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Yeshua

Yeshua através de olhos judaicos: Um


rabino examina a vida e os ensinamentos
de Yeshua
22/01/2017 11:06

YESHUA ATRAVÉS DE OLHOS JUDAICOS:

Um rabino examina a vida e os ensinamentos de Yeshua

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Por Rav. John Fischer, Ph.D., Th.D.

Tradução de Luiz Felippe Cavalcanti

PARTE 1

Sobre ele foi dito: "Eis aqui um homem que nasceu num obscuro
vilarejo, filho de uma camponesa. Ele cresceu em outro vilarejo. Ele
trabalhou em uma carpintaria até completar trinta anos, e depois de
três anos foi um pregador itinerante. Ele nunca escreveu um livro.
Ele nunca teve um escritório. Ele nunca possuiu uma casa. Ele nunca
teve uma família. Ele nunca foi para a faculdade. Ele nunca viajou
mais de 200 milhas do lugar onde ele nasceu. Ele nunca fez
nenhuma das coisas que normalmente acompanham a grandeza. Ele
não tinha credenciais, mas tinha a si mesmo. Quando ainda era
jovem, a maré da opinião pública se voltou contra ele. Seus amigos
fugiram. Um deles o negou. Ele foi entregue aos seus inimigos. Ele
passou pelo escárnio de um julgamento. Ele foi pregado em um
madeiro entre dois ladrões. Seus executores tiraram sortes para a
única propriedade que ele tinha na terra, enquanto ele estava
morrendo, e esta era sua túnica. Quando ele foi morto, ele foi
retirado e colocado em um túmulo emprestado pela piedade de um
amigo. Mais de dezenove longos séculos vieram e se foram, e hoje
ele é a peça central da raça humana e o líder da coluna de progresso
da humanidade. Posso afirmar com bastante certeza quando digo
que todos os exércitos que já marcharam, e todos os navios que já
foram construídos, e todos os parlamentos que já existiram e todos
os reis que já reinaram, colocados juntos, não afetaram a vida do
homem na Terra do mesmo modo que esta única vida solitária tem
feito."

A apreciação do judaísmo por ele (Yeshua) tem com frequência sido

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brilhante da mesma forma. O altamente respeitado filósofo judeu


Martin Buber escreveu: " ...Eu estou mais do que nunca certo de que
um ótimo lugar pertence a ele na história da fé de Israel e que este
lugar não pode ser descrito por nenhuma das categorias usuais." [
TWO TYPES OF FAITH, Harper, New York, 1961, pp. 12-13.]

Em uma entrevista, Albert Einstein observou: "Quando criança, eu


recebi instrução tanto na Bíblia quanto no Talmud. Eu sou judeu, mas
estou encantado com a figura luminosa do Nazareno ... Ninguém
pode ler os Evangelhos sem sentir a presença real de Yeshua. Sua
personalidade pulsa em cada palavra. Nenhum mito é preenchido
com tanta vida." [George Viereck, "What Life Means to Einstein," THE
SATURDAY EVENING POST, Oct. 26, 1929.]

O Presidente Emérito da Conferência Central de Rabinos Americanos,


Hyman Enelow, observou: "Quem pode calcular tudo o que Yeshua
significou para a humanidade? O amor que ele inspirou, o consolo
que deu, o bem que fez, a esperança e a alegria que suscitou? Tudo
isto é inigualável na história da humanidade." ["A Jewish View of
Jesus," SELECTED WORKS OF HYMAN ENELOW, VOLUME III:
COLLECTED WRITINGS, privately printed, 1935.]

O ex-presidente do Hebrew Union College, Rabbi Kaufman Kohler, se


dirigiu ao Congresso em 1893 da seguinte forma: "Nenhum sistema
ético ou catecismo religioso, por mais amplo e puro, poderia igualar a
eficiência dessa grande personalidade, ficando, diferente de qualquer
outro, a meio caminho entre o céu e a terra, igualmente perto de
D'us e do homem ... Yeshua, o auxiliar dos pobres, o amigo do
pecador, o irmão de cada companheiro sofredor, o consolador de
cada aflito pela tristeza, o curador do doente, o levantador dos
caídos, o amante do homem, o redentor da mulher, ganhou o
coração da humanidade pela tempestade. Yeshua, o mais manso dos
homens, o mais desprezado da raça desprezada dos judeus, montou
no trono do mundo para ser o Grande Rei da terra. [Quoted in Jakob
Jocz, London, 1962.]

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O que faz Yeshua levantar a cabeça e ombros acima do resto e ainda


assim ter raízes tão profundas entre seu próprio povo? Abraham
Lincoln perceptivamente aponta para uma parte da resposta: "Eu
duvido da possibilidade, ou propriedade, de se estabelecer a religião
de Yeshua HaMashiach nos moldes de credos e dogmas feitos pelo
homem ". [ Quoted in William Wolf, THE RELIGION OF ABRAHAM
LINCOLN, 1963, p. 51.]

David Flusser, o ex-chefe de departamento na Universidade Hebraica


de Jerusalém, sobrevivente do holocausto, indica uma maior parte do
resto da resposta: "Como judeu, ele [Yeshua] aceitou integralmente
a Torá. A comunidade que ele fundou, comparável em alguns
aspectos aos essênios, viu-se como um movimento de reforma e
realização DENTRO do judaísmo, e não separado dele." [JESUS,
Herder and Herder, New York, 1969, p. 216.]

Rabino Stephen Wise, um dos fundadores e expoentes da Reforma


do Judaísmo, disse que de forma muito sucinta: "Yeshua é o judeu
dos judeus." [THE OUTLOOK, June 7, 1913.]

Não é de admirar, então, que o ex-capelão do Senado Richard


Halverson poderia salientar: "Há algo superficial num cristianismo
que perdeu suas raízes judaicas". ["A Stout Stand for Israel,"
CHRISTIANITY TODAY, November 20, 1981, p. 51.]

Ou, mais incisivamente: "Retirar Yeshua para fora do seu mundo


judaico destrói tanto Jesus quanto destrói o cristianismo, .... Mesmo
o papel mais conhecido de Yeshua como Messias é um papel judaico.
Se os cristãos deixam de lado as realidades concretas da vida de
Yeshua e da história de Israel em favor de um ‘Jesus espiritual
universal mítico’ e um reino sobrenatural de D'us, eles negam suas
origens em Israel, sua história, e também o D'us que ama e protege
Israel. Eles deixam de interpretar o Yeshua real enviado por D'us e o
refazem à sua própria imagem e semelhança. Os perigos são
evidentes. Se os cristãos arrancarem violentamente Yeshua para fora
do seu lugar natural, étnico e histórico dentro do povo de Israel, eles

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abrem o caminho para fazer igual violência a Israel, o lugar e o povo


de Yeshua. Esta é uma lição de história que nos assombra no final do
século 20." [ Anthony Saldarini, "What Price the Uniqueness of
Jesus?" BIBLE REVIEW, June 1999, p. 17.]

"Assim, torna-se ainda mais vital olharmos Yeshua através de olhos


judaicos." [For an excellent recent discussion, see David Friedman,
THEY LOVED THE TORAH, Lederer, Baltimore, 2001.]

PARTE 2

A Judaicidade de Sua Vida e Ensino

A Brit Chadashá reporta de forma marcante que Yeshua foi criado


como um judeu nas tradições e fé de seus antepassados. Desde o
primeiro momento, foi-lhe dado um nome comum entre os judeus
que refletia sua missão, Yeshua (Mt. 1:21), que significa: "O Eterno
salva".

Este foi não só o terceiro nome de menino mais comumente usado


no final do período do Segundo Templo do Judaísmo, e ele se conecta
diretamente com a expectativa profética (Is 62:11 diz literalmente:
"Seu Yeshua está chegando ...").

Seus pais vieram para o Templo com o recém-nascido Yeshua para


sua B'rit Milá (circuncisão), para o Pidyon Haben (redenção do
primogênito), e para a purificação ritual da mãe (Lc 2, 21-24.) num
mikveh. A família de Yeshua também ia a Jerusalém anualmente para
observar as festas tradicionais (Lc. 2:41).

Esta prática habitual é uma indicação da observância especialmente


devotada da família; nem todas as famílias da época poderiam
observar ou observavam esta prática. Em uma dessas viagens,
quando ele tem doze anos, Yeshua interagiu com os professores
rabínicos, fazendo perguntas penetrantes como um aluno pré-bar

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mitzvah excepcionalmente sábio (Lc 2:42).

Assim como sua infância, sua vida posterior também foi carimbada
pela sua herança judaica. Ele respeitou o Templo e seu culto de
adoração ao Eterno, esperando que seus seguidores oferecessem os
sacrifícios habituais (Mt. 5:23, 24) e saíssem do seu caminho para
pagar o imposto do Templo (Mt. 17: 24-27). Como os judeus devotos
de sua época ele participou regularmente na sinagoga no Shabat (Lc.
4:16). Primeiro sendo ensinado lá como uma criança, e mais tarde
ministrando o ensino ele próprio.

Ele sempre observou as festas e feriados judaicos (não somente as


ordenadas na Torá, mas mesmo as festas da tradição judaicas, como
Chanuká) e usou essas ocasiões para indicar como elas destacavam
a sua missão (Jo 2:13; 5: 1, 7: 2, 10, 37-39; 08:12, 10: 22-23; 13:
1-2).

Ele usou e ensinou as orações tradicionais de sua época (cf. Mt. 6:


9-13). "Sua oração especial, o Avinu Shebashamayim (Pai nosso), é
apenas uma forma abreviada da terceira, quinta, sexta, nona e
décima quinta das Dezoito Bênçãos da Amidá" ( Joseph Jacobs,
JEWISH ENCYCLOPEDIA, vol. VII, Funk and Wagnalls, New York,
1916, p. 102.).

E, claramente, ele usou as bênçãos familiares sobre o pão (hamotsi


lechem) e o vinho (bore peri hagafen), quando ele recitou a benção
(brachá) nas refeições (cf . Lc 22, 19-20.).

Os evangelhos também indicam que ele era bastante judaico em


seus vestimentos. Quando a mulher com a hemorragia estendeu a
mão para ele, ela agarrou a barra da sua roupa (Mc 6:56;.. Mat
9:20; Lc 8:44). O termo grego usado aqui, kraspedon, comumente
traduz o hebraico tsitsit ou franjas, que D'us havia ordenado ao povo
judeu a usar (Nm 15:. 37-41). [Estes tsitsiot são usados nos quatro
cantos de seu talit (manto de orações, ordenado em Deuteronômio
12:22), e são ainda mais especiais em referência ao Mashiach

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Yeshua, pois cumpre a profecia de Malaquias, que diz: "e cura trará
nas suas asas", onde asa é como é conhecido o talit, quando aberto
ou estendido sobre alguém por um sacerdote.]

Seu modo de vida refletia outros costumes judaicos também. Ele


seguiu o costume de não só pregar na sinagoga, mas ao ar livre,
como os rabinos que "pregaram em toda parte, na praça da aldeia e
no campo, bem como na sinagoga". O uso frequente de imersão
associada a seu ministério também era bastante comum para sua
época, como o próprio Talmud testemunha (Sanhedrin 39a) sobre
este fato.

Como já foi indicado, se alguém aceita isso ou não, é um fato


atestado pelos Evangelhos ... que até a chegada de sua hora final
Yeshua nunca deixou de praticar os rituais básicos do judaísmo.
Talvez, o mais importante foi a sua relação com a Lei e as tradições,
o que alguns têm descrito como "totalmente ortodoxa" [George Foot
Moore, JUDAISM IN THE FIRST CENTURIES OF THE CHRISTIAN ERA,
vol. II, Schocken Books, NewYork, 1971, p. 9.]

Ele declarou a permanência de toda a Torá (Mt. 5, 17-19). E aceitou


até mesmo algumas extensões farisaicas (Mt . 23: 2-3). Algumas
delas incluem: o dízimo de ervas (Mt. 23:23; cf. Maaserot 4.5), a
graça nas refeições (Mc 6:41; 8:. 6), as bênçãos sobre o vinho, e da
recitação dos Salmos Hallel no Seder de Pessach (Mc 14, 22-23., 26).
Essa relação com as tradições e práticas do seu tempo fez com que
David Flusser escrevesse na Enciclopédia Judaica: [Vol. 10, p. 14.] ...
"os Evangelhos fornecem provas suficientes no sentido de que
Yeshua não se opôs a qualquer prescrição da Lei mosaica escrita ou
oral."

PARTE 3

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O fato de que Yeshua pregava regularmente nas sinagogas, o que


não teria sido possível se o seu estilo de vida ou ensinamentos
tivessem sido reconhecidamente diferentes dos ensinamentos
habituais ou da halachá aceita (opiniões autorizadas), corrobora
essas observações.

O incidente em Mateus 9:18 fornece corroboração adicional. O


"príncipe" - em Lc 8:41 e Mc. 5:22, o "chefe da sinagoga" (Rosh
Knesset ?) - que era o homem mais importante na sinagoga ir até
Yeshua e clamar pela salvação de sua filha moriunda. Tanto o seu
pedido quanto sua postura (de se ajoelhar) indicam a pronta
aceitação deste líder religioso e de profundo respeito por Yeshua
como um judeu observante e líder religioso importante.

Outro autor observou ainda: Yeshua representa um ponto de


desenvolvimento em execução ininterrupta da Bíblia hebraica e
ligado a ela através de um suplemento interpretativo que é
característico da grande criação literária dos rabinos, a Torá Oral.

Como o erudito bíblico e filósofo Israelense Yehezkel Kaufmann


descreve: "A atitude de Yeshua com a Torá é a mesma atitude que se
encontra entre os mestres da halachá e Hagadá que seguiram a
tradição farisaica" [ B.Z. Bokser, Alfred Knopf, New York, 1967, pp.
208-209]

Na verdade, até mesmo o Sermão da Montanha, muitas vezes visto


como a essência e síntese dos ensinamentos de Yeshua, reflete
conceitos familiares aos judeus de sua época e que eram
consistentes com o ensino rabínico. Para começar, é bastante similar
em estilo. Grande parte do sermão consiste em ilustrações da
compreensão adequada da Lei, ou Torá, que defina as suas
implicações mais amplas e descrevendo seus princípios mais amplos.

Muitas das ilustrações que ele usou foram comuns aos "rabinos" de
sua época, e o sermão todo é realizado no estilo de uma midrash -
uma interpretação suplementar da Escritura, da mesma forma como

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é exemplificado na Torá Oral, que mais tarde tornou-se o Talmud.


Assim como Yeshua, esses professores sentiram que a explicação
moralmente sensível deve ir além da mera conformidade com a Torá
(confira Baba Mezia 88a; Mekilta em Ex 18:20.).

Como cada um expunha a Torá, as coisas que eles ensinaram se


equiparavam entre si. Um exemplo desse ensinamento paralelo vem
do Talmud: "Quem tem piedade de seus semelhantes obtém
misericórdia do céu" (Shabat 151b; confira Mt. 5, 7). Outras
semelhanças com as bem-aventuranças poderiam ser citados
também. [veja, e.g. Isaac, pp. 78-79; Johannes Lehmann, RABBI J,
Stein & Day, New York, 1971, p. 91.]

Os eruditos frequentemente citam a famosa passagem "dar a outra


face" (Mt. 5: 38-48) como um exemplo da novidade radical dos
ensinamentos de Yeshua. Mas mesmo aqui não se mantém que esse
espírito de Yeshua de paciência, de mansidão, de bondade, de
caridade, seja totalmente o oposto ao ensino dos rabinos. Na
verdade, é o mesmo espírito que inspirou o melhor ensinamento dos
rabinos ... [C.G. Montefiore, RABBINIC LITERATURE & GOSPEL
TEACHINGS, KTAV, New York, 1970, p. 52.]

O ponto que Yeshua enfatizou aqui é a resposta adequada ao insulto,


"o tapa na cara". Uma pessoa não deve pedir reparação ou
retaliação, mas deve suportar o insulto humildemente. Com isso os
rabinos concordam, e aconselham que uma pessoa atingida no rosto
deve perdoar o ofensor, mesmo se ele não pedir perdão (confira
Tosefta Baba Kamma 9: 29).

O Talmud elogia a pessoa que aceita ofensa sem retaliação e se


submete ao sofrimento e ao insulto alegremente (confira Yoma 23a).
Na verdade, pode-se encontrar paralelos no material rabínico para
quase todas as declarações de Yeshua neste parágrafo. (5: 38-42)
[E.g., v. 39 cf. Baba Kamma 8.6; v. 40 cf. Pirke Avot 5.13, Mekilta on
22:25, 102b; v. 41 cf. Baba Mezia 7.1; v. 42 cf. Sifra Kedoshim on
19:18, 89a. See also Bokser, p. 192; Asher Finkel, THE PHARISEES &

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THE TEACHER OF NAZARETH, E. J. Brill, Leiden, 1964, p. 165. ]

O parágrafo seguinte (vv. 43-47) baseia-se em "amar o inimigo".


Aqui, também, declarações que expressam ideias semelhantes
podem ser encontradas nos escritos dos rabinos. Por exemplo, "se
alguém procura fazer mal para você, faça você o bem de orar por
ele" (Testamento de Yossef XVIII.2; confira. Mt. 5:44).

Embora seja verdade que os rabinos nem sempre concordam sobre


como tratar um inimigo, há indícios de que muitos deles ensinavam
perspectivas semelhantes a Yeshua. [E.g. v. 43 cf. Sifra on Lev.
19:18, 89b; v. 45 cf. Mekilta on 18:12, 67a; v. 48 cf. Sifre Deut. on
11:22, 85a; see also Montefiore, pp. 68, 73-74; Jacobs, p. 166; as
well as Samuel T. Lachs, A RABBINIC COMMENTARY ON THE NEW
TESTAMENT, KTAV, Hoboken, NJ, 1987.]

A seguinte avaliação dos paralelos entre os ensinamentos de Yeshua


e aquele dos fariseus reconhece este ponto em comum, mas também
reconhece a independência. Notamos que os ensinamentos de
Yeshua são expressivos do método e substância da Torá Oral
desenvolvida pelos grandes mestres do judaísmo rabínico.

Se, em alguns detalhes, Yeshua trilhou uma linha independente, isto


era normal no judaísmo rabínico, o que permitiu uma ampla latitude
para cada professor a pensar de forma independente. Se, em alguns
casos, seus pontos de vista podem ter despertado a oposição dos
professores contemporâneos, este também era um fenômeno normal
no judaísmo. Os debates entre a Escola de Shammai e a Escola de
Hillel sobre a interpretação da tradição e sua aplicação à vida
contemporânea, por vezes, eram ferozmente acirrados, mas nunca
houve qualquer dúvida de que ambos eram linhas legítimas para a
exposição do judaísmo.

PARTE 4

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O Conflito Examinado

Como a citação anterior ilustra, enquanto Yeshua estava muito em


sintonia com seu tempo e seu povo, havia pontos de conflito entre
ele e alguns dos líderes religiosos.

Então, qual era a natureza desse conflito? Yeshua ensinou em um


período de fluxo e transição, de várias interpretações da Torá em
desenvolvimento, e ocasionalmente conflitantes entre si. E
aproveitando essa liberdade de interpretação, ele, no entanto,
manteve-se completamente judaico e integrado à visão principal do
Judaísmo.

Por exemplo, ele aceitou as leis sobre o Shabat, mas se diferenciou


na interpretação de algumas dessas leis relativas a determinadas
condições que justificam a sua suspensão. [ Israel Abrahams,
STUDIES IN PHARISAISM AND THE GOSPELS, KTAV, New York, 1967,
vol. I, pp. 134, 131.]

"Em pontos menores ... ele mostrou uma liberdade do costume


tradicional, que implicava uma ruptura com a regra mais rigorosa dos
adeptos mais rigorosos da Lei naquele tempo ". [Joseph Jacobs,
JEWISH ENCYCLOPEDIA, vol. VII, Funk and Wagnalls, New York,
1916, p. 162.]

No entanto," algumas dessas, é claro, podem ser violações


permitidas de tradições que, longe de ter uma força de ligação,
foram objeto de livre e contínuos debates internos ".

Deve-se lembrar, então, que ele não violou os costumes e práticas


geralmente aceitos; ele simplesmente não concordou com algumas
declarações específicas apresentadas por alguns professores. A
questão do Shabat ilustra isso.... "Há provas de que Yeshua nunca
quebrou abertamente o Shabat; quando ele apareceu diante do
Sanhedrin (Sinédrio), não havia qualquer vestígio de tal acusação

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contra ele, a qual certamente não deixaria de ser feita caso tivessem
a menor possibilidade de fundamento ... no caso do Shabat, como
em todos os casos deste tipo, Yeshua tomou a posição clara, não
contrária à Lei, nem mesmo contra as práticas rituais, mas contra a
excessiva importância que determinados doutores fariseus atribuíam
a elas; nem mesmo contra o farisaísmo, mas contra as tendências
particulares no farisaísmo, especialmente a tendência de colocar a
letra antes do Espírito." [Isaac, p. 60.]

Uma outra consideração merece menção. Vários comentários de


Yeshua indicam que ele interagiu com a discussão entre as escolas
de Hillel e Shammai, e, portanto, estaria em conflito com um ou
outro [Finkel, pp.139-142.].

Por exemplo, a declaração sobre o dízimo da hortelã e endro (Mt.


23.: . 23f) reflete uma das coisas incluídas para o dízimo por
Shamai, mas não por Hillel (Maaserot 1.1 cf. 4.6; Eduyyot 5,3;
Demai 1.3).

Isso mostra o grau de zelo e compromisso de Shammai para a Lei do


dízimo (Dt 14: 22-23.). A referência sobre o aumento da tsitsit alude
a uma outra discussão entre as escolas. Em resposta ao comando
para fazer tsitsit (Dt. 22:12), Shammai queria fazer tsitsit maiores
do que Hillel (Menaḥot 41b).

Qual era então o principal foco do conflito entre Yeshua e alguns dos
líderes religiosos do seu tempo? Foram simplesmente diferentes
interpretações e aplicações da Torá? Ou era algo mais profundo? A
aura sobre Yeshua difere muito daquela sobre os líderes religiosos de
sua época. Ele vem como uma figura soberana fazendo
reivindicações supremas. Ele alegou autoridade excepcional e fez
afirmações extraordinárias, fazendo "exigências" consistentes com
eles. Sua autoridade era tão radicalmente diferente da dos líderes
(cf. Mc. 01:22) que o conflito era inevitável.

Enquanto ele falava com a sua própria autoridade, isto não constituiu

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uma ruptura com o Judaísmo. Ele não desafiou o Judaísmo, mas


chamou a atenção para a sua intenção apropriada, um processo
também central na tradição rabínica. Mas ele o fez com uma
autoridade de chamada que foi bastante inigualável.

O tom adotado em recomendar essas variações foi totalmente


inovador na experiência judaica, ele enfatizou sua própria autoridade
para além de qualquer poder vicário ou poder delegado do alto.
[Jacobs, p. 163.]

A chave para o conflito, então, gira em torno de singularidade e


autoridade de Yeshua como o Messias esperado e como o segundo
Moisés. Em seu ministério, "Eu digo" substitui "assim diz o Senhor."
Pois o que ele falava vinha diretamente e expressamente do Eterno
D'us. Da mesmo forma que D'us fez com que Moisés fosse ELOHIM
sobre o faraó, e as palavras de Moisés eram as palavras diretas do
Eterno D'us, e Arão era o profeta de Moisés. (Êxodo 7:1).

Como o Messias e iniciador do "Mundo Vindouro", ele trouxe uma


nova ordem das coisas. [Cf. Moore, vol.1, pp. 270-271.]. A
messianidade de Yeshua implicava que algo novo havia chegado para
o Judaísmo. Isso formou uma base para a sua autoridade e por
quaisquer adaptações ou interpretações apropriadas que ele pudesse
ter feito, ou para os desafios que ele levantou contra certas
interpretações que obscureciam o significado pretendido da Torá.

Como Messias esperado e Segundo Moisés, ele foi o intérprete oficial


da Lei.

De fato, o Talmud indica que a autoridade do Messias é tão grande


que: "Mesmo que ele lhe diga para transgredir qualquer dos
mandamentos da Torá, obedeça a ele em todos os aspectos"
(Yebamot 90).

Em última análise, a identidade e a autoridade de Yeshua como o


Messias esperado o colocaram em conflito com os líderes religiosos

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de sua época (cf. Jo 11, 48-50). Porém, seus ensinamentos


permaneceram firmemente enraizados dentro do Judaísmo.

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