Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
CURITIBA
2016
Elislaine de Fátima Dallalibera
CURITIBA
2016
Reitor
Pró-Reitor
Sr. Carlos Eduardo Rangel Santos
Pró-Reitora Acadêmica
Prof. Carmen Luiza da Silva
Pró-Reitor de Planejamento
Sr. Afonso Celso Rangel dos Santos
Diretor de Graduação
Prof. João Henrique Faryniuk
Secretário Geral
Sr. Bruno Carneiro da Cunha Diniz
Campus Barigui
Rua Sydnei A Rangel Santos, 238
CEP: 82010-330 – Curitiba – PR
Fone: (41) 3331-7958
TERMO DE APROVAÇÃO
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Profa. MSc. Jesséa de Fátima França
PRESIDENTE
__________________________________________
Profa. Fabiana Monti
__________________________________________
Prof. Vinícius Caron
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me dado saúde e inteligência para superar todas as
dificuldades e conseguir chegar onde hoje estou.
Agradeço a minha orientadora professora Jesséa de Fátima França por seu
apoio paciência e incentivo na conclusão do curso, dedicando seu tempo ao meu
aprendizado e também toda minha gratidão a professora Patrícia Mosko.
A todos os professores do curso de Medicina Veterinária da Faculdade
Evangélica do Paraná e da Universidade Tuíuti do Paraná, obrigada a todos que
foram importantes na minha vida acadêmica.
Agradeço a todos do Centro Integrado de Especialidades Veterinárias pela
oportunidade de estágio, em especial a Médica Veterinária Andressa Cristina de
Souza e o Médico Veterinário Edgar Franco Ramos de Carvalho pelo apoio,
convivência, dedicação e ensinamentos.
Aos meus familiares que me acompanharam nessa jornada, me fortaleceram
com palavras de carinho e conforto, principalmente nos momentos de dificuldade.
APRESENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14
2 LOCAL DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ............................................................... 15
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ............................................................................ 21
4 CASUÍSTICA ............................................................................................................. 22
5 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................... 25
5.1 INTOXICAÇÃO ....................................................................................................... 25
5.1.2 Tratamento .......................................................................................................... 27
6 MEGAESÔFAGO ...................................................................................................... 27
6.1 DIAGNÓSTICO ...................................................................................................... 29
6.1.2 Tratamento e Prognóstico ................................................................................... 30
7 RELATO DE CASO .................................................................................................. 33
8 DISCUSSÃO ............................................................................................................. 38
9 CONCLUSÃO............................................................................................................ 42
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 43
14
1 INTRODUÇÃO
No segundo andar estão localizados uma sala de oftalmologia (Figura 9); uma
sala para a cardiologia (Figura 10); área de diagnóstico por imagem, que contém
uma sala para ultrassonografia (Figura 11); e uma sala para a radiografia (Figura
12); a qual possui uma sala em anexo onde são avaliados, confeccionados e
impressos os laudos e exames, e um internamento geral para cães e gatos (Figura
13).
No terceiro andar encontra-se um auditório para realização de palestras e
reuniões. No sub solo encontra-se um ambiente destinado a fisioterapia e
reabilitação de pequenos animais (Figura 14).
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
4 CASUÍSTICA
Foi possível acompanhar 119 novos atendimentos, sendo que 115 animais
eram da espécie canina (96%), machos (55%) e fêmeas (45%); e da espécie felina,
(4%), sendo que fêmeas e machos apresentaram a mesma proporção.
Observou-se que a maioria dos animais acompanhados da espécie canina
eram de médio porte (10-20 kg) possuíam entre menos de 30 dias e 18 anos. A faixa
etária de felinos variava entre 3 a 12 anos.
Os casos clínicos acompanhados foram agregados em 5 setores de acordo
com cada especialidade envolvida (Gráfico 1).
ENFERMIDADES DIAGNÓSTICO N %
Nódulo perilabial 2
Neoplasia em testículo 4
Osteossarcoma 3
Neoplasia perineal 2
Linfoma 9
ENFERMIDADES 39
Mastocitoma 4
ONCOLÓGICAS
Sarcoma 2
Melanoma 1
Sacoma cutâneo 1
Timoma 1
Sarcoma esplênico 1
23
SISTEMAS DIAGNÓSTICO N %
Osh eletiva 3
Orquiectomia 3 14,3
REPRODUTOR
Cesariana 2
Mastectomia 3
Laparotomia exploratória para pesquisa de
2
corpo estranho
Êmese 2
DIGESTÓRIO 11,6
Intussuscepção 1
Torção gástrica 1
Pancreatite 3
Osteotomia de nivelamento do platô tibial 1
ESQUELÉTICO Denervação acetabular bilateral 2 6,5
Hérnia de disco 2
Neoplasia em vesicula urinária 1
URINÁRIO Obstrução uretral 2 3,9
Anastomose traqueal 1
RESPIRATÓRIO Peneumonectomia esquerda 1 3,9
Dificuldade respiratória 1
Flap em região inguinal 1
TEGUMENTAR Trauma por mordedura 1 3,9
Limpeza de ferida 1
Catarata 2
OFTALMOLÓGICO 3,9
Enucleação 1
Acidente vascular cerebral 1
NEUROLÓGICO Intoxicação por carbamato 1 3,9
Avaliação neurológica 1
24
(continuação)
SISTEMAS DIAGNÓSTICO N %
Hiperadrenocorticismo 1
ENDÓCRINO 3,9
Curva glicêmica 2
Colicistectomia 1
HEPATOBILIAR 2,6
Esplenectomia 1
MUSCULAR Hérnia perineal 1 1,3
HEMATOPOIETICO Transfusão sanguinea 1 1,3
5 REVISÃO DE LITERATURA
5.1 INTOXICAÇÃO
5.1.2 Tratamento
6 MEGAESÔFAGO
6.1 DIAGNÓSTICO
Esta posição deve ser mantida por cinco a dez minutos após a alimentação.
Oferecer várias refeições por dia, em pequenas quantidades também evita a
retenção de alimento no esôfago. Com o manejo adequado, mesmo com o esôfago
ainda dilatado, alguns animais podem ter boa qualidade de vida (WILLARD, 2006).
Não se pode prever se um determinado animal terá maior vantagem
recebendo alimento seco ou líquido, sendo imprescindíveis, várias tentativas e erros
para se determinar a melhor dieta para um animal. Ainda que o esôfago permaneça
dilatado, alguns animais podem ter boa qualidade de vida, com o adequado manejo
nutricional (WILLARD, 2006). Os animais que não podem manter equilíbrio
nutricional adequado com a ingestão oral devem ser alimentados mediante uso de
sonda de gastrostomia temporária ou permanente (MELLO et al, 2002).
Muitos medicamentos foram sugeridos para o tratamento do megaesôfago
idiopático secundário. Há poucos relatos sobre o êxito com terapias como
anticolinérgicos, metoclopramida e bloqueadores do canal de cálcio. Não parece
haver terapia medicamentosa específica que irá melhorar o funcionamento do
esôfago em cães com megaesôfago idiopático, adquirido ou congênito (MELLO et al,
2002).
Pacientes com megaesôfago idiopático secundário, quando corretamente
tratados, podem apresentar melhora na motilidade esofágica, devendo ser
ministrado a terapia específica para a enfermidade, juntamente com a intervenção
nutricional auxiliar e o tratamento das complicações secundárias como a pneumonia
por aspiração (TANAKA et al, 2010).
32
7 RELATO DE CASO
Foi atendido um cão, macho, Pug, cinco anos, castrado, pesando 6,6 kg, com
escore corporal 3/5. Previamente os tutores haviam procurado outro serviço
veterinário na qual relataram que o animal havia ingerido chumbinho, estava
prostrado, com diarréia e dor abdominal. O mesmo havia vomitado e aspirado o
conteúdo logo que chegou a clínica, então foi procedida à sedação e intubação.
Devido a ingestão de carbamato, foi realizado atropina na dose mínima de
0,2mg/kg/IV.
Quando o animal chegou ao CIEV, estava com uma sonda endotraqueal,
agitado, com fasciculações e passou a convulsionar. Foi aplicada uma dose de
diazepam 5mg/kg/IV, porém, como a convulsão não cessou, foi necessário efetuar
infusão continua de propofol 0,1 a 0,2mg/kg/min dose efeito – IV. O paciente foi
mantido intubado e realizou-se a passagem de uma sonda orogástrica para o
esvaziamento do estômago.
Ao exame físico, o paciente apresentava temperatura de 35,9º C, hidratado,
mucosas normocoradas e TPC de 2 segundos, glicemia de 220, frequência
respiratória 31 mpm, frequência cardíaca 134 bpm e pressão arterial sistólica 150
mmHg.
Foram administrados fluidoterapia 2,5ml/kg/h de manutenção, aminofilina 2
mg/ml/IM, acetilcisteína 20mg/kg/IV manitol 0,25 g/kg/IV, cerenia 1 mg/kg/SC/SID,
buscopam composto 20mg/ml/SC/TID, omeprazol, 1mg/ml/IV/SID, ceftriaxona 30
mg/kg/IV/TID e fentanil 2,5mg/ml/IV e administração de carvão ativado via enema.
Foi solicitado hemograma, bioquímico (Tabela 1) e urinálise (Tabela 2), o
animal foi encaminhado para exame ultrassonográfico torácico, tendo como
diagnóstico de suspeita inicial pneumonia por aspiração. Na ultrassonografia
torácica foi detectado presença de líquido no pulmão.
Os resultados dos exames complementares requisitados para analisar o
estado geral de saúde do animal mostravam-se, com valores classificados como
normais em relação aos valores de referência, com exceção dos linfócitos,
monócitos e alanina aminotransferase. Já na urinálise havia alteração na cor,
volume, sangue oculto, proteinúria e glicosúria. Também foram encontrados cilindros
granulosos, bactérias e gordura.
34
Tabela 1 - Resultados dos exames hematológicos e bioquímicos do paciente cão, macho, Pug, 5 anos.
HEMOGRAMA Resultados Valores de referência
Eritrograma
Eritrócitos 7,2 5,5 – 8,5
Hematócrito 49 37 – 55
Hemoglobina (g/dl) 16,30 12 – 18
VCM (fl) 66,04 60 -77
HCM (pg) 21,97 19 – 23
CHCM (%) 33,27 30 -36
Leucograma
Leucócitos (/ul) 9980 60000 – 17000
Neutrófilos segmentados 9381 3000 – 11500
Bastonetes 100 0 – 300
Linfócitos 399 1000 -4800
Monócitos 0 150 – 1350
Eosinófilos 100 100 – 1250
Basófilos 0 0 – 200
PLAQUETAS 433 175 500
PROT. TOTAL (g/dl) 5,4 6,0- 8,0
BIOQUÍMICA Resultados Valores de referência
Fosfatase alcalina (UI/L) 59 10 – 156
Alanina aminotransferase 1444 7,0 – 92
Solicitou-se que o paciente retornasse cinco dias após a alta médica, para
realização de nova radiografia torácica, conforme demonstrado na figura 17 para
verificar se houve diminuição do megaesôfago.
8 DISCUSSÃO
túbulos renais a inflamação nos glomérulos pode permitir que maiores quantidades
de proteína e por vezes até hemácias penetrem durante a filtração sanguínea para a
formação da urina (NOGUEIRA; ANDRADE, 2011). Já a glicosúria é decorrente da
hiperglicemia, pois o limiar renal de filtração foi excedido. Normalmente, o organismo
excreta glicose pela urina apenas quando há demasiada quantidade no sangue,
mais na glicosúria renal pode-se excretar glicose pela urina apesar da sua
concentração no sangue estar normal, isto se deve a forma ineficaz do
funcionamento devido a lesão nos túbulos renais (MARASCHUN, 2015).
A discreta impregnação por bilirrubina na urina do animal é devido ao
aumento da bilirrubina conjugada que ocorre na perda da funcionalidade hepato-
celular devido a doença infecciosa, dano tóxico ou obstrução do trato biliar (RIGHI et
al, 2008 ). Já a gordura presente na urina é sensato considerar a forma de obtenção,
se não foi utilizado algum óleo para a lubrificação da sonda, geralmente são
desprovidas de significado patológico. Alguns autores comentam sobre a
possibilidade de degeneração gordurosa dos rins (GUIMARÃES, 2004).
Sobre a presença de bactéria na urina do cão, o autor comenta que só é
significante quando a amostra for obtida assepticamente. As infecções do trato
urinário inferior apresentam bacteriúria juntamente com hematúria e leucocitúria. É
conveniente promover a cultura da urina suspeita, para diferenciação de germes
patogênicos (MELO et al, 2002). Os cilindros granulosos visualizados no exame
microscópico, segundo Tremieri (2015) quando aumentados representam doença
renal glomerular ou tubular. São compostos primariamente de proteínas, os grânulos
são resultado da desintegração de cilindros celulares ou agregados de proteínas
plasmáticas, imunocomplexos e globulinas.
O paciente apresentava linfopenia e hipoproteinemia, estes achados estão de
acordo com a literatura. Na ausência de doenças metabólicas ou sistêmicas, a
hipoproteinemia (associada à má nutrição), e a leucocitose (associada à inflamação
esofágica ou à pneumonia por aspiração) (WASHABAU, 2004). Outra causa da
hipoproteinemia acontece, pois o paciente alimentava-se e em seguida regurgitava,
não ocasionando a absorção adequada dos nutrientes.
O exame bioquímico da enzima ALT foi solicitado para identificar se havia
lesão no fígado por conta da metabolização do carbamato. A enzima ALT é hepato
específica, sendo um marcador indireto de lesão da celular hepática (OLIVEIRA,
2009). O resultado mostrou-se com valor acima da referência. Segundo Mello et al
40
9 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BULCÃO, P. B.; TOLENO, R.; PIVA, S. J.; SCHMITT, G. C.; DALLEGRAVE, E.;
GARG, S. C. Perfil das intoxicações apresentadas por cães e gatos em Curitiba,
Paraná. Revista do Conselho Federal de Medicina Veterinária. v.15, n.47, 2010.