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Neves, M. Pereira, J.
FA‐ULisboa ‐ Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa
FA‐ULisboa ‐ Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa
Re rado de: h p://convergencias.esart.ipcb.pt
RESUMO: Ainda que cada vez mais o campo da experiência do u lizador
(user experience ‐UX) tenha vindo a ampliar os seus horizontes para
áreas, que vão além do contexto Web, a aplicação dos seus princípios
ainda não está presente em projetos de iden dade visual. No entanto,
quando falamos em iden dade visual, falamos simultaneamente no
u lizador, pois o que o u lizador pensa e a maneira com reage a
determinada iden dade, define a relação que é criada e a possibilidade
de querer usar o produto ou serviço em causa. Através de métodos de
estudos de caso, examinam‐se caracterís cas de marcas gráficas capazes
de potenciar este cruzamento. Pretende‐se assim, demonstrar a
importância da compreensão mais ampla da UX e verificar o impacto
que a iden dade visual pode ter na vida do u lizador.
PALAVRAS‐CHAVE: Iden dade Visual; Marca gráfica; Experiência do
u lizador
ABSTRACT: Although user experience (UX) has expanded its horizons to
areas, beyond Web context, applica on of its principles is not yet
present in visual iden ty projects. However, when we speak of visual
iden ty, we speak simultaneously about the user, because what user
thinks and the way he/she reacts to a certain iden ty, defines the
rela onship that is created and the possibility of wan ng to use products
or services. Through case studies methods, we examine brand
characteris cs capable of enhancing this rela on. The aim is to
demonstrate the importance of a broader understanding of UX and to
verify the impact that visual iden ty can have on the life of the user.
KEYWORDS: Visual iden ty; Brand; User experience
1. Introdução
O entendimento que o u lizador é um indivíduo com emoções, experiências passadas e uma inserção social, caracterís cas que tem um impacto direto na
maneira como o u lizador interage e reage a determinado serviço ou produto, levou ao desenvolvimento de novos modelos e abordagens capazes de definir o
que é a experiência (Hassenzahl, 2003:2; Forllizzi e Ba arbee, 2004:264). Ainda que seja visível uma preocupação crescente com as necessidades do u lizador,
esta preocupação não é visível em projetos relacionados com o desenvolvimento de uma iden dade visual.
A possibilidade de diferenciação e representação dos valores associados a uma organização, que a iden dade visual permite, só é conseguida se for possível
criar uma ligação com o u lizador (Olins, 2010), pois a maneira como a iden dade é interpretada, tem um impacto direto no sucesso da organização.
Para verificar esta relação, foi u lizada a metodologia de base qualita va, procurando estabelecer aproximações entre o tema da iden dade visual e conceção
de marcas gráficas com a experiência do u lizador.
Para tal foi iniciada uma revisão da literatura, seguindo‐se uma metodologia de estudos de caso, para análise de marcas gráficas e marcas gráficas dinâmicas,
explanadas de modo descri vo e com recurso a quadros síntese. Para o primeiro estudo de casos, foram eleitas marcas gráficas de bou que hotels, pois serão
usadas em momentos posteriores da inves gação a desenvolver. Este método permi u sinte zar, por um lado, caracterís cas recorrentes na criação destas
marcas e por outro, aferir quais as vantagens do desenvolvimento de uma marca gráfica dinâmica e o impacto que podem ter na relação com o u lizador.
Através da definição de parâmetros sobre os quais uma marca gráfica pode ser avaliada, foram re radas conclusões capazes de abrir caminho à possibilidade
de interseção entre a iden dade visual e a experiência do u lizador.
2. Sobre a Iden dade Visual
Segundo Landa (2006:5) a iden dade visual pode ser definida como "(...) the visual and verbal ar cula on of a brand (...)." [1], incluindo pografia, cores,
imagens e qualquer suporte gráfico convencional ou não, de modo a alcançar e sustentar um sistema iden ficável e com a capacidade de diferenciação face
aos seus concorrentes.
Quando se desenvolve uma iden dade visual, é necessário perceber que todos os elementos formais trabalham em conjunto para responder a obje vos
previamente traçados, contribuindo para uma iden dade que seja facilmente reconhecida e memorizável. Neste sen do, um dos principais pontos fortes de
uma organização é precisamente a capacidade de proporcionar ao consumidor/u lizador a promessa de uma ligação emocional com a organização. Esta
relação, deve ser sustentada em redor de um conjunto de valores, conseguida através de uma comunicação trabalhada quer ao nível visual, quer ao nível
verbal. O que o u lizador pensa de determinada iden dade e a maneira como reage, define a sua relação com a mesma, ou seja, se a reação for posi va a
probabilidade de querer u lizar o produto ou serviço é maior (Landa, 2006:4‐5).
Reforçando este princípio, Sco (2017) defende que a iden dade visual é mais do que uma marca gráfica ou os componentes verbais e visuais da comunicação
gráfica. Considera que a iden dade visual é "(...) a completly intangible connec on that exists between a person and a company (...)" [2]. Desta forma, define a
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07/06/2018 Revista Convergências
iden dade visual, como uma relação entre o u lizador e a organização, que garante a fidelidade do u lizador através de experiências individuais, que ocorrem
em momentos‐chave e transmitem valores como a auten cidade e o compromisso.
2.1 Uma Visão Holís ca da Marca Gráfica
Importa notar que, tal como Airey (2010:7) refere, é cada vez mais di cil para uma empresa, num mercado muito preenchido com informação, ter a
capacidade de se diferenciar visualmente. Tem sido conferido à marca gráfica e aos conceitos a si associados, um papel cada vez mais relevante no que diz
respeito ao valor acrescentado e de diferenciação. Esta procura pela diferenciação, num mercado com inúmeras escolhas centra‐se principalmente na procura
por uma ligação com o u lizador, pois a maneira como uma marca é interpretada, tem influência no sucesso da organização (Wheeler, 2009:2).
Tal como Mollerup (1997:88) sugere que, uma marca gráfica não serve apenas o propósito de iden ficação e individualização de uma organização. Ela pode
também fazer alusão à sua essência, personalidade ou simplesmente aos seus produtos. Para Olins (2010) o valor que permite a diferenciação de uma
empresa face aos seus concorrentes, parte também, da relação emocional que é estabelecida com o u lizador. No entanto, esta preocupação, atualmente não
pode estar apenas focada na noção de "clientes" ou "público‐alvo", mas também centrada nos empregados, fornecedores, distribuidores, comunidades locais
e mundiais, mantendo assim uma visão holís ca da marca. Assim, uma marca gráfica, devido à sua história e valores, à sua iden dade visual e meios de
promoção, adquire determinados fatores emocionais que a dis nguem dos seus concorrentes e a diferenciam na mente dos u lizadores (Landa, 2006:5).
2.2 A Marca Gráfica Dinâmica
As marcas gráficas podem sempre refle r os valores das organizações. No entanto, é preciso ter em consideração que estas não são está cas, crescem
constantemente e a adaptam‐se às circunstâncias envolventes (Wheeler, 2009:4). Perceber a dinâmica da organização, é perceber que a marca deve ser
flexível o suficiente para se adaptar e crescer com a organização que representa (Van Nes, 2012:6).
Com a quan dade de plataformas e novos veículos de comunicação que surgem todos os dias, o processo de desenvolvimento de marcas gráficas enfrenta
desafios, que passam pela criação de formas de expressão, elementos, princípios e conceitos que devem ter em conta a melhoria da experiência do u lizador.
Neste sen do, as marcas gráficas dinâmicas apresentam‐se como uma maneira de melhorar a experiência de uma marca tradicionalmente está ca (Hsu,
2013:41).
As marcas gráficas podem ser cons tuídas por uma série de elementos, tais como o símbolo, pografia, a cor ou outros elementos gráficos, sendo que cada
um destes elementos ajuda a iden ficar e a definir a marca. No entanto, de modo a desenvolver uma marca gráfica dinâmica, estes elementos não podem
apenas servir o propósito de iden ficação e reconhecimento. Deve ser criado espaço suficiente para trabalhar estes elementos de forma a adicionar
flexibilidade à marca, sem que deixe de ser reconhecida.
Podemos considerar, que uma marca gráfica dinâmica se apresenta como uma solução não só no reconhecimento dos valores da organização e da adaptação à
sua própria evolução, mas também na adaptação ao ambiente envolvente e à crescente exigência dos u lizadores. Uma marca dinâmica é capaz de
acompanhar essa evolução, sem perder a sua capacidade de iden ficar a organização, de ser reconhecida e facilmente iden ficada e de manter uma vantagem
compe va.
3. Compreender o u lizador
Cada vez mais existe uma preocupação em reconhecer o valor da experiência do u lizador em áreas para além do contexto da Web ou da interação homem‐
computador (Human‐Computer Interac on ‐ HIC) (Garre , 2011:6). De modo a melhor responder às necessidades do u lizador no desenvolvimento de
produtos, serviços ou iden dades visuais é preciso entender conceitos holís cos que vão para além dos limites de uma só disciplina (Ba arbee, 2004:16).
Temas tais como a resposta emocional a um produto ou serviço, a perceção que o u lizador tem do mesmo e a compreensão total da experiência do u lizador
têm vindo, cada vez mais a ser abordadas ao longo do tempo (Blythe et al., 2005).
Para Garre (2011:6) a experiência do u lizador é a experiência proporcionada por um produto ou serviço, ao u lizador, num contexto real. Ou seja, todos os
produtos com intenção de uso, geram uma experiência que implica sempre um contexto sico, cultural e social e que pode ser influenciado por experiências
passadas ou expecta vas futuras. Overbeeke et al. (2005) defendem que o u lizador não está necessariamente interessado no produto, tanto como na
experiência. A criação do contexto desta experiência pode ter uma influência posi va, beneficiando a perceção do u lizador em relação a uma iden dade,
produto ou serviço.
Durante o tempo que medeia o seu processo de trabalho, o designer deve ter a consciência, que todas as possibilidades para qualquer ação durante a
u lização do produto/serviço, devem fazer parte de uma decisão ponderada, que corresponde às expecta vas do u lizador. Procurando garan r, que a
experiência proporcionada resulta de um conjunto de decisões previamente tomadas pelo designer. Pressupõe isto, que o u lizador deve ser considerado
durante todo o desenvolvimento do projeto, pois se a experiência não for posi va, o mais provável é que a reação e u lização do produto/serviço fique
comprome da (Garre , 2011:17).
3.1 Definir a Experiência
Não existe uma definição clara do papel do u lizador no desenvolvimento de uma iden dade visual e, consequentemente, da abordagem a tomar quando
falamos na criação de experiências relacionadas com essa mesma iden dade.
No que diz respeito a um produto ou serviço, cada um tem caracterís cas únicas que correspondem a uma intenção criada pelo designer, que devem ser
pensadas para além do seu aspeto e função, em termos da UX (Garre , 2011). Segundo Hassenzahl (2005:32), cada vez que existe o contacto entre um
produto e o u lizador, inicia‐se um processo que se divide em duas fases:
i) Numa primeira fase, o u lizador procura perceber as caracterís cas do produto/serviço, o seu carácter. O produto/serviço apresenta um valor subje vo, que
vive da intenção do próprio designer e que deve ser concebido de acordo como os valores que se pretende comunicar. De modo a que, a reconstrução pessoal
das intenções do designer corresponda às expecta vas do u lizador.
ii) A u lização deste produto num determinado contexto, leva‐nos à segunda fase. Em que o u lizador, dependendo da situação em que se encontra, faz um
julgamento que leva a diferentes pos de consequências (emocionais ou comportamentais), face ao apelo do produto.
É inevitável que os u lizadores não formulem uma opinião em relação à organização, devido à interação com determinados componentes da iden dade
visual. É por isso importante que sejam suportados pelos princípios da experiência do u lizador, pois são estes princípios que garantem uma experiência
posi va entre o u lizador e qualquer componente da marca, originando por consequência, a fidelidade do mesmo em relação à organização (Garre , 2011).
4. Estudo de Casos de Marcas Gráficas
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07/06/2018 Revista Convergências
A procura de pontos relevantes no que diz respeito aos princípios adotados no desenvolvimento de uma marca gráfica, originou a necessidade de análise de
diferentes casos. Como início de um projeto de iden dade visual para um hotel em território nacional, foram selecionados casos, a par r de um critério de
escolha que teve por base a localização geográfica, a vidade turís ca e o conceito do hotel. Foram selecionados os seguintes casos:
• Casa da Lavandeira (h p://www.casadalavandeira.com/)
• Monverde (h p://www.monverde.pt/)
• Carmo's Bou que Hotel (h p://www.carmosbou quehotel.com/pt‐pt/)
• Quinta do Vallado (h p://www.quintadovallado.com/)
• Quinta da Pacheca (h p://www.quintadapacheca.com/)
• Quinta do Casaldronho (h p://www.quintadecasaldronho.com/pt/)
• Herdade da Malhadinha (h ps://www.malhadinhanova.pt/pt/)
• L'And Vineyards (h ps://www.l‐and.com/)
• Herdade dos Grous (h p://www.herdade‐dos‐grous.com/)
Fig. 1 – Marcas Gráficas Analisadas
No quadro 1, é possível observar a avaliação de cada marca gráfica, face aos critérios definidos. Estes critérios são baseados em Airey (2010:38‐39), Wheeler
(2009:32‐44) e Rand (1985:34) e são listados do seguinte modo:
1) relevância (adequação aos valores da organização);
2) relação entre elementos (es lo gráfico, símbolo, pografia);
3) durabilidade (adequação ao tempo e à cultura);
4) legibilidade (capacidade de leitura à distância e em movimento);
5) memorabilidade (de fácil reconhecimento e memorização);
6) flexibilidade (visível em vários tamanhos, formatos e processos de produção gráfica).
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07/06/2018 Revista Convergências
Quadro 1: Análise de marcas gráficas
Após a análise de cada um dos casos é importante realizar uma síntese, de modo a compreender, não só caracterís cas comuns no desenvolvimento destas
marcas gráficas, mas também entender o que pode ser uma mais valia, ou pelo contrário um obstáculo, na criação e desenvolvimento de uma marca.
É de notar a importância que a construção de uma marca gráfica perce vel em diversas situações tem na iden ficação de uma organização, dos seus valores e
na criação de uma relação próxima e empá ca com o u lizador. Foi possível verificar, que todas vivem de um conceito muito semelhante: apenas um dos nove
casos não é cons tuído pelo símbolo e designação. É visível uma falta de esforço em alargar o léxico representa vo das regiões em que cada hotel está
inserido e dos seus próprios valores, tornando‐se di cil criar uma vantagem compe va face a outros hotéis com o mesmo posicionamento.
Por outro lado, a importância da compreensão e consideração do u lizador no desenvolvimento da iden dade visual não é visível. Todos os casos têm um
discurso visual está co e com pouco espaço para moldar e explorar a marca e a versa lidade que esta pode ter, nos suportes em que vai estar inserida. Esta
despreocupação com a experiência do u lizador, leva a resultados previsíveis e pouco ca vantes.
5. Estudo de Casos de Marcas Gráficas Dinâmicas
Por oposição aos casos anteriores, as marcas gráficas consideradas como dinâmicas, aparentam uma capacidade de evolução e adaptação. Isto, sem perder a
possibilidade de reconhecimento e de desenvolvimento do sistema de iden dade visual, de modo a garan r uma relação próxima com o u lizador. Procedeu‐
se então a um estudo de casos sobre marcas gráficas dinâmicas, que permi sse a compreensão do seu processo de elaboração e a comparação com o estudo
anterior. Os casos selecionados foram os seguintes:
• Casa da Música (h p://sagmeisterwalsh.com/work/all/casa‐da‐musica/)
• EDP ‐ Energias de Portugal (h p://sagmeisterwalsh.com/work/all/edp/)
• MIT Media Lab (2010) (h p://www.thegreeneyl.com/mit‐media‐lab‐iden ty‐1)
• MIT Media Lab (2014) (h ps://www.pentagram.com/work/mit‐media‐lab)
• NAI ‐ Netherlands Architecture Ins tute (h p://www.brucemaudesign.com/work/
netherlands‐architecture‐ins tute‐nai)
• OCAD ‐ Ontario College of Art and Design (h p://www.brucemaudesign.com/work/ ocad‐university)
Fig. 2 – Marcas gráficas dinâmicas analisadas
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07/06/2018 Revista Convergências
Segundo Hsu (2013:42‐43) uma marca gráfica dinâmica pode ser avaliada em três níveis:
1) cogni vo, que inclui a relevância e a capacidade da marca ser reconhecida;
2) sico, percebendo a funcionalidade do sistema e a sua personalização;
3) emocional, na relação com o u lizador.
A par r dos parâmetros apresentados, foram definidos quatro critérios de avaliação de marcas gráficas dinâmicas, visíveis no quadro 2:
1) relevância (adequação aos valores da organização);
2) reconhecimento (avaliação dos elementos que compõem a marca gráfica dinâmica);
3) personalização (análise das variações permi das pelo sistema);
4) relação com o u lizador (aplicação da marca em diversos suportes).
Quadro 2: Análise de marcas gráficas dinâmicas
Tal como afirma Hsu (2013:41) a marca gráfica é a representação da imagem da organização. Imagem essa, que deve ser capaz de fazer com que, o u lizador
iden fique facilmente o seu significado, valor e personalidade. No entanto, com o desenvolvimento dos meios de comunicação e a mudança na maneira como
a informação chega ao u lizador, existe uma necessidade de adaptação que é facilitada através da u lização de uma marca gráfica dinâmica. Esta, tem a
capacidade de se moldar e adaptar a mudanças por vezes externas à organização.
Por outro lado, como foi possível observar no caso do segundo sistema do MIT Media Lab, pode funcionar, não só como uma maneira de iden ficar a
organização, mas também todos os serviços inerentes à mesma. Criando assim, um sistema dinâmico que oferece inúmeras possibilidades no
desenvolvimento da iden dade visual. Esta parece aliás, uma caracterís ca que favorece a organização não só no sen do diferenciador face à sua
concorrência, mas também na iden ficação dos serviços, pensando nestes como um todo.
É também importante realçar que esta capacidade que a marca gráfica dinâmica tem, de assumir variações e de ser moldada de modo a potenciar o suporte
em que vai estar presente, introduz uma nova caracterís ca que se relaciona com a possibilidade de alargar a par cipação do u lizador através da experiência.
Uma experiência visual tradicionalmente caracterizada por ser está ca, como foi visível nos estudos de caso de marcas de hotéis, pode ser melhorada pela
u lização de uma marca gráfica dinâmica, pois alarga a possibilidade de criação de peças únicas e diferenciadas capazes de influenciar posi vamente a
experiência do u lizador.
6. Conclusões
Este trabalho procura demonstrar a importância de alargar os métodos recorrentemente u lizados no desenvolvimento de uma iden dade visual, como meio
de corresponder a expecta vas de u lizadores cada vez mais exigentes e informados.
Através da revisão da literatura foi possível perceber, um espaço a preencher na inves gação em UX aplicada ao desenvolvimento de um projeto de iden dade
visual e a importância de alargar o seu campo de atuação para outras áreas que não a Web e os sistemas informá cos.
O estudo de casos de bou que hotels, assegurou a compreensão das caracterís cas comuns, no desenvolvimento de marcas gráficas para hotéis com um
posicionamento semelhante, onde foi também possível observar a predominância de um discurso visual está co e com pouco espaço para explorar a
versa lidade que uma marca gráfica pode ter. Neste sen do, foi também iden ficada uma despreocupação generalizada no envolvimento com o u lizador,
comprovando a necessidade de ter em conta os princípios da UX, de modo a conseguir criar soluções diferenciadas e ca vantes.
A análise dos casos estudados de marcas dinâmicas, assegurou a compreensão dos métodos relacionados com o seu desenvolvimento, bem como a sua
versa lidade, na criação de peças capazes de potenciar a interação com o u lizador e o consequente entendimento que podem ter da iden dade.
É nos dias de hoje, fundamental aumentar a compreensão que se tem do u lizador e consequentemente melhorar a sua experiência. Esta abordagem garante
que as decisões tomadas no desenvolvimento projetual, têm como propósito criar soluções capazes de corresponder ás necessidades e expecta vas do
u lizador. Neste sen do, os princípios da UX como base do desenvolvimento de um projeto de iden dade visual, devem ser uma prá ca a seguir.
Notas
[1] T.L. "(...) ar culação de componentes verbais e visuais da comunicação gráfica (...)"
[2] T.L. "(...) uma conexão intangível que existe entre o u lizador e a organização (...)"
http://convergencias.esart.ipcb.pt/?p=article&id=286 5/6
07/06/2018 Revista Convergências
Acknowledgments
This paper was presented at 6th EIMAD – Mee ng of Research in Music, Art and Design, and published exclusively at Convergences.
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Reference According to APA Style, 5th edi on:
Neves, M. Pereira, J. ; (2018) A Experiência do U lizador no Contexto da Iden dade Visual. Convergências ‐ Revista de Inves gação e Ensino das Artes , VOL
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