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J.R Guzzojr.guzzo@metropoles.com
Os seis ministros do STF que votaram contra a possibilidade de mandar para a cadeia
criminosos que foram condenados duas vezes seguidas, por juízes diferentes, vão ficar
marcados, para sempre, como os cúmplices do crime em modo extremo no Brasil.
Constituição? Direito de defesa? Soberania das provas? Que piada. Eles mesmos, no
STF, já tinham decidido ao contrário do que acabam de decidir, deixando claro que
condenações em segunda instância são suficientes, sim, para se enviar um criminoso
para a penitenciária. Não há nada mais para ser provado a essa altura, e ele pode
continuar recorrendo para os tribunais superiores – desde que faça isso do lado de
dentro do xadrez.
O que a facção dos seis fez agora foi aplicar um golpe, embrulhado em palavrório de
vigarista jurídico – “sabença”, “ficto”, “convolar” – para favorecer a sua clientela. Está
todo mundo cansado de saber quem é ela: as “criaturas do pântano”, que passam a
vida cercadas de advogados e que não entendem a noção, nem sequer a mera noção,
de que a maioria das pessoas vive de outra maneira.
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