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No século 18, a música passou de uma arte aristocrática para burguesa, com concertos públicos e uma classe de músicos amadores. A crítica musical também surgiu, enquanto os filósofos das luzes deram mais importância à música. Os músicos ganharam status e a política influenciou grupos musicais. A edição musical permitiu que a música viajasse para além das fronteiras nacionais.
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Situação Sócio-Histórica da Música no Século XVIII
No século 18, a música passou de uma arte aristocrática para burguesa, com concertos públicos e uma classe de músicos amadores. A crítica musical também surgiu, enquanto os filósofos das luzes deram mais importância à música. Os músicos ganharam status e a política influenciou grupos musicais. A edição musical permitiu que a música viajasse para além das fronteiras nacionais.
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No século 18, a música passou de uma arte aristocrática para burguesa, com concertos públicos e uma classe de músicos amadores. A crítica musical também surgiu, enquanto os filósofos das luzes deram mais importância à música. Os músicos ganharam status e a política influenciou grupos musicais. A edição musical permitiu que a música viajasse para além das fronteiras nacionais.
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“Situação Sócio-Histórica da Música no Século XVIII.”
Cap. 19. Situação Sócio-histórica da Música no Século XVIII. Massin. História de Música Ocidental. 1987.
Prof.ª: Maria Del Carmen.
Aluno: Juliano Gustavo Ozga.
Resenha sobre Situação Sócio-Histórica da Música no Século XVIII.
Através do movimento comercial e dos grandes portos marítimos, conjuntamente
com os centros administrativos e as cidades universitárias, a arte monárquica permaneceu até por volta dos anos 1750, quando começou seu declínio, permanecendo uma arte aristocrática no domínio musical. Posteriormente haverá um surgimento da arte burguesa norteando e influenciando o contexto musical, caracterizado por uma cultura musical autônoma e por uma importante transformação da vida musical, onde se tornam mais evidentes os concertos públicos. Nessa transição a música passa a possuir uma função simbólica e significativa de um contexto social, onde a aristocracia se apropriou das peças chamadas divertissements, caracterizando uma função social, porém de menor valor artístico. No entanto, o público burguês possuía uma cultura musical inferior e vulgar, como o público musical parisiense, onde sua estrutura musical era de natureza mais social. Um das características da música do Século XVIII era a tendência do intérprete tentar surpreender o público pelo caráter original e engenhoso de seu desempenho. Posteriormente a música passou a ganhar uma maior importância na vida social, onde o exemplo do estudo de piano como signo de boa educação, acabou por criar uma classe de músicos amadores. Outra característica fundamental foi o surgimento da crítica musical, onde Berlim se destacou na segunda metade do século XVIII como centro de crítica e teoria musical. A partir da influência dos filósofos da luzes, os filósofos do século XVIII passaram a dar uma maior importância para a música, como um fenômeno social, com um caráter racional através da linguagem verbal. Assim podemos constatar uma maior influência da situação social do músico que estava ligada aos poetas, passando ao estatuto de importante posição na vida cultural. Podemos assinalar também a influência da política entre os grupos musicais, que por vezes se tornavam partidos políticos, onde podemos citar o exemplo da influência da revolução francesa na vida musical de Paris. Um das conseqüências do crescimento do público burguês como amante da música no século XVIII foi a multiplicação das apresentações públicas de música, o que posteriormente ocasionou em uma união entre a burguesia e os nobres através da música. Outra característica será a evolução da música através da edição musical, onde o músico passou a possuir uma posição profissional voltada para o mercado burguês, o que evoluiu para um setor cultural mais abrangente, que passou a influenciar as dedicatórias das composições musicais, não mais dependentes do mecenato, e sim voltados mais para os concertos públicos, onde o público novo de classe média tinha papel importante nesta comercialização e organização. Disso decorre um crescimento das empresas comerciais de difusão musical, onde as edições primeiramente não geravam lucros, o que mudou posteriormente com a atuação do editor na vida musical, podendo também os compositores tornarem-se seus próprios editores. Desta evolução decorre uma maior abrangência do papel do músico na vida social, o que com a ajuda das impressões e das divulgações, houve um maior conhecimento dos trabalhos dos músicos, não só no seu país de origem, como além das fronteiras nacionais, através de vínculos pessoais e comerciais. Desta evolução decorre o surgimento da questão dos direitos autorais dos compositores, que muitas vezes eram burlados por certos editores ao publicaram suas obras sem autorização e não repassando nenhum lucro ao compositor. Outro caráter importante influenciado pela imprensa e edição musical foi o fator da repetividade musical, ocorrendo a possibilidade de audições múltiplas de uma peça musical. Assim podemos caracterizar duas peculiaridades da vida musical no século XVIII, onde uma é representada pela maior liberdade para o músico, público mais vasto, que caracterizou uma democracia ao acesso à vida musical, e outra peculiaridade refere-se a uma organização de toda um setor comercial ligado ao fomento, edição e divulgação da música.