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Embalagens
Uma das principais finalidades dessa “Nova Abordagem” era a de poder regular de
uma só vez, com a adopção de uma única Directiva, os problemas regulamentares de
um grande número produtos, sem que essa Directiva ficasse sujeita à necessidade
adaptações ou de alterações frequentes.
Os princípios que regiam essa Nova Abordagem, estavam associados aos conceitos
dos requisitos essenciais, da harmonização normativa, da análise de conformidade, da
marcação CE e da vigilância do mercado. Nesse intuito, a Nova Abordagem
pressupunha que:
1
European Committee for Standardization – Comité Europeu de Normalização
2
European Committee for Electrotechnical Standardization
3
European Telecommunications Standards Institute
4
Livro branco
5
Fim de linha
Deste modo, a Comissão Europeia mandatou o CEN para que desenvolvesse normas
de verificação de conformidade aos requisitos essenciais da Directiva Embalagens
(constantes no seu Artigo 9º e Anexo II), normas de suporte aos objectivos de cariz
ambiental da Directiva (discriminados no seu Artigo 10º) e, ainda que este, elaborasse
Relatórios sobre temas específicos que incluíssem, quando necessário, propostas de
novas normas relativas a esses temas.
Esta norma especifica as exigências que uma embalagem deve cumprir para
ser valorizada energeticamente e identifica os procedimentos a serem seguidos
pelo responsável pela colocação de embalagens/produtos embalados no
mercado, para efeitos de declaração de conformidade das suas embalagens a
estas exigências.
Para além destas 5 normas, o CEN desenvolveu uma norma "chapéu", que, apesar de
não integrada no Mandato M200 Rev3, teve como objectivo a promoção da necessária
interligação entre as várias normas mandatadas e, servir como guia de utilização
nomeadamente ao produtor, utilizador ou distribuidor de embalagens.
O principal problema residiu, logo à partida, na forma vaga e imprecisa que presidiu à
redacção dos requisitos essenciais da Directiva Embalagens. O próprio Conselho
Europeu assumiu essa lacuna, ao declarar, na Posição Comum de 4 de Março de
1994, que "o Conselho é de opinião que a maioria dos requisitos essenciais a serem
aplicados ao fabrico e composição da embalagem só poderiam, nesta fase, ser
Com efeito, das 5 normas mandatadas pela Comissão Europeia ao CEN, só 1 e meia
foram publicadas no JOCE (Decisão da Comissão nº 2001/524/CE, de 28 de Junho de
2001), por razões que se prendiam com o facto de dois Estados-membros (a
Dinamarca e a Bélgica) serem de opinião que o trabalho normativo desenvolvido não
habilitava as autoridades a verificar se um item cumpria ou não os requisitos da
Directiva de uma forma clara e indiscutível, impossibilitando assim a harmonização do
mercado.
O termo embalagem é usado para descrever qualquer material utilizado para conter,
proteger, manusear, entregar e apresentar os produtos (desde das matérias-primas
até aos produtos processados), desde do produtor até ao consumidor final.
De uma forma geral, podemos dizer que existem três tipos ou categorias de
embalagens:
Para tal as embalagens devem cumprir alguns requisitos básicos tais como:
A embalagem e os materiais em que ela é feita, devem ser estanques e prevenir que
o conteúdo se escape desta e, isto é importante quer o conteúdo seja sólido, liquido ou
gasoso, podendo em alguns casos, constituir um perigo se tal não acontecer.
Por outro lado, a embalagem deve ser compatível com os sistemas e equipamentos de
manuseamento e armazenagem e permitir uma racional armazenagem.
Para além destes aspectos, a embalagem deve também promover uma fácil
identificação do produto ou conteúdo, o que pode ser feito com recurso à
justaposição de etiquetas, onde se evidencie as propriedades do produto ou do
conteúdo, lote, tipo de produto, perigosidade, número de série, etc..
Assim, poder-se-ia dizer que este guia, é aplicável a todas as empresa e todos os
sectores de actividade, sejam fabricantes, distribuidores, armazenistas e retalhistas e,
obviamente também aos próprios consumidores finais, muito embora seja mais dirigido
a todos aqueles que são responsáveis pelo(a):
Nos últimos anos é mais ou menos claro, o esforço feito por muitas empresas no re-
design, das embalagens para a obtenção de economias que por vezes são
significativas e, que de outras formas já não se conseguem.
A atenção particular no design é justificada, pelo facto de cerca de 80% dos custos
económicos e ambientais dos produtos, serem cometidos na fase final do estágio do
design, ou seja, antes da produção começar. Assim, integrar considerações relativas à
sustentabilidade no design, é uma forma de tirar daí benefícios potenciais para a
pesquisa dos produtos.
Para que o design seja eficaz, devem ser levadas em conta considerações ecológicas
e sociais nos estágios iniciais da concepção dos produtos e no desenvolvimento do
mesmo design, minimizando dessa forma a necessidade dos efeitos de acções de
remediação nos primeiros estágios da cadeia.
Do ponto de vista da gestão, existem vários factores que são por si só motivadores,
para a implementação destas medidas conducentes á introdução de melhoramentos.
Com efeito, é necessário um ênfase novo sobre o contexto externo dos elementos do
design, através do qual todos os aspectos do produto, a sua fabricação, o seu uso, a
sua deposição, os seus meios, as suas consequências ambientais e o seu significado
cultural, é examinado.
O projecto de embalagens, tem hoje ao seu dispor uma série de ferramentas que o
podem ajudar de forma efectiva, nesse processo de concepção.
Nas páginas a seguir, iremos dar apenas algumas dicas, bem como evidenciar
algumas vantagens sobre a utilização destas técnicas, e ainda sobre alguns
problemas relacionados com o seu uso.
Para além disto, insere-se ainda alguns elementos relativos á legislação europeia
sobre este tema, matérias-primas usadas para a fabricação de embalagens, (papel,
plástico, colas, fontes e etc.).
A embalagem e a concepção
A ecologia industrial é, antes do mais, uma forma de ver e partilhar conceitos comuns
aos da abordagem da Análise de Ciclo de Vida, que coloca os sistemas industriais
num contexto mais alargado, de vários outros sistemas.
Neste particular, os diversos estudos feitos ao consumo pelos Marketers, indicam que
uma grande parte dos consumidores é influenciada pela embalagem.
Assim, numa perspectiva de negócio, o ambiente obriga, por uma questão de controlo
e estratégia, a uma abordagem que leve em conta os aspectos ambientais da cadeia
de fornecedores. Assim, torna-se necessária, uma visão coerente e a gestão do ciclo
de vida do produto.
Para além disto, uma má concepção da embalagem pode também causar, outros
problemas além dos já citados como, acidentes pessoais.
Assim sendo, é mais ou menos evidente que, a embalagem deve ser concebida de
forma a satisfazer todas estas exigências.
Uma parte significativa dos impactes ambientais e dos custos associados poderão ser
consideravelmente reduzidos na fase de concepção.
Nos últimos anos, são muitas as empresas que tem dedicado uma atenção especial ás
embalagens, conseguindo dessa forma economias consideráveis e, simultaneamente,
dessa forma aproximam-se, ao mesmo tempo, do cumprimento da legislação sobre
esta matéria.
A adequação ao uso
A embalagem deve ser adequada ao fim a que se destina ou, por outras palavras,
deve ser de modo a cumprir os requisitos que lhe são exigidos, devendo ao mesmo
tempo dar cumprimento ao requisito de usar o mínimo de material possível para
cumprir essas funções, que são as seguintes:
Isto normalmente significa que, na maior parte dos casos, estas tenham que ser
rígidas e fortes para resistir a:
c) Em caso afirmativo qual deverá ser o tamanho ideal da palete e qual a sua
carga?
a) A entrada de gás;
Também as embalagens, tal como qualquer outro produto, podem dar origem a vários
tipos de impactos ambientais.
Estes dizem respeito em primeiro lugar à utilização dos recursos e às emissões de
poluentes para o meio, seja no acto da sua produção seja durante o seu ciclo de vida
de uso.
Estes impactos podem, como já se sabe, afectar a saúde humana, as plantas, os
animais, os edifícios e até mesmo o clima.
Alguns dos efeitos potencialmente adversos causados pelas embalagens no ambiente
são:
• Utilização de recursos não renováveis e poluentes, como o petróleo, o gás e o
carvão.
• Utilização de materiais não renováveis, como plástico não reciclável, o aço, etc.
• Uso indiscriminado dos recursos renováveis como a água, a madeira, e etc..
• A contaminação das águas com substâncias perigosas, sólidos suspensos,
redução dos teores de oxigénio, com a inclusão de produtos que provocam uma
carência química ou bioquímica de oxigénio (CQO/CBO).
• Contaminação de ar através da emissão de partículas, gases ácidos, libertação
de ozono e gases que provocam o aquecimento global.
• Emissões para os terrenos, através da deposição de resíduos perigosos e
outras substâncias contaminantes.
È importante ter em conta que o eco-design, pode ser uma ferramenta que ajude ou
contribua para a minimização destes impactes.
A perspectiva da gestão do ciclo de vida é muito mais para entender, do que para a
análise dos fluxos das matérias-primas e os inevitáveis impactos negativos sobre o
ambiente destes. O design para a sustentabilidade pode levar a uma abordagem
cíclica dos recursos usados e a um mais profundo entendimento dos ciclos e sistemas
naturais.
Os benefícios do eco-design
Com o derrube das barreiras, os designers são introduzidos no processo de
desenvolvimento da embalagem, influenciando grandemente o seu controlo ao longo
do projecto e o seu potencial, para trazer melhorias para a sustentabilidade. É vulgar
que as considerações do design, tal como as questões da sustentabilidade, sejam
levadas em conta no final do desenvolvimento do produto, quando já não há grande
margem para eventuais melhorias.
Utilizar o design, como um complemento que traz apenas alguns benefícios, sobre a
natureza e carácter da ideia do design, tem uma importância mínima.
Para que as condições de exploração do negócio melhorem, conduzindo a melhores
margens de lucro e, para que simultaneamente seja promovida a competitividade, é
essencial repensar a questão da embalagem e das questões com ela relacionadas.
Na concepção a pensar no ambiente e nos respectivos impactes da embalagem,
devem ser levados em conta questões como por exemplo, a fita adesiva usada para o
fecho de caixas de cartão ou mesmo os agrafos usados no fecho destas, por forma a
dar as melhores condições possíveis para a viabilização da reciclagem.
Na hierarquia dos resíduos, estabelece-se uma série de prioridades para o seu
tratamento ou encaminhamento.
À cabeça destas prioridades está é claro a da eliminação na fonte e, quando esta não
for a opção, então o caminho deverá ser o da minimização dos resíduos gerados.
1ª Prioridade
Eliminar – Eliminar ou evitar gerar resíduos
2ª Prioridade
Reduzir – Minimizar a quantidade de resíduos geradas ou produzidas
3ª Prioridade
Reutilizar – Utilizar (as embalagens) tantas vezes quantas for possível
4ª Prioridade
Detalhes do design
• Desenvolvimento de especificações detalhadas
• Discussão das especificações com clientes e
fornecedores e refinar as mesmas
Estimar os efeitos ambientais das opções de design
• Levar a cabo a engenharia do produto
Continua
Testes e afinações
• Desenvolver protótipos
• Testar os protótipos
• Obter o feedback dos clientes e fornecedores
Verificar se os objectivos ambientais ainda são os definidos inicialmente
Testes e afinações
• Design final na engenharia e fabrico
A cadeia de fornecimento
A gestão da cadeia de fornecimento, deverá trabalhar com clientes e fornecedores,
devendo ser feito um esforço de envolvimento destes, por duas razões:
• Estes (fornecedores e clientes), devem ser influenciados e motivados;
• Para não se desperdiçar tempo e recursos com aspectos que estão para além
das possibilidades da empresa.
Por exemplo, supondo que o produto é executado a partir da extracção de um mineral,
a empresa pode considerar que os aspectos relacionados com essa extracção estão
fora da sua área de influência e controlo. No entanto ela pode enviar sinais fortes ao
mercado, através da exigência de dados ambientais ao seu fornecedor e mesmo
considerando a hipótese de troca de materiais. A obtenção de dados sobre a
embalagem, dos seus fornecedores é crucial, quer para o processo de design, quer
para cumprir as obrigações legais, ao abrigo da legislação sobre embalagem e
resíduos de embalagem.
É importante considerar os efeitos práticos das mudanças de design na embalagem ou
de outras partes desta. Por exemplo, uma mudança nas especificações da tinta ou do
verniz, pode ter efeitos significativos na conversão do processo de produção, uma
mudança na fita-cola, pode afectar a linha de enchimento. Quando são usados
materiais reciclados, é particularmente importante, ter uma boa ligação com o
reciclador em questão, para garantir que os materiais têm a qualidade desejada.
Ao mesmo tempo, é importante conhecer o destino da embalagem, uma vez que este
poderá influenciar o design e as questões que se podem colocar são:
• A embalagem será retornável ou será reutilizável pelo cliente?
• A embalagem será sempre usada com o mesmo fim?
• A embalagem será reciclada, será enviada para compostagem, incinerada ou
pura e simplesmente irá para aterro?
Como as técnicas de triagem e re-processamento variam ao longo dos países, devem
ser por isso mesmo considerados os casos que tipificamos aqui.
Grau ou
Tipo de material Forma ou
estrutura do
volume
material
Melhorias
no design
Todas as ideias que se enquadrem dentro dos critérios da gestão em curso, deverão
ser registadas e, se necessário votadas. A análise de valor, que ajudará a atingir o
objectivo de máxima funcionalidade pelo menor custo e menor impacto ambiental, será
uma boa base de trabalho. Um pequeno número de ideias poderá gerar grandes
benefícios.
Uma ferramenta muito conhecida, para a filtragem de ideias, chama-se a
“convergência controlada”. Esta técnica permite aos participantes, considerar os bons
e maus aspectos de cada ideia, usando uma matriz de pontuação e de importância
relativa, ou seja, pode descrever-se como se segue:
• Passo 1: Decida quais os critérios e o seu peso relativo;
• Passo 2: Defina um benchmark 6 de referência para cada um dos critérios, por
exemplo, um produto ou o estado dele em cada caso;
• Passo 3: Numere as ideias, numa escala de, por exemplo 1 a 5, com valores
positivos, quando as ideias forem melhores e, com valores negativos quando
elas forem piores e use o zero para as ideias que não introduzem mudanças
significativas;
• Passo 4: Calcule a soma do peso relativo, multiplicando os pontos pelo peso
dos critérios e some todos os valores obtidos (veja melhor o exemplo na tabela
abaixo).
Factor 3x 3x 5x
6
O “benchmark” é um processo sistemático e contínuo de avaliação dos produtos, serviços e processos de trabalho
de organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas, com a finalidade de introduzir
melhorias na organização.
Novo conceito
Ex: Sistema de enchimento
8
10
9
8
7
6
5 4
3 2 Materiais com baixa
Reutilização 6 2 perigosidade
Eficiência no transporte
5 3 Materiais com baixo peso
(forma / volume)
4
Baixo teor de resíduos e
emissões na produção
Esta figura mostra dois traços plotados sobre o diagrama: um é o do produto existente
(verde) o outro é o do produto proposto. O diagrama mostra ainda que a nova
embalagem, neste caso, é tão boa ou melhor do que a primeira, excepto no que diz
respeito à reutilização, onde esta é manifestamente pior do que aquela e, ainda no que
diz respeito ao peso dos materiais a usar onde também é ligeiramente pior. Se estes
dois não forem factores críticos, e se todos os outros factores são de igual importância,
as conclusões a tirar, são as de que a nova embalagem será largamente melhor que a
inicial.
7
Ver em Anexo notas sobre as Normas ISO 14040, relativas a este tema.
O detalhe do design
O detalhe do design pode geralmente ser baseado no detalhe das especificações, que
acompanham o conceito de desenvolvimento do produto. A complexidade das
considerações envolvidas nesta análise, frequentemente requer o auxílio de
computadores equipados, normalmente com software de desenho (CAD/CAM). Estes
pacotes de software permitem a visualização em 3D, dos conceitos da embalagem e
em alguns casos este software podem mesmo integrar o software de ACV.
No caso dos plásticos e do vidro, utiliza-se a análise do fluxo de alimentação (mold
flow analysis), através da qual se podem obter um melhor conhecimento de como o
material se move no interior do molde e onde é que a espessura da parede deve ser
mais grossa ou mais fina e ainda qual é, e onde é o ponto de maior stress a que a
peça está sujeita. Este método pode também ser usado para melhorar a alimentação
do molde e reduzir os tempos de moldagem, reduzindo dessa forma os custos
energéticos.
8
Alguns das referências conhecidas encontram-se nas páginas finais sobre a forma de Anexo
No entanto, e como já falamos atrás, devemos ter cuidado com as implicações desta
minimização, uma vez que qualquer alteração na embalagem primária 9 , poderá vir ter
repercussões na embalagem secundária 10 a até mesmo na embalagem terciária 11 .
Sempre que possível maximize a embalagem, desde de que o consumidor o permita,
para minimizar a quantidade de embalagem por unidade de produto.
Alguns princípios que deve ter presente, quando se trata de melhorar a embalagem,
são:
• Se for necessário não se coiba de eliminar embalagem. A embalagem quanto
menor, melhor;
• Elimine cintas, laminados e outras misturas de embalagem;
• Elimine o uso de adesivos e agrafos metálicos.
• Reduza também o uso de etiquetas, através de marcações nas embalagens,
de preferência embutidas ou outras;
• Reduza os espaços vazios, nas embalagens de conjunto;
• Evite usar enchimentos (por exemplo blocos de EPS) e plástico com bolhas
(bubble-wrap), melhorando o design da embalagem para evitar o uso destes
enchimentos;
• Quando a embalagem é composta, elimine partes dessa embalagem para
reduzir o peso da embalagem total;
• Não utilize caixas de cartão duplo, quando tal não é necessário;
• Reduza a espessura média da embalagem, sempre que possível;
• Não faça a embalagem secundária muito forte, se a primária já garante a
segurança do produto. Não esqueça que o própio produto também confere
rigidez à embalagem;
• Substitua os adesivos por cola, sempre que possível;
• Minimize o tamanho das etiquetas. Não deixe que o tamanho da informação
dite o tamanho da embalagem;
• Utilize colas de baixa temperatura de fusão. Desta forma será necessária
menos energia para tornar a cola liquida;
9
Embalagem primária é a embalagem individual do produto
10
Embalagem secundária é a embalagem agrupada, ou seja por exemplo, uma palete de outras pequenas
embalagens
11
Embalagem terciária é a embalagem que se destina ao transporte
No entanto, as embalagens não reutilizáveis (one-trip), são muitas vezes também elas
reutilizadas na prática. Qualquer que seja o caso, é de encorajar a reutilização, como
forma de minimizar os consumos quer de recursos quer de outro tipo, através por
exemplo, do aumento da espessura, em vez de tornar a embalagem ultra leve e de
apenas um uso.
Anexos
Polietileno Teraftalato
(PET) Roupas, filmes
Inventado por J.R. plásticos e
Whinfield e J.T. Dickson, garrafas
em 1940.
Polietileno de Alta Todo o tipo de
Densidade embalagens,
HDPE / sobretudo
Inventado por Robert L. embalagens
Banks e J. Paul Hogan, industriais e de
1951. grande capacidade
Produtos
Qualquer outro, incluindo fabricados em
os feitos a partir de mais policarbonato,
do que um dos anteriores nylon, fibra de
vidro e etc.
c. Reciclabilidade;
d. Conteúdo reciclável;
12
Extraído da página do INR (www.inresiduos.pt)
O depósito consiste numa quantia que o consumidor tem que pagar quando
adquire um produto acondicionado em embalagem reutilizável, que lhe é
devolvido quando entrega essa embalagem vazia.
Uma vez que o período inicialmente abrangido pelas licenças terminou, tornou-
se necessária a atribuição de uma nova licença à Sociedade Ponto Verde - SPV,
que constituiu a oportunidade ideal para se encontrar um modelo de intervenção
e relação entre os vários intervenientes deste sistema integrado de gestão,
contribuindo para que Portugal atinja os objectivos constantes na legislação
nacional e comunitária, no domínio da reciclagem dos resíduos de embalagens.
Nesse sentido, foi desenvolvido um modelo económico-financeiro que, ao
suportar tecnicamente a sustentabilidade do sistema integrado de gestão,
fundamenta a atribuição de Valores de Contrapartida a serem aplicados aos
Sistemas de Gestão de Resíduos, criados a nível nacional.
As principais linhas directrizes que regem a nova licença da SPV podem ser
consultadas no portal do INR em Entidades Gestoras. A Licença do Sub-
sistema Verdoreca foi concedida em 8 de Setembro de 1999. O Verdoreca é um
sub-sistema a funcionar no âmbito da Sociedade Ponto Verde. A adesão ao
Verdoreca deverá ser efectuada, caso os responsáveis pelos estabelecimentos
hoteleiros, de restauração ou similares (HORECA), optem pela comercialização
nos seus estabelecimentos de águas minerais, cervejas e refrigerantes para
consumo imediato em embalagens não reutilizáveis.
Mais se informa que a Portaria n.º 335/97, de 16 de Maio, fixa as regras a que
se encontra sujeito o transporte de resíduos dentro do território nacional,
devendo os resíduos ser sempre acompanhados de uma guia de
acompanhamento de resíduos e sendo responsáveis pelo correcto
preenchimento da mesma, o produtor, o transportador e o destinatário final.
Sempre foi entendimento deste Instituto que a gestão dos resíduos de embalagens
de madeira deve ser assegurada, pelos embaladores e/ou importadores,
responsáveis pela colocação do produto no mercado nacional ou pelos produtores,
segundo o sistema de gestão que tenham adoptado.
Tal como salientado, a gestão deste tipo de resíduos (para além das obrigações
específicas de recolha e triagem que oneram o seu detentor), pressupõe a
respectiva valorização, prioritariamente a reciclagem e, em casos determinados, a
valorização energética, realizada por operadores legalmente habilitados para tal,
de forma a atingir objectivos quantitativos pré-fixados.
O produtor destes resíduos é responsável perante a lei, pelo seu destino final.
Quais são?
Numa exploração agrícola são produzidos diversos tipos de resíduos, que em termo
de natureza quer em termos de quantidade. Alguns dos mais importantes são:
• Pneus usados: embora muitas vezes os pneus usados possam ser úteis
para agricultura, sobretudo para ancorar as coberturas de silos e outras,
estes passam a resíduos quando já não têm outra utilidade para o agricultor;
Algumas regras gerais para a gestão dos resíduos de uma exploração agrícola
• Os bidões usados para concentrar os óleos usados, até 200 litros, não
necessitam de autorização especial;
Encaminhe os resíduos para destinos adequados, que não prejudiquem o solo, a água,
a saúde pública e o ambiente.
• Não os enterre;
Destinos recomendados
Pneus:
Óleos usados:
• Em pequenas quantidades:
• Em maiores quantidades:
Está já criada uma Sociedade Gestora deste tipo de resíduos, que pode ajudar através
de informação sobre as melhores regras e sobre as condições para uma gestão
adequada deste tipo de resíduos.
• As embalagens vazias ou fora de uso podem ser entregues nas farmácias a fim
de serem recolhidas através do sistema VALORMED;
• Recicladores de plástico;
Outros destinos:
EcoIndicator 99
SimaPro5;
EcoScan;
Eco-IT.
Por essa razão as marcações feitas nas embalagens, em si mesmas, não confirmam
necessariamente que uma dada embalagem pode ser usada para qualquer substância.
1. Símbolo UN:
1. A = Aço
2. B = Alumínio
3. C = Madeira
4. G = Cartão
5. H = Plástico
4. 200/:
5. 99/:
6. P/:
7. BAM/:
8. 12345/:
Tabela 1
Classe 1 Artigos e substâncias explosivas
Classe 2 Gases
Classe 3 Líquidos inflamáveis
Classe 4.1 Sólidos inflamáveis, auto-reactivos, e sólidos explosivos
Classe 4.2 Substancias susceptíveis de entrar em combustão instantânea
Substancias que, em contacto com a água, emitam gases
Classe 4.3
inflamáveis
Classe 5.1 Substancias Oxidantes
Classe 6.1 Substancias Tóxicas
Classe 6.2 Substancias Infecciosas
Classe 7 Materiais Radioactivos
Classe 8 Substancias Corrosivas
Classe 9 Misturas de substancias e artigos perigosos
Aconselhamos a consulta do RPE, para um melhor entendimento deste tema, uma vez
que não é objectivo desta pequena explicação, dar a conhecer todas as
particularidades desta área.
• EN ISO 14049: Life Cycle Assessment - Examples for the application of EN ISO
14041
i
Best Available Technologies
ii
International Standard Normalization
iii
Environmental Management and Auditing System
iv
A série de Normas ISO 14020, regulamenta as etiquetas de carácter ambiental
v
Integrated Product Policy
vi
Environmental Product Declaration