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NEUROMODULAÇÃO

DA MEMÓRIA
Profra Dra. Glaucia Vilar
Glaucia Vilar Pereira, PhD
Doutorado- Ciências da Saúde (Cardiologia e Neurologia)-
Fiocruz
Mestrado – Patologia Humana- UFF
Especialização Clínica Médica e Cirúrgica
Graduação- Médica Veterinária - UFRRJ
Pesquisadora em Saúde Pública - IOC/Fiocruz / UFRJ
Professora Graduação e Pós-Graduação
Centro Universitário IBMR - Curso de Biomedicina
Avenida das Américas, 2.603 – Barra da Tijuca
Rua Correa Dutra, 126 - Catete | Rio de Janeiro, RJ
MECANISMOS E DISFUNÇÃO DA MEMÓRIA
AO LONGO DA VIDA

 Tipos de memória
 Anatomia da memória
 Qual o papel dos biomarcadores no diagnóstico das alterações de
memória?
 Impacto de múltiplos traumatismos cranianos na memória
 Impacto dos transtornos neurológicos na memória
 Impacto da depressão, ansiedade e estresse na memória
 Neuroimagem estrutural e funcional da memória no envelhecimento
 Efeitos do treino cognitivo na memória
 Intervenções farmacológicas das alterações de memória
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
 O SNC é um órgão de comunicação por excelência.

 Ele se comunica com


o corpo, recebendo e
enviando mensagens
constantemente para
os outros órgãos.

 É como o administrador
geral do sistema.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
 Ao mesmo tempo, é ele que permite a
comunicação com o mundo fora do corpo.

 Através das sensações ele lê o mundo e


através das ações ele modifica e interage
com o mundo.
Além disso, o cérebro se comunica com
outros cérebros através da linguagem em
toda a sua riqueza de manifestações,
como a fala, o olhar, os gestos e as
expressões.
 Por fim, e não menos importante, o cérebro se comunica consigo
mesmo.
 Regiões diferentes do cérebro, responsáveis por sensações
diferentes, tem que se comunicar para integrar a informação.

O tato, a audição e a visão se . Paladar, olfato, tato e visão


unem para criar o conceito formam o conceito de alimentos.
de piano
Mas, como o cérebro se comunica?
 Através de suas células, chamadas NEURÔNIOS, que transmitem
impulsos elétricos uns aos outros.

 O cérebro humano tem cerca de 100 bilhões de neurônios que se


comunicam por sinapses químicas e elétricas.
É impossível comparar o cérebro do homem a uma máquina,
porque a quantidade de informações que guardamos não pode ser
quantificada.
Quem falar em números estará mentindo.
Ao longo da evolução, o cérebro humano aumentou de tamanho e
aprimorou suas funções, mas a capacidade de armazenar e recordar fatos
é um enigma não totalmente desvendado pela ciência.

O cérebro teve de se adaptar e de conseguir elaborar conhecimentos


rapidamente, aos vários estímulos que estava recebendo.
Nossa vida é, em grande medida, um processo de “renascer” contínuo, com a
expressão de novas ideias, novas habilidades, novas formas de pensar.

Por sermos capazes de construir um saber


reflexivo, observamos, refletimos e
analisamos o que nos cerca.
Temos a capacidade de questionar o
passado, modificar o presente e
planejar o futuro.
A MEMÓRIA é umas das mais complexas
funções neuropsicológicas, possibilitando ao
indivíduo remeter-se a experiências passadas,
comparar com experiências atuais e
projetando-se nas prospecções futuros, leva a
alteração de comportamentos.
MEMÓRIA
Capacidade de adquirir, reter e evocar,
quando necessárias, informações que de
alguma forma são relevantes.

Aquisição: dos sensores externos aos


sistemas neurais;

Armazenamento: retenção dos eventos;

 Seleção do quanto desse evento ou


mesmo se esse evento será retido;
 Determinada pela importância ou pela
frequência do evento;

Recuperação: ato de acessar


posteriormente a informação armazenada
MEMÓRIA
A memorização envolve três fases ou etapas:

AQUISIÇÃO RETENÇÃO RECORDAÇÃO

AQUISIÇÃO – É a primeira fase do processo de formação de novas


memórias.
Fase que corresponde à entrada dos conteúdos na memória.
Transforma as impressões do meio em representações.
MEMÓRIA
A memorização envolve três fases ou etapas:

AQUISIÇÃO RETENÇÃO RECORDAÇÃO

RETENÇÃO – Fase de armazenamento ou conservação dos


conteúdos que podem ser mantidos por diferentes períodos de
tempo.
MEMÓRIA
A memorização envolve três fases ou etapas:

AQUISIÇÃO RETENÇÃO RECORDAÇÃO

RECORDAÇÃO – Fase de recuperação, de evocação dos


conteúdos que adquirimos e retivemos.
◦ Existem duas tendências teóricas:
◦ 1. Centradas no modo como se processa a informação.
◦ 2. Supõe a existência de diversos sistemas de Memória que elaboram e
armazenam a informação (tal como um computador).
MEMÓRIA
A conservação depende de:

 Repetição
 Associação com outros elementos.

• Evocação é a capacidade de recuperar os dados fixados.

• Esquecimento é a impossibilidade de evocar e recordar.

ativo
e
dinâmico
MEMÓRIA

Memória de
Curto prazo
MEMÓRIA
 A MEMÓRIA SENSORIAL consiste em um conjunto de
registros onde, temporariamente, armazenamos
informações sensoriais que chegam do ambiente físico
até podermos considerá-las, interpretá-las e levá-las
adiante para o próximo estágio de processamento de
memória (de curto prazo).
- Por isso, podemos falar de memória sensorial
auditiva (ou ecoica), visual (ou icônica), olfativa etc.
DADOS BRUTOS
 As informações obtidas pelos sentidos são retiradas por
um curto espaço de tempo – entre 0,2 e 5 segundos.

NÃO ALVO ALVO


DE ATENÇÃO DE ATENÇÃO

TRANSFERÊNCIA
DESAPARECIMENTO PARA MEMÓRIA DE
CURTO PRAZO
MEMÓRIA
 A MEMÓRIA SENSORIAL é um tipo de memória que tem origem nos órgãos dos
sentidos.

MEMÓRIA ICÔNICA

Através de seus estudos pioneiros com um taquistoscópio, George


Sperling nos anos 50 e 60, concluiu que as pessoas temos a capacidade
de armazenar simultaneamente 4 ou 5 itens depois de fixar o olhar por
um momento em um amplo conjunto estimulante.

MEMÓRIA ECOICA
Difere do icônico, pois processa informações sonoras em vez de visuais.
A memória ecóica retém estímulos auditivos por pelo menos 100
milissegundos, permitindo-nos discriminar e reconhecer sons de todos os
tipos, incluindo aqueles que compõem a fala, que podem permanecer até 2
segundos; portanto, a memória ecóica é fundamental na compreensão da
linguagem
MEMÓRIA
 A MEMÓRIA SENSORIAL é um tipo de memória que tem origem nos órgãos dos
sentidos.

Memória Icônica
Através de seus estudos pioneiros com um taquistoscópio, George
Sperling nos anos 50 e 60, concluiu que as pessoas tem a capacidade de
armazenar simultaneamente 4 ou 5 itens depois de fixar o olhar por um
momento em um amplo conjunto estimulante.
MEMÓRIA
 A MEMÓRIA SENSORIAL

O procedimento de integração temporal. No procedimento de integração


temporal, dois padrões de pontos aleatórios e sem sentido são apresentados
sequencialmente na mesma localização visual, com uma breve demora de
tempo entre eles. Quando esses dois padrões sem sentido são integrados, é
criado um padrão significativo.

V0H
MEMÓRIA
 A MEMÓRIA SENSORIAL
Procedimento de Relato Completo de Sperling - Um procedimento
experimental em que, depois da breve apresentação de uma matriz de
consoantes não relacionadas, o participante tem de tentar lembrar e relatar
todas as letras da matriz.
MEMÓRIA
 A MEMÓRIA SENSORIAL

Procedimento de Relato Parcial de Sperling - Um procedimento


experimental em que, depois da breve apresentação de uma matriz de
consoantes não relacionadas, o participante recebe uma deixa auditiva sobre
qual fileira da matriz lembrar.
MEMÓRIA
 A MEMÓRIA SENSORIAL

Procedimento de Relato Parcial de Sperling - Um procedimento


experimental em que, depois da breve apresentação de uma matriz de
consoantes não relacionadas, o participante recebe uma deixa auditiva sobre
qual fileira da matriz lembrar.
MEMÓRIA
 A MEMÓRIA SENSORIAL
É a memória icônica que nos permite ver o mundo como contínuo e não
como uma série de instantâneos desconexos.

Três ou quatro raios de luz se Mover rapidamente uma lanterna em


sobrepõem na nossa memória um movimento circular, você vê um
icônica, levando à percepção de um círculo de luz, porém não é um raio
raio contínuo de luz contínuo, mas é o que você vê.
Não tire conclusões precipitadas !!

TFNUQ PQM BAJADAP

JJHSÕFS YJSHAJS
O PONTO CEGO
Uma das experiências mais dramáticas a realizar é a demonstração do ponto cego.

O ponto cego é a área da retina sem receptores que respondem à luz. Portanto, uma
imagem que cai nessa região NÃO será vista.

É nessa região que o nervo óptico sai do olho a caminho do cérebro.

Para encontrar seu ponto cego, olhe a imagem:


feche novamente o olho direito. Com o olho esquerdo, observe os números no lado
direito, começando com o número "1". Você poderá ver o "rosto triste" (imagem
superior) ou o espaço na linha azul (imagem inferior) em sua visão
periférica. Mantenha a cabeça parada e, com o olho esquerdo, observe os outros
números. O rosto triste deve desaparecer quando você chega ao "4" e reaparece em
"7". Da mesma forma, a linha azul aparecerá completa entre "4" e "7."
MEMÓRIA
 A Memória de Curto Prazo é um tipo de memória que
armazena a informação recebida pela Memória
Sensorial.

 As informações codificadas são retidas durante


segundos ou minutos, para que estas sejam
utilizadas, descartadas ou mesmo organizadas para
serem armazenadas.

 Podemos conservar na Memória de Curto Prazo


cerca de 7 elementos (+/- 2) e uma duração curta
(30 segundos)
MEMÓRIA
A Capacidade e a Duração da Memória de Curto Prazo.
MEMÓRIA
 Memória de Curto Prazo
A Capacidade da Memória de Curto Prazo.
Para avaliar a capacidade da memória de curto prazo, os pesquisadores
têm usado a tarefa de intervalo de memória.

Nessa tarefa, apresenta-se ao participante uma série de itens, um de cada


vez, e ele tem de lembrar os itens na ordem em que foram apresentados.
Os itens da lista podem ser estímulos bem diferentes, tais como letras ou
palavras não relacionadas.
MEMÓRIA
 Memória de Curto Prazo
A Capacidade da Memória de Curto Prazo.
Para avaliar a capacidade da memória de curto prazo, os pesquisadores
têm usado a tarefa de intervalo de memória.
O nosso intervalo de memória é definido como o número médio de itens que
conseguimos lembrar em uma série de experimentos de intervalo de memória.
MEMÓRIA
 Memória de Curto Prazo
A Capacidade da Memória de Curto Prazo.
Para avaliar a capacidade da memória de curto prazo, os pesquisadores
têm usado a tarefa de intervalo de memória.

“O mágico número sete,


mais ou menos dois:
alguns limites na nossa
capacidade de processar
a informação”.
MEMÓRIA
 Memória de Curto Prazo.

A Duração da Memória de Curto Prazo


Agora vamos considerar a duração da memória de curto prazo.

Por que dizemos que a duração da memória de curto prazo é de menos de


30 segundos?

A estimativa de duração se refere ao tempo em que a informação fica na


memória de curto prazo se não prestarmos atenção a ela. Para medir essa
duração, os pesquisadores desenvolveram a tarefa de distração.
MEMÓRIA
 Memória de Curto Prazo.

A Duração da Memória de Curto Prazo

Na tarefa de distração, é apresentada uma pequena quantidade de


informação (três consoantes não relacionadas, como HJK); o participante é
imediatamente distraído de sua concentração na informação por um breve
intervalo de tempo, e depois precisa lembrar a informação.
MEMÓRIA
 Memória de Curto Prazo.

A Duração da Memória de Curto Prazo


Tarefa de distração

Apresenta-se imediatamente um
número, e ele tem de contar
rapidamente para frente e trás,
em voz alta, de 3 em 3.

Quando o período de distração


termina, o sujeito deve tentar
lembrar as letras.

O que acontece?
MEMÓRIA
 Memória de Curto Prazo.
A Duração da Memória de Curto Prazo
Tarefa de distração

O gráfico mostra como o


esquecimento na mémoria
de curto prazo ocorre com
o passar do tempo.

Conforme a duração do
intervalo de distração se
eleva, o esquecimento
aumenta rapidamente.

A duração estimada da
memória de curto prazo é
muito breve, inferior a 30
segundos.
MEMÓRIA
 Memória de Curto Prazo.

A Duração da Memória de Curto Prazo


Tarefa de distração

Para relacionar isso á vida cotidiana, pense em procurar um número


de telefone.
Você encontra o número na lista telefônica.
Ele vai para a sua memória icônica.
MEMÓRIA
 Memória de Curto Prazo.
A Duração da Memória de Curto Prazo
Tarefa de distração
Você presta atenção ao número e o reconhece.
Ele entra na sua memória de curto prazo consciente.
Você começa a se concentrar nele para poder discá-lo.
MEMÓRIA
Tarefa de distração

Agora, o que aconteceria


àquele número se você
ouvisse alguém gritar e
corresse para ver o que
estava acontecendo?
MEMÓRIA
Tarefa de distração

Você provavelmente o
esqueceria o número e
teria de procurá-lo
novamente.
MEMÓRIA
 Memória de Curto Prazo.

 A informação, na memória de curto prazo, está em um estado de


armazenamento temporário, e nós precisamos nos concentrar nela para
impedir que seja perdida.

 Habitualmente, empregamos um ensaio de manutenção para conseguir isso.

 O ensaio de manutenção é a repetição da informação da memória de curto


prazo, várias vezes, para que seja mantida.
MEMÓRIA
A capacidade de recordar uma palavra depende de quão significativa é para
uma pessoa. Juntamente com o significado de uma palavra, a "concretude" de
uma palavra é importante para a memória.
Concretização refere-se à capacidade de uma palavra formar uma imagem
mental.

Palavras concretas
jacaré - maçã - flecha - bebê - pássaro - livro - borboleta - carro - milho - flor -
martelo - casa - dinheiro - microscópio - oceano - lápis - rocha - sapatos -
mesa – janela

Palavras abstratas
raiva - crença - tédio - chance - conceito - esforço - destino - liberdade -
glória - felicidade - honra - esperança - idéia - interesse - conhecimento -
misericórdia - humor - moral - teoria – verdade

Palavras sem sentido


ator - botam - crov - difim - firap - glimoc - ricul - hilnim - jolib - kepwin - leptav
- lumal - mib - natpem - peyrim - rispaw - stiwin - tubiv - vopec - yapib
MEMÓRIA

\
UM
TZLD
KXCEJO
AVCYISEH
LBFQRPMAUX
ZQECTBUMONRV
MEMÓRIA

 A Memória de Longo Prazo é um tipo de memória alimentada pelos


materiais da Memória de Curto Prazo que são codificados em símbolos.

 A memória de longo prazo permite o armazenamento de informações


por um longo período (talvez permanentemente), e sua capacidade é
essencialmente ilimitada.

 Codifica e retêm material em função da sua pertinência e do seu


significado.
MEMÓRIA
MEMÓRIA
MEMÓRIA
MEMÓRIA
Informação Repetição de manutenção
sensorial

Atenção Codificação
Memória Memória a Memória a
sensorial curto prazo Recuperação longo prazo

A informação à A informação A informação


qual não se que não é que fica com
presta atenção repetida é perdida o passar
é perdida do tempo
Memória de
Longo Prazo

NÃO
DECLARATIVA
DECLARATIVA

EPISÓDICA SEMÂNTICA
Armazena informações Memória na qual se PROCEDIMENTAL
e fatos de caráter armazenam fatos, Refere-se às
autobiográfico. conhecimentos habilidades e
É a memória dos gerais, regras, hábitos. É o nosso
acontecimentos da conceitos sem conhecimento do
nossa vida. Permite- relação espaço- modo como fazer
nos saber quando e tempo. as coisas. Forma-
onde um evento ou se pela prática e
episódio das nossas observação.
vidas aconteceu.
MEMÓRIA
Sensação Memória sensorial
Percepção (MS)

Informação se perde Prestei atenção


após uma fração de segundo, Não à informação?
ou poucos segundos
Repetição de
Sim manutenção

Memória de
curto prazo (MCP) Recuperação
Informação se perde
após cerca de Informação é
15 segundos Mantida na MCP
Nenhum
Como a informação por mais tempo
processamento é processada? Processamento
superficial

Processamento
Codificação profundo Se a informação for
Repetição Memória de necessária mais tarde, é
reflexiva transferida para a MCP
longo prazo (MLP)
MEMÓRIA
ANATOMIA DA MEMÓRIA

Como o cérebro memoriza


uma nova informação?
Quais são as estruturas
cerebrais utilizadas?
ANATOMIA DA MEMÓRIA
Mas como o cérebro arquiva as novas informações?

Através das sinapses nervosas. Alguns neurônios podem estabelecer até


50.000 sinapses simultâneas.

Quando iniciamos um processo de arquivamento de uma informação, uma


nova sinapse é ativada ou criada.

Assim sendo, quanto maior o número de sinapses, maior será a capacidade


de memória.
ANATOMIA DA MEMÓRIA
ANATOMIA DA MEMÓRIA
 O LOBO FRONTAL (envolvido em
pensamento consciente e as funções
mentais, tais como a tomada de decisões)
desempenha um parte importante no
processamento de memórias de curto prazo
e manter memórias de longo prazo.

 O LOBO PARIETAL está envolvido na


integração das informações sensoriais dos
vários sentidos, na manipulação de objetos
na determinação sentido espacial.

 O LOBO OCCIPITAL envolvido


principalmente com o sentido da visão.

 O LOBO TEMPORAL é uma região no


cérebro que apresenta um significativo
envolvimento com a memória. Existem
evidências apontando esta região como
sendo importante para armazenar eventos-
memória declarativa.
ANATOMIA DA MEMÓRIA
 O lobo temporal é uma região no
cérebro que apresenta um
significativo envolvimento com a
memória. Existem evidências
apontando esta região como sendo
importante para armazenar eventos-
memória declarativa.

 O lobo temporal contém o córtex


temporal, que pode ser a região
potencialmente envolvida com a
memória a longo prazo.

 Nesta região também existe um


grupo de estruturas interconectadas
entre si: hipocampo , a amígdala ,
o giro cingulado , o tálamo , o
hipotálamo que são de particular
importância para o processamento
da memória.
ANATOMIA DA MEMÓRIA
 O cerebelo desempenha um papel importante no equilíbrio,
controle motor, mas também está envolvido em alguns
funções cognitivas, a atenção, a linguagem, funções
emocionais (tais como a regulação medo e respostas de
receio) e no procedimento das memórias processuais .
 O hipocampo é essencial para a função da memória, na transferência de
curto a memória a longo prazo , no controle da memória espacial e
comportamento. Após a consolidação da memória na região do hipocampo,
estas informações são transferidas para outras regiões do córtex cerebral.

 As regiões do hipocampo responsáveis pela consolidação da memória são


chamadas de cornos de Amon – regiões CA, subdivididas em sub-regiões
denominadas: CA1, CA2, CA3, CA4.

 As regiões envolvidas com a consolidação da memória: hipocampo (CA1 e


CA3 principalmente), córtex entorrinal, córtex perirrinal e giro para-
hipocampal. Sendo que as lesões no córtex perirrinal como em CA1 e CA3,
levam à déficits agudo de memória.
MEMÓRIA
HIPOCAMPO AMIGDALA

Áreas responsável pela formação Área importante para os conteúdos


de novas memórias emocionais das memórias
ANATOMIA DA MEMÓRIA
Em 1861 Broca descobriu que danos na porção posterior do lobo frontal esquerdo
( Área de Broca) produziam um défict específico na linguagem.

A informação é visual é conduzida para a área de Wernicke, onde é associada a


um significado, antes de ser transformada, na área de Broca, na efetuação da
linguagem escrita ou falada.

estearamidopropil

primeiramente
NEUROMODULAÇÃO
Neuromodulação significa a capacidade do sistema nervoso tem de
modular, ou seja, de modificar-se em resposta a estímulos externos.

Neuroplasicidade- que é a capacidade inerente ao sistema nervoso de


modificar-se, adaptar-se a nível estrutural e funcional frente a estímulos
ou a lesões no sistema.
ANATOMIA DA MEMÓRIA
• A neuroplasticidade ou plasticidade neural é
definida como a capacidade do sistema
nervoso de organização/reorganização,
modificar sua estrutura e função em
decorrência do aprendizado ou lesão, e a
mesma, pode ser concebida e avaliada a partir
de uma perspectiva estrutural (configuração
sináptica) ou funcional (modificação do
comportamento).
• Esta organização se relaciona com a
modificação de algumas das suas propriedades
morfológicas e funcionais em resposta às
alterações do ambiente. Na presença de
lesões, o SNC utiliza-se desta capacidade na
tentativa de recuperar funções perdidas e/ou,
principalmente, fortalecer funções similares
relacionadas às originais.
• A plasticidade nervosa não ocorre apenas em
processos patológicos, mas assume também
funções extremamente importantes no
funcionamento normal do indivíduo.
Um ambiente enriquecedor, que
permite o rato interagir com os
brinquedos em suas gaiolas,
Ambiente pobre provoca mudanças anatômicas
em estímulos no córtex cerebral.
 Plasticidade sináptica- Consiste na
capacidade de rearranjo por parte das
redes neuronais. Ou seja, perante cada
experiência nova do indivíduo, as
sinapses são reforçadas, permitindo a
aquisição de novas respostas ao meio
ambiente.

 Vários fenômenos da plasticidade


sináptica se qualificam como possíveis
mecanismos celulares e moleculares da
memória , particularmente a
potenciação de longa duração também
conhecida por LTP (long-term
potentation) é uma excitação que se
mantém de maneira
persistente, aumentando a eficiência
das sinapses.
NEUROMODULAÇÃO
Como funciona a
Neuromodulação?
A neuromodulação altera a atividade
elétrica cerebral, aumentando ou
diminuindo a excitabilidade do sistema
nervoso e desta forma "corrigindo"
padrões anormais de funcionamento do
sistema, ativando novas redes neurais ou
maximizando o funcionamento cerebral.

 O Fator neurotrófico derivado do cérebro


(BDNF) é uma molécula que estimula e
permite que os neurônios cresçam e se
desenvolvam. Está diretamente envolvido
com a proliferação celular, diferenciação e
sobrevivência neuronal, síntese de
neurotransmissores e plasticidade
neuronal.
• Não é possível medir memórias de forma direta. Só
é possível avaliá-las medindo o desempenho em
testes de evocação.
• No homem, a evocação pode ser medida através de
mudanças comportamentais,
do reconhecimento de pessoas, palavras, lugares ou
fatos;
• nos animais, a evocação se expressa através
de mudanças comportamentais.

Labirinto em cruz elevado Teste de reconhecimento de objetos


Lister, 1987
Esquiva passiva

Dere et al., 2005

Teste de reconhecimento social

Teste de memória de habituação ao


ambiente

Campo
aberto

Barros et al., 2006


Squire, 1987

Thor & Holloway,1982.


NEUROMODULAÇÃO
A Neuromodulação é um tratamento médico com tecnologia avançada que
consiste em aplicar um campo eletromagnético para modificar e modular o
Sistema Nervoso Central.
NEUROMODULAÇÃO
◦ - EMTr estimulação magnética transcraniana repetitiva
- ECCT estimulação de corrente contínua transcraniana
NEUROMODULAÇÃO
MEMÓRIA
>>> Acetilcolina (ACh)

Neurotransmissor envolvido em muitos comportamentos, bem com atenção, aprendizado e


memória:

-Movimento - os movimentos de nossos músculos são promovidos pela liberação da acetilcolina


dos neurônios colinérgicos para as fibras musculares.

-Sono REM - durante a fase de sono profundo (sono REM), a acetilcolina é liberada da ponte.

-Aprendizado e memória – em animais de laboratório, ao bloquear a liberação da acetilcolina,


cria-se um déficit no aprendizagem e memória. É sugerida facilitar o processo de aprendizado e
memória.

- Doença de Alzheimer- está associada, em 90% dos casos, com perda de neurônios colinérgicos
no prosencéfalo basal e hipocampo.
>>> Serotonina (5HT):

Neurotransmissor que possui interferências no humor, na ansiedade e na agressão.

-Desordens de humor - a diminuição da liberação de serotonina no sistema nervoso central está associada a
desordens de humor e depressão. Costuma-se tratar esses pacientes com medicamento que bloqueiam a
recaptação da serotonina para o terminal pré-sináptico (ex. fluoxetina, o Prozac).

-Desordem obsessiva compulsiva - associada a redução nos níveis de serotonina no sistema nervoso central, é
geralmente tratada por meio da inibição da recaptação da serotonina.

-Apetite – é reduzido por drogas que elevam a serotonina no encéfalo. A vontade de comer doces e a sensação
de já estar satisfeito com o que comeu dependem de uma região cerebral localizada no hipotálamo. Com taxas
normais de serotonina a pessoa sente-se satisfeita com mais facilidade e tem maior controle na vontade de
comer doce.

-Comportamento agressivo e suicídio - tem sido associado a reduzidos níveis de serotonina no encéfalo

-Latência de sono – a latência de sono (tempo que a pessoa levar para dormir) é diminuída com “triptofano”,
um aminoácido necessário para a síntese de serotonina. Esse dado sugere que a serotonina pode ter um papel
importante na indução do sono.
Obs.: O leite é rico em triptofano, o que sugere que um copo de leite antes de dormir pode facilitar o sono.

- Percepção - as sinapses serotoninérgicas estão presentes no córtex cerebral e estão envolvidas nos processos
de percepção.
>>> Dopamina (DA):

Controla níveis de estimulação e controle motor em muitas áreas encefálicas. Quando os


níveis de dopamina estão extremamente baixos os pacientes são incapazes de se mover
voluntariamente.

Está relacionada à expectativa de algo, promovendo respostas não só para a iniciação de


ações positivas, mas também das negativas. Portanto, é através da DA que o organismo
movimenta-se e entra em ação para alcançar o desejado e, também, escapar do indesejado.

-Doença de Parkinson - acontece devido degeneração de neurônios dopaminérgicos oriundos da


substância negra, que enviam as suas projeções para o estriado, o qual está envolvido no controle
motor do movimento. A doença de Parkinson é tratada com L-DOPA, o precursor da dopamina
no encéfalo que minimizam os sintomas, mas não tem a capacidade de inibir a progressão da
doença. Esta doença costuma manifestar por tremor de repouso, rigidez muscular, lentidão de
movimentos e alterações da marcha e do equilíbrio.

- Esquizofrenia - é uma patologia causada pelo excesso de dopamina liberada para o terminal
pós-sináptico. Há a hipótese que existe uma excessiva estimulação dopaminérgica no lobo frontal
(causado talvez pela ativação de gens) É tratada por drogas que bloqueiam a ligação da dopamina
no receptor pós-sináptico.
>>> Noradrenalina (NA):

Esse neurotransmissor está relacionado a excitação físico e mental, bem como é conhecido
por promover o bom humor. É produzido no locus ceruleos e atua como mediador dos batimentos
cardíacos, pressão sanguínea, conversão de glicogênio em energia e outros.

-Atenção e alerta - a liberação da noradrenalina facilita a atenção e o alerta durante o dia. Durante o
sono REM os níveis de noradrenalina estão reduzidos. Excitação demasiada (insônia).

-Estresse - Nos estresse “crônico”, verifica-se redução na liberação da noradrenalina. Porém, no


estresse “agudo” a noradrenalina é liberada da glândula adrenal e atua na amplificação do sistema
nervoso simpático. Quando há níveis baixos de competição ou de desafios e exigências, o aumento
de NA tende a ser agradável, entretanto, nos níveis altos de exigência, o aumento de NA poderá
causar ansiedade, ou seja, um aumento exagerado irá produzir uma baixa eficiência da conduta e,
geralmente, ansiedade.

-Humor - a depressão por redução na captação de noradrenalina pode ser tratada com algumas
drogas que evitam a sua recaptação. Euforia – aumento da noradrenalina.

- Aprendizado e memória - a noradrenalina é importante nos processos de aprendizado e memória.


>>> Ácido Gama Amino Butírico (GABA):

É o principal neurotransmissor inibitório do encéfalo. O processo inibitório ocorre quando o


GABA se liga ao receptor, permitindo dessa forma a entrada de Cloro para dentro da célula. Responsável
pela sintonia fina e coordenação dos movimentos entres outros.

Existem dois tipos de receptores deste neurotransmissor: os GABA-alfa e os GABA-beta

Há hipóteses que a deficiência de GABA leva a algumas formas de Esquizofrenia. Nesse sentido a
deficiência da inibição GABAérgica seria o distúrbio primário para a atividade estriatal dopaminérgica
excessiva no transtorno. Droga como o Valium, ressalta o efeito do GABA na sinapse. Outros
neurotransmissores inibidores são a glicina e a taurina.

O etanol estimula o receptor Gaba-alfa o que resulta numa diminuição de sensibilidade para outros
estímulos. O resultado é um efeito muito mais inibitório no cérebro, levando ao relaxamento e sedação do
organismo. Diversas partes do cérebro são afetadas pelo efeito sedativo do álcool tais como aquelas
responsáveis pelo movimento, memória, julgamento, respiração, etc.

A inibição da síntese do GABA ou o bloqueio de seus neurotransmissores no SNC, resultam em


estimulação intensa, manifestada através de convulsões generalizadas.
>>> Glutamato

Principal neurotransmissor estimulador do SNC. A sua ativação aumenta a sensibilidade


aos estímulos dos outros neurotransmissores.

A atuação do glutamato é fundamental no processo de memória. O aprendizado ocorre


quando a força sináptica for potencializada após atividade simultânea tanto nos neurônios pré-
sinápticos quanto nos pós-sinápticos (LTP). Não ocorre se o neurônio pré-sináptico não
conseguir excitar o neurônio pós-sináptico. O neurotransmissor envolvido nestes processos é
essencialmente o Glutamato;

Curiosamente, o glutamato também está envolvido no processo de morte celular, uma vez
que o excesso de glutamato é neurotóxico e mata a célula por excesso de influxo de Cálcio.

A Doença do Lou Gherig (ELA), doença em que o glutamato é produzido em grande


quantidade, causa morte neuronal da medula espinhal e do tronco cerebral.

O etanol também altera a ação sináptica do glutamato no cérebro, promovendo diminuição


da sensibilidade aos estímulos.

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