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INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE

CAMPUS MACAÉ
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL III
PROF.: EDUARDO RAMOS

EXPERIMENTO 2: CUBA ELETROSTÁTICA

Alunos:
Ana Carolina Nº Matrícula: 201817170244
Bruno Lima Nº Matrícula: 201817170317
Felipe Marcelino Nº Matrícula: 201927170451
Guilherme Martins Nº Matrícula: 201917170181
Rafaell Fernando Nº Matrícula: 201817170163
Willian Bittencourt N° Matrícula: 201817170171

Macaé - RJ / 2018

Schlumberger-Private
SUMÁRIO
RESUMO....................................................................................................................................3

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3

OBJETIVO.................................................................................................................................5

PARTE EXPERIMENTAL.........................................................................................................5

RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................................6

CONCLUSÃO............................................................................................................................9

REFERÊNCIAS..........................................................................................................................9

Schlumberger-Private
1. RESUMO
O presente relatório aborda a experiência vivenciada em uma atividade experimental
realizada em laboratório, e tem como objetivo apresentar os resultados e discussões obtidas. O
principal objetivo da prática foi de simular e realizar o mapeamento em papel milimetrado do
campo elétrico, identificar e apresentar as suas linhas equipotenciais, em uma cuba
eletroestática. Além de trabalhar e fundamentar os conceitos de campo e potencial elétrico.

2. INTRODUÇÃO
Carga elétrica é uma das propriedades da matéria mais básicas para a compreensão da
eletricidade, sendo a grandeza física que determina a intensidade das interações
eletromagnéticas, da mesma forma que a massa determina a intensidade das forças
gravitacionais. Todo corpo possui muitas cargas elétricas, isto é, carga elétrica é uma
propriedade intrínseca da matéria, assim como a massa, estando associada à própria existência
das partículas.
Existem dois tipos de cargas elétricas: cargas positivas e negativas. Quando há a
igualdade na quantidade de cargas positivas e negativas, diz-se que o objeto está eletricamente
neutro. Se essas quantidades forem diferentes, o objeto está carregado eletricamente. A
unidade de carga do SI é o coulomb ( C ) C .
Carga elétrica é uma grandeza quantizada, isso significa que a quantidade de carga de
um corpo não é um valor contínuo, mas sim um valor composto de unidades elementares de
cargas. A quantidade de carga elétrica total é sempre um número inteiro de vezes o valor
elementar:
q=n∗e (1)
e=1,602 ×10
−19
C
Objetos carregados eletricamente interagem com outros corpos exercendo força sobre
eles. Essa interação é expressa matematicamente através da Lei de Coulomb. Cargas de
mesmo sinal se repelem e cargas de sinais opostos se atraem. A força que surge, seja de
repulsão ou atração, é chamada de força eletroestática. O termo eletroestática indica que a
velocidade relativa entre as cargas é nula ou muito pequena. O vetor força elétrica que atua
entre duas cargas elétricas pontuais pode ser escrito como:
q1 q2 (2)

F =k 2
r^
r
O vetor unitário r^ indica a direção da reta que liga as duas partículas, r éa
distância entre as partículas e k é uma constante, que tem o valor:
3

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1 9 2 2
k= =8,99 ×10 N ∙m /C
4 π ε0
Como dito anteriormente, objetos carregados eletricamente interagem com outros
corpos exercendo força sobre eles. Entretanto, algumas perguntas podem surgir: Como é
possível uma delas perceber a existência da outra? O que existe no espaço entre as cargas para
que a interação seja comunicada de uma carga para outra? Essas questões são explicas a partir
do conceito de campo elétrico.
A interação entra duas partículas A e B carregadas eletricamente pode ser analisada em
duas etapas. Inicialmente, o corpo A, em virtude da carga elétrica que ele possui, de algum
modo modifica o espaço ao redor dele. Então, o corpo B sente o espaço modificado pela outra
carga. A resposta sentida por B é a força eletroestática. Portanto, o campo elétrico serve de
intermediário para comunicar a força que A exerce sobre B. Vale ressaltar que o campo
elétrico criado por A existe independentemente da partícula B.
Portanto, o que acontece é que uma carga ou uma distribuição de cargas cria um
campo elétrico nos pontos do espaço em torno dela e que este campo elétrico é responsável
pelo aparecimento da força elétrica que atua sobre uma carga elétrica de prova colocada em
qualquer desses pontos.
Campo elétrico em um determinado ponto é igual à força elétrica por unidade de carga
que atua sobre uma carga nesse ponto:

F (3)

E=
q0

Linhas de um campo elétrico são linhas contínuas que unem os pontos aos qual o
campo elétrico é tangente. Apesar de essas linhas serem imaginárias, isto é, não possuem
existência real, elas permitem uma representação diagramática da distribuição do campo
elétrico no espaço. Linhas de campo fornecem a direção e o sentido do campo elétrico, além
disso, as linhas de campo são desenhadas de tal forma que o número de linhas por unidade de
área é proporcional ao módulo de ⃗ E . Ou seja, em campos elétricos mais intensos as linhas
de campo estão mais próximas.
Quando uma força eletroestática age entre duas partículas, uma energia potencial
elétrica U pode ser associada ao sistema. Considerando uma mudança de configuração de
um estado inicial i para um estado final f , o trabalho realizado pela força eletroestática
sobre as partículas é dado por:
∆ U =U f −U i=−W (4)
4

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A energia potencial elétrica de um sistema depende do valor da carga. Portanto, é
conveniente definir a energia potencial por unidade de carga associada a um campo elétrico,
pois essa grandeza representará uma característica apenas do campo elétrico, possuindo um
valor único para cada ponto do espaço. Define-se o potencial elétrico V em qualquer
ponto de um campo elétrico como a energia potencial U por unidade de carga associada a
uma carga de teste q 0 nesse ponto:
U (5)
V=
q0
A diferença de potencial elétrico entre dois pontos é dada por:
U f U i ∆ U −W (6)
∆ V =V f −V i= − = =
q q q q
Vale ressaltar que potencial elétrico é uma grandeza escalar. Sua unidade no SI é o
joule por coulomb ou então o volt.
Pontos vizinhos que possuem o mesmo valor de potencial elétrico formam uma
superfície equipotencial. Quando uma carga de teste q 0 se desloca de um ponto a outro de
uma superfície equipotencial, a energia potencial elétrico q0 V permanece constante. Por
consequência, durante esse deslocamento, o campo elétrico não realiza nenhum trabalho
líquido sobre a carga de teste. As superfícies equipotenciais sempre são perpendiculares às
linhas de campo elétrico.

3. OBJETIVO
O experimento realizado em aula visa observar as superfícies equipotenciais e
encontrar o valor do campo elétrico existente entre as placas metálicas, a partir de medição da
diferença de potencial de alguns pontos dentro da cuba.

4. PARTE EXPERIMENTAL

A) Materiais Utilizados:

 01 Multímetro Digital (Minipa ET-1002)

 02 Ponteiras para medição

 01 Cuba de vidro com água

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 01 Folha de papel milímetro

 02 Placas metálicas

 01 Fonte de tensão

B) Procedimento:

Utilizou-se uma cuba eletrostática que já estava montada pelo professor responsável. A
mesma continha água até metade de sua capacidade e possuía uma folha de papel milimetrado
no fundo. Foram posicionadas as placas metálicas paralelamente, a certa distância e
conectados polos opostos, vindos da fonte de tensão, a cada placa. Uma das ponteiras de
medição do multímetro foi conectada diretamente a uma destas placas e com a outra foram
anotadas a medições da diferença de potencial de acordo com a distância.
Anotou-se 11 medições com o multímetro, sendo estas com a variação de 1 cm,
paralelamente, uma da outra partindo da placa a qual foi conectada a primeira ponteira de
medição.
Foi verificado que medições paralelas à medição original não apresentava variação.
Foi verificado que as áreas que não estavam entre as placas metálicas, não
apresentavam variação de diferença de potencial.
Tais medidas tomaram-se uma a uma, onde um integrante do grupo estava observando
de cima a cuba variando a posição e, para auxílio, outro integrante observava a cuba de frente,
podendo observar a região entre ambas as placas.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O experimento realizado no laboratório apresentou informações que foram analisadas


sendo possível observar o comportamento do campo elétrico na cuba eletrostática.
Primeiramente, com o auxílio de um multímetro, foi medida a diferença de potencial
em alguns pontos da cuba, seguindo uma reta de uma placa à outra. Observou-se que os
valores de diferença de potencial aumentavam à medida que se aproximava da outra placa.
Portanto, pode-se concluir que a placa que se iniciou a medição estava carregada
negativamente e, portanto, a outra carregada positivamente. Como o sentido do campo
elétrico deve ser do polo positivo para o negativo, como mostra a Figura 1, conclui-se que o

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caminho percorrido pela ponteira do multímetro nessa primeira etapa foi no sentido contrário
ao sentido do campo elétrico resultante gerado pelas placas metálicas.
Logo após, foi medida a diferença de potencial, agora seguindo uma reta paralela às
placas. Foi observado que os valores de diferença de potencial apontados pelo o multímetro
eram muito próximos. Mensurando os valores de potencial em outras retas paralelas às placas,
observou-se que, para cada reta, os valores, de fato, eram próximos. Concluiu-se que retas
paralelas às placas podem ser consideradas linhas equipotenciais, pois são formados por um
conjunto de pontos que possuem o mesmo valor de potencial. Os valores encontrados não
foram exatamente iguais provavelmente por falta de precisão do instrumento de medição.
O fato das linhas equipotenciais encontradas estarem paralelas às placas está de acordo
com a teoria, que diz que as superfícies equipotenciais sempre são perpendiculares às linhas
de campo elétrico.
Mediu-se também a diferença de potencial nas regiões externas às placas metálicas.
Foi verificado um valor constante para qualquer ponto que fosse posto a ponteira do
multímetro. Após discussões sobre essa observação, foi concluído que nas regiões fora das
placas o campo elétrico pode ser considerado nulo. Isso se deve ao fato de que, considerando
um ponto entre as placas, o vetor do campo elétrico criado pela placa carregada positivamente
tem o mesmo sentido do vetor do campo elétrico criado pela placa carregada negativamente,
portanto, os vetores se somam. Considerando um ponto externo às placas, os vetores têm
sentidos contrários, portanto, os vetores se subtraem. Por isso, o campo elétrico externo às
placas é tido como nulo.

Figura 1 – Linhas de Campo e Superfícies Equipotenciais

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Em seguida, 11 medições foram feitas variando a distância de 1 em 1 centímetro. Os
valores de diferença de potencial foram anotados e estão dispostos na Tabela 1.

Diferença de
Espaço (Cm) Incerteza (Cm) Potencial (V) Incerteza (V)
1.0 0.1 1.61 0.01
2.0 0.1 2.66 0.01
3.0 0.1 3.59 0.02
4.0 0.1 4.46 0.02
5.0 0.1 5.46 0.03
6.0 0.1 6.45 0.03
7.0 0.1 7.47 0.04
8.0 0.1 8.43 0.04
9.0 0.1 9.46 0.05
10.0 0.1 10.54 0.05
11.0 0.1 11.49 0.06

Tabela 2 - Dados Coletados

Os dados coletados foram inseridos em um software de plotagem de gráficos e foi


plotado um gráfico (Gráfico 1) de uma curva de tendência linear:

Variação da Diferença de Potencial


em Relação ao Espaço

Gráfico 1 – Diferença de Potencial x Espaço

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A função crescente do primeiro grau encontrada é dada por:

f ( x)=0,9742 x +0,659 6

f ( 3,0 ) =0,9742∗3,0+ 0,6596=3,5822 V

f ( 3,5 ) =0,9742∗3,5+ 0,6596=4,0693 V

f ( 15,0 ) =0,9742∗15,0+0,6596=15,2726 V

Tendo em vista que a função estabelece a variação da diferença de potencial em


relação ao espaço, a derivada dessa função fornece o campo elétrico resultante entre as placas,
que é constante e seu valor é dado por:

d [f ( x ) ]
=0,9742 N /C
dx

6. CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos podemos concluir primeiramente que para retas
paralelas as placas energizadas a diferença de potencial serão iguais e também que o efeito do
campo elétrico em todos esses pontos é o mesmo.

Para pontos em uma reta perpendicular as placas energizadas há uma variação do


potencial elétrico que está relacionado a interferência do campo elétrico proporcionando um
fluxo elétrico entre as placas, visto que o fluxo proporcionado pelo campo elétrico com cargas
de sentido diferentes tem sentido saindo da carga positiva para a carga negativa.

Ao lado externo das placas carregadas não houve variação da diferença de potencial
(manteve-se estável) mesmo alternando a posição das ponteiras em qualquer direção, isso se
dever ao fato comentado a cima de que o fluxo elétrico só existe entre as placas energizadas.

Como conclusão final podemos perceber que a variação de potencial elétrico tem
relação direto com o fluxo elétrico gerado pelo campo elétrico.

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7. REFERÊNCIAS
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física. 8. Ed.
Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2009 Vol 3;

SEARS, Francis Weston; ZEMANSKY, Mark Waldo; YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN,
Roger A. 12. Ed. São Paulo, SP: Pearson Addison Wesley, c2008-2009 Vol 3;
CORRADI, Wagner, et al. Fundamentos de Física III. Belo Horizonte: Editora UFMG,
2010.

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