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Vigilância Epidemiológica

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1. SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Na primeira metade da década de 60 consolidou-se, internacionalmente, uma


conceituação mais abrangente de vigilância epidemiológica, em que eram
explicitados seus propósitos, funções, atividades, sistemas e modalidades
operacionais. Vigilância epidemiológica passou, então, a ser definida como “o
conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável para conhecer,
a qualquer momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem como
detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes, com a finalidade de
recomendar oportunamente, sobre bases firmes, as medidas indicadas e eficientes
que levem à prevenção e ao controle de determinadas doenças”.
No Brasil, esse conceito foi, inicialmente, utilizado em alguns programas de
controle de doenças transmissíveis, coordenados pelo Ministério da Saúde. A
experiência da Campanha de Erradicação da Varíola (CEV) motivou a aplicação dos
princípios de vigilância epidemiológica a outras doenças evitáveis por imunização, de
forma que, em 1969, foi organizado um sistema de notificação semanal de doenças,
baseado na rede de unidades permanentes de saúde e sob a coordenação das
secretarias estaduais de saúde.
As informações de interesse desse sistema passaram a ser divulgadas
regularmente pelo Ministério da Saúde, através de um boletim epidemiológico de
circulação quinzenal, editado pela Fundação SESP. Tal processo propiciou o
fortalecimento de bases técnicas que serviram, mais tarde, para a implementação de
programas nacionais de grande sucesso na área de imunizações, notadamente na
erradicação da transmissão autóctone do poliovírus selvagem na região das
Américas.
Em 1975, por recomendação da 5ª Conferência Nacional de Saúde, foi
instituído o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica - SNVE. Este sistema,
formalizado pela Lei 6.259 do mesmo ano e decreto 78.231, que a regulamentou em
1976, incorporou o conjunto de doenças transmissíveis então consideradas de maior
relevância sanitária no país. Buscava-se, na ocasião, compatibilizar a
operacionalização de estratégias de intervenção, desenvolvidas para controlar

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doenças específicas, por meio de programas nacionais que eram, então,
escassamente interativos.

Com a promulgação da lei 8.080, de 1990, que regulamentou o


Sistema Único de Saúde SUS, ocorreram importantes
desdobramentos na área de vigilância epidemiológica.
Conceito de vigilância epidemiológico, segundo a Lei 8.080:
“conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas
de prevenção e controle das doenças ou agravos.

Este conceito está em consonância com os princípios do SUS, que prevê a


integralidade preventivo-assistencial das ações de saúde, e a consequente
eliminação da dicotomia tradicional entre essas duas áreas, que tanto dificultava as
ações de vigilância.

(2016/CONSULPLAN/Prefeitura de Venda Nova do Imigrante – ES) “Conjunto de ações


que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos
fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva. ” A descrição
anterior se refere a:

a) Vigilância sanitária.
b) Indicadores de saúde.
c) Vigilância epidemiológica.
d) Indicadores de morbidade.

Resposta Correta:
c) Vigilância epidemiológica.
Comentário:
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: “conjunto de ações que

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proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.

(2016/FAEPESUL) O conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a


detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos constitui a:

a) Vigilância Nutricional.
b) Vigilância Sanitária.
c) Política Nacional de saúde do trabalhador.
d) Vigilância Ambiental em saúde.
e) Vigilância Epidemiológica.

Resposta Correta:
e) Vigilância epidemiológica.

Comentário:
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: “conjunto de ações que
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.

(2016/INSTITUTO AOCP/EBSERH) De acordo com o que dispõe a Lei 8.080/90,


entende-se por Vigilância Epidemiológica:

a) a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros


insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção
b) a participação na formulação da pol tica e na e ecução de aç es de saneamento sico.
c) um conjunto de aç es que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de sa de individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos.

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d) um conjunto de aç es capa de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à sa de e de intervir
nos pro lemas sanit rios decorrentes do meio am iente, da produção e circulação de ens
e da prestação de serviços de interesse da sa de.
e) o controle de ens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a sa de,
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo.

Resposta Correta:
c) um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecç o ou
prevenç o de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de
sa de individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenç o e controle das doenças ou agravos.

Comentário:
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: “conjunto de ações que
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.

(2015/CISCOPAR/CISCOPAR) Entende-se por _______________________ um conjunto


de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva,
com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos. A expressão que completa CORRETAMENTE a frase é:

a) vigilância epidemiológica
b) vigilância sanitária
c) assistência terapêutica integral
d) vigilância nutricional
e) assistência à saúde do trabalhador

Resposta Correta:
a) vigilância epidemiológica

Comentário:
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: “conjunto de ações que

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proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.

(2015/INAZ do Pará/Prefeitura de Terra Alta – PA) A expressão vigilância


epidemiológica passou a ser aplicada ao controle das doenças transmissíveis na
década de 1950, para designar uma série de atividades subsequentes à etapa de
ataque da Campanha de Erradicação da Malária, vindo a designar uma de suas fases
constitutivas. Tratava-se, portanto, da vigilância de pessoas, com base em medidas
de isolamento ou de quarentena, aplicadas individualmente e não de forma coletiva.
Originalmente, essa express o significava “a observação sistemática e ativa de casos
suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos”. A partir do
exposto leia as assertivas e marque a resposta correta que identifica segundo o
Ministério da Saúde o conceito de vigilância epidemiológica.

a) Um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir


nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens
e da prestação de serviços de interesse da saúde coletiva.
b) Um conjunto de atividades que se destina, através de ações da vigilância sanitária, à
promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e
reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das
condições de trabalho.
c) Um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos.
d) Um conjunto de ações e serviços em saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde,
seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, ela é
organizada de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
e) Um conjunto ações de vigilância sanitária em circunstâncias especiais, como na
ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção
estadual do Sistema Único de Saúde ou que representem risco de disseminação nacional,
ela é organizada de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade
crescente.

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Resposta Correta:
c) Um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de
saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças ou agravos.

Comentário:
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: “conjunto de ações que
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.

1.1 Propósitos e funções da Vigilância Epidemiológica

A vigilância epidemiológica tem como propósito fornecer orientação técnica


permanente para os profissionais de saúde, que têm a responsabilidade de decidir
sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, tornando disponíveis,
para esse fim, informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças e
agravos, bem como dos fatores que a condicionam, numa área geográfica ou
população definida.
A operacionalização da vigilância epidemiológica compreende um ciclo de
funções específicas e intercomplementares, desenvolvidas de modo contínuo,
permitindo conhecer, a cada momento, o comportamento da doença ou agravo
selecionado como alvo das ações, para que as medidas de intervenção pertinentes
possam ser desencadeadas com oportunidade e eficácia.

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São funções da Vigilância Epidemiológica

Análise e
Coleta de dados; Processamento de interpretação dos
dados coletados; dados processados;

Recomendação das
Avaliação da eficácia Promoção das ações
medidas de
e efetividade das de prevenção e
prevenção e controle
medidas adotadas; controle indicadas;
apropriadas;

Divulgação de
informações
pertinentes.

A eficiência do SNVE depende do desenvolvimento harmônico das


funções realizadas nos diferentes níveis. Quanto mais capacitada e eficiente a
instância local, mais oportunamente poderão ser executadas as medidas de controle.
Os dados e informações aí produzidos serão, também, mais consistentes,
possibilitando melhor compreensão do quadro sanitário estadual e nacional e
consequentemente, o planejamento adequado da ação governamental. Nesse
contexto, as intervenções oriundas do nível estadual e, com maior razão, do federal
tenderão a tornar-se seletivas, voltadas para questões emergenciais ou que, pela sua
transcendência, requerem avaliação complexa e abrangente, com participação de
especialistas e centros de referência, inclusive internacionais.

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(2016/SEGPLAN-GO/SEAP-GO) São inúmeras as funções da Vigilância
Epidemiológica, exceto:

a) coleta de dados.
b) processamento de dados coletados.
c) análise e interpretação dos dados processados.
d) recomendação das medidas de controle apropriadas.
e) intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da
circulação de bens, e da prestação de serviços de interesse da saúde.

Resposta Correta:
e) intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da
circulação de bens, e da prestação de serviços de interesse da saúde.

Comentário:
Relembrando: São funções da Vigilância Epidemiológica
Coleta de dados;
Processamento de dados coletados;
Análise e interpretação dos dados processados;
Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas;
Promoção das ações de prevenção e controle indicadas;
Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
Divulgação de informações pertinentes.

(2016/Iniciativa Global/CIAS-MG) Além da coleta, são funções da vigilância


epidemiológica:

a) Processamento de dados e tratamento dos doentes.


b) Processamento, análise de dados e promoção das ações de controle indicadas.
c) Processamento, análise de dados, divulgação de informações e criação de indicadores de
risco ambiental.
d) Processamento, análise de dados e notificação de casos suspeitos de doenças
contagiosas às autoridades judiciais.

Resposta Correta:
b) Processamento, análise de dados e promoção das ações de controle indicadas.

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Comentário:
Relembrando: São funções da Vigilância Epidemiológica
Coleta de dados;
Processamento de dados coletados;
Análise e interpretação dos dados processados;
Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas;
Promoção das ações de prevenção e controle indicadas;
Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
Divulgação de informações pertinentes.

(2016/Instituto Excelência/Prefeitura de Monte Azul Paulista – SP) A vigilância


epidemiológica compreende um ciclo de funções específicas e Inter complementares,
desenvolvidas de modo contínuo, permitindo conhecer, a cada momento, o
comportamento da doença ou agravo selecionado como alvo das ações, de forma que
as medidas de intervenção pertinentes possam ser desencadeadas com oportunidade
e eficácia. São funções da vigilância epidemiológica:

a) Coleta de dados; processamento dos dados coletados; análise e interpretação dos dados
processados; recomendação das medidas de controle apropriadas; promoção das ações de
controle indicadas; avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; divulgação de
informações pertinentes.
b) Consolidação e análise de informações já disponíveis; conclusões preliminares a partir
dessas informações; apresentação das conclusões preliminares e formulação de hipóteses;
definição e coleta das informações necessárias para testar as hipóteses.
c) Reformulação das hipóteses preliminares; comprovação da nova conjectura; definição e
adoção de medidas de prevenção e controle.
d) Nenhuma das alternativas.

Resposta Correta:
a) Coleta de dados; processamento dos dados coletados; análise e interpretação dos
dados processados; recomendação das medidas de controle apropriadas; promoção
das ações de controle indicadas; avaliação da eficácia e efetividade das medidas
adotadas; divulgação de informações pertinentes.

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Comentário:
Relembrando: São funções da Vigilância Epidemiológica
Coleta de dados;
Processamento de dados coletados;
Análise e interpretação dos dados processados;
Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas;
Promoção das ações de prevenção e controle indicadas;
Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
Divulgação de informações pertinentes.

1.2 Coleta de dados e informações

O cumprimento das funções de vigilância epidemiológica depende da


disponibilidade de dados que sirvam para subsidiar o processo de produção de
INFORMAÇÃO PARA AÇÃO. A qualidade da informação depende, sobretudo, da
adequada coleta de dados gerados no local onde ocorre o evento sanitário (dado
coletado). É também nesse nível que os dados devem primariamente ser tratados e
estruturados, para se constituírem em um poderoso instrumento – a INFORMAÇÃO –
capaz de subsidiar um processo dinâmico de planejamento, avaliação, manutenção e
aprimoramento das ações.

A coleta de dados ocorre em todos os níveis de


atuação do sistema de saúde.

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1.3 Tipos de dados

Os dados e informações que alimentam o Sistema de Vigilância Epidemiológica


são os seguintes:

Socioeconômicos e ambientais: permitem quantificar a população


e gerar informações sobre suas condições de vida: número de
Dados demográficos habitantes e características de sua distribuição, condições de
saneamento, climáticas, ecológicas, habitacionais e culturais.
Podem ser obtidos mediante a notificação de casos e surtos, de
Dados de morbidade produção de serviços ambulatoriais e hospitalares, de investigação
epidemiológica, de busca ativa de casos, de estudos amostrais e
de inquéritos, entre outras formas.
São obtidos através das declarações de óbitos, processadas pelo
Sistema de Informações sobre Mortalidade. Mesmo considerando
o sub-registro, que é significativo em algumas regiões do país, e a
Dados de necessidade de um correto preenchimento das declarações, trata-
mortalidade se de um dado que assume importância capital entre os
indicadores de saúde. Esse sistema está sendo descentralizado,
objetivando o uso imediato dos dados pelo nível local de saúde.
A detecção precoce de surtos e epidemias ocorre quando o
sistema de vigilância epidemiológica local está bem estruturado,
com acompanhamento constante da situação geral de saúde e da
Notificação de ocorrência de casos de cada doença e agravo de notificação. Essa
surtos e epidemias prática possibilita a constatação de qualquer indício de elevação
do número de casos de uma patologia, ou a introdução de outras
doenças não incidentes no local e, consequentemente, o
diagnóstico de uma situação epidêmica inicial, para a adoção
imediata das medidas de controle. Em geral, deve-se notificar
esses fatos aos níveis superiores do sistema, para que sejam
alertadas as áreas vizinhas e/ou para solicitar colaboração,
quando necessário.

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1.4 Notificação

Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo


à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão,
para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Historicamente, a
notificação compulsória tem sido a principal fonte da vigilância epidemiológica, a
partir da qual, na maioria das vezes, se desencadeia o processo informação-decisão-
ação.
A listagem das doenças de notificação nacional é estabelecida pelo Ministério
da Saúde entre as consideradas de maior relevância sanitária para o país.
Além das doenças ou eventos de “notificação imediata” (informação r pida –
ou seja, deve ser comunicada por e-mail, telefone, fax ou Web). A escolha dessas
doenças obedece a alguns critérios, razão pela qual essa lista é periodicamente
revisada, tanto em função da situação epidemiológica da doença, como pela
emergência de novos agentes, por alterações.
Os dados coletados sobre as doenças de notificação compulsória são incluídos
no Sistema Nacional de Agravos Notificáveis (SINAN). Estados e municípios
podem adicionar à lista outras patologias de interesse regional ou local, justificada a
sua necessidade e definidos os mecanismos operacionais correspondentes. Entende-
se que só devem ser coletados dados para efetiva utilização no aprimoramento das
ações de saúde, sem sobrecarregar os serviços com o preenchimento desnecessário
de formulários.

Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou


agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde
ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção
pertinentes.

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Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação
compulsória devem obedecer aos critérios a seguir:

Aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes


Magnitude contingentes populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência,
prevalência, mortalidade e anos potenciais de vida perdidos.
Potencial de Representado pelo elevado poder de transmissão da doença, através de
disseminação vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva.
Expressa-se por características subsidiárias que conferem relevância
especial à doença ou agravo, destacando-se: severidade, medida por taxas
de letalidade, de hospitalização e de sequelas; relevância social, avaliada,
subjetivamente, pelo valor imputado pela sociedade à ocorrência da
Transcendência doença, e que se manifesta pela sensação de medo, de repulsa ou de
indignação; e relevância econômica, avaliada por prejuízos decorrentes de
restrições comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e
laboral, custos assistenciais e previdenciários, entre outros.

Medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de


Vulnerabilidade prevenção e controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços
de saúde sobre indivíduos e coletividades.
Relativos ao cumprimento de metas continentais ou mundiais de controle,
Compromissos de eliminação ou de erradicação de doenças, previstas em acordos
internacionais firmados pelo governo brasileiro com organismos internacionais.

Ocorrência de São situações que impõe notificação imediata de todos os eventos de


emergências de saúde que impliquem risco de disseminação de doenças, com o objetivo de
saúde pública, delimitar a área de ocorrência, elucidar o diagnóstico e deflagrar medidas
epidemias e de controle aplicáveis. Mecanismos próprios de notificação devem ser
surtos instituídos, com base na apresentação clínica e epidemiológica do evento.

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ATENÇÃO!

O caráter compulsório da notificação implica responsabilidades


formais para todo cidadão e uma obrigação inerente ao exercício da
medicina, bem como de outras profissões na área de saúde. Mesmo
assim, sabe-se que a notificação nem sempre é realizada, o que
ocorre por desconhecimento de sua importância e, também, por
descrédito nas ações que dela devem resultar.

Aspectos da Notificação

Notificar a simples suspeita da doença ou evento. Não se deve aguardar a confirmação do


caso para se efetuar a notificação, pois isso pode significar perda da oportunidade de intervir
eficazmente.

A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico-sanitário
em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos.

O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de
casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um
indicador de eficiência do sistema de informações.

Além da notificação compulsória, o Sistema de Vigilância Epidemiológica pode


definir doenças e agravos como de notificação simples. O Sistema Nacional de
Agravos de Notificação (SINAN) é o principal instrumento de coleta dos dados de
notificação compulsória.

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(2016/Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ) A comunicação da ocorrência de determinada
doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária, por profissionais de saúde ou
qualquer cidadão, é conhecida como:

a) subnotificação
b) vigilância epidemiológica
c) vigilância em saúde
d) notificação
.
Resposta Correta:
d) notificação

Comentário:
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita
à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção
de medidas de intervenção pertinentes.

(2014/BIO-RIO/Fundação Saúde) O procedimento fundamental para o bom


funcionamento da vigilância epidemiológica é a:

a) notificação.
b) investigação.
c) avaliação.
d) informatização.
e) informação.

Resposta Correta:
a) notificação

Comentário:
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita
à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção
de medidas de intervenção pertinentes. Essa comunicação é imprescindível para que sejam
tomadas as medidas necessárias inerentes à vigilância epidemiológica.

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1.5 SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) compreende o


conjunto articulado de instituições do setor público e privado, componente do Sistema
Único de Saúde (SUS) que, direta ou indiretamente, notifica doenças e agravos,
presta serviços a grupos populacionais ou orienta a conduta a ser tomada para o
controle dos mesmos.
Reorganização do Sistema de Vigilância Epidemiológica: desde a
implantação do SUS, o SNVE vem passando por profunda reorganização
operacional, para adequar-se aos princípios de descentralização e de integralidade
da atenção à saúde. Esse processo encontra-se em fase mais adiantada, na área de
assistência médica, na qual a transferência de recursos, ações e atividades vinha
ocorrendo desde a publicação da Norma Operacional Básica de 1993 (NOB/93).
Diferentemente, até meados da década de 1990, o financiamento das ações de
vigilância epidemiológica era realizado mediante convênios do governo federal com
as secretarias estaduais e municipais de saúde. Do ponto de vista organizacional,
permanecia a atuação simultânea das três esferas de governo em cada território
(FUNASA, SES e SMS), o que resultava em descontinuidade e superposição de
ações.
Em dezembro de 1999, foi redefinida a sistemática de financiamento na área
de epidemiologia e controle de doenças, que também passou para a modalidade
fundo-a-fundo. Esses instrumentos legais permitiram o direcionamento de recursos
para o nível local do sistema de saúde, com o objetivo de atender, prioritariamente,
às ações demandadas por necessidades locais, quanto à doenças e agravos mais
frequentes. A partir do ano 2000, o processo de descentralização foi acelerado por
várias medidas, que romperam os mecanismos de repasses conveniais e por
produção de serviços.

1.6 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN)

É o mais importante para a Vigilância Epidemiológica. Desenvolvido entre


1990 e 1993, para tentar sanar as dificuldades do Sistema de Notificação

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Compulsória de Doenças/SNCD, e substituí-lo, tendo em vista o razoável grau de
informatização já disponível no país, o SINAN foi concebido pelo Centro Nacional de
Epidemiologia, com o apoio técnico do DATASUS e da PRODABEL (Prefeitura
Municipal de Belo Horizonte), para ser operado a partir das Unidades de Saúde,
considerando o objetivo de coletar e processar dados sobre agravos de notificação,
em todo o território nacional, desde o nível local. Mesmo que o município não
disponha de microcomputadores em suas unidades, os instrumentos deste sistema
são preenchidos neste nível, e o processamento eletrônico é feito nos níveis centrais
das Secretarias Municipais de Saúde (SMS), regional ou nas Secretarias Estaduais
(SES).
O SINAN é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de
casos de doenças e agravos, que constam da lista nacional de doenças de
notificação compulsória, mas é facultado a estados e municípios incluir outros
problemas de saúde, importantes em sua região. Por isso, o número de doenças e
agravos contemplados pelo SINAN, vem aumentando progressivamente, desde seu
processo de implementação, em 1993, sem uma relação direta com a
compulsoriedade nacional da notificação, expressando as diferenças regionais de
perfis de morbidade registradas no Sistema. A entrada de dados, no SINAN, é feita
mediante a utilização de alguns formulários padronizados:
Ficha Individual de Notificação (FIN): é preenchida para cada paciente. Quando
da suspeita da ocorrência de problema de saúde de notificação compulsória (Portaria
1943, de 18 de outubro de 2001) ou de interesse nacional, estadual ou municipal e
encaminhada pelas unidades assistenciais, aos serviços responsáveis pela
informação e/ou vigilância epidemiológica. Este mesmo instrumento é utilizado para
notificação negativa.
Notificação negativa é a notificação da não ocorrência de doenças de
notificação compulsória, na área de abrangência da unidade de saúde. Indica que os
profissionais e o sistema de vigilância da área estão alertas, para a ocorrência de tais
eventos.
A partir da alimentação do banco de dados do SINAN, pode-se calcular a
incidência, prevalência, letalidade e mortalidade, bem como realizar análises, de
acordo com as características de pessoa, tempo e lugar, particularmente, no que

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tange às doenças transmissíveis de notificação obrigatória. Além disso, é possível
avaliar-se a qualidade dos dados.

Indicadores são variáveis suscetíveis à mensuração direta, produzidos


com periodicidade definida e critérios constantes. Disponibilidade de
dados, simplicidade técnica, uniformidade, sinteticidade e poder
discriminatório, são requisitos básicos para a sua elaboração. Os
indicadores de saúde refletem o estado de saúde da população de uma
comunidade.

(2014/BIO-RIO/Fundação Saúde) Para fins de vigilância epidemiológica, a notificação


negativa de uma determinada doença é a:

a) não notificação por parte do médicos.


b) notificação da não ocorrência de casos da doença.
c) notificação da não ocorrência de doenças infectocontagiosas
d) notificação de número de casos abaixo do esperado no período.
e) não notificação mensal do sistema de vigilância epidemiológica.
.
Resposta Correta:
b) notificação da não ocorrência de casos da doença.

Comentário:
Notificação negativa é a notificação da não ocorrência de doenças de notificação
compulsória, na área de abrangência da unidade de saúde. Indica que os profissionais e o
sistema de vigilância da área estão alertas, para a ocorrência de tais eventos.

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(2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Este sistema de informação é um dos mais
importantes para a Vigilância Epidemiológica e tem o objetivo de coletar e processar
dados sobre agravos de notificação em todo o território nacional. O enunciado refere-
se ao:

a) SISREG.
b) SINAN.
c) SISVE.
d) SISMEM.
e) SINESP.

Resposta Correta:
b) SINAN.

Comentário:
O SINAN é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças
e agravos, que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória, mas é
facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde, importantes em sua
região.

(2014/CESGRANRIO/Petrobras) Um importante Sistema de Vigilância Epidemiológica


do Ministério da Saúde, desenvolvido entre os anos de 1990 e 1993, que é alimentado,
principalmente, pela notificação e pela investigação de casos de doenças e agravos
constantes da lista nacional de doenças de notificação compulsória, é o:

a) Sistema Integrado de Informações da Saúde (SIIS)


b) Sistema de Notificação Compulsória de Doenças (SNCD)
c) Sistema de Informação de Mortalidade (SIM)
d) Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)
e) Sistema Nacional de Notificação de Enfermidades (SNNE)

Resposta Correta:
d) Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)

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Comentário:
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) é o mais
importante para a Vigilância Epidemiológica. Desenvolvido entre 1990 e 1993, para tentar
sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória de Doenças/SNCD, e
substituí-lo, tendo em vista o razoável grau de informatização já disponível no país, o SINAN
foi concebido pelo Centro Nacional de Epidemiologia, com o apoio técnico do DATASUS e
da PRODABEL.

(2013/IBFC/EBSERH) A notificação e investigação de casos de doenças e agravos que


constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória alimentam um dos
sistemas de informação em saúde do Brasil, denominado:

a) Sistema Nacional de Agravos de Notificação Compulsória (SINASC).


b) Sistema Nacional de Morbidade e Mortalidade (SIM).
c) Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
d) Sistema de Informações Gerenciais de Doenças de notificação compulsória (SIG-NC).

Resposta Correta:
c) Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)

Comentário:
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) é o mais
importante para a Vigilância Epidemiológica. Desenvolvido entre 1990 e 1993, para tentar
sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória de Doenças/SNCD, e
substituí-lo, tendo em vista o razoável grau de informatização já disponível no país, o SINAN
foi concebido pelo Centro Nacional de Epidemiologia, com o apoio técnico do DATASUS e
da PRODABEL.

21
(Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ/2016/TBG) O sistema de informação que reúne
todos os dados relativos aos agravos de notificação, alimentado pelas notificações
compulsórias, é denominado:

A) SINAN
B) SINASC
C) SIA
D) SIAB

Resposta Correta:
A) SINAN

Comentário:
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) é o mais
importante para a Vigilância Epidemiológica. Desenvolvido entre 1990 e 1993, para tentar
sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória de Doenças/SNCD, e
substituí-lo, tendo em vista o razoável grau de informatização já disponível no país, o SINAN
foi concebido pelo Centro Nacional de Epidemiologia, com o apoio técnico do DATASUS e
da PRODABEL.

(Instituto Excelência/2016/Prefeitura de Monte Azul Paulista - SP) Referente ao


Sistema de Informação de Agravos de Notificação, assinale a alternativa que
apresente alguns aspectos que devem ser considerados na notificação:

A) Notificar a simples suspeita da doença. Deve-se aguardar a confirmação do caso para se


efetuar a notificação, pois isto pode significar perda da oportunidade de intervir eficazmente.
B) A notificação tem de ser compartilhada, só podendo ser divulgada dentro do âmbito
médico sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de
anonimato dos cidadãos.
C) O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de
casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um
indicador de eficiência do sistema de informações.
D) Nenhuma das alternativas

22
Resposta Correta:
C) O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na
ausência de casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que
funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações.

Comentário:
Relembrando:

Notificar a simples suspeita da doença ou evento. Não se deve aguardar a


confirmação do caso para se efetuar a notificação, pois isso pode significar perda
da oportunidade de intervir eficazmente.

A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito


médico-sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de
anonimato dos cidadãos.

O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na


ausência de casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que
funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações.

1.7 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

Notificação Compulsória é a notificação obrigatória de casos e surtos de


doenças e outros agravos constantes da listagem de doenças de notificação, cujos
critérios de elaboração serão vistos adiante. É dever de todo cidadão notificar, sendo
uma obrigação inerente aos profissionais da área da saúde. Sua obrigatoriedade
consta da Lei n.º 6259/75.

23
1.7.1 PORTARIA Nº 204 DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016

Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde


pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do
anexo, e dá outras providências.

Considerando a necessidade de padronizar os procedimentos normativos


relacionados à NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS), resolve:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

Art. 1º Esta Portaria define a LISTA NACIONAL DE NOTIFICAÇÃO


COMPULSÓRIA de doenças, agravos e eventos de saúde pública:

Nos serviços de em todo o


saúde públicos território
e privados nacional

Art. 2º Para fins de notificação compulsória de importância nacional serão


considerados os seguintes conceitos:

24
I–

Agravo Qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo,


provocado por circunstâncias nocivas, tais como:

II –

Autoridades
 O Ministério da Saúde e
de saúde
 As Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal
e Municípios,

o Responsáveis pela vigilância em saúde em


cada esfera de gestão do SUS

III –
Doença  Enfermidade ou estado clínico, independente de origem
ou fonte, que represente ou possa representar um dano
significativo para os seres humanos;

IV –
Doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa
Epizootia
apresentar riscos à saúde pública;

25
V–
Evento de saúde Situação que pode constituir potencial ameaça à
pública (ESP) saúde pública, como a ocorrência de:
 surto ou epidemia,
 doença ou agravo de causa desconhecida,
 alteração no padrão clínico epidemiológico das
doenças conhecidas,
 Considerando:

VI –
Notificação
compulsória Comunicação obrigatória à autoridade de saúde,
realizada:

Sobre a ocorrência de SUSPEITA ou CONFIRMAÇÃO de


doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no
anexo, podendo ser:

Imediata ou Semanal

26
VII –
Notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e
Notificação
compulsória imediata quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência
(NCI) de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo
meio de comunicação mais rápido disponível;

Esse prazo é frequentemente cobrado em provas. DOCORE! O


prazo para a NCI é de 24 horas!

VIII –

Notificação Notificação compulsória realizada em até 7


compulsória semanal (sete) dias, a partir do conhecimento da
(NCS) ocorrência de doença ou agravo;

IX –

Notificação Comunicação semanal realizada pelo


compulsória negativa responsável pelo estabelecimento de saúde à
autoridade de saúde, informando que na semana
epidemiológica não foi identificado nenhuma
doença, agravo ou evento de saúde pública
constante da Lista de Notificação Compulsória; e

X–
Vigilância sentinela Modelo de vigilância realizada a partir de
estabelecimento de saúde estratégico para a
vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes
etiológicos de interesse para a saúde pública,
 com participação facultativa,
 segundo norma técnica específica
estabelecida pela Secretaria de Vigilância em
Saúde (SVS/MS).

27
CAPÍTULO II
DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

Art. 3º A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA é OBRIGATÓRIA para:

Os médicos

Outros profissionais de saúde

Ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de


saúde que prestam assistência ao paciente

Em conformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.

É muito comum questões provas afirmarem que a notificação


compulsória pode ser realizada APENAS por médicos, o que
está ERRADO. Perceba que qualquer profissional de saúde
pode realiza-la.

§ 1º A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA será realizada diante:

da suspeita ou confirmação

28
De doença ou agravo, de acordo com o estabelecido no anexo, observando-se,
também, as normas técnicas estabelecidas pela SVS/MS.
§ 2º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de
notificação compulsória à autoridade de saúde competente também será realizada
pelos responsáveis por ESTABELECIMENTOS PÚBLICOS OU PRIVADOS:

De cuidado Além de serviços


Educacionais
coletivo de hemoterapia

Unidades Instituições de
laboratoriais pesquisa

§ 3º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de


notificação compulsória:

 Pode ser realizada à autoridade de saúde por QUALQUER CIDADÃO


que deles tenha conhecimento.

(2014/CESGRANRIO/Petrobras) A notificação compulsória é a comunicação


obrigatória sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou
evento de saúde pública que deve ser feita à autoridade de saúde. Essa notificação
NÃO é feita por:

a) médicos.
b) enfermeiros.
c) responsáveis pelos serviços privados de saúde.
d) responsáveis pelos serviços públicos de saúde.
e) qualquer cidadão que tenha conhecimento dessa(s) ocorrência(s).

Resposta Correta:
e) qualquer cidadão que tenha conhecimento dessa(s) ocorrência(s).

29
Comentário:
Essa questão é uma boa pegadinha!

A notificação é OBRIGATÓRIA para Médicos, enfermeiros e profissionais responsáveis


pelos serviços públicos e privados de saúde. Ou seja, caso não o façam estarão sujeitos às
penalidades previstas em legislações inerentes à cada um. A comunicação de doença,
agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória: pode ser realizada à
autoridade de saúde por QUALQUER CIDADÃO que deles tenha conhecimento. Vejam a
diferença e interpretem a questão: qualquer cidadão pode, porém aos profissionais de
saúde não é facultado e sim OBRIGATÓRIO.

Art. 4º A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA:

DEVE SER REALIZADA:

Pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial


que prestar o PRIMEIRO ATENDIMENTO ao paciente

Em até 24 horas desse atendimento, pelo meio mais rápido


disponível

(2015/FGV/TCE-SE) A Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de


saúde faz parte das ações de Vigilância desenvolvidas pelo Ministério da Saúde.
Sobre as disposições legais relacionadas ao processo de notificação, é correto
afirmar que:

a) agravo é definido como a situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública,
como a ocorrência de surto ou epidemia de causa desconhecida; b) o modelo de vigilância
realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade e
mortalidade de interesse para a saúde pública é denominado vigilância de notificação;
c) a notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da

30
ocorrência de doença ou agravo, é denominada notificação compulsória negativa;
d) os casos de dengue, leishmaniose visceral e hepatites virais fazem parte da lista de
doenças ou agravos de notificação compulsória imediata;
e) a notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou
responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em
até 24 horas desse atendimento.

Resposta Correta:
e) a notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou
responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente,
em até 24 horas desse atendimento.

Comentário:
Só para reforçar, NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA deve ser efetuada:

Pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial


que prestar o PRIMEIRO ATENDIMENTO ao paciente

Em até 24 horas desse atendimento, pelo meio mais rápido


disponível

(2015/CONSULPLAN/HOB) A notificação compulsória das doenças listadas pelo


Ministério da Saúde é obrigatória para quais profissionais de saúde que prestam
assistência ao paciente?

a) Médicos, somente.
b) Médicos e enfermeiros, somente.
c) Assistentes sociais e enfermeiros, somente.
d) Médicos e todos os outros profissionais de saúde.

Resposta Correta:
d) Médicos e todos os outros profissionais de saúde.

31
Comentário:

Só para reforçar, A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA é OBRIGATÓRIA para:

Os médicos

Outros profissionais de saúde

Ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de


saúde que prestam assistência ao paciente

Parágrafo único.

A autoridade de saúde que receber a notificação compulsória IMEDIATA

 Deverá informa-la, em até 24 (vinte e quatro) horas desse recebimento,


às demais esferas de gestão do SUS, o conhecimento de qualquer
uma das doenças ou agravos constantes no anexo.

Autoridade de Saúde informa as


Profissional que realiza primeiro
demais esferas de gestão do SUS
atendimento notifica autoridade
em até 24 horas do recebimento
de saúde em até 24 horas
da notificação

Art. 5º A notificação compulsória SEMANAL:

o Será feita à Secretaria de Saúde do Município do local de


atendimento do paciente com suspeita ou confirmação de doença
ou agravo de notificação compulsória.

32
Parágrafo único. No Distrito Federal, a notificação será feita à Secretaria
de Saúde do Distrito Federal.

Art. 6º A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA, independente da forma como


realizada,

o Também será registrada em sistema de informação em saúde e


o Seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão
do SUS estabelecido pela SVS/MS.

CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 7º As autoridades de saúde

o Garantirão o SIGILO das informações pessoais integrantes da


notificação compulsória que estejam sob sua responsabilidade.

Art. 8º As autoridades de saúde:

o Garantirão a divulgação atualizada dos dados públicos da


notificação compulsória para:

Profissionais Órgãos de E população


de saúde controle social em geral

33
Art. 9º A SVS/MS e as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios:

 Divulgarão, em endereço eletrônico oficial

Endereço de
O número
Fax e-mail
de telefone
institucional

Ou formulário para notificação


compulsória

Art. 10. A SVS/MS publicará normas técnicas complementares relativas:

 aos fluxos,
 prazos,
 instrumentos,
 definições de casos suspeitos e confirmados,
 funcionamento dos sistemas de informação em saúde e
 demais diretrizes técnicas para o cumprimento e operacionalização desta
Portaria,

o No prazo de até 90 (noventa) dias, contados a partir da sua


publicação.

Art. 11. A relação das doenças e agravos MONITORADOS por meio da


estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes

 Constarão em ato específico do Ministro de Estado da Saúde.

Art. 12. A relação das EPIZOOTIAS e suas diretrizes de notificação

34
o Constarão em ato específico do Ministro de Estado da Saúde.

Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 14. Fica revogada a Portaria nº 1.271/GM/MS, de 06 de junho de 2014,


publicada no Diário Oficial da União, nº 108, Seção 1, do dia 09 de junho de
2014, p. 37.

1.8. CONCEITOS UTILIZADOS EM VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

1. AGENTE: entidade biológica, física ou química capaz de causar doença.

2. AGENTE INFECCIOSO: agente biológico, capaz de produzir infecção ou


doença infecciosa.

3. ANTROPONOSE: infecção cuja transmissão se restringe aos seres humanos.

4. ANTROPOZOONOSE: infecção transmitida ao homem, por reservatório


animal.

5. ARBOVIROSES: viroses transmitidas, de um hospedeiro para outro, por meio


de um ou mais tipos de artrópodes.

6. ÁREA ENDÊMICA: aqui considerada como área reconhecidamente de


transmissão para esquistossomose, de grande extensão, contínua, dentro de
um município.

35
7. ÁREA DE FOCO: área de transmissão para esquistossomose, porém de
localização bem definida, limitada a uma localidade ou pequeno número desta,
em um município.

8. ÁREA INDENE VULNERÁVEL: área reconhecidamente sem transmissão para


esquistossomose, mas cujas condições ambientais (presença de hospedeiros
intermediários nas condições hídricas), associadas a precárias condições
socioeconômicas e de saneamento, na presença de migrantes portadores da
esquistossomose, oriundos de áreas de transmissão, tornam a área sob risco.

9. CASO: pessoa ou animal infectado ou doente, apresentando características


clínicas, laboratoriais e/ou epidemiológicas específicas.

10. CASO AUTÓCTONE: caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência.

11. CASO CONFIRMADO: pessoa de quem foi isolado e identificado o agente


etiológico, ou de quem foram obtidas outras evidências epidemiológicas, e/ou
laboratoriais da presença do agente etiológico, como por exemplo, a
conversão sorológica em amostras de sangue colhidas nas fases aguda e de
convalescência. Esse indivíduo pode ou não apresentar a síndrome indicativa
da doença causada pelo agente. A confirmação do caso está sempre
condicionada à observação dos critérios estabelecidos pela definição de caso,
que, por sua vez, está relacionada ao objetivo do programa de controle da
doença e/ou do sistema de vigilância.

12. CASO ESPORÁDICO: caso que, segundo informações disponíveis, não se


apresenta epidemiologicamente relacionado a outros já conhecidos.

13. CASO ÍNDICE: primeiro, entre vários casos, de natureza similar e


epidemiologicamente relacionados. O caso índice é muitas vezes identificado
como fonte de contaminação ou infecção.

36
14. CASO IMPORTADO: caso contraído fora da zona onde se fez o diagnóstico. O
emprego dessa expressão dá a ideia de que é possível situar, com certeza, a
origem da infecção numa zona conhecida.

15. CASO INDUZIDO: caso de malária que pode ser atribuído a uma transfusão de
sangue, ou a outra forma de inoculação parenteral, porém não à transmissão
natural pelo mosquito. A inoculação pode ser acidental ou deliberada e, neste
caso, pode ter objetivos terapêuticos ou de pesquisa.

16. CASO INTRODUZIDO: na terminologia comum, esse nome é dado aos casos
sintomáticos diretos, quando se pode provar que os mesmos constituem o
primeiro elo da transmissão local após um caso importado conhecido.

17. CASO PRESUNTIVO: pessoa com síndrome clínica compatível com a doença,
porém sem confirmação laboratorial do agente etiológico. A classificação como
caso presuntivo, está condicionada à definição de caso.

18. CASO SUSPEITO: pessoa cuja história clínica, sintomas e possível exposição
a uma fonte de infecção, sugerem que possa estar ou vir a desenvolver
alguma doença infecciosa.

19. CEPA: população de uma mesma espécie, descendente de um único


antepassado ou que tenha espécie descendente de um único antepassado, ou
que tenha a mesma origem, conservada mediante uma série de passagens por
hospedeiros ou subculturas adequadas. As cepas de comportamento
semelhante chamam-se “homólogas” e de comportamento diferente
“heterólogas”. Antigamente, empregava-se o termo “cepa” de maneira
imprecisa, para aludir a um grupo de organismos estreitamente relacionados
entre si, e que perpetuavam suas características em gerações sucessivas. Ver
também

37
20. COORTE: Grupo de indivíduos que têm um atributo em comum. Designa
também um tipo de estudo epidemiológico.

21. CONTÁGIO: sinônimo de transmissão direta.

22. CONTAMINAÇÃO: ato ou momento em que, uma pessoa ou um objeto, se


converte em veículo mecânico de disseminação de um determinado agente
patogênico.

23. CONTATO: pessoa ou animal que teve contato com pessoa ou animal
infectado, ou com ambiente contaminado, criando a oportunidade de adquirir o
agente etiológico.

24. CONTATO EFICIENTE: contato entre um suscetível e uma fonte primária de


infecção, em que o agente etiológico é realmente transferido dessa para o
primeiro.

25. CONTROLE: quando aplicado a doenças transmissíveis e alguns não


transmissíveis, significa operações ou programas desenvolvidos, com o
objetivo de reduzir sua incidência e/ou prevalência em níveis muito baixos.

26. DOENÇA TRANSMISSÍVEL (doença infecciosa): doença causada por um


agente infeccioso específico, ou pela toxina por ele produzida, por meio da
transmissão desse agente, ou de seu produto, tóxico a partir de uma pessoa
ou animal infectado, ou ainda, de um reservatório para um hospedeiro
suscetível, seja direta ou indiretamente intermediado por vetor ou ambiente.

27. DOENÇAS QUARENTENÁRIAS: doenças de grande transmissibilidade, em


geral graves, que requerem notificação internacional imediata à Organização
Mundial de Saúde, isolamento rigoroso de casos clínicos e quarentena dos
comunicantes, além de outras medidas de profilaxia, com o intuito de evitar a

38
sua introdução em regiões até então indenes. Entre as doenças
quarentenárias, encontram-se a cólera, febre amarela e tifo exantemático.

28. ECOLOGIA: estudo das relações entre seres vivos e seu ambiente. “Ecologia
humana” di respeito ao estudo de grupos humanos, face à influência de
fatores do ambiente, incluindo muitas vezes fatores sociais e do
comportamento.

29. ECOSSISTEMA: é o conjunto constituído pela biota e o ambiente não vivo que
interagem em determinada região.

30. ELIMINAÇÃO: vide ERRADICAÇÃO.

31. ENDEMIA: é a presença contínua de uma enfermidade, ou de um agente


infeccioso, em uma zona geográfica determinada; pode também expressar a
prevalência usual de uma doença particular numa zona geográfica. O termo
hiperendemia significa a transmissão intensa e persistente, atingindo todas as
faixas etárias, e holoendemia, um nível elevado de infecção, que começa a
partir de uma idade precoce, e afeta a maior parte da população jovem como,
por exemplo, a malária em algumas regiões do globo.

(IDECAN/2016/Prefeitura de Miraí - MG) Pelo termo endemia, deve-se entender que


trata-se de doença:

a) rara.
b) que ocorre de forma muito além do estipulado para uma região.
c) que ocorre dentro de limites estabelecidos pelos serviços de vigilâncias em saúde.
d) que ultrapassa a média e dois desvios-padrão de limite de segurança para uma área.

Resposta Correta:
c) que ocorre dentro de limites estabelecidos pelos serviços de vigilâncias em saúde.

Comentário: ENDEMIA: é a presença contínua de uma enfermidade, ou de um agente


infeccioso, em uma zona geográfica determinada; pode também expressar a prevalência
usual de uma doença particular numa zona geográfica.

39
32. ENZOOTIA: presença constante, ou prevalência usual da doença ou agente
infeccioso, na população animal de uma dada área geográfica.

33. EPIDEMIA: é a manifestação, em uma coletividade ou região, de um corpo de


casos de alguma enfermidade que excede claramente a incidência prevista. O
número de casos, que indica a existência de uma epidemia, varia com o
agente infeccioso, o tamanho e as características da população exposta, sua
experiência prévia ou falta de exposição à enfermidade e o local e a época do
ano em que ocorre. Por decorrência, a epidemia guarda relação com a
frequências comum da enfermidade na mesma região, na população
especificada e na mesma estação do ano. O aparecimento de um único caso
de doença transmissível, que durante um lapso de tempo prolongado não
havia afetado uma população, ou que invade pela primeira vez uma região,
requer notificação imediata e uma completa investigação de campo; dois casos
dessa doença, associados no tempo ou no espaço, podem ser evidência
suficiente de uma epidemia.

34. EPIDEMIA POR FONTE COMUM (Epidemia Maciça ou Epidemia por Veículo
Comum): epidemia em que aparecem muitos casos clínicos, dentro de um
intervalo igual ao período de incubação clínica da doença, o que sugere a
exposição simultânea (ou quase simultânea) de muitas pessoas ao agente
etiológico. O exemplo típico é o das epidemias de origem hídrica.

35. EPIDEMIA PROGRESSIVA (Epidemia por Fonte Propagada): epidemia na


qual as infecções são transmitidas de pessoa a pessoa ou de animal, de modo
que os casos identificados não podem ser atribuídos a agentes transmitidos a
partir de uma única fonte.

36. EPIZOOTIA: ocorrência de casos, de natureza similar, em população animal


de uma área geográfica particular, que se apresenta claramente em excesso,
em relação à incidência normal.

40
37. ERRADICAÇÃO: cessação de toda a transmissão da infecção, pela extinção
artificial da espécie do agente em questão. A erradicação pressupõe a
ausência completa de risco de reintrodução da doença, de forma a permitir a
suspensão de toda e qualquer medida de prevenção ou controle. A
erradicação regional ou eliminação é a cessação da transmissão de
determinada infecção, em ampla região geográfica ou jurisdição política.

38. ESTRUTURA EPIDEMIOLÓGICA: conjunto de fatores relativos ao agente


etiológico, hospedeiro e meio ambiente, que influi sobre a ocorrência natural
de uma doença em uma comunidade.

39. FÔMITES: objetos de uso pessoal do caso clínico ou portador, que podem
estar contaminados e transmitir agentes infecciosos, e cujo controle é feito por
meio da desinfecção.

40. FONTE DE INFECÇÃO: pessoa, animal, objeto ou substância a partir do qual


o agente é transmitido para o hospedeiro.

41. FONTE PRIMÁRIA DE INFECÇÃO (Reservatório): homem ou animal e,


raramente, o solo ou vegetais, responsável pela sobrevivência de uma
determinada espécie de agente etiológico na natureza. No caso dos parasitas
heteroxenos, o hospedeiro mais evoluído (que geralmente é também o
hospedeiro definitivo) é denominado fonte primária de infecção; e o hospedeiro
menos evoluído (em geral hospedeiro intermediário) é chamado de vetor
biológico.

42. FONTE SECUNDÁRIA DE INFECÇÃO: ser animado ou inanimado que


transporta um determinado agente etiológico, não sendo o principal
responsável pela sobrevivência desse como espécie. Esta expressão é
su stitu da com vantagem pelo termo “ve culo”.

41
43. FREQUÊNCIA (Ocorrência): é um termo genérico, utilizado em epidemiologia
para descrever a frequência de uma doença, ou de outro atributo, ou evento
identificado na população, sem fazer distinção entre incidência ou prevalência.

44. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA: descrição que inclui as características das


funções de infecção, distribuição da doença segundo os atributos das pessoas,
tempo e espaço, distribuição e características ecológicas do(s) reservatório(s)
do agente; mecanismos de transmissão e efeitos da doença sobre o homem.

45. HOSPEDEIRO: organismo simples ou complexo, incluindo o homem, que é


capaz de ser infectado por um agente específico.

46. HOSPEDEIRO DEFINITIVO: é o que apresenta o parasita em fase de


maturidade ou em fase de atividade sexual.

47. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: é o que apresenta o parasita em fase


larvária ou assexuada.

48. IMUNIDADE: resistência, usualmente associada à presença de anticorpos, que


têm o efeito de inibir microorganismos específicos, ou suas toxinas,
responsáveis por doenças infecciosas particulares.

49. IMUNIDADE ATIVA: imunidade adquirida naturalmente pela infecção, com ou


sem manifestações clínicas, ou artificialmente pela inoculação de frações ou
produtos de agentes infecciosos, ou do próprio agente morto, modificado ou de
uma forma variante.

50. IMUNIDADE DE REBANHO: resistência de um grupo ou população à


introdução e disseminação de um agente infeccioso. Essa resistência é
baseada na elevada proporção de indivíduos imunes, entre os membros desse
grupo ou população, e na uniforme distribuição desses indivíduos imunes.

42
51. IMUNIDADE PASSIVA: imunidade adquirida naturalmente da mãe, ou
artificialmente pela inoculação de anticorpos protetores específicos (soro
imune de convalescentes ou imunoglobulina sérica). A imunidade passiva é
pouco duradoura.

52. INCIDÊNCIA: número de casos novos de uma doença, ocorridos em uma


população particular, durante um período específico de tempo.

53. INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO: levantamento epidemiológico feito por meio


de coleta ocasional de dados, quase sempre por amostragem, e que fornece
dados sobre a prevalência de casos clínicos ou portadores, em uma
determinada comunidade.

54. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CAMPO (classicamente conhecida


por Investigação Epidemiológica): estudos efetuados a partir de casos clínicos,
ou de portadores, para a identificação das fontes de infecção e dos modos de
transmissão do agente. Pode ser realizada em face de casos esporádicos ou
surtos.

55. ISOLAMENTO: segregação de um caso clínico do convívio das outras


pessoas, durante o período de transmissibilidade, a fim de evitar que os
suscetíveis sejam infectados. Em certos casos, o isolamento pode ser
domiciliar ou hospitalar; em geral, é preferível esse último, por ser mais
eficiente.

56. JANELA IMUNOLÓGICA: intervalo entre o início da infecção e a possibilidade


de detecção de anticorpos, através de técnicas laboratoriais.

57. PANDEMIA: epidemia de uma doença que afeta pessoas em muitos países e
continentes.

43
58. PARASITA: organismo, geralmente microrganismo, cuja existência se dá à
expensa de um hospedeiro. O parasita não é obrigatoriamente nocivo ao seu
hospedeiro. Existem parasitas obrigatórios e facultativos; os primeiros
sobrevivem somente na forma parasitária e os últimos podem ter uma
existência independente.

59. PATOGENICIDADE: capacidade de um agente biológico causar doença em


um hospedeiro suscetível.

60. PATÓGENO: agente biológico capaz de causar doenças.

61. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: intervalo entre a exposição efetiva do hospedeiro


suscetível a um agente biológico e o início dos sinais e sintomas clínicos da
doença nesse hospedeiro.

62. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: intervalo de tempo, durante o qual uma


pessoa ou animal infectado elimina um agente biológico para o meio ambiente,
ou para o organismo de um vetor hematófago, possível, portanto, a sua
transmissão a outro hospedeiro.

63. PERÍODO DE LATÊNCIA: intervalo entre a exposição a agentes patológicos e


o início dos sinais e sintomas da doença.

64. PERÍODO PRODRÔMICO: é o lapso de tempo, entre os primeiros sintomas da


doença e o início dos sinais ou sintomas, com base nos quais o diagnóstico
pode ser estabelecido.

65. PORTADOR: pessoa ou animal que não apresenta sintomas clinicamente


reconhecíveis de uma determinada doença transmissível ao ser examinado,
mas que está albergando o agente etiológico respectivo. Em Saúde Pública,
têm mais importância os portadores que os casos clínicos, porque, muito
frequentemente, a infecção passa despercebida nos primeiros. Os que

44
apresentam realmente importância são os portadores eficientes, de modo que,
na prática, o termo “portador” se refere quase sempre aos portadores
eficientes.

66. PORTADOR ATIVO: portador que teve sintomas, mas que, em determinado
momento, não os apresenta.

67. PREVALÊNCIA: número de casos clínicos ou de portadores existentes em um


determinado momento, em uma comunidade, dando uma ideia estática da
ocorrência do fenômeno. Pode ser expressa em números absolutos ou em
coeficientes.

68. PRÓDROMOS: sintomas indicativos do início de uma doença.

69. PROFILAXIA: conjunto de medidas que têm por finalidade prevenir ou atenuar
as doenças, suas complicações e consequências. Quando a profilaxia está
baseada no emprego de medicamentos, trata-se da quimioprofilaxia.

70. QUARENTENA: isolamento de indivíduos ou animais sadios pelo período


máximo de incubação da doença, contado a partir da data do último contato
com um caso clínico ou portador, ou da data em que esse comunicante sadio
abandonou o local em que se encontrava a fonte de infecção. Na prática, a
quarentena é aplicada no caso das doenças quarentenárias.

71. RECAÍDA: reaparecimento ou recrudescimento dos sintomas de uma doença,


antes do doente apresentar-se completamente curado. No caso da malária,
recaída significa nova aparição de sintomas depois do ataque primário.

72. RECIDIVA: reaparecimento do processo mórbido após sua cura aparente. No


caso da malária, recidiva significa recaída na infecção malárica entre a 8ª e a
24ª semanas posteriores ao ataque primário. Na tuberculose, significa o

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aparecimento de positividade no escarro, em 2 exames sucessivos, após a
cura.

73. RECORRENTE: estado patológico que evolui através de recaídas sucessivas.


No caso da malária, recorrência significa recaída na infecção malárica depois
de 24 semanas posteriores ao ataque primário.

74. RECRUDESCÊNCIA: exacerbação das manifestações clínicas ou anatômicas


de um processo mórbido. No caso da malária, recrudescência é a recaída na
infecção malárica nas primeiras 8 semanas posteriores ao ataque primário.

75. RESERVATÓRIO DE AGENTES INFECCIOSOS (Fonte Primária de Infecção):


qualquer ser humano, animal, artrópodo, planta, solo, matéria ou uma
combinação deles, no qual normalmente vive e se multiplica um agente
infeccioso, dela depende para sua sobrevivência, reproduzindo-se de maneira
que pode ser transmitido a um hospedeiro suscetível.

76. RESISTÊNCIA: conjunto de mecanismos específicos e inespecíficos do


organismo que serve de defesa contra a invasão ou multiplicação de agentes
infecciosos, ou contra os efeitos nocivos de seus produtos tóxicos. Os
mecanismos específicos constituem a imunidade e os inespecíficos, a
resistência inerente ou natural.

77. SEPTICEMIA: presença de microrganismo patogênico, ou de suas toxinas, no


sangue ou em outros tecidos.

78. SINAL: evidência objetiva de doença.

79. SÍNDROME: conjunto de sintomas e sinais que tipificam uma determinada


doença.

80. SINTOMA: evidência subjetiva de doença.

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81. SURTO EPIDÊMICO: ocorrência de dois ou mais casos epidemiologicamente
relacionados.

82. SUSCETÍVEL: qualquer pessoa ou animal que supostamente não possui


resistência suficiente contra um determinado agente patogênico, que o proteja
da enfermidade caso venha a entrar em contato com o agente.

83. TAXA DE ATAQUE: é uma taxa de incidência acumulada, usada


frequentemente para grupos particulares, observados por períodos limitados
de tempo, e em condições especiais, como em uma epidemia. As taxas de
ataque são usualmente expressas em porcentagem.

84. TAXA (OU COEFICIENTE) DE LETALIDADE: é a medida de frequência de


óbitos por determinada causa, entre membros de uma população atingida pela
doença.

85. TAXA DE MORBIDADE: medida de frequência de doença em uma população.


Existem dois grupos importantes de taxa de morbidade: as de incidência e as
de prevalência.

86. TAXA (OU COEFICIENTE) DE MORTALIDADE: é a medida de frequência de


óbitos em uma determinada população, durante um intervalo de tempo
específico. Ao serem incluídos os óbitos por todas as causas, tem-se a taxa de
mortalidade geral. Caso se inclua somente óbitos por determinada causa, tem-
se a taxa de mortalidade específica.

87. TAXA (OU COEFICIENTE) DE NATALIDADE: é a medida de frequência de


nascimentos, em uma determinada população, durante um período de tempo
especificado.

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88. TRANSMISSÃO: transferência de um agente etiológico animado, de uma fonte
primária de infecção para um novo hospedeiro. A transmissão pode ocorrer de
forma direta ou indireta.

89. TRANSMISSÃO DIRETA (contágio): transferência do agente etiológico, sem a


interferência de veículos.

90. TRANSMISSÃO INDIRETA: transferência do agente etiológico, por meio de


veículos animados ou inanimados. A fim de que a transmissão indireta possa
ocorrer, torna-se essencial que: a) os germes sejam capazes de sobreviver
fora do organismo, durante um certo tempo; b) haja veículo que os leve de um
lugar a outro.

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QUESTÕES

1. (2016/CONSULPLAN/Prefeitura de Venda Nova do Imigrante – ES) “Conjunto de ações que


proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de sa de individual ou coletiva.” A descriç o anterior se refere
a:

a) Vigilância sanitária.
b) Indicadores de saúde.
c) Vigilância epidemiológica.
d) Indicadores de morbidade.

2. (2016/FAEPESUL) O conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou


prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e
controle das doenças ou agravos constitui a:

a) Vigilância Nutricional.
b) Vigilância Sanitária.
c) Política Nacional de saúde do trabalhador.
d) Vigilância Ambiental em saúde.
e) Vigilância Epidemiológica.

3. (2016/INSTITUTO AOCP/EBSERH) De acordo com o que dispõe a Lei 8.080/90, entende-se por
Vigilância Epidemiológica:

a a formulação da pol tica de medicamentos, equipamentos, imuno iológicos e outros insumos de


interesse para a sa de e a participação na sua produção
a participação na formulação da pol tica e na e ecução de aç es de saneamento sico.
c um conjunto de aç es que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de sa de individual ou coletiva, com a finalidade
de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
d um conjunto de aç es capa de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à sa de e de intervir nos
pro lemas sanit rios decorrentes do meio am iente, da produção e circulação de ens e da prestação
de serviços de interesse da sa de.
e) o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a sa de,
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo.

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4. (2015/CISCOPAR/CISCOPAR) Entende-se por _______________________ um conjunto de
ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos
fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. A expressão
que completa CORRETAMENTE a frase é:

a) vigilância epidemiológica
b) vigilância sanitária
c) assistência terapêutica integral
d) vigilância nutricional
e) assistência à saúde do trabalhador

5. (2015/INAZ do Pará/Prefeitura de Terra Alta – PA) A expressão vigilância epidemiológica


passou a ser aplicada ao controle das doenças transmissíveis na década de 1950, para designar
uma série de atividades subsequentes à etapa de ataque da Campanha de Erradicação da
Malária, vindo a designar uma de suas fases constitutivas. Tratava-se, portanto, da vigilância de
pessoas, com base em medidas de isolamento ou de quarentena, aplicadas individualmente e
n o de forma coletiva. Originalmente, essa express o significava “a observaç o sistemática e
ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos”. A
partir do exposto leia as assertivas e marque a resposta correta que identifica segundo o
Ministério da Saúde o conceito de vigilância epidemiológica.

a) Um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação
de serviços de interesse da saúde coletiva.
b) Um conjunto de atividades que se destina, através de ações da vigilância sanitária, à promoção e
proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
c) Um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade
de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
d) Um conjunto de ações e serviços em saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde, seja
diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, ela é organizada de forma
regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
e) Um conjunto ações de vigilância sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de
agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do Sistema Único de
Saúde ou que representem risco de disseminação nacional, ela é organizada de forma regionalizada e
hierarquizada em níveis de complexidade crescente.

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6. (2016/SEGPLAN-GO/SEAP-GO) São inúmeras as funções da Vigilância Epidemiológica,
exceto:

a) coleta de dados.
b) processamento de dados coletados.
c) análise e interpretação dos dados processados.
d) recomendação das medidas de controle apropriadas.
e) intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da circulação de
bens, e da prestação de serviços de interesse da saúde.

7. (2016/Iniciativa Global/CIAS-MG) Além da coleta, são funções da vigilância epidemiológica:

a) Processamento de dados e tratamento dos doentes.


b) Processamento, análise de dados e promoção das ações de controle indicadas.
c) Processamento, análise de dados, divulgação de informações e criação de indicadores de risco
ambiental.
d) Processamento, análise de dados e notificação de casos suspeitos de doenças contagiosas às
autoridades judiciais.

8. (2016/Instituto Excelência/Prefeitura de Monte Azul Paulista – SP) A vigilância epidemiológica


compreende um ciclo de funções específicas e Inter complementares, desenvolvidas de modo
contínuo, permitindo conhecer, a cada momento, o comportamento da doença ou agravo
selecionado como alvo das ações, de forma que as medidas de intervenção pertinentes possam
ser desencadeadas com oportunidade e eficácia. São funções da vigilância epidemiológica:

a) Coleta de dados; processamento dos dados coletados; análise e interpretação dos dados
processados; recomendação das medidas de controle apropriadas; promoção das ações de controle
indicadas; avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; divulgação de informações
pertinentes.
b) Consolidação e análise de informações já disponíveis; conclusões preliminares a partir dessas
informações; apresentação das conclusões preliminares e formulação de hipóteses; definição e coleta
das informações necessárias para testar as hipóteses.
c) Reformulação das hipóteses preliminares; comprovação da nova conjectura; definição e adoção de
medidas de prevenção e controle.
d) Nenhuma das alternativas.

51
9. (2016/Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ) A comunicação da ocorrência de determinada
doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária, por profissionais de saúde ou qualquer
cidadão, é conhecida como:

a) subnotificação
b) vigilância epidemiológica
c) vigilância em saúde
d) notificação

10. (2014/BIO-RIO/Fundação Saúde) O procedimento fundamental para o bom funcionamento da


vigilância epidemiológica é a:

a) notificação.
b) investigação.
c) avaliação.
d) informatização.
e) informação.

11. (2014/BIO-RIO/Fundação Saúde) Para fins de vigilância epidemiológica, a notificação


negativa de uma determinada doença é a:

a) não notificação por parte do médicos.


b) notificação da não ocorrência de casos da doença.
c) notificação da não ocorrência de doenças infectocontagiosas
d) notificação de número de casos abaixo do esperado no período.
e) não notificação mensal do sistema de vigilância epidemiológica.

12. (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Este sistema de informação é um dos mais importantes


para a Vigilância Epidemiológica e tem o objetivo de coletar e processar dados sobre agravos
de notificação em todo o território nacional. O enunciado refere-se ao:

a) SISREG.
b) SINAN.
c) SISVE.
d) SISMEM.
e) SINESP.

52
13. (2014/CESGRANRIO/Petrobras) Um importante Sistema de Vigilância Epidemiológica do
Ministério da Saúde, desenvolvido entre os anos de 1990 e 1993, que é alimentado,
principalmente, pela notificação e pela investigação de casos de doenças e agravos constantes
da lista nacional de doenças de notificação compulsória, é o:

a) Sistema Integrado de Informações da Saúde (SIIS)


b) Sistema de Notificação Compulsória de Doenças (SNCD)
c) Sistema de Informação de Mortalidade (SIM)
d) Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)
e) Sistema Nacional de Notificação de Enfermidades (SNNE)

14. (2013/IBFC/EBSERH) A notificação e investigação de casos de doenças e agravos que


constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória alimentam um dos sistemas
de informação em saúde do Brasil, denominado:

a) Sistema Nacional de Agravos de Notificação Compulsória (SINASC).


b) Sistema Nacional de Morbidade e Mortalidade (SIM).
c) Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
d) Sistema de Informações Gerenciais de Doenças de notificação compulsória (SIG-NC).

15. (Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ/2016/TBG) O sistema de informação que reúne todos os
dados relativos aos agravos de notificação, alimentado pelas notificações compulsórias, é
denominado:

A) SINAN
B) SINASC
C) SIA
D) SIAB

16. (Instituto Excelência/2016/Prefeitura de Monte Azul Paulista - SP) Referente ao Sistema de


Informação de Agravos de Notificação, assinale a alternativa que apresente alguns aspectos
que devem ser considerados na notificação:

A) Notificar a simples suspeita da doença. Deve-se aguardar a confirmação do caso para se efetuar a
notificação, pois isto pode significar perda da oportunidade de intervir eficazmente.
B) A notificação tem de ser compartilhada, só podendo ser divulgada dentro do âmbito médico
sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos.

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C) O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de casos,
configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um indicador de
eficiência do sistema de informações.
D) Nenhuma das alternativas.

17. (2014/CESGRANRIO/Petrobras) A notificação compulsória é a comunicação obrigatória


sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública
que deve ser feita à autoridade de saúde.

Essa notificação NÃO é feita por:

a) médicos.
b) enfermeiros.
c) responsáveis pelos serviços privados de saúde.
d) responsáveis pelos serviços públicos de saúde.
e) qualquer cidadão que tenha conhecimento dessa(s) ocorrência(s).

18. (2015/FGV/TCE-SE) A Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde faz


parte das ações de Vigilância desenvolvidas pelo Ministério da Saúde. Sobre as disposições
legais relacionadas ao processo de notificação, é correto afirmar que:

a) agravo é definido como a situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a
ocorrência de surto ou epidemia de causa desconhecida; b) o modelo de vigilância realizada a partir de
estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade e mortalidade de interesse para
a saúde pública é denominado vigilância de notificação;
c) a notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de
doença ou agravo, é denominada notificação compulsória negativa;
d) os casos de dengue, leishmaniose visceral e hepatites virais fazem parte da lista de doenças ou
agravos de notificação compulsória imediata;
e) a notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou responsável
pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até 24 horas desse
atendimento.

54
19. (2015/CONSULPLAN/HOB) A notificação compulsória das doenças listadas pelo Ministério da
Saúde é obrigatória para quais profissionais de saúde que prestam assistência ao paciente?

a) Médicos, somente.
b) Médicos e enfermeiros, somente.
c) Assistentes sociais e enfermeiros, somente.
d) Médicos e todos os outros profissionais de saúde.

20. (IDECAN/2016/Prefeitura de Miraí - MG) Pelo termo endemia, deve-se entender que trata-se
de doença:

a) rara.
b) que ocorre de forma muito além do estipulado para uma região.
c) que ocorre dentro de limites estabelecidos pelos serviços de vigilâncias em saúde.
d) que ultrapassa a média e dois desvios-padrão de limite de segurança para uma área

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GABARITO

1 C
2 E
3 C
4 A
5 C
6 E
7 B
8 A
9 D
10 A
11 B
12 B
13 D
14 C
15 A
16 C
17 E
18 E
19 D
20 C

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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