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Universidade Cândido Mendes

Pós graduação
Ergonomia
Diego Fernandes de Oliveira

Ação ergonômica de contenção dos fatores estressores no ambiente de trabalho.

Rio de Janeiro
2019
Introdução

O estresse é um elemento que deve ser controlado e analisado pela


ergonomia e com isso a produção de uma ação ergonômica e de diagnósticos,
mostrarei elementos para a contenção dos fatores estressores no ambiente de
trabalho e três métodos de análise de alguns destes fatores.
O Estresse é uma síndrome que do grego "syndromé", cujo significado é
"reunião" é um termo bastante utilizado para caracterizar o conjunto de sinais e
sintomas que definem uma determinada patologia ou condição.
Na área da medicina indica que não deve ser classificada como uma
doença, indica que no caso, os fatores que causam os sinais ou sintomas nem
sempre são conhecidos, o que acontece comumente no caso de doenças que do
latim: dolentia = padecimento, que por sua vez, tem como significação um distúrbio
das funções de um determinado órgão, da psique ou do organismo como um todo,
que está relacionado a causas e sintomas específicos conhecidos.
As doenças se diferenciam das síndromes em que têm: (1) etiologia
conhecida; (2) uma fisiopatologia específica;(3) um conjunto característico de sinais
e sintomas; (4) alterações anatômicas e/ou funcionais consistentes e (5) tratamento
específico e como isso atualmente, o conceito de estresse ocupa um lugar de
destaque tanto na medicina quanto na psicologia, na engenharia e em outras áreas
do conhecimento.
O médico considerado o mais importante pesquisador sobre o assunto no
período entre(1936-1976) ampliou os trabalhos de um grande fisiologista.
Apresentou a reação adaptativa do corpo como única e geral quando exposto à
agentes estressores externos, que foi por ele chamada de síndrome de adaptação
geral.
A síndrome de adaptação geral, caracteriza-se por três fases segundo o
médico :Fase 1. Prontidão - resultante da ativação do sistema nervoso simpático em
que o corpo fica pronto para enfrentar o desafio a que foi exposto pelo ambiente;
Fase 2. Resistência - o corpo se mantém ativado, ainda que num grau menos
intenso, de forma a manter seus recursos disponíveis para o embate e Fase 3.
Exaustão - exigido a se manter ativado por um período mais longo do que aquele
que consegue suportar, o organismo entra em exaustão e se torna vulnerável, há
uma queda na capacidade de pensar, de lembrar e de agir, como também na
capacidade de resposta do sistema imunológico.

Estresse ocupacional

Neste contexto anteriormente apresentado, a carga de trabalho do


profissional associada a estressores laborais podem produzir agravos significativos a
saúde em razão de condições precárias de organização do trabalho, que vão desde
a baixa valorização e remuneração, descompasso entre tarefas prescritas e
realizadas, ritmo acelerado de trabalho, até a escassez severa de recursos e
problemas de infraestrutura.

Burnout​, Resultante de estresse crônico e necessariamente tem origem no


ambiente de trabalho. A definição mais amplamente aceita é baseada na perspectiva
psicossocial, que busca identificar as condições no ambiente de trabalho as quais
conduzem ao ​Burnout e os sintomas específicos que caracterizam a síndrome,
considerada como resposta prolongada a estressores emocionais e interpessoais
crônicos no trabalho, sendo classificada como exaustão emocional,
despersonalização e ineficácia.

Sintomas comuns Fadiga persistente, falta de energia, adoção de condutas


de distanciamento afetivo, insensibilidade, indiferença ou irritabilidade relacionadas
ao trabalho, além de sentimentos de ineficiência e baixa realização pessoal.

O estresse ocupacional é um processo composto de inúmeras variáveis, não


tendo como fator único o ambiente ou o indivíduo
Fatores estressores do trabalho

Os principais fatores que podem favorecer este tipo de estresse na


organização são ligados diretamente ao ambiente de trabalho e suas relações.
Esses problemas segundo Marques 2009, podem ser gerados por jornada
longa ou atividades cansativas; preocupação em relação ao aumento de salários ou
promoções; medo de ser demitido; mudanças imprevistas; falta de estímulo e apoio
das pessoas que o cercam (que inclui supervisores, líderes e colegas); orientação
ou gerenciamento inadequado de seus superiores; constrangimentos
organizacionais; crescente pressão da competição; condições ambientais insalubres
ou de periculosidade ; acúmulo de exigências; forte e constante demanda de
reciclagem e adaptação, muitas vezes difícil de superação ; cansaço físico e
emocional; flexibilização de horários de trabalho semanal, e o incremento de turnos
de trabalho; interrupções temporárias; transferência involuntária; mudança de função
ou profissão; readaptação profissional; desemprego temporal ou pré-aposentadoria;
medo de fracassar; conflitos diários no trabalho; rituais e procedimentos
desnecessários .

Três maneiras de contenção dos fatores estressores no ambiente.

Existem algumas formas de manejar os fatores estressores no ambiente de


trabalho, apontarei três exemplos e suas definições e principais características para
aplicação nas ações ergonômicas desenvolvidas na tentativa de reduzir os fatores
estressores no ambiente ocupacional.
São os três métodos que destaquei para ilustrar: ​Nordic Musculoskeletal
Questionnaire (NMQ), job stress scale e o WHOQOL-100 -World Health
Organization instrument to evaluate quality of life.
1. Questionário Nórdico

O Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ) foi desenvolvido com a


proposta de padronizar a mensuração de relato de sintomas osteomusculares e,
assim, facilitar a comparação dos resultados entre os estudos ou seja está
relacionado ao estresse físico aquele relacionado aos fatores estressores mecânicos
como movimentos repetitivos e posturas inadequadas onde os principais elementos
levam em conta aspectos da biomecânica.
Os autores deste questionário não o indicam como base para diagnóstico
clínico, mas para a identificação de distúrbios osteomusculares e, como tal, pode
constituir importante instrumento de diagnóstico do ambiente ou do posto de
trabalho.
Há três formas do NMQ: uma forma geral, compreendendo todas as áreas
anatômicas, e outras duas específicas para as regiões lombar e de pescoço e
ombros. A forma geral do NMQ é a que recebe apresentação no presente estudo.

2. job stress scale

Este método para manejo do estresse é um modelo teórico bi-dimensional


que relaciona dois aspectos – demandas e controle no trabalho – ao risco de
adoecimento.
As demandas são pressões de natureza psicológica, sejam elas
quantitativas, tais como tempo e velocidade na realização do trabalho, ou
qualitativas, como os conflitos entre demandas contraditórias.
O controle é a possibilidade do trabalhador utilizar suas habilidades
intelectuais para a realização de seu trabalho, bem como possuir autoridade
suficiente para tomar decisões sobre a forma de realizá-lo.
O foco do modelo encontra-se no modo de organização do trabalho. De
acordo com esse modelo, escores médios são alocados em quatro quadrantes de
forma a expressar as relações entre demandas e controle (Figura abaixo).
A coexistência de grandes demandas psicológicas com baixo controle sobre
o processo de trabalho gera alto desgaste (”job strain”) no trabalhador, com efeitos
nocivos à sua saúde.
Também nociva é a situação que conjuga baixas demandas e baixo controle
(trabalho passivo), na medida em que podem gerar perda de habilidades e
desinteresse.
Por outro lado, quando altas demandas e alto controle coexistem, os
indivíduos experimentam o processo de trabalho de forma ativa: ainda que as
demandas sejam excessivas, elas são menos danosas, na medida em que o
trabalhador pode escolher como planejar suas horas de trabalho de acordo com seu
ritmo biológico e criar estratégias para lidar com suas dificuldades.
A situação “ideal”, de baixo desgaste, conjuga baixas demandas e alto
controle do processo de trabalho.
Uma terceira dimensão, a do apoio social no ambiente de trabalho, foi
acrescentada ao modelo por Johnson, em 1988, e definida por seus autores como
os níveis de interação social, existentes no trabalho, tanto com os colegas quanto
com os chefes. Sua escassez também pode gerar conseqüências negativas à
saúde.
3. WHOQOL-100 -​ ​Avaliação de qualidade de vida da Organização
Mundial da Saúde.

Avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde Consiste


em cem perguntas referentes a seis domínios: físico, psicológico, nível de
independência, relações sociais, meio ambiente e
espiritualidade/religiosidade/crenças pessoais.
Esses domínios são divididos em 24 facetas, quadro abaixo. Cada faceta é
composta por quatro perguntas.
Além das 24 facetas específicas, o instrumento tem uma 25 composta de
perguntas gerais sobre qualidade de vida. Abaixo segue estes domínios e facetas.

Conclusão

Portanto temos que para realizar o ​controle e análise ergonômica para a


produção de uma ação ergonômica e de diagnósticos, mostrei os elementos
básicos para a contenção dos fatores estressores no ambiente de trabalho e três
métodos de análise de alguns destes fatores para contenção.
Referências:

IIDA, Itiro. ​Ergonomia: Projeto e Produção - 2º edição revista e ampliada. São


Paulo: Edgard Blucher, 2005

KROEMER, K. H. E.; Grandjean, E. ​Manual de Ergonomia: adaptando o trabalho


ao homem.​ 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

SCHMIDT. Denise Rodrigues Costa. ​Modelo Demanda-Controle e estresse


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enferm. vol.66 no.5 Brasília. 2013 ​Disponivel em:
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>Acesso em : 24/10/2019

MURTA, Sheila Giardini. ​Programas de manejo de estresse ocupacional: uma


revisão sistemática da literatura.​Rev. bras. ter. comport. cogn. vol.7 no.2 São
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<​http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-5545200500020
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SILVA, Leandra Carla da. ​O estresse ocupacional e as formas alternativas de


tratamento​.
ReCaPe Revista de Carreiras e Pessoas São Paulo. Volume VI - Número 02 -
2016.Disponivel em:<​https://revistas.pucsp.br/ReCaPe/article/view/29361​>Acesso
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TRÓCCOLI, Sheila Giardini Murta;Bartholomeu Tôrres. ​Intervenções


psicoeducativas para manejo de estresse ocupacional: um estudo
comparativo.​Rev. bras. ter. comport. cogn. vol.11 no.1 São Paulo. 2009.Disponivel
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http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452009000100
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MARQUES, Valéria. ​Estresse ocupacional, conceitos fundamentais para o seu


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24/10/2019

PINHEIRO, Fernanda Amaral et al​. ​Validação do Questionário Nórdico de


Sintomas Osteomusculares como medida de morbidade.
Disponivel em: <​https://www.scielosp.org/article/rsp/2002.v36n3/307-312/pt/​>Acesso
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ALVES, Márcia Guimarães de Mello ​et al. ​Versão resumida da “job stress scale”:
adaptação para o português. Disponível em:
<​http://www.scielo.br/pdf/rsp/v38n2/19774.pdf​> Acesso em: 19/11/2019

FLECK,Marcelo Pio de Almeida. O instrumento de avaliação de qualidade de


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>Acesso em: 19/11/2019

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