Vous êtes sur la page 1sur 59

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

TERAPIA DAS
CONSTRUÇÕES
Arthur Medeiros
Aula 3 Eng. Civil, Prof. Dr.
arthurmedeiros@utfpr.edu.br
http://paginapessoal.utfpr.edu.br/arthurmedeiros
Jul. Ago. 2017
Terapia das construções

Reparo e recuperação de estruturas


de concreto armado
Terapia das construções
Cronograma
28/jul – 6ª : Aula 1

04/ago – 6ª : Aula 2

11/ago – 6ª : Aula 3 – Tratamento de fissuras

18/ago – 6ª : Aula 4 – Reforço

25/ago – 6ª : Aula 5

01/set – 6ª Aula 5 – Avaliação e algo mais??


Terapia das construções
Conteúdo

1. Introdução 6. Recomendações gerais

2. Materiais para reparo e recuperação 7. Proteção catódica

3. Tratamento 8. Tratamento de fissuras

i. Concreto
4. Cases
ii. Alvenarias
5. Mecanismos de degradação
9. Reforço estrutural
Terapia das construções

Tratamento de fissuras
Terapia das construções
9.1 Porque o concreto fissura?

• Retração do concreto fresco MECANISMOS DE DEGRADAÇÃO

• Cura do concreto • Corrosão de armaduras

• Dosagem inadequada • Lixiviação por águas puras

• Dilatação da estrutura • Transformações químicas e expansão

• Juntas de dilatação • Ataques por sulfatos

• Sobrecargas imprevistas • Reação Álcali Agregado

• Tubulações embutidas
Fissuras:
• Furos em elementos estruturais
• No concreto
• DEFORMAÇÃO LENTA ou FLUÊNCIA
• Na alvenaria
Terapia das construções
9.1 Porque o concreto fissura?

Deformação lenta: fluência

1º Deformação elástica  flecha imediata  contra flecha


2º Deformação lenta  flecha diferida  Possíveis patologias

Nos elementos de fechamento:


• Alvenarias
Valores admissíveis  NBR 6118 (2014)
• Dry Wall
• Esquadrias...

Vãos cada vez maiores, concreto de alta resistência:


𝟓 𝒒𝒍𝟒
Antigamente 4 m  atualmente 6 a 8 m ∆=
𝟑𝟖𝟒 𝑬𝑰
Peças fissuradas  perdem rigidez I  aumenta D
Terapia das construções
9.1 Porque o concreto fissura?

Deformação lenta: fluência

Agravantes modernos

• Concreto de alta resistência

• estruturas mais esbeltas  mais flexíveis

• alvenarias mais rígidas

• Má execução da união entre alvenaria e estrutura

Fissuração  infiltração, mofo, desplacamento de revestimento...


Terapia das construções
9.1 Porque o concreto fissura?

Deformação lenta: fluência

Fatores que influenciam a deformação lenta:


• Idade do concreto quando da aplicação da carga
• Umidade relativa do ar
• Dimensões relativas da peça

Flecha diferida (longa duração) ≈ flecha imediata

• Aparecem entre 5 e 10 anos


• Estruturas em balanço
• Estabilizam depois de 30 anos
• Marquises
Terapia das construções
9.1 Porque o concreto fissura?

Deformação lenta: fluência


Terapia das construções
9.1 Porque o concreto fissura?

Deformação lenta: fluência


Terapia das construções
9.1 Porque o concreto fissura?

Deformação lenta: fluência


Terapia das construções
9.1 Porque o concreto fissura?

Deformação lenta: fluência


Terapia das construções
9.1 Porque o concreto fissura?

Deformação lenta: fluência


Terapia das construções
9.1 Porque o concreto fissura?

Deformação lenta: fluência


Terapia das construções
9.1 Porque o concreto fissura?

Aspectos a considerar na fissuração do concreto armado

As fissuras:
• São nos elementos estruturais ou no revestimento?
• Afetam o elemento resistente?
• Ou apenas nas camadas de proteção: cobrimento, revestimento...
• São superficiais ou profundas?  como medir?

• Fissurômetro
• Pasta de gesso, ou vidro colado
• Ultrassom
• Extração de testemunho
Terapia das construções
9.1 Porque o concreto fissura?

Aspectos a considerar na fissuração do concreto armado

As fissuras:
• São nos elementos estruturais ou no revestimento?
• Afetam o elemento resistente?
• Ou apelas as camas de proteção: cobrimento, revestimento...
• São superficiais ou profundas?  como medir?
• Podem determinar as causas da fissuração  diagnóstico
Valores admissíveis
• Permitem a entrada de agentes agressivos  w NBR 6118 (2014)

• Evoluem? ou estabilizam?  afetam a segurança da estrutura

Antes de tratar uma fissura  É necessário entender as causas!!!


Terapia das construções
9.2 Identificação

Fissuras ativas Existe movimentação Material flexível

Espuma de poliuretano
Como arrumar?
1. Deve-se eliminar a causa, antes de “fechar” a fissura
2. Senão voltará a fissurar
Terapia das construções

Espuma de poliuretano
Terapia das construções

Espuma de poliuretano
Terapia das construções

Espuma de poliuretano
Terapia das construções
9.2 Identificação

Fissuras ativas Existe movimentação Material flexível

Espuma de poliuretano
Como arrumar?
1. Deve-se eliminar a causa, antes de “fechar” a fissura
2. Senão a peça voltará a fissurar

Fissuras inativas Sem movimentação Material rígido

Como arrumar? Resinas epóxi

1. Restaurar o monolitismo da peça Fechar a fissura


2. Material apropriado
3. Técnica apropriada
Terapia das construções
Resina Epóxi
Terapia das construções
9.3 Escolha do material
Módulo de elasticidade
• Fissura ativa • Fissura passiva

Material flexível Material rígido

Espuma de poliuretano Resinas epóxi


Viscosidade w < 0,2 mm Epóxi líquido bastante fluído: 100 cps
0,2 < w ≤ 0,6 mm Epóxi líquido: 500 cps
• Abertura da fissura
0,6 < w ≤ 3 mm Epóxi líquido: 1500 cps
w > 3 mm Epóxi puro ou com carga
Produto Aplicação Viscosidade cps
Metacrilato vedação por gavidade 5 a 15
Sikadur 55 SLV injeção / vedação por gavidade 500
Sikadur 43 injeção de trincas 500
Produto Viscosidade cps Sikadur 51SL epóxi flexivel para juntas 7000
Água 1 MC-DUR 111D selador < 100

Azeite de oliva 84 MC-DUR 1200 ancoragem de aço 1900

Óleo de máquina 233 MC-DUR 1264 trincas > 0,2 mm 300

Shampoo 2500 MC-INJEKT GL 95 TX Selamento em áreas de dificil acesso 30


MC-INJEKT 2300 PLUS Injeção em estrturas com água potável 90
MC-INJEKT 2700 Injeção de estruturas com vazamento de água 200 ± 50
Terapia das construções
9.3 Escolha do material

1. Módulo de elasticidade
• Fissura ativa • Fissura passiva

Material flexível Material rígido

Espuma de poliuretano Resinas epóxi

2. Viscosidade w < 0,2 mm Epóxi líquida bastante fluída: 100 cps

• Abertura da fissura 0,2 < w ≤ 0,6 mm Epóxi líquida: 500 cps


0,6 < w ≤ 3 mm Epóxi líquida: 1500 cps
w > 3 mm Epóxi puro ou com carga
3. Presença de Água

4. Pot life • temperatura Combinação: 1, 2, 3 e 4


• pressão
Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

• Injeção

• Selagem

• Cicatrização

• Grampeamento
Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Injeção de fissuras
Técnica que garante o perfeito enchimento do espaço formado
entre as bordas de uma fissura.

w > 0,1 mm  podem ser injetadas  pressões baixas (0,1MPa)


w > 3 mm  se não forem muito profundas  enchimento por gravidade

Sucesso desta técnica:


• Correta seleção do material
• Experiência do aplicador
• Seleção da bomba de injeção
• Espessura da fissura
• Pressão a ser aplicada
• Profundidade da fissura
Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Injeção de fissuras: passo a passo


1º Abertura de furos ao longo da fissura  f = 10 mm; h = 30 mm

Espaçamento l
• 1,5 vezes a profundidade da fissura
• não mais que 300 mm

2º Limpeza da fissura e dos furos


• Limpeza exaustiva
• Jatos de ar comprimido
• Seguidos de aspiração
Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Injeção de fissuras: passo a passo


3º Selagem superficial da fissura

• Cola epoxídica aplicada com espátula ou colher de pedreiro

• Ao redor dos tubos, a concentração de cola deve ser um pouco

maior, de modo a garantir a fixação dos tubos

• A selagem tem o objetivo de arrematar a injeção, protegendo a resina

• Recomenda-se proteger de agressões mecânicas por 12h


Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Injeção de fissuras: passo a passo


4º Testar o sistema antes de iniciar a injeção

• Pode ser feita com ar comprimido  comunicação entre os furos

• Se houver obstrução de um ou mais tubos, deve-se reduzir o

espaçamento entre os tubos


Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Injeção de fissuras: passo a passo


5º Iniciar a injeção

• Começar pelos tubos de cotas mais baixas

• Até a resina sair pelo tubo superior mais próximo

• Injetar por este tubo, até sair pelo seguinte

• E assim sucessivamente, até preencher toda a fissura

• Se houver obstrução de um ou mais tubos, deve-se reduzir o

espaçamento entre os tubos


Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Injeção de fissuras: passo a passo


6º Finalização

• Após o término da injeção e cura da resina

• Retirar os bicos e a camada selante  12h após a injeção

• Fazer o acabamento da peça com a própria resina de injeção


Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Injeção de fissuras: passo a passo


Considerações interessantes

• Quando a fissura atravessa todo o elemento estrutural é

recomendável colocar bicos de injeção nas duas faces da peça.

• Dificuldade na entrada da resina  manter a pressão por 15 min

• Se a pressão se elevar
Fuga de resina
• Ou se não houver pressão

• Para a maioria das resinas epóxi  concreto deve estar seco


Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Injeção de fissuras: passo a passo


Considerações interessantes

• Não havendo sucesso pleno na injeção  fazer por etapas

• Aproveitar o endurecimento do material injetado

• Reduzir a possibilidade de fugas


Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Injeção de fissuras: passo a passo


Controle de qualidade

• Recepção dos materiais

• Validade

• Características da resina: cor, viscosidade, módulo, resistência...

• Comprovar a efetividade da injeção

• Retirada de testemunhos

• Pelo menos 90% da fissura injetada


Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Injeção de fissuras: passo a passo


Controle de qualidade
Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo
Vídeo: Sistemas de injeção MC
https://youtu.be/vSTlvCXBQWk

Vídeo: Soluções MC para Estruturas de Saneamento


https://youtu.be/sIJAOPvJnEY

Vídeo: Soluções MC para Garagens


https://youtu.be/7N8un8DIh4E

Vídeo: Como tratar fissuras em concreto (SA)


https://youtu.be/VwAe-rE6D8I

Vídeo: Sika Injectokit TH Concrete Crack Repair System


https://youtu.be/E-TIuUnwZF8

Vídeo: Injeção com espuma de poliuretano


https://youtu.be/bLEeERklta0
Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Selagem

Técnica de vedação dos bordos de fissuras ativas com:

• Material não retrátil

• Aderente

• Resistência mecânica e química

• Módulo de elasticidade adequado para acompanhar

deformações da peça
Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Selagem

Proceder de maneira análoga à execução de uma junta de dilatação:

• Cordão de poliestireno no fundo da fissura


https://youtu.be/769hu_l7ceA

• Preenchendo com mastique sobre o cordão https://youtu.be/mWeX9MQKyTA

• Executar polimerização lateral

Se a fissura for muito pequena w < 1 mm:

Abrir a boca da fissura facilita a selagem


Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Selagem

Alternativamente, pode-se utilizar junta de neoprene

• Cuidado especial com a adesão aos bordos da fissura

• Adesivo epóxi nas bordas da fissura

• Suave pressurização do neoprene para aderir ao epóxi

• Seguido de polimerização lateral


Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Cicatrização
Solução apropriada
Concreto autocicatrizante
para fissuras inativas
Mesmo princípio da reação da carbonatação

Ca(OH)2 + CO2  CaCO3 + H20

Neste caso o produto formado preenche o espaço da fissura

Fenômeno natural em elementos de concreto fissurados,


saturados de água, sem que a água circule, como em reservatórios

Concreto autocicatrizante moderno: https://youtu.be/yHGV6OkAaS0


Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Grampeamento de fissuras
Técnica de costurar a fissura com grampos em forma de “U”

• Diâmetro
• Comprimento Dependem do esforço de tração
• Espaçamento
Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Grampeamento de fissuras
Técnica questionável

Se o esforço que gerou a fissura não for contido

• A costura enrijece a uma parte da peça

• E a fissura aparece em uma região adjacente

Para não introduzir esforços em linha:


• Grampos não alinhados e
• de diferentes comprimentos
Terapia das construções
9.4 Técnicas de reparo

Grampeamento de fissuras: passo a passo


1º Descarregar a estrutura (sempre que possível)

2º Executar berços na superfície do concreto, para assentamento dos grampos

• Furos para ancoragem dos grampos  preenchimento com adesivo (epóxi)

3º Se houver injeção de fissura  1º injeta, depois grampeia

4º Colocação dos grampos e complementação dos berços com adesivo

5º Se a fissura atravessa a peça  a costura deve ser realizada dos dois lados
Terapia das construções

Tratamento de fissuras em alvenarias


Terapia das construções
10. Tratamento de fissuras em alvenarias

As alvenarias são os componentes da obra mais


suscetíveis à fissuração.

Realçam aos olhos dos usuários:


• Aspectos estéticos
• Aspectos psicológicos
• Desempenho
Terapia das construções
10. Tratamento de fissuras em alvenarias

Destacamento entre pilares e paredes

Inserção de material flexível no encontro parede/pilar:


• Poliuretano expandido
• Feltro betuminoso
20 20
• isopor

Tela metálica leve na nova argamassa,


transpassando o pilar em 20 cm, fixada
com pregos ou cravos de metal

• Ferro cabelo
• Telinha horizontal em “L”
Terapia das construções
10. Tratamento de fissuras em alvenarias

Paredes longas com fissuras intermediárias

Criar juntas de movimentação


• Tela metálica 20 20
Terapia das construções
10. Tratamento de fissuras em alvenarias

Paredes longas com fissuras intermediárias

Criar juntas de movimentação


• Tela metálica
10 a1015a cm
10 15 cmcm
a 15 2 a 210a2cm
10 cmcm
a 10

• Bandagem
– Silver tape
– Fita crepe
a) Remover revestimento
numa faixa de 10 a 15 cm
b) Aplicação da bandagem

c) Recomposição do revestimento ( a )( a( )a ) ( b )( b( )b ) ( c )( c()c )

A bandagem propicia a dessolidarização entre o revestimento e a parede.


Terapia das construções
10. Tratamento de fissuras em alvenarias

Fissuras ativas

Selantes flexíveis (poliuretano, silicone, etc...) aplicado em um sulco em


formato de V, com 20 mm de largura e 10 mm de profundidade.

20
10

20
Em movimentações muito
10 intensas, recomenda-se uma
abertura retangular

Pintura reforçada com tela de náilon ou polipropileno, com seis a oito


demãos cruzadas de tinta elástica (resina acrílica, poliuretânica, etc...)
Terapia das construções
10. Tratamento de fissuras em alvenarias

Vídeo: SIKA Trincas e Fissuras


https://youtu.be/vEOJC5XFHd0

Vídeo: SIKA Tratamento de trincas e fissuras com SikaCryl®-103

https://youtu.be/WK2OI1REtA8

Vídeo: um youtuber caseiro: dicas de assentamento


https://youtu.be/1Hin37N0B14
Terapia das construções
10. Tratamento de fissuras em alvenarias

Enfraquecimento da parede por portas, janelas ou tubulações

Pode-se utilizar bandagem e pintura com tela de náilon

30 cm

Tela metálica de malha


25 mm x 25 mm
e f de 1,24 mm
Terapia das construções
10. Tratamento de fissuras em alvenarias

Destacamento entre componentes da alvenaria

Em especial quando propiciam infiltração de água da chuva pelas fachadas

Armaduras perpendiculares à 25 25

fissura defasadas a cada duas fiadas

Aliada a tela metálica na argamassa


de emboço
Terapia das construções
10. Tratamento de fissuras em alvenarias

Movimentações térmicas da laje de cobertura ou deflexão de viga

Desvinculação entre a parede fissurada e o componente estrutural


superior:
1. Corte no topo da parede
2. Preenchimento com material deformável
Terapia das construções
10. Tratamento de fissuras em alvenarias

Considerações finais

De nada adianta reparar uma fissura em alvenaria, selando,


grampeando, usando telas, etc...

Sem ter resolvido o problema que gerou a fissura, senão a fissura


voltará em pouco tempo.
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

TERAPIA DAS
CONSTRUÇÕES
Arthur Medeiros
Eng. Civil, Prof. Dr.
arthurmedeiros@utfpr.edu.br

Jul. Ago. 2017

Vous aimerez peut-être aussi