Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Manoel Jacobsen Teixeira, Lin Tchia Yeng, Bernardo Assumpção de Monaco, William
Gemio Jacobsen Teixeira
FISIOPATOLOGIA
O tono muscular é regulado pelas aferências extra, viscero e proprioceptivas, incluindo-se
as oriundas do aparelho locomotor, vísceras, tegumento e estruturas subtegumentares, que
regulam a atividade dos motoneurônios alfa e gama e pelos estímulos inibitórios ou facilitatórias
oriundos de várias regiões do sistema nervoso central (SNC) como os lobos frontais, sistema
extrapiramidal, núcleos do tronco encefálico, tratos oriundos no encéfalo que se projetam na
medula espinal e no cerebelo, tratos cerebeloespinais, sistema reticular ascendente, tratos
reticuloespinais e vestibuloespinais e substância cinzenta da medula espinal, onde, por sua vez,
se alojam os motoneurônios alfa que inervam os músculos esqueléticos, os motoneurônios gama
que inervam as fibras intrafusais dos fusos musculares, e consequentemente, o grau de
excitabilidade muscular e os neurônios da coluna intermédio-lateral que inervam as estruturas
neurovegetativas do corpo e os neurônios próprio, éstero e visceroceptivos6,7,8. Aferências
oriundas dos tecidos periféricos finas amielínicas do tipo C ou IV que veiculam os estímulos
nociceptivos e térmicos (calor) e mielinizadas finas do tipo A-delta ou III que veiculam os
estímulos nocicetivos, térmicos (frio) e tácteis do aparelho locomotor, parede das vísceras,
tegumento e estruturas e subtegmentares e as fibras mielinizadas grossas I ou II oriundas dos
fusos, órgãos ânulo-espirais e músculo-tendíneos que alcançam a substância cinzenta e os
funículos posteriores da medula espinal pelas raízes posteriores e, em menor número pelas
anteriores e que se projetam para as várias lâminas do corno posterior da substância cinzenta da
medula espinal (CPME) onde há neurônios que influenciam segmentarmente a atividade motora e
de onde emergem tratos caudorrostrais que influenciam a atividade dos neurônios dos segmentos
medulares adjacentes e neurônios encefálicos assim como a coluna intermédia lateral onde se
alocam os neurônios relacionados ao controle das atividades neurovegetativas e substância
cinzenta da ponta anterior da medula espinal9 (Quadro 1). O trato de Lissauer desempenha papel
importante na modulação intersegmentar dos aferentes nociceptivos. Seu componente medial
transmite os estímulos excitatórios das raízes sensitivas para os segmentos adjacentes e, o
lateral, exerce atividade inibitória na substância gelatinosa dos dermatometâmeros vizinhos 10. Os
dendritos dos neurônios espinoreticulotalâmicos fazem sinapse com os aferentes primários na
substância gelatinosa que, por sua vez, modulam segmentarmente a atividade nociceptiva. Na
substância cinzenta da medula espinal, alojam-se neurônios que originam os tratos com projeção
caudorrostral (espinotalâmicos, espinocerebelares, espinomesencefálicos, espinoamigdalianos,
espinocervicais, espinorreticulares, intracornuais, pós-sinápticos dos funículos posteriores e tratos
grácil e cuneiforme). Os fusos documentam a velocidade e a tensão originadas durante o
alongamento muscular gerando impulsos veiculados pelas fibras aferentes calibrosas I-a e I-b que
penetram na medula espinal como componentes das raízes sensitivas excitando ou inibindo os
motoneurônios presentes na substância cinzenta da medula espinal alfa via reflexo
monossináptico11. Essa cadeia de interneurônios recebe também inervação de fibras dos tratos
rostrocaudais, oriundos do tronco encefálico e do córtex cerebral 5,12,13,14. Enquanto as fibras
eferentes oriundas dos motoneurônios alfa inervam as fibras musculares extrafusais, as fibras
eferentes gama inervam as fibras intrafusais em cadeia e em saco nuclear. Estas por sua vez,
regulam as fibras extrafusais (Quadro 2).
Isto significa que os estímulos que modulam o tono muscular ao aferirem aos neurônios
previamente desinibidos presentes na substância cinzenta da medula espinal em consequência
de neuropatias encefálicas (traumatismos, paralisia cerebral, acidente vascular encefálico, etc.) ou
mielopáticas (traumatismo, esclerose múltipla, neoplasias, etc) ativam reflexo 13,14 (Quadro 3). A
desregulação do sistema nervoso segmentar e suprasegmentar libera os reflexos e gera a
hipertonia em descerebração que surge imediatamente após a lesão no SNC. A espasticidade
que surge lentamente após a lesão deve-se à plasticidade neuronal, regulação ascendente e
descendente de neurorreceptores, brotamento neuronal, reorganização sináptica 11,12,13,15,16 e
hipersensibilidade por desnervação dos receptores no SNC e sistema nervoso periférico (SNP)
para a qual também concorre a hipoatividade das unidades supressoras das unidades neuronais
regionais17. Os receptores sensíveis ao estiramento rápido localizam-se nas fibras intrafusais em
saco nuclear dos receptores ânulo-espirais que aferem estímulos oriundos dos músculos para a
medula espinal. As aferências das fibras em cadeia nuclear relacionam-se às reações estatísticas.
Os impulsos transmitidos, à medula espinal por fibras nervosas I-a utilizam aspartato e atuam
monossinapticamente nos motoneurônios alfa que inervam o músculo estriado. A redução do
limiar de excitabilidade facilita a atividade dos motoneurônios. Há interneurônios inibitórios
ativados por aferentes que utilizam glicina para inibir os motoneurônios e outros que inibem pré-
sinapticamente os motoneurônios via liberação da ácido gama-amino-butírico (GABA). Há
também conexões sinápticas entre as fibras l-a e interneurônios excitatórios e inibitórios que
modulam a atividade dos motoneurônios alfa que inervam os músculos agonistas. Os estímulos
inibitórios oriundos dos órgãos tendíneos de Golgi são veiculados pelas fibras I-b17. A mesma
fenomenologia aplica-se aos motoneurônios gama e beta que inervam as fibras intrafusais,
tornando-as mais sensíveis ao estiramento. Os motoneurônios alfa também recebem aferências
de tratos rostrocaudais facilitatórios e inibitórios. Estes últimos atuam pré-sinapticamente na
transmissão de impulsos das fibras l-a. As células de Renshaw exercem atividade inibitória via
liberação de glicina e são estimuladas pelos próprios motoneurônios alfa (inibição recorrente). O
conceito até então vigente de que em doentes com espasticidade haveria hiperatividade gama
revelou-se inadequado, quando se demonstrou que não há hiperatividade eferente gama,
hipersensibilidade dos receptores fusais ou das fibras I-a quando ocorre espasticidade, achados
que também a diferencia da rigidez descerebrada7,8,19 (Quadro 4). Ao contrário do conceito
clássico de que a hiperatividade gama seria a maior responsável pela espasticidade, estudos
eletrofisiológicos e sobre as propriedades intrínsecas da membrana neuronal revelaram que a
hiperreflexia e a hípertonia muscular devem-se ao estado de permanente excitabilidade dos
motoneuronios alfa que passam a responder de modo exacerbado frente aos estímulos aferentes
oriundos dos músculos estirados ou estes apresentam excitabilidade normal mas há aumento dos
impulsos aferentes a partir dos músculos estirados 18. O aumento do reflexo H é evento oposto à
hiperatividade gama. Não foram demonstradas modificações nas propriedades intrínsecas das
membranas neuronais quando ocorre espasticidade. Isto significa que os reflexos e o tono
muscular aumentam devido à hiperexcitabilidade dos motoneurônios alfa que passam a reagir de
modo exacerbado frente aos estímulos aferentes oriundos dos músculos estirados ou ocorre
aumento do estímulo aferentes oriundos dos músculos alongados mantendo-se a excitabilidade
dos motoneurônios normal. Há dados que sugerem que há aumento dos estímulos excitatórios e
redução dos inibitórios em casos de espasticidade. A atividade das fibras excitatórias dos tratos
rostrocaudais como os vestibulospinais ou lesão dos tratos que ativam os interneurônios
inibitórios, como os reticulospinais, podem tornar os motoneurônios tonicamente mais excitados.
Demonstrou-se redução discreta da inibição exercida pelas fibras I-b mas não da inibição
recorrente dependente das células de Renshaw quando ocorre espasticidade. Demonstrou-se
também redução da inibição pré-sináptica normalmente exercida por interneurônios estimulados
pelas fibras dos tratos rostrocaudai se por colaterais das próprias fibras I-a nas fibras I-a nas
sinapses axo-axoniais quando ocorre espasticidade. A lesão dos tratos rostrocaudais gera
reorganização dos circuitos neuronais dependentes de alterações morfológicas e funcionais que
reforçam os circuitos existentes e ampliam as conexões sinápticas como produto do brotamento e
da hipersensibilidade que ocorre após a desnervação, fenômenos que justificam o período de
tempo de duração do choque espinal que é, em geral, de cerca de três semanas. O
comprometimento do sistema suprassegmentar resulta em liberação dos reflexos segmentares,
gerando a hipertonia em descerebração que se instala imediatamente após a instalação das
lesões encefálicamas não a espasticidade que, por sua vez , instala-se lentamente após a lesão
do SNC7,9,14,20,21 (Quadro 5).
O clono decorre da exaltação do reflexo do estiramento originado nos músculos
antagonistas; o estiramento gera contração reflexa, o músculo contrai-se e estira o seu
antagonista que, por sua vez, contrai-se reflexamente estirando o seu antagonista e assim,
sucessivamente. A redução súbita da resistência ao alongamento passivo do músculo espástico
que caracteriza o sinal do canivete depende dos reflexos aferentes flexores desencadeados pela
estimulação das fibras tipo II oriundas dos fusos musculares e das fibras tipo III e IV oriundas dos
mecanoceptores musculares. As anormalidades da inerção recíproca podem gerar contração
simultânea dos músculos agonistas e antagonistas. Habitualmente ocorre inibição dos
motoneurônios antagonistas; havendo lesão dos tratos córtico-espinais pode haver contração
simultânea de agonistas e antagonistas pois, tanto os potenciais das fibras I-a como das fibras
rostrocaudais atuam nos interneurônios I-a responsáveis pela inibição recíproca.
A redução da inibição processada pelos interneurônios inibitórios de Renshaw relaciona-
se ao clono. Este decorre da repetição dos reflexos de estiramento exaltados em músculos
antagonistas; o primeiro estiramento evoca contração reflexa e, quando o músculo contrai-se,
estira o antagonista, que reflexamente contrai-se, estirando o antagonista e assim
sucessivamente, desde que o alongamento do músculo seja mantido.
Os interneurônios envolvidos nos reflexos aferentes flexores que habitualmente inibem os
motoneurônios que inervam músculos extensores e estimulam os que inervam flexores sofrem
inibição tônica do trato reticulospinal dorsal; sua lesão é a principal responsável pela instalação
dos espasmos em flexão. É controversa a desinibição que ocorre nas terminações pré-sinápticas
das fibras monosinápticas aferentes 1-a nos neurônios motores ou nas conexões polissinápticas
em interneurônios modulados por fibras rostrocaudais 7. O déficit da inibição recíproca em que a
atividade dos interneurônios inibitórios nos neurônios motores antagonistas geraria a co-contração
de grupamentos musculares antagônicos.Tanto os potenciais aferentes veiculados pelas fibras I-a
como os estímulos veiculados pelos tratos rostrocaudais atuam no interneurônio I-a, responsável
pela inibição recíproca15. Os espasmos que naturalmente inibidos tonicamente pelas fibras do
trato reticulospinal dorsal dependem da liberação da atividade dos interneurônios envolvidos nos
reflexos aferentes flexores, que habitualmente inibem os motoneurônios que inervam os músculos
extensores e estimulam os que inervam os músculos flexores.
A aplicação de estímulos vibratórios tônicos nos músculos bloqueia o reflexo H, por sua
vez, mediado pela inibição pré-sináptica, fenômeno que se esvaece quando se instala a
espasticidade.
Portanto, a rigidez descerebrada não deve ser considerada um modelo de espasticidade
pois, a hiperexcitabilidade do circuito gama não ocorre e a reorganização neuronal é essencial
para sua instalação5.
O mecanismo principal responsável pelo aumento de tono e pela hiperreflexia é a redução
do limiar do reflexo ao alongamento rápido. O receptor sensível ao estiramento rápido localiza-se
nas fibras em saco nuclear das fibras intrafusais, por sua vez, inervados pelas terminações
primárias das fibras I-a nos receptores ânulo-espirais. Os impulsos são transmitidos à medula
pelas fibras grossas I-a que atuam monossinapticamente nos motoneurônios alfa que inervam os
músculos estriados. Além da conexão monossináptica entre as fibras I-a e os motoneurônios, há
também conexões com interneurônios excitatórios e inibitórios que se destinam aos
motoneurônios que inervam os músculos agonistas e antagonistas, respectivamente. Os
motoneurônios gama inervam as fibras intrafusais, que quando contraídas aumentam nas
aferências e os potenciais de ação sensitivos das fibras em saco nuclear e cadeia nuclear frente
ao estiramento. Os montoneurônios alfa recebem aferências diretas ou indiretas de tratos
rostrocaudais via interneurônios excitatórios ou inibitórios que atuam pré-sinapticamente na
transmissão dos impulsos das fibras I-a. Assim como impulsos inibitórios oriundos dos órgãos
tendíneos de Golgi (fibras I-b) e das células de Renshaw, estas últimas estimuladas pelos
próprios motoneurônios alfa (inibição recorrente)5,7.(Figura 1).
Forças inerciais representadas pelos músculos, tendões, articulações, tecido conjuntivo,
pele, etc, que, por sua vez sofrem modificações estruturais que alteram sua elasticidade e
viscosidade, contribuem também para aumentar o tono muscular22,23. Esta ressistência passiva ao
movimento, somada à hiperatividade intrafusal em decorrência da ativação das fibras eferentes
alfa e gama e das fibras aferentes I-a e II, hiperatividade por desaferentação dos neurônios
espinais excitatórios, à redução da inibição pré-sináptica rostrocaudal e intrassegmentar, ao
desbalanço na produção e liberação neutransmissores e à reorganização sináptica dos neurônios
espinais, são com maior ou menor grau relacionados à ocorrência da espasticidade 22,23.
Quando há lesão dos tratos corticoespinais pode alterar pouco a força muscular, mas
causar comprometimento evidente da destreza para a execução de movimentos finos em
decorrência principalmente do recrutamento irregular de motoneurônios durante a contração
voluntária5,28.
A espasticidade pode ser agravada com estímulos dolorosos, térmicos, mecânicos,
infecções, atenção, transtornos dohumor e do afeto, etc 24.
ETIOLOGIAS
Encefalopatias, incluindo-se a paralisia cerebral e as mielopatias decorrentes de
vasculopatias (acidentes vasculares encefálicos), traumatismos cranianos ou raquimedulares,
anoxia, infecções, parasitoses, inflamações (doenças desmielinizantes, esclerose múltipla),
malformações congênitas tumores, e doenças neurodegenerativas são as causas mais comuns
da espasticidade3,4,24.
REPERCUSSÕES DA ESPASTICIDADE
Apesar de a espasticidade poder compensar parcialmente o déficit de força, pode
também gerar perdas funcionais e anormalidades mecânicas, como, por exemplo, dificultar a
adoção da posição sentada, condução de veículos, ato de vestir-se, realização da higiene
corporal, exercerá marcha, mantem o equilíbrio, etc. A postura inadequada favorece a ocorrência
de espasmos, gera dor, desfiguramento e predispõe à ocorrência de escaras e de retrações
músculo-têndino-articulares. As contraturas causam encurtamento ligamentar e anquiloses 22. As
alterações funcionais alteram as fibras musculares o que repercute em agravamento da rigidez
articular26. A contração exagerada da musculatura antagonista desfavorece a reabilitação, a
execução de procedimento fisioterápico o posicionamento na cadeira de rodas e no leito, a
higiene corporal e favorece a instalação de escaras e de anormalidades articulares 22,26. O reflexo
de retirada exagerado gera contrações agudas da musculatura, dor e deslocamento dos doentes
da maca, do leito ou da cadeira26. A espasticidade é responsável por apenas 8% do
comprometimento da marcha e do Gross Motor Function Classification System (GMFCS)27. A
espasticidade também interfere na organização da matriz extracelular muscular e articular,
compromete a mobilidade, o funcionamento, o posicionamento, o conforto, a oferta dos cuidados,
a autoestima, o afeto, o humor e o sono dentre outras atividades e resulta em dor, desfiguração,
disfunções sexuais e vesicais (bexiga espástica, dissinergia vésico-ureteral), fadiga, contraturas,
risco de quedas, desenvolvimento de escaras, má-adaptação de órteses, sobrecarga do cuidador,
perdas econômicas e sobrecarga para as instituições previdenciárias e de assistência 26,28.
ASPECTOS CLÍNICOS
São sinais clínicos positivos comuns em doentes com espasticidade: a hipertonia
muscular especialmente dos músculos anti-gravitários, hiperreflexia, ampliação das zonas
reflexógenas, clono, espasmos dos músculos flexores e extensores, hiperreflexia vesical, sinal do
canivete e presença de reflexos posturais primitivos anormais, dentre outros. São sinais e
sintomas negativos, o déficit da destreza, a fraqueza muscular, a paralisia, a fadiga, o
alentecimento dos movimentos, a redução da elasticidade dos tecidos e o déficit da coordenação
motora, dentre outros5,28.
As manifestações associadas à espasticidade incluem o déficit da força, a diminuição da
velocidade e da destreza para execução de movimentos finos, contração concomitante dos
músculos agonistas e antagonistas, espasmos em flexão ou em extensão, posturas distônicas e
anormalidades neurovegetativas. O hemiplégico geralmente apresenta contração de uma
hemiface, roda internamente e eleva o ombro, aduz o braço e apresenta meia flexão do cotovelo,
flexão os dedos e os punhos, apresenta a coxa rígida e o pé posicionado em equino-varo (postura
de Wernicke-Mann). Como resultado das alterações do tono muscular. A criança espástica
apresenta os joelhos discretamente fletidos os pés juntos, as coxas em tesoura, os pés em equino
varo e a marcha digitígrada. O lesado medular geralmente apresenta espasmos em extensão dos
membros inferiores5,14,26,28,29,30.
Os episódios de disreflexia neurovegetativa resultam de lesões diencefálicas, do tronco
encefálico ou da medula espinal e causam sintomas incapacitantes como, hipertermia, cefaléia
latejante, ansiedade aguda, calafrios, turvação visual, rubor, diaforese etc31l. Em casos graves, a
hipertensão paroxística pode resultar em hemorragia encefálica ou espinal, hemoragia
subaracnóidea, convulsões e edema pulmonar25.
A avaliação clínica e neurológica detalhada, atribuindo especial atenção para com as
funções motoras residuais, incluindo-se a marcha, os reflexos e a ocorrência de espasmos
espontâneos ou evocados, as funções urinárias, sexuais e gastrointestinais, a sensibilidade, a
identificação de escaras, infecções e cálculos urinários, ossificações heterotópicas, fraturas,
unhas encravadas e outras anormalidades é essencial para a seleção dos procedimentos
antiespásticos29,30,32,33.
O grau da espasticidade varia na dependência da posição ou postura do corpo, presença
de estímulos sensitivos, anormalidades, lesões subcutâneas osteoarticulares ou viscerais,
atenção, estado emocional do doente, concentração circulante de citocinas e quimiocinas, etc.
Dentre várias escalas que quantificam a espasticidade e suas repercussões funcionais, duas são
as mais utilizadas: a Escala de Ashworth (Quadro 6) para avaliar a espasticidade propriamente
ativa e a Escala de Penn (Quadro 7), que avalia a freqüência dos espasmos (Quadros 3 e 4)34.
Existem ainda escalas específicas para avaliar o doente diplégico, paraplégico ou paraplégico,
com lesões parciais encefálicas ou medulares. As escalas possibilitam avaliar o posicionamento
do doente deitado, em pé ou durante a marcha, a reação ao estiramento passivo de um
grupamento muscular, contrações de para outros músculos, reflexos tônicos vibratórios, reflexos
musculares de estiramento fásicos, os efeitos da repetição, do esforço, da atividade muscular
voluntária e da supressão e o reflexo de retirada. A gravidade da função motora em crianças com
paralisia cerebral pode ser classificada em cinco níveis de acordo com a Escala da Função
Motora Grossa (Gross Motor Function Measure ou GMFCS)35, baseada nas limitações funcionais,
necessidade de tecnologias assistivas e dispositivos de suporte como cadeiras de rodas e
andadores como: 1- limitações para o desempenho das atividades como correr e pular; 2-
limitações durante marcha em ambiente externo; 3- marcha com o auxílio de dispositivos de
suporte; 4- marcha em ambiente interno com auxílio; e 5- ausência de marcha (Tabela 1).
EXAMES COMPLEMETARES
Os exames complementares incluído-se os de imagem, os eletrofisilógicos e do líquido
céfalo-raquidiano (LCR) e os que visam a identificar as doenças que podem interferir na
espasticidade ou comprometer a segurança do tratamento, são instrumentos de grande valia para
a condução apropriada do programa terapêutico. Os bloqueios anestésicos para identificar-se a
ocorrência de deformidades estruturadas ou funcionais são muito úteis para se delinear as
condutas ablativas. Os estudos eletrofisiológicos visamavaliar a atividade dos motoneurônios alfa,
a integridade e a atividade das unidades neuronais segmentares e suprassegmentarres. São
representados pela quantificação do reflexo tendíneo ou da onda T, do reflexo H, do teste do
pêndulo, do reflexo de vibração tônica e do reflexo da retirada plantar. A polieletromiografia, a
eletromiografia dinâmica associada à análise cinemática dos movimentos e a estimulação elétrica
transcraniana do córtex motor são os instrumentos utilizados para a avaliação
eletrofisiológica28,29,30. A avaliação da função urinária com os métodos urodinâmicos e de função
renal e da possibilidade de infecção urinária é essencial especialmente no doente lesado
medular32,33.
TRATAMENTO DA ESPASTICIDADE
Os fenômenos motores positivos da síndrome do neurônio motor superior, incluindo-se os
reflexos fásicos de estiramento (clono e hiperreflexia), espasmos flexores e extensores, co-
contrações e a distonia além da espasticidade podem impactar significativamente o
funcionamento dos doentes com lesões encefálicas ou da medula espinal. A correção destas
várias apresentações da hiperatividade muscular constituem alvos terapêuticos importantes para
proporcionar ganhos funcionais28. A espasticidade não deve ser tratada apenas em função da sua
presença, uma vez que pode ser útil para compensar o déficit motor. Deve ser reduzida a
hipertonia excessiva que induz prejuízos funcionais adicionais, prejudica a locomoção, o equilbrio
e outras funções, causa deformidades, escarras, etc. O tratamento visa a melhorar a ampliude
dos movimentos, a mobilidade articular, a marcha, a adaptação das próteses, o posicionamento e
a cosmese e a reduzir o consumo de energia, a ocorrência de espasmos, a dor, a sobrecarga dos
cuidadores e do aparelho de saúde e a prevenir a instalação de escaras, rigidez articular,
retrações tendíneas, lesões ou disfunções viscerais (genitourinárias, proctológicas, digestivas,
cardiocirculatórias, etc). No entanto, é importante considerar-se que o déficit motor e da destresa
podem ser muito mais incapacitantes que a espasticidade. Isto significa que o tratamento da
espasticidade deve fundamentar-se na seleção adequada dos doentes para que os ganhos
funcionais dentro de certos limites sejam, pelo menos, satisfatórios e não constituam prejuízos
adicionais para os doentes e seus cuidadores. A avaliação cuidadosa e completa do doente para
aferir se a hiperatividade muscular interfere na função, conforto, cosmese, cuidados ou
desempenho funcional dos doentes é essencial para determinar-se se a espasticidade deve ou
não ser tratada. Caso não seja impactante, não necessita tratamento, especialmente quando
auxulia o funcionamento do indivíduo, como a capacidade de transferência. Por outro lado,
quando combinada com o fortalecimento muscular e tratamento ortopédico adequado, sua
redução pode gerar benefícios funcionais globais 28. Influenciam também o plano e o momento do
tratamento, a idade da criança, a presença de morbidades associadas, como presença de lesões
estruturadas, convulsões e comprometimento cognitivo dos doentes, capacitar os famíliares
participantes do tratamento no domicílio e de retornar regularmente à unidade assistencial,
questões financeiras28. Portanto, a avaliação multiprofissional dos doentes, assim como
adicionalmente do seus cuidadores é importante para selecionar os doentes a serem tratados e
os métodos a serem aplicados28 (Figura 1).
O tratamento da espasticidade propriamente dita deve ser baseado em medidas
conservadoras, incluindo-se o uso de medicações específicas, execução de programa de
reabilitação orientado por médicos fisiatras e suporte de equipe multidisciplinar (neurologistas,
neurocirurgiões, ortopedistas, urologistas, psiquiatras, cirurgiões plásticos, psicológicos
enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais), preferentemente em centros de referência
para reabilitação. Deve ser iniciado com a eliminação da condição causal (tumores, inflamações,
esclerose múltipla, infecções, doenças vasculares, doenças degenerativas, hidrocefalia) 36,
estabilização clínica do doente, resolução das condições relacionadas à progressão e
agravamento da espasticidade (eliminação das substâncias nocivas de natureza inflamatória ou
infecciosa, como infecções urinárias, escaras, ossificação heterotópica), resolução das disfunções
viscerais e da obstipação, tratamento das escaras, cicatrizes e unhas encravadas, redução dos
estímulos dolorosos e de outros estímulos sensitivos estimulantes e o controle dos estresses
psicológicos e de outras anormalidades psíquicas e comportamentais dos doentes 5,37.
Tratamento Farmacológico
Medicamentos miorrelaxantes administrados por via oral (VO) ou intratecal são úteis em
muitos casos. Podem atuar nas fibras musculares inibindo a liberação do cálcio do retículo
sarcoplasmático como o dantrolene38, inibindo pré-sinapticamente os motoneurônios como o
agonista GABA-Adiazepam, atuando nas vias rostrocaudais modulatórias, como a tizanidina e a
clonidina, agonistas adrenérgicos alfa-239, bloqueando a liberação de neurotransmissores
excitatórios na substância cinzenta da medula espinal, como o baclofeno, agonista GABA-B40,
inibindo os circuitos excitatórios na medla espinal como a prograbida, a morfina, idrocilamida e a
glicina e inibindo a atividade excitatória das vias rostrocaudais como as fenotiazinas 3. Outros
fármacos como o piracetam, os gabapentinóides, os canabinóides, e a ziconotida também
parecem exercer atividade antiespástica. Entretanto, sua eficácia não foi adequadamente
determinada5,37,41,42. No Quadro 8 destacam-se os medicamentos mais utilizados na atualidade
para tratar a espasticidade e no Quadro 9 as possibilidades de melhora que proporcionam.
O tratamento da disreflexia neurovegetatica é realizado com o uso de nitratos, anti-
hipertensivos, bloqueadores de canais de cálcio (nifedipina) e antagonistas adrenérgicos alfa
(prazocina)25 ou beta31.
Estimulação elétrica da medula espinal. Foi introduzida em 1973 para tratar doentes
com espasticidade. Entretanto, os resultados da intervenção não foram convincentes e o método
foi abandonado57,58.
Rizotomias
Rizotomia anterior. Munro68, em 1945, pela primeira vez submeteu 42 doentes com
espasticidade intensa acometendo os membros inferiores à rizotomia anterior bilateral de T11 a
S1. O procedimento consistiu da execução de laminectomia seguida da secção das raízes
anteriores. Os resultados são bons quanto à resolução da espasticidade, mas o procedimento
implica em se desnervar irreversivelmente os músculos que, além de se bloquear o processo de
recuperação da motricidade voluntária e pode gerar alterações tróficas e escaras 65.
CONCLUSÕES
A fisiopatologia da espasticidade é incerta. A hipertonia e os espasmos musculares pode
ser razões significativas da incapacidade funcional, da desconfiguração cosmética, da indução de
deformidades ósteo-articulares, de escaras, de dor de dificuldades de manejo dos doentes e de
lesões e disfunções do aparelho urinário e cardiocirculatório. O planejamento do tratamento deve
visar à melhora da função, a redução da hipertonia e da frequência dos espasmos musculares, o
resgate da atividade voluntária, a melhora da postura e da marcha, a redução da dor, prevenção
ou correção das deformidades, a disponibilização de conforto e a melhora na administração dos
cuidados. Muitos métodos podem ser aplicados para tratá-la. Em alguns casos pode ser
necessária a associação de técnicas. Recomenda-se que o tratamento seja realizado em ambiente
multiprofissional e, quando possível de modo interdisciplinar. Medicações antiespásticas
administradas por VO ou via intratecal, medicina física e reabilitação, terapia ocupacional, suporte
psicossocial, bloqueios anestésicos, desnervação química, neurotomias, rizotomias, LTLCPME,
mielotomias, dentatotomias, tratamento ortopédicos, urológicos e de cirurgia plástica são
disponíveis e, quando aplicados apropriadamente proporcionam melhora (Figura 3).
Apesar de os procedimentos visando à infusão prologada de miorrelaxantes por via
intraespinal com o uso de bombas implantáveis de infusão serem seguros, apresentam algumas
desvantagens como elevado custo do equipamento, elevada ocorrência de adversidades como,
necessidade de manutenção, infecções, desempenho insatisfatório do equipamento, falhas
mecânicas, tolerância aos fármacos etc172. Os bloqueios com toxina botulínica ou fenol são
indicados para tratar a espasticidade localizada e a bexiga espática. Do mesmo modo são
indicadas as neurotomias espinais e do nervo pudendo respetivamente. As rizotomias acéu aberto
ounpercutâneas são indicadas para tratar a hipetonioa segmentar, nos membros inferiores ou
superiores e a beiga espática. A LTLCPME é indicada para tratar doentes com espasticidade e
dor. As mielotomias são indicadas para gtratar doentes paraplégicos com espasticidade grave
localizada nos membros inferiores. Os procedimentos ortopédicos são indicados em doentes com
deformidades ou com instabilidades articulares. Qualquer que seja o programa adotado, a
implementação dos procedimentos de reabilitação é essencial para a manutenção ou
implementação dos ganhos funcionais.
Referências Bibliográficas
1. Lance J. Symposium synopsis. In: Young R, Feldman RG, Kaella WP, editors. Spasticity:
disordered motor control. Chicago: Yearbook, 1980. p. 485-94.
2. Wiesendager M. Neurophysiological bases of spasticity. In: Abbott R, Sindou M, Keravel Y,
editors. Neurosurgery for spasticity: a multidisciplinary approach. New York: Springer-Verlag;
1991. p. 15-19.
3.Elbasiouny, SM, Moroz D, Mohamed M. Bakr, MD3, and Vivian K. Mushahwar Management of
.Spasticity After Spinal Cord injury: Current Techniques and Future Directions. Neurorehabil
Neural Repair. 2010; 24: 23–33.
4. Martin A, Seye Abogunrin1 Hannah Kurth2 Jerome Dinet. Epidemiological, humanistic, and
economic burden of illness of lower limb spasticity in adults: a systematic review Neuropsychiatric
Disease and Treatment . 2014:10 111–122.
5. Berhari M. Spasticity. Neurol India. 2002;50:235.
6. Burke D. Spasticity as an adaptation to pyramidal tract injury. Adv Neurology. 1988;47:401-423.
7. Brown P. Pathophysiology of spasticity. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1994; 57:773-777.
8. Katz RT. Spasticity hypertonia: mechanisms and measurement. Arch Phys Rehabil. 1989;
70:144-155,.
9. Pierrot-Deseilligny. Spinal mechanisms underlying spasticity. In: Young R, Delwside PJ, editors.
Restorative neurology. Amsterdam: Elsevier; 1985. p. 63–76.
10. Denny-Brown D, Kirk EJ, Yanagisawa N. The tract of
Lissauer in relation to sensory
transmission in the dorsal horn of spinal cord in the macaque monkey. J Comp Neurol.
1973;151:175-200.
11.Pierrot-Deseilligny E, Mazieres L. Circuits reflexes de la moelle epiniere chez I’homme (1re
partie) Rev Neurol (Paris). 1984;140:605-614.
12. POWERS RK, MARDER-MEYER J, RYMER WZ. Quantitative relations between hypertonia
and stretch reflex threshold in spastic hemiparesis.Ann Neurol. 1988;23:115-124.
13. Ashby PMD. Neurophysiology of spinal spasticity. In: Davidoff RA, editor. Handbook of the
spinal cord. New York: Marcel Decker; 1987.
14. Davis R. Spasticity following spinal cord injury. 1975;112: 66-75.
15.Corcos DM, Gottlieb GL, et al. Movement deficits caused by hyperexcitable stretch reflexes in
spastic humans. Brain .1986;109 (Pt 5):1043-58.
16. 14. Dietz V, Sinkjaer T. Spastic movement disorder: impaired reflex function and altered
muscle mechanics. Lancet Neurol. 2007;6(8):725-33.
17.Delwaid PJ, Oliver E. Short-latency autogenic inhibition (Ib inhibition) in human spasticity. J
Neurol Neurosurg Psychiatry.1988; 51:1546-1550.
18.Davidoff RA. Pharmacology of spasticity. Neurology. 28 (Suppl); 46-51, 1978.
19.Carter RL, Ritz LA, et al. Correlative electrophysiological and behavioral evaluation following L5
lesions in the cat: a model of spasticity. Exp Neurol. 1991; 114(2):206-15.
20. McCouch G, Austin GM, et al. Sprouting as a cause of spasticity. J Neurophysiol 1958;21:205-
216.
21. Polistina DC, Murray M, et al. Plasticity of dorsal root and descending serotoninergic
projections after partial deafferentation of the adult rat spinal cord. J Comp Neurol.
1990;299(3):349-63.
22.Ranatunga KW. Skeletal muscles tiffness and contracture in children with spastic cerebral
palsy. JPhysiol.2011; 11:2665-589.
23. Simpson Jr RK, Leis A – Neurosurgical management of spasticity – Part 1 e 2 – Contemp
Neurosurg. 19- 20,1995.
24. Michaelis LS. Spasticity in spinal cord injuries. In: Vinken PJ, Bruyn GW, editors. Handbook of
Clinical Neurology, Vol 26 New York: Elsevier; 1976. p.477-487.
25. Rabchevsky AG, Kitzman PH. Latest Approaches for the Treatment of Spasticity and
Autonomic Dysreflexia in Chronic Spinal Cord Injury Neurotherapeutics: J American Soc Experl
NeuroTher. 2011;8: 274-282.
26. Ghai A, Garg N, Hooda S,Gupta T. Spasticity - Pathogenesis, prevention and treatment
strategies. Saudi J Anaesth.2013; 7: 453–460.
27.Tedroff K, Löwing K, JacobsonDNO, Aström E. Does loss of spasticity matter? A 10-year
follow-up after selective dorsal rhizotomy in cerebral palsy. Dev Med Child Neurol. 2011;724-729.
28.Tilton A. Management of Spasticity in Children With Cerebral Palsy. Semin Pediatr Neurol.
2009;16:82–89.
29. Gros C. Spasticity – clinical classification and surgical treatment. In: Krayenbuhl, editor.
‘‘Advances and technical standards in neurosurgery’’,vol. 6. New York: Springer; 1979. p. 55-97.
30 Penn RD, Corcos DM. Spasticity and its management. In: Youmans J, editor. Neurological
surgery. Philadelphia: Saunders;1990. p. 4371-85.
31. Pranzatelli MR, Pavlakis SG, Gould RJ, De Vivo DC. Hypothalamic-Midbrain Dysregulation
Syndrome: Hypertension, Hyperthermia, Hyperventilation, and Decerebration. J Child Neurol.
1991; 6: 115.
32. Beneton C, Mertens P, Leriche, et al. The spastic bladder and its treatment. In: Sindou M,
Abbott R, Keravel Y, editors. Neurosurgery for spasticity: a multidisciplinary approach. New York:
Springer; 1991. p. 193-9.
33.Madersbacher, H. The Various Types of Neurogenic Bladder Dysfunction: An Update of
Current Therapeutic Concepts. Paraplegia.1990; 28 217-229.
34. Pierson SH. Outcome measures in spasticity management. Muscle Nerve Suppl. 1997; 6:S36-
S60.
35. Hodgkinson I, Berard C. Assessment of spasticity in pediatric patients. Oper Tech Neurosurg.
2004;7:109-11.
36. Chatley A, Jaiswal AK, Jain M, Behari S. Congenital irreducible atlantoaxial dislocation
associated with cervical intramedullary astrocytoma causing progressive spastic
quadriparesis.Neurol India. 2008 ;56:477-9.
37. Khot A, Sloan S, Desai S, Harvey A, Wolfe R, Graham HK. Adductor release and
chemodenervation in children with cerebral palsy: a pilot study in 16 children. J Child Orthop.2008;
2:293–299.
38.Davidoff Ra. Antispasticity drugs: mechanisms of action. Ann Neurol. 1985;17:107-116.
39. Delwaide PJ, Yong RR. Drug therapy. Spasticity. 1981;304: 28-33;96-99.
40.Simon O, Yelnik AP. Managing spasticity with drugs. Eur J Phys Rehabil Med. 2010;46:401-10.
41. Delgado MR, Aisen HDM, Ashwal S, Fehlings DL, McLaughlin J, Morrison LA, Shrader MW,
Tilton A, Vargus-Adams J. Practice Parameter: Pharmacologic treatment of spasticity in children
and adolescents with cerebral palsy (an evidence-based review). Neurology. 2010;74:336–343.
42. Matthews DJ, Balaban B. Management of spasticity in children with cerebral palsy. Acta
Orthop Traumatol Turc. 2009;43(2):81-86.
43. Fonseca-Filho GA, Esteves JC, Lianza S.Projeto diretrizes. Associação Brasileira de Medicina
Física e Reabilitação; 2006.
44. Guttman L. The treatment and rehabilitation of patients with injuries of the spinal cord. In: Cope
2, editor. ‘‘History of the second world war surgery’’. England: Her Majesty‘s Stationnery Office;
1953. p. 422-516.
45. Al Abdulwahab SS, Al-Gabbani M. Transcutaneous electrical nerve stimulation of hip
adductors improves gait parameters of children with spastic diplegic cerebral palsy. Neuro
Rehabilitation. 2010; 26: 115–122.
46. Tilton. AH.Therapeutic Interventions for Tone Abnormalities in Cerebral Palsy.Neuro Rx.2006:
3, 217–224.
47. Ozcakir, S M. Botulinum Toxin in Poststroke Spasticity. Clin Med Res. 2007;5: 2: 132-138.
48. Penn RD, Kroin JS. Intrathecal baclofen alleviates spinal cord spasticity. Lancet
1984;1(8385):1078.
49. Mark LL, Penn RD, Corcos DM, Gottlieb GL. Effects of intrathectal baclofen on voluntary motor
control in spastic paresis. J Neurosurg. 1990; 72: 388-392.
50. Latash ML, Penn RD, Corcos DM, et al: Short-term efects of intrathectal baclofen in spasticity.
Exp Neurol. 1979; 5: 594-595.
51..Bowery NG, Hill DR, Hudson AL. Baclofen decreases neurotransmiter release in the
mammalian CNS by an action at a novel GABA receptor. Nature. 1980; 280; 92-94.
52.Albright AL, Barron WB, Fasick MP, Polinko P, Jaosky J. Continuous intrathecal baclofen
infusion for spasticity of cerebral origin. JAMA. 1993; 270 (20), 2475-2477.
53. Lazorthes Y, Sallerin-Caute B, Verdie JC, Bastide R, Carillo JP. Chronic intrathecal baclofen
administration for control of severe spasticity. J Neurosurg. 1990; 72: 393-402.
54.Lopes PG, Sahuquillo JB, Garcia ER. Baclofen intrarraquiano no tratamento da espasticidade
grave e do espasmo muscular. Arq Bras Neurocirurg. 1994; 13: 163-167.
55.Yaksh TI, Ramana Reddy SV. Studies in the primate on the analgesic effects associated with
intratectal actions of opiates, l-adrenergic agonists and baclofen. Anesthesiology. 1981; 54: 451-
467.
56.Ericson DL, Lo J, Michaelson M. Control of intractable spasticity with intrathectal morphine
sulfate. Neurosurgery. 1989; 24:236-238.
57.Dimitrijevic MM, Dimitrijevic MR, Illis LS. Spinal cord stimulation for control of spasticity in
patients with chronic spinal cord injury. I Clinical observations. Cent Nerv Syst Trauma. 1986
3:129-144.
58. Midha M, Schmitt JK. Epidural spinal cord stimulation for the control os spasticity in spinal cord
injury patients lacks long-term efficacy and is not cost-effective. Spinal Cord. 1998; 36:190-192.
59.Stoffel A. The treatment of spastic contractures. Am J Orthop Surg. 1912;10:611-44.
60. Gros C. La chirurgie de la spasticité. Neurochirurgie. 1972;23:316-88.
61.Sindou M, Mertens P. Selective neurotomy of the tibial nerve for the treatment of the spastic
foot. Neurosurgery. 1988;23:738-44.
61.Sindou M, Abdennebi B, Sharkey P. Microsurgical selective procedures in the peripheral nerves
and the posterior root-spinal cord junction for spasticity. Appl Neurophysiol 1985;48:97-104.
62. Sindou MP, Mertens P. Destructive neurosurgical procedures for spasticity. In: Philip L.
Gildenberg and Ronald R. Tasker, editors. Textbook of Stereotactic and Functional Neurosurgery.
McGraw-Hill ; 1998. p.1245-1255.
63. Sindou M, Mertens P. Destructive neurosurgical procedures for spasticity.In: Lozano AM,
Gildenberg, PL, Tasker RR, editors. Textbook of Stereotactic and Functional Neurosurgery; Berlin:
Springer Verlag; 2009. Chapter 115. p.1235-1258.
64.Sindou M, Abbott R, Keravel Y. (eds) Neurosurgery for Spasticity – a multidisciplinary
approach. Wien: Springer-Verlag;1991.
65. Fitoussi F, Ilharreborde B, Presedo A, Souchet P, Penneçot GF, Mazda K. Shoulder external
rotator selective neurotomy in cerebral palsy: anatomical study and preliminary clinical results. J
Pediatr Orthop B. 2010;19:71-6.
66. Munro D. The rehabilitation of patients totally paralysed below waist: anterior rhizotomy for
spastic paraplegia. N Engl J Med. 1945;233:456-61.
67. Bollens B, Gustin T, Stoquart G, Detrembleur C, Lejeune T, Deltombe T. A randomized
controlled trial of selective neurotomy versus botulinum toxin for spastic equinovarus foot after
stroke. Neurorehabil Neural Repair. 2013;27:695-703.
68. Sitthinamsuwan B, Chanvanitkulchai K, Phonwijit L, Ploypetch T, Kumthornthip W, Nunta-Aree
S. Utilization of intraoperative electromyography for selecting targeted fascicles and determining
the degree of fascicular resection in selective tibial neurotomy for ankle spasticity.Acta Neurochir
(Wien). 2013;155:1143-9.
69.Foester O. Uber eine newe operative. Methode der Behandlung spastischer Lahmungen mittels
Resektion hinterer Rucknmarskwurzeln. Ztschr Orthop Chir 22:203-223,1908.
70. Dasenbrock HH, Pendleton C, Mcgirt MJ, Sciubba DM, Gokaslan ZL, Quiñones-Hinojosa A,
Bydon A. “Fulfilling The Chief Of His Duties As A Physician”: Harvey Cushing, selective dorsal
rhizotomy and elective spine surgery for quality of life. J Neurosurg Spine. 2011;14:421–427.
71. Foerster O. On the indications and results of the excision of posterior spinal nerve roots in
men. Surg Gynecol Obster .1913;16:463-74.
72. Gros C, Ouaknine G, Vlahovitch B, Frerebeau PH. La radicotomie sélective postérieure dans
le traitement neurochirurgical de l’hypertonie pyramidale. Neurochirurgie. 1967;13: 505-518.
73. Sindou M, Pregelj R, Boisson D, et al. Surgical selective lesions of nerve fibers and
myelotomies for the modifications of muscle hypertonia. In: Eccles J, Dimitrijevic, MR, editors.
Recent achievements in restorative neurology: upper motor neuron functions and dysfunctions.
Basel: S. Karger; 1985. p. 10-26.
74.Fraioli B, Guidetti B. Posterior partial rootlet section in the treatment of spasticity. J Neurosurg.
1977;46: 618-26.
75. Fasano VA, Barolat-Romana G, et al. Electrophysiological assessment of spinal circuits in
spasticity by direct dorsal root stimulation. Neurosurgery. 1979;4(2):146-51.
76. Peacock WJ, Arens LJ. Selective posterior rhizotomy for the relief of spasticity in cerebral
palsy. S Afr Med J. 1982;62:119-24.
77. Konya D, Gercek A, Dagcinar A, Baykan N, Ozek MM. Prevention of brisk hyperactive
response during selective dorsal rhizotomy in children with spasticity: Isoflurane versus
sevoflurane maintenance anesthesia. J Clin Neurosci. 2009; 16: 241–245.
78. Kottke J. Modification of athetosis by denervation of the tonic neck reflexes. Dev Med Child
Neurol .1970;12:236-7.
79. Heimburger RF, Slominski A, Griswold P. Cervical posterior rhizotomy for reducing spasticity in
cerebral palsy. J Neurosurg. 1973;39:30-4.
80. Wen-Dong X, Xu-Yun H, Mou-Xiong Z, Jian-Guang X, Gu Y. Contralateral C7 nerve root
transfer in treatment of cerebral palsy in a child: case report. Microsurgery. 2011. DOI
10.1002/micr.
81. Peacock WJ, Arens LJ, Berman B. Cerebral Palsy spasticity. Selective posterior rhizotomy.
Pediatric Neurosci. 1987;13; 61-66.
82.Steinbok P, Tidemann AJ, Miller S, Mortenson P, Bowen-Roberts T. Electrophysiologically
guided versus non-electrophysiologically guided selective dorsal rhizotomy for spastic cerebral
palsy: a comparison of outcomes. Childs Nerv Syst. 2009; 25:1091–1096.
83. Engsberg JR, Ross SA, Park TS: Changes in ankle spasticity and strength following selective
dorsal rhizotomy and physical therapy for spastic cerebral palsy. J Neurosurg. 1999; 91:727-732.
84. Engsberg JR, Ross SA, Wagner JM, et al: Changes in hip spasticity and strength following
selective dorsal rhizotomy and physical therapy for spastic cerebral palsy. Dev Med Child Neurol.
2002;44:220-226.
85. Nordmark E, Josenby AL, Lagergren J, Andersson G, Strömblad L, Westbom L. Long-term
outcomes five years after selective dorsal rhizotomy. BMC Pediatrics.2008;8: 54-69.
86. McLaughlin JF, Bjornson KF, Astley SJ, Graubert C, Hays RM, Roberts TS, et al. Selective
dorsal rhizotomy: efficacy and safety in an investigator-masked randomized clinical trial. Dev Med
Child Neurol. 1998;40:220–232.
87. McLaughlin J, Bjornson K, Temkin N, Steinbok P, Wright V, Reiner A, et al. Selective dorsal
rhizotomy: meta-analysis of three randomized controlled trials. Dev Med Child Neurol. 2002;44:17-
25.
88. Wright FV, Sheil EM, Drake JM, Wedge JH, Naumann S. Evaluation of selective dorsal
rhizotomy for the reduction of spasticity in cerebral palsy: a randomized controlled trial. Dev Med
Child Neurol. 1998;40:239–247.
89. Sindou M, Millet MF, Mortamais J, Eyssette M. Results of selective posterior rhizotomy in the
treatment of painful and spastic paraplegia secondary to multiple sclerosis. Appl
Neurophysiol.1982;45: 335-340.
90. Salame K, Ouaknine GE, Rochkind S, Constantini S, Razon N. Surgical treatment of spasticity
by selective posterior rhizotomy: 30 years experience. Isr Med Assoc J. 2003;5:543-6.
91.Cole G F, Farmer S E, Roberts A, Stewart C, Patrick J H Selective dorsal rhizotomy for children
with cerebral palsy: the Oswestry experience. Arch Dis Child. 2007;92:781–785.
92. Bakir MS, Gruschke F, Taylor WR, Haberl EJ, Sharankou I, Perka C, Funk JF. Temporal but
Not Spatial Variability during Gait Is Reduced after Selective Dorsal Rhizotomy in Children with
Cerebral Palsy. Plos One. 2013 :8
93. Engsberg JR, Ross SA, Collins DR, Park TS. Effect of selective dorsal rhizotomy in the
treatment of children with cerebral palsy. J Neurosurg. 2006;105(Suppl1):8-15.
94. Oki A, Wbethsieber D, Walker M, Gooch J. Selective dorsal rhizotomy in children with spastic
hemiparesis. J Neurosurg Pediatrics. 2010;6:353–358.
95. vanSchie PEM, Schothor M, DallmeiJer AJ,Vermeulen RJ , Werkerkrob WRJ, StriJers
RLM,Becher JG. Short and long-termeffects of selective dorsal rhizotomy on gross motor
functionin ambulatory children with spastic diplegia J Neurosurg Pediatrics.2011; 7:557–562
96. Lin H, Hou C, Chen,A, Xu Z. Long-term outcome of division of the C8 nerve root for spasticity
of the hand in cerebral palsy. J Hand Surgery. 2010.35E:7:558–562.
97. Mittal S, Farmer JP, Al Atassi B, et al. Functional performance following selective posterior
rhizotomy: long-term results determined using a validated evaluative measure. J Neurosurg. 2002;
97: 510–8.
98. Grunt S, Becher JG, van Schie P, van Ouwerkerk WJR, Ahmadi MR, Vermeulen J.
Preoperative MRI findings and functional outcome after selective dorsal rhizotomy in children
with
bilateral spasticity. Childs Nerv Syst. 2010; 26:191–198.
99. Spijker M, Strijers RLM, van Ouwerkerk WJR, Becher JG. Disappearance of Spasticity After
Selective Dorsal Rhizotomy Does Not Prevent Muscle Shortening in Children With Cerebral Palsy:
A Case Report. J Child Neurol. 2009; 24:625-627.
100. Steinbok P, Schrag C. Complications after selective posterior rhizotomy for spasticity in
children with cerebral palsy. Pediatr Neurosurg.1998; 28:300-313.
101. Ebleck E. Posterior rootlet rhizotomy in cerebral palsy. Arch Dis childhood. 1993;68:717-719.
102. Uematsu, S. (1977).Percutaneous electrothermocoagulation of spinal nerve trunk, ganglion,
and rootlets. In: Schmidek HH, Sweet WH, editors. Current Techniques in Operative
Neurosurgery. New York : Grune and Stratton. p. 469-490.
103. Kenmore DE. Percutaneous electrocoagulation of spinal nerves for the relief of pain and
spasticity. Radionies, Inc. Burlington; 1978, pp. 1-16.
104. Turnbull, JM. Percutaneous lumbar rhizotomy for spasms in paraplegia Paraplegia .1983;
21:131-136.
105. 25-Kenmore D, Radiofrequency neurotomy for peripheral pain and spasticity syndromes.
Contemp Neurosurg .1983; 5:1-6.
106. Vles GF, Vles JS, van Kleef M, van Zundert J, Staal HM, Weber WE, van Rhijn LW, Soudant
D, Graham HK, de Louw AJ. Percutaneous radiofrequency lesions adjacent to the dorsal root
ganglion alleviate spasticity and pain in children with cerebral palsy: pilot study in 17 patients.
BMC Neurology. 2010, 10:52-60.
107. Young B, Mulchi JJ. Percutaneous sacral rhizotomy for neurogenic detrusor hypereflexia. J
Neurosurg. 1980;53: 85-7.
108. Evangelou M, Adriani J. Chemical rhizotomy (intrathecal alcohol) for paraplegic
clonus.Anesthesiology. 1955;16:594-7.
109. Nathan, PW. Intrathectal phenol to relieve spasticity in paraplegia. Lancet. 1959; 2: 1099.
110. Kelly RE, Gautier-Smith PC. Intratecal phenol in the treatment of reflex spasms and
spasticity.Lancet. 1959;II:1102-1105.
111.Sheldon CH, Bors E. Subarachnoid alcohol block in paraplegia, its benefical effect on mass
reflexes and bladder dysfunction. J Neurosurg. 1948; 5: 385.
112. Sindou M. Etude de la jonction radiculo-médullaire postérieure. Les radicellotomies électives
postérieures dans la chirurgie de la douleur. Lyon: Thése Médecine; 1972. p. 182.
113. Sindou M, Mifsud JJ, Boisson D, Goutelle A. Selective posterior rhizotomy in the dorsal root
entry zone for treatment of hyperspasticity and pain in the hemiplegic upper limb. Neurosurgery.
1986;18:587-95.
114.Sindou M, Fischer G, Goutelle R, Schott B, Mansuy L. La radicellotomie postérieure sélective
dans le traitement
des spasticités. Rev Neurol 1974;30:201-215.
115. Decq P, Mertens P, et al. La Neurochirurgie de la Spasticité. Neurochirurgie 2003;49:135-
416.
116. Sindou M, Mifsud JJ, Boisson G, Goutelle A – Selective posterior rhizotomy in the dorsal root
entry zone for treatment of spasticity and pain in the hemiplegic upper limbs. Neurosurgery.
18:587-595,1986.
117. Sindou M, Mertens P. Surgery in the dorsal root entry zone for spasticity. In: Lozano AM,
Gildenberg, PL, Tasker RR, editors. Textbook of Stereotactic and Functional Neurosurgery; Berlin:
Springer Verlag; 2009. Chapter 115. p.1259-1272.
118.3. Sindou M, G Fisher, Goutelle A, et al. La radicellotomie posterieure selective dans le
traitement des spasticités. Rev Neurol. 1974; 130:201-15.
119. Teixeira MJ. A lesão do trato de Lissauer e do corno posterior da medula espinal e a
estimulação elétrica do sistema nervoso central para o tratamento da dor por desaferentação.
Tese doutor. São Paulo. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;1990.250p.
120. Jeanmonod D, Sindou M, Magnin M, et al. Intra-operative unit recordings in the human dorsal
horn with a simplified floating microelectrode. Electroencephalogr Clin Neurophysiol. 1989;72:450-
4.
121. Sindou M, Jeanmonod D. Microsurgical DREZotomy for the treatment of spasticity on pain in
the lower limbs. Neurosurgery. 1989;24:655-70.
122. Mertens P, Sindou M. La drezotomie microchirurgicale dans le traitement de la spasticité
invalidante des membres inferieurs. Neurochirurgie. 1998;44:209-18.
123.Sindou M, Mertens P. Neurosurgery for spasticity. Stereotact Funct Neurosurg. 2000;74 : 217-
221.
124. Sindou M, Mertens P. Decision-making for neurosurgical treatment of disabling spasticity in
adults. Oper Tech Neurosurg. 2004;7:113-18.
125. Hong JC, Kim M, Chang C, Kim S, Kim O, Kim S. Long Term Results of Microsurgical Dorsal
Root Entry Zonotomy
for Upper Extremity Spasticity. J Korean Neurosurg Soc. 2008; 43:182-185.
126. Mertens P, Sindou M. Traitement de la vessie hyperactive par drezotomie microchirurgicale
sacrée. Neurochirurgie. 2003.
127. Sindou M. Microsurgical DREZotomy (MDT) for pain, spasticity and hyperactive bladder: a 20
year experience. Acta Neurochir. 1995;137:1-5.
128.Sindou M, Mertens P. Surgery in the DREZ: microsurgical DREZotomy for treatment of
spasticity. In: Sindou M, Abbott R, Keravel Y, editors. Neurosurgery for spasticity. Wien: Springer;
1991. p. 165-82.
129. Jeanmonod D, Sindou M. Somatosensory function following dorsal root entry zone lesions in
patients with neurogenic pain or spasticity. J Neurosurg. 1991;74:916-32.
130. Penn RD. Hystory and current neurosurgical management of spasticity. In: Lozano AM,
Gildenberg, PL, Tasker RR, editors. Textbook of Stereotactic and Functional Neurosurgery; Berlin:
Springer Verlag; 2009. Chapter 114. p. 1925-1933.
131. Mccarty C S. The treatment of spastic paraplegia by selective cordectomy. J
Neurosurg.1954;11: 539-545.
132. Bischof W. Die longitudinal myelotomie. Zbl Neurochir 1951;11:79-88.
133. Pourpre MH. Traitement neuro-chirurgical des contractures chez les paraplégiques post-
traumatiques. Neurochirurgie. 1960;6:229-36.
134.Bischof W. Zur dorsalen longitudinalen myelotomie. Zentralblatt fur
Neurochirurgie.1967;28:123-126.
135. Laitinen L, Singounas E. Longitudinal myelotomy in the treatment of spasticity of the legs. J
Neurosurg. 1971; 35:536.
136.Ivan LP, Paine KWE, Hunt T E. Experience with Bischof's myelotomy. Can J Surg.
1967;10:191-195.
137. Ivan LP, Wiley JJ. Myelotomy in the management of spasticity. Clin Orthop. 1975;108: 52-56.
138. Yamada S, Perot PLJr, Ducker TB, et al. Myelotomy for control of mass spasms in
paraplegia. J Neurosurg. 1976; 45: 683-691.
139.Feurer H, Horner TC, Demyer WE, Campbell RL. Anatomical and histological lesions in
Bischof's myelotomy in dogs. Surgical Forum. 1972;23, 438-440.
140. Fogel JP, Waters RL, Mahomar F: Dorsal myelotomy for relief of spasticity in spinal injury
patients. Clin Orthop 192: 137-141, 1985.
141. Barolat G: Surgical management of spasticity and spasms in spinal cord injury: an overview. J
Am Paraplegia Soc. 1988 ; 11:9-13.
142. Putty TK, Shapiro SA. Efficacy of dorsal longitudinal myelotomy in treating spinal spasticity: a
review of 20 cases. J Neurosurg. 1991; 75: 397-401.
143. Moyes PD. Longitudinal myelotomy for spasticity. J Neurosurg. 1969;31,615-619.
144. Tönnis W, Bischof W). Ergebnisse der lumbalen myelotomie nach Bischof . Zentralblatt fur
Neurochirurgie. 1962;23, 120-132.
145. Laitinen LV. Neurosurgery in cerebral palsy. J Neurol Neurosurg Psychiat. 1970; 33: 513-
518.
147. Padovani R, Tognetti F, Pozzati E, Servadei F, Laghi D, Gaist G. The treatment of spasticity
by means of dorsal longitudinal myelotomy and lozenge-shaped griseotomy.Spine.1982;7:103-9.
148. Livshits A, Rappaport ZH, Livshits V, Gepstein R. Surgical treatment of painful spasticity after
spinal cord injury. Spinal Cord. 2002;40:161-6.
149. Poggi RSP, Padovani R, Lotta S, Cairol P, Saitta A.Skeletal Muscle Changes Following
Myelotomy in Paraplegic Patients. Paraplegia. 1986; 4: 250-259.
150. Laha RK, Dujovny M, Osgood CP. Dorsal longitudinal myelotomy. Paraplegia.1976;14:189-
194.
151. Cusick JF, Larson SJ, Sances A Jr. The effect of T- myelotomy on spasticity. Surg Neurol.
1976; 6:289-292.
152. VanderArk GD, Kempe LG: Longitudinal myelotomy in spastic paraplegia. Milit Med.
1969;134:608-611.
153. Maiman DJ. Neurosurgical Forum. 1992;76:561.
154. Mello PA, Masini M, Freire NG, Cunha JN. Mielotomia no tratamento da espasticidade. Arq
Bras Neuroci.1984; 3: 217-222.
155. Moruzzi G, Pompeiano O. Crossed fastigial influence on decerebrate rigidity. J Comp Neurol.
1956;106: 371-391.
156. Heimburger F, Whitlock C. Stereotaxic destruction of the human dentate nucleus. Confin
Neurol., 1965; 26:346-358.
156. Hitchcook E. Dentate lesions for involuntary movement. Proc R Soc Med.1973; 66: 877-879.
157.Siegfried J, Verdie JC. Long-term assessment of stereotactic dentatotomy for spasticity and
other disorders. Acta Neurochirurgica. 1977 (Suppl); 24:41-48.
158. Delmas-Marsalet P, Van Bogaert L. Sur un cas de myoclonies rythmiques continues
determinees par une intervention chirurgicale sur lê tronc cerebral. Rev Neurol. 1935;64 :728-740.
159. Toth S. The effect of the removal of the nucleus dentatus on the Parkinsonian syndrome.
J Neurol Neurosurg Psychiat. 1961; 24: 143-147.
160. Hassler R, Riechert T, Mundinger F, Umbach W, Ganglberger JA. Physiological observations
in stereotaxic operations in extrapyramidal motor disturbances. Brain. 83:337-350,1960.
161. Heimburger RF. Dentatectomy in the treatment of dyskinetic disorders. Confin Neurol.
1967;29: 101-106.
162. Nashold Jr BS, Slaughter DG. Effects of stimulating or destroying the deep cerebellar
regions in man. J Neurosurg. 1969; 31: 172-186.
163. Heimburger RF. The role of cerebellar nuclei in spasticity. Confin Neurol. 1970;32: 105-113.
164. de Divitiis E, Signorelli CD, Cerillo A. Stereotaxic surgery for non parkinsonian
dyskinesias.Neurochirurgia (Stuttg). 1972;15:92-5.
165. Fraioli B, Guidetti B, La torre E. stereotaxic dentatolysis in the treatment of spasticity and
dyskinesia. Gazzetta sanitaria. 1972;4: 180-185.
166. Balasubramarian V, Kanaka TS, Ramanujan PB: Stereotaxic surgery for cerebral palsy. J
Neurosurg. 1977; 40:577-582.
167.Guidetti B, fraioli B. Neurosurgical treatment of spasticity and dyskinesias. Acta Neurochir.
1997 (Suppl); 24:27-39.
168. Galanda M, Nadvornik P, sramka M. Combined transtentorial dentatoto with pulvinarotomy in
cerebral palsy. Acta Neurochir. 1977 (Suppl); 24: 21-26.
169. Mundinger F, Ostertag C. Multilocular lesions in the therapy of cerebral palsy. Acta Neurochir.
1977 (Suppl) ; 24: 11-14.
170. Thawrani D, Haumont T, Church C, HolmesJr L, Dabney KW, Miller F. Rectus Femoris
Transfer Improves Stiff Knee Gait in Children With Spastic Cerebral Palsy. Clin Orthop Relat
Res.2012; 470:1303–13.
171. Buckon CE, Thomas SS, Piatt JHJr, et al. Selective dorsal rhizotomy versus orthopaedic
surgery: A multidimensional assessment of outcome efficacy. Arch Phys Med Rehabil.2004;
85:457-465.
172. Varhabhatla NC, Zuo Z. Rising Complication Rates after Intrathecal Catheter and Pump
Placement in the Pediatric Population: Analysis of National Data Between 1997 and 2006.Pain
Phys. 2012; 15:65-74
Quadro 1.Receptores periféricos relacionados ao controle do tono muscular.
Características Motoneurônios gama estáticos Motoneurônios dinâmicos gama
Fibras em saco nuclear estáticas (bag2) e em Fibras em saco nuclear estáticas dinâmicas
Inervação
cadeia nuclear (bag1)
Modificação da velocidade do comprimento
Reação Modificação do comprimento muscular
muscular
Participação Sensibilidade do arco reflexo Sensibilidade do fuso muscular
Movimentos rápidos
Maior importância Movimento estático mantido
Modificações rápidas
Quadro 2. Sistemas fibras nervosas e receptores periféricos relacionados ao controle do
tono muscular.
Escalas funcionais
- Atividades da Vida Diária/ Escores de higiene
- Goniometria
Clinical measurement of joint motion
- Dor
Pain Intensity Descriptor Scale
Function and Pain Assessment Scale
Doentes e cuidadores
- Sickness Impact Profile
- SF-36 Health Survey
- Caregiver Dependency Scale
- Canadian Occupational Performance Measure
- Electrophysiological/ biomechanical measures
- Pendulum test
- Dual channel EMG evaluation of interference patterns
- H-reflex and H/max/Max ratio
- Vibration inhibitory index
Quadro 6. Escala de quantificação do tonus muscular de Ashworth Modificada
Escore Achado
0 tônus normal
1 tônus discretamente aumentado – resistencia leve ou fugaz
1+ tônus discretamente aumentado – tensão abrupta seguida de resistência mínima
2 tônus aumentado sendo a mobilização fácil
3 tônus aumentado sendo a mobilização difícil
4 rigidez com limitação de movimento em extensão ou flexão
Benzodiazepínicos Clonidina
intra-tecal Tizanidina
Baclofeno
Estimulação dos músculos
Aumento da excitabilidade
antagonistas, aplicação de
dos motoneurônios
estímulos elétricos,
Baclofeno? Bloqueio dos pontos
motores
Neurólise química
Toxina botulínica
Bloqueios nervosos
Rizotomia
Lesão do trato de
Lissauer e do corno Fisioterapia e dantrolene
posterior da medula
Espasticidade
espinal
Mielotomias
Quadro 8. Fármacos utilizados para tratamento da espasticidade.
Droga Dose inicial Dose máxima (dia) Doses/dia Dose Máxima em Crianças (dia)
40mg (2 a 7 anos)
Baclofeno (VO) 5mg 80mg 4 60mg (8 a 11 anos)
80mg (12 anos ou mais)
0,1mg/kg/dia (IV)
Timoxamina 900mg (VO) 1 NA
40mg (VO)
Baclofeno
25mcg 1000mcg Contínuo 700mcg/dia
(intratecal)
NA = Não se aplica.
Quadro 9. Expectativas dos resultados do tratamento farmacológico da espasticidade.
Lesão Acidente
Paralisia Observações
Droga EM medul vascular TCE
cerebral
ar encefálico
Dantrolene + + ++ +
Tizanidina ++ + +
Clorazepato + +
Ketazolam + + +
Clonidina +?
Ciproheptadina +? +?
Baclofeno
+ + +? +?
(intratecal)
Quadro 10. Resultados do tratamento da espasticidade com bloqueios neurolíticos periféricos.
Autores e anos N Nervos bloqueados Agente Duração do Complicações
neurolítico efeito
Khalili e Betts 1967A 68 Mediano 32 Fenol 2-3% 2-743 dias Queimor e alodínia
Ulnar 7
Radial 2
Musculocutâaneo 3
Femoral 5
Obturator 7
Popliteal medial 55
Peroneal comum 5
Ciático 7
Perineal 1
Raiz L2 1
Raiz L3 1
Spira 1971B 61 Obturator 38 Fenol 5% 5-29 meses Paresia em 17 doentes
(média -14 m)
Tibial 80 Fenol 5% Dor e parestesias em 7
Ciático 5 doentes
Mediano 5
Musculocutaneo 3
Peroneal comum 2
Femoral 2
Plexo braquial 1
Trainer et al. 1986C 3 Obturator 3 Fenol 6% 1,5 mês -
D
Gunduz et al. 1992 36 Obturator 34 Fenol 5% 2-3 meses Anestesia cutânea em
Ciático 11 um doente
Femoral 5
E
Yadav et al. 1994 116 Obturator 110 Fenol 6% 3-18 meses Parestesias 5 doentes
Tibial posterior 134 (média= 13m) Déficit motor em 2
Anestesia em 1
F
Kong e Chua 1999 13 Mediano 2 Álcool Até 6 meses
G
Chua e Kong 2000 8 Ciático 8 Álcool 50-100% Até 6 meses nenhuma disestesia
Viel et al. 2002H 23 Obturator 27 Etanol 65% Até 4 meses Dor localizada/2 m em
1 doente
Neuralgia do obturador/
3/4m
Kumar et al. 2008I 20 Obturator Fenol 6% Até ¾ mês
Tibial posterior
Akkaya et al. 2010J 62 Obturator Fenol 6% Até 3 meses
Artigos relacionados:
A- Khalili AA, Betts HB. Peripheral nerve block with phenol in the management of spasticity.
Indications and complications. JAMA J Am Med Assoc. 1967 Jun 26;200(13):1155–7.
B- Spira R. Management of Spasticity in Cerebral Palsied Children by Peripheral Nerve Block
with Phenol. Dev Med Child Neurol. 1971 Apr 1;13(2):164–73.
C- Trainer N, Bowser BL, Dahm L. Obturator nerve block for painful hip in adult cerebral palsy.
Arch Phys Med Rehabil. 1986 Nov;67(11):829–30.
D- Gündüz S, Kalyon TA, Dursun H, Möhür H, Bilgiç F. Peripheral nerve block with phenol to
treat spasticity in spinal cord injured patients. Paraplegia. 1992 Nov;30(11):808–11.
E- Yadav SL, Singh U, Dureja GP, Singh KK, Chaturvedi S. Phenol block in the management
of spastic cerebral palsy. Indian J Pediatr. 1994 Jun;61(3):249–55.
F- Kong KH, Chua KS. Outcome of obturator nerve block with alcohol for the treatment of hip
adductor spasticity. Int J Rehabil Res Int Z Für Rehabil Rev Int Rech Réadapt. 1999
Dec;22(4):327–9.
G- Chua KSG, Kong K-H. Alcohol neurolysis of the sciatic nerve in the treatment of hemiplegic
knee flexor spasticity: Clinical outcomes. Arch Phys Med Rehabil. 2000 Oct;81(10):1432–5.
H- Viel EJ, Perennou D, Ripart J, Pélissier J, Eledjam JJ. Neurolytic blockade of the obturator
nerve for intractable spasticity of adductor thigh muscles. Eur J Pain Lond Engl.
2002;6(2):97–104.
I- Kumar, ER, Venugopal, K, Tharion, G, Bhattacharji, S. A Study to Evaluate the
Effectiveness of Phenol Blocks to Peripheral Nerves in Reducing Spasticity in Patients with
Paraplegia and Brain Injury. IJPMR. 2008;19(1):13–7.
J- Akkaya T, Unlu E, Alptekin A, Gumus HI, Umay E, Cakci A. Neurolytic phenol blockade of
the obturator nerve for severe adductor spasticity. Acta Anaesthesiol Scand. 2010
Jan;54(1):79–85.
Quadro 11.a. Resultado do tratamento do membro inferior espático com toxina botulínica.
Autores e anos N Músculos tratados Resultados
Triceps sural, Sóleo, Tibial Posterior, Melhora nos escores da Escala de Ashworth
Burbaud 1996A 23
Flexor Digital Longo Menos eficaz em doença prolongada
Gastrocnêmio Medial, Gastrocnêmio Redução de 1 ponto na Escala de Ashworth
B
Reiter 1998 18 Lateral, Tibial Posterior, Flexor Melhora do Arco de Movimento, da velocidade da marcha e
Longo do Halux comprimento do passo
Sóleo, Tibial Posterior, Redução da pontuação na Escala de Ashworth
Kirazli 1998C 20 Gastrocnêmio Medial, Gastrocnêmio Redução do tono muscular até a 4a semana, mas não
Lateral ulteriomente
Gastrocnêmio Medial, Gastrocnêmio
Johnson 2004D 21 Melhora da velocidade da marcha e da funcionalidade
Lateral, Tibial Posterior
Gastrocnêmio Medial, Gastrocnêmio Melhora do Arco de Movimento, pontuação na Escala de
Bayram 2006E 12
Lateral, Tibial Posterior, Sóleo Ashworth, clôno, escores de avaliação global e da marcha
Artigos relacionados:
A- Burbaud P, Wiart L, Dubos JL, Gaujard E, Debelleix X, Joseph PA, et al. A randomised,
double blind, placebo controlled trial of botulinum toxin in the treatment of spastic foot in
hemiparetic patients. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1996 Sep;61(3):265–9.
B- Reiter F, Danni M, Lagalla G, Ceravolo G, Provinciali L. Low-dose botulinum toxin with
ankle taping for the treatment of spastic equinovarus foot after stroke. Arch Phys Med
Rehabil. 1998 May;79(5):532–5.
C- Kirazli Y, On AY, Kismali B, Aksit R. Comparison of phenol block and botulinus toxin type A
in the treatment of spastic foot after stroke: a randomized, double-blind trial. Am J Phys
Med Rehabil Assoc Acad Physiatr. 1998 Dec;77(6):510–5.
D- Johnson CA, Burridge JH, Strike PW, Wood DE, Swain ID. The effect of combined use of
botulinum toxin type A and functional electric stimulation in the treatment of spastic drop
foot after stroke: a preliminary investigation. Arch Phys Med Rehabil. 2004 Jun;85(6):902–
9.
E- Bayram S, Sivrioglu K, Karli N, Ozcan O. Low-dose botulinum toxin with short-term
electrical stimulation in poststroke spastic drop foot: a preliminary study. Am J Phys Med
Rehabil Assoc Acad Physiatr. 2006 Jan;85(1):75–81.
Quadro 11.b. Resultado do tratamento do membro superior espástico com toxina botulínica.
Autores e anos N Músculos tratados Resultados
Simpson 1996 A
39 BB, FCR, FCU Melhora na pontuação da Escala de Ashworth, escores de
avaliação global, força de preensão
Hesse 1998B 24 BB, Braquiais, FCR, FCU, Similar ao placebo
FDP, FDS
Bakheit 2000C 83 BB, FCU, FCR, FDP, FDS Melhora na pontuação da Escala de Ashworth e dos ADMs.
Smith 2000D
21 Músculos flexores Melhora da espasticidade do punho e dedos e do ADM do
punho
Bhakta 2000E 40 BB, Braquirradial, FDS, Redução da espasticidade dos dedos e do ADM do pulso
FDP, FCU
Bakheit 2001F 59 BB, FDS, FDP, FCR, FCU Melhora na pontuação da Escala de Ashworth, do ADM
Brashear 2002G 126 FCR, FCU, FDP, FDS, Melhora na pontuação da Escala de Ashworth e Melhora de
FPL e 64 músculos do 4 pontos na escala Disability Assessment Scale (higiene,
polegar ato de vestir-se, posicionamento do membro e dor)
Brashear 2004H 15 BB, FCU, FCR, FDS, FDP Sem efeito com o aumento de dose
Childers 2004I 91 BB, FCU, FCR, FDS, FDP Redução da espasticidade dependente da dose
Suputtitada 2005 J
50 BB, FCU, FCR, FDS, FDP Redução do tono
Abreviações: BB = Bíceps Braquial; FCR = Flexor Radial do Carpo; FCU = Flexor Ulnar do Carpo;
FDP = Flexor Profundo dos Dedos; FDS = Flexor Superficial dos Dedos; FPL = Flexor Longo do
Punho; ADM = arco de movimento;
Artigos relacionados:
A- Simpson DM, Alexander DN, O’Brien CF, Tagliati M, Aswad AS, Leon JM, et al. Botulinum
toxin type A in the treatment of upper extremity spasticity: a randomized, double-blind,
placebo-controlled trial. Neurology. 1996 May;46(5):1306–10.
B- Hesse S, Reiter F, Konrad M, Jahnke MT. Botulinum toxin type A and short-term electrical
stimulation in the treatment of upper limb flexor spasticity after stroke: a randomized,
double-blind, placebo-controlled trial. Clin Rehabil. 1998 Oct;12(5):381–8.
C- Bakheit AM, Thilmann AF, Ward AB, Poewe W, Wissel J, Muller J, et al. A randomized,
double-blind, placebo-controlled, dose-ranging study to compare the efficacy and safety of
three doses of botulinum toxin type A (Dysport) with placebo in upper limb spasticity after
stroke. Stroke J Cereb Circ. 2000 Oct;31(10):2402–6.
D- Smith SJ, Ellis E, White S, Moore AP. A double-blind placebo-controlled study of botulinum
toxin in upper limb spasticity after stroke or head injury. Clin Rehabil. 2000 Feb;14(1):5–13.
E- Bhakta BB, Cozens JA, Bamford JM, Chamberlain MA. Use of botulinum toxin in stroke
patients with severe upper limb spasticity. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1996 Jul
1;61(1):30–5.
F- Bakheit AM, Pittock S, Moore AP, Wurker M, Otto S, Erbguth F, et al. A randomized,
double-blind, placebo-controlled study of the efficacy and safety of botulinum toxin type A
in upper limb spasticity in patients with stroke. Eur J Neurol Off J Eur Fed Neurol Soc. 2001
Nov;8(6):559–65.
G- Brashear A, Gordon MF, Elovic E, Kassicieh VD, Marciniak C, Do M, et al. Intramuscular
injection of botulinum toxin for the treatment of wrist and finger spasticity after a stroke. N
Engl J Med. 2002 Aug 8;347(6):395–400.
H- Brashear A, McAfee AL, Kuhn ER, Fyffe J. Botulinum toxin type B in upper-limb poststroke
spasticity: a double-blind, placebo-controlled trial. Arch Phys Med Rehabil. 2004
May;85(5):705–9.
I- Childers MK, Brashear A, Jozefczyk P, Reding M, Alexander D, Good D, et al. Dose-
dependent response to intramuscular botulinum toxin type A for upper-limb spasticity in
patients after a stroke. Arch Phys Med Rehabil. 2004 Jul;85(7):1063–9.
J- Suputtitada A, Suwanwela NC. The lowest effective dose of botulinum A toxin in adult
patients with upper limb spasticity. Disabil Rehabil. 2005 Feb 18;27(4):176–84.
Figura 2: Desenho esquemático de técnicas para mielotomia longitudinal
149
Poggi et al. 1986 3 100%
154
Mello et al. 1984 7 com método de 100% melhora aguda Em menor grau
Bischof que a pré-
4 TRM cervical operatória
3 TRM dorsal
Quadro 13. Resultados do tratamento da espasticidade com a dentatotomia cerebelar.
Heimburger 1970161 64 46
Decisão da equipe
Física
Relaxantes musculares
Medicamentos por Bloqueio neuromuscular ou intraspinais
VO neuroablação