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3.

3 Quanto à forma:
Prof: Marcos Rocha – Direito Constitucional
-Escrita/ Codificada
AULA 01 - Não Escritas/ Costumeira: fonte nos costumes, na
jurisprudência dos Tribunais, nos tradados, acordos, e nas
1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO leis.
CONSTITUCIONAL
3.4 Quanto ao modo de elaboração:
1.1 Estado. Constituição. Direito Constitucional
1.2 Direito Público x Direito Privado - Dogmática /Ortodoxa/ Escrita
1.3 Neoconstitucionalismo (eficácia horizontal dos direitos
e garantias fundamentais) -Histórica/Não escrita (gradativa evolução)

2. SENTIDOS/CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO 3.5 Quanto à extensão:

- Sentido Sociológico: Ao conceito sociológico - Analítica/Detalhada/Extensa/Prolixa


associa-se o alemão Ferdinand Lassalle que
sustentou que a Constituição seria o produto da soma - Sintética/ Concisa/ Reduzida/Breve (substancialmente
dos fatores reais de poder que regem a sociedade. constitucionais)

- Sentido Político: A percepção de Carl Schmitt 3.5 Quanto ao Conteúdo:


ventila um novo olhar sobre o modo de se compreender
a Constituição: não mais arraigada à distribuição de - Material (conteúdo/substância das normas)
forças na comunidade política, agora a Constituição
- Formal (constitucional são todas as normas inseridas no
corresponde à "decisão política fundamental" que o
texto da Constituição)
poder constituinte reconhece e pronuncia ao impor uma
nova existência política.
4. ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
- Sentido Jurídico: Esta concepção foi construída a
partir das teses do mestre austríaco Hans Kelsen, que 4.1 Preâmbulo
estruturou o ordenamento de forma estritamente
jurídica, baseando-se na constatação de que toda - Qual a natureza jurídica do Preâmbulo? Tem relevância
norma retira sua validade de outra que lhe é jurídica?
imediatamente superior. (Teoria Pura do Direito)
- A invocação de Deus no preâmbulo da Constituição
-Sentido/Concepção Culturalista: Para esta Federal é norma de reprodução obrigatória nas
concepção, a Constituição se fundamenta Constituições Estaduais e leis orgânicas do DF e dos
simultaneamente em fatores sociais, nas decisões Municípios?
políticas fundamentais (frutos da vontade política do
poder constituinte) e também nas normas jurídicas de - A expressão “sobre a proteção de Deus” viola a laicidade
dever ser cogentes. (Constituição é produto da do Estado?
Cultura)
4.2 Parte dogmática (Art.1º/250)
3. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES
- Possui força normativa
3.1Quanto à origem:
- É parâmetro de Controle de Constitucionalidade
- Promulgada/Democrática/Votada/Popular (participação
popular direta e indireta)
- É modificado por intermédio da ação do Poder
-Outorgada /Imposta/Ditatorial/Carta Constitucional Constituinte Derivado Reformador (Emendas a
(resultado de um ato unilateral) Constituição).

3.2 Quanto à estabilidade (mutabilidade ou processo 4.3 Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
de modificação): (ADCT)

- Imutável/Intocável - Apontamentos gerais

-Rígida/Superrígida – Cláusulas Pétreas (processo - Qual a natureza jurídica do ADCT?


legislativo rigoroso)
- As disposições do ADCT estão imunes ao poder de
-Flexível (processo legislativo ordinário) reforma?
- Semirrígida: (processo legislativo rigoroso) + (processo
- Existe hierarquia entre as normas do corpo permanente e
legislativo ordinário)
o ADCT?
4.4 ELEMENTOS DAS CONSTITUIÇÕES - Inexistência do Direito de Secessão (Art.1º; caput, c/c o
art.18); (Art. 34, I).
* Professor José Afonso da Silva
- Cláusula Pétrea (Art. 60, §4º, I)
a) elementos orgânicos: normas que regulam a estrutura
do Estado e do Poder (Título III – Da Organização do - 5.2 Forma de Governo (Republicano)
Estado); (Título IV- Da Organização dos Poderes e do
Sistema de Governo) - Temporariedade e Alternância do Poder

b) elementos limitativos: normas que compõem o elenco -Mandatos Eletivos


dos direitos e garantias fundamentais (direitos individuais e
suas garantias, direitos de nacionalidade e direitos políticos - Eleições Diretas
e democráticos), limitando os poderes estatais.
- Prestação de Contas
c) elementos socioideológicos: revelam o compromisso
da Constituição entre o Estado individualista e o Estado - Transparência
Social, intervencionista. (Capítulo II do Título II (Dos Direitos
Sociais); (Título VII (Da Ordem Econômica e Financeira). -Igualdade

d) elementos de estabilização constitucional: normas 5.3 Sistema de Governo (Presidencialista)


destinadas à solução de conflitos constitucionais, a defesa
da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. 5.4 Regime de Governo (Regime Político Democrático)
(ação de inconstitucionalidade, da intervenção, processos
de emendas á Constituição, jurisdição constitucional. - Estado Democrático de Direito: governo do povo, pelo
povo e para o povo.
e) elementos formais de aplicabilidade: encontram-se - Soberania Popular (Art.1º; §único): "todo o poder
nas normas que estabelecem regras de aplicação das emana do povo, que o exerce por meio de representantes
Constituições. (preâmbulo, disposições constitucionais eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".
transitórias, art.5º. §1º).
- Princípio Democrático

- Democracia semidireta ou participativa

- Direitos Políticos: sufrágio universal, voto, plebiscito,


referendo e lei de iniciativa popular.

5.5 Fundamentos: "fundamentos da República Federativa


do Brasil"

- A Soberania

- A Cidadania
5. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (Art.1º ao 4º)

- Art.1ª, caput. ´´Art. 1.0 A República Federativa do Brasil, - A Dignidade da Pessoa Humana
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de - Os Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa
Direito... ``.
- Pluralismo Político
5.1 Forma de Estado (Federal)
6. PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES (Art.2º)
- Federalismo por desagregação: União, estados-
membros, DF e Municípios. - Aristóteles

Todos eles são pessoas jurídicas de direito público - Montesquieu


autônomas e encontram-se sujeitos ao princípio da
indissolubilidade do vínculo federativo (não existe em nosso - Impropriedade da expressão “tripartição de poderes”: O
País o direito de secessão). poder é uno e indivisível.

- Autonomia: governamental, administrativa, legislativa, - Funções típicas e atípicas: órgãos que exercem funções.
tributária. Executivo, Legislativo e Judiciário.

- Cláusula Pétrea (Art.60, §4º, III)


7. OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DO ESTADO 1.1 Diferença entre Direito e Garantia Fundamental
BRASILEIRO (Art.3º)
1.2 Características:
- Metas (ações/verbos)
- historicidade: Direitos de 1º dimensão (liberdade civil e
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República políticas); 2º dimensão (igualdade material, direitos sociais
Federativa do Brasil: econômicos e culturais), 3º dimensão (solidariedade,
direitos difusos e coletivos).
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; -imprescritibilidade
II – garantir o desenvolvimento nacional; -universalidade
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as -inalienáveis
desigualdades sociais e regionais; -irrenunciáveis
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de - indelegáveis
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de -relativos
discriminação.
1.3 Aplicabilidade imediata (Art.5º, §1º)

8. PRINCÍPIOS REGENTES NAS RELAÇÕES 1.4 Enumeração aberta e interpretação (Art.5º, § 2º)
INTERNACIONAIS (Art.4º)
1.5 Tratados e convenções internacionais com força
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas de emenda Constitucional (Art. 5º, § 3º)
relações internacionais pelos seguintes princípios:
1.6 Tribunal Penal internacional (Art. 5º, 4º)
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos; - Estatuto de Roma – Decreto 4.388, de 25.09.2002:
III – autodeterminação dos povos; crimes de genocídio, os crimes contra a humanidade,
IV – não intervenção; os crimes de guerra e o crime de agressão de um país
a outro.
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz; 2. Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (art.5º)
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo; 2.1 Extensão dos Direitos e Garantias Fundamentais
IX – cooperação entre os povos para o progresso da
humanidade; - Brasileiros (Natos/Naturalizados)
X – concessão de asilo político.
-Estrangeiros residentes no país e de passagem.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará
a integração econômica, política, social e cultural dos povos - Pessoa jurídica pode ser titular de Direitos
da América Latina, visando à formação de uma comunidade Fundamentais?
latino-americana de nações.
3. Espécies:

- Direito à vida (art.5º, caput)


AULA 02
- Princípio da igualdade (art.5º, caput, I)
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
(Art.5ª ao 17) - Princípio da legalidade (art. 5º, II)

- Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (Art.5º) - Vedação à tortura e ao tratamento desumano ou


degradante (art. 5º, III)
- Direitos Sociais (Art.6º ao 11º)
- Liberdade de manifestação de pensamento (art.5º, IV
- Nacionalidade (Art. 12 e 13) e V)

- Direitos Políticos (Art. 14, 15 e 16) -Liberdade de consciência, crença e culto (art.5º,VI a
VIII)
- Organização dos Partidos Políticos (Art.17)
-Liberdade de atividade intelectual, artística, cientifica
* Rol exemplificativo. ou de comunicação. Indenização em caso de dano
(art.5º, IX e X)
1. Teoria Geral dos Direitos e Garantias Fundamentais
- Intimidade e vida privada e o sigilo bancário (art.5, X)
- Inviolabilidade domiciliar (art.5º, XI) - Praticas discriminatórias, crimes inafiançáveis e
insuscetíveis de graça ou anistia e crimes inafiançáveis
- Sigilo de correspondência, das comunicações e imprescritíveis (art. 5º, XLII, XLIII e XLIV)
telegráficas e das
-Regras constitucionais sobre as penas (art.5º, XLV a
XLVIII)
comunicações telefônicas (art. 5º, XII)
- Direitos assegurados aos presos (art.5º, XLIX, L, LXII)
- Liberdade de atuação profissional (art.5º, XIII)
- Regras sobre extradição (art.5º, LI e LII)
- Liberdade de informação (art. 5º, XIV e XXXIII)
- Presunção de inocência (não culpabilidade) (art.5º,
- Liberdade de locomoção (art.5º, XV e LXI) LVII)

- Direito de reunião (art.5º, XVI) - Regras sobre a prisão (art.5º, LXI, LXV, LXVI, LXVII)

- Identificação criminal (art.5º, LVIII)


- Direito de associação (art. 5º, XVII, XVIII, XIX, XX e
XXI) -Ação privada subsidiária da pública (art.5º, LIX)
- Direito de propriedade (art.5º, XXII, XXIII) - Devido processo legal, contraditório e ampla defesa
(art.5º, LIV e LV)
-Desapropriação (XXIV)
- Provas ilícitas (art.5º, LVI)
- Requisição Administrativa (XXV)
-Publicidade dos atos processuais e dever de
- Proteção constitucional ao bem de família rural motivação das decisões judiciais (art.5º, LX)
(XXVI)
- Assistência jurídica integral e gratuita (art.5º, LXXIV)
- Direito de herança e estatuto sucessório (art.5º, XXX
e XXXI) -Erro judiciário (art.5º, LXXV)

- Direitos autorais (art.5º, XXVII e XXVIII) - Gratuidade das certidões de nascimento e de óbito
(art.5º, LXXVI)
-Proteção à propriedade industrial (XXIX)
-Gratuidade nas ações de habeas corpus e habeas
- Defesa do consumidor (art.5º, XXXII) data (art.5º, LXXVII)

-Direito de petição e obtenção de certidões (art. 5º, - Celeridade processual (art.5º, LXXXV)
XXXIV)

- Princípio da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º,


XXXV) Aula 03 (Art.5ª, incisos LXVIII ao LXXIII)
- Limites à retroatividade da lei (art.5º, XXXVI) REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
-Princípio do promotor natural (art.5º, LIII)
- Habeas corpus (art.5º, LXVIII) – Ação Constitucional
- Princípio do juiz natural ou legal (art.5º, XXXVII e LIII) de Natureza Penal.

- Tribunal Penal Internacional- “TPI” (art.5º,§4º- EC - Breve histórico: “João Sem-Terra”-1215, Habeas
n.45/2014) Corpus Act- 1679, Código Criminal – 1830.

- Federalização dos crimes contra direitos humanos - Cabimento: (art.5º, LXVIII)- (lesão ou ameaça a
(art.109, V-A e §5º- Incidente de deslocamento de liberdade de locomoção).
competência – IDC
- Legitimado Ativo:
- Tribunal do Júri (art.5º, XXXVIII)
* Impetrante (autor): poderá ser qualquer pessoa física
- Segurança jurídica em matéria criminal (art.5º, XXXIX (nacional ou estrangeira), em sua própria defesa, em favor
a LXVII) e a teoria dos mandados expressos de de terceiro, podendo ser o Ministério Público ou mesmo
criminalização a luz dos direitos fundamentais. pessoa jurídica (mas, sempre em favor de pessoa física);
- Legalidade e anterioridade da lei penal incriminadora.
* Paciente: o indivíduo em favor do qual se impetra,
Irretroatividade da lei penal in pejus (art.5º, XXXIX e XL)
podendo ser o próprio impetrante.
- Legitimado Passivo (Impetrado): a autoridade que a Os fatos é que deverão ser líquidos e certos.
pratica a ilegalidade ou abuso de poder.
- autoridade coatora: podem figurar autoridades públicas - ilegalidade ou abuso de poder: o cabimento do
(situação mais comum) e pessoas privadas (como exemplo: mandado de segurança dá-se quando perpetrada
diretor de hospital privado que determina a retenção de ilegalidade ou abuso de poder por autoridade pública ou
paciente que se encontra internado até que seja paga a agente de pessoa jurídica no exercício do Poder Público.
conta).
- Legitimado ativo/sujeito ativo/impetrante: é o detentor
- Espécies: de “direito líquido e certo não amparado por habeas corpus
ou habeas data”.
a) Preventivo: quando alguém se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, - Pessoas físicas (brasileiras ou não, residentes ou não,
por ilegalidade ou abuso de poder (a restrição à locomoção domiciliadas ou não);
ainda não se consumou). – salvo conduto, para garantir
o livre trânsito de ir e vir. - Pessoas jurídicas; órgãos públicos despersonalizados
(MP/Defensoria/Mesas do Legislativo)- com capacidade
b) Repressivo: quando a constrição ao direito de processual.
locomoção já se consumou, estaremos diante do habeas
corpus liberatório ou repressivo, para cessar a -Legitimado passivo/sujeito passivo/ impetrado: é a
violência ou coação. autoridade coatora, responsável pela ilegalidade ou abuso
de poder, autoridade pública ou agente de pessoa
Procedimento e formalidades: referida ação poderá ser jurídica no exercício de atribuições do Poder Público,
formulada sem advogado, não tendo de obedecer a ou da qual emane a ordem para sua prática.
qualquer formalidade processual ou instrumental, sendo,
por força do art.5º, LXXVII, gratuita. - Espécies:

OBS: é cabível habeas corpus em relação a punições a) Preventivo: quando estivermos diante de ameaça à
disciplinares militares? Não. Art.142,§2º. violação de direito líquido e certo do impetrante. (concessão
de liminar);
- pressupostos de legalidade.
b) Repressivo: de ilegalidade ou abuso de poder já
-Mandado de Segurança (art.5º, LXIX) – Ação praticados.
Constitucional de Natureza Cível.
- Prazo decadencial: o prazo (decadencial) para
- Breve histórico: impetração de mandado de segurança é de 120 dias,
contado da ciência, pelo interessado, do ato a ser
- Constituição de 1934; Lei n. 12.016/2009. impugnado.

- Cabimento: (art.5º, LXIX) é uma ação constitucional de - Mandado de Segurança Coletivo (art.5º, LXX)
natureza civil, qualquer que seja a natureza do ato
impugnado, seja ele administrativo, seja ele judicial, - Cabimento: (art.5º, LXX)
criminal, eleitoral, trabalhista.
- Objeto: o mandado de segurança coletivo busca-se a
- “conceder-se-á mandado de segurança para proteger proteção de direito líquido e certo, não amparado por
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus habeas corpus ou habeas data (campo residual), contra
ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou atos ou omissões ilegais ou com abuso de poder de
abuso de poder for autoridade pública ou agente de autoridade, buscando a preservação (preventivo) ou a
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder reparação (repressivo) de interesses transindividuais,
Público”. sejam individuais homogêneos ou coletivos.

* Caráter residual: excluindo-se a proteção de direitos - Legitimidade Ativa (Impetrantes):


inerentes à liberdade de locomoção e ao acesso ou
retificação de informações relativas à pessoa do impetrante, a) partido político com representação no Congresso
constantes de registros ou bancos de dados de entidades Nacional;
governamentais ou de caráter público, através do mandado
de segurança busca-se a invalidação de atos de autoridade OBS: bastará a existência de um único parlamentar na
pública ou a supressão dos efeitos da omissão Câmara ou Senado, filiado ao partido, para que se configure
administrativa, geradores de lesão a direito liquido e certo, a “representação no Congresso Nacional”.
por ilegalidade ou abuso de poder.
- defesa dos seus interesses legítimos relativos:
- Direito Líquido e certo: é aquele que pode ser
demonstrado de plano mediante prova pré-constituída, 1- a seus integrantes;
sem a necessidade de dilação probatória. (prova pré-
constituída). 2-ou à finalidade partidária.
b) organização sindical, entidade de classe ou principal de constitucionalidade da omissão, empenhado na
associação, desde que estejam legalmente defesa objetiva da Constituição.
constituídas e em funcionamento há pelo menos 1 ano,
em defesa dos interesses de seus membros ou - Legitimidade Ativa: qualquer pessoa (física/jurídica)
associados. poderá impetrar o mandado de injunção, quando a falta de
norma regulamentadora estiver inviabilizando o exercício
Obs¹: o requisito de estarem em funcionamento há pelo de direitos, liberdades e prerrogativas inerentes à
menos 1 (um ano) é exclusivo das associações, não sendo nacionalidade, à soberania e a cidadania.
exigida referida pré-constituição anual para os partidos
políticos, organizações sindicais e entidades de classe. - Mandado de Injunção Coletivo: legitimados do Mandado
de Segurança Coletivo.
Obs²: é necessária a autorização dos membros ou
associados? - Legitimidade Passiva: somente a pessoa estatal poderá
ser demandada e nunca o particular (que não tem o dever
Não há necessidade de autorização específica dos de regulamentar a CRFB).
membros ou associados, desde que haja previsão expressa
no estatuto social. -Efeitos:

- Pertinência temática: (substituição processual-


legitimação extraordinária).

- Mandado de Injunção (art.5º, LXXI)

- Lei 13.300, de 23 de junho de 2016. (Mandado de Injunção


Individual/Coletivo).

- Juntamente com o Mandado de Segurança Coletivo e o


Habeas Data, foram incorporados na CRFB/88.

- Cabimento (art.5º, LXXI): “concederá mandado de


injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades
constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania”.
- Direito de Greve do Servidor Público.
- Norma Constitucional de eficácia limitada,
prescrevendo, direitos, liberdades constitucionais e O STF, em importante decisão, por unanimidade, declarou
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e a omissão legislativa e, por maioria, determinou a
à cidadania; aplicação, no que couber da lei de greve vigente no setor
privado, Lei n. 7.783/89.
- Falta de norma regulamentadora, tornando inviável o
exercício dos direitos, liberdades e prerrogativas acima A aplicação da lei não se restringiu aos impetrantes, mas a
mencionados (omissão do Poder Público). todo o funcionalismo público (sobre o exercício do direito de
greve pelos policiais civis, não reconhecidos pelo STF).
- Normas Constitucionais de eficácia social limitada
(mediata e reduzida): Assim, pode-se afirmar que o STF consagrou, em referido
julgamento e de modo excepcional, a posição concretista
a) normas constitucionais de eficácia limitada, geral.
declaratórias de princípios institutivos ou
organizativos: normalmente organizam órgãos (art.91, - Habeas Data (art.5º, LXXII)
125,§ 3º, 131...);
- Lei n.9.507/97.
b) normas declaratórias de princípios programáticos:
veiculam programas a serem implementados pelo - Cabimento (art.5º, LXXII): “conceder-se-á Habeas data
Estado (art.196, 215, 218, caput...). para assegurar o conhecimento de informações relativas à
pessoa do impetrante, constantes de registros públicos ou
Obs: O Mandado de Injunção foi concebido como banco de dados de entidades governamentais ou de caráter
instrumento de controle concreto ou incidental de público para retificação de dados, quando não se prefira
constitucionalidade da omissão, voltado à tutela de direitos fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
subjetivos.
- Acesso/Retificação/Complementação.
Obs: A Ação Direita de Inconstitucionalidade por omissão
foi ideada como instrumento de controle abstrato ou
Obs¹ essa garantia não se confunde com o direto de obter Entendemos que aquele entre 16 e 18 anos de idade, que
certidões (art.5º, XXXIV, “b”), ou informações de interesse tem título de eleitor, pode ajuizar a ação popular sem a
particular, coletivo ou geral (art.5º, XXXIII). necessidade de assistência, porém, sempre por advogado
(capacidade postulatória).
Havendo recusa no fornecimento de certidões o remédio
próprio é o mandado de segurança, e não o habeas data. Obs¹: O Ministério Público, parte pública autônoma,
funciona como fiscal da lei (de modo mais abrangente, o art.
- Legitimidade Ativa: qualquer pessoa física ou jurídica 179, caput, do CPC/2015, fala em “fiscal da ordem
poderá ajuizar a ação constitucional de habeas data para jurídica”), mas se o autor popular desistir da ação poderá
ter acesso às informações a seu respeito. (natureza (entendendo presentes os requisitos) promover o seu
personalíssima) prosseguimento (art. 9.º da lei).

- Legitimidade Passiva: o polo passivo será preenchido - Legitimidade Passiva:


de acordo com a natureza jurídica do banco de dados.
No polo passivo, de acordo com o art. 6.º da lei, que é
Em se tratando de registro ou bancos de dados de entidade extremamente minucioso, figurarão o agente que praticou o
governamental, o sujeito passivo será pessoa jurídica ato, a entidade lesada e os beneficiários do ato ou contrato
componente da administração direta ou indireta do Estado. lesivo ao patrimônio público.

I- as pessoas públicas ou privadas;


Na hipótese de registro ou banco de dados de entidade de II- as autoridades, funcionários ou administradores que
caráter público a entidade que não é governamental, mas houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o
de fato, privada, figurará no polo passivo da ação (ex: SPC- ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado
entidade de caráter público). oportunidade à lesão;
III- os beneficiários diretos do mesmo.
- Gratuidade.
-Custas judiciais:
- Ação Popular (art. 5º, LXXIII)
O autor da ação popular é isento de custas judiciais e do
- Lei 4717/65 (Lei de Ação Popular) ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé.
- Cabimento (art. 5º, LXXIII): “qualquer cidadão é parte AULA 04
legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado DIREITOS SOCIAIS (Art. 6 ao 11)
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e
ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência”.

- Democracia Direta:

Assim como o voto, a iniciativa popular, o plebiscito e o


referendo, a ação popular, corroborando o preceituado no
art. 1.º, parágrafo único, da CF/88, constitui importante
instrumento da democracia direta e participação política.

Busca-se a proteção da res publica, ou, utilizando uma


nomenclatura mais atualizada, tem por escopo a proteção
dos interesses difusos.

-Legitimidade ativa:

Somente poderá ser autor da ação popular o cidadão,


assim considerado o brasileiro nato ou naturalizado,
desde que esteja no pleno gozo de seus direitos - Aspectos Gerais:
políticos, provada tal situação (e como requisito essencial
Nos termos do art. 6.º, na redação dada pelas ECs ns.
da inicial) pelo título de eleitor, ou documento que a ele
26/2000, 64/2010 e 90/2015, são direitos sociais a
corresponda (art. 1.º, § 3.º, da Lei n. 4.717/65).
educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a
Assim, excluem-se do polo ativo os estrangeiros, os
previdência social, a proteção à maternidade e à
apátridas, as pessoas jurídicas (vide Súmula 365 do STF) e
infância, a assistência aos desamparados, na forma
mesmo os brasileiros que estiverem com os seus direitos
desta Constituição.
políticos suspensos ou perdidos (art. 15 da CF/88).
Trata-se de desdobramento da perspectiva de um Estado 2. ESPÉCIES DE NACIONALIDADE E CRITÉRIOS PARA
Social de Direito, tendo como documentos marcantes a SUA AQUISIÇÃO:
Constituição mexicana de 1917, a de Weimar, na
- Espécies:
Alemanha, de 1919, e, no Brasil, a de 1934.
a) primária ou originária (involuntária): é imposta, de
Sem dúvida, os direitos sociais previstos no art. 6.º
maneira unilateral, independentemente da vontade do
caracterizam-se como o conteúdo da ordem social, que
indivíduo.
aparece bem delimitada em um título próprio da
Constituição. b) secundária ou adquirida (voluntária): é aquela que se
adquire por vontade própria do individuo, depois do
Assim, os direitos sociais, direitos de segunda dimensão,
nascimento, normalmente pela naturalização.
apresentam-se como prestações positivas a serem
implementadas pelo Estado (Social de Direito) e tendem a - Critérios:
concretizar a perspectiva de uma isonomia substancial e
social na busca de melhores e adequadas condições de a) ius sanguinis (sangue): o que interessa para a
vida, estando, ainda, consagrados como fundamentos da aquisição da nacionalidade é o sangue, a filiação, a
República Federativa do Brasil (art. 1.º, IV, da CF/88). ascendência, pouco importando onde o indivíduo nasceu.
Enquanto direitos fundamentais (alocados no Título II da b) ius solis (território): ou critério da territorialidade, vale
CF/88), os direitos sociais têm aplicação imediata (art. 5.º, dizer o que importa para a definição e a aquisição da
§ 1.º) e podem ser implementados, no caso de omissão nacionalidade é o local do nascimento, e não a
legislativa, pelas técnicas de controle, quais sejam, o descendência.
mandado de injunção ou a ADO (ação direta de
inconstitucionalidade por omissão). 3- BRASILEIRO NATO

- Direitos Relativos aos trabalhadores:

- ius solius (art.12, I, “a”): qualquer pessoa que nascer no


território brasileiro (República Federativa do Brasil), mesmo
que seja filho de pais estrangeiros. Os pais estrangeiros, no
entanto, não podem estar a serviço do seu pais de origem.

- Mínimo existencial: concretização dos direitos sociais e a - ius sanguinis + serviço do Brasil (art.12, I, “b”): e se o
implementação de políticas públicas. nascimento se der fora do Brasil? Serão considerados natos
os que, mesmo nascidos no estrangeiro, sejam filhos de pai
- Reserva do possível. ou mãe brasileiros, e qualquer deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil (administração direto-
indireta).
NACIONALIDADE (Art. 12 e 13) - ius sanguinis + registro (art. 12, I, “c”, primeira parte):
se o nascimento não ocorrer no Brasil, filhos de pai ou mãe
1- CONCEITO: vínculo jurídico-político que liga o
brasileira e os pais não estiverem a serviço do país?
indivíduo a determinado Estado, fazendo que esse
indivíduo passe a integrar o povo daquele Estado. Será brasileiro nato, pelo simples ato de registro em
repartição brasileira competente.
-Povo: conjunto de pessoas que fazem parte do Estado- o
seu elemento humano, unido ao Estado pelo vínculo - ius sanguinis + opção confirmativa (potestativa)
jurídico-político da nacionalidade; (art.12, I, “c”, segunda parte): o filho de pai brasileiro ou
de mãe brasileira, que não estejam a serviço do Brasil e
-População: conjunto de residentes no território (nacionais,
optar, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
estrangeiros)- critério estatístico;
pela nacionalidade brasileira. (nacionalidade potestativa)
-Nacionalidade: vínculo-jurídico político;
4- BRASILEIRO NATURALIZADO (Secundária)
- Cidadania: tem por pressuposto a nacionalidade, que é
mais ampla que a cidadania, caracterizando-se como a
titularidade de direitos políticos de votar e ser votado.
somente nas hipóteses taxativamente previstas na
Constituição, quais sejam:

- CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS NATOS (art.


12, § 3.º, da CF/88)

O art. 12, § 3.º, da CF/88 estabelece que alguns cargos


serão ocupados somente por brasileiros natos, fazendo
expressa diferenciação em relação aos brasileiros
naturalizados, fato esse perfeitamente possível, já que
- Naturalização (ordinária): introduzido pelo poder constituinte originário.

* estrangeiros não originários de países de língua Assim, são cargos privativos de brasileiro nato os
portuguesa e apátridas (art.12, II, “a”, primeira parte): cargos:
naturalizar-se-ão brasileiros de acordo com critérios
definidos em lei. (Estatuto dos estrangeiros- Lei n.6.815/80) ■ de Presidente e Vice-Presidente da República;

* estrangeiros de países de língua portuguesa (art.12, II, ■ de Presidente da Câmara dos Deputados;
“a”, segunda parte):
■ de Presidente do Senado Federal;
a) residência por um ano ininterrupto e;
■ de Ministro do STF;
b) idoneidade moral.
■ da carreira diplomática;
- Naturalização extraordinária ou quinzenária (art.12, II,
■ de oficial das Forças Armadas;
“b”): dar-se-á quando os estrangeiros, de qualquer
nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil ■ de Ministro de Estado da Defesa.
há mais de 15 anos ininterrupta e sem condenação
penal, requisitarem a nacionalidade brasileira. (MP3.COM) + 6 - CONSELHO DA REPÚBLICA (ART.89):
seis cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos de
5- QUASE NACIONALIDADE – PORTUGUESES idade, sendo 2 nomeados dos pelo Presidente da
EQUIPARADOS – ART.12, § 1º- RECIPROCIDADE República, 2 eleitos pelo Senado Federal e 2 eleitos pela
Câmara dos Deputados, todos com mandato de 3 anos,
Os portugueses, como originários de língua portuguesa,
vedada a recondução.
enquadram-se na regra do art.12, II, “a”, ou seja, podem
naturalizar-se brasileiros bastando que tenham residência - PROPRIEDADE DE EMPRESA JORNALÍSTICA E DE
por um ano ininterrupto e idoneidade moral. RADIODIFUSÃO SONORA E DE SONS E IMAGENS
(ART. 222, CAPUT, DA CF/88)
Outrossim, temos a hipótese dos portugueses com
residência permanente no Brasil que queiram continuar - EXTRADIÇÃO PASSIVA: BRASILEIRO NATO X
com a nacionalidade portuguesa (estrangeiros) e não façam BRASILEIRO NATURALIZADO
a opção pela naturalização brasileira.
De acordo com o art. 5.º, LI, o brasileiro nato nunca
Havendo reciprocidade em favor de brasileiro, serão poderá ser extraditado (estamos nos referindo à
atribuídos aos portugueses com residência permanente no extradição passiva).
Brasil, os mesmos direitos inerentes ao brasileiro
(naturalizado). Já o naturalizado poderá ser extraditado em duas
situações:
 Cláusula de reciprocidade, assegurada pelo
Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre - ATIVIDADE NOCIVA AO INTERESSE NACIONAL
a República Federativa do Brasil e a República (ART.12, §4º. I)
Portuguesa.
■ crime comum: o naturalizado poderá ser extraditado
6. A LEI PODERÁ ESTABELCER DISTINÇÕES ENTRE somente se praticou o crime comum antes da
BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS? naturalização;

De maneira coerente com o princípio da igualdade ■ tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins: no caso
(isonomia), a CF vedou qualquer possibilidade de se de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
estabelecer por lei distinção entre brasileiros natos e entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, o brasileiro
naturalizados, ressalvados os casos previstos pela própria naturalizado poderá ser extraditado, não importando o
Constituição (art. 12, § 2.º). momento da prática do fato típico, seja antes, seja depois
da naturalização.
Assim: regra geral não se pode diferenciar o brasileiro nato
do naturalizado. A diferenciação poderá ser feita 7- PERDA DA NACIONALIDADE

Hipóteses de perda da nacionalidade:


As hipóteses de perda da nacionalidade estão AULA 05
taxativamente previstas na CF/88, nos incisos I e II do §
DIREITOS POLÍTICOS E PARTIDOS POLÍTICOS
4.º do art. 12.
(Art.14 a 17)
Assim, os pressupostos para declaração da perda da
nacionalidade são:
1- CONCEITO: são prerrogativas relacionadas à
■ cancelamento da naturalização por sentença judicial, cidadania, isso é atributo assegurado a uma determinada
em virtude de atividade nociva ao interesse nacional (art. categoria de nacionais, os cidadãos, que oportunizam a
12, § 4.º, I); (brasileiro naturalizado) participação no Governo do país.

■ aquisição de outra nacionalidade (art. 12, § 4.º, II). - Art. 1º,§único: “Todo poder emana do povo...”.
(brasileiro nato/naturalizado)
-Democracia Direta: (Sufrágio Universal, Voto, Plebiscito,
- Exceções: Referendo, Lei de Iniciativa Popular e a Ação Popular);

O art. 12, § 4.º, II, estabeleceu duas hipóteses em que a -Democracia Indireta: representantes eleitos.
aquisição de outra nacionalidade (dupla nacionalidade) não
* Democracia Representativa ou Participativa/Soberania
implicará a perda da brasileira. São elas:
Popular.
■ reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
2- CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS POÍTICOS:
estrangeira: trata-se do reconhecimento da nacionalidade
originária, ou seja, aquela adquirida com o nascimento 2.1 DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS:
(primária).
- Capacidade Eleitoral Ativa (direito de votar, capacidade
Ex.: o indivíduo que nasceu no território brasileiro, filho de de ser eleitor, alistabilidade);
italianos que estavam em férias no Brasil (obs.: não se
encontravam a serviço da Itália), será brasileiro nato (art. -Capacidade Eleitoral Passiva (direito de ser votado,
12, I, “a” — ius solis) e poderá adquirir a nacionalidade elegibilidade).
italiana (ius sanguinis) sem perder a brasileira;
2.2 CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA
■ imposição de naturalização pela norma estrangeira: o
brasileiro residente em Estado estrangeiro e, como - O exercício do sufrágio ativo dá-se pelo voto, que
condição para sua permanência naquele país (por motivo pressupõe:
de trabalho, exercício profissional), ou para o exercício de
direitos civis (herança, por exemplo), tiver, por imposição da a) alistamento eleitoral na forma da lei (título de eleitor);
norma estrangeira, de se naturalizar, não perderá a
nacionalidade brasileira. b) nacionalidade brasileira (portanto, não podem alistar-se
como eleitores os estrangeiros- (art.14, §2º);
- REAQUISIÇÃO DA NACIONALIDADE BRASILEIRA
PERDIDA - exceção: português equiparado (reciprocidade; art.12,
§1º).
Cancelada a naturalização por sentença judicial, em virtude
de atividade nociva ao interesse nacional (art. 12, § 4.º, I), c) idade mínima de 16 anos (art.14, §1º, II, “c”) e;
ou perdida a nacionalidade (primária ou secundária) em
decorrência da aquisição de outra nacionalidade fora dos d) não ser conscrito durante o serviço militar obrigatório.
permissivos constitucionais (art. 12, § 4.º, II), seria possível
3. OBRIGATORIEDADE DO ALISTAMENTO
readquiri-las?
ELEITORAL E VOTO:
■ cancelamento da naturalização: não poderá readquiri-
la, a não ser mediante ação rescisória, nunca por meio de 3.1 Obrigatórios: maiores de 18 e menores de 70 anos
de idade.
um novo processo de naturalização, sob pena de
contrariedade ao texto constitucional; 3.2 Facultativos: maiores de 16 anos e menores de 18
anos de idade; maiores de 70 anos de idade e
■ aquisição de outra nacionalidade: o art. 36 da Lei n.
analfabetos.
818/49 prevê a possibilidade de reaquisição por decreto
presidencial, se o ex-brasileiro estiver domiciliado no Brasil.
4. CARACTERÍSTICAS DO VOTO
Entendemos, contudo, que tal dispositivo só terá validade - Direto: no sentido de que o cidadão vota diretamente no
se a reaquisição não contrariar os dispositivos candidato, sem qualquer intermediário. – exceção: eleição
constitucionais e, ainda, se existirem elementos que indireta (art.81,§1º);
atribuam nacionalidade ao interessado.
-Secreto: na medida em que não se dá publicidade da
opção do eleitor, mantendo-se em sigilo absoluto;
-Universal: seu exercício não está ligado a nenhuma 8.1 CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE (Art.14,§ 3º).
condição discriminatória. O voto no Brasil não é restrito, por
- nacionalidade brasileira;
não ser censitário (qualificação econômica) nem capacitário
(capacitações especiais, notadamente natureza -pleno exercício dos direitos políticos;
intelectual).
-alistamento eleitoral;
- Periódico: já que a democracia representativa prevê e
exige mandatos por prazo determinado; -domicílio eleitoral na circunscrição;
- Livre: a escolha é livre. -filiação partidária;
- Personalíssimo: não é aceito voto por procuração. -idade mínima de acordo com o cargo ao qual se candidata.
- Igualitário: “um homem um voto”. 8.2 IDADE MÍNIMA: (na data da posse)
* Cláusula Pétrea: “voto direto, secreto, universal e - 35 anos para Presidente, Vice-Presidente da República e
periódico”- art.60, §4º, II). Senador;
5. AÇÃO POPULAR: em conformidade com o art. 5°, -30 anos para Governador e Vice- Governador de Estado e
LXXIII, CF/88, só o cidadão – o nacional que está no pleno do Distrito Federal;
gozo dos direitos políticos - é parte legítima para propor
referida ação, no intuito de tutelar o patrimônio público -21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou
material e o imaterial, solicitando a anulação de ato lesivo Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz;
ao erário ou a entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao - 18 anos para Vereador.
patrimônio histórico e cultural.
9. DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS: são formulações
6. LEI DE INICIATIVA POPULAR: (art.61,§2º): a iniciativa Constitucionais e legais restritivas e impeditivas das
popular para apresentação de projetos de leis (ordinárias ou atividades político-partidárias, privando o cidadão do
complementares). Na esfera federal, a prerrogativa exercício de seus direitos políticos, bem como o impedindo
constitucional que a população tem de dar início a um de eleger um candidato (capacidade eleitoral ativa) ou de
projeto de lei é exercida mediante apresentação, à Câmara ser eleito (capacidade eleitoral passiva).
dos Deputados, de projeto de lei subscrito por, no mínimo,
um por 1% do eleitorado nacional, distribuído por pelo - inelegibilidade;
menos cinco Estados, com não menos de três décimos por
cento do número local de eleitores de cada um deles. - perda/suspensão dos direitos políticos.·.

7. PLEBISCITO/REFERENDO: Tanto o plebiscito quanto o 9.1 INELEGIBILIDADE: (Art.14,§§ 4º a 8º) são


referendo são mecanismos de (consulta popular) acerca circunstâncias (constitucionais ou previstas em lei
de matérias relevantes de natureza constitucional, complementar) que impedem o cidadão do exercício total
legislativa ou administrativa (are. 2° Lei nº 9.709/ 1998) e ou parcial da capacidade eleitoral passiva, ou seja, da
importantes institutos da democracia. capacidade de eleger-se.

A diferença de destaque entre eles relaciona-se com o 9.2 INELEGIBILIDADE ABSOLUTA: impedimento
momento em que os cidadãos são acionados: enquanto eleitoral para qualquer cargo eletivo, taxativamente
o plebiscito é convocado com anterioridade ao ato previstas na CF/88): de acordo com o art.14,§ 4º, são
legislativo ou administrativo, cabendo aos cidadãos, por absolutamente inelegíveis, ou seja, não podem exercer a
meio do voto, aprovar ou denegar o que lhes tenha sido capacidade eleitoral passiva, em relação a qualquer cargo
submetido (art. 2°, § 1°, Lei nº 9.709/1998), o referendo é eletivo, o:
convocado com posterioridade ao ato legislativo ou
* inalistável: (estrangeiros e conscritos)
administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação
ou rejeição da proposta apresentada pelo poder público (art. * analfabetos: o analfabeto tem direito à alistabilidade e,
2°, § 2°, Lei nº 9.709/ 1998). portanto, direito de votar, mas não pode ser eleito, pois não
possui capacidade eleitoral passiva.
- Art.18: (Fusão/Cisão/Desmembramento de Estados e
Municípios) 9.3 INELEGIBILIDADE RELATIVA: impedimento eleitoral
- A autorização para a realização de referendos e a para algum cargo eletivo ou mandato, em função de
convocação de plebiscito se faz por decreto legislativo - situações em que se encontre o cidadão candidato,
previstas na CF/88- art. 14,§§ 5º a 8º)- ou em Lei
ato normativo expedido pelo Congresso Nacional conforme
Complementar- art.14, §9º).
preceitua o art. 49, XV, CF/88.

8. CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA: é a - Vedação ao terceiro mandato consecutivo-


possibilidade de eleger-se concorrendo a um mandato (art.14,§º5). Inelegibilidade relativa em razão da função
eletivo. (ser votado).
exercida (por motivos funcionais); reeleição para os cargos - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou
do executivo – para um único período subsequente. prestação alternativa. (suspensão).

- Desincompatibilização -(art.14,§6º). Inelegibilidade 11. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE (OU


relativa em razão da função para concorrer a outros ANUALIDADE) ELEITORAL (art. 16)
cargos; os chefes do Poder Executivo, deverão se afastar
- segurança jurídica;
dos cargos até seis meses antes do pleito, caso queiram
- garantia individual;
concorrer a outro cargo eletivo, não sendo exigida para
- cláusula pétrea.
concorrerem à reeleição.

* proteção à moralidade e probidade administrativa, contra


12. PARTIDOS POLÍTICOS
o poder econômico ou abuso do exercício de função.
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção
- Inelegibilidade reflexa (art.14,§7º). Inelegibilidade
de partidos políticos, resguardados a soberania
relativa em razão do parentesco são inelegíveis, no
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os
território da circunscrição do titular, o cônjuge e os
direitos fundamentais da pessoa humana e observados
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou
os seguintes preceitos: Regulamento
por adoção, do:
I - caráter nacional;
- Presidente da República;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros
- Governador de Estado, Território ou do Distrito Federal;
de entidade ou governo estrangeiros ou de
- Prefeito; subordinação a estes;

- ou quem haja substituído dentro dos 6 seis meses III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
candidato à reeleição.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia
- Militares: (art.14,§ 8º), o militar alistável é elegível. Para
para definir sua estrutura interna, organização e
tanto, deverá atender às seguintes condições:
funcionamento, devendo seus estatutos estabelecer
* menos de 10 anos de serviço: deverá afastar-se normas de fidelidade e disciplina partidárias.
(definitivamente) da atividade;
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia
* mais de 10 anos de serviço: será agregado pela para definir sua estrutura interna e estabelecer regras
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, sobre escolha, formação e duração de seus órgãos
no ato da diplomação, para a inatividade. permanentes e provisórios e sobre sua organização e
funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o
- Inelegibilidade prevista em lei complementar (art.14,§ regime de suas coligações nas eleições majoritárias,
9º). vedada a sua celebração nas eleições proporcionais,
sem obrigatoriedade de vinculação entre as
Lei Complementar n.135/2010: “Lei de Ficha Suja”. candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas
-AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO (art. de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela
14,§§ 10º e 11º) Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

10. PRIVAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS- (perda e § 2º Os partidos políticos, após adquirirem
suspensão) personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão
seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
10.1 PERDA (DEFINITIVA): (arts. 15, I e IV e 12, §4º., II)
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo
* cancelamento da naturalização por sentença partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na
transitada em julgado; forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de
* perda da nacionalidade brasileira em virtude de 2017)
aquisição de outra nacionalidade.
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos
10.2 SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS (art. 15, Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos
II, III e V) válidos, distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois
- incapacidade civil absoluta; por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
-condenação criminal transitada em julgado;

- improbidade administrativa (art.37,§4º);


II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados A União, pessoa jurídica de direito público interno é parte
Federais distribuídos em pelo menos um terço das integrante da federação brasileira dotada de autonomia, na
unidades da Federação. (Incluído pela Emenda medida em que possui capacidade de auto- organização
Constitucional nº 97, de 2017) (Constituição Federal), autogoverno (arts. 44, 76 e 92),
autolegislação (art. 22) e autoadministração (art. 20).
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de Ademais, a União representa internacionalmente a
organização paramilitar. República Federativa do Brasil, legítima detentora da
soberania do Estado Brasileiro.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os
requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado Em outras palavras, as competências internacionais da
o mandato e facultada a filiação, sem perda do República Federativa do Brasil, entidade que congrega a
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os
sendo essa filiação considerada para fins de Municípios, são exercidas pela União, que age em nome
distribuição dos recursos do fundo partidário e de da federação (exemplos: art. 21, I a IV).
acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017). - Auto-organização (Constituição Federal),

- Autogoverno (arts. 44, 76 e 92);

AULA 06 - Autolegislação (art. 22) e;

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO (Art. 18 ao 43) - Autoadministração (art. 20).

3.1 BENS DA UNÃO

1- ORGANIZAÇÃO DO ESTADO (art.18 ao art. 43) Os bens que constitucionalmente pertencem à União no
contexto de sua autoadministração estão elencados no art.
Estado: povo, território, Governo-soberano, finalidade. 20, que, por importante, transcreve-se:

1.1 Da Organização Político-Administrativa (art.18 e 19) Art. 20. São bens da União:

-Forma de Governo: República I – os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a
ser atribuídos;
-Forma de Estado: Federação
II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das
- Sistema de Governo: Presidencialista fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias
federais de comunicação e à preservação ambiental,
- Regime Político: Democrático definidas em lei;

República Federativa do Brasil (Pessoa Jurídica de Direito III – os lagos, rios e quaisquer correntes de água em
Público Externo- Soberania). terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um
Estado, sirvam de limites com outros países, ou se
Entes Federados: União, Estados, Distrito Federal e estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem
Municípios (Autonomia: Governamental, Legislativa e como os terrenos marginais e as praias fluviais;
Administrativa).
IV – as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com
- Vedado o direito de Secessão. outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as
costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de
 Territórios Federais (art.33) Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço
público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art.
2- VEDAÇÕES AOS ENTES FEDERADOS (art.19) 26, II;
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito V – os recursos naturais da plataforma continental e da
Federal e aos Municípios: zona econômica exclusiva;
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná- VI – o mar territorial;
los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles
ou seus representantes relações de dependência ou VII – os terrenos de marinha e seus acrescidos;
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de
interesse público; VIII – os potenciais de energia hidráulica;

II – recusar fé aos documentos públicos; IX – os recursos minerais, inclusive os do subsolo;

III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre X – as cavidades naturais subterrâneas e os sítios
si. arqueológicos e pré-históricos;

3. UNIÃO: XI – as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.


§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao São requisitos para criação, fusão e desmembramento de
Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da Estados:
administração direta da União, participação no resultado da
 Plebiscito da população diretamente interessada;
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos
para fins de geração de energia elétrica e de outros  Lei complementar do Congresso Nacional.
recursos minerais no respectivo território, plataforma
5. COMPETÊNCIA
continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou
compensação financeira por essa exploração. 5.1 CONCEITO: é a aptidão para a prática de determinada
conduta.
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura,
ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de 5.2 ESPÉCIES
fronteira, é considerada fundamental para defesa do
território nacional, e sua ocupação e utilização serão - Competência Exclusiva: Indelegável
reguladas em lei.
-Competência Privativa: Delegável nos termos da
4. Estados-membros Constituição
Os Estados-membros são pessoas jurídicas de direito 5.3 NATUREZA:
público interno dotados de autonomia, em razão da
capacidade de auto-organização (art. 25, caput), - Legislativa (Legislar)
autoadministração (art. 26), autogoverno (arts. 27, 28 e
125) e autolegislação (art. 25, §§ 1º, 2º e 3º). -Administrativa /Executiva/Material (Ações Administrativas)
“verbos”
- Autogoverno (arts. 27, 28 e 125);
6- UNIÃO
- Autolegislação (art. 25, §§ 1º, 2º e 3º);
- Competência Exclusiva (Administrativa)- (Art.21)
- Auto-organização (art. 25, caput);
- Competência Privativa (Legislativa) – (Art.22)
- Autoadministração (art. 26);
* Competência Legislativa Delegada aos Estados-
- Autonomia tributária, financeira e orçamentária (art.22,§ único)- Lei Complementar poderá autorizar os
(art.125). Estados a legislar sobre questões específicas.

7- UNIÃO/ESTADOS/DF/MUNICÍPIOS

4.1 BENS DOS ESTADOS-membros - Competência Comum/Administrativa (art.23)

À luz do art. 26, incluem-se entre os bens dos Estados: - Normas de Cooperação Mútua (art.23,§ único)

I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, 8. UNIÃO/ESTADOS/DF


emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na
forma da lei, as decorrentes de obras da União; - Competência Concorrente Legislativa (art.24)

II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que *Competência conjunta.


estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio
da União, Municípios ou terceiros; - art.24,§1º- A União estabelecerá normas gerais.

III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; -art. 24,§2º- A competência da União para legislar sobre
normas gerais não exclui a competência suplementar dos
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da Estados.
União.
-art. 24,§3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os
Estados exercerão competência legislativa plena.

4.2 Criação de Estados e Territórios- art. 18 §3 da - art. 24,§ 4º- A superveniência de lei federal sobre normas
CRFB/88. gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for
contrario.
Como já mencionado, não é permitido o direito de
secessão; o pacto federativo é indissolúvel, não se admite 9. COMPETÊNCIA DOS ESTADOS-MEMBROS
que um Estado forme um novo país. Mas permite-se criação
de novos Estados, fusão e desmembramento de Estados. -Art. 25, Poder Constituinte Derivado Decorrente;

- Art. 25, § 1º- Competência


residual/subsidiária/remanescente.
- Art. 25, §2º- Competência expressa para explorar serviço Sistema eleitoral:
público de gás canalizado.
- proporcional: Legislativo – Senador da República
- Art. 25, §3º- Competência expressa para instituir regiões
- Majoritário: Executivo + Senador da República
metropolitanas.
2.2 Estados: (art.27)
- Competência Comum/Administrativa (art.23)
Assembleia Legislativa (Deputados Estaduais)
- Competência Legislativa Concorrente (art.24)
* Unicameral
-Competência Legislativa Delegada (art.22, parágrafo
único) 2.3 Municípios: (art.29)
10. COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS Câmara Municipal (Vereadores)
- Art.29, Poder Legislativo Constituído (Lei Orgânica * Unicameral
Municipal)
2.4 DF: (art.33)
- Art. 30, I – Competência Expressa (interesse local)
Câmara Legislativa (Deputados Distritais)
- Art. 30, II- Competência Suplementar de legislação
federal e estadual. * Unicameral
- Art. 30, III- Competência Tributária. 3. Atribuições do Congresso Nacional:
-Competência Comum/Administrativa (art.23) 3.1 Competência Legislativa do Congresso Nacional
(sanção do Presidente- art.48)
11. COMPETÊNCIA DO DISTRITO FEDERAL
3.2 Competência exclusiva (política própria) do Congresso
* DF “Híbrido”. Nacional (decretos legislativos- art.49)
- Art. 32, §1º - Competência Cumulativa. 3.3 Competência privativa da Câmara dos Deputados
(resoluções- art.51)

3.4 Competência privativa do Senado Federal


AULA 07
(resoluções- art.52)
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES (art.44 ao 126)
4. Estatuto dos Congressistas (art.53/56)

4.1 Imunidades Parlamentares (art.53)


1. Tripartição dos Poderes:
* Imunidade Material: opiniões, palavras e votos.
- Poder Uno e Indivisível;
* Imunidade Formal: prisão/processo.
- Função Legislativa; Executiva e Judiciária;
4.2 Vedações ao Parlamentar:
- Funções Típicas/Atípicas.
* Desde a expedição do diploma (art.54, I);
- Poder Legislativo (art. 44/75)
* Desde a posse (art.54, II).
-Poder Executivo (art.76/91)
4.3 Perda do Mandato: (art.55)
-Poder Judiciário (art.92/126)
* Cassação: (art.55, I, II e VI)
2. Poder Legislativo (art. 44/75)
* Extinção: (art.55, III, IV e V)
2.1 União:
5. Comissões (art. 58)
* Congresso Nacional (art.44/47)
- Permanentes;
Bicameral: Câmara dos Deputados (povo) + Senado
- Temporárias;
Federal (Estados)
- Comissões Parlamentares de Inquérito (art.58,§3º)
Mandato: 4 anos Deputado Federal; 8 anos Senador da
República; 6. Processo Legislativo (art. 59/69)
Legislatura: 4 anos.
7. Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária 3. Sistema Majoritário (art.77, §2º)
(art.70/75)
4. Posse/Mandato/Ausência do país (art.78 e 82)
- Tribunais de Contas.
4.1 Posse: sessão conjunta no Congresso Nacional.

- cargo vago: Parágrafo único do art.78.


AULA 08
4.2 Mandato: 4 anos, início em primeiro de janeiro do ano
Poder Executivo (art.76/91) seguinte a sua eleição.

4.3 Ausência do país por mais de 15 (quinze) dias:


(art.83)
1- Presidente e Vice-Presidente da República
5. Impedimento Temporário/Vacância:
1.1 Sistema de Governo Presidencialista: Chefe de
Estado/Chefe de Governo Poderá o Vice-Presidente substituir (no caso de
impedimento) ou suceder (no caso de vacância) o
Como chefe de Governo, gerencia os negócios políticos e Presidente da República. Com efeito, a vacância é o
administrativos internos (exemplos: art. 84, I, III, IV, V, IX, afastamento definitivo do exercício do cargo; como
X, XI, XIII). Como chefe de Estado, representa a República exemplos, podemos citar os casos de morte do Presidente
Federativa do Brasil nas suas relações internacionais da República, condenação pela prática de crime de
(exemplos: art. 84, VII, VIII, XIX, XX, XXII). responsabilidade (arts. 85 e 86), renúncia, suspensão dos
direitos políticos (art. 15).
Como função típica, compete ao Poder Executivo
administrar a coisa pública; atipicamente, legisla O impedimento, por sua vez, possui caráter temporário;
(medidas provisórias, leis delegadas e decretos os exemplos são viagens, férias, licença para tratamento de
autônomos) e julga (processos administrativos). saúde etc. – aqui haverá a substituição (art. 79).

O Poder Executivo, em âmbito federal, é exercido pelo 5.1 Vacância do cargo de Presidente e Vice-Presidente
Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de da República (art.80/81)
Estado e, nos demais entes federativos, pelos
Governadores (Estados-membros e Distrito Federal) e - Eleições Diretas; 90 dias;
Prefeitos (Municípios), auxiliados por seus Secretários.
- Eleições Indiretas; 30 dias.
1.2 União: Presidente da República/ Vice-Presidente da
- Mandato Tampão. (art.81§2º)
República (art.76)
6. Atribuições do Presidente da República (art.84)
1.3 Estados-Membros: Governadores (art.28)
Recomenda-se a leitura integral do art. 84, com especial
1.4 Distrito Federal: Governador (art.32, §2º)
atenção ao seu parágrafo único, que traz hipóteses de
1.5 Municípios: Prefeito (art.29, inciso II) delegação de atribuições do Presidente da República aos
Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República e
ao Advogado-Geral da União.

2. Eleições (art.77) 7. Crimes de responsabilidade e crimes comuns


(art.85/86)
No 1º domingo de outubro (1º turno) e no último domingo
de outubro (2º turno, se houver) do ano anterior ao do Os crimes de responsabilidade (também chamados de
término do mandato. impeachment ou impedimento) são infrações político
administrativas cometidas no desempenho de funções
A eleição do Presidente importará a do Vice-Presidente. políticas, definidas por lei especial federal.
Eleito Presidente o candidato que obtiver a maioria absoluta
dos votos válidos (não computados os brancos e os nulos). Segundo o que dispõe o art. 85: “são crimes de
responsabilidade os atos do Presidente da República que
Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta: nova atentem contra a Constituição Federal e, especialmente,
eleição, concorrendo os 2 mais votados e considerando-se contra:
eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
I – a existência da União;
Se antes do 2º turno ocorrer morte, desistência ou
impedimento legal de candidato, convocar-se-á o de maior II – o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder
votação. Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;
Se houver empate no segundo lugar: vai o mais idoso.
III – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV – a segurança interna do País; Não se tratará, portanto, de inquérito policial, mas sim de
inquérito judicial presidido por um dos Ministros da Corte.
V – a probidade na administração;
Segundo o art. 86, § 1º, I e II, o Presidente ficará
VI – a lei orçamentária; suspenso por 180 dias de suas funções:

VII– o cumprimento das leis e das decisões judiciais. a) nos julgamentos por crimes de responsabilidade – após
a instauração do processo pelo Senado Federal;
Esse rol trazido pela Constituição é meramente
exemplificativo, uma vez que o próprio parágrafo único do b) nos julgamentos por infração penal comum – após o
art. 85 dispõe que “esses crimes serão definidos em lei recebimento da denúncia (ação penal pública) ou da
especial”. queixa-crime (ação penal privada) pelo STF.

Esta lei especial é a Lei 1.079, de 1950, que define os Depois de decorridos os 180 dias, cessará o afastamento,
crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo se o julgamento não estiver concluído, retornando o
de julgamento. A citada Lei, segundo o STF, foi Presidente da República ao exercício do cargo, sem
recepcionada com modificações decorrentes do advento da prejuízo da continuação do processo (art. 86, § 2º).
atual Constituição.
Com o advento da sentença penal condenatória com
7.1 Do processo e Julgamento (art.86, art.51, inciso I e trânsito em julgado, independentemente da pena cominada,
art.52, inciso II) os direitos políticos do Presidente serão suspensos,
enquanto durarem os efeitos da reprimenda (art. 15, III).
De acordo com o art. 86, caput, o Presidente da República Nessa situação, o Presidente poderá ser preso (art. 86, §
será processado e julgado por crimes de 3º).
responsabilidade perante o Senado Federal, e perante o
STF, nas infrações penais comuns, depois de admitida a Julgamento do Presidente da República
acusação por dois terços da Câmara dos Deputados
(juízo de admissibilidade). -Juízo de admissibilidade: 2/3 da Câmara dos Deputados

Após o juízo de admissibilidade pela Câmara dos - Crime Comum: STF


Deputados, nos casos de crimes de responsabilidade, o
- Crime de Responsabilidade: Senado Federal
Presidente será submetido a julgamento pelo Senado
Federal. Nessa situação, funcionará como Presidente o do 8. Imunidades do Presidente da República (art.86)
Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que
somente será proferida por dois terços dos votos do O Presidente da República não possui imunidade
Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por material tal qual os parlamentares.
oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo
das demais sanções judiciais cabíveis (art. 52, parágrafo A Constituição atribuiu ao Chefe do Poder Executivo federal
único). tão somente imunidades processuais.

No caso dos crimes comuns, terminada a investigação, os À luz do art. 86, § 3º, o Presidente não poderá ser preso,
autos são encaminhados ao Procurador-Geral da salvo em razão de uma sentença penal condenatória com
República (PGR), que é o titular da ação penal pública trânsito em julgado.
no STF, ou para o ofendido, se o caso for de queixa- crime
(ação penal privada). Nesse particular, há uma diferença com relação ao que
ocorre com os Deputados e Senadores, já que o
O PGR pode entender que não há indícios de autoria e Presidente não pode ser preso em flagrante, mesmo se
prova da materialidade, pedindo o arquivamento da praticar crime inafiançável, vale dizer, nenhum tipo de
investigação ou, concluindo haver justa causa, oferecer a prisão cautelar é aplicável ao Presidente da República.
denúncia. Oferecida a denúncia ou a queixa, o STF não
poderá receber a peça acusatória sem que antes haja a - Imunidade relativa e temporária (art.86,§4º).
autorização da Câmara dos Deputados por 2/3 dos seus
membros (juízo de admissibilidade). O Presidente, durante o mandato, não poderá ser
processado por atos estranhos ao exercício da função,
Para os fins do art. 86, considera-se infração penal ou seja, só poderá ser processado pela prática de crimes ex
comum todos os crimes que não sejam de officio, assim considerados aqueles praticados em razão do
responsabilidade, ou seja, estão contidos as exercício da função presidencial (como exemplo: crimes
contravenções penais, os crimes comuns em sentido contra a Administração Pública) (art. 86, § 4º).
estrito previstos no Código Penal e nas leis penais
extravagantes, os crimes eleitorais, os crimes militares e os Nesse contexto, as infrações penais cometidas antes do
crimes políticos. início do mandato presidencial ou durante a sua vigência
que não possuam relação com a função presidencial
A prerrogativa de foro perante o STF estende-se ao possuem imunidade temporária à persecução penal, não
inquérito em que o Presidente da República seja o
indiciado.
sendo processadas no curso do mandato, provocando
a suspensão do prazo prescricional. - medidas excepcionais;
- manter ou restabelecer a ordem constitucional;
- Governadores e Prefeitos: - anormalidade da vida política do Estado;
- sistema constitucional das crises: estado de defesa
Frise-se, por fim, que o STF consolidou entendimento de (art. 136); estado de sítio (arts. 137 a 139); Forças
que as prerrogativas previstas nos §§ 3º e 4º do art. 86 são Armadas (arts. 142 e 143); órgãos de segurança pública
exclusivas do Presidente da República, por se ligarem à (art. 144).
condição de Chefe de Estado. Assim, não alcançam os
Governadores e os Prefeitos. * Necessidade/Temporalidade.
9. Ministros de Estado (art.87)
2- ESTADO DE DEFESA (art.136): o “estado de defesa
Os Ministros de Estado exercem a função de auxiliares do
consiste na instauração de uma legalidade extraordinária,
Presidente da República na direção superior da
por tempo certo, em locais restritos e determinados,
Administração Pública federal (arts. 76 e 84, II).
mediante decreto do Presidente da República, ouvidos o
São critérios para a escolha dos titulares das Pastas Conselho da República e o Conselho de Defesa
ministeriais (art. 87, caput): Nacional, para preservar a ordem pública ou a paz social
ameaçadas por grave e iminente instabilidade
a) ser brasileiro (nato ou naturalizado – exceto o cargo de institucional ou atingidas por calamidades de grandes
Ministro de Estado da Defesa que, de acordo com o art. 12, proporções na natureza”.
§ 3º, deve ser preenchido por brasileiro nato);
- legalidade extraordinária;
b) possuir mais de 21 anos de idade e - tempo certo;
- locais restritos e determinados;
c) estar no exercício dos direitos políticos. - decreto do Presidente da República;
- ouvidos: Conselho da República; Conselho de
Segundo o art. 87, parágrafo único, compete ao Ministro de Defesa Nacional;
Estado, além de outras atribuições estabelecidas na -Para: preservar a ordem pública; paz social; - grave e
Constituição e na lei. iminente instabilidade institucional; calamidades.
10. Conselho da República/ Conselho da Defesa 2.1 HIPÓTESES DE CABIMENTO: (rol taxativo do art.136)
Nacional (Art.89/91) “decretar estado de defesa para preservar ou prontamente
restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem
10.1 Conselho da República (art.89) pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente
instabilidade institucional ou atingidas por calamidades
- Composição
de grandes proporções na natureza”.
- Atribuições
2.2 PROCEDIMENTO
10.2 Conselho da Defesa Nacional (art.91)
A titularidade para decretação do estado de defesa é do
- Composição Presidente da República, mediante decreto, ouvidos o
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional,
- Atribuições conforme se depreende dos arts. 84, IX, e 136, caput.

- titularidade: Presidente da República.


A atuação do Conselho da República (arts. 89 e 90) e do
AULA 09 Conselho de Defesa Nacional (art. 91), como órgãos
consultivos, não vincula o Presidente da República, vale
DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES
dizer, a oitiva dos Conselhos é obrigatória, mas a atuação
DEMOCRÁTICAS (Art. 136 ao 144)
presidencial é livre, podendo, inclusive, decretar o estado
1. INTRODUÇÃO de defesa, mesmo havendo parecer contrário à decretação.

Normas pertinentes à defesa do Estado e das * órgãos consultivos:


instituições democráticas, prevendo medidas - Conselho da República (arts. 89 e 90);
excepcionais para manter ou restabelecer a ordem
constitucional em momentos de anormalidade da vida -Conselho de Defesa Nacional (art. 91).
política do Estado – é o chamado sistema constitucional
das crises composto pelo estado de defesa (art. 136) e 2.3 TEMPO DE DURAÇÃO (art. 136,§2º)
pelo estado de sítio (arts. 137 a 139). Ademais, prevê o
Texto Maior o perfil constitucional das instituições O tempo de duração não poderá exceder a 60 dias,
responsáveis pela defesa do Estado, quais sejam, as conforme se extrai do § 2º do art. 136, segundo o qual “o
Forças Armadas (arts. 142 e 143) e os órgãos de tempo de duração do estado de defesa não será superior
segurança pública (art. 144).
a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual I – comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência
período, se persistirem as razões que justificaram a sua de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada
decretação”. durante o estado de defesa;

Tempo de duração: não poderá exceder a 60 dias. II – declaração de estado de guerra ou resposta a
agressão armada estrangeira.
2.4 ÁREAS ABRANGIDAS (art.136,§ 1º)
As áreas a serem abrangidas, por seu turno, devem ser 3.2 PROCEDIMENTO (art.137)
restritas e determinadas, vale dizer, o decreto deve ser
objetivo no delineamento dos espaços atingidos pela Segundo o caput do art. 137, o Presidente da República
medida excepcional. pode ouvidos o Conselho da República e o Conselho de
Defesa Nacional (parecer obrigatório, mas não vinculante),
2.5 MEDIDAS COERCITIVAS (art. 136, § 1º, I e II) solicitar ao Congresso Nacional autorização para
decretar o estado de sítio.
I – restrições aos direitos de:
Nesse sentido, diferentemente do que ocorre no estado de
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; defesa, o Presidente da República deve solicitar
b) sigilo de correspondência; autorização do Congresso Nacional, relatando os motivos
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; determinantes do pedido, que decidirá por maioria absoluta
II – ocupação e uso temporário de bens e serviços (art. 137, parágrafo único).
públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo
a União pelos danos e custos decorrentes. - Presidente da República;
- ouvidos: Conselho da República e o Conselho de
§ 3º do art. 136 afirmando que: Defesa Nacional;
- solicitar ao Congresso Nacional autorização;
§ 3º Na vigência do estado de defesa: - decretar o estado de sítio.

I – a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo 3.3 DURAÇÃO/ABRANGÊNCIA (art.138)
executor da medida, será por este comunicada
imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não “o decreto do estado de sítio indicará sua duração, as
for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de normas necessárias a sua execução e as garantias
delito à autoridade policial; constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de
II – a comunicação será acompanhada de declaração, pela publicado, o Presidente da República designará o
autoridade, do estado físico e mental do detido no momento executor das medidas específicas e as áreas
de sua autuação; abrangidas”.
III – a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá
ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder - duração: (art. 138, § 1º):
Judiciário;
IV – é vedada a incomunicabilidade do preso. a) hipóteses previstas no art. 137, I: não poderá ser
superior a 30 dias, podendo ser prorrogado sucessivas
3. ESTADO DE SÍTIO: vezes e sem limites, enquanto durar a situação de
“consiste na instauração de uma legalidade anormalidade constitucional, sendo que cada prorrogação
extraordinária, por tempo determinado (que poderá ser não poderá ser superior a 30 dias;
no território nacional inteiro), objetivando preservar ou
restaurar a normalidade constitucional, perturbada por b) hipóteses previstas no art. 137, II: poderá ser decretado
motivo de comoção grave de repercussão nacional ou por por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão
situação de beligerância com Estado estrangeiro (art. 49, II armada estrangeira.
c/c art. 84, XIX). É mais grave que o Estado de Defesa, no
sentido em que as medidas tomadas contra os direitos 3.4 MEDIDAS ABRANGIDAS (art.139)
individuais serão mais restritivas, conforme faz ver o art.
139”. Medidas coercitivas nas hipóteses de estado de sítio
elencadas no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as
-legalidade extraordinária; pessoas as seguintes (art. 139):
- tempo determinado;
- poderá ser no território nacional inteiro; I – obrigação de permanência em localidade determinada;
- preservar ou restaurar a normalidade constitucional. II – detenção em edifício não destinado a acusados ou
condenados por crimes comuns;
III – restrições relativas à inviolabilidade da
3.1 HIPÓTESES DE CABIMENTO (art.137) – rol taxativo. correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação
de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e
O art. 137, caput: televisão, na forma da lei;
IV – suspensão da liberdade de reunião;
V – busca e apreensão em domicílio;
VI – intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII – requisição de bens. a ordem normativa atinente ao cumprimento de sua missão
constitucional;
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a
difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados -possui a missão constitucional de: defesa da Pátria,
em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de
respectiva Mesa. qualquer destes, garantia da lei e da ordem.

OBS: “em relação à decretação de estado de sítio na Segundo o § 1º do art. 142, lei complementar estabelecerá
hipótese do art. 137, II, qual seja, no caso de declaração de as normas gerais a serem adotadas na organização, no
estado de guerra ou resposta a agressão armada preparo e no emprego das Forças Armadas para o
estrangeira, em tese, qualquer garantia constitucional cumprimento de sua missão constitucional (Lei
poderá ser suspensa. Complementar 97, de 9 de junho de 1999, que dispõe sobre
as normas gerais para a organização, o preparo e o
4. CONTROLES POLÍTICO E JURÍDICO (ESTADO DE emprego das Forças Armadas);
DEFESA/SÍTIO) – art.140
- são subordinadas ao Presidente da República: o
Estado de Sítio: Presidente da República exerce o comando supremo das
Forças Armadas, com atribuições de nomear os
-controle político prévio; Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, de
promover seus oficiais-generais e de nomeá-los para os
- Presidente da República deve solicitar ao Congresso cargos que lhes são privativos (art. 84, XIII).
Nacional autorização para a
decretação do estado de sítio. 5.1 SERVIÇO MILITAR É OBRIGATÓRIO (art.143)

Estado de Defesa: 6. SEGURANÇA PÚBLICA (art.144)

-controle político posterior Segundo o art. 144, a segurança pública, dever do Estado,
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
-controle político imediato se perfaz nos moldes dos §§ preservação da ordem pública e da incolumidade das
4º a 7º do art. 136. pessoas e do patrimônio. Os órgãos de segurança pública
são: a polícia federal, a polícia rodoviária federal, a polícia
- art. 138,§ §2º e 3º: recesso parlamentar. ferroviária federal, as polícias civis, as polícias militares e
os corpos de bombeiros militares.
-controle político concomitante (art.140)
-controle político sucessivo (art.141) A atividade policial divide-se em:
- controle jurisdicional concomitante (Poder
Judiciário)- 5º, XXXV. a) polícia administrativa (também chamada de preventiva
- controle jurisdicional sucessivo (art.141, parágrafo ou ostensiva): possui atribuição de evitar o cometimento de
único). ilícitos penais;

b) polícia judiciária (também conhecida como


5. FORÇAS ARMADAS (art.144) investigativa ou repressiva): atua na repressão aos crimes,
mediante investigação do fato criminoso, na busca da prova
O conceito de Forças Armadas nos é dado pelo art. 142, da materialidade e indícios de autoria.
segundo o qual “as Forças Armadas, constituídas pela
Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são 6.1 ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA DA UNIÃO
instituições nacionais permanentes e regulares,
organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob - polícia federal;
a autoridade suprema do Presidente da República, e -polícia rodoviária federal;
destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes -polícia ferroviária federal;
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e
da ordem”. 6.2 ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA DOS
ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL
Do conceito transcrito, observamos que as Forças
Armadas: -polícias civis;
-polícias militares;
-instituições nacionais permanentes: constitui-se em -corpos de bombeiros militares;
limitação material implícita ao poder de emenda, isto é, é
vedado ao Poder Constituinte derivado reformador (como * Segurança Viária: § 10 do art. 144, incluído pela recente
também o foi ao revisor) retirar as Forças Armadas do Emenda Constitucional 82, de 2014, segundo o qual a
contexto institucional brasileiro; segurança viária, exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio
-organizadas com base na hierarquia e na disciplina: nas vias públicas:
são pilares básicos da instituição que devem orientar toda
I – compreende a educação, engenharia e fiscalização de
trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que
assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana
eficiente; e

II – compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e


dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades
executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em
Carreira, na forma da lei.

6.3 ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA DOS


MUNICÍPIOS

144, § 8º, “os Municípios poderão constituir guardas


municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e
instalações, conforme dispuser a lei”.

"A lealdade como crença. A disciplina como valor. A


coragem como hábito. A missão como destino."
OpEsp.
@profmarcosrocha

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