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Espectros Óticos: Emissão e Absorção

1 Introdução
1.1 Lâmpada Incandescente

Figura 2: A radiância espectral de uma lâmpada incan-


descente com filamento de tungstênio nas temperaturas
3.500K, 2.800K, 2.200K e 1.000K.

lei de Stefan

Figura 1: Imagem da estrutura interna básica de uma R = σT 4 (1)


lâmpada incandescente.
onde σ = 5, 67 × 10−8 mW 2K4 . Por conseguinte, o
A lâmpada incandescente foi a primeira a ser de- tungstênio é o material utilizado nas lâmpadas incan-
senvolvida, em 1879, e, ainda hoje, é uma das mais descentes modernas, pois tem seu ponto de fusão à
difundidas. Ela se baseia no princı́pio de emissão de 3.655K, suportando, assim, as altas temperaturas ne-
radiação por um corpo devido à sua temperatura. cessárias para o funcionamento da lâmpada.
As principais partes dessas lâmpadas, evidenciadas
na figura 1, são sua ampola, gás de enchimento, fila- Contudo, conforme é possı́vel visualizar na figura 2,
mento e base. grande parte da luz emitida por uma lâmpada incan-
Em geral, o filamento nessas lâmpadas está enrolado descente está na faixa do infravermelho e não na faixa
em dupla espiral, com o objetivo de aumentar a área visı́vel. Apenas 10% da energia numa lâmpada incan-
radiante e diminuir a área de contato com o gás do descente é emitida na faixa da luz visı́vel, conforme
bulbo para evitar perdas de energia por condução e pode ser visualizado no diagrama do fluxo de energia
convecção. da figura 3.

Na lâmpada incandescente, há o aumento da tem-


peratura no filamento devido à passagem de cor-
rente. Ocorre, em seguida, a excitação dos elétrons
nos átomos do filamento da lâmpada; por fim, há
a emissão de radiação devido ao decaemento dos
elétrons excitados para um estado de menor energia.
A figura 2 evidencia a radiância espectral para as
temperaturas 3.500K, 2.800K, 2.200K e 1.000K. Em
geral, essas lâmpadas trabalham com temperaturas do
filamento entre 2.300K e 2.800K.
Figura 3: Diagrama do fluxo de energia numa lâmpada
Quanto maior for a temperatura no filamento, maior incandescente.
é a proporção de radiação R emitida, pois segue-se a

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1.2 Lâmpada Fluorescente
As lâmpadas fluorescentes, por sua vez, desenvolvi-
das em 1938, são lâmpadas de vapor de mercúrio de
baixa pressão.

Figura 4: Imagem da estrutura interna básica de uma


lâmpada fluorescente.
Figura 5: Espectro de emissão do mercúrio.

As principais partes dessas lâmpadas, evidencia-


das na figura 4, são tubo de descarga com eletrodos
em cada extremidade, o gás inerte de preenchimento,
mercúrio e o pó fluorescente que reveste a camada in-
terna da lâmpada.
O funcionamento da lâmpada fluorescente ocorre
devido à excitação do vapor de mercúrio no interior
da lâmpada devido à passagem de uma corrente de
elétrons entre os eletrodos.
Primeiramente, há emissão de elétrons por um dos
eletrodos pela passagem de corrente através do fila-
mento, o qual é revestido com um material de baixa
função trabalho, o qual, por sua vez, emite elétrons
por efeito termo-iônico. Esses filamentos trabalham
em temperaturas entre 1.100K e 1.400K.
Esses elétrons, em seguida, com o objetivo de exci- Figura 6: Comparação entre o espectro de emissão de (a)
tar o mercúrio no interior da lâmpada, são acelerados uma lâmpada incandescente e de (b) uma lâmpada fluo-
rescente. O espectro de emissão de uma lâmpada incan-
devido ao estabelecimento de um campo elétrico ex-
descente é contı́nuo, o da lâmpada fluorescente, em contra-
terno.
partida, é discreto e tem picos de emissão correspondente
Contudo, o mercúrio, em temperatura ambiente, é à emissão do gás de mercúrio e da camada fluorescente.
lı́quido. Por conseguinte, faz-se necessário o gás inerte;
esse gás, cujo o potencial de ionização é baixo, permite
realizar a ignição da lâmpada e gerar calor para vapo- compara esses espectros. Além disso, 25% da energia
rizar o mercúrio. numa lâmpada fluorescente é emitida na faixa da luz
visı́vel, conforme pode ser visualizado no diagrama do
Seguidamente, o vapor de mercúrio é excitado de- fluxo de energia da figura 7.
vido à passagem de corrente entre os elétrodos. O
mercúrio, quando excitado, emite radiação na faixa
do visı́vel e do ultravioleta, como representado na fi-
gura 5. O gás inerte escolhido, geralmente argônio ou
uma mistura de argônio, neônio e criptônio, ajusta a
velocidade média dos elétrons de forma à maximizar a
produção de radiação ultravioleta com o comprimento
de onda igual à λ = 253, 7nm.
Por fim, a camada de substância fluorescente que
reveste a parede interna da lâmpada absorve essa ra-
diação ultravioleta (λ = 253, 7nm) e converte-a em Figura 7: Diagrama do fluxo de energia de uma lâmpada
luz visı́vel durante o seu processo de desexitação. Po- fluorescente.
dem ser conseguidas diferentes aparências de cor com
a utilização de materiais fluorescente apropriados.
Enfim, as lâmpadas fluorescente apresentam dife- 1.3 LED
renças no espectro de emissão quando comparadas
com a lâmpada incandescente: o da primeira é dis- O LED baseia-se na junção de dois semicondutores,
creto enquanto o do último é contı́nuo. A figura 6 um sendo tipo N, portadores de elétrons, e do tipo P,

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portadores de buracos. Ao alimentar o LED com uma de condução do semicondutor tipo P, ligam-se aos bu-
corrente elétrica, elétrons recombinam-se com buracos racos presentes na camada de valência e, para con-
emitindo fótons no processo. servar a energia, emitem fótons com energia igual à
diferença de energia entre essas duas bandas, a ener-
Semicondutores do tipo N são formados a partir da
gia de gap Eg . Portanto, o fóton emitido tem energia
dopagem de um semicondutor intrı́nseco com átomos
igual à
com excesso de um elétron de valência em relação aos
hc
átomos da rede. Aumentando, assim, o número de Eg = hν = (2)
λ
elétrons livres no semicondutor.
que, rearranjando, temos que o fóton emitido por um
Semicondutores do tipo P, por sua vez, são pro- LED tem comprimento de onda igual à
duzidos a partir da dopagem de um semicondutor
intrı́nseco comátomos com a deficiência de um elétron hc
em relação aos átomos da rede. Gerando, assim, ex- λ= (3)
Eg
cesso de buracos (falta de elétrons) no semicondutor.
onde h é a constante de planck e c a velocidade da luz.
A figura 8, evidencia um esquema simplificado das
bandas de valência e de condução para semiconduto-
res do tipo N e P. A figura evidencia os elétrons e os
buracos em excesso nos semicondutores e as diferenças
das energias de Fermi.

Figura 10: Emissão de fótons, em um LED, para diferen-


tes materiais com suas respectivas energias de gap.

Figura 8: Diagrama simplificado das bandas de valência Portanto, a luz do fóton emitido depende da energia
e de condução para semicondutores do tipo N e P. de gap do semicondutor utilizado para fazer a junção
PN do LED. Quanto maior a energia de gap, maior a
Para produzir um LED é necessário a junção p-n energia do fóton emitido.
desses dois tipos de semicondutores. A figura 9 repre- Por fim, a figura 10 representa a emissão de fótons
senta o diagrama de bandas para um LED. para diferentes materiais com suas respectivas ener-
gias de gap. A tabela 1, por sua vez, evidencia com-
primentos de ondas associados à fótons emitidos por
LEDs produzidos a partir de diferentes materiais se-
micondutores.

Tabela 1: Comprimentos de ondas associados à fótons


emitidos por LEDs produzidos a partir de diferentes
materiais semicondutores.

Material Comprimento de onda (nm)


Figura 9: (a) Diagrama de bandas de um LED. (b) Fluxo GaAIAs/GaAs 660
de elétrons do semicondutor tipo N em direção ao tipo GaAsP/GaP 585
P; ao atravessarem a região de depleção, os elétrons pre-
InGaAIP 560
enchem os buracos na camada de valência e fótons são
SiC/GaN 470
emitidos.

Na junção dos semicondutores, há uma região, cha-


mada de região de depleção, que impede o fluxo 1.4 Laser de He-Ne
de elétrons da parte N em direção a parte P,
comportando-se de forma semelhante à uma barreira O laser de HeNe, desenvolvido em 1962, represen-
potencial. Portanto, nessa região não existem nem tado na figura 11 , consiste em um tubo de descarga
cargas, nem buracos. Para que seja possı́vel o fluxo de de gás equipado com espelhos virados para dentro nas
elétrons através dessa região é necessário a aplicação extremidades da cavidade e preenchido com cerca de
de uma tensão externa. 80% de hélio e 20% de nêonio.
Após a aplicação de uma tensão externa, os elétrons Hélio e neônio são gases nobres que contém apenas
ganham energia suficiente para fluir através da região um átomo por molécula. Portanto, os estados mole-
de junção e, em seguida, os elétrons, agora na camada culares deles são relativamente simples.

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Do ponto de vista do eletramagnetismo clássico,
agora a cavidade está repleta de onda eletromagnética
monocromática e linearmente polarizada pela janela
de Brewster. A onda reflete nos espelhos e, dentro da
cavidade, forma, assim, uma onda estacionária com
nós nos espelhos.
Apenas 1% da radiação sai do laser através do es-
pelho com reflectância igual à 99%. Essa radiação
emitida tem as mesmas propriedades que a radiação
na cavidade.
Figura 11: Estrutura básica interna de um laser de HeNe.

1.5 Clorofila
Esse tipo de laser funciona excitando o gás de neônio
em seu inteirior. Os quais, ao decaı́rem para nı́veis
Clorofila é um pigmento verde encontrado em plan-
menores de energia, emitindo fótons com comprimento
tas, algas e cianobacterias. A função da clorofila é
de onda igual à 632, 8nm.
absorver a luz e transferir a energia luminosa, por res-
Para tanto, um campo elétrico externo é aplicado sonância, para um par especı́fico de clorofila no centro
e, ocasionalmente, acabam ionizando o gás de hélio. de reação dos fotossistemas.
Após o hélio ionizado se recombinar com um elétron,
ele acaba parando no estado 1s2s singleto. Esses es-
tado do hélio, é um estado metaestável devido às re-
gras de seleções.

Figura 13: Representação da clorofı́la a.

Para tanto, a clorofı́la absorve radiação cujo com-


primento de onda corresponde ao azul e ao vermelho
e reflete o verde.
Existem diferentes formas de clorofilas, contudo as
formas mais encontrada nas plantas é a clorofila a. A
estrutura dessa clorofila foi revelada por Hans Fishcer
em 1940 e a mólecula, C55 H72 M gN4 O5 , está repre-
Figura 12: Nı́veis de energia correspondente aos átomos sentada na figura 13. Contendo, assim, um anel de
de He e Ne. cloro no qual um ı́on magnésio é cercado centralmente
por quatro átomos de nitrogênio.
Como é possı́vel ver na figura 12, a diferença de
energia entre o estado 1s2s singleto do hélio e o seu
respectivo estado fundamental é igual à diferença de
energia entre o estado 1s2 2s2 2p5 5s do neônio e seu
respectivo estado fundamental: 20, 5eV .
Portanto, o hélio pode decair para o estado funda-
mental ao colidir com o neônio. Essas colisões tem um
probabilidade finita de occorem caso os dois átomos
estejam próximos. Se ocorrerem, o hélio acaba forne-
cendo, assim, ao neônio, sua energia. Por conseguinte,
a função do hélio no laser de HeNe é excitar, através
de colisões, o neônio para o estado 1s2 2s2 2p5 5s.
O neônio, agora excitado, decae para nı́veis mais
estáveis de energia. Em partı́cular, ao passar do or-
bital 5s para o 3p, há emissão de fótons com compri- Figura 14: Superposição dos gráficos de absorção da clo-
mento igual à 632, 8nm e ela é predominante. rofı́la a e b em função do comprimento de onda.

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Além da clorofı́la a, também há a clorofı́la b cuja a
formula quı́mica é C55 H70 M gN4 O6 .
Por fim, medidas de absorção da clorofı́la são influ-
enciadas pelos solventes utilizados para retirar a clo-
rofı́la da planta. Utilizando éter dietı́lico como sol-
vente, por exemplo, os picos de absorção da clorofı́la
a correspondem à 430nm e 662nm e os da clorofı́la b,
por sua vez, correspondem à 450nm e 640nm. A fi-
gura 14 representa os gráficos de absorção da clorofı́la
a e b em função do comprimento de onda.

Referências
[1] Biocyclopedia. Chlorophyll, Disponı́vel em:
<https://biocyclopedia.com/index/chlorophyll.php>,
Acesso em: 19 de outubro de 2019.
[2] İnanç, A. L. Chlorophyll: Structural Properties,
Health Benefits and Its Occurrence in Virgin Olive
Oils: Academic Food Journal, 2011.
[3] Photonics Spectra. Lasers at 50: Life Before
and After the Birth of the Laser. Photonics, 2010.
[4] Rodigues, Daniel. A Fı́sica do Laser. Universi-
dade Federal de Uberlândia, 2007.

[5] Scheer, H. Chemistry of Chlorophylls and Caro-


tenoids. 2008.
[6] Taylor, A.E.F. Ilumination Fundamentals. Rens-
selaer, 2000.

[7] Wood, M. How do LEDs work? A Little Physics;


A Little Semiconductor Theory. 2009.

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