de Jesus,
porém, é mais do que simplesmente mencionar-Lhe o nome IV. ORANDO PELOS OUTROS
no começo e fim da oração. É orar segundo o sentimento e o Orar nunca é um ato de isolamento total do ser
espírito de Jesus, ao mesmo tempo que Lhe cremos nas humano, como indivíduo. Esta foi a atitude de Jesus, sempre
promessas, descansamos em Sua graça, e fazemos Suas que se encontrava em oração. Mesmo nos momentos
obras.”12 cruciais de Sua vida, como na oração sacerdotal de João 17,
e no horto, Jesus estava orando intercessoriamente pelos Onisciente como o único caminho para alcançar um coração
discípulos e outros seguidores Seus. puro.
Os motivos para orar intercessoriamente são vários, A maior oração intercessória jamais feita por alguém é
mas o maior deles é o desejo de participar no ministério da a que se encontra no capítulo 17 de João. Ao comentar a
salvação daqueles por quem Cristo morreu e intercede nos oração sacerdotal de Jesus, Ellen G. White diz: “Com fortes,
Céus (Heb. 7:25). Outras razões são o livramento da esperançosas palavras concluiu o Salvador Suas instruções.
angústia, presente e circunstancial; ou a angústia final (Jer. Depois vazou a opressão de Sua alma em oração pelos
30:7). Tiago afirma que a oração intercessória de um justo discípulos. ... Assim, na linguagem de quem possui
“muito pode, por sua eficácia”. (5:16). Paulo orou pelo autoridade divina, Cristo entrega Sua igreja eleita nos braços
crescimento espiritual dos filipenses (Filip. 1:9 e 10) e do Pai. Como consagrado sumo sacerdote, intercede por Seu
suplicou aos crentes na igreja de Roma que orassem em seu povo. Como fiel pastor, reúne Seu rebanho à sombra do
favor e pelo sucesso do seu ministério em Jerusalém (Rom. Todo-poderoso, no forte e seguro refúgio. Quanto a Si,
15:30 e 31). Jesus revela que devemos orar para que aguarda-O a derradeira batalha com Satanás, e Ele sai a
pessoas sejam libertadas da possessão dos demônios (Mar. enfrentá-la”.13 É bom lembrar que mesmo sendo divino-
9:29). humano, Ele cobrou dos discípulos que O acompanharam até
Aqueles cujos nomes já freqüentaram listas de o Jardim o conforto de saber que estavam despertos e em
orações intercessórias ao estarem em necessidade premente oração intercedendo por Ele na alta madrugada de Sua
de alívio de algum mal ou solução de problemas pessoais agonia. As orações de Pedro, Tiago e João deixaram de ser
sabem o quanto Deus lhes concedeu. Embora não nos sejam erguidas em favor do Mestre. Quão significativa seriam se
reveladas todas as razões por que devemos orar pelos elas tivessem sido registradas nos evangelhos.
outros, há luz suficiente de que esta é a receita do Senhor
para o nosso crescimento e o da igreja.

V. EXEMPLOS DE ORAÇÃO
Um aprendizado útil para crescermos espiritualmente
é estudarmos as grandes orações da Bíblia. Daniel orou
intercessoriamente pelo livramento do cativeiro povo de Judá
(Dan. 9:4-19). O profeta confessou o pecado do povo no qual
se incluía, ainda que não fosse culpado das transgressões
que causaram aquela tragédia. Ele, na verdade era uma das
vítimas do pecado do seu povo. Mas sua atitude de
humildade ensina que ninguém pode isolar-se do sofrimento
e destino da igreja, como se fosse possível viver em estado
de isolamento de todo mal. Outra lição que aprendemos da
oração do profeta Daniel é que Deus aproveitou essa ocasião
para revelar uma das profecias mais significativas de toda a
Bíblia. Aprendemos da oração de Salomão ao dedicar o
Templo (I Reis 8:15-61) que Deus é misericordioso para
atentar para a oração do Seu povo. A oração de Davi (Sal.
51) é de natureza penitencial e individual; nela percebemos
que Davi sabia ser impossível esconder alguma coisa de
Deus, mas ele confessa e se expõe ao escrutínio do
1
John Stott, A Mensagem do Sermão da Montanha: Contracultura Cristã (São Paulo: ABU Editora, 2001), pág. 129.
2
Ellen G. White, Caminho a Cristo, pág. 93.
3
Robert M. Johnston, La Vida Espiritual: Experimentando a Jesucristo como Senor (Buenos Aires: Casa Editora
Sudamericana, 2005), pág. 55.
4
Walter A. Elwell, ed., Enciclopédia Histórico-Teológica (São Paulo: Vida Nova, 2003), 3:56.
5
Stott, A Mensagem do Sermão da Montanha, pág. 149.
6
Ibidem.
7
Ibidem.
8
Ibidem, pág. 150.
9
Elwell, ed., Enciclopédia Histórico-Teológica, 3:25.
10
Ibidem.
11
Ibidem.
12
White, Caminho a Cristo, págs. 100 e 101.
13
Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 680.

Vous aimerez peut-être aussi