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Direito Empresarial – ISS Goiânia
Teoria e exercícios comentados
Prof. Gabriel Rabelo – Aula 00
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 1
O CURSO, EDITAL E PROVA ............................................................................................................. 2
A ATIVIDADE EMPRESARIAL. ........................................................................................................... 5
ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA, AUTONOMIA, FONTES E CARACTERÍSTICAS. TEORIA DOS ATOS DO
COMÉRCIO, TEORIA DA EMPRESA. ................................................................................................... 5
FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL ................................................................................................. 6
AUTONOMIA DO DIREITO EMPRESARIAL ........................................................................................... 7
EMPRESÁRIO (ART. 966 DO CÓDIGO CIVIL) ...................................................................................... 7
EXCEÇÕES AO REGIME EMPRESARIAL ............................................................................................... 9
1) PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 966 – PROFISSIONAIS LIBERAIS .................................................... 9
2) SOCIEDADES COOPERATIVAS .................................................................................................... 10
3) SOCIEDADES DE ADVOGADOS ................................................................................................... 11
4) PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS QUE EXPLOREM A ATIVIDADE RURAL ............................................ 11
REGISTRO ................................................................................................................................... 12
CAPACIDADE E IMPEDIMENTO ....................................................................................................... 15
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA ........................................................... 19
SOCIEDADE DE SÓCIOS CASADOS, ENTRE SI OU COM TERCEIROS .................................................... 22
EMPRESÁRIO CASADO .................................................................................................................. 22
EMPRESA X EMPRESÁRIO X ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL .......................................................... 24
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL .................................................................................................. 25
DEFINIÇÃO .................................................................................................................................. 26
CUIDADOS A SEREM LEVADOS PARA A PROVA ................................................................................. 26
NATUREZA JURÍDICA DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL .............................................................. 27
ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL (TRESPASSE) ....................................................... 28
CLÁUSULA DE NÃO-RESTABELECIMENTO ........................................................................................ 30
CONTRATOS ANTERIORES NO TRESPASSE ...................................................................................... 31
AVIAMENTO ................................................................................................................................. 32
QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................................................. 33
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ........................................................................................... 62
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .................................................................... 71
APRESENTAÇÃO
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Acredito que a prova será um pouco mais para o lado literal, então ensinaremos
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Forte abraço!
GABRIEL RABELO.
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A ATIVIDADE EMPRESARIAL.
Pressuposto básico para se estudar qualquer disciplina é saber do que ela trata.
E no direito empresarial isso ganha outro fator de relevância: as bancas
exploram seu conceito e evolução em provas.
De acordo com a teoria dos atos do comércio, sempre que alguém praticava
atividade econômica que o direito considerava ato de comércio, submeter-se-ia
às obrigações do Código Comercial, a ele se sujeitando. A caracterização de
uma pessoa como comerciante era feita com base em uma lista de
atividades. Funcionava basicamente assim: X praticava atividade de venda de
mercadorias, logo estava coberto por um manto jurídico, que era o regime do
direito comercial, gozando de uma série de privilégios que lhe seriam
garantidos, como concordata, celebração de contratos mercantis, etc.
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Por esse motivo, torna-se, hoje, mais exata a denominação direito empresarial,
no lugar do já consagrado nome direito comercial (embora ambas sejam aceitas
doutrinariamente). A expressão comerciante designava determinadas categorias
que estavam sob o manto das regras da teoria dos atos do comércio. Já o
termo empresário é deveras mais moderno e abrangente.
A principal fonte do direito empresarial, como não poderia deixar de ser, é a lei.
O direito empresarial pauta-se, em primeiríssimo lugar, em nossa Constituição
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Tal assertiva deve ser analisada com cuidado. Primeiro, por que a Constituição
Federal prevê a distinção entre ambos:
Segundo, por que, embora o Código Civil tenha abordado relativa parte do
Direito Empresarial em seu bojo – Livro II, não há esgotamento da matéria ali.
O direito empresarial tem uma vasta legislação esparsa.
São estes, pois, os requisitos para que alguém seja classificado como
empresário:
Profissionalismo
Empresário
Organização
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Portanto, uma pessoa que exerce a atividade de venda de carros, possui uma
“garagem” e lá pratica organizadamente essa atividade econômica, será
considerada empresária.
Todavia, quando eu, Gabriel, resolvo vender meu fusca 1972, estarei excluído
do regime empresarial, posto que apenas o fiz esporadicamente, sem levar a
operação como profissão.
Basicamente é isso.
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Meus amigos, o Código Civil estabelece que aquele que exerce atividade
organizada de modo profissional para a produção ou circulação de bens ou
serviços é considerado empresário. Mas devemos nos perguntar: esta regra
comporta exceção?! A resposta deve ser afirmativa.
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Todavia, o hospital de grande porte onde esse mesmo médico trabalha como
plantonista, ambiente cujos pacientes não sabem sequer de sua existência, não
vão lá por sua causa, mas, sim, por que o exercício da profissão (a medicina)
constitui elemento da empresa (hospital), será considerado sociedade
empresária.
E por que há este nome?! Pois, de acordo com o próprio Código Civil:
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2) SOCIEDADES COOPERATIVAS
Estamos frisando que o importa para que uma pessoa física ou jurídica seja
considerada empresária é a organização dos fatores de produção para explorar
o objeto de modo lucrativo.
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3) SOCIEDADES DE ADVOGADOS
Há, por fim, uma última exceção a pessoas que, inobstante exerçam atividade
econômica, atendendo a todos os requisitos do artigo 966 do Código Civil, não
são tidas como empresárias. São as pessoas físicas e jurídicas que explorem
atividade rural. Senão vejamos:
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão,
pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos,
requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva
sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos,
ao empresário sujeito a registro.
E...
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de
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Assim, em regra, aquele que exerce atividade econômica rural não está sujeito
ao regime jurídico empresarial, salvo se expressamente fizer opção, mediante
registro na Junta Comercial (onde se registram os empresários).
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REGISTRO
A resposta deve ser um sonoro não! Contudo, o Código Civil estabeleceu que:
situação irregular.
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(DPE/SP/2009/FCC) Para que uma pessoa possa ser reputada empresária tem-
se que verificar sua inscrição perante o Registro Público de Empresas Mercantis.
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Por fim, imagine-se que da venda do fusca 1972 deste humilde colega que vos
dirige a fala surge uma visão incrível de negócios e eu decida trazer uma
concessionária Lamborghini para Vitória/ES. A venda de carros foi um sucesso,
decido, então, expandir o meu negócio e levarei uma concessionária também
para São Paulo.
Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito
à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá
também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.
Esta questão caiu na prova para Auditor Fiscal da SEFAZ/ES, certame realizado
em 2009 pelo CESPE (item incorreto):
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Comentários:
Diogo atende a todos os requisitos para que seja enquadrado como tal!
Vejam que Diogo não fez o respectivo registro. E agora? Bom, ainda será
considerado empresário. A falta do registro competente não o desnatura como
tal. O registro tem natureza declaratória. Mas, e aí, professor? Diogo será
considerado irregular! E quais são as consequências para tanto?
CAPACIDADE E IMPEDIMENTO
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Atente-se que não basta o pleno gozo da capacidade civil - que, em regra, se
dá aos 18 anos, quando a pessoa se torna capaz para todos os atos da vida civil
- é necessário, também, que não seja o empresário pessoa legalmente
impedida, como são os magistrados, militares, servidores públicos federais.
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das
circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em
continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais,
tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos
direitos adquiridos por terceiros.
Mas, e se, porventura, aquele que abriu uma panificadora, como empresário
individual, sendo Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, for “pego”, mesmo
estando na situação de impedido. O que ocorre?
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nº 12.399, de 2011)
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venha se tornar incapaz. O registro pode até mesmo ser inicial, já com um
sócio incapaz. Para o empresário individual esta regra não é válida, devendo a
incapacidade ser superveniente.
Vamos outra questão discursiva inteligente explorada pela FGV que vai elucidar
este ponto.
Comentários:
incapaz deve ser representado por seus representantes legais. (Incluído pela Lei
nº 12.399, de 2011)
Atenção: não se aplicam nesta hipótese o artigo 974 caput, parágrafo primeiro
e segundo, já que estes dizem respeito ao empresário individual e, na questão,
estamos frente a uma sociedade.
Deve-se anotar, ainda, que caso a incapacidade seja relativa, o sócio será
assistido. Caso a incapacidade seja absoluta, o sócio será representado.
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Vamos ver agora, uma questão que trata do caso do empresário individual que,
posteriormente, se tornou incapaz.
Portanto, trata-se de uma única pessoa cujo capital “social” não será inferior a
100 vezes o salário mínimo vigente. Esse capital deve estar devidamente
integralizado.
Grave-se!
Empresário individual “simples” não possui personalidade jurídica,
responsabilidade ilimitada.
Empresário individual de responsabilidade limitada possui
personalidade jurídica, responsabilidade limitada.
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Ademais, caso tenhamos, por exemplo, João e Maria como sócios de uma
sociedade limitada, e Maria venha a falecer, João poderá optar por transformar
essa sociedade em uma empresa individual de responsabilidade limitada.
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Difere:
Nesse sentido vai o Enunciado n 469 do Conselho de Justiça Federal, que diz:
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A) Qual seria o instituto jurídico mais adequado a ser constituído por Maria para
o exercício de sua atividade empresarial de modo a garantir a separação
patrimonial sem, no entanto, associar-se a ninguém?
B) Como Maria poderia realizar a referida divisão?
Comentários:
Vamos lá! Obviamente, a melhor maneira para que Maria possa exercer a sua
atividade, sem arriscar os seus bens pessoais e responder de maneira ilimitada,
é o Empresário Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI. Se ela quer
garantir a separação do patrimônio pessoal do empresarial, essa será a melhor
forma.
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O artigo 980-A do Código Civil exige que o valor seja no mínimo 100 vezes
superior ao salário mínimo vigente, exigência esta atendida à época de 2013
(salário mínimo R$ 678,00). Este valor deve estar devidamente integralizado.
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Vimos que o empresário previsto no artigo 966 do Código Civil pode ser tanto
empresário individual (pessoa física que, por sua conta e risco, assume as
atividades sozinho) ou sociedade empresária (quando dois ou mais sócios o
fazem por meio da criação de uma pessoa jurídica). Pois bem. Pode acontecer,
e é comum, que duas pessoas casadas resolvam instituir sociedade juntos.
Porém, antes da constituição, há uma regra no Código Civil a ser observada.
Vamos direto ao dispositivo legal:
Portanto, se eu, Gabriel, sou casado com Joana, sob o regime de comunhão
universal, poderei tranquilamente explorar abrir uma lanchonete e explorar o
empreendimento sozinho, sem ter Joana como sócio. Todavia, se quisermos eu
e Joana iniciarmos o negócio juntos, como sócios, incidiremos na vedação do
artigo 977.
EMPRESÁRIO CASADO
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Vamos lá. Para a prática de determinados atos, a lei exige que a pessoa casada
tenha o consentimento do outro cônjuge (marido ou esposa). Essa autorização
é o que se denomina outorga uxória. Segundo o artigo 978, é necessária a
outorga uxória para alienar ou gravar de ônus os bens empresariais? Não!
Gravem: Se eu, Gabriel Rabelo, sou empresário individual e sou casado com
Maria, não precisarei do consentimento dela para alienar um imóvel que esteja
afetado às atividades empresarias, nem para gravá-lo de ônus real.
Toda vez que estudamos direito empresarial, uns dos primeiros artigos que
vemos é 978, que diz:
Portanto, sempre cai essa literalidade! Muitas vezes uma questão dá até um
exemplo prático e a resposta clara está no artigo 978. Esse artigo é válido para
o empresário individual. 00000000000
Todavia, devemos analisar este item com cautela. Isso por que a II Jornada de
Direito Comercial (deste ano) nos orientou no seguinte sentido:
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ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu
passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de
todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito,
em trinta dias a partir de sua notificação.
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DEFINIÇÃO
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PARA A PROVA
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu
passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de
todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito,
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SIM
Alienante Tem bens para Eficácia independe
pagar o passivo? do consentimento
dos credores.
NÃO
Express
Eficácia depende o
do consentimento
dos credores.
Tácito: decurso
de 30 dias da
notificação
Ressalve-se, contudo, que para o direito tributário temos regras próprias, como
vemos no artigo 133 do Código Tributário Nacional:
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Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra,
por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial
ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos
ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
Outra exceção que deve ser feita é para a aquisição no caso de falência ou
recuperação judicial, onde o adquirente está livre de que qualquer ônus, como
se vê na Lei de Falências:
CLÁUSULA DE NÃO-RESTABELECIMENTO
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Vamos explicar um pouco melhor este artigo 1.148. Vamos por partes, pois ele
é importante para provas:
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AVIAMENTO
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QUESTÕES COMENTADAS
Nesta primeira aula, vamos utilizar questões da FGV, pois além de haver
muitas questões com quatro assertivas (tal como será na prova) são questões
mais recentes de empresarial. Essa avaliação será feita aula a aula.
(A) F, V e V.
(B) V, F e V.
(C) V, F e F.
(D) F, F e V.
(E) F, V e F.
Comentários
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Ademais, há que se entender, por ora, que na falência existem dois polos: o
ativo (quem solicita a falência de determinada pessoa) e o passivo (aquele
contra quem a falência é requerida). Se estiver exercendo de modo irregular o
comércio, poderá o irregular ter a sua falência requerida, nos ditames da Lei
11.101/2005. Todavia, não poderá requerer a falência de terceiros.
Item extremamente mal redigido pela banca. Incorreto para a FGV! A rigor,
genericamente, estaria correto. Todavia, acredito que a resposta tenha se
pautado no seguinte enunciado:
sociedade empresária.
Ou, talvez, a banca tenha dado a afirmativa como incorreta por conta da
limitação mínima do capital social para o EIRELI.
Gabarito E.
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Comentários
Gabarito E.
a) o trabalho.
b) o capital.
c) a organização.
d) o ativo permanente.
e) o maquinário
Comentários
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Duas são as teorias existentes no âmbito do direito comercial e que podem ser
cobradas em concursos:
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A atividade dos empresários (abarcados pela teoria da empresa) pode ser vista
como a de articular fatores de produção, quais sejam: capital, mão-de-obra,
insumo e tecnologia. Enxergando uma oportunidade e de posse desses
recursos, estrutura-se uma organização com o fito de produzir mercadorias e
serviços correspondentes, auferindo lucro para si.
Gabarito C.
anônima.
Comentários
Gabarito C.
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Comentários
Gabarito B.
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(A) O falido que, mesmo não tendo sido condenado por crime falimentar, não
foi reabilitado por sentença que extingue suas obrigações.
(B) O magistrado.
(C) O militar da ativa.
(D) A mulher casada pelo regime da comunhão universal de bens, se ausente a
autorização marital para o exercício de atividade empresarial.
(E) Os que foram condenados pelo juízo criminal à pena de vedação do
exercício de atividade mercantil.
Comentários
Nunca é demais repetir os artigos da lei que caem no concurso. Vocês já devem
conhecer o artigo 972, segundo o qual:
Vejam que a questão quer saber aquele que PODE exercer a atividade de
empresa.
(A) O falido que, mesmo não tendo sido condenado por crime
falimentar, não foi reabilitado por sentença que extingue suas
obrigações.
Art. 102. O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a
partir da decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações,
respeitado o disposto no § 1o do art. 181 desta Lei.
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(B) O magistrado.
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Item incorreto.
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Gabarito D.
Comentários
Neste caso, temos a hipótese clara de exceção ao artigo 966, parágrafo único
do Código Civil. Senão vejamos.
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O item está incorreto. Veremos na aula seguinte que o registro é uma condição
de regularidade para o empresário. Entretanto, o registro não é requisito para
que uma pessoa seja reconhecida como empresário. Tanto que não está
arrolado no artigo 966, caput, do Código Civil. Gravem, o registro é uma
condição de regularidade. Alfredo é empresário, independente do registro.
Gabarito C.
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Comentários
Ademais, sobre a parte final do item “podendo até ser decretada falida”,
estamos falando sobre um tópico que será visto adiante.
A fal̂ncia ocorre com a “quebra” do empresário, isto ́, quando não terá mais o
negócio capacidade para arcar com as suas obrigações.
Um empresário irregular, por qualquer que seja o motivo, poderá ser decretado
falido. Todavia, por não ser constituído com todos os requisitos previstos
legalmente, não poderá requerer a falência de empresários outros que o
devam.
(b) Aquele que tenha impedimento legal para ser empresário está
impedido de ser sócio ou acionista de uma sociedade empresária.
servidor, um auditor fiscal, por exemplo, não poderá ser empresário individual,
isto é, não poderá, por si só, abrir um negócio em que contrate pessoas, atenda
ao público, venda mercadorias, estabeleça obrigações empresariais diversas.
Entretanto, poderá ser sócio quotista de uma entidade. O sócio quotista não
exerce atividades de administração na entidade, participando, geralmente,
apenas dos resultados obtidos ou de atribuições previstas em lei (que não
impliquem administrar).
Portanto, gravem! Uma pessoa impedida não poderá ser empresário individual
ou sócio gerente (caso estejamos frente a uma sociedade). Contudo, em regra,
as diversas legislações especiais permitem que esta pessoa seja acionista ou
sócio de uma sociedade.
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O impedimento é diferente. A pessoa pode ser capaz para os atos da vida civil
(um militar, por exemplo), mas está impedida de ser empresário por conta de
proibição legal.
Pessoal, o cerne deste item está em saber o que é a recuperação judicial? Esse
assunto será estudado mais à frente. Por ora, gravem que é um instituto pelo
qual o empresário, face a dificuldades econômico-financeiras, socorre-se ao
Poder Judiciário para tentar reorganizar as sua vida, sem que isso explique o
fim de sociedade. Como o próprio nome sugere, o empresário (empresário
individual ou sociedade empresária) vai se recupera judicialmente. A falência,
recuperação judicial e recuperação extrajudicial são institutos que estão
previstos na Lei 11.101/2005.
Veja o que diz a Lei 11.101 sobre os requisitos para se requerer a recuperação
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judicial:
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Portanto, nota-se claramente que o devedor deve ser regular há mais de 2 anos
para que possa requerer a recuperação judicial.
Gabarito A.
Comentários
Nunca é demais repetir os artigos da lei que caem no concurso. Vocês já devem
conhecer o artigo 972, segundo o qual:
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Gabarito A.
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Essas duas alternativas devem ser descartadas de plano, meus amigos. Mas por
quê? Ora, no direito empresarial, o empresário pode ser tanto empresário
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Tudo bem? Portanto, havendo omissão no que atine aos EIRELIs, buscamos as
respostas no capítulo das sociedades limitadas, o que faz sentido, já que vige
para o EIRELI a limitação da responsabilidade pelas dívidas sociais.
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas
normas da sociedade simples.
A resposta para este item sai por utilização das regras das limitadas. O artigo
1.064 do Código Civil prega que:
Gabarito C.
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Comentários
Item que deve ser respondido prontamente partindo do fato de que na figura do
Empresário Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI – não existem
sócios. É um único empresário individual (isso mesmo, como o nome sugere).
Portanto, assim como na questão anterior, o gabarito está incorreto.
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Gabarito C.
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Gabarito C.
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São estes, pois, os requisitos para que alguém seja classificado como
empresário:
Profissionalismo
Empresário
Organização
que a pessoa para ser empresária deverá ser considerada como capaz de
direitos e obrigações.
Meus amigos, o Código Civil estabelece que aquele que exerce atividade
organizada de modo profissional para a produção ou circulação de bens ou
serviços é considerado empresário. Mas devemos nos perguntar: esta regra
comporta exceção?! A resposta deve ser afirmativa.
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O item está incorreto. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
Isso está posto no Código Civil da seguinte forma:
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Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de
empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos
tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que,
depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade
empresária.
Gabarito E.
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O item a está correto, com base no artigo 1.146 do Código Civil, a saber:
data do vencimento.
A letra c está incorreta, haja vista que a responsabilidade é tida como solidária
(e não subsidiária como propôs a questão). O prazo de um ano foi contado
corretamente? Não! O prazo é de um ano para os créditos vencidos é contado
da publicação. Para os vincendos, a contagem é do vencimento.
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Gabarito C.
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Gabarito B.
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O item I foi literalidade do que prescreve o artigo 1.144 do Código Civil. Vamos
relembrar?
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O item II tamb́m está correto, conforme já explicado “n” vezes aqui. Todavia,
não custa relembrar:
Gabarito C.
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Gabarito B.
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Este, por fim, é o nosso gabarito, já que, sendo omisso, prevalece a cláusula de
não concorrência pelo prazo de cinco anos.
Gabarito D.
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oficial.
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Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu
passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de
todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito,
em trinta dias a partir de sua notificação.
Gabarito A. 00000000000
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Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu
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Assim, o contrato é válido, vez que atende aos requisitos estatuídos pelo Código
Civil, motivo pelo qual o nosso gabarito é a letra a.
Não há que se falar na ineficácia perante terceiro, haja vista que não existe a
necessidade de comunicação de determinados credores especificamente,
apenas a averbação e publicação.
Gabarito A.
a) aviamento.
b) firma.
c) empresa.
d) estabelecimento.
e) matriz ou sede.
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Gabarito D.
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Gabarito D.
(A) F, V e V.
(B) V, F e V.
(C) V, F e F.
(D) F, F e V.
(E) F, V e F.
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a) o trabalho.
b) o capital.
c) a organização.
d) o ativo permanente.
e) o maquinário
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(A) O falido que, mesmo não tendo sido condenado por crime falimentar, não
foi reabilitado por sentença que extingue suas obrigações.
(B) O magistrado.
(C) O militar da ativa.
(D) A mulher casada pelo regime da comunhão universal de bens, se ausente a
autorização marital para o exercício de atividade empresarial.
(E) Os que foram condenados pelo juízo criminal à pena de vedação do
exercício de atividade mercantil.
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D) Caso a receita bruta anual da EIRELI seja inferior a R$ 100.000,00 (cem mil
reais), será possível enquadrará microempreendedor individual (MEI).
(E) A sociedade limitada que tem por objeto a criação de cabeças de gado para
corte, pode ter os seus atos constitutivos registrados no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas.
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a) aviamento.
b) firma.
c) empresa.
d) estabelecimento.
e) matriz ou sede.
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QUESTÃO GABARITO
1 E
2 E
3 C
4 C
5 B
6 D
7 C
8 A
9 A
10 C
11 C
12 C
13 E
14 C
15 B
16 C
17 B
18 D
19 A
20 A
21 D
22 D
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