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Conselho Editorial
Produção Editorial
Tradução:
Filipe Fontes
Edna Guimarães
Editoração:
Rissato
Capa:
Magno Paganelli
ISBN 978-85-7622-420-4
CDD 253
Gordon H. Clark
I - A FILOSOFIA GREGA
1 - Os PRÉ-SOCRÁTICOS
filosofia grega teve início em 28 de maio de 585
a.C., às 18h13.
O que é filosofia?
Os MILESIANOS
Unidade e multiplicidade
Cultura em isolamento
HERÁCLITO
Os PITAGÓRICOS
Matemática
PARMÊNIDES
Lógica e contrassenso
Unidade absoluta
O sentido de "é"
Monismo consistente
OS PLURALISTAS
O movimento inexorável
Entretanto, há outro ponto, mais geral e mais
importante do que essas muitas particularidades. O
que quer que se diga sobre a realidade das
qualidades sensoriais, sua origem mediante a
combinação de variações mecânicas
requer movimento. Os átomos têm de se mover. E
como o movimento pode ser explicado? Por meio
do Amor e do Ódio? Ou pela razão? Sobre este
ponto, Demócrito está seguro de que os pluralistas
anteriores vagaram perdidos.
ZENÃO
História e política
Educadores
CONHECIMENTO E MORALIDADE
Hípias Menor
Comentário antecipatório
EPISTEMOLOGIA SOFISTA
Lógica esquisita
TEORIA DO HOMEM-MEDIDA
Objeções e respostas
A réplica de Platão
A realidade incorpórea
O FÉDON
Na manhã da sua execução, enquanto seus amigos
vinham visitá-lo na cadeia, Sócrates esfregava as
pernas onde as correntes removidas haviam
deixado profundas marcas. Isso deu oportunidade
para alguns comentários sobre o prazer e a dor, e a
proximidade de sua execução conduziu a discussão
para os temas da morte e da imortalidade da alma.
O cuidado da alma
Imortalidade
Reminiscência
Outro argumento para provar a preexistência e,
assim, a imortalidade da alma, está mais
intimamente ligado à questão do conhecimento. No
Mênon, como foi exposto no início deste capítulo,
um jovem escravo, sob o questionamento de
Sócrates, foi capaz de construir um quadrado de
duas vezes o tamanho sua área. À parte do
significado matemático anteriormente levado em
conta, a ilustração mostra que uma pessoa de baixo
nível de educação poderá, por si mesma, sem
receber informação, suscitar a verdade do recôndito
de sua alma. O conhecimento é inato e repousa
dormente, aguardando um estímulo que produza
um estado mental descrito como recordação ou
reminiscência.
Os objetos do conhecimento
Harmonia
A casaca do tecelão
Ciência natural
O método da hipótese
Infelizmente, a despeito de ter visto a deficiência de
Anaxágoras, Sócrates foi incapaz de fornecer a
teleologia necessária, mas foi forçado a elaborar
uma segunda explanação melhor. Seu método de
investigação foi o de tomar a razão, ou a causa, ou
a explanação, ou a hipótese que parecesse mais
satisfatória. Geralmente, tal hipótese era a
existência de alguma realidade: Beleza em
si, Magnitude em si, ou qualquer que seja o tópico
requerido. Por exemplo, se estivermos estudando
triângulos, o assunto de nossa ciência não será o
triângulo particular que Sócrates desenhou na areia
diante do jovem escravo. O objeto da
ciência jamais é um objeto particular percebido,
mas, antes, um tópico universal
imutável. Estritamente, Sócrates não desenhou um
triângulo na areia, pois suas linhas eram tortas e
tinha alguma projeção espacial; o triângulo real,
porém, tem linhas retas e é plano. Os objetos
particulares são mutáveis, irreais e
indeterminados; os objetos de todas as ciências
possuem as características opostas. Suponha que eu
queira explicar a beleza de uma mulher ou de uma
estátua. Obviamente, a causa da beleza não poderá
ser sua estatura alta ou complexão leve, pois se
tais qualidades fossem a causa da beleza, toda
mulher com tais qualidades seria bela. Entretanto,
há muitas mulheres altas e de complexão leve que
não são bonitas. Ao contrário, a causa da beleza,
qualquer que seja a aparência, será somente
a presença no objeto, ou a comunicação a ele, da
Beleza em si;do mesmo modo que as coisas
grandes, são grandes, por participarem da
Magnitude.
A resolução do problema
O PARMÊNIDES
Ideias de barro?
Em primeiro lugar, se a teoria das ideias for
completamente explicitada, será necessário
estabelecer a extensão do mundo Ideal. Platão já
havia admitido Formas ou Ideias como de Beleza,
Bem e de outros conceitos igualmente nobres, mas,
nesse diálogo, o venerável Parmênides pergunta ao
jovem Sócrates se há Ideias como de Homem, Fogo
e Agua. E ainda mais embaraçosa é a questão de se
há Ideias como de Cabelo, Barro, Imundice e outras
coisas desprezíveis. Embora um aristocrata grego e
filósofo aclamado devesse desdenhar de
tais dificuldades de quintal, Parmênides aponta as
inconsistências da recusa de postular Ideias para
cada tipo de coisa. Neste ponto, Parmênides não
menciona o problema de postular Ideias para
instâncias de relação. Um homem é uma “coisa”,
um objeto visível; mas “pai” é uma relação, não
uma “coisa”. Haveria também Ideias de
relacionamento? Há uma Ideia de Negação? De
Privação? Estas são questões difíceis.11
Participação
Um segundo enigma é o da conexão precisa entre a
Ideia e os objetos sensíveis. Será que cada objeto
sensível compartilha, participa, recebe (ou
qualquer termo que pareça melhor) a Forma
completa, total e indivisível, ou apenas uma parte
dela?
O Terceiro Homem
Nominalismo
- Impossível - respondeu.
- Sim.
- Que é.
A previsão de Platão
Longe esteja de um intérprete moderno ler mais do
que pretendem dizer as linhas de Platão; mas seja
poupado também do grande risco de
entender menos do que elas dizem. As alternativas
propostas por Parmênides não são tão absurdas que
não tenham defensores. Plotino, o neoplatônico que
levou a filosofia grega ao seu fim, adotou algo que
era essencialmente a primeira visão, embora as
próprias qualificações não possam ser colocadas
numa única sentença. Em tempos modernos,
Leibniz, Fichte (e talvez pudéssemos acrescentar
Hegel?) também disseram que todas as coisas
pensam. David Hume aceitou a alternativa: que
todas as coisas são compostas de pensamentos,
impressões e ideias, mas que nada pensa.
Ser e Tornar-se
Detalhe científico
Lógica e Realidade
Aristóteles introduz a tratativa, questionando se a
lógica e a realidade são objetos da mesma ciência,
ou de duas ciências diferentes. Em vista do fato
de que as verdades da lógica e os princípios da
realidade aplicarem-se universalmente e que não
estão restritos a nenhum campo de estudo em
especial, Aristóteles conclui que elas pertencem à
mesma ciência. As verdades da botânica
ou geometria, entretanto, não se aplicam
universalmente; a geometria diz respeito ao ser
enquanto ocupa lugar no espaço, e a botânica
limita-se ao ser enquanto exibe nutrição e
crescimento. Ainda assim, todas as ciências
específicas fazem uso comum das leis da lógica,
porque estas leis compreendem a totalidade
da realidade e não apenas a parte estudada por uma
ciência específica. Contudo, as ciências específicas
usam a lógica sem discuti-la. Seria incongruente,
para um botânico ou astrônomo, discutir a natureza
da verdade e a lei da não-contradição. Sem dúvida,
alguns dos pré-socráticos o fizeram, e a
inclusão desse material no pensamento pré-
socrático talvez seja defensável com base em que
eles julgavam discutir sobre a totalidade da
realidade. Entretanto, estavam enganados, pois a
natureza é apenas um gênero da realidade, e
a física, conquanto seja um tipo de sabedoria, não
pertence ao primeiro tipo. Portanto, tem de haver
ainda, outro tipo mais universal de ciência que
lide com o ser primário, e a tal ciência Aristóteles
chamou, algumas vezes, de Filosofia Primeira. O
botânico ou o físico é responsável pelos princípios
mais gerais dentro de sua esfera especial, que se
aplicam ao tipo particular de ser que forma o objeto
de sua ciência. Assim também o filósofo deve
expressar e explicar os princípios que se aplicam ao
ser sem qualificação, a todos os seres sem exceção,
o ser enquanto ser — princípios que sejam
absolutamente universais sem nenhuma restrição.
É, portanto, prerrogativa da filosofia, e não da
botânica ou outra ciência em particular, estudar os
princípios gerais da totalidade da existência.
Axiomas indemonstráveis
Discurso significante
Negação de substância
Adiante, a fim de refutar seus oponentes,
Aristóteles imerge em complexidades lógicas e
ontológicas que testam o mais ambicioso dos
estudantes. Aqueles que argumentam contra a lei da
não-contradição terão também de negar substância
e realidade. Explicar como isso ocorre, e porque é
absurdo, requer referência à teoria das categorias, a
ser explicada mais tarde. Em antecipação,
entretanto, podemos afirmar brevemente que uma
categoria é um predicado; ou, precisamente, as dez
categorias são dez tipos de predicados possíveis.
Sobre Sócrates, pode-se dizer, por exemplo, que ele
é um homem, que é feio, que é sábio, que é
baixo, que é pesado, e, talvez, que seja músico.
Contudo, de todas essas coisas, o predicado homem
ocupa uma posição favorecida. Pesado e musical
são predicados acidentais; isto é, não é necessário
ou essencial ao fato de ser homem, que este seja
pesado ou músico; há homens leves e sem
habilidade musical. Tais predicados e outros
predicados acidentais recaem sob as categorias de
qualidade, quantidade, relação e outras. Mas
quando se diz que Sócrates é um homem, isto não
é acidental: homem é o que Sócrates é
essencialmente. O predicado homem recai sob a
categoria de substância e realidade. E a categoria de
substância é básica, pois não poderá haver
qualidade ou quantidade a menos que haja uma
substância caracterizada por tal qualidade ou
quantidade.
Refutação de Protágoras
LÓGICA
Substância
Qualidade
A terceira categoria, e última a ser discutida, é a da
qualidade. No pluralismo pré-socrático,
especialmente em Demócrito, as dificuldades que
pairavam sobre o conceito de qualidade eram
bastante subestimadas. Não apenas o
caráter inconcebível da origem torna o
aparecimento de novas qualidades paradoxal; e não
apenas a relação entre qualidades e padrões
geométricos é um enigma; mas também os
pensadores mais antigos jamais haviam dito o que
significa o termo qualidade. Aristóteles, agora,
começa, definindo qualidade como aquilo em
virtude do que, se diz que as coisas são assim ou
assim. Por exemplo, disposições e hábitos são
qualidades; insanidade é uma qualidade; entretanto,
uma irritação leve, quando alguém está aborrecido,
não é uma qualidade, mas uma afeição; densidade
também não é uma qualidade, mas a posição
relativa das partes de uma coisa, e
igualmente, suavidade. Algumas qualidades,
diferente de substâncias, admitem gradação,
pois uma coisa poderá ser mais branca do que
outra, e um homem poderá ser mais justo do que
outro. A justiça em si, é claro, não sofre diferença
de gradação; ainda assim, um homem poderá ser
mais ou menos justo embora não possa ser mais
ou menos homem. Outras qualidades, tais
como triangularidade, obviamente não sofrem
variação de grau. A característica distintiva de
qualidade, entretanto, é o fato de que semelhança e
dessemelhança podem ser predicados somente
em referência à qualidade. Deve-se ser observado
que algumas coisas poderão ser classificadas tanto
como qualidade quanto como relação.
Causa e demonstração
Conhecimento não-científico
Movimento
Motores
Um primeiro motor
Motores imóveis
Deus
FORMA E MATÉRIA
As quatro causas
Teleologia
Matéria e geração
Matéria, como já foi dito, é o substrato da geração;
sem esse conceito seria impossível obter uma
explanação da mudança. Por exemplo, o quente
não produz frio; mas uma coisa quente pode se
tornar fria. Mudança requer uma coisa, um
substrato, ou uma matéria que possua uma dada
qualidade ou forma em um momento e uma forma
contrária, em outro momento. Se a matéria
não permanecer a mesma durante a mudança,
“coisa nenhuma” mudará. Assim, descrevendo a
matéria como um substrato, um objeto a que as
formas se prendem, e, pelo menos uma vez, como
uma realidade, Aristóteles parece assegurar
alguma independência à matéria. Entretanto,
qualificações suficientes são aditadas a fim de
evitar este erro. Posto que a matéria é, em si
mesma, indeterminada, ou talvez melhor,
indeterminação, isto é, sem uma forma própria;
posto que ela não pode existir por si mesma, mas
apenas em combinação com uma ou outra forma;
posto que seja o contrário da forma, e que seja
potencial em vez de atual, a matéria deveria ser
considerada como recaindo sob a categoria de
relação, tal como, de fato, Aristóteles indica
na Física II, 2. Entretanto, mesmo esta
classificação a toma real demais, pois pares
relativos estão, ordinariamente, em linha, como é o
caso — um elemento é tão real quanto o outro;
visto que a matéria é indubitavelmente inferior à
forma, o seu contrário, em vez de seu correlativo.
Individuais e Deus
OS EPICUREUS
Superstição religiosa
Acaso e livre-arbítrio
Sensação
Prazer
Morte
Contra o ceticismo
Materialismo
Fatalismo
Deus e a sina
Causalidade universal
Lógica e sina
Objeções
A vida racional
NEOPLATONISMO
Contra Aristóteles
Plotino, não apenas ataca o materialismo óbvio dos
estoicos, mas rejeita, também, a inadequada teoria
aristotélica, da alma como a forma ou
potencialidade do corpo. Ele argumenta que,
segundo tal teoria, uma amputação poderia remover
parte da alma; o sono seria inexplicável; a razão
não se oporia ao desejo. Não poderia haver
pensamento independente do corpo, nem imagens
sensíveis poderiam ser preservadas independentes
das coisas sensíveis do desejo, pois um objeto
incorpóreo seria inexplicável. A propagação de
plantas seria impossível; a alma seria divisível; e
fmalmente, a teoria de Aristóteles não poderia
explicar como a alma de um animal se tornaria
alma de outro, quer por meio de propagação ou
como quando um verme é dividido ao meio. O ser
da alma, portanto, não depende do ser da forma de
nada mais; ele é uma realidade que não deve sua
existência ao fato de ter sua localização no corpo.
Ao contrário, a alma existe antes, e depois, torna-se
alma de um ser vivo em particular. Não é um
corpo, nem um estado corpóreo, mas uma realidade
ou substância verdadeira. Objetos corporais não são
substâncias verdadeiras; eles são fluxo e processo;
eles vêm e vão; eles jamais são realmente, mas
derivam sua semi-realidade da participação na
realidade autenticamente existente.
Cosmologia e ética
Temas platônicos
O Uno
Imanentismo grego
Funções da Revelação
Similaridades superficiais
Dois cuidados
FILO
Alegoria
O Logos
Transcendência e conhecimento
Mais recompensador será um estudo mais próximo
da visão de Filo sobre a natureza de Deus. Algumas
indicações da transcendência de Deus já
foram dadas. Deus não é meramente eterno e
independente, mas somente ele é; não há outros
princípios independentes. Ele não é meramente o
mais alto termo de uma série de gradação, mas
entre ele e tudo mais está o abismo que separa o
Criador das criaturas. Além das poucas citações já
feitas, há outra sobre transcendência que parece
diretamente dirigida contra o neopitagorismo. Filo
escreveu: “Deus tem sido classificado segundo o
uno e a unidade; ou melhor, até a unidade tem sido
classificada segundo o único Deus, pois todo
número, tal como o tempo, é mais jovem do que o
cosmos”.55
Revelação e ceticismo
Essência e atributo
A teologia de Jesus
Jesus é, algumas vezes, descrito como um simples
mestre de moralidade, ingênuo e não-teólogo. A
evidência histórica, entretanto, não suporta tal
debuxo pouco lisonjeiro. Com determinação, ele
instou sua audiência ao arrependimento, perdoou
pecados, e seguiu o caminho da justiça. Em tudo
isso, porém, ele pouco foi além da Lei e dos
Profetas ou, até mesmo, além de alguns
dos melhores rabinos. Seu famoso sumário da Lei,
por exemplo, reduzindo os Mandamentos ao amor a
Deus e ao próximo, é retirado, palavra por
palavra, de Deuteronômio e Levítico. Se tivesse
sido o simples mestre de moralidade a que o reduz
a reconstrução liberal da História, Jesus seria, hoje,
mais obscuro do que o rabino Hillel.
Divisões históricas
Patrística Menor
Ceticismo e felicidade
Verdade e Deus
Comunicação
Criação
Tempo
O mal
O livre-arbítrio
Pelágio
ANSELMO
CONCEITUALISMO
TOMÁS DE AQUINO
Fé e razão
DUNS SCOTO
Onipotência e liberdade
Isso não quer dizer que Deus está livre para fazer o
absurdo ou o impossível. Ele não pode “causar” um
“efeito” que não tenha causa. Ele não pode criar
um triângulo de quatro lados. Mas isso não é
limitação do seu poder ou liberdade, pois as tarefas
indicadas, absolutamente, não são tarefas: são
combinações contraditórias de palavras, e, como
não têm sentido, não apresentam
nenhum problema. Da mesma maneira, a atividade
trinitária da Deidade é necessária. O princípio geral
é que o movimento natural, ainda que o
termo movimento não seja aplicável a Deus,
precede o movimento voluntário. Portanto, o
primeiro ato de Deus é conhecer a si mesmo,
natural ou necessariamente, e tal conhecimento é
eternamente gerado do Filho. Assim, um ato
intelectual precede toda volição; conclui-se daí, que
Deus não é definido simplesmente como vontade
onipotente. Se a simplicidade de Deus é violada em
função da atribuição de intelecto e vontade, essa é
outra questão. Pelo menos, Duns Scoto concorda
com Tomás de Aquino, quanto a tornar supremos,
em Deus: intelecto e natureza. O primeiro ato
voluntário é o amor de Deus pelo qual o Espírito
Santo procede do Pai e do Filho. Esse amor
voluntário é também necessário, mas, mesmo sendo
necessário, ele pode ser chamado livre por causa da
ausência de constrangimento externo.
Individuação
GUILHERME DE OCCAM
RENÉ DESCARTES
O “cogito”e a lógica
Deus e matemática
Erro e livre-arbítrio
O mundo material
Será que tortas de maçãs ou as árvores das quais as
maçãs provêm realmente existem? Pode a
veracidade de Deus garantir a existência de um
mundo físico? O argumento começa com uma
concessão. A imaginação difere da
cognição. Podemos conceber um triângulo ou, até
mesmo, um quilógono, e concebê-los com perfeita
clareza, sendo capazes de deduzir uma série de
teoremas a partir de tais concepções. Mas não
poderemos imaginar um quilógono. Se
tentarmos fazê-lo, a figura resultante será tão
borrada que será indistinguível de um polígono de
mil lados. Além disso, a imagem não seria de
nenhuma utilidade para a descoberta de qualquer de
suas propriedades. A imaginação, portanto, não
é parte da essência do homem; o pensamento pode
bem ser processado, e de fato, melhor processado,
sem imagens. A imaginação, então, tem de
depender de algo diferente da mente, e por causa
disso, torna provável a existência de corpos. Com a
mesma finalidade, observa-se que algumas
imagens, especialmente percepções sensoriais, são
involuntárias. Uma vez que eu não as construo,
nem previno sua ocorrência, há de ter alguma causa
para elas, fora de mim mesmo. Tal causa será Deus
ou corpos. Se Deus causasse a percepção dos
corpos, ele não poderia escapar à acusação de
engano. Portanto, os corpos terão de
existir. Insistamos, contudo, que isso não assegura
a precisão de nossas percepções. Os corpos poderão
ser, e são, bem diferentes daquilo que nos parecem,
pois nossas sensações são confusas. No entanto,
Deus nos dotou com possibilidade suficiente para
evitar engano, e chegar à verdade. As limitações do
sentido não refletem sua bondade. Somente se não
houvesse corpos se poderia dizer que Deus teria
usado de engano.
Alma e corpo
BARUCH SPINOZA
Em grande medida, Spinoza (1632-1677)
concordou com Descartes. Matemática,
mecanicismo e racionalismo é um vocabulário
comum aos dois. Também, muitas das frases em o
Principia, de Descartes, são encontradas
em Spinoza, com uma diferença. A diferença está
na direção de um racionalismo mais estrito. Assim,
Spinoza será descrito como aquele que “corrigiu os
defeitos” de Descartes. Tal descrição poderá ser
plenamente justa, mas, afinal, justiça é algo que
jamais foi feito na história da filosofia.
Definição e existência
Causalidade racional
Uma substância
Mecanicismo epensamento
Ética e liberdade
G. W. LEIBNIZ
As mônadas
Teleologia e mecanicismo
Ideias inatas
Ideias simples
Ideias compostas
Ideias abstratas
GEORGE BERKELEY
DAVID HUME
Novamente, causalidade
Ceticismo
Para concluir a parte sobre a filosofia de Hume,
resumindo os resultados do empirismo, e
preparando para o capítulo seguinte, devemos apor
certa dose de crítica. Hume não teve a intenção de
fornecer ajuda ou conforto ao cristianismo. Muitos
crentes ortodoxos, sabedores de sua inimizade, são
tentados a atacar sua refutação, colocando
argumentos em favor da existência de Deus de
forma válida. Porém, contrário a ambos, às
intenções de Hume e aos medos desses crentes em
particular, poderá ser que Hume tenha ferido mais a
si mesmo do que ao cristianismo. Se argumentos
derivados da experiência não provam a existência
de Deus, o problema talvez resida na experiência,
em vez de na questão da existência de Deus. O
ponto importante não é se Hume chegou ao
conhecimento de Deus, mas sim, se Hume poderia
ter chegado a qualquer conhecimento. E o
próprio empirismo que está sob juízo. Poderia,
qualquer conhecimento, ser baseado somente na
experiência?
ESPAÇO E MATEMÁTICA
Uma intuição
Uma ilustração
As coisas em si
FÍSICA E LÓGICA
Conceitos a priori
Unificação da experiência
Síntese
As CATEGORIAS
As LEIS DA CIÊNCIA
Quantidades extensas
Quantidades intensas
Conexão necessária
Substância permanente
Causa e efeito
A EXISTÊNCIA DE DEUS
O imperativo categórico
Liberdade
Os dois mundos
TELEOLOGIA E ORGANISMO
Jacobi
A lei da não-contradição
Resultados e métodos
Romantismo
Substância e sujeito
Muito da difícil linguagem de Hegel poderá ser
entendido como sendo um protesto contra o
desaparecimento das diferenças essenciais na
simplicidade de um vazio universal. Nesse ponto,
Spinoza tinha tanta culpa quanto Schelling.
A verdade é a totalidade
Mente universal
A história da filosofia
Procedimento científico
História e matemática
Esse ponto de vista geral, com seus novos conceitos
de contradição e de evolução da verdade, deverá
responder a duas objeções que o
dogmatismo apresenta como exemplos de verdades
fixas. Não nos parece que as proposições da
história e da matemática sejam imutáveis? Poderá,
a data de nascimento de César, ou o Teorema de
Pitágoras, serem alterados?
Ser é pensamento
Certeza sensível
A LÓGICA
As categorias
1. Qualidade
1. Ser
1. Ser
2. Nada
3. Tornando-se
2. Ser Determinado
1. Qualidade
2. Limite
3. Verdadeiro Infinito
3. Ser para-si
1. O Uno
2. O Múltiplo
3. Repulsão e atração
3. Medida{(subcategorias omitidas)
...
7. O Conceito Subjetivo
9. A Ideia
1. Vida
2. Cognição
3. A Ideia Absoluta
X. Arte
1. O Belo em Geral
2. Os Tipos de Arte
1. Arte Simbólica
2. Arte Clássica
3. Arte Romântica
3. As Artes Particulares
Y. Religião
1. Religião em Geral
2. Religião Definida
3. Religião Absoluta
Z. Filosofia
Nada incognoscível
Arthur Schopenhauer
Ludwig Feuerbach
O Materialismo dialético
Coletivismo
Muito religioso
Atividade humana
O abandono da razão
O indivíduo
A igreja estatal
Se Hegel e Marx são criticados, o cristianismo
tradicional, ainda mais. A reconciliação de Hegel
com o Estado produziu a mediocridade do cidadão
cristão. A opinião comum era a de que alguém é
cristão simplesmente em virtude de ter nascido na
Dinamarca. O próprio Estado é cristão, e
consequentemente, uma cristandade confere um
status de cristão. Quão diferente, quão oposto ao
cristianismo original! Se fosse perguntado a um
estadista romano, se o cristianismo seria um bom
Estado religioso, ele teria considerado a ideia
ridícula. Cristãos são aqueles que, resoluta e
apaixonadamente, renunciaram ao mundo, e o
mundo é concentrado no Estado. O Estado romano
indicaria, digamos, mil oficiais para perseguir
o cristianismo. Isso não chegaria nem perto do
perigo apresentado pela prática dos Estados
modernos, que indicam mil oficiais para
protegerem o cristianismo, pagos para assegurarem
que o povo se chame de cristão, permanecendo
ignorante quanto ao que é realmente o cristianismo.
Medíocre, sem face, homens-massa sem paixão ou
decisão! Na natureza, o indivíduo é meramente
uma instância das espécies; qualquer um que
promova um cruzamento de ovelhas muda todos os
indivíduos do rebanho. Mas a religião não é uma
questão de espécies, e será tolice supor que pais
cristãos automaticamente produzam filhos cristãos.
O desenvolvimento espiritual é essencialmente
individual; e a cura da sociedade é a cura de
indivíduos. Mas como a sociedade tem medo dos
individualistas, tal cura não será fácil. Ela
será sangrenta; não sanguinária como a revolução e
a batalha comunistas, mas um derramamento do
sangue de mártires.
Subjetividade da verdade
Desenvolvimento recente
O irracionalismo, uma vez que apelava a uma
reação apaixonada da parte daqueles que honram a
consistência lógica, recebeu, finalmente, ampla
aceitação. A morte do protestantismo europeu
continuou através da última metade do século 19, e
o protestantismo norte-americano logo foi
gradualmente se conformando. Um tipo de
pensamento, chamado de modernismo, veio a
controlar as igrejas com sua ênfase no progresso
natural e voluntário da raça humana. Segundo
Herbert Spencer, que, ainda que não fosse um líder
eclesiástico, vocalizou os
sentimentos prevalecentes nos seus dias: o mal
estava para se desvanecer da face da Terra. Mas a
Primeira Guerra Mundial mostrou à Europa, e a
Segunda Guerra, à América, que o pensamento
modernista estava baseado em uma ilusão. Entre as
duas guerras, Kierkegaard, que havia permanecido
no esquecimento, na Dinamarca, foi descoberto. A
primeira metade do século 20 estava madura para o
irracionalismo. Karl Barth foi o primeiro que atraiu
a atenção na Europa, e, um pouco menos, Emil
Brunner conquistou a liderança do protestantismo
norte-americano.
Embora este livro, exclua desta visão geral, em
princípio, os filósofos vivos, uma exceção menor
talvez seja permitida, com o propósito de
acrescentar uma pequena evidência que demonstra
a continuidade do irracionalismo nos movimentos
de nossos dias. Em seu Encontro Divino-Humano,
Brunner atribui às palavras um significado apenas
instrumental, e, para ele, mesmo seu
conteúdo conceituai, não seria a própria coisa, mas
apenas sua estrutura. As palavras, as sentenças, os
conteúdos conceituais não precisariam ser
objetivamente verdadeiros, e de fato, “Deus pode ...
falar sua Palavra a um homem, até mesmo, por
meio de falsa doutrina”. Os existencialistas, isto é,
Martin Heidegger (1889-1976) e Jean-Paul Sartre
(1905-1980), desenvolveram esse irracionalismo de
forma ateísta. Porém, se Deus puder mentir, e se
conceitos forem falsos, parecerá haver pouca
diferença restante entre ateísmo e fraseologia
piedosa.
FRIEDRICH NIETZSCHE
Evolução
O eterno retorno
As formas da razão
PRAGMATISMO
Augusto Comte
Émile Durkheim
WILLIAM JAMES
A serpente do racionalismo
Verdade e falsidade
Empirismo religioso
Incerteza e risco
F. C. S. SCHILLER
Consequências práticas
Em oposição ao Absolutismo, que começa com a
verdade e atrasa o máximo possível a consideração
do erro, Schiller abre seu livro, Estudos no
Humanismo, com o problema da distinção entre
verdade e erro. Os absolutistas são sábios em evitar
a questão porque o intelectualismo racionalista,
realmente não tem respostas. A única solução para
o racionalismo é não admitir as consequências
práticas da proposição a ser testada.
A teoria do homem-medida
Pessimismo e discordância
Lógica pragmática
A produção da verdade
JOHN DEWEY
Pseudoproblemas
Behaviorismo
Experiência
Operacionalismo
Implicações éticas
Nós concordamos?
NOTA CONCLUSIVA
39 Ibid..X. 126.
40 Alexandre Afrodisio, em H. von Arnim,
Stoicorum Veterum Fragmenta,
Hildesheim 1964,11,310.
41 Plutarco, em H. von Arnim, Stoicorum
Veterum Fragmenta, Hildesheim 1964, II, 380.
42 Agostinho. A cidade de Deus, V, i, ix.
43 No A cidade de Deus, XII, vi, Agostinho toma
emprestada esta ilustração para provar a liberdade
de vontade. Ele pressupõe, entretanto, que os dois
homens sejam iguais em termos de mente e de
caráter.
44 No judaísmo dos tempos romanos, por
exemplo, por mais hipócritas que tenham sido, os
fariseus professavam uma virtude estrita, enquanto
os saduceus ultrapassavam os epicureus quanto à
vida negligente. Contudo, eram os meticulosos
fariseus, e ainda mais os estritos essênios, que eram
deterministas; e os saduceus eram os que criam no
livre-arbítrio. A proximidade dos fariseus em
relação ao estoicismo, pelo menos nos pontos
mencionados, pode ser vista em Antiguidades
dosJudeusXSI\\\, i, 3, de Flavio Josefo; “Os
fariseus... vivem com simplicidade e desprezam
finuras dietéticas, seguindo a conduta da razão... e
enquanto afirmam que todas as coisas ocorrem
mediante o fado, também não retiram a liberdade
do homem, de agir do modo como julgar adequado,
uma vez que sua noção é a de que aprouve a Deus
estabelecer uma maneira pela qual sua vontade seja
feita e, ao mesmo tempo, o homem possa agir de
modo virtuoso ou vicioso” Cf. Antiguidades XIII,
v, 9; e Guerras II, viii, 14.
45 Há fortes declarações de teologia negativa, em
Plotino. Contudo, Paul Henry recentemente
chamou a atenção para um veio positivo do
pensamento de Plotino. Em V, iv, 2 e V, vi, 2, o
Uno é chamado de inteligível. Em cerca de sessenta
casos, pronomes masculinos são usados para
indicar o neutro Uno. Isso fica obscurecido em
textos impressos porque os editores modernos têm
feito conexões linguísticas erradas a fim de
conformar o texto a regras de gramática. Assim, em
VI, viii, 13 e VI, viii, 16, o Uno é descrito
como alma viva racional. Embora tal passagem seja
prefaciada por um comentário sobre a falta de
precisão da descrição, alguns de seus termos
ocorrem em seções mais técnicas. Henry conclui
que a teologia negativa de Plotino deva ser
complementada por uma teologia positiva.
46 W. T. Jones, A History ofWestern Philosophy
(Hardcourt, Brace & co., 1952), Vol. 1,298,300,
301.
47 E. Vernon Arnold, Roman Stoicism
(Cambridge University Press, 1911), XVII.
48 C. Ackermann, O Elemento Cristão em Platão
(T&T. Clark, 1861).
49 Para mais detalhes, ver]. Gresham Machen,
The Origin ofPaul’s Religion (Macmillan, 1921).
Uma tradução de quatro dos tratados e de algumas
notas é encontrada em Sélection from
HellenisticPhilosophy, do autor deste livro (E S.
Croît & Co, 1940).
50 Vittorio D. Macchioro, From Orpheus to Paul
(Henry Holt & Co., 1930), 203-204.
51 Filo, De Opificio IV, 16.
52 Filo, De Opificio II, 8.
53 Filo, De Opificio VI, 24.
54 Esta é a interpretação de H. A. Wolfson em
Philo (Harvard University Press, 1947). Cf. James
Drummond, Philo fudaeus, 1888; e Emile Bréhier,
Les Idées philosophiques et religieuses de Philon
dAlexandrie (Paris, 1925)
55 Filo, Interpretação Alegórica II, 1.
56 Filo, Interpretação Alegórica III, xxxiii, 100-
102.
57 Filo, DeMutationeNominum, II, 7-11.
58 Filo, Quaestiones in Genesin, II, 54.
59 Cf. B. B. Warfield, Studiesin Tertullian
andAugustine (Oxford University Press, 1930).
60 Para saber mais sobre a doutrina e seu
significado, ver Atanásio, De Decretis e W G. T.
Shedd, A History of Christian Doctrine (Charles
Scribner, 1864).
61 Agostinho, A cidade de Deus, XI, 26; Cf. De
Libero Arbítrio [O livre-arbítrio] II, 3.
62 Agostinho, Confissões, V, iv, 7 (São Paulo,
Nova Cultura, 1.999, tradução de J. Silveira Santos,
S. J. e A. Ambrósio de Pina, S. J.).
63 Agostinho, De Trinitate [A Trindade] V, 10,ii.
64 Ibid., VI, 7,8.
65 Ibid., V, 2, 3.
66 Ibid., VIII, 5,10.
67 Agostinho, De Ordinell, 16 ,44 e 18,47.
68 Em latim, facio tem ambos os sentidos, fazer,
produzir, e realizar, criar, que são difíceis de
traduzir para o português. O argumento soa melhor
em latim: Antequamfaceret deus caelum et terram,
no faciebat aliquid. Si enim faciebat, quid nisi
creaturum facie bat? Agostinho, ConfissõesXl, xii,
14.
69 Agostinho, A cidade de Deus, XI, 6; XII, 15.
70 Agostinho, ConfissÕesYA, xiv, 17.
71 Agostinho, A cidade de Deus, VIII, xi.
72 Ibid., XII, ii.
73 Agostinho, ConfissõesVII, xii, 18.
74 W. T. Jones, A History ofWestem Philosophy
(Nova York; Harcourt, Brace and Co., 1952),Vol.
1,390, 346.
75 Cf. “A Era Helénica”, cap. 4, p. 127s.
76 Agostinho, Confissões I, i, 1.
77 [N.R.] Tradicionalmente chamado nos escritos
acadêmicos contemporâneos como Pseudo-
Dionísio Areopagita.
78 Pseudo-Dionísio, De mystica theologia 1:1
79 Pseudo-Dionísio, Divine Names 2:10.
80 Eriu ou Erian: Escócia Maior na língua celta
(NR).
81 Anselmo, Monologium XVII.
82 Anselmo, Proslogium, II (Open Court
Publishing Co., 1926), cap. II.
83 No original inglês as citações de Tomás, aqui
traduzidas, são da edição de Anton C. Pegis, Basic
Writings of St. Thomas Aquinas (Random House,
1945), citadas com permissão.
84 Tomás, De Veritate, Questão 14, Artigos 1, 2 e
9.
85 Ibid., Questão 10, Artigo 12.
86 Tomás, Summa Theologica, Parte 1, Questão 2,
Artigo 2.
87 Tomás, Summa Theologica Parte 1, Questão 2,
Artigo 3.
88 Tomás, Summa Theologica Parte I, Questão
17, Artigo 3.
89 Snark é uma palavra inventada por Lewis
Carrol, provavelmente uma mistura de serpente
(snake) e tubarão (sharp) para denominar seu
animal imaginário, no poema “Caça ao Snark".
90 W. R. Newbold e R. G. Kent, The
CipherofRogerBacon (University of
Pennsylvania Press, 1928).
91 Tais frases vêm de “Discurso sobre o Método”,
de Descartes, mas a ma.cc pocK Óz exposição se
encontra nas Meditações Metafísicas.
92 Descartes, Principia Philosophiae, I, xli.
93 Descartes, Principia Philosophiae., II, iv.
94 Ihid., II, x.
95 [N.T.] O leitor deve se lembrar do neologismo
já citado, formado das palavras inglesas snake
(cobra) mais shark (tubarão).
96 Spinoza, Ethica Ordine Geométrico
Demonstrata, Parte II, Definição i.
97 Spinoza, Ethica Ordine Geométrico
Demonstrata, Parte II, xiii, Lema 3.
98 Ibid., Parte III, xii.
99 Spinoza, Ethica Ordine Geométrico
Demonstrata, Parte III, ii
100 Spinoza, Ethica Ordine Geométrico
Demonstrata, Parte II, vii, nota.
101 Ibid., Parte II, xiii, nota.
102 Spinoza, Ethica Ordine Geométrico
Demonstrata, Parte I, Apêndice
103 Spinoza, Ethica Ordine Geométrico
Demonstrata, Parte IV, Prefácio.
104 Ibid., Parte IV, xxvii.
105 Spinoza, Ethica Ordine Geométrico
Demonstrata, Parte IV, lxxiü, nota.
106 Ibid., Parte IV, i, nota.
107 Spinoza, Ethica Ordine Geométrico
Demonstrata, Parte V, vi, nota.
108 Spinoza, Ethica Ordine Geométrico
Demonstrata, Parte V, xxix, nota; ver II, xlv, nota.
109 Spinoza, Ethica Ordine Geométrico
Demonstrata, Parte V, xxx e xxxi, nota.
110 Ibid., Parte V, xx, nota.
111 Ibid., Parte V, xxiii.
112 Spinoza, Ethica Ordine Geométrico
Demonstrata, Parte V, xxc.
113 Ibid., Parte V, xxii
114 Leibniz, Discurso sobre MetafisicaXll.
115 Leibniz, Discurso sobre Metafísica XXII.
116 Ibid.
117 Ibid., X.
118 Locke, Um Ensaio Acerca do Entendimento
Humano II, i.l.
119 Ibid. ,1, i, 8
120 Ibid., II, i, 2.
121 Locke, Um Ensaio Acerca do Entendimento
Humano II, viii, 7.
122Locke, Um Ensaio Acerca do Entendimento
Humano II, xxiii, 1.
123Locke, Um Ensaio Acerca do Entendimento
Humano II, xxiii, 2.
124 Locke, Um Ensaio Acerca do Entendimento
Humano II, xxiii, 16.
125 Locke, Um Ensaio Acerca do Entendimento
Humano IV, iv, 1.
126 Locke, Um Ensaio Acerca do Entendimento
Humano IV, iv, 4-12.
127 Ibid., IV, iv, 4-12.
128 Locke, Um Ensaio Acerca do Entendimento
Humano IV, iv, 12.
129 Berkeley, Tratado Sobre os Princípios do
Conhecimento Humano, parágrafo ix.
130 Ibid., parágrafo x.
131 Berkeley, Tratado Sobre os Princípios do
Conhecimento Humano., parágrafo xiii.
132 Ibid., parágrafo xii.
133 Berkeley, Tratado Sobre os Princípios do
Conhecimento Humano, parágrafo xxii.
134 Ibid., parágrafo xxiv.
135 Berkeley, Tratado Sobre os Princípios do
Conhecimento Humano, parágrafo i-iv.
136 Berkeley, Tratado sobre os Princípios do
Conhecimento Humano, parágrafos xxxv, xl.
137 Ibid., parágrafo xxvii.
138 Berkeley, Tratado Sobre os Princípios do
Conhecimento Humano, parágrafo cxl.
139 Ibid., parágrafos cxlv, cxlvi.
140 Ibid., parágrafo cl.
141 Berkeley, Tratado Sobre os Princípios do
Conhecimento Humano, parágrafo cvii.
142 Hume, Tratado da Natureza Humana, 1.
143 Hume, Investigação Acerca do Entendimento
Humano (Seção II).
144 Hume, Tratado da Natureza Humana, nota de
rodapé 1.
145 Na Advertência do Autor, ao seu livro
Investigação, Hume aparentemente se retrata de seu
trabalho inicial, Tratado da Natureza Humana. Ele
o teria enviado muito cedo para publicação. A obra
continha algumas negligências no arrazoado e, mais
ainda, na expressão. Teria sido um trabalho juvenil
que o autor jamais reconheceu; e “doravante
o autor deseja que as seguintes peças sejam
consideradas como apenas contendo seus
princípios filosóficos”. Ora, uma vez que o
argumento contra a substância espiritual está
fundamentado somente no Tratado, Hume parece
repudiar o argumento. Entretanto, a Advertência
do Autor fala de algumas, não de muitas
negligências, e admite que muito do arrazoado
feito na Investigação é encontrado no Tratado. A
concordância substancial entre as duas obras,
e especialmente a premência que a negação do
espírito é derivada de seus princípios comuns, toma
improvável que Hume tenha deixado
conscientemente de manter o ponto em
questão. Certamente ele jamais veio a afirmar a
existência do espírito, nem jamais substituiu a
noção omitida, por outra. Até mesmo, no caso de
ele haver abandonado sua posição inicial,
o argumento contra a existência do espírito
desempenhou um papel na história da filosofia e
deveria ser notado.
146 Hume, Tratado da Natureza Humana, I, iv, 6.
147 Hume, Investigação Acerca do Entendimento
Humano, IV, ii
148 Hume, Investigação Acerca do Entendimento
Humano, IV, ii
149 Hume, Investigação Acerca do Entendimento
Humano, V, i.
150 Hume, Investigação Acerca do Entendimento
Humano, seção XI.
151 Surge aqui, um ponto interessante, ainda que
menor. Kant diz que uma contradição poderá
ocorrer apenas em conexão com juízos analíticos,
jamais com juízos sintéticos (B. 626). Porém, uma
vez que juízos sintéticos apriori são universais e
necessários, não seria uma contradição afirmar seus
sujeitos enquanto seu predicado é negado? E claro,
os racionalistas não dizem que “Deus existe” seja
um julgamento sintético a priori.
152 Immanuel Kant. Critique ofPractical Reason,
tradução inglesa deT. K. Abbott (Longmans,
Green&Co., 1909), 189-191.
153 Kant, Princípios Fundamentais da Metafísica
da Moralidade, cap. III (final).
154 O sumário seguinte cobre os parágrafos 62-
76.
155 [N.T.] Dingan sich é uma expressão alemã
usada por Kant para dizer: a coisa em si mesma.
156 Nas últimas sentenças, voltamos ao próprio
Pretaoc
157 A comparação entre Hegel e Kant segue G. R.
G Mure, Introduction an Hegel (Oxford University
Press, 1940), cap. IX.
158 Bruno Bauer, ao contrário, argumentou que a
figura de Cristo é fabricação autoconsciente dos
autores dos Evangelhos. Eles sequer foram bem-
sucedidos em traçar a conexão do “Jesus histórico”
com o “Cristo teológico”.
155 Marx, The German Ideology, editada por R.
Paschal, 22.
160 Cf. p. 129.
161 Cf. p. 99.
162 William James, Pragmatismo, 19.
163 Nietzsche, Além do Bem e do Mal, 1.4.
164 Schiller, Studies in Humanism (Macmillan
Co., 1907), 37-38.
165 Schiller, Studies in Humanism xxvi.
166 Ibid., 157.
167 Schiller, Studies in Humanism, 164.
168 Schiller, Studies in Humanism, 92.
169 Schiller, Studies in Humanism, 86.
170 Schiller, Studies in Humanism, 145-146.
171 Schiller, Studies in Humanism, 158.
172 John Dewey e Arthur E Bentley, Knowing
and the Known [O conhecer e o conhecido]
(Boston: Beacon Press, 1949), 317.
173 Dewey, Human Nature and Conduct (Henry
Holt e Co, 1922), 93.
174 Dewey, Experience and Nature (Open Court
Pub. Co., 1922), 278-279.
175 Dewey, Knowing and the Known, 51-52, 55-
56.
176 Dewey, Reconstruction in Philosophy (Henry
Holt and Co., 1920), 89-90, 138.
177 Paul Arthur Schilpp, The Philosophy of John
Dewey (Evanston: Northwestern University, 1939),
535.
178 Reconstruction in Philosophy, 150-154.
179 Reconstruction in Philosophy, 91.
180 Dewey, Knowing and the Known, 77, nota 15.
181 Dewey, Knowing and the Known 5, 33, 38.
182 Dewey, Human Nature and Conduct, 33, 52,
87, 175-177.
183 Dewey, Experience and Nature, 282.
184 Schilpp, The Philosophy of John Dewey, 555.
185 Dewey, Knowing and the Known, 6, 47, 48,
50.
186 Dewey, Experience and Nature, 2.
187 Schilpp, The Philosophy of John Dewey, 535.
188 Dewey, The Quest for Certainty, cap. IV.
189 Dewey, The Quest for Certainty, 110.
190 Dewey, Reconstruction in Philosophy, 156.
191 Ibid., 137.
192Dewey, The Quest for Certainty, 18; Experience
and Nature, 394.
193 Dewey, The Quest for Certainty, 273.
194 Dewey, Reconstruction in Philosophy, 73.
195 Dewey, The Questfor Certainty, 269;
Reconstruction in Philosophy, 15.
196 Dewey, The Quest for Certainty, 278.
197 John Dewey e James H. Tufts, Ethics (Nova
York: Henry Holt, 1908), 265, 292.
198 Dewey, Reconstruction in Philosophy, 146,
157.
199John Dewey, The Problems of Men (Nova York:
Philosophical Library, 1946),
178-179.
40.18,25,
17.34, 210
1.1, 162 178
Deuteronômio,
181 Mateus
11.15-27,
2Pedro
182
10.21,22,
Colossences
182
ANTIGUIDADE EM GERAL
CAPÍTULO 1. Os PRÉ-SOCRÁTICOS
CAPÍTULO 3. ARISTÓTELES
1909.
Company, 1929.