Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Devido à competição global dos mercados nos dias de hoje, à introdução de produtos com
ciclos de vida reduzidos, e ao aumento das expeculações dos consumidores, deu-se
um͞forcing͟ a nível das empresas para investir e dar mais atenção às suas cadeias de
abastecimento.
A cadeia de abastecimento (por vezes referida como rede de logística), consiste nos
fornecedores (suppliers), centros fabrico (manufacturing centers), armazéns (warehouses),
centros de distribuição (distribution centers), estabelicementos de retailers (varejistas).
Nos anos 80, empresas desenvolveram novas tecnologias de produção e estratégias que
permitiam reduzir os custos e competir melhor em diferentes mercados. Estratégias como
just-in-time, kanban, total quality management, etc.., tornaram-se muito populares e uma
grande quantidade de recursos foram investidos para implementar estas estratégias. Muitas
dessas empresas aperceberam-se que desenvolver uma cadeia de abastecimentos eficaz era
o próximo passo a seguir para aumentar os lucros e a quota de mercado.
Existem várias oportunidades à nossa volta para cortar custos na cadeia de abastecimentos.
Como é de esperar, cada vez mais as empresas estão dispostas a reduzir estes custos. Um
exemplo desta possível redução de custos relaciona-se com acordos estratégicos entre
diferentes parceiros (fornecedores e fabricantes, por exemplo); esta situação poderá ter um
impacto significativo na performance da cadeia de abastecimentos.
Quais são os tipos de planos de negócio e parcerias que melhor pode m reduzir os custos e
aumentar o nível de serviço? Qual deverá ser aplicado em cada situação? Que incentivos e
medidas deverão ser tomadas para se realizar parcerias de sucesso? Finalmente, como
devem ser partilhados os benefícios da parceria?
Uma outra questão pertinente será: quais são os trade-offs correctos entre custos de
inventário e custos de transporte? (exemplo da empresa que tinha seis armazéns e passou a
ter só um e passou a realizar os transportes por avião; os custos de transporte aumentaram
mas foram compensados reduzindo os custos de inventário) .
Porque será que nem todas as empresas adoptam simplesmente as técnicas abordadas e
desenvolvidas nesta disciplina, como parcerias ou uso de armazém centralizado? Esta
questão envolve um elevado número de pontos:
Como vimos nos pontos acima, existem algumas empresas em que o principal factor de
diferenciação será a estratégia de gestão de cadeias de abastecimento. Como essas
empresas utilizam os mesmos fornecedores e tecnologias, as empresas competem mais a
nível de custos e nível de serviço.
Agora iremos tratar as questões-chave desta disciplina. Estas questões revelam-se a nível
estratégico, táctico e operacional:
2Y Nível Estratégico ʹ lida com decisões que têm um efeito de longa duração na
empresa (ex: number, location and capacity of warehouses e pontos de produção);
2Y Nível Táctico ʹ inclui decisões que são normalmente revistas e modificadas se
necessário de entre um período de quatro a doze meses (ex: quantidades de
fornecomentos e produção; políticas de inventário; estratégias de transporte);
2Y Nível Operacional ʹ refere-se a decisões que são tomadas diariamente (ex:
carregamentos de camiões, rotas a seguir).
O design do produto insere-se como um papel crítico nas cadeias de abastecimento. Poderá
afectar os custos de armazenamento e inventário, e também os de transporte. O redesign
(remodelar) de um produto é m uitas vezes dispendioso. Quando será que vale a pena
remodelar o produto para reduzir os seus custos associados?
O valor do cliente é o valor que a empresa tem para o consumidor baseado nos seus
produtos, serviços, etc... (qualidade do produto, satisfação). Óbvio que a que uma gestão de
cadeias de abastecimento eficaz é importante se a empresa deseja cumprir as necessidades
dos clientes e transmitir valor. Mas o que é que determina o valor do cliente nas diferentes
indústrias? Como é este valor medido? Como contribui a cadeia de abastecimento para e ste
dito valor do cliente?
2.1 Introdução
Nesta secção iremos analisar algumas questões relacionadas com a configuração e design
das redes logísticas. Como podemos perceber facilmente, as questões ligadas às fábri cas,
aos armazéns e as localizações dos retailers, são decisões estratégicas (long-lasting effect on
the firm). Iremo-nos agora concentrar nas seguintes decisões estratégicas chave:
Com isto, percebemos que a empresa tem que balancear os custos de abrir um novo
armazém com as vantagens de estar mais perto do consumidor. Portanto, as localizações
dos armazéns são decisões determinantes.
Observando a lista em cima, podemos ver que a quantidade enorme de dados que
envolvem um problema de optimização deste tipo pode ser opressiva. Por esta razão um
passo essencial é a agregação de dados. Isto é feito utilizando os seguintes critérios:
1. Y Os consumidores que estão localizados relativamente proximos uns dos outros são
agregados num conjunto (grid network). Todos os consumidores entre um cluster
singular são substituídos por umconsumidore singular localizado no centro do
cluster. Este cluster é identificado como uma zona de consumidores (consumer
zone). Uma técnica muito eficaz é agregar os consumidores de acordo com o seu
código postal. (exemplo do livro, pág. 19 ʹ divide em zonas o território).
2. Y Os produtos são agregados em grupos baseados na sua forma de distribuição (todos
os produtos que são transportados do mesmo ponto de origem para o mesmo
destino); no tipo de produto (produtos diferentes podem ter apenas variações no
seu modo de embalar ou no seu modelo).
Estimar os custos de transporte que possua os seus próprios meios é simples. Envolvem
custos por meio de transporte, distância percorrida, quantidade entregue, e capacidade
efectiva de cada meio de transporte. Toda esta infor mação pode ser usada para facilemente
calcular o custo por quilómetro por SKU (Stock Keeping Unit).
Incorporando custos de frotas exteriores à empresa é mais complexo. São distinguidos dois
tipos: truckload (TL) and less than truckload (LTL).
Os custos de transporte dos produtos de um sítio específico (source) para o seu destino
(destination) são em função a distância entre os dois pontos. Assim, precisamos de
ferramentas que nos permitam estimar as distâncias.
Supondo assim, que queremos calcular a distância entre o ponto A e B temos que obter as
longitudes e latitudes desses mesmos pontos. Após isto, efectuamos o seguinte cálculo:
DAB=69 ±
Esta expressão não tem em conta a curvature da terra, por isso só se aplica a pequenas
distâncias. Para distâncias mais precisas poderemos consultar o GIS (Geographic
Information Systems).
O
Exemplo Wal-Mart: Esta empresa apresenta o maior inventory turnover ratio desses
retailers. Isto sugere que a empresa tem grande liquidez, pouco risco de produtos
obsulentes, e reduzidos investimentos em inventários.
È também muito importante uma identificação eficiente das potenciais localizações para
novos armazéns. Estes espaços devem satisfazer as seguintes condições:
Como resultado desta análise só um número limitado de localizações irá cumprir todos os
requisitos, sendo estas as potenciais localizações.
Existem várias maneiras de medir este parâmetro. A que iremos considerar tem a ver com a
percentagem de vezes que um consumidor tem ao seu dispor o produto. Por vezes esgota -
se o produto por exemplo, e isto afecta o nível de ser viço. Poderemos assim que distinguir
certas prioridades, como dar prevalência a grandes aglomerados de consumidores, ao invés
de servir um cliente isolado.
Como já vimos, decisões estratégicas afectam um longo período de tempo. Por iss o, todas
estas decisões, deverão ter em conta modificações da procura no futuro (até 5 anos pelo
menos). Aqui poderemos entrar com o net present value para avaliar as situações.
Os dados da validação não podem ser exagerados. Incluem todos os custos como
armazenamento, inventário, produção e transporte. Estes dados podem ser comparados
com as contas da empresa para identificar possiveis erros.
Muitas vezes é também útil fazer pequenas alterações na configuração da rede para ver
como o sistema reage a nível de custos e nível de serviços (perguntas como what -if).
Uma vez que os dados foram validados, o próximo passo será optimizar a configuração da
rede logística. Na práctica existem duas técnicas:
3.1 Introdução
O inventário pode aparecer como três formas (devido à definição de supply chain):
2Y Matérias primas
2Y Work-in-process
2Y Produtos acabados
Cada um destes necessita do seu próprio mecanismo de controlo de inventário. Existe uma
grande dificuldade em determinar o mecanismo a utilizar, ams os resultados podem ser
muito benéficos.
Duas questões também muito importantes, que serão discutidas de seguida, relacionam -se
com a previsão da procura e o cálculo da quantida da ordem de compra (order quantity).
Consideremos um armazém que lida apenas com um único produto. O fornecedor deste
armazém tem quantidade ilimitada de produto. Assumimos que:
±
Tal como no ponto anterior, para um conhecimento mais detalhao recomendo a leitura das
páginas 46, 47, 48, 49, 50 e 51.
Quando o época de vendas é curta e não há uma segunda oportunidade para reencomendar
produtos a encomenda só pode ser feita uma vez. Mas em muitos casos, temos mais
oportunidades. Existem pelo menos três razões para explicar porque deve o distibuidor
manter inventário:
Assumamos que:
§ - Nível de serviço.
É necessário também ter em conta que os tempos de reposição nem sempre são fixos e não
variam. Existe casos em que há diferenças entre encomendas e isto pode ter que ter isto em
conta.
Uma questão muito pertinente nesta altura será perceber quais os trade -offs que devemos
considerar quando comparamos os diferentes tipos de distrinuição.
Safety Stock. Claramente, o safety stock é diminuído quando passamos duma empresa
descentralizada para uma centralizada.
Service Level. Quando ambos os sistemas têm o mesmo safety stock, o nível de serviço
fornecido pelo sistema centralizado é maior.
Overhead Costs. Tipicamente, estes custos são muito maiores no sistema descentralizado
dado que há menos economias de escala.
Customer Lead Times. Desde que os armazéns estão mais perto dos clientes, o sistema
descentralizado apresenta um tempo de reposição inferior.
Transportation Costs. Estes custos dependem muito de situação para situação. Depende das
distâncias dos fornecedores e dos clientes (retailers por exemplo).
Com isto, consideremos um único armazém que serve um determinado número de retailers.
Assumindo que:
2Y As decisões de inventário são tomadas por um único decisor que tem como objectivo
minimizar os custos de todo o sistema;
2Y O decisor tem acesso a todas as informações dos inventários do armazém e dos
retailers.
s = Le * AVG + z * STD * ¢
Leʹ echelon lead time, definido como o tempo de reposição entre os retailers e o armazém
mais o tempo de reposição entre o armazém e o seu fornecedor.
4.1 Introdução
Estamos a viver a ͞Idade da Informação͟. Neste capítulo, vamos considerar o valor de usar
qualquer tipo de tecnologia de informação. Iremos lidar com a disponibilidade potencial de
ter mais e mais informação de todo sistema da cadeia de abastecimento e as implicações da
disponibilidade desta informação na eficiência da gestão e design duma cadeia de
abastecimento integrada.
Certamente, quanto mais informação temos acerca de todo o sistema, melhor este pode ser
gerido. Afinal de contas, podemos sempre ignorar informação e ficar como dantes, isto quer
dizer que ou melhoramos a situação ou ficamos igual. Mas para além de a informação nos
dar uma oportunidade tremenda para melhorar o nosso sistema, ela também torna o
sistema muito mais complexo pois mais questões se poderão levantar. Assim, defendemos
que mais informação:
Recentemente, muitos retailers e fornecedores têm vindo a observar que mesmo quando a
procura dos consumidores para um determinado produto não varia muito, os níveis de
inventários e as back-orders (quando não temos stock) variam substancialmente ao longo
do sistema. Imaginemos um sistema com apenas quatro níveis: retailer, armazém,
distribuidor e fábrica. O retailer capta a pro cura do consumidore final e dá ordens de
encomenda para o armazém; o armazém recebe produtos do distribuidor, que por sua vez
passa ordens ao fabricante.
Para melhor perceber o que se sucede consideremos o segundo nível, o wholesaler. Este
recebe ordens do retailer e envia ordens para o seu fornecedor, o distribuidor. Para
determinar esta ordem, o wholesaler deve prever a procura do retailer; se o wholesaler não
tiver acesso aos dados da procura dos consumidores ao retailer, este deve usar as ordens
transmitidas pelo retailer. Como devemos saber por esta altura, o wholesaler deve contar
com um stock de segurança para prevenir escassez de produtos perante a procura do
retailer (não se pode arriscar a perder um cliente nos dias competitivos de hoje). Quanto
maior a variabilidade da procura, maior deverá ser o seu stock de segurança. Este fenómeno
occore para toda a cadeia, e assim, cada interneviente do sistema deve encomendar uma
quantidade superior ao seu cliente. Isto resultará em níveis mais elevados de in ventário e
consequentemente maiores custos associados a este.
Para controlar o Bullwhip Effect temos de conhecer as razões para se dar o aumen to da
variabilidade da procura:
Uma das sugestões mais frequentes para reduzir o Bullwhip Effect é centralizar a
informação do sistema de abastecimento; isto serve para fornecer a cada stage do sistema
informação mais completa da procura actual. Para perceber o valor da informação para um
sistema, vamos distinguir sistemas com onformação centralizada e sistemas com
informação descentralizada. Consideremos também o four -stage system.
Com isto, e através da expressão representativa (página 89), podemos ver que a variância
das quantidades encomendadas por um dado stage duma cadeia é em função (crescente)
dos lead times totais entre esse stage e o retailer. Isto implica que quanto mais longe vamos
no sistema do consumidor final maior é a variabilidade.
Neste caso, cada stage não passa ao seu processedor os resultados obtidos nas suas
previsões. Ou seja, o wholesaler temd e estimar as previsões do retailer basenado-se nas
suas encomendas. Assumindo que o wholesaler se baseia em p observações, ele tem que se
basear nessas observações para dar uma ordem ao distribuidor. Podemos ver que a
variabilidade aumenta muito mais de stage para stage neste tipo de informação (na página
90). A diferença entre o anterior é que antes somava-se as variabilidades e agora
multiplicam-se, o que obviamente terá grandes consequeências finais.
Já vimos que quanto mais nos afastamos do consumidor final maior é a variabilidade.
Podemos também concluir que centralizando a informação conseguimos reduzir
significativamente o Bullwhip Effect. É então claro que a partilha de informação em cada
stage da cadeia pode reduzir o bullwhip effect.
Contudo, é também importante referir que, mesmo que a informação seja completamente
partilhada (centralizada) existe sempre bullwhip effect. Assim, podemos concluir que a
informação pode reduzir, mas não eliminar o bullwhip effect.
1. Y Reduzir a incerteza;
2. Y Reduzir a variabilidade;
3. Y Reduzir os lead times;
4. Y Realizar parcerias estratégicas.
A informação conduz a previsões mais eficazes. Quanto mais factores que afectarão a
procura futura podermos ter em conta, mais perspicaz serão as previsões. A procura futura
é claramente afectada pelos preços, promoções, novos produtos, etc.., e tai s questões
poderão ser controladas pelos retailers, pelos wholesalers ou distribuidores, ou até mesmo
pelos concorrentes.
Por estas razões, muitas cadeias de abastecimento estão a levar para a frente sistemas de
cooperação de previsão. Nestes sistemas, sis temas de informação sofisticados permitem um
interactivo processo de previsão, em que todos os participantes da cadeia colaboram para
chegar a um entendimento em relação à previsão da procura. Isto implica que todos os
internevientes da cadeia utilizem as mesmas ferramentas de informação e partilhem toda a
sua informação, conduzindo assim à redução do bullwhip effect.
Já observámos que:
2Y para um fabricante realizar processos de produção eficientes, tem que balan cear os
setup e operating costs com os custos de inventário e custos de matérias -primas.
2Y o nível de inventário é balanceado entre holding costs, order setup costs e o
required service level.
2Y existe um balanço entre os custos de inventário e de transporte p orque o transporte
tipicamente envolve descontos de quantidade.
Mas isto são tudo questões interligadas. E se quisermos diminuir os custos de todo o
processo de abastecimento e torná-lo mais eficiente? Quem seria a pessoa ou o stage
indicado para isso? Caso não haja uma pessoa com interesse comum em todos os
internevientes do sistema, cada interneviente preocupará -se só com o seu próprio
benefício. Isto é chamado Optimização Local (local optimization).
Para coordenar estas facetas desta disciplina, tem de haver informação disponível.
Especificamente, o conhecimento dos custos de produção e o seu estado, disponibilidade de
transportação e descontos de quantidades, custos de inventários, nívei s de inventários e
todas as capacidades dos internevientes e deste modo analisar (possivelmente com base em
análises custo/eficácia).
A questão da redução do tempo entre que é feita a encomenda e a mesma é recebida não
pode ser desprezada. Tipicamente:
2Y habilidade de rapidamente fazer face a consumidores que não podem ser servidos
na altura desejada devido a stock-out;
2Y redução do bullwhip effect;
2Y previsões mais precisas devido à diminuição do hori zonte de previsão;
2Y redução dos níveis de inventário de produtos acabados.
Por estas razões, muitas empresas procuram activamente fornecedores com short lead
times, e muitos clientes potenciais consideram o lead time um critério muito importante na
selecção de compra.
Os gestores dos diferentes stages da supply chain têm objectivos conflituosos , e são
exactamente esses conflitos que têm de ser integrados nos diferentes stages. Usando
cuidadosamente a informação disponível, podemos reduzir os custos de todo o sistema
tendo em conta esses conflitos. Óbvio que isto se torna mais simples no sistema
centralizado; em sistemas descentralizados serão necessários incentivos para realizar essa
integração.
O produtor também tem a sua lista de desejos. Grandes cus tos de produção
frequentemente limitam o número de clientela, tal como a qualidade da produção.
Tipicamente, os fabricantes querem produzir muito e eficientemente, lidando com baixos
custos de produção. Estes objectivos são facilitados se a procura padrão é conhecida para o
futuro e tiver pouca variabilidade.
Os distribuidores, os armazenadores, etc.., também têm a sua lista de critérios. Esta inclui
baixos custos de transporte, vantagens de quantidades, minimizações de inventários e
rápida reposição de stocks.
Finalmente, para satisfazer os seus clientes, os retailers requerem short lead times e prazos
de entrega eficientes e precisos. E já agora, os consumidores finais desejam também uma
grande variedade de oferta e preços baixos!
Como temos visto, os fabricantes gostam de produzir grandes quantidades. Por unidade, os
setup costs são reduzidos, a especialidade de produção para um produto particular
aumenta, e os processos tornam-se mais fáceis de controlar. Infelizemente, a procura típica
não chega em grandes tamanhos fazendo assim com que grandes quantidades de produção
resultem em grandes inventários.
Setup time reduction, Kanban e CONWIP (consttant work -in-progress) systems, e outras
práticas de produção modernas conduzem à redução de inventários e melhora a capacidade
de resposta. Mas estes processos têm implicações em toda a cadeia; os retailers e os
distribuidores querem short lead times e uma larga va riedade de produtos para responder
as necessidades dos clientes. Estes sistemas de produção avançados tornam possível para os
produtores conhecer as necessidades permitindo responder às necessidades dos
consumidores finais.
Isto é verdade se os fabricantes tiverem ao seu dispor muita informação para ter tempo
suficiente para reagir às necessidades dos intenevientes da cadeia que se seguem
(downstream supply chain members). Da mesma maneira, os retailers e os distribuidores
têm a possibilidade de observar o status do produtor e os seus inventários, e assim podem
transmitir aos seus clientes lead time mais precisos. Assim, também é permitido aos
retailers e distribuidores desenvolver um entendimento e uma confidência com a
performance do produtor. Esta confidê ncia permite ao retailer e ao distribuidor reduzir os
inventários antecipando-se aos problemas da produção, ou seja, do estágio produtor que se
antecede.
Primeiro consideremos uma empresa que actue com a sua próp ria frota de camiões. Cada
camião envolve custos fixos (depreciações, tempo de viagem) e alguns custos variáveis
(gasolina, gasóleo). Se um camião estiver sempre cheio quando vai fazer uma entrega, os
custos dividem-se por todos os produtos ficando assim m ais barato. Isto tendo em conta
que de quaçquer das maneiras vai ter de transportar a mesma mercadoria. Ou seja, grandes
quantidades transportadas, reduzem os custos de transporte.
Em muitos casos, a procura não irá ser elevada, e com grandes quantidades transportadas
resultarão grandes custos de inventários.
Infelizmente, este trade-off não pode ser completamente eliminado. Podemo sim, utilizar
técnicas avançadas para reduzir o seu impacto negativo. Recentes sistemas de apoio à
decisão permitem aos gestores das cadeias de abastecimento descobrir o equilíbrio
apropriado entre os custos de inventário e os custos de transporte tendo em conta todos os
aspectos da cadeia de abastecimento. É também de notar que com grandes
desenvolvimentos a nível de transportes e suas técnicas, os seus custos têm vondo a
reduzir; também devido à concorrência.
Como mencionámos em cima, os custos de transportes são mais baratos qua nto mais
quantidade de produto se transporta. Contudo, os lead times podem ser reduzidos se mal se
produzam os produtos estes sejam movimentados para o seu destino. Aqui estamos
perante o trade-off de aguentar o produto e enviar em grandes quantidades red uzindo os
custos de transportes ou entõ diminuir os lead times e transportá -lo mal seja fabricado.
Novamente, este trade-off não pode ser completamente eliminado.
Todos estes trade-offs são exemplos do trade-off entre custo e serviço prestado ao
consumidor. Reduzir inventários, custos de produção, custos de transporte normalmente
reflectem-se no custo final do produto, ou seja, no consumidor final. É fácil de perceber o
valor da informação. Com uma informação bem partilhada em todo o sistema, poderemos
reduzir todos os custos, e optimizar todo o processo de abastecimento.
Capítulo 5 Estratégias de Distribuição
5.1 Introdução
Como veremos, não existe uma receita precisa para resolver um dado problema ou
situação, ou seja, cada caso é um caso. A maioria das empresas que obtiveram sucesso,
utilizaram certos elementos de todas as estratégias que iremos tratar.
Num sistema centralizado, as decisões são tomadas numa localização central e dizem
respeito a todo o sistema. Tipicamente, o objectivo é minimiz ar os custos totais do sistema
tendo em conta o nível de serviço requerido. Este sistema é claramente mais simples
quando o sistema inteiro pertence apenas a uma entidade, mas também é possível quando
o mesmo não acontece. Já vimos que controlos centralizados conduzem à optimização
global.
Num sistema descentralizado cada stage define a sua estratégia mais eficiente sem ter em
conta o impacto que causará nos restantes postos da cadeia de abastecimentos. Mas este
sistema, obviamente, tende para uma optimização local.
Uma maneira de simplificar isto, podemos pensar que num sistema centralizado temo s a
mesma informação da descentralizada e mais uma certa quantidade. Se quisermos ignorar
essa quantidade adicional de informação ficamos igual ao descentralizado, logo só nos trará
benefícios (a nível de informação).
5.4 Transshipment
A maioria dos transshipment dão a nível do retailer. Este processo permite ao retailers fazer
face às necessidades dos consumidores com os inventários de todos os retailers. Para isto, o
retailer deve saber o que têm os outros retailers em inventário e deve ter uma forma rápida
de transporte entre os dois sítios. Isto só é possível com sistemas avançados de informação.
Esta é uma forma de tomar partido do risk-pooling, mesmo não havendo uma warehouse
central, dado que podemos ver e usar também o inventário de outros. Retailers que
trabalham independentemente, deverão talvez recusar este tipo de cooperação, pois estão
a eliminar a competição.
Outra decisão crítica na supply chain refere -se com o facto de possuir armazéns e fábricas
centralizadas ou em diferentes locais:
2Y Safety Stock. Centralizando os armazéns permite à empresa ter vantagens a nível de
risk-pooling. Isto pode -se traduzir assim: quanto mais centralizada é a operação,
menor serão os níveis de stock de segurança;
2Y Overhead. As economias de escala sugerem que trabalhar com um pequeno número
de grandes warehouses centralizadas conduz a um total de overhead costs inferior
ao operar em muitas warehousing pequenas;
2Y Economies of Scale. Em muitas operações de produção, podem -se realizar
economias de escala se a produção estiver consolidada. Com a mesma capacidade
total, é mais barato trabalhar em grandes armazéns ou fábricas desde que sejam
poucas, do que em muitas pequenas;
2Y Lead Time. O lead time para o mercado pode muitas vezes ser reduzido se houver
um grande número de warehouses localizadas perto dos mercados;
2Y Service. Isto depende como é definido. Com um sistema centralizado, usamos risk-
pooling, ou seja, mais ordens podem ser satisfeitas com menos inventário. Por outro
lado, o tempo de transporte será superior até ao retailer.
2Y Transportation Costs. Estes custos estão directamente relacionados co m o número
de warehouses que usamos. Quanto mais warehouses mais custos de transportes,
pois a distânica total viajada é superior e não haverão tantos descontos de
quantidade.
Podemos assim concluir que produtos muito caros com pouca procura devem ser
armazenados em central warehouses; produtos mais baratos com elevada procura pelo
consumidor devem ser armazenados em várias warehouses locais.
As redes de cadeias de abastecimento são muitas vezes categorizadas como sistemas push
ou pull. É muito importante saber destingui -los.
Neste sistema, a produção é o condutor da procura para ser coordenada uma procura real
em vez de previsões. Para isto, a cadeia usa mecanismos de rápida transferência de
informação sobre os clientes para os produtores. Isto conduz a:
6.1 Introdução