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22/06/2004
A rigor, o chinês identifica cinco diferentes expressões do TAI CHI – Madeira, Fogo, Terra, Metal e
Água. Em razão desse simbolismo arquetípico, Fígado, Baço-Pâncreas, Pulmão e Rins, expressam
no corpo a dinâmica cósmica, psíquicamente representada por afetos e emoções chaves. Nessa
trama interativa, o Coração – sede do grande SHEN, a síntese do psiquismo – ocupa o topo
hierárquico. E, embora o nível de consciência resulte das interações dos cinco órgãos-sede do
SHEN, se pode falar da atividade do Fígado, representante do movimento germinativo da Fase
Madeira, como uma função relativamente decisiva na condução dos comportamentos.
Visionário, como todo grande poeta, Kafka disse que nós perdemos o Paraíso por impaciência e
não retornamos a ele por preguiça. Através dessa bem humorada metáfora, descreve com
precisão a dinâmica da patologia humana, polarizada entre os extremos da impulsividade
inconsciente e a compulsão repetitiva do apêgo ao conhecido.
Mas, se a queda do Paraíso é sair da unidade para a polaridade, nossa condição humana é a de
vagar pelo mundo dos opostos em busca da compreensão vivenciada de que os contrários não se
contradizem, mas se complementam e se integram. E, meta suprema, transcender o opressivo
domínio da dualidade fluindo através dele, não negando-o . Pois, como ensinou Hegel, suplantar é
ao mesmo tempo negar e preservar.
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