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Feira de Santana
2019
TATIANE PORTO ALVES
Feira de Santana
2019
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................................... 4
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4
2. METODOLOGIA............................................................................................................... 5
3. RESULTADOS ................................................................................................................. 6
7. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 16
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Atualmente tem ocorrido, por parte de algumas mães, uma preocupação pela
ausência ou mesmo no pequeno conhecimento que seus filhos têm de esquemas
conceituais da escrita, ou pela pouca aproximação dos conteúdos clássicos,
compreendidos como conteúdos que envolvem o estudo da escrita, leitura,
matemática, das ciências e humanidades, pois atualmente é comum dentro do
ambiente escolar encontrar crianças que apresente dificuldades de aprendizagem
principalmente com a leitura e escrita. O presente projeto tem como objetivo principal
identificar as características dessa fase educacional e analisar o processo em busca
de quais fatores prejudicam as crianças no aprendizado.
Diferente da antiga 1ª série que dedicava um maior tempo escolar para o
trabalho com conteúdos, deixando um pequeno espaço para atividades lúdicas, o
processo educacional do 1° ano atual dedica-se a valorizar os jogos e as brincadeiras
como parte integrante e essencial do aprendizado das diferentes áreas do
conhecimento, isso porque trabalha com crianças que muito pouco tempo atrás
encontravam-se na Educação Infantil. Dessa maneira o 1° ano do ensino fundamental
é um preâmbulo de alfabetização, é um introdutório, portanto nesse processo de
aprendizagem, não é necessário que a criança de 5 anos a completar 6 anos, conheça
as letras e escreva o seu próprio nome e já tenha entendimento do significado de
sílaba.
Assim, Saviani (2011) afirma, ora, a educação está no âmbito do trabalho não
material, portanto tem a ver com ideias, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes.
Portanto, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos
culturais que precisam ser assimilados e, de outro, às formas mais adequadas para
atingir esse objeto. Quanto ao primeiro aspecto (identificação dos elementos culturais
que precisam ser assimilados), trata-se de distinguir entre o essencial e o acidental, o
principal e o secundário, o fundamental e o acessório. Através dessa afirmação
podemos identificar que a compreensão das questões sociais e culturais são
fundamentais para o entendimento dos possíveis problemas nesse nível educacional.
Deste modo, a partir das afirmações anteriores, surge a hipótese de que um
dos fatores dessa dificuldade esteja relacionada com a compreensão equivocada das
fases do processo educacional e dos conteúdos abordados por conta da nomenclatura
vigente. Essa hipótese ganha força ao contextualizar com os estudos de Saviani
(2011) que afirma que a escola é uma instituição cujo papel consiste na socialização
do saber sistematizado. Sendo assim, por meio dela, acontece a passagem do saber
espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita, porem essa
compreensão não atinge os pais e mães ocasionando essa preocupação em relação
ao aprendizado no 1º ano do ensino fundamental.
Buscando auxiliar o procedimento educacional, este trabalho foi desenvolvido
de maneira que possa apontar quais as dificuldades de adaptação, de aprendizagem
que as crianças do 1º ano do ensino fundamental I tem em aprender determinados
conteúdos, pois sabemos da fragilidade dessas crianças ao passar da educação
infantil para o ensino fundamental I, sendo assim busca-se se responder a seguinte
questão: Quais são as causas e fatores que vem influenciando as dificuldades de
aprendizagem destas crianças?
2. METODOLOGIA
3. RESULTADOS
Quadro 01: Caracterização dos estudos segundo autor, título, ano de publicação,
ideia central que versam acerca das dificuldades de aprendizagem.
5. PROBLEMAS DE APRENDIZADO
No que se refere às dificuldades inerentes à aprendizagem, nota-se que essa
condição se apresenta como um problema que tem sido motivo de preocupação e tem
levantado discussões. Suas causas podem ter relações com fatores internos e
externos do indivíduo como o abandono escolar, déficit sensorial, problemas
cognitivos e neurológicos.
Essas são algumas das complicações encaradas por professores e alunos do
ensino fundamental de muitas escolas. Assim, se pode definir a dificuldade de
aprendizagem enquanto um problema que está vinculado há inúmeros fatores e
podem se revelar de diversas formas, como: transtornos, dificuldades acentuadas na
compreensão e uso da escuta, na forma de falar, de ler e escrever, raciocinar e
desenvolver habilidades matemáticas. Essas desordens são próprias da pessoa, e
podem se originar de uma disfunção do sistema nervoso central. Podem também estar
relacionadas a essas dificuldades de aprendizagem problemas referentes ao
comportamento do indivíduo, interação e percepção social contudo, não estabelecem
por si mesmas uma dificuldade de aprendizagem.
Conforme assinala Saviani (2007), são quatro elementos que podem intervier
na aprendizagem da leitura, como: déficits na consciência fonética e na forma de
desenvolver o princípio alfabético; déficits na obtenção de estratégias de compreender
a leitura e sua aplicação; déficits em ampliar e manter a motivação para a leitura; e
falta de preparo dos professores.
Desse modo, determinadas crianças sentem dificuldades exclusivamente no
reconhecimento das palavras e conseguem compreender um esclarecimento oral.
Também existem crianças que sabem ler as palavras, mas sentem dificuldades para
compreender o que foi lido. E em casos graves existem crianças que leem mal as
palavras e sentem dificuldades tanto na escrita quanto na compreensão oral. Em
razão disso, a aprendizagem da escrita necessita ser bem trabalhada, pois, envolve o
domínio de distintas habilidades, tanto no desenvolvimento motor, quanto nas
competências ortográficas, e trata-se de um processo conexo com o estilo de
aprendizagem, por meio dos planos estruturais.
Comumente a maioria dos professores, por vezes como consequência de uma
má formação profissional, inclina-se a procurar explicações para as dificuldades
enfrentadas na aprendizagem em um elenco de preconceitos que estão introduzidos
na rotina escolar, entre eles os que afirmam que os alunos não aprendem devido a
condição econômica, porque são preguiçosas, filhos de pais analfabetos ou filhos de
famílias desestruturadas e indiferentes à escola; que apresentam doenças físicas ou
emocionais, entre tantas outras. Ainda que tais afirmações não tenham base científica,
esses e demais julgamentos vêm se estabelecendo como uma verdade, ocasionando
uma inversão ao se culpabilizar os alunos por tornar a escola alvo de um público
inadequado. A escola é um espaço socializador do conhecimento que se constituiu ao
longo do processo histórico e se o objetivo da atuação do professor é educar bem, é
necessário que o docente eleja os elementos culturais a serem assimilados pelos
alunos, bem como, as maneiras mais eficazes de se alcançar essa finalidade (MEIRA,
1998).
Sobre isso, Saviani (2011) afirma que a educação está no campo do trabalho
imaterial, deste modo, tem uma relação com ideias, conceitos, valores, símbolos,
hábitos, atitudes. Assim sendo, o objeto da educação refere-se por um lado à
identificação dos elementos culturais que necessitam ser assimilados, de outro, às
maneiras mais apropriadas para alcançar esse objetivo. Concernente ao primeiro
aspecto, se trata da distinção entre o essencial e o acidental, o principal e o
secundário, o fundamental e o acessório. Com base no que argumentam os dois
autores (MEIRA, 1998; SAVIANI, 2011), se pode inferir que compreensão das
questões sociais e culturais são essenciais para o entendimento dos possíveis
problemas referentes à ao aprendizado das séries iniciais do ensino básico.
Diversos fatores são responsáveis pela dificuldade na aprendizagem de
crianças nas series iniciais e apresentam diferentes escalas de intensidade e
gravidade. Para que os alunos que manifestam algum tipo de dificuldade tenham
acesso às intervenções adequadas, é necessário que se detecte de maneira precisa
o grau ou a categoria das dificuldades (GIESELER, 2011). Segundo Gieseler (2011),
os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) indicam que essas dificuldades vão de
situações leves e transitórias que podem se solucionar de forma espontânea no
decorrer do exercício pedagógico até a circunstâncias mais graves e duráveis que
demandam o emprego de recursos especiais para solucioná-los.
Para Kauark e Silva (2008), entres as dificuldades referentes à aprendizagem
as que ocorrem com maior frequência estão relacionadas à aquisição da escrita e da
leitura nas séries iniciais, constantemente identificada em escolas públicas e privadas.
Esse aspecto é sensível, principalmente quando ocorrem as avaliações de
aprendizagem a nível nacional na qual alunos do ensino fundamental II e do ensino
médio apresentam dificuldades com a ortografia, gramática, interpretação de texto e
raciocínio lógico. Eventualmente pode-se afirmar que a falta de qualidade da
aprendizagem é resultado de um conjunto de aspectos, sendo necessário identificar
o cerne do problema.
Como é colocado por Leonardo e Silva (2013), a educação tem função
primordial no processo de aquisição de ferramentas culturais como a leitura, a escrita
e o sistema numérico, pois é na escola que a criança se transforma em homem
cultural. A fase da idade escolar é o período em que a aprendizagem ocorre de
maneira mais efetiva, propiciando desenvolvimento intelectual e ampliação da
consciência.
Ao citar Vigotsky, Leonardo e Silva (2013) afirma que desenvolvimento e
aprendizagem são processos que não coincidem inteiramente, contudo, são duas
ações que estão inter-relacionadas. Assim, um passo da aprendizagem pode ser
equivalente a cem passos de desenvolvimento. Dessa forma, a educação se mostra
primordial no processo de desenvolvimento e aquisição dos atributos históricos do
homem. As funções psicológicas superiores, por serem culturais, ampliam-se
principalmente pelo ensino formal, sistematizado nos conteúdos escolares.
Em contrapartida, há outra análise que aponta que as dificuldades de
aprendizagem apresentadas pelos alunos são decorrentes do fato dos mesmos não
alcançarem o nível de desenvolvimento psico-intelectual necessário. Dessa maneira,
o professor não pode alcançar a competência de ensinar porque estes alunos não
apresentam as requisitos necessários para efetivar a aprendizagem, cabendo então
ao professor apenas aguardar que os alunos “amadureçam” para assim exercer sua
função de ensiná-los. Sob uma análise teórica esse entendimento do processo de
desenvolvimento e aprendizagem não se ampara, já sob análise dos resultados
práticos ela pode ser considerada trágica para professores e alunos (MEIRA, 1998).
Devido à complexidade que a dificuldade da aprendizagem apresenta,
abrangendo um minuciosa investigação dos fatores que determinam o desempenho
escolar, compete ao professor apresentar um diagnóstico, evitando-se um diagnóstico
precipitado e impreciso acerca das dificuldades apresentadas por um aluno na
construção do seu processo de aprendizagem (GIESELER, 2017).
Como argumenta Saviani (2011) é necessário que os professores adotem
metodologias que aprimorem a prática pedagógica, considerando a adequada
utilização do espaço escolar e a instrumentalização do estudante, através do exercício
da função efetiva da escola, que é transmitir o saber sistematizado.
Diante das dificuldades decorrentes do processo de aprendizagem, cabe à
escola proporcionar aos alunos um aprendizado sistematizado, oferecendo ensino e
educação de qualidade, com a capacidade de promover a autonomia do indivíduo e
seu desenvolvimento psíquico. Assim, se entende que o ambiente escolar deve ser
um recinto em que se priorize a reflexão e a análise em que se possa compreender
os questionamentos e as particularidades dos indivíduos comprometidos no processo
escolar.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS
LEONARDO, Nilza Sanches Tessaro; SILVA, Valéria Garcia da. A relação entre
aprendizagem e desenvolvimento na compreensão de professores do Ensino
Fundamental. Psicol. Esc. Educ., Maringá, 2013. v. 17, n. 2, p. 309-317.