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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PLANO DE CURSO
“As coisas estão no mundo, só que eu preciso aprender”
Paulinho da Viola

Disciplina: Memória e Patrimônio Histórico.


Carga horária: 60 horas/aula – 04 créditos. - Semestre letivo: 2016.2
Professora: Francisco das C. F. Santiago Jr. / Margarida Maria Dias de Oliveira

Ementa: Memória e Patrimônio: história, cultura e identidade cultural. Evolução histórica do


conceito de Patrimônio. Políticas públicas sobre o Patrimônio no Brasil.

Objetivos:
Relacionar tempo-memória-patrimônio ao seu funcionamento no espaço público.
Oferecer aos alunos elementos para o entendimento das relações entre memórias,
patrimônios e histórias.
Proporcionar aos alunos a compreensão dos processos históricos de produção do
patrimônio, em âmbito nacional e local.
Compreender o papel do profissional da História nos “lugares de memórias”.
Competências e habilidades que se quer construir a partir das proposições do Projeto
Pedagógico:

Compreender a História como um campo de conhecimento relacionado com outras formas


de conhecimento e apreensão do mundo, seja no domínio da ciência, da arte ou do senso
comum;
Atuar em atividades pedagógicas em comunidades e organizações, no âmbito da educação
não formal;
Produzir conhecimento histórico sob a forma não somente de textos, mas também de outros
suportes;
Perceber a História como um movimento em que se combinam a continuidade e os
momentos de ruptura, em diversos níveis;
Estar habilitado para atuar na organização de museus, arquivos, no campo da memória e do
patrimônio e da memória;
Manejar as linguagens que emergem na contemporaneidade, de acordo com seu interesse,
como técnicas de pesquisa oral, cinema e artes em geral;
Ser capaz de lidar, no campo da pesquisa, no domínio metodológico da memória dos grupos
sociais e de comunidades.

Plantão presencial de dúvidas:


Terças-feiras: 10h-12h
Terças-feiras: 18h30-19h50

Conteúdo Programático:
Unidade I
Memória e patrimônio: aspectos conceituais
1) tempo, memória e história;
2) artes da Memória e suas apropriações;
3) memória, identidade, esquecimento;
4) os lugares de memória – patrimônio e historiografia;
5) As comissões de verdade – a memória pública como patrimônio;
Unidade II
Evolução do conceito de patrimônio
1) quando se começa a falar em patrimônio e porque;
2) documentos e acordos que nos dão informações sobre esse conceito
3) quando começa a se falar de patrimônio no Brasil e porque;
4) criação do IPHAN e os tempos de Rodrigo de Melo Franco;
5) a experiência do Centro Nacional de Referência Cultural e as inovações no conceito
de patrimônio;
6) a redemocratização e a redefinição do conceito de patrimônio;
7) os conceitos de memória que embasam essas discussões ;
No Brasil: políticas públicas sobre o patrimônio no Brasil
1) as experiências e documentos mais recentes sobre preservação do patrimônio
2) as discussões sobre o patrimônio imaterial
Unidade III
O Rio Grande do Norte e a preservação do patrimônio: que patrimônio?
1) os órgãos de preservação locais: concepção de patrimônio e patrimônios preservados
2) Mário de Andrade e a “catalogação” do patrimônio potiguar
3) Patrimônio no Rio Grande do Norte hoje:
a) trabalha-se uma identidade potiguar?
b) o patrimônio e o turismo
c) educação patrimonial
4) Discussão dos conceitos de memória que embasam essas políticas
Metodologia: A sala de aula é fruto do trabalho coletivo da professora e alunos. É
fundamental o cumprimento das obrigações de todas as partes. A sala de aula como espaço
de construção do conhecimento só se efetiva quando o(a) professora(o) (que planeja a
disciplina – selecionando conteúdos, bibliografia, optando por recursos e trazendo suas
concepções de sociedade, escola e história) e alunos(as) (trazendo seus conhecimentos
prévios, concepções de sociedade, escola, história e experiências anteriores) se dispõem à
colaboração para execução de um trabalho que pode ser prazeroso, mas quer requer
planejamento, disciplina e estudo.
Avaliação:
A avaliação será contínua. Em todas as Unidades serão realizadas atividades que somadas
e tiradas a média corresponderão a 50% da nota total da Unidade.
Cada unidade terá uma avalição final principal: a) unidade I – produção de um painel em
grupo; unidade II – avaliação escrita; unidade III – avaliação escrita. O painel de
encerramento da unidade I e as avaliações escritas de encerramento, respectivamente, das
Unidades II e III, corresponderão aos outros 50% do total destas unidades.
As atividades poderão ser orais ou escritas, buscando contribuir para o desenvolvimento de
habilidades necessárias ao futuro profissional de História. Serão realizadas atividades
individuais e de grupos, pois o exercício do debate, da garantia do pensamento contrário e
outras atitudes necessárias à convivência democrática também são objetivos da disciplina.
Todas as atividades avaliativas, bem como leituras e preparações necessárias, estão
especificadas no calendário anexo.

Recursos didáticos: Teremos aulas expositivas dialogadas, utilização de recursos


audiovisuais, debates, painéis, palestras, estudos de meio, visitas aos locais de interesse do
programa e atividades práticas.

Bibliografia:

ABREU, Regina; CHAGAS, Mário (orgs.). Memória e Patrimônio: ensaios contemporâneos.


2 ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009.
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ARAÚJO, Mairce da Silva; PÊREZ, Carmen Lúcia Vidal; TAVARES, Maria Tereza Goudard
(orgs.). Memórias e Patrimônios: experiências em formação de professores. Rio de
Janeiro: EDUERJ, 2009.
BANN, S. As invenções da história: ensaios sobre a interpretação do passado. São Paulo:
Ed. da UNESP, 1994
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BRANDI, Cesare. Teoria da Restauração. 3 ed. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2008.
CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da
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CARLOS, Ana Fani Alessandri. O turismo e a produção do não-lugar. YÁZIGI, Eduardo
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Horizonte: Editora Fino Traço, 2011.
__________. A Alegoria do Patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade, 2001.
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memória, trauma e reparação. Rio de Janeiro: Ponteio, 2012.
FONSECA, Maria C. L.. O Patrimônio em Processo. São Paulo: Editora da UNESP, 1997.
FUNARI, Pedro Paulo. O que é Patrimônio Imaterial. São Paulo: Brasiliense, 2008.
FUNARI, Pedro Paulo; PELEGRINI, Sandra de Cássia Araújo et ali. Patrimônio Cultural e
Ambiental: questões legais e conceituais. São Paulo: Anablume, 2010.
__________. Patrimônio Histórico e Cultural. Rio de Janeiro: J Zahar, 2006.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Sete Aulas sobre a Linguagem, Memória e História. 2 ed. Rio
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GONÇALVES, José Reginaldo. A retórica da perda: os discursos do patrimônio cultural no
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__________. Autenticidade, memória e ideologias nacionais: o problema dos patrimônios
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HALL, Stuart. Identidade cultural e diáspora: uma análise do patrimônio cultural. Revista do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 24
HARTOG, François. Tempo e patrimônio. Varia História, Belo Horizonte, vol. 22, nº 36,
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KÜHL, Beatriz Mugayar. Preservação do Patrimônio Arquitetônico da Industrialização:
problemas teóricos do restauro. Cotia: Ateliê Editorial, 2008.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. São Paulo: Editora da UNICAMP, 2003.
LEMOS, Carlos. O que é Patrimônio Histórico. São Paulo: Brasiliense, 1981.
LENIAUD, Jean-Michel. L’Utopie française: essai sur le patrimoine. Paris: Mengès, 1992
LOWENTHAL, David. Como conhecemos o passado. Projeto História, São Paulo, (17),
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MACEDO, Helder Alexandre Medeiros de. Levantamento do patrimônio imaterial do Rio
Grande do Norte. Anais do XIII Encontro Estadual de História da Paraíba. In:
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MATTOZZI, Ivo. Currículo de história e educação para o patrimônio. Educação em Revista,
Belo Horizonte, n. 47, p. 135-155, 2008. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/edur/n47/09.pdf. Acesso em: junho de 2013.
MEDEIROS, Arilene Lucena. Centro histórico de Natal: práticas patrimoniais e sentidos da
preservação. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, 2013.
MENDONÇA, Lúcia Glicério; PAULA, Zueleide Casagrande de; ROMANELLO, Jorge Luís
(orgs.). Polifonia do Patrimônio. Londrina: EDUEL, 2012.
MENEGUELLO, Cristina. Da Ruína ao Edifício: neogótico, reinterpretação e preservação
no passado na Inglaterra vitoriana. São Paulo: FAPESP, Annablume, 2008.
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__________. A História, cativa da memória? Para um mapeamento da memória no campo
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__________. O patrimônio cultural: entre o público e o privado. In: O direito à memória:
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__________. Os “usos culturais” da cultura. Contribuição para uma abordagem crítica das
práticas e políticas culturais. In: YÁZIGI, Eduardo (org.) Turismo: espaço, paisagem e
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MICELI, Sergio. SPHAN: refrigério da cultura oficial. Revista do Patrimônio Histórico e
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MOMIGLIANO, Arnaldo. As Raízes Clássicas da Historiografia Moderna. Bauru, SP:
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O DIREITO à memória: patrimônio histórico e cidadania. São Paulo: DPH, 1992.
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ROSSI, Paolo. A Chave universal: artes da memorização e lógica combinatória desde Lúlio
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(Mestrado em Antropologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade
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__________. A Lâmpada da Memória. Cotia, SP; Ateliê Editorial, 2008.
SALGUEIRO, Heliana Angotti. Ouro preto: dos gestos de transformação do “colonial” aos de
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SETTIS, Salvatore. El Futuro de lo Clásico. Turín: Abada editores, 2004.
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SOARES, André Luis R.; KLAMT, Sergio Célio (Org.). Educação Patrimonial: Teoria e
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TIRAPELI, Percival. Arte Sacra: barroco memória viva. 2 ed. São Paulo: Imprensa Oficial do
Estado de São Paulo: editora da UNESP, 2005.
VELHO, Gilberto. Patrimônio, negociação e conflito. Mana, 12 (1), 2006, P. 237-248.
VIOLLET-LE-DUC, Eugene. Preservação. 3 ed. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2007.
WEIRICH, Harald. Esquecimento mortal e imortal. In: Lete: arte e crítica do esquecimento.
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YATES, Frances. A Arte da Memória. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2006.
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plano, regulação e avaliação. Recife: UFPE-MDU/CECI, 1998.
__________. Estratégias de Intervenção em Áreas Históricas. Recife: UFPE-MDU/CECI,
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