Vous êtes sur la page 1sur 47

PNAS – POLÍTICA NACIONAL DE

ASSISTÊNCIA SOCIAL
QUEM SOMOS? ONDE ATUAMOS?

Estado Mercado

1º setor 2º setor

QUESTÃO SOCIAL
Política Pública

3º setor
Sociedade
Civil Organizada
CONTEXTUALIZAÇÃO

A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE E A AÇÃO DO


ESTADO NO BRASIL FORAM, DESDE O
NASCIMENTO DA NAÇÃO ATÉ PRATICAMENTE O
FINAL DO SÉCULO XX, DRAMATICAMENTE
CONCENTRADORES DE RENDA E DE
OPORTUNIDADES E, PORTANTO, GERADORES DE
DESIGUALDADE E DE DISTINTAS MANIFESTAÇÕES
DE FORMAS DE EXCLUSÃO.
A EXCLUSÃO E, POR CONSEQÜÊNCIA, A
POBREZA E A DESIGUALDADE NÃO SÃO NOVAS
NO BRASIL, COMO, TAMBÉM, SÃO QUESTÕES
IMENSAS A SEREM ENCARADAS.
TÊM DISTINTAS FACES, PERPETUARAM-SE
POR FATORES HISTÓRICOS E CULTURAIS E
CONSOLIDARAM-SE PELA SISTEMÁTICA
OMISSÃO DO ESTADO E DA NAÇÃO BRASILEIRA
DE ENFRENTÁ-LAS COMO QUESTÃO SOCIAL DE
ENORME GRAVIDADE, POR MEIO DE POLÍTICAS
PÚBLICAS VOLTADAS À PROTEÇÃO E AO
DESENVOLVIMENTO SOCIAL.
COM A REDEMOCRATIZAÇÃO NO FINAL
DA DÉCADA DE 1980 E, MAIS PRECISAMENTE,
COM A CONSTITUIÇÃO DE 1988, É QUE
PASSAMOS A VER QUE A POBREZA E A
DESIGUALDADE NÃO PODERIAM SER
ENFRENTADAS OU MITIGADAS SEM UMA FIRME
DETERMINAÇÃO DO ESTADO EM ASSUMIR
SUAS RESPONSABILIDADES NA CONDUÇÃO DE
POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS À PROTEÇÃO
SOCIAL GARANTIDORAS DE DIREITOS.
DIREITOS

A VERDADE É QUE, NA NOSSA


SOCIEDADE, APENAS PODEMOS DIZER QUE
TEMOS UM DIREITO QUANDO ELE É
SOCIALMENTE RECONHECIDO E
JURIDICAMENTE ESTABELECIDO. EM NOSSA
HISTÓRIA SOCIAL E POLÍTICA, POR EXEMPLO, A
MAIORIA DOS DIREITOS SOCIAIS FOI SENDO
DURAMENTE CONQUISTADA E SÓ VALERAM
MESMO QUANDO FORAM REGULAMENTADOS
PELAS CONSTITUIÇÕES E PELAS LEIS QUE AS
SUCEDERAM.
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
TROUXE A AFIRMAÇÃO DO PAPEL
PROTAGONISTA DO ESTADO FRENTE ÀS
POLÍTICAS SOCIAIS. AO CONSTITUIR ESSA
REDEFINIÇÃO, REORDENOU A EXECUÇÃO DAS
POLÍTICAS SOCIAIS ENTRE OS ENTES
FEDERADOS, PASSANDO AOS ESTADOS A
COMPETÊNCIA QUASE QUE ESTRITA DE APOIO
FINANCEIRO E, AOS MUNICÍPIOS A EXECUÇÃO.
NESTE SENTIDO, FORJOU E INSTAUROU
UMA DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO-
ADMINISTRATIVA, O QUE SE CONCRETIZOU POR
MEIO DE LEIS ORDINÁRIAS QUE
REGULAMENTARAM RESPECTIVOS ARTIGOS DA
CONSTITUIÇÃO, TAIS COMO:
 EM 13 DE JULHO DE 1990, O ESTATUTO DA CRIANÇA E
ADOLESCENTE (ECA),
 EM 19 DEZEMBRO DE 1990, O SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE (SUS);
 EM 7 DE DEZEMBRO DE 1993, A LEI ORGÂNICA DA
ASSISTÊNCIA SOCIAL (LOAS);
 EM 20 DE DEZEMBRO DE 1996, A LEI DE DIRETRIZES E
BASES DA EDUCAÇÃO (LDB);
 EM 4 DE JANEIRO DE 1994, A POLÍTICA NACIONAL DO
IDOSO (PNI);
E, EM 20 DE DEZEMBRO DE 1999, A POLÍTICA NACIONAL
PARA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA (PNPPD).
POLÍTICA PÚBLICA

UMA POLÍTICA PÚBLICA SERÁ A DEFINIÇÃO


DE INSTRUMENTOS DE GESTÃO – NORMAS,
PLANOS DE AÇÃO, RECURSOS FISCAIS, FORMAS
DE ATUAÇÃO DO ESTADO, FORMAS DE
COOPERAÇÃO COM A SOCIEDADE – QUE,
ESTABELECIDOS EM LEI, IRÃO PERMITIR A
CONCRETIZAÇÃO DE UM COMPROMISSO PÚBLICO
ACORDADO NO CAMPO POLÍTICO.
Assistência Social: as leis que garantem o direito.
A construção do direito da Assistência Social é recente na
história do Brasil. Durante muitos anos a questão social esteve
ausente das formulações de políticas no país. O grande marco é a
Constituição de 1988, chamada de Constituição Cidadã, que
confere, pela primeira vez, a condição de política pública à
assistência social, constituindo, no mesmo nível da saúde e
previdência social, o tripé da seguridade social que ainda se
encontra em construção no país.
A partir da Constituição, em 1993 temos a promulgação da
Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), no 8.742, que
regulamenta esse aspecto da Constituição e estabelece normas e
critérios para organização da assistência social, que é um direito,
e este exige definição de leis, normas e critérios objetivos.
A Assistência Social como política de proteção social

Ela significa garantir a todos, que dela necessitam, e


sem contribuição prévia a provisão dessa proteção. Esta
perspectiva significaria aportar quem, quantos, quais e onde
estão os brasileiros demandatários de serviços e atenções de
assistência social.

A proteção social deve garantir as seguranças: de


sobrevivência (de rendimento e de autonomia); de acolhida;
de convívio ou vivência familiar.
A construção da política pública de assistência
social precisa levar em conta três vertentes de proteção
social:

 as pessoas,

 as suas circunstâncias e dentre elas seu núcleo de


apoio primeiro, isto é,

 a família.

A proteção social exige a capacidade de maior


aproximação possível do cotidiano da vida das pessoas,
pois é nele que riscos, vulnerabilidades se constituem.
ELEMENTOS ESSENCIAIS A POLÍTICA DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL:

•MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR;
•TERRITORIALIZAÇÃO;
• FINANCIAMENTO;
• CONTROLE SOCIAL;
• DESAFIO DA PARTICIPAÇÃO
POPULAR/CIDADÃO USUÁRIO;
• A POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS;
• A INFORMAÇÃO, O MONITORAMENTO E A
AVALIAÇÃO.
Princípios da Lei:

Transparência
Universalidade
Inclusão
Não discriminação
Publicidade
Participação
Sob esse princípio é necessário relacionar as pessoas
e seus territórios, no caso os municípios.

Por sua vez, ao agir nas capilaridades dos territórios e


se confrontar com a dinâmica do real, no campo das
informações, essa política inaugura uma outra perspectiva
de análise ao tornar visíveis aqueles setores da sociedade
brasileira tradicionalmente tidos como invisíveis ou
excluídos das estatísticas – população em situação de rua,
adolescentes em conflito com a lei, indígenas, quilombolas,
idosos, pessoas com deficiência.
A Política Pública de Assistência Social realiza-
se de forma integrada às políticas setoriais,
considerando as desigualdades socioterritoriais,
visando seu enfrentamento, à garantia dos mínimos
sociais, ao provimento de condições para atender
contingências sociais e à universalização dos
direitos sociais.
Sob essa perspectiva, objetiva:

 Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social


básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles
necessitarem.

 Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos


específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços
socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural.

 Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham


centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e
comunitária.
Sistema Único de Assistência Social (Suas)

O Sistema Único de Assistência Social (Suas) é um


sistema público que organiza, de forma descentralizada, os
serviços socioassistenciais no Brasil. Com um modelo de
gestão participativa, ele articula os esforços e recursos
dos três níveis de governo para a execução e o
financiamento da Política Nacional de Assistência Social,
envolvendo diretamente as estruturas e marcos
regulatórios nacionais, estaduais, municipais e do Distrito
Federal.
Criado a partir das deliberações da IV
Conferência Nacional de Assistência Social e
previsto na Lei Orgânica da Assistência Social
(Loas), o Suas teve suas bases de implantação
consolidadas em 2005, por meio da sua Norma
Operacional Básica do Suas (NOB/Suas), que
apresenta claramente as competências de cada
órgão federado e os eixos de implementação e
consolidação da iniciativa.
Gestão do Suas
O Sistema Único de Assistência Social (Suas) comporta quatro
tipos de gestão: da União, do Distrito Federal, dos estados e dos
municípios. As responsabilidades da União passam principalmente pela
formulação, apoio, articulação e coordenação de ações. Os estados,
por sua vez, assumem a gestão da assistência social dentro de seu
âmbito de competência, tendo suas responsabilidades definidas na
Norma Operacional Básica(NOB/SUAS).
No caso da gestão municipal, são possíveis três níveis de
habilitação ao Suas: inicial, básica e plena. A gestão inicial fica por
conta dos municípios que atendam a requisitos mínimos, como a
existência e funcionamento de conselho, fundo e planos municipais de
assistência social, além da execução das ações da Proteção Social
Básica com recursos próprios. No nível básico, o município assume,
com autonomia, a gestão da proteção social básica. No nível pleno, ele
passa à gestão total das ações socioassistenciais.
O SUAS organiza as ações da assistência social em
dois tipos de proteção social.

 A primeira é a Proteção Social Básica, destinada à


prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da
oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a
indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade
social.

 A segunda é a Proteção Social Especial, destinada a


famílias e indivíduos que já se encontram em situação de
risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência
de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas,
entre outros aspectos.
A proteção social O CRAS presta atendimento
básica socioassistencial às famílias e indivíduos,
inserindo-os na rede de proteção social de
Caracterizada assistência social. O Centro identifica
pelo aspecto situações de vulnerabilidade e risco no seu
território de abrangência, articula e
antecipador e potencializa os serviços socioassistenciais
proativo para evitar da rede de proteção social básica,
o agravamento de disponível para atender adequadamente as
vulnerabilidades, a necessidades das famílias e territórios.
proteção social Essa rede objetiva promover a convivência
básica atua na social, familiar e comunitária e assegurar
às crianças, jovens, adultos, idosos e suas
redução do risco famílias, condições para o exercício de sua
social nos cidadania.
territórios.
O que acontece no CRAS?

O CRAS oferta, por meio do Programa de Atenção


Integral à Família (PAIF), serviços para famílias e
indivíduos que moram em seu território de abrangência
priorizando aí, as famílias beneficiárias do programa
Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada
(BPC). Presta orientações para sua população
referenciada, realiza acompanhamento familiar, oferta
serviços socioeducativos e de convivência, e
providencia, quando necessário, o encaminhamento da
população local para as demais políticas públicas; bem
como promove a articulação com a rede de proteção
social local no que se refere aos direitos de cidadania.
I - Serviços de Proteção Social Básica:

a) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família


(PAIF);

b) Serviço de Convivência e Fortalecimento de


Vínculos;

c) Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para


pessoas com deficiência e idosas.
A Proteção Social Especial

A natureza da Proteção Social Especial se manifesta na


responsabilidade de garantir condições dignas de vida quando
ocorre a violação de direitos socioassistenciais.
É assim a modalidade de atenção especializada em
desenvolver serviços socioassistenciais a famílias e indivíduos
com a meta de restituir direitos sociais e reconstruir vínculos
familiares, comunitários e sociais.
Esse campo de proteção na assistência social se ocupa das
situações pessoais e familiares com ocorrência de
contingências/vitimizações e agressões, cujo nível de
agravamento determina seu padrão de atenção, além de
defender a dignidade e os direitos humanos.
Nesse contexto, o Centro de Referência Especializado
de Assistência Social (CREAS) é a unidade pública estatal
de prestação de serviços especializados a pessoas com
seus direitos violados.

O CREAS promove a integração de esforços, recursos


e meios para evitar a dispersão dos serviços e potencializar
as ações para seus usuários, oferecendo apoio e
acompanhamento individualizado especializado.

A Proteção Social Especial abrange dois parâmetros


de atenção a seus usuários: a média e a alta complexidade.
O que acontece no CREAS?

O Creas deve, ainda, buscar a construção de um espaço de acolhida


e escuta qualificada, fortalecendo vínculos familiares e comunitários,
priorizando a reconstrução de suas relações familiares.

Para o exercício de suas atividades, os serviços ofertados nos


Creas devem ser desenvolvidos de modo articulado com a rede de
serviços da assistência social, órgãos de defesa de direitos e das demais
políticas públicas. A articulação no território é fundamental para fortalecer
as possibilidades de inclusão da família em uma organização de proteção
que possa contribuir para a reconstrução da situação vivida.

Os Creas podem ter abrangência tanto local (municipal ou do


Distrito Federal) quanto regional, abrangendo, neste caso, um conjunto de
municípios, de modo a assegurar maior cobertura e eficiência na oferta do
atendimento.
O Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e
Indivíduos (Paefi) oferta apoio, orientação e acompanhamento
especializado a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação
de direitos.
Compreende atenções e orientações direcionadas à promoção de
direitos, à preservação e ao fortalecimento de vínculos familiares,
comunitários e sociais e o fortalecimento da função de proteção das
famílias diante do conjunto de condições que causam fragilidades ou as
submetem a situações de risco pessoal e social.
O Paefi oferece atendimento a indivíduos e famílias em diversas
situações de violação de direitos, como violência (física, psicológica e
negligência, abuso e/ou exploração sexual), afastamento do convívio
familiar devido à aplicação de medida socioeducativa ou medida de
proteção; tráfico de pessoas; situação de rua; mendicância; abandono;
vivência de trabalho infantil; discriminação em decorrência da orientação
sexual ou raça/etnia e outras formas de violação de direitos decorrentes
de discriminações ou submissões.
II - Serviços de Proteção Social Especial de Média
Complexidade:
a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a
Famílias e Indivíduos (PAEFI);
b) Serviço Especializado em Abordagem Social;
c) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em
Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade
Assistida (LA), e de Prestação de Serviços à Comunidade
(PSC);
d) Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com
Deficiência, Idosas e suas Famílias;
e) Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.
III - Serviços de Proteção Social Especial de Alta
Complexidade:
a) Serviço de Acolhimento Institucional, nas seguintes
modalidades: - abrigo institucional; - Casa-Lar; - Casa de
Passagem; - Residência Inclusiva.
b) Serviço de Acolhimento em República;
c) Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora;
d) Serviço de Proteção em Situações de Calamidades
Públicas e de Emergências.
O SUAS engloba também a oferta de Benefícios Assistenciais,
prestados a públicos específicos de forma articulada aos serviços,
contribuindo para a superação de situações de vulnerabilidade.
Os Benefícios Assistenciais se dividem em duas modalidades
direcionadas a públicos específicos: o Benefício de Prestação Continuada
da Assistência Social (BPC) e os Benefícios Eventuais.
O BPC garante a transferência mensal de 1 (um) salário mínimo
vigente ao idoso, com idade de 65 anos ou mais, e à pessoa com
deficiência, de qualquer idade, com impedimentos de longo prazo, de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com
diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Os Benefícios Eventuais caracterizam-se por seu caráter suplementar
e provisório, prestados aos cidadãos e às famílias em virtude
de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de
calamidade pública.
Assim, a atuação da rede socioassistencial de proteção
básica e especial é realizada diretamente por organizações
governamentais, pelos órgãos gestores municipais ou
mediante convênios, ajustes ou parcerias com organizações
e entidades de assistência social.

Três tarefas são características dessa intervenção:

 promover aquisições materiais, institucionais, sociais e


socioeducativas para redução e prevenção de riscos
sociais;
 reforçar a autoestima e a autonomia;
 estimular a participação, a inserção social, o respeito à
igualdade de direitos e a conquista de cidadania.
Gestão do Trabalho
A Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Suas NOB-
RH/SUAS estabelece e consolida os principais eixos a serem considerados para
a gestão do trabalho e educação permanente no âmbito do Sistema Único de
Assistência Social (Suas). Nessa abordagem, o trabalho é visto como um
instrumento capaz de atuar como política orientadora da gestão, formação,
qualificação e regulação.
A qualidade dos serviços ofertados aos usuários da assistência social
está diretamente ligada à atuação dos profissionais como mediadores dos
direitos sociais. Para isso, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome (MDS) desenvolve diversas ações com intuito potencializar a formação
técnica e a especialização dos agentes públicos, trabalhadores do Suas e
agentes públicos das instâncias de controle social.
A gestão do trabalho no âmbito do Suas busca o reconhecimento e a
valorização do trabalhador em todas suas dimensões, contribuindo para
materializar a ampla rede de proteção e promoção social implantada no território
nacional.
Rede Socioassistencial Privada

O SUAS reconhece as entidades e organizações de assistência


social enquanto parceiras na execução dessa política, com
participação fundamental na consolidação do modelo de proteção
social não-contributivo estabelecido na Constituição Federal de 1988.

Nesse contexto, busca-se a transparência na relação do Estado


com essas entidades, bem como a efetiva integração destas ao SUAS,
de modo a garantir a oferta dos serviços socioassistenciais com
qualidade a quem deles necessitar, na perspectiva da garantia do
direito do cidadão à assistência social.

Para isso, o Estado tem o papel de coordenar e expedir normas


gerais para o acompanhamento da rede socioassistencial não
governamental.
Entidades de Assistência Social
A política de assistência social é realizada por meio de um
conjunto integrado de ações e de iniciativas públicas e da
sociedade. Esta atuação da sociedade ocorre por meio das
organizações e entidades de assistência social, que não possuem
fins lucrativos e que desenvolvem, de forma permanente, continuada
e planejada, atividades de atendimento e assessoramento, e que
atuam na defesa e garantia de direitos.
As entidades de assistência social fazem parte do Sistema Único de
Assistência Social como prestadoras complementares de serviços
socioassistenciais e como co-gestoras, por meio da participação
nos conselhos de assistência social.
As entidades de atendimento são aquelas que prestam serviços,
executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social
básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de
vulnerabilidade ou risco social e pessoal, conforme Resolução CNAS nº
109/2005, Resolução CNAS nº 33/2011 e Resolução CNAS nº 34/2011.
As entidades de assessoramento prestam serviços e executam
programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos
movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de
lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social, conforme
Resolução CNAS nº 27/2011.
As entidades de defesa e garantia de direitos prestam serviços e
executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e
efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos,
promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação
com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política de
assistência social, conforme Resolução CNAS nº 27/2011.
Consolidar o SUAS com Controle Social
A V Conferência Nacional de Assistência Social realizada de 5 a 8 de
dezembro de 2005, em Brasília centrou seus esforços na construção da
unidade nacional para implantação do SUAS.
Por isso, a V Conferência Nacional SUAS - PLANO 10 foi o momento
culminante do processo de reflexões, avaliações, debates e proposições;
pois coube a essa deliberar os rumos a serem tomados pela União e por
todos os gestores, para consolidar o SUAS no país nos próximos dez
anos. A Conferência Nacional foi precedida de um intenso movimento
criado pela realização das conferências estaduais e municipais de
assistência social.
O controle social é parte fundamental do SUAS Fortalecer a atuação
dos Conselhos de Assistência Social para a plena condição de
funcionamento e para o desenvolvimento de sua missão, estimular a
participação da sociedade civil no controle social das políticas públicas,
incluindo o advento das conferências de assistência social
Levando em conta que a
legitimidade desse processo
está na participação dos
cidadãos, para viabilizar o
controle social do Sistema Único
de Assistência Social (Suas)
foram criados espaços
institucionais, compostos
igualitariamente por
representantes do poder público
e da sociedade civil. Trata-se dos
conselhos gestores e das
conferências.
Desafios para o futuro

Padronizar serviços, consolidar a rede de proteção social,


desenvolver a vigilância social, compor uma política de defesa
dos direitos sociais com ênfase na intersetorialidade, estabelecer
plano de monitoramento e avaliação do SUAS, com relação ao
seu impacto na vida de seus usuários, são tarefas do conjunto
extenso de deveres do Estado e de todos os envolvidos na
consolidação do SUAS. A correta compreensão do significado
SUAS, para além do que já vemos e vivemos hoje, virá com o
tempo. Tempo pleno de construção, de luta, de tenacidade com
uma meta sem precedentes na história das políticas sociais no
Brasil: a universalização dos direitos socioassistenciais.
 Cristina Jaenisch Rosa
Assistente Social
Cáritas Arquidiocesana

Vous aimerez peut-être aussi