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Operação
Accelo 915 C
Técnicas de Operação - 915 C
Índice
Apresentação .............................................................................................................................................................. 3
Identificação de veículos ............................................................................................................................................. 4
Painel de instrumentos ................................................................................................................................................ 5
Diagrama de navegação painel - 915 C ......................................................................................................................... 6
Sistema ADW ............................................................................................................................................................... 7
Utilização do chaveiro ........................................................................................................................................... 7
Desabilitando o alarme sem o chaveiro .................................................................................................................. 8
Seqüência para ligar o alarme ................................................................................................................................. 9
Alarme ligado ......................................................................................................................................................... 9
Situações de disparo do alarme ............................................................................................................................. 9
Alarme disparado ................................................................................................................................................... 9
Sequencia para desligar o alarme ........................................................................................................................... 9
Recursos adicionais do alarme .............................................................................................................................. 10
Gravação do chaveiro ........................................................................................................................................... 10
Função trava automática ....................................................................................................................................... 10
Relatório po LED ................................................................................................................................................... 10
Gravação de um novo chaveiro transmissor .......................................................................................................... 11
Problemas e soluções ........................................................................................................................................... 12
Baterias internas do sistema ADW ......................................................................................................................... 13
Inspeção diária ........................................................................................................................................................... 14
Inspeção periódica ..................................................................................................................................................... 15
Condução do veículo ................................................................................................................................................. 17
Partida do motor ................................................................................................................................................... 17
Aquecimento/movimentação do veículo ............................................................................................................... 17
Parada do motor ................................................................................................................................................... 17
Operação da embreagem ............................................................................................................................................ 18
Freios ......................................................................................................................................................................... 19
Freio de serviço .................................................................................................................................................... 19
Freio motor / Top Brake ...................................................................................................................................... 20
Freio de estacionamento ou freio de emergência .................................................................................................. 22
Pneus ........................................................................................................................................................................ 23
Cuidados com pneus e rodas ............................................................................................................................... 23
Pressão dos pneus .............................................................................................................................................. 23
Corpos estranhos ................................................................................................................................................. 24
Impactos .............................................................................................................................................................. 24
Conceitos de condução econômica ........................................................................................................................... 25
Conceitos básicos .................................................................................................................................................... 26
O que é torque ..................................................................................................................................................... 26
O que é potência .................................................................................................................................................. 26
O que é trem de força ........................................................................................................................................... 27
O que é inércia ..................................................................................................................................................... 28
O que é velocidade média .................................................................................................................................... 28
Resistências ao deslocamento do veículo .................................................................................................................. 29
Dicas de operação ...................................................................................................................................................... 31
Global Training. 1
Técnicas de Operação - 915 C
2 Global Training.
Técnicas de Operação - 915 C
Apresentação
Todas as influências que se pode exercer sobre uma maneira correta e econômica de dirigir somente
serão materializadas por intermédio do Motorista, ou seja, só ele pode convertê-Ias em realidade.
O Motorista deve extrair todas as possibilidades que o veículo oferece, assim como das demais
condições que influem sobre a rentabilidade e a durabilidade do veículo.
Dirigir economicamente, de forma segura e protegendo o meio ambiente faz parte de uma nova
filosofia de trabalho que o Motorista começa a por em prática, antes mesmo de sentar-se
ao volante.
Os veículos evoluem, os motores tornam-se mais potentes e econômicos, a eletrônica facilita desde
a transmissão até os freios. Esta evolução é um convite à adaptação do Motorista, abandonando
antigos conceitos e comportamentos.
A Mercedes-Benz dedica este material a você que está junto nesta viagem, evoluindo a cada dia,
comprometido com o progresso e com a preservação dos recursos naturais.
Global Training. 3
Técnicas de Operação - 915 C
Identificação de veículos
A Mercedes-Benz fabrica seus produtos com uma grande variedade de modelos, tipos e versões,
identificados por diferentes siglas e números.
Objetivando a criação de uma linguagem comum entre fabricante, concessionários e clientes, estas
codificações são aplicadas nas plaquetas de identifrcação dos veículos e agregados, em seus
certificados de registro e nas literaturas técnicas e promocionais.
Caminhão 915 C
915 C
City
OM 904 LA
Turbo alimentado
Intercooler
Nr. do projeto
4 Global Training.
Técnicas de Operação - 915 C
Painel de instrumentos
Apresentação
O Painel de Instrumentos é constituido de um conjunto de equipamentos que tem por finalidade
possibilitar a Comunicação da Máquina com o Motorista.
A correta interpretação e a observação sistemática do Painel pelo Motorista durante a operação,
constitui-se em um importante passo rumo à melhoria da qualidade da operação.
Global Training. 5
Técnicas de Operação - 915 C
6 Global Training.
Técnicas de Operação - 915 C
Sistema ADW
Desliga
Utilização do chaveiro
Pânico
Liga
ADW 001.jpeg
Aux
adwtab001
Global Training. 7
Técnicas de Operação - 915 C
Chave master
A chave master tem a função de permitir a
desabilitação completa do sistema de alarme,
fazendo com que ele não responda ao chaveiro
e nem dispare. Isso é útil quando o veículo ficar
com uma pessoa que não saiba operar o alarme
como por exemplo em oficinas mecânicas.
Também pode ser utilizada caso o chaveiro seja
danificado ou perdido.
adw 004.jpg
Enquanto o alarme estiver em modo DESABILITADO o sistema ADW não responderá a nenhum
comando do chaveiro.
8 Global Training.
Técnicas de Operação - 915 C
Alarme ligado
O led pisca lentamente avisando que o alarme está ligado. Qualquer violação ao interior do veículo
ou à cabine basculante será detectada e advertida pelo alarme.
Alarme disparado
1°) A sirene toca de forma continua durante 60 segundos; 2°) As setas piscam por 75 segundos;
3°) O led pisca rapidamente.
Essa seqüência é equivalente a um ciclo de disparo.
Após 8 ciclos consecutivos de disparo, a central ignora a entrada (ignição, porta basculante) que
causou os disparos, até que ele volte a condição normal.
Após 4 ciclos de disparo provocados pelo sensor de ultra-som, ele é cancelado, até o alarme ser
novamente ligado, mantendo a segurança e economizando a bateria do veículo.
Ao final de cada ciclo de disparo, o módulo central de processamento, verifica a causa. Se a causa
ainda persiste (por exemplo porta aberta), inicia-se outro ciclo de disparo de mais 75 segundos.
Caso contrário, o alarme é ativado novamente, retornando ao monitoramento de todas as entra-
das.
Reativação automática:
Se após a desativação do alarme, nenhuma das entradas (ignição, portas, basculante ou sensor de
ultra-som) for ativada dentro de 30 segundos, o alarme será reativado automaticamente (travando
as portas), protegendo assim contra desativação acidental.
Global Training. 9
Técnicas de Operação - 915 C
Gravação do chaveiro
Caso seja necessária a substituição ou a adição de mais um chaveiro ao alarme (até quatro chavei-
ros no máximo) basta ir a uma revenda comprar um chaveiro PX60 433,92 MHz e pedir sua progra-
mação.
Essa função trava as portas 5 segundos após a ignição ter sido ligada (todas as portas devem estar
fechadas) e destrava ao desligar a ignição.
O LED acende a meio brilho alertando o motorista que qualquer uma das entradas (porta, basculan-
te) está aberta.
Relatório po LED
Caso tenha ocorrido um disparo enquanto o alarme estiver ligado, esta função indica sua causa. A
indicação é feita através do LED.
A indicação será feita após o alarme ser desligado, enquanto a ignição estiver desligada. A indica-
ção será feita por tempo máximo de 5 minutos.
10 Global Training.
Técnicas de Operação - 915 C
Resposta do alarme:
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Técnicas de Operação - 915 C
Problemas e soluções
12 Global Training.
Técnicas de Operação - 915 C
Uma vantagem adicional do sistema ADW é representada pelas suas baterias internas. Internamen-
te ao módulo ADW, existe um conjunto de baterias recarregáveis cuja função é suprir as necessida-
des do sistema de alarme quando este estiver acionado e a bateria do veículo desconectada, ou
seja, o sistema ADW será capaz de anunciar a desconexão da bateria quando na tentativa de
roubo.
O disparo do sistema ADW, em decorrência da desconexão da bateria do veículo, será semelhante
a de um disparo por abertura de portas, porém as setas não são acionadas.
Caso o veículo esteja com a ignição ligada e o LED indicador esteja aceso, isso indica que as
baterias internas não estão completamente carregadas e que o processo de carregamento está
em progresso.
A substituição das baterias internas do sistema ADW somente devem ser substituídas por pessoal
autorizado.
Global Training. 13
Técnicas de Operação - 915 C
Inspeção diária
Diariamente o veículo requer uma verificação que na maioria das vezes é feita pelo próprio Motorista.
Esta verificação é muito importante porque ela pode evitar ocorrências indesejáveis ou até mesmo
grandes prejuízos.
Apresentamos a seguir um roteiro para os procedimentos:
14 Global Training.
Técnicas de Operação - 915 C
Inspeção periódica
Indicação:
Global Training. 15
Técnicas de Operação - 915 C
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Técnicas de Operação - 915 C
Condução do veículo
Partida do motor
Para colocar o motor em funcionamento, deve-se seguir os seguintes procedimentos:
• Não acione a partida por mais de 10 segundos consecutivos. Caso seja necessária nova
tentativa, aguarde pelo menos 30 segundos antes de acioná-lo novamente.
Aquecimento/movimentação do veículo
ATENÇÃO! Evite manter o motor em funcionamento em marcha-lenta por muito tempo.
Nessa condição a combustão é deficiente e favorece a formação de depósitos
nas câmaras de combustão, nas válvulas de escapamento e ao redor dos anéis
dos êmbolos. Se eventualmente, devido a natureza do serviço, for absolutamente
necessário manter o motor funcionando com o veículo parado, ajustar a rotação
para 1000/min.
O veículo deve ser aquecido como um todo e não somente o motor. Portanto, assim que for
estabelecida a pressão de óleo do motor e a pressão correta de ar, o veículo deve ser colocado
em movimento.
CUIDADO! Não libere o Freio de Estacionamento nem coloque o veículo em movimento
se a pressão de ar em um dos circuitos for inferiors de 5,5 bar.
A movimentação deve iniciar com rotações médias até que o motor atinja 80° C.
Parada do motor
Deixá-lo funcionar pelo menos 30 segundos em regime de marcha lenta antes de girar a chave de
contato para a posição desligada.
Global Training. 17
Técnicas de Operação - 915 C
Operação da embreagem
Ao utilizar a embreagem, o Motorista pode demonstrar sua habilidade na operação do veículo.
Portanto, devem ser observados os seguintes procedimentos:
18 Global Training.
Técnicas de Operação - 915 C
Freios
Freio de serviço
Denomina-se Freio de Serviço o sistema de freio acionado pelo pedal localizado ao lado do acelerador.
O acionamento pneumático é dividido em dois circuitos independentes, sendo um para o eixo dianteiro
e outro para o(s) eixo(s) traseiro(s).
A utilização correta do Freio de Serviço é um fator importante para a Condução Econômica,
porém é muito mais importante para a segurança.
O Freio de Serviço deve ser empregado o indispensável, como em uma parada total do veículo,
correções de velocidade em declives acentuados ou em situações de emergência.
Outras maneiras de frear o veículo devem ser exploradas ao máximo pelo Motorista, tais como
reduções de marchas, freio motor, Top Brake e retardador quando disponível.
A duração da aplicação de Freio de Serviço deve ser a mínima possível. Em descidas longas, em
serras por exemplo, não acione continuamente o Freio de Serviço. O controle da velocidade deve
ser feito com atuações no pedal de freio, de maneira firme e com pouca duração.
Global Training. 19
Técnicas de Operação - 915 C
Fique atento às situações do trânsito e às condições de via para que não seja necessário o emprego
exclusivo do Freio de Serviço na desaceleração do veículo.
Cabe ao Motorista a responsabilidade pela observação do desempenho dos freios. Sua atenção
tem de ser redobrada ao dirigir nas seguintes situações:
• Após a troca de lonas ou reparos no sistema de freios. Durante o período de assentamento
entre as lonas e o tambor ou pastilhas e disco, a eficiência dos freios fica reduzida.
• Após a troca de veículo. Cada veículo tem um comportamento característico, ao qual o
Motorista tem que se adaptar.
• Após a lavagem do veículo ou ao trafegar em pistas molhadas. A frenagem feita com as
lonas ou pastilhas molhadas é deficiente e às vezes desequilibrada (puxa para um lado).
Quando a borboleta do freio motor se fecha, gera uma contrapressão no sistema de escapamento
contra a qual, os êmbolos tem que efetuar o trabalho de exaustão no 4o tempo do motor
(escapamento), resultando na frenagem do motor.
O Freio Motor é um sistema de freio auxiliar que deve ser empregado tanto em frenagens
prolongadas em longos declives como para desacelerações em tráfego normal.
Quanto mais reduzida for a marcha engrenada na caixa de mudanças, maior será a eficiência
do Freio Motor. A correta utilização do Freio Motor não causa danos ao motor e permite prolongar
a vida útil das guarnições e tambores de freio. Em longos declives, a utilização do Freio Motor
poupa o freio de serviço, assegurando sua total eficiência em caso de eventuais emergências.
Quando aplicado o Freio Motor, o motor poderá atingir até a rotação máxima permitida sem que
isto implique em algum dano ao motor.
20 Global Training.
Técnicas de Operação - 915 C
O freio motor com estragulandores contantes (Top Brake) consiste, basicamente, na otimização do
sistema de freio motor convencional, com a incorporação de válvulas de estrangulamento constante
no cabeçote (uma para cada cilindro), as quais, quando abertas permitem a comunicação dos cilindros
do motor com o coletor de escapamento, através de um canal no cabeçote.
Com a potência de frenagem elevada é possível obter, com segurança, velocidades médias em
declives consideradamente mais altas resultante em tempo de viagem mais reduzido. Além disso,
reduz-se também a solicitação do freio de serviço diminuindo o desgaste do freio das rodas,
assegurando sua total eficiência em situações de emergência.
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Técnicas de Operação - 915 C
1 - Freio aplicado
2 - Destravar
3 - Freio desaplicado
O Freio de Estacionamento atua nas rodas traseiras do veículo e tem seu acionamento feito
mecanicamente com a força de aplicação manual ou de molas acumuladoras.
Por ser totalmente independente do freio de serviço, o Freio de Estacionamento pode ser utilizado
como Freio de Emergência.
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Técnicas de Operação - 915 C
Pneus
CUIDADO! Não operar o veículo com os pneus abaixo da pressão. Um pneu inflado abaixo
da pressão recomendada para a carga a ser transportada gera aumento do
consumo de combustível, desgaste rápido e irregular, além do aquecimento
excessivo. O aquecimento excessivo provoca deterioração do corpo do pneu,
podendo resultar na destruição repentina do pneu. Não operar o veículo com
os pneus acima da pressão. A operação com os pneus acima da pressão
recomendada provoca desgaste rápido e irregular e enfraquece o encordoado
do pneu reduzindo sua capacidade de absorção de choques da estrada.
Aumenta também o perigo de cortes, protuberâncias e furos, e pode danificar
os anéis provocando sua falha.
A - Pressão correta
B - Pressão insuficiente
C - Pressão excessiva
Nos eixos traseiros (rodagem dupla), verificar a pressão de ar dos pneus internos e externos.
Se as pressões nos pneus não forem iguais, a distribuição da carga será desigual sobre cada pneu.
Resultando em seu desgaste acelerado. O excesso de carga e sua má distribuição
sobre o veículo, são fatores que reduzem consideravelmente a vida útil dos aros e pneus, além de
comprometerem a segurança do veículo.
Global Training. 23
Técnicas de Operação - 915 C
Corpos estranhos
Eliminar corpos estranhos incrustados na banda de rodagem ou presos entre rodas duplas, que
além de desbalancear as rodas, podem causar danos irreparáveis aos pneus.
Impactos
Ao passar por obstáculos e desníveis abruptos no solo, ou se necessitar subir em guias de calçadas,
faça-o lenta e perpendicularmente, pois impactos violentos com obstáculos dessa natureza podem
causar danos imperceptíveis aos pneus, capazes de provocar acidentes futuros.
24 Global Training.
Técnicas de Operação - 915 C
Quando se fala em Condução Econômica logo se pensa na economia de combustível, item que já
influenciou demasiadamente nos custos de operação. Porém, gostaríamos de apresentar a
Condução Econômica como um conceito muito mais amplo, abrangendo, além da economia de
combustível, a maior durabilidade de componentes sujeitos a desgastes, tais como o motor,
embreagem, freio, pneus, etc.
Os conceitos apresentados neste capítulo já são aplicados em vários países sob as mais diferentes
condições e seus resultados sempre são positivos.
Pouco adianta, em termos práticos, a aplicação apenas da primeira etapa. Se não houver um
acompanhamento contínuo dos resultados, a reciclagem do aprendizado e a disseminação dos
conhecimentos entre os operadores, o esforço inicial se perde por completo e com ele a
credibilidade na possibilidade de melhoria nos resultados.
Ao aplicar os conceitos da Condução Econômica, o motorista pode:
• Reduzir o desgaste físico provocado por horas de trabalho
• Reduzir o consumo de combustível
• Reduzir desgastes de componentes mecânicos
• Evitar falhas de operação
• Aumentar a segurança no trânsito
• Aumentar a velocidade média com segurança
• Reduzir os custos com manutenção
• Contribuir para manter o valor do veículo
• Reduzir a contaminação do meio ambiente.
Global Training. 25
Técnicas de Operação - 915 C
Conceitos básicos
O que é torque
Também conhecido como Momento de Força, Momento de Torção ou Força de Alavanca,
corresponde à força de giro exercida em determinado braço de alavanca e é expresso
em Newton-metro (Nm).
Aplicado ao motor de combustão interna temos uma força P que é a pressão média exercida sobre
o êmbolo. Essa força atua através da biela, sobre o braço R do virabrequim.
Simplificando, o motor produz uma Força de torção (Torque). Essa força de torção é multiplicada
na caixa de mudanças e através da transmissão coroa/pinhão chega até as rodas do veículo.
O torque máximo de um motor diesel se manifesta num regime médio de rotações. Nos chamados
Motores Elásticos, os mais elevados valores de torque se manifestam num regime de rotações
relativamente baixo e se conservam praticamente inalterados em uma extensa gama de rotações,
proporcionando assim maior sustentação de velocidades e exigindo menos troca de marchas.
É na Faixa de Torque do motor que se apresenta o melhor rendimento, com mais força e menor
consumo de combustível.
Nos motores turboalimentados é, justamente nesta faixa de rotações que a alimentação de ar
(Pressão do Turbo) é mais eficiente.
O que é potência
Potência é a medida do Trabalho realizado numa unidade de Tempo.
Como Trabalho é o resultado de uma Força que desloca seu ponto de Aplicação, temos:
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Técnicas de Operação - 915 C
Embora a unidade mais comum para expressar a potência de uma máquina seja o Cavalo Vapor (CV),
a unidade adotada pelo Sistema Internacional de Unidades é o Watt (W) ou, melhor, o quilowatt (kW).
Global Training. 27
Técnicas de Operação - 915 C
O que é inércia
Inércia é, por definição, a resistência que todos os corpos materiais opõem a modificação do seu
estado de movimento.
Aplicando-se na operação de um veículo temos:
• Para colocar um veículo em movimento, tem-se que vencer a inércia de sua massa em
repouso. Considerando-se este procedimento em um terreno plano, podemos acrescentar
que a energia empregada em um dado momento para manter este veículo em movimento é
menor que a energia necessária para colocá-lo em movimento.
• Quanto maior a massa e a velocidade de um veículo, maior será sua inércia. Isto explica
porque um veículo com 45 ton. exige maiores distâncias, tanto para atingir determinada
velocidade quanto para frear, do que um carro de passeio.
Pela importância que a inércia exerce sobre a operação de ônibus e caminhões devemos:
• Aproveitar a inércia quando está a nosso favor, por exemplo, embalado nas situações propicias.
• Dominá-la com habilidade quando se mostra contrária a nossa intenção, ou seja, nas frenagens
ou acelerações.
Distância Percorrida
Velocidade Média =
Tempo Gasto
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Técnicas de Operação - 915 C
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Técnicas de Operação - 915 C
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Técnicas de Operação - 915 C
Dicas de operação
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Técnicas de Operação - 915 C
Apresentamos a seguir alguns exemplos de situações nas quais devemos aplicar esta regra:
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Técnicas de Operação - 915 C
O motor tem mais força e consome menos combustível quando trabalha em rotações médias. É a
chamada Faixa de Torque do motor que, no caso de veículos equipados com tacômetro (contagiros)
é indicada pela faixa verde.
Global Training. 33
Técnicas de Operação - 915 C
A aplicação desta regra visa possibilitar o trabalho do motor dentro do regime ideal pelo máximo
tempo possível, economizando assim rotações do motor e combustível.
A economia de combustível tem um efeito direto e de fácil visualização, enquanto que a economia
de rotações do motor exige cálculos para se tornar evidente.
Tomemos como exemplo a rotação média dos motores de dois veículos iguais operados de forma
diferente em um determinado trajeto.
Se o motor de veículo "A" apresentar ao final do trajeto uma média de rotações de 1.800/min.,
frente a uma média de 2000/min. do motor do veículo "B", teremos uma diferença de 200/min a
cada minuto de operação.
Embora essa diferença de 200/min. pareça pequena a primeira vista, ela se torna significativa
se a projetarmos adiante.
Ela significa que o motor do veículo "B" girou a cada minuto 200 vezes mais que o motor
do veículo "A".
Persistindo a diferença na forma de operação, a cada hora (60 min.) a diferença de rotações é
de 12.000. Isto significa que o virabrequim do motor do veículo "B" deu 12.000 voltas a mais, que
os anéis dos êmbolos se atritaram contra os cilindros subindo e descendo 12.000 vezes a mais
a cada hora de operação.
Podemos ainda projetar esta hora em um dia, um mês ou um ano de trabalho. Ao final teremos
uma boa referência para quantificar o que uma diferença de 200 rotações por minuto pode significar
em termos de energia desperdiçada (o motor consome energia para girar) e da aceleração
do desgaste no componentes móveis do motor.
• Ao trocar de marcha de uma inferior para outra mais alta não há necessidade de acelerar muito;
acelere o suficiente para que a retomada de aceleração atinja o início da faixa verde do contagiro.
Se houver necessidade de troca de marcha em subidas acelere um pouco mais que a faixa verde,
mais ou menos 200 RPM, para não perder o embalo e retomar
a aceleração dentro da faixa de torque.
• Ao trafegar em subidas prolongadas procurar trabalhar com o motor em rotações mais elevadas
o mais próximo do fim da faixa verde, para que se evite uma possível elevação de temperatura
do motor.
34 Global Training.
Técnicas de Operação - 915 C
A utilização racional dos sistemas de freios disponíveis em um veículo (freio motor, retardador,
freio de serviço) é um procedimento que influencia bastante na determinação da vida útil
dos tambores, lonas, válvulas de freio, suspensão e pneus.
Mais importante que a economia possível, é a manutenção dos níveis de segurança através da
correta utilização dos freios.
Especial atenção quanto a esta regra deve ser observada na operação em longos trechos em
declive. Nesta situação, para manter velocidades compatíveis com a segurança, deve-se utilizar ao
máximo as reduções de marchas, freio motor ou retardador.
O sistema de freio de serviço deve ser poupado, sendo utilizado apenas para correções de velocidade
e de rotações do motor. Deve ser utilizado em aplicações firmes e rápidas.
CUIDADO! Em descidas longas, em serras por exemplo, não acione continuamente o freio
de serviço, controlando a velocidade através da dosagem da aplicação.
Global Training. 35