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1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
2. BREVE HISTÓRICO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO BRASIL .............. 7
3. LEGISLAÇÕES APLICADAS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL ................... 11
4. AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA) ..................................................... 24
5. LICENCIAMENTO AMBIENTAL ................................................................................ 28
6. COMPETÊNCIA DOS ENTES FEDERATIVOS ......................................................... 34
6.1. COMPETÊNCIA DA UNIÃO NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL .......................................... 35
6.2. COMPETÊNCIA DO ESTADO NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL ........................................ 36
6.3. COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL................................... 37
6.4. COMPETÊNCIA DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL QUANDO AFETAR ÁREA DE PROTEÇÃO
AMBIENTAL (APA) ....................................................................................................................... 38
7. LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DO AMAPÁ ................................. 41
7.1. ORGÃO AMBIENTAL RESPONSÁVEL .................................................................................. 43
7.2. ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL ................................................ 44
7.3. TIPOS DE LICENÇAS AMBIENTAIS ...................................................................................... 46
7.3.1. Licença Prévia (LP) ....................................................................................................... 47
7.3.2. Licença de Instalação (LI) ............................................................................................. 48
7.3.3. Licença de Operação (LO) ............................................................................................ 49
7.3.4. Licença Ambiental Única (LAU) .................................................................................... 50
7.3.5. Autorização Ambiental (AA) ........................................................................................ 51
7.4. PROCEDIMENTO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL ......................................................... 52
7.5. MONITORAMENTO AMBIENTAL ....................................................................................... 55
REFERÊNCIAIS....................................................................................................................... 57
O meio ambiente é um bem inalienável, pois pertence a todos. Segundo Souza (2006), é
de responsabilidade do Poder Público ordenar e controlar as atividades que possam afetar a
homeostase do meio ambiente, atendendo ao artigo nº 255 da Constituição Federal (1988). Por
isso, se justifica plenamente o interesse do Estado em se utilizar de meios e estratégias para
proteger esse bem, o meio ambiente. E um dos meios para o Estado intervir em atividades que
possam trazer desequilíbrio ao meio ambiente é o Licenciamento Ambiental.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2004) se entende que o
licenciamento ambiental é uma exigência legal que, nas mãos do poder público, é um meio para
se controlar a degradação/impacto ambiental de atividades potencialmente poluidoras e/ou
degradadoras, sendo que as atividades passivas de licenciamento estão listadas na resolução do
Conselho Nacional de Meio Ambiente nº 237 de 1997 (CONAMA, 1997), bem como o conceito
de licenciamento ambiental, a saber:
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Fluxograma 1- Licenciamento Ambiental
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Fluxograma 2 – Panorama geral sobre o Curso Online de Licenciamento Ambiental
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2. BREVE HISTÓRICO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO
BRASIL
Pode-se dizer que no Brasil a primeira exigência de alguma espécie de licença para
proteger os recursos ambientais data de 1605, no Regimento do Pau-Brasil, onde se exigia
licença real para o corte do Pau-Brasil. Depois a esse fato se passaram muitos anos até que as
questões ambientais passassem a ser o centro das discussões no mundo e, aos poucos, foram
ocorrendo conferências, reuniões e até mesmo tratados na qual a utilização desenfreada dos
recursos naturais e suas consequências foram o centro das conversas e a partir disto medidas
começaram a ser tomadas, como metas a serem cumpridas para tenta inibir o crescimento
exponencial que a revolução industrial trouxe para a degradação do meio ambiente.
Podemos citar a Reunião do Clube de Roma (1968), que foi um evento que reuniu
profissionais de diversas áreas do conhecimento, entre cientistas, educadores, industriais e
funcionários públicos de diferentes instâncias de governo, com o objetivo de discutir diversos
assuntos sobre temas que eram atuais e futuros da humanidade. Foram discutidos assuntos
relacionados à política internacional, economia, meio ambiente, problemas sociais, ente outros.
Neste evento o termo “meio ambiente” foi utilizado pela primeira vez, assim como o conceito de
desenvolvimento sustentável começou a ser formado, também foi neste evento que começou o
alarde sobre os problemas ambientais, principalmente com a divulgação do relatório chamado Os
limites do crescimento.
Em 1980 com a publicação da Lei Federal nº 6803, estabeleceu outro marco importante
para o estabelecimento do licenciamento ambiental no Brasil, que foram as diretrizes básicas
para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição. Pois, em seu art. 9º, dispôs que “o
licenciamento para a implantação, operação e ampliação de estabelecimentos industriais, nas
áreas críticas de poluição, dependerá da observância do disposto nesta Lei (...)” e em seu art.
10º parágrafo 3º, tornou obrigatória a apresentação de estudos especiais de alternativas e de
avaliações de impacto para alguns estabelecimentos (VIANA, 2005). Logo, deixando claro que o
licenciamento para essas atividades passíveis de licenciamento estavam condicionadas a sua
localização e não ao seu fator de degradabilidade do meio ambiente.
No ano de 1986 com a publicação da Resolução do CONAMA nº 001, que dispõe sobre
alguns aspectos importantes como a definição de impacto ambiental, as responsabilidades, os
critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto
Ambiental (AIA). Além de definir quais as atividades estão sujeitas à elaboração de Estudo de
Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), por meio de uma lista das
atividades e empreendimento que estão em anexo desta resolução. E ainda estabelece as
diretrizes gerais a qual os estudos deverão cumprir.
É importante ressaltar que no corpo desta resolução, ainda fixa, que todas as despesas e
custos referentes à realização do EIA/RIMA, serão por contra do requerente. Ainda estabeleceu o
escopo mínimo desses estudos, que devem ser realizados por equipe multidisciplinar habilitada,
que não seja dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto, ou seja, que seja de
uma empresa terceirizada daquela detentora do pedido de licença ambiental.
Em 1997 com a Resolução CONAMA nº 237, que constitui a atual disciplina regente do
licenciamento ambiental, demonstrou os empreendimentos e atividades sujeitos ao
licenciamento, e também as competências a níveis Federal, Estadual, do Distrito Federal e
Municipal. Ampliou a abrangência das atividades passiveis de licenciamento e as diretrizes para
os estudos ambientais a serem considerados para o processo de licenciamento, ainda estabeleceu
prazos para análise e vigência das licenças, porém neste ainda deixou algumas lacunas abertas
em relação às competências dos entes federativos, causando muita sobreposição de competências
e subordinação de entes federativos, sendo esta ultima já solucionada com a publicação da Lei
Complementar Federal nº 140/2011.
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Imagem 1 – Relação de entre as resoluções 237, 001 do CONAMA e a PNMA
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3. LEGISLAÇÕES APLICADAS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
O termo “Poder Público” tem caráter geral fazendo referência aos vários entes da
administração pública, assim, cabe à União, aos Estados, Distrito Federal e aos Municípios
defender e preservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado.
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como a sobreposição de ações de entes federados ou mesmo a omissão destes no cumprimento
de seus deveres constitucionais de proteção ao meio ambiente (MMA, 2009).
CONCEITOS
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem
física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio
ambiente;
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta
ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável,
direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os
estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.
PRINCÍPIOS
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio
ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido,
tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a
proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas; (Regulamento)
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da
comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio
ambiente.
INSTRUMENTOS
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental; (Regulamento)
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de
tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público
federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante
interesse ecológico e reservas extrativistas; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas
necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado
anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
- IBAMA; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
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XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o
Poder Público a produzi-las, quando inexistentes; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou
utilizadoras dos recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro
ambiental e outros. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Essa lei federal criou o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) que é um
conjunto de instituições e órgãos responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental,
sendo uma das principais ações o monitoramento e fiscalização as atividades passíveis de
licenciamento. (para saber mais sobre o SISNAMA, segue em anexo 2)
Para regulamentar a Lei 6.938/81, foi editado o decreto federal 99.274/90, que demonstra
como uma das principais normas legais a dispor sobre licenciamento ambiental. Em seu art. 17 e
seguintes, tal decreto fixa critérios gerais a serem estabelecidos no processo de licenciamento de
atividades utilizadoras de recursos ambientais e potencialmente poluidoras, sendo que tais
critérios podem ser alterados pelos estados, desde que os padrões estaduais impliquem em maior
proteção ao meio ambiente.
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ambiental e especificou as atividades sujeitas à elaboração de Estudo de Impacto Ambiental
(EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
A Resolução traz, ainda, em seu 2º artigo a lista exemplificativa das atividades sujeitas a
elaboração do EIA/RIMA e que a elaboração destes deverão ser por equipe multidisciplinar
legalmente habilitada, como pode-se observar a seguir.
Licença Ambiental
Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as
condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas
pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e
operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer
forma, possam causar degradação ambiental.
Estudos Ambientais
São todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à
localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou
empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida,
tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório
ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de
recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.
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Assim como no Art. 10º da Lei 6938/81 (PNMA), esta resolução descreve que, a
localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas e efetiva ou potencialmente
poluidoras de recursos, bem como empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causa
degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente,
sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.
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Por meio deste diploma legal, estabeleceu as licenças básicas expedidas por órgão
ambientais no licenciamento ambiental, tais como:
Ainda sobre esta resolução descreve todo o processo de licenciamento ambiental desde o
requerimento da licença até o deferimento ou não. Define também alguns documentos que
deverão constar no processo de licenciamento, sendo estes:
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Todos os estudos necessários para o processo de licenciamento ambiental deverão ser
elaborados por profissionais legalmente habilitados, sendo as despesas de responsabilidade do
requerente da licença.
A Lei Federal nº 9.605 de 1998, mais conhecida com a Lei de Crimes Ambientais,
determina as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente.
A lei define a responsabilidade das pessoas físicas e jurídicas, permitindo que desde
grandes empresas a empreendedores individuais, sejam responsabilizadas criminalmente pelos
danos que suas atividades possam causar à natureza.
Além das agressões que ultrapassam os limites estabelecidos por lei, também são
considerados crimes ambientais as condutas que ignoram normas ambientais, mesmo que não
sejam causados danos ao meio ambiente. É o caso dos empreendimentos sem a devida licença
ambiental. Nesta situação, a desobediência a uma exigência da legislação ambiental, o torna
passível de punição, por multa e/ou detenção.
As penas previstas pela Lei de Crimes Ambientais são aplicadas conforme a gravidade da
infração: quanto mais reprovável a conduta, mais severa a punição.
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A Lei Complementar nº 140 de 2011 surgiu com o objetivo de fixar normas nos termos
dos incisos III (meio ambiente cultural), VI (proteção do meio ambiente e combate à poluição
em todas as suas formas) e VII (preservação das florestas, da fauna e da flora) do caput e do
parágrafo único do art. 23 da CF, “visando à cooperação entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência
comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis à proteção do meio ambiente, ao
combate da poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da
flora”.
Por exemplo, quando o órgão ambiental não detêm de um corpo técnico adequado para
exercer uma determinada função, o órgão superior hierarquicamente auxiliará na execução desta
atividade.
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Lei Complementar nº 005/1994, Código Ambiental do Amapá
Neste código ambiental ainda trata diversos outros assuntos relacionados ao meio
ambiente como do monitoramento; do controle e a fiscalização do meio ambiente; a preservação
dos espaços territoriais especialmente protegidos e entre outros.
No título VIII, capítulo IX que trata exclusivamente sobre o Meio Ambiente no Estado do
Amapá, este esclarece vários aspectos relacionados ao meio ambiente que o poder público e
coletividade devem executar para a proteção e melhoria do meio ambiente.
Nesta constituição já estabelece que as atividades que utilizam recursos naturais ou que
causem de alguma forma degradação do meio ambiente dependerão de prévio licenciamento para
seu funcionamento. Deixa claro da necessidade da Avaliação de Impacto Ambiental no
licenciamento dessas atividades, entre outras informações relacionadas ao meio ambiente.
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Decreto Estadual nº 3009/98, regulamenta o título VII da LC nº 005/94 que trata
sobre a fiscalização
Este decreto versa sobre as infrações e penalidades que são estabelecidas na Lei
Complementar nº 005/94 e regulamenta como os órgãos fiscalizadores atuarão no caso de
violação das leis ambientais.
Define alguns documentos que são exigidos na fase de planejamento, o conceito e como
quando são aplicadas as diferentes licenças e autorização, além de estabelecer seus prazo, sendo
este ultimo alterada pela Lei Complementar nº 070/12. Versa também sobre algumas condições
que o empreendedor deve está ciente para a solicitação da licença ambiental, como a exigência
de alguns documentos, sendo a Certidão da Prefeitura Municipal, Comprovante de domínio do
terreno e entre outros.
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Especifica quais empreendimentos estão sujeitos a avaliação ambiental, ou seja, que
dependerão de elaboração do Estudo Prévio de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto
Ambiental (EPIA/RIMA) e entre outros aspectos que podem ser conferidos nesta resolução.
Ainda esclarece que o órgão ambiental expedirá a Autorização Ambiental (AA), para
atividades artesanais ou empreendimento de pequeno porte e com pequeno potencial poluidor, de
acordo com o anexo do decreto nº 3.009/1998.
Esta lei renovou o conceito das licenças e autorização ambiental, os prazos de validades,
criou uma nova licença exclusiva para as atividades de agronegócio (Licença Ambiental Única -
LAU) e a criação da taxa anual de renovação de licenciamento.
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4. AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA)
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gráficos, quadros e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as
vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua
implementação.
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Para a elaboração do EIA, a Resolução do CONAMA nº 001/86 definiu os conteúdos
mínimo para sua elaboração, que são:
Identificação, valoração e
interpretação dos prováveis impactos
Análise dos impactos ambientais ambientais nas fases de planejamento,
implantação, operação e, se for o caso,
desativação.
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O detalhamento do EIA vai depender da sensibilidade ambiental local, da dimensão da
atividade ou empreendimento e seus efeitos potenciais, do valor social da prevenção e qualidade
ambiental, da disponibilidade de recursos e especialistas para conduzir os estudos e do tempo
disponível para a avaliação.
O escopo do EIA, por outro lado, é mais detalhado pelo órgão ambiental competente
através de um termo de referência, sendo um roteiro com a delimitação dos temas a serem
contemplados nos estudos e avaliações de impactos de um projeto em particular. A partir do
termo de referência, o estudo é realizado e, posteriormente, submetido à aprovação do órgão
ambiental, seguindo-se as discussões quanto à viabilidade ambiental do projeto (SOBRINHO,
2008).
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5. LICENCIAMENTO AMBIENTAL
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A capacidade de atuação do Estado na área ambiental baseia-se na ideia de
responsabilidades compartilhadas entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, além da
relação desses com os diversos setores da sociedade.
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de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente renovada até a
manifestação definitiva do órgão ambiental competente.
ETAPA 1
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ETAPA 2
ETAPA 3
Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA , dos documentos, projetos e
estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias;
ETAPA 4
ETAPA 5
ETAPA 6
ETAPA 8
O artigo 14 da resolução CONAMA 237/97 prevê o prazo máximo de seis meses para o
órgão ambiental analisar as diferentes licenças LP, LI e LO, podendo ser aumentado para 12
meses, quando exigível audiência pública ou EIA-RIMA, sob pena de atuação supletiva do órgão
ambiental competente de outra esfera de governo.
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O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar as
condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença
expedida, quando ocorrer:
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6. COMPETÊNCIA DOS ENTES FEDERATIVOS
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios:
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
A Lei Complementar surgiu com o objetivo de fixar normas nos termos dos incisos III
(meio ambiente cultural), VI (proteção do meio ambiente e combate à poluição em todas as suas
formas) e VII (preservação das florestas, da fauna e da flora) do caput e do parágrafo único do
art. 23 da CF, “visando à cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas
à proteção das paisagens naturais notáveis à proteção do meio ambiente, ao combate da poluição
em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora”.
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Já no artigo 3º corrobora com a intenção legislativa do Constituinte de 1988 acerca da
cooperação entre os entes federativos, listando seus objetivos comuns. Somente a título de
exemplo, cite-se proteger, defender e conservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado,
promovendo gestão descentralizada, democrática e eficiente.
Já em seu artigo 6º menciona sobre as ações de cooperação que devem ser implementadas
com o objetivo do desenvolvimento sustentável, através da harmonização das políticas e ações
administrativas para evitar sobreposição de atuação entre os entes federativos. Nos artigos 7º, 8º
e 9º trata das ações administrativas da União, dos Estados e dos Municípios, respectivamente.
No que se trata do Distrito Federal, entidade pública que não possui municípios, neste
concentra as competências deferidas aos estados e as municípios, sendo descrito pelo artigo nº 10
desta lei complementar.
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g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor
material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de
suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear
(Cnen); ou
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da
Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os critérios de porte, potencial
poluidor e natureza da atividade ou empreendimento;
O órgão ambiental federal responsável pelo licenciamento ambiental federal, hoje em dia
é o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
As competências na esfera Estadual estão descritas no artigo 8º, inciso XIV e VX da Lei
Complementar nº 140/11, a saber:
Na esfera Municipal suas competências estão definidas no artigo 9º, inciso XIV, alínea
“a” e “b” da Lei Complementar nº 140/11, conforme segue:
XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei
Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou
empreendimentos:
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia
definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os
critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou
b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas
de Proteção Ambiental (APAs);
É importante ressaltar que o licenciamento ambiental nesta esfera, se dará das atividades
passíveis de licenciamento que se enquadrem como impacto ambiental local, assim já previsto no
artigo 6º, da resolução CONAMA 237/97, e recepcionada na LC nº 140/11.
Outra característica importante é que a definição de impacto ambiental local será definida
pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente, considerando os critérios de porte, potencial
poluidor e natureza da atividade.
Esta Lei Complementar nº 140/11 ainda estabelece que em casos que ainda não forem
caracterizados o impacto ambiental local, a competência municipal para o licenciamento não será
aplicada, devendo este ser regido pela legislação anterior, ou seja, a competência para licenciar
continua na esfera Estadual.
Tendo como base de estudo o órgão ambiental Municipal responsável pelo licenciamento
ambiental em Macapá, Amapá. O órgão ambiental responsável é a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente de Macapá (SEMAM).
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6.4. COMPETÊNCIA DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL QUANDO AFETAR ÁREA
DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA)
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O licenciamento ambiental em Área de Proteção Ambiental (APA) será do Órgão
Ambiental Municipal (SEMAM) nas seguintes situações.
Quando a atividade causar ou puder causar impacto ambiental local, definido pelo
Conselho Estadual de Meio Ambiente, a competência para licenciar será do órgão
Municipal.
Outro regramento relevante se refere ao art. 13, caput e § 1º, da Lei Complementar nº
140/2011, que trata da outorga de licenciamento ou autorização ambiental por um único ente
federativo, sem prejuízo da manifestação de outro ente federativo interessado de maneira não
vinculante:
Também ficou esclarecido que competirá a cada ente federado exercer o controle e
fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar,
ambientalmente, lhe for cometida, conforme disposto nos arts. 7º, XIII, 8º, XIII, e 9º, XIII,
daquela Lei Complementar:
Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações
administrativas de licenciamento e na autorização ambiental, nas seguintes hipóteses:
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I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou
no Distrito Federal, a União deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou
distritais até a sua criação;
II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no
Município, o Estado deve desempenhar as ações administrativas municipais até a sua
criação; e
III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e
no Município, a União deve desempenhar as ações administrativas até a sua criação em
um daqueles entes federativos.
Art. 16. A ação administrativa subsidiária dos entes federativos dar-se-á por meio de
apoio técnico, científico, administrativo ou financeiro, sem prejuízo de outras formas de
cooperação.
Parágrafo único. A ação subsidiária deve ser solicitada pelo ente originariamente
detentor da atribuição nos termos desta Lei Complementar.
Pela análise dos dispositivos acima mencionados, podemos concluir que, atualmente, a
competência originária da União é aquela prevista art. 7º, XIV, da Lei Complementar nº
140/2011, que engloba, a título exemplificativo, atividades localizadas em unidade de
conservação instituída pela União ou “que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder
Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional...”. No mais, a competência
supletiva para o licenciamento ou autorização ambiental deverá ser exercida conforme o art. 15
da Lei Complementar nº 140/2011.
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7. LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO ESTADO DO AMAPÁ
Nesta mesma lei em seu título III, capítulo I, inciso III, dispõe sobre o licenciamento em
suas diversas formas, e a autorização ambiental. Vale ressaltar que o Artigo nº 12 desta Lei
Complementar foi alterada pela Lei Complementar nº 070 de 2012, a saber:
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V – AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL (AA) – é expedida com validade de 3 (três) a 6
(seis) anos para todas as atividades e empreendimentos de baixa impactação, definidas
pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente - COEMA.
§ 1º - As Licenças serão expedidas nos termos do “Caput” deste artigo, mediante o
pagamento inicial da “Taxa de Licenciamento”, e posteriormente renovada todos os
anos enquanto perdurar a sua validade, sob o título de “Taxa Anual de Renovação de
Licenciamento”.
§ 2º – A renovação das Licenças deve ser requerida pelo empreendedor no período de
120 (cento e vinte) dias de antecedência da expiração do seu prazo de validade fixado
na respectiva Licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação
definitiva do órgão ambiental competente.
§ 3º – O vencimento para o pagamento da “Taxa Anual de Renovação de
Licenciamento”, será sempre no dia 31 de janeiro de cada ano.
§ 4º - Os valores da Taxa de Licenciamento e da Taxa Anual de Renovação de
Licenciamento e outros serviços afins serão estipulados pelo Poder Executivo e deverão
guardar a relação de proporcionalidade com o custo e a complexidade do serviço
prestado pelo órgão ambiental competente.
§ 5º – A falta de pagamento da “Taxa Anual de Renovação de Licenciamento” por parte
do detentor da Licença Ambiental, poderá acarretar em seu cancelamento, pelo órgão
ambiental competente, que será encarregado pela sua fiscalização.
§ 6º - As Licenças poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a
natureza, características e fase da atividade ou empreendimento, conforme critério
técnico definido pelo órgão ambiental competente.
§ 7º - Quando se tratar de pedido de Licença Ambiental Única (LA), para a sua
liberação pelo órgão ambiental competente, fica excluída a necessidade da obtenção
das Licenças previstas nos Incisos I, II, III e V.
§ 8º - O órgão ambiental competente, diante das alterações ambientais ocorridas em
determinada área, deverá exigir dos respectivos responsáveis pelas atividades ou
empreendimentos já licenciados, as adaptações ou correções necessárias para evitar ou
diminuir os impactos negativos sobre o meio ambiente decorrentes da nova situação.
§ 9º - Caso o órgão ambiental constate a existência de impactos ambientais negativos,
ou a possibilidade de sua ocorrência de tal forma que coloquem em perigo a vida
humana ou irreparabilidade da flora, fauna, recursos hídricos e naturais, será
determinada a imediata paralização da atividade ou empreendimento, concedendo aos
responsáveis, prazo para relocação das atividades ou empreendimento causadores dos
impactos.
§ 10 - O eventual indeferimento da solicitação de Licença deverá ser devidamente
instruído com parecer técnico do órgão ambiental competente, pelo qual se dará
conhecimento ao interessado do motivo do indeferimento; sobre tal decisão
caberá recurso do empreendedor, ao próprio órgão, contado para tanto o prazo de 10
(dez) dias úteis da data do recebimento da Notificação.
§ 11 - Iniciada a implantação ou a operação do empreendimento ou atividade, antes da
expedição das respectivas Licenças, previstas neste artigo, conforme apuração do órgão
ambiental competente, o responsável pela outorga das licenças deverá, sob pena de
responsabilidade funcional, comunicar publicamente o fato às entidades financiadoras
desses empreendimentos ou atividades, sem prejuízo da imposição de penalidade,
medidas administrativas, judiciais e outras providências cautelares.
§ 12 - A Licença para exploração e utilização de recursos naturais, que tenha por base
para sua expedição a dimensão da respectiva área, levará em conta as condições
prescritas pelas normas de zoneamento ambiental incidente sobre essa área.
§ 13 - Os pedidos e concessões das Licenças, indicadas nos incisos deste artigo, serão
objeto de publicação resumida no Diário Oficial do Estado, em periódico local e meio
digital oficial, sendo obrigatório a identificação do empreendedor por meio do CNPJ, se
pessoa jurídica, e do CPF, se pessoa física.
Esta Lei descreve que em casos que constatem a existência de impactos ambientais
negativos ou a POSSIBILIDADE de sua ocorrência de tal forma que coloquem em perigo a vida
humana ou irreparabilidade da flora, fauna, recursos hídricos e naturais, será determinada a
imediata paralização do empreendimento ou atividade, concedendo aos responsáveis, prazo para
relocação dos empreendimentos ou atividades causadoras dos impactos.
A SEMA foi criada em 1996 com várias funções, e no decorrer dos anos foi identificado
a necessidade de descentralização das funções a ela designado até que chegasse as atribuições
que hoje é desempenhado, devido a essa situação houve a necessidade de tantos renovações e
alterações na Lei.
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43
O decreto nº 1.937, de 26 de abril de 2007, alterado por força do Decreto nº 1.184, de 04
de janeiro de 2008 cria o Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Estado do
Amapá (IMAP), que na verdade mudou o nome do então Instituto de Terras do Amapá
(TERRAP) e passou sua vinculação a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), sendo
assim o IMAP com a finalidade de coordenar e executar as políticas de ordenamento territorial,
fundiárias e executar as de meio ambiente do estado do Amapá; planejar e executar projetos de
ordenamento territorial, regularização fundiária e meio ambiente, promover o assentamento e
colonização rural; promover a sistematização dos assentamentos urbanos em parceria com os
municípios do Estado, executar projetos de transferência de terras do domínio federal para o
domínio do Estado; administrar, guardar e preservar terras de domínio estadual seu uso sócio-
econômico-ambiental e não entregues à responsabilidade de outros entes; bem como licenciar,
monitorar e fiscalizar as áreas de uso sócio-econômico-ambiental no Estado, promover os
procedimentos administrativos relativos à discriminação de terras estaduais, permutas, as
desapropriações e conflitos fundiários; promover a aquisição e alienação de terras de interesse do
Estado; promover a concessão de títulos de domínio - provisórios e definitivos -, e exercer outras
atribuições correlatas na forma a Lei.
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44
infração, notificação, formação do processo, Defesa, do julgamento, recurso e disposições
finais).
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45
7.3. TIPOS DE LICENÇAS AMBIENTAIS
As licenças ambientais que o Estado do Amapá emitia até o ano de 2012 eram aquelas
descritas pela Lei Complementar nº 005/94, art. 12 e seu prazo era estabelecido pela resolução nº
001/99 do COEMA. Porém em 09 de janeiro de 2012 a Lei Complementar nº 070 foi sancionada
e esta alterando a redação dada pelo artigo nº 12 já supramencionado, a saber:
Portanto além das licenças previstas na resolução nº 237/97 do CONAMA como Licença
Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO) o Estado do Amapá emite,
assim como em outros Estados do Brasil, a Licença Ambiental Única (LAU) e a Autorização
Ambiental (AA).
De acordo com SANTOS (2014), a lei complementar nº 070/12 foi importante para o
desempenho da atuação do IMAP para os anos subsequentes, uma vez que diminuiu a demanda
fixa por emissão de licenças todos os anos e aumentou a atuação de monitoramento das
atividades potencialmente ou efetivamente poluidoras do meio ambiente. Além de aperfeiçoar a
atuação do órgão, uma vez que surgiram termos de referência, padronização de atividades e
efetividade nas emissões das licenças.
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As principais modificações por meio desta LC foi o aumento no tempo de validade das
licenças ambientais emitidas e o surgimento de uma nova modalidade de Licença Ambiental,
Licença Ambiental Única (LAU), destinada exclusivamente para as atividades do agronegócio,
assim simplificando somente o processo de licenciamento ambiental para estas atividades. Outra
importante mudança foi na criação da Taxa Anual de Renovação de Licenciamento, que tem o
objetivo de arrecadar recursos das atividades licenciadas, anualmente. Por exemplo, se uma
atividade for licenciada no ano de 2015 sendo esta emitida com validade de 4 anos, durante os
próximos anos ele pagará anualmente esta taxa anual de renovação.
Essa licença é emitida para as atividades ou empreendimentos que ainda estão na fase de
planejamento, ou seja, em sua fase preliminar. A emissão desta licença pelo órgão ambiental
significa que este aprova a localização e a concepção, além de constar e aprovar a viabilidade
ambiental, ou seja, que o empreendimento ou atividade possa controlar seus impactos
ambientais.
Esta licença tem prazo de validade mínima de 2 (dois) anos e máximo de 4 (quatro) anos.
Esta licença é expedida pelo órgão ambiental competente aprovando o início da fase de
construção ou instalação das atividades ou empreendimentos, sendo emitida após a Licença
Prévia desde que respeitado as especificações constantes dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo neste as medidas de controle ambiental e as condicionantes anteriores, e
ainda especificando as próximas condicionantes a serem cumpridas.
Esta licença tem o prazo de validade mínima de 2 (dois) anos e máximo de 5 (cinco)
anos.
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Imagem 8 – Fase de construção do empreendimento, após a emissão da Licença de
Instalação.
Esta licença é emitida pelo órgão ambiental competente aprovando o início da atividade
ou empreendimento, após o cumprimento de todas as exigências das licenças anteriores, com as
medidas de controle ambiental e as condicionantes determinadas para esta fase.
O prazo de validade para essa licença é no mínimo de 3 (três) anos e no máximo 6 (seis)
anos.
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Imagem 9 – Empreendimento após fase de instalação e pronto para entrar em
funcionamento, emissão da Licença de Operação
Esta licença ambiental é específica para as atividades voltadas para o agronegócio. Esta
licença veio para simplificar o processo de licenciamento, uma vez que essa licença substitui o
processo da emissão da LP, LI e LO.
O prazo de validade dessa licença varia entre o mínimo de 4 (quatro) anos e no máximo
de 6 (seis) anos.
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Imagem 10 – empreendimento passível de emissão da licença ambiental única
O prazo de validade dessa licença varia entre o mínimo de 3 (três) anos e o máximo de 6
(seis) anos.
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Imagem 11 – Empreendimento passível de emissão da autorização ambiental
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Imagem 12 – Organograma da Diretoria Técnica de Meio Ambiente
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DTMA – Será realizado mais uma análise do processo, com o objetivo de averiguar se
não há nenhuma inconformidade e posteriormente encaminhando o processo ao setor
seguinte.
DIPRE – Neste o Diretor-Presidente do instituto fará a ultima análise antes da assinatura
da licença e posteriormente comunicará e encaminhará ao requerente a licença ambiental.
O não cumprimento das leis ambientais está sujeitos às penalidades descritas na lei de
crimes ambientais (Lei nº 9605/98) e nas leis estaduais, no Amapá, a Lei Complementar nº
005/94 e Decreto nº 3009/98. No caso de empreendimentos que estão exercendo suas atividades
em desacordo com as condições exigidas nas licenças, estes são caracterizados como crimes
ambientais, de acordo com o art. 60 da Lei 9605/98 e art. 15, inciso V do Decreto nº 3009/98.
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55
prevalecendo, ao final, o auto de infração lavrado por órgão do ente federativo que detenha a
atribuição legal de licenciamento ou autorização, dispõe o parágrafo 3º deste artigo.
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56
REFERÊNCIAIS
AMADO, Frederico A. Trindade. Legislação Comentada para Concursos. Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo. 2015.
______. Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
Brasília, DF, 1981.
______. Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Seção III, Artigo 54. Brasília, DF, 1998.
______. Lei 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225 1º, inciso I, II, III e VII da
Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá
outras providências. Brasília, DF, 2000.
______. Lei 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as
Leis 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de dezembro de
2006; revoga as Leis 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Seção III, Artigo 54.
_____. Manual de Licenciamento Ambiental: Guia de procedimento passo à passo. Rio de Janeiro:
GMA, 2004.
SOUZA, Demétrius Coelho. Breves Considerações sobre o Licenciamento Ambiental. Revista Jurídica
da UniFil, Ano VI, Vol. Nº6.
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57
CREMONEZ, F. E.; CREMONEZ, P. A.; FEROLDI, M.; CAMARGO, M. P.; KLAJN, F. F.; FEIDEN,
A. Avaliação de impacto ambiental: metodologias aplicadas no Brasil. Revista Monografias
Ambientais - REMOA v.13, n.5, dez. 2014, p.3821-3830.
PIMENTEL, G.; PIRES, S.H.. Metodologias de avaliação de impacto ambiental: aplicações e seus
limites. Rev. Adm. púb., Rio de Janeiro, 26 (1): 56-68, jan./mar. 1992
CASTRO, M. B.; VILLELA, L. M. A.; LAUDARES, S. S. A.; MORAIS, L. O. F.; OLIVEIRA, A. L.;
BARROS, D. A.; BARBOSA, A. C. M.; BORGES, Ç. A. C.. Metodologias Para Avaliação de
Impactos Ambientais. XII Congresso Nacional de Meio Ambiente De Poços De Caldas. Maio de 2015,
Minas Gerais.
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58
ANEXO 1 - Princípios de Estocolmo (oito primeiros)
PRINCÍPIOS DE ESTOCOLMO (OITO PRIMEIROS)
5. Os recursos não renováveis da Terra devem empregar-se de forma que se evite o perigo
de seu futuro esgotamento e se assegure que toda a humanidade compartilhe dos benefícios de
sua utilização.
6. Deve-se por fim à descarga de substâncias tóxicas ou de outros materiais que liberam
calor, em quantidades ou concentrações tais que o meio ambiente não possa neutralizá-los, para
que não se causem danos graves e irreparáveis aos ecossistemas. Deve-se apoiar a justa luta dos
povos de todos os países contra a poluição.
7. Os Estados deverão tomar todas as medidas possíveis para impedir a poluição dos mares
por substâncias que possam por em perigo a saúde do homem, os recursos vivos e a vida
marinha, menosprezar as possibilidades de derramamento ou impedir outras utilizações legítimas
do mar.
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59
ANEXO 2 - SISNAMA
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Atividades agropecuárias
- projeto agrícola
- criação de animais
- silvicultura
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64
ANEXO 4 – Decreto Federal nº 99.274/90
DECRETO No 99.274, DE 6 DE JUNHO DE 1990.
Art. 4o O CONAMA compõe-se de: (Redação dada pelo Decreto nº 6.792, de 2009)
III - Comitê de Integração de Políticas Ambientais; (Redação dada pelo Decreto nº 6.792,
de 2009)
Art. 5º Integram o Plenário do Conama: (Redação dada pelo Decreto nº 99.355, de 1990)
I - o Ministro de Estado do Meio Ambiente, que o presidirá; (Redação dada pelo Decreto
nº 3.942, de 2001)
VII - oito representantes dos Governos Municipais que possuam órgão ambiental
estruturado e Conselho de Meio Ambiente com caráter deliberativo, sendo: (Redação dada pelo
Decreto nº 3.942, de 2001)
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65
b) um representante da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente-
ANAMMA; (Incluída pelo Decreto nº 3.942, de 2001)
§ 6o Os representantes referidos no inciso VIII, alíneas "a" e "b", serão eleitos pelas
entidades inscritas, há pelo menos um ano, no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas-
CNEA, na respectiva região, mediante carta registrada ou protocolizada junto ao
CONAMA. (Incluído pelo Decreto nº 3.942, de 2001)
§ 7o Terá mandato de dois anos, renovável por igual período, o representante de que trata o
inciso X. (Incluído pelo Decreto nº 3.942, de 2001)
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67
ANEXO 5 – Anexo do Decreto Estadual nº 3009/98
ANEXO DO DECRETO Nº 3009 de 17 de novembro de 1998
CARACTERIZAÇÃO DE ATIVIDADES POTENCIALMENTE CAUSADORAS DE
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
A - CRITÉRIOS GERAIS
C - LEGENDAS
AU = Área Útil em ha (hectare)
NE = Número de empregados
AI = Área inundada em ha (hectare)
NV = Número de veículos, embarcações ou aeronaves
NA = Número de Apartamentos
L = Comprimento em km (quilômetro)
P = Potência em MVA (megavolt ampère).
Nota: O enquadramento dar-se-á sempre pelo maior parâmetro.
01 - Extração e Tratamento de Minerais 17 - Indústria do Vestuário, Calçados, Artefatos de
02 - Indústria de Minerais não metálicos Tecidos e de Couros
03 - Indústria Metalúrgica 18 - Indústria de Produtos Alimentares
04 - Indústria Mecânica 19 - Indústria de Bebidas e Álcool Etílico
05 - Indústria de Material Elétrico e de Comunicações 20 - Indústria de Fumo
06 - Indústria de Material de Transporte 21 - Indústria Editorial e Gráfica
07 - Indústria Madeireira 22 - Atividades Diversas
08 - Indústria do Mobiliário 23 - Construção Civil
09 - Indústria do Papel e Papelão 24 - Serviços de Utilidade Pública
10 - Indústria da Borracha 25 - Comércio Atacadista
11 - Indústria de Couro, Peles e Produtos Similares 26 - Transportes e Terminais
12 - Indústria Química 27 - Serviços Auxiliares
13 - Indústria de Produtos Farmacêuticos e Veterinários 28 - Serviços Médicos e Veterinários
14 - Indústria de Perfumaria, Sabões e Velas 29 - Atividades Agropecuárias, Pesca e Aquicultura
15 - Indústria de Produtos de Matérias Plásticas 30 - Beneficiamento de Resíduos
16 - Indústria Têxtil 31 - Indústria de Componentes e Aparelhos Eletro-
eletrônicos
32 - Exploração de Produtos Vegetais
CREMONEZ, F. E.; CREMONEZ, P. A.; FEROLDI, M.; CAMARGO, M. P.; KLAJN, F. F.;
FEIDEN, A. Avaliação de impacto ambiental: metodologias aplicadas no Brasil. Revista
Monografias Ambientais - REMOA v.13, n.5, dez. 2014, p.3821-3830.
São instrumentos bastante práticos, fáceis de usar e são utéis em estudos preliminares
para indentificação de impactos relevantes (SÁNCHEZ, 2008; TOMASI, 1993).
Segundo Costa et al (2005), a listagem representa um dos métodos mais utilizados em
AIA em fase inicial. Consiste na identificação e enumeração dos impactos, a partir da diagnose
ambiental realizada por especialistas dos meios físico, biótico e sócio-econômico. Os
especialistas deverão relacionar os impactos decorrentes das fases de implantação e operação do
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empreendimento, categorizados em positivos ou negativos, conforme o tipo da modificação
antrópica que esteja sendo introduzida no sistema analisado.
Esse método tem como principal vantagem reunir os mais prováveis impactos associados
a um projeto (GALLARDO, 2004). Entretanto, tal metodologia não identifica impactos diretos,
não considera características temporais dos impactos, não considera a dinâmica dos sistemas
ambientais e na maioria dos casos não indica a magnitude dos impactos, além de obter resultados
subjetivos (CARVALHO; LIMA, 2010). Stamm (2003), cita cinco tipos básicos de listagem de
controle, que são: simples, descritivas, escalares, questionários e multiatributos.
Essa metodologia de impacto ambiental tem como principais vantagens à forma concisa,
organizada e compreensiva. Adequado para análises preliminares, indicando a priori os impactos
mais relevantes. Instiga a avaliação das consequências. Pode, de forma limitada, incorporar
escalas de valoração e ponderação. Porém tem como principais desvantagens o
compartimentação e fragmentação; não evidencia inter-relações entre os fatores ambientais. A
identificação dos efeitos é qualitativa e subjetiva. Impossibilidade de identificar impactos
secundários e fazer predições. Não capta valores e conflitos.
4. Superposição de cartas
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71
ANEXO 7 - GLOSSÁRIO
Ação Civil Pública – Figura jurídica que dá legitimidade ao Ministério Público, à administração
pública ou associação legalmente constituída para acionar os responsáveis por danos causados ao
meio ambiente, aos consumidores ou aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico (Lei nº 7347 de 24/07/1985).
Águas jurisdicionais – Águas sobre as quais o Brasil exerce soberania, como a faixa de mar
territorial, por exemplo.
Alvará – Documento passado a favor de alguém por autoridade judiciária ou administrativa, que
contém ordem ou autorização para a prática de determinado ato.
Análise dos impactos – em um estudo ambiental, designa a atividade de identificar, prever a
magnitude e avaliar a importância dos impactos decorrentes da proposta em estudo.
(Sánchez,2006)
Aquicultura – Produção, em cativeiro, de organismos com habitat predominantemente aquático,
em qualquer um de seus estágios de desenvolvimento.
Aquífero – Estrutura de rochas, cascalhos e areias situada acima de uma capa de rochas
impermeáveis, que por sua porosidade e permeabilidade possui a capacidade da armazenar água
que circula em seu interior.
Área de Estudo – Área geográfica na qual são realizados os levantamentos para fins de
diagnóstico ambiental. (Sánchez,2006)
Área de Influência - Área geográfica na qual são detectáveis os impactos de um projeto.
(Sánchez,2006)
Área de Preservação Permanente (APP) – área protegida, coberta ou não por vegetação nativa,
com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas.
Assoreamento – Obstrução de rio, canal, estuário ou qualquer corpo d’água por acúmulo de
substâncias minerais (areia, argila) ou orgânicas (lodo), diminuindo sua profundidade e a força
de sua correnteza (Glossário IBAMA, 2003).
Autuação – ato de lavrar um auto contra alguém, processar.
Avaliação de Impacto Ambiental - Estudo realizado para identificar, prever e interpretar, assim
como, prevenir as consequências ou efeitos ambientais que determinadas ações, planos,
programas ou projetos podem causar à saúde, ao bem estar humano e ao entorno.
Avaliação de risco – processo pelo qual os resultados da análise de riscos são utilizados para a
tomada de decisão (Sánchez,2006).
Bacia hidrográfica – Conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e
subafluentes. A ideia de bacia hidrográfica está associada à noção da existência de nascentes,
divisores de águas e características dos cursos de água, principais e secundários, denominados
afluentes e subafluentes. A área física, assim delimitada, constitui-se em importante unidade de
planejamento e de execução de atividades socioeconômicas, ambientais, culturais e educativas.
Bioma – Conjunto de vida (vegetal e animal) definido pelo agrupamento de tipos de vegetação
contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história
compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria. Biomas são as
grandes ‘paisagens vivas’ existentes no planeta, definidas em geral de acordo com o tipo
dominante de vegetação. A Caatinga, o Cerrado e a Mata Atlântica são exemplos de biomas.
Biota – é o conjunto de seres vivos de um ecossistema, o que inclui a flora, a fauna, os fungos,
os protistas (algas unicelulares e protozoários) e as bactérias.
Carcinicultura – Criação de crustáceos, como caranguejos e camarões.
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72
Comissão Tripartite – Instância criada para articular os órgãos federais, estaduais e municipais
de meio ambiente e outras organizações da sociedade para a promoção da gestão ambiental
compartilhada e descentralizada entre os entes federados. É composta por representações
paritárias dos órgãos e entidades ambientais da federação, os quais desenvolvem seus trabalhos
de acordo com uma lógica de consenso, em que as decisões são construídas por unanimidade. A
Comissão Tripartite Nacional foi criada pela Portaria MMA nº. 189 de 25 de maio de 2001. É
composta por representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), da Associação Brasileira
de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (ABEMA) e da Associação Nacional de Órgãos
Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA). As Comissões Tripartites Estaduais e a Comissão
Bipartite do Distrito Federal, instituídas pela Portaria MMA nº. 473 de 9 de dezembro de 2003,
têm as mesmas incumbências em âmbito estadual.
Compensação ambiental – Medida destinada a indenizar financeiramente a sociedade por
impactos ambientais adversos, não possíveis de evitar ou para os quais não se encontrou
qualquer medida de mitigação. Exemplo: contribuição para o fundo de meio ambiente ou a
aquisição de área destinada a um parque municipal como forma de compensar o município pela
exploração de minérios.
Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo do
Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA. Foi instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 99.274/90. O
CONAMA é composto por Plenário, Comitê de Integração de Políticas Ambientais - CIPAM,
Grupos Assessores, Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho. O Conselho é presidido pelo
Ministro do Meio Ambiente e sua Secretaria Executiva é exercida pelo Secretário-Executivo do
MMA.
Consultivo – O caráter de ser consultado e de prestar assessoria sempre que necessário.
Deliberativo – Significa decidir sobre os temas e problemas apresentados.
Conscientização pública – Uma das modalidades da educação ambiental voltada a formar
opinião pública sobre determinados temas relativos ao meio ambiente. Pode ser realizada
mediante ações de sensibilização e mobilização, utilizando, para isso, diferentes meios de
comunicação.
Conservação ambiental – O manejo do uso humano da natureza, compreendendo a
preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente
natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais gerações,
mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras, e
garantindo a sobrevivência dos seres vivos em geral. (Art. 2º, Lei 9985/00).
Corpos d’água – Qualquer coleção de águas interiores. Denominação mais utilizada para águas
doces, abrangendo rios, igarapés, lagos, lagoas, represas, açudes etc. (Glossário MUNIC/IBGE,
2002).
Descentralização da Gestão Ambiental - É o processo gradual de transferência das atividades
da gestão ambiental da União para os Estados e desses para os municípios, bem como desses
todos em direção à sociedade, tendo em vista o fortalecimento do Sistema Nacional de Meio
Ambiente (SISNAMA) e uma gestão ambiental compartilhada;
Degradação ambiental – Alteração imprópria às características do meio ambiente.
Desenvolvimento sustentável – Existem mais de 80 significados diferentes para
desenvolvimento sustentável. Trata-se de um “termo em disputa” pelos mais diversos setores da
sociedade. Nesta capacitação adotamos a definição do ICLEI (International Council for local
Environmental Initiatives – “Governos locais pela Sustentabilidade”), segundo a qual,
desenvolvimento sustentável é “o desenvolvimento que provê a todos os serviços econômicos e
ambientais básicos, sem ameaçar a viabilidade dos sistemas natural, social e construído, dos
quais esses serviços dependem” (Toronto/Canadá, 1996).
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73
Diagnóstico ambiental – Descrição das condições ambientais existentes em determinada área no
momento presente; ou, descrição e análise da situação atual de uma área de estudo feita por meio
de levantamentos de componentes e processos do meio ambiente físico, biótico e antrópico e de
suas interações.
Diretriz - Conjunto de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo um plano, uma
ação, um negócio.
Efeitos ambientais - Alterações nas características e na qualidade do meio ambiente produzida
por ação humana (FEEMA, 1997).
Efluente – Qualquer tipo de água ou líquido, que flui de um sistema de coleta, ou de transporte,
como tubulações, canais, reservatórios, e elevatórias, ou de um sistema de tratamento ou
disposição final, com estações de tratamento e corpos de água receptores. (Dicionário de Meio
Ambiente do IBGE).
EIA/RIMA - Instrumento Legal do Licenciamento Ambiental, é uma exigência constitucional
para a instalação de obra ou atividade potencialmente poluidora de significativa degradação do
meio ambiente.
Emissão – Ação de emitir ou expelir de si.
Empreendimento - Toda e qualquer ação física com objetivos sociais ou econômicos
específicos, seja de cunho público ou privado, que cause intervenções sobre o território,
envolvendo determinadas condições de ocupação e manejo dos recursos naturais e alteração
sobre as peculiaridades ambientais.
Entorno - Área que circunscreve um território.
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) – Modalidade específica de estudo de impacto
ambiental adaptado a empreendimentos e impactos urbanos. (Sánchez,2006).
Estudos Ambientais - são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais
relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou
empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como:
relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar,
diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise
preliminar de risco. (Resolução CONAMA nº 237/97).
Fiscalização – Procedimentos utilizados por órgão competente para verificar se as normas e leis
estão sendo cumpridas.
Gestão ambiental – Trata-se de um conjunto de políticas, programas e práticas que levam em
conta a saúde e a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente. A gestão é realizada por
meio da eliminação ou da minimização de impactos e danos ambientais decorrentes do
planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação de
empreendimentos e atividades, incluindo-se todas as fases do ciclo de vida de um produto.
Gestão Ambiental Compartilhada- É o processo previsto pela Política Nacional de Meio
Ambiente pelo qual, através de uma repartição adequada de responsabilidades e recursos, se
estabelecem cooperação e integração entre os entes da federação, de forma a se assegurar a
qualidade ambiental necessária à manutenção e melhoria da qualidade de vida e a um uso
sustentável dos recursos naturais.
Impacto ambiental - qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas
que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as
atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a
qualidade dos recursos ambientais.
Impacto Ambiental Regional - é todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área
de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados.
(Resolução CONAMA nº 237/97).
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Impacto ambiental local- É aquele que, uma vez executada a ação, seus efeitos afetam apenas o
próprio local e suas imediações, não ultrapassando os limites de um município.
Indicadores - São índices de medida que nos ajudam a compreender uma determinada situação.
Por exemplo: o número de árvores por habitante de um município indica a sua cobertura vegetal
e é um dos indicadores de sua qualidade ambiental. Este número pode ser comparado ao
recomendável e usado para decidir se é necessário plantar mais árvores. Depois, este mesmo
indicador servirá para medir o sucesso ou fracasso de um programa de reflorestamento.
Infração administrativa ambiental – “Infração administrativa ambiental é toda ação ou
omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente”. (Art. 70 da Lei no 9.605/98).
Instituir – Estabelecer, criar, fundar por meio de lei.
Interdição – suspensão de funcionamento.
Lei Orgânica Municipal – Considerada a “constituição” do município, dispõe sobre a estrutura,
o funcionamento e as atribuições dos poderes Executivo e Legislativo municipais.
Lençol freático – Lençol de água subterrâneo que se forma em profundidade relativamente
pequena; lençol superficial, lençol de água. Pode ser considerado como a parte ou camada
superior das águas subterrâneas.
Licença Ambiental - ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as
condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar
empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos am bientais, consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental. (Resolução CONAMA nº 237/97)
Manejo ambiental - Ato de intervir no meio natural com base em conhecimentos científicos e
técnicos, com o propósito de promover e garantir a conservação da natureza.
Medidas mitigadoras – Medidas destinadas a minimizar problemas decorrentes de obras ou
atividades poluidoras ou que causem degradação ambiental.
Meio ambiente - Conjunto dos agentes físicos, químicos, biológicos e dos fatores sociais
susceptíveis de exercerem um efeito direto ou mesmo indireto, imediato ou a longo prazo, sobre
todos os seres vivos, inclusive o homem. (Dicionário de Meio Ambiente, IBGE)
Metais pesados – Grupo de metais de peso atômico relativamente alto. Alguns, como zinco e
Monitoramento – Trata-se do ato de acompanhar o comportamento de determinado fenômeno
ou situação com o objetivo de detectar riscos e oportunidades.
Normativo – que tem a atribuição de estabelecer normas.
Parâmetros ambientais – Valor de qualquer das variáveis de um componente ambiental que lhe
confira uma situação qualitativa ou quantitativa.
Passivo ambiental – Conjunto de deveres das empresas, decorrente de danos causados ao meio
ambiente.
Passivos – Conjunto de dívidas e obrigações de uma pessoa ou empresa. Num balanço, significa
também o conjunto de contas que registra a origem dos recursos da empresa: capital próprio,
financiamentos, etc.
Patrimônio arqueológico – Conjunto de testemunhos materiais relativos à pré-história da
humanidade.
Perigo – Condição ou situação física com potencial de acarretar consequências indesejáveis.
(Sánchez, 2006).
Plano Diretor – Instrumento básico de planejamento de uma cidade e que dispõe sobre sua
política de desenvolvimento, ordenamento territorial e expansão urbana. (Dicionário Eletrônico
Aurélio Século XXI)
Poluição – É a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população, criem condições
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adversas às atividades sociais e econômicas, afetem desfavoravelmente a biota, afetem as
condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente, e lancem materiais ou energia em desacordo
com os padrões internacionais estabelecidos.
Prognóstico ambiental – Projeção da provável situação futura do ambiente potencialmente
afetado, caso a proposta em análise (projeto, plano, programa ou política) seja implementada.
Qualidade ambiental - “expressão das condições e dos requisitos básicos que um ecossistema
detém, de natureza física, química, biológica, social, econômica, tecnológica e política,
resultantes da dinâmica dos mecanismos de adaptação e dos mecanismos de auto-superação dos
ecossistemas”. (Tauk, 1991).
Recuperação ambiental – Ação destinada a reverter processos de degradação ambiental por
meio de práticas e técnicas que visem restaurar o equilíbrio perdido.
Recuperação ambiental – Retorno de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada
a uma condição não-degradada, que pode ser diferente de sua condição original.
Regulamentar – expedir regulamento, prescrever regras de implementação de normas de
superior hierarquia.
Regulamentar - Sujeitar a regulamento, regular, regularizar.
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) – Documento que reflete as conclusões do Estudo de
Impacto Ambiental, redigido em linguagem acessível, de modo que se possa entender as
vantagens e desvantagens de um projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua
implementação.
Resíduo – Material descartado, individual ou coletivamente, pela ação humana, animal ou por
fenômenos naturais, que pode ser nocivo à saúde e ao meio ambiente quando não reciclado ou
reaproveitado.
Sanção - Medida repressiva infligida por uma autoridade.
Serviços ambientais – Conceito associado a tentativa de valoração dos benefícios ambientais
que a manutenção de áreas naturais pouco alteradas pela ação humana traz para o conjunto da
sociedade. Entre os serviços ambientais mais importantes estão a produção de água de boa
qualidade, a depuração e a descontaminação natural de águas servidas (esgotos) no ambiente, a
produção de oxigênio e a absorção de gases tóxicos pela vegetação, a manutenção de estoques de
predadores de pragas agrícolas, de polinizadores, de exemplares silvestres de organismos
utilizados pelo homem (fonte de gens usados em programas de melhoramento genético), a
proteção do solo contra a erosão, a manutenção dos ciclos biogeoquímicos, etc. Os serviços
ambientais são imprescindíveis a manutenção da vida na Terra.(Dicionário de Meio Ambiente do
IBGE).
Silvicultura – Manejo científico das florestas (nativas ou plantadas) para a produção permanente
de bens e serviços. (Dicionário de Meio Ambiente do IBGE).
Sinergia – Conceito derivado da Química. Indica um fenômeno no qual o efeito obtido pela ação
combinada de duas substâncias diferentes é maior do que a soma dos efeitos individuais dessas
mesmas substâncias. O emprego desse termo indica, portanto, a potencialização dos processos de
cooperação.
Sistemas agroflorestais – Sistemas agroflorestais são formas de uso ou manejo do solo, nos
quais se combinam espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos agrícolas e/ou
criação de animais, de forma simultânea ou em sequência temporal, e que promovem benefícios
econômicos e ecológicos. (Projeto Biodiversidade Brasil).
SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente, constituído pelos órgãos e entidades da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as
fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade
ambiental. Tem como principais funções: (i) implementar a Política Nacional do Meio
Ambiente; (ii) estabelecer um conjunto articulado de órgãos, entidades, regras e práticas
responsáveis pela proteção e pela melhoria da qualidade ambiental; e (iii) garantir a
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descentralização da gestão ambiental, através do compartilhamento entre os entes federados
(União, Estados e Municípios).
Termo de Referência – Conjunto de critérios exigidos para a realização de determinada
atividade.
Tramitação – Sequência de procedimentos para se alcançar um efeito ou objetivo.
Unidades de conservação – Porções do território nacional com características de relevante valor
ecológico e paisagístico, de domínio público ou privado, legalmente instituídas pelo poder
público com limites definidos sob regimes especiais de administração, aos quais se aplicam
garantias adequadas de proteção. Exemplo: Parque Nacional, Reservas Biológicas, Estações
Ecológicas.
Zona de amortecimento – Área no entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades
humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os
impactos negativos sobre a Unidade. (Guia de Chefe/IBAMA, 2000).
Zoneamento ambiental – Estudo que envolve várias áreas de conhecimento e define as
possíveis ocupações do solo de acordo com a sua vocação ecológica.
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