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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

VENTILAÇÃO INDUSTRIAL

Prof. Luís Antônio Bortolaia


Unidade 1 Ventilação Natural

1. EFEITOS DO VENTO EM UMA EDIFICAÇÃO

1.1 CONFIGURAÇÃO DO ESCOAMENTO NATURAL DO AR

• o fluxo de ar ao redor de uma edificação é complexo e irregular;


• para se determinar as condições de fluxo ao redor de uma edificação
podem ser necessários: testes em modelos em laboratórios ou medições
completas em edificações industriais já existentes;
• os efeitos do vento geram pressões sobre as superfícies, alterando os
fluxos nos sistemas de entrada e de saída.
Unidade 1 Ventilação Natural

Escoamento do vento ao redor de uma edificação retangular


Unidade 1 Ventilação Natural

Observações:
• a velocidade média do vento aumenta com a distância do solo;
• a turbulência aumenta com a proximidade do solo;
• na parede de barlavento existem zonas de estagnação;
• nas bordas da edificação ocorrem deslocamentos provocando zonas
de recirculação;
• dependendo da profundidade da edificação, podem ocorrer duas
regiões distintas de escoamento recirculante.
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Efeito do comprimento da edificação


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Efeito sobre edifícios altos


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1.2 ZONAS DE ESCOAMENTO NAS EDIFICAÇÕES

O fator mais importante na estimativa do tamanho e da forma das


zonas de escoamento é a área de face do vento.

A = H.W
A – área de face do vento;
H – altura;
W – largura.
Unidade 1 Ventilação Natural
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Precauções:
• para evitar a entrada dos gases de exaustão na esteira de vento, as
chaminés devem terminar acima da altura da cavidade de recirculação Hc;
• se as chaminés ou saídas de exaustão de efluentes descarregar dentro da
cavidade sobre o telhado, os gases difundem-se sobre o telhado e podem
reentrar pelas tomadas de ar de ventilação.
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1.3 REGIÕES DE RECIRCULAÇÃO DO ESCOAMENTO


• dependem da altura H, da largura W, da inclinação do telhado e do
comprimento em profundidade L (em menor grau).
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1.4 PRESSÃO DO VENTO SOBRE AS SUPERFÍCIES

Pressão dinâmica do vento: Pd

1
Pd = r v 2H
2
onde:
Pd – pressão dinâmica do vento, ao nível do telhado (N/m2);
r - massa específica do ar (kg/m3);
vH – velocidade do vento não perturbado, ao nível do telhado (m/s).
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Pressão devido ao vento sobre uma superfície: Ps

Ps= Cp.Pd
sendo:
Ps – pressão manométrica sobre a superfície da edificação em um
dado ponto (N/m2);
Cp – coeficiente de pressão (adimensional).
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VALORES DOS COEFICIENTES DE PRESSÃO


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Coeficientes médios de pressão


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Efeito do vento em uma edificação sem aberturas


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Efeito do vento em uma edificação com aberturas


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1.5 VENTILAÇÃO NATURAL: consiste em proporcionar a entrada e a


saída do ar de um ambiente de forma controlada através de aberturas.
As aberturas podem ser portas, janelas, lanternins.

O fluxo de ar que entra ou sai do ambiente pelas aberturas depende:


• da diferença entre as pressões no exterior e no interior;
• da resistência à passagem do ar pelas aberturas.

A ventilação natural pode ser obtida através de três mecanismos:


v devido a ação dos ventos;
v devido a diferença de temperaturas;
v efeito combinado: ação dos ventos e diferença de temperaturas.
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1.5.1 VENTILAÇÃO NATURAL DEVIDO A AÇÃO DOS VENTOS


Utilizando os ventos para a produção de ventilação, devem ser
considerados os seguintes parâmetros:

• a velocidade média do vento;


• a direção predominante do vento;
• as variações diárias e sazonais do vento;
• a interferência local nos ventos devido a edifícios próximos, colinas e
outras obstruções de natureza similar.

Como regra geral pode-se dimensionar o sistema utilizando-se uma


velocidade dos ventos de 50% do valor da velocidade média sazonal.
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As aberturas de entrada de ar devem ser posicionadas para o lado dos


ventos predominantes região de pressão positiva

As aberturas de saída de ar devem ser posicionadas em regiões de baixa


pressão do ar (pressão negativa)
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Ventilação natural em galpões – casos típicos


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Lanternins
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Abertura
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Abertura
Unidade 1 Ventilação Natural

Abertura
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A vazão de ar forçada pelo vento através das aberturas pode ser


determinada pela equação:

Q ar = E. A. v
onde:
Qar – vazão de ar (pés3/min);
A – área livre das aberturas de entrada (pés2), supostas iguais;
v – velocidade do vento (pés/min);
E – coeficiente de eficiência das aberturas, fornecido na Tabela a seguir.

Coeficiente de eficiência de aberturas


Direção dos ventos Coeficiente de eficiência E
Ventos perpendiculares à parede 0,50 – 0,60
Ventos diagonais à parede 0,25 – 0,35
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- Regras gerais
As aberturas de entrada devem ser colocadas nas paredes voltadas para
os ventos predominantes, enquanto que as saídas devem ser colocadas:
• nas paredes opostas aos ventos predominantes;
• no telhado, na área de baixa pressão causada pela passagem do vento;
• nas paredes adjacentes às das aberturas de entrada onde ocorrem
áreas de baixa pressão;
• em dispositivos de ventilação nos telhados e chaminés.
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1.5.2 VENTILAÇÃO NATURAL DEVIDO À DIFERENÇA DE TEMPERATURAS


(EFEITO CHAMINÉ)
A vazão de ar devido à diferença de temperatura, ou efeito chaminé,
pode ser calculada pela equação:
Q ar = 9,4 A h (Ti - T e )
sendo:
A – área livre das entradas ou saídas (pé²), supostas iguais;
h – diferença vertical (altura) entre as aberturas de entrada e de saída
(pés);
Ti – temperatura média do ar interior, à altura das aberturas de saída (ºF);
Te – temperatura do ar exterior (ºF);
9,4 – constante de proporcionalidade, incluindo o valor de 65% para a
efetividade das aberturas; esta deverá ser reduzida para 50% (constante
7,2) se as condições não forem favoráveis.
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Para o caso onde as aberturas de entrada e de saída não possuam áreas


iguais deve-se fazer uma correção de vazão.
Método: considerar a menor das áreas de passagem do ar, e acrescenta-
se um fator de aumento (figura a seguir) com relação à vazão desta área.
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1.5.3 EFEITO COMBINADO: AÇÃO DOS VENTOS E DIFERENÇA DE


TEMPERATURAS

Determinadas as vazões devido ao vento e devido à diferença de


temperatura, determina-se o fator do gráfico da figura a seguir. Na
horizontal deste entra-se com o resultado da relação entre a vazão devido
à diferença de temperatura e a vazão combinada (vento mais diferença de
temperatura), que é uma correção para o efeito combinado. A vazão real
será o produto do fator da figura pela vazão devido à diferença de
temperatura.
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Correção devido ao efeito combinado


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EXEMPLO: Em um pequeno galpão industrial, medindo 30 m x 10 m x 5m,


existem equipamentos que dissipam uma quantidade de calor igual a
3000 Btu/min, em uma operação industrial. A temperatura do ar exterior
é de 26,7 ºC (80 ºF) e a interior deve ser mantida igual a 32,8 ºC (91ºF). A
área das aberturas de entrada são de 7 m² (75,32ft²) e de saída de 12 m²
(129,12 ft²). A velocidade do vento, perpendicularmente à fachada é de
60 m/min. Determine:
a) A vazão Q de ar, necessária para a remoção do calor gerado no
ambiente;
b) A vazão total devido ao efeito combinado do vento e da diferença de
temperaturas;
c) A ação combinada (vento e variação de temperatura) é suficiente
para remover a quantidade de calor produzida?
Unidade 1 Ventilação Natural
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SOLUÇÃO:

1. VAZÃO DE AR NECESSÁRIA PARA REMOVER O CALOR GERADO NO


AMBIENTE

2. VAZÃO DE AR DEVIDA À VENTILAÇÃO NATURAL

v Efeito do vento
E=0,55 – vento perpendicular à parede;
considerando a menor área:
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A velocidade do vento:

A vazão devida ao vento:

v Efeito da diferença de temperaturas

A vazão devida ao efeito da diferença de temperaturas:


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Como as aberturas de entrada e saída não são iguais, será realizada a


correção para aberturas desiguais.

Na Figura , acha-se a porcentagem de aumento = 22% =1,22.

Logo, a vazão devido ao efeito do vento corrigida:

A vazão total devida ao efeito do vento e da diferença de temperatura:


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Finalmente, realizando a correção para a vazão total real:

Determinando o fator de correção do gráfico a seguir:

A vazão total real:

A vazão necessária para remover o calor gerado internamente é


15151 pés³/min, e a ventilação natural somente permite uma vazão
de 10631 pés³/min. Logo, a diferença de vazão necessária (15151-
10631) = 4520 pés³/min deverá ser conseguida via ventilação forçada,
ou a “ventilação natural deverá ser aumentada”.
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Correção devido ao efeito combinado

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