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DE
ESCAPE E OPACIDADE
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IEFP
“Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, confinanciado pelo
Estado Português, e pela União Europeia, através do FSE”
ÍNDICE
DOCUMENTOS DE ENTRADA
OBJECTIVOS GERAIS DO MÓDULO............................................................................ E.1
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS......................................................................................... E.1
PRÉ-REQUISITOS........................................................................................................... E.3
CORPO DO MÓDULO
0 – INTRODUÇÃO............................................................................................................0.1
1.2.1.1 - 1º PROCESSO...........................................................................................1.5
1.2.1.2 - 2º PROCESSO...........................................................................................1.6
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................... C.1
DOCUMENTOS DE SAÍDA
PÓS-TESTE.................................................................................................................................... S.1
ANEXOS
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
PRÉ-REQUISITOS
Lubrificação de Sistemas de
Sistemas de Sistemas de Ignição Sistemas de Carga e
Motores e Alimentação Diesel Alimentação por
Arrefecimento Arranque
Transmissão Carburador
Sistemas de Direcção Geometria de Órgãos da Suspensão Diagnóstico e Rep. de Ventilação Forçada e Sistemas de
Mecânica e Assistida Direcção e seu Funcionamento Avarias no Sistema de Ar Condicionado Segurança Activa
Suspensão
Diagnóstico e Diagnóstico e
Análise de Gases de Reparação em Reparação em Manutenção
Escape e Opacidade Rodas e Pneus Termodinâmica
Sistemas com Gestão Sistemas Eléctricos Programada
Electrónica Convencionais
Constituição de
Funcionamento do Processos de
Gases Carburantes e Noções de Mecânica Legislação Específica Processos de Corte e
Equipamento Traçagem
Combustão Automóvel para GPL sobre GPL Desbaste
Conversor para GPL e Puncionamento
Legenda
Módulo em Pré-Requisito
estudo
0 - INTRODUÇÃO
A análise das emissões gasosas libertadas pelos veículos automóveis são uma das medidas que
permitem o controlo dos gases que depois de saírem do motor vão para a atmosfera, poluindo a
mesma.
Por exemplo, numa análise de gases de escape o resultado do CO foi de 5%, isto que
dizer que 5% do volume total da amostra dos gases de escape que foi utilizado para
realizar a análise é composta por CO.
Com base nos valores directamente medidos, atrás referidos, os analisadores de gases
poderão ainda calcular:
CO corrigido;
a) No veículo:
Existem aparelhos que apenas permitem analisar o CO, outros o CO e o CO2, outros
ainda o CO, CO2, HC’s ,O2, NOx e CO corrigido, a maioria permite também verificar o valor
l (lambda), no entanto o princípio de funcionamento é semelhante.
A radiação infraverme-
lha, bem com todo es-
pectro magnético, propa-
ga-se num meio através
de ondas electromagnéti-
cas com uma determina-
da frequência. Fig.1.1 – Comprimento de onda (λ)
O comprimento de onda
(l) é a distância, na direcção de propagação de uma onda periódica, entre dois pontos
sucessivos que se encontrem em fase, como indica a figura 1.1, sendo normalmente
expresso em metros (m) ou nanometro (nm).
A frequência (f) é o número de vezes que a onda oscila por segundo, sendo expressa em
Hertz (Hz).
Quanto maior for o comprimento de uma onda menor será a sua frequência, como
é indicado na fig.1.2.
O comprimento de onda da luz visível está compreendido entre 400 e 800 nm, sendo o da
radiação infravermelha de 800 a 106 nm.
1.2.1.1 - 1º PROCESSO
Uma fonte de luz, a uma temperatura de 700ºC emite raios infravermelhos. Esse feixe
atravessa a câmara de medição (por onde passa um fluxo do gás de escape que se quer
medir), sendo posteriormente absorvido pelo receptor. Para cada tipo de gás existe um
receptor.
O receptor consiste de duas células com diferentes volumes, cheias com gás igual ao que
se quer medir, as quais estão ligadas entre si por um tubo.
Assim, por exemplo, o CO, dependendo da sua concentração nos gases de escape,
absorve maior ou menor quantidade do feixe de luz com 4500 nm de comprimento de
onda.
O restante da radiação, com o comprimento de onda de 4500 nm, é absorvido pela primeira
célula do receptor de CO, aquecendo-o e provocando a sua expansão. Essa expansão,
faz com que o gás (CO) contido na primeira célula, entre para a segunda célula, através
do tubo de ligação.
O fluxo que passa de uma célula para outra é medido, através de um sensor, cujo sinal é
convertido e apresentado no painel.
Existe um receptor para cada tipo de gás, permitindo que o analisador de gases possa
medir as percentagens de CO, CO2 e a concentração de HC’s contidos nos gases de
escape.
Existe um receptor para cada tipo de gás, permitindo que o analisador de gases possa
medir as percentagens de CO, CO2 e a concentração de HC’s contidos nos gases de
escape.
1.2.1.2 - 2º PROCESSO
Uma amostra de gás que é retirada do escape através do tubo de colecta, é isenta do seu
conteúdo de água, e é então transferida para a célula medidora.
As moléculas com diferentes números de átomos (CO / HC / CO2), têm diferentes faixas de
absorção dentro do campo da radiação infravermelha. Quanto maior for a concentração
dos gases, maior será a absorção.
Essas variações de absorção são detectadas pelo receptor de radiação infravermelha que
é precedido por filtros ópticos que só permitem a passagem de radiação infravermelha
com um comprimento de onda estabelecido.
Cada gás a analisar tem um filtro óptico específico, como mostra a fig.1.4.
Como os gases que têm uma composição molecular com mesmo número de átomos,
como o hidrogénio (H2), o azoto ou nitrogénio (N2) e o oxigénio (O2), não absorvem
radiação infravermelha.
DE GASES DE ESCAPE
1 - Pinça de indução
2 - Sentido da colocação
pinça de indução
1 – Pinça de indução
2 – Sentido da colocação da pinça de indução
O veículo em teste deverá ter o motor em marcha lenta (ao ralenti) e ter o
motor a funcionar com a temperatura normal de funcionamento.
Nos casos em que o veículo possua mais do que uma saída do sis-
tema de escape o operador deverá verificar o modo como estas es-
tão dispostas. Se as diferentes saídas tiverem ao longo do sistema
de escape, pelo menos um ponto comum, é indiferente qual a saída
escolhida.
Aceleração.
Para se proceder a afinações tem que se ter em conta a relação entre os vários componentes
dos gases de escape. Por exemplo: ao diminuir o CO (inicialmente a 3%), verifica-se que
o O2 aumenta um pouco. A certa altura o CO passa a diminuir muito pouco, enquanto o O2
aumenta rapidamente, passando-se de uma mistura rica para uma mistura pobre, como
indica a fig.1.7. Durante o processo o motor passou pelo ponto de funcionamento ideal
(l=1).
DA MEDIÇÃO
Aceleração.
Para cada uma das situações, anteriormente referidas, procede-se à regulação da mistura
ar/gasolina que permita o melhor funcionamento do motor, e consequentemente, uma
menor emissão de poluentes para a atmosfera.
• Potenciómetro do debí-
metro de ar avariado.
• Potenciómetro da bor-
boleta do acelerador
avariado.
• Êmbolo de comando
preso.
A soma dos valores em percentagem de CO e CO2 pode ser inferior a 15 %, por exemplo,
quando existe uma fuga no sistema de escape. Devido à fuga existe uma entrada de
ar suplementar no sistema de escape provocando a diluição dos gases de escape com
ar exterior, provocando uma descida dos valores de CO e CO2 nos gases de escape.
A utilização do valor do CO corrigido permite corrigir o efeito da diluição dos gases de
escape com ar adicional que entra no sistema de escape.
CO X 15
CO corrigido = para (CO + CO2) < 15%
CO + CO2
Concentração de HC’s
Só se deve fazer a analise dos gases de escape após o motor ter atingido a temperatura
normal de funcionamento pois caso contrário o resultado da análise de HC’s poderá dar
resultados superiores aos indicados anteriormente.
Tabela 1.6 – Diagnósticos do motor tendo como base a análise dos gases de escape (CO, HC’s)
Análise de Gases de Escape em Motores a Gasolina
Pode também acontecer que o valor de CO2 seja superior ao máximo (14.7%) relativo à
combustão, mas apenas em versão com conversor catalítico. Se o conversor catalítico
funciona em pleno, algumas substancias tóxicas podem ser transformadas em CO2. Este
aumento quando acontece é pequeno.
Informação de
Teor de CO2 Valor de CO Valor dos HC’s
diagnósticos
Tabela 1.7 – Diagnóstico do motor tendo como base a análise dos gases de
escape (CO; CO2; HC’s)
Uma das características dos motores Diesel é que sob carga, por exemplo em aceleração,
os gases de escape formam uma nuvem negra.
A nuvem negra é formada por partículas que se formam devido a complexas reacções
químicas em caso de combustão incompleta do combustível.
Os gases de escape dos motores Diesel não são constituídos somente partículas sólidas,
como partículas de ferrugem, partículas de carvão, mas também por hidrocarbonetos não
queimados e, sulfatos (devido ao conteúdo de enxofre no combustível) e gotas de água.
O factor de medição das emissões de gases de escape de motores Diesel que é utilizado
é a concentração de partículas nos gases de escape.
a) No veículo:
Os aparelho que mede partículas sólidas existentes nos gases de escape para ser utilizado
deverá estar homologado.
A medição das partículas sólidas existentes nos gases de escape deve ser efectuada
num ambiente dotado de uma instalação para a aspiração dos gases de escape,
pois a inalação de gases de escape de um motor Diesel pode causar graves danos
de saúde.
Nos motores Diesel não se realiza a análise dos gases de escape, mas das partículas
sólidas existentes nos gases de escape, existindo para o efeito dois sistemas
diferentes utilizados na reparação automóvel:
Método de filtração;
Aspira-se um certo volume dos gases de escape, com uma bomba, e faz-se passar o gás
numa bomba. Os gases passam através de um filtro onde são retidas as partículas.
A recolha do gás de escape para medição efectua-se em aceleração livre (com a caixa de
velocidades em ponto morto) em carga constante.
Para a medição da emissão de partículas com base na opacidade dos gases de escape,
são utilizados opacímetros.
A medição da opacidade é feita por um estreito feixe de luz que é emitido na direcção
perpendicular à direcção do gás de escape, como mostra a fig. 2.1.
Medição
Fig. 2.1 – Método de medição da opacidade com um opacímetro de fluxo total
Medição
A amostra do gás de escape é atravessada por uma luz cuja intensidade de radiação será
medida.
A diferença intensidade entre a luz emitida e a luz recebida, após atravessar os gases de
escape, determina a quantidade de partículas existentes nos gases de escape, ou seja a
opacidade.
Alguns opacímetros utilizam escalas lineares de medição de opacidade (N), com valores
de 0 – 100, o que corresponde à percentagem (%) de enegrecimento.
1 N
K (m-1) = - x loge (1 - )
L 100
Exemplo:
Uma medição num opacímetro, cujo comprimento efectivo da câmara de medição (L) é
de 0,430 m, resultou num valor de opacidade (N) de 60%. O coeficiente de absorção (k)
correspondente é:
-1 60
K (m-1) = x loge (1 - ) = 2,13m-1
0,430 100
K (m-1) 0,52 1,19 1,61 2,13 2,50 2,80 3,00 3,74 5,35 6,97 10,71 16,06 21,42
Tab. 2.1 – Correspondência entre a escala linear (N) e o coeficiente
de absorção (k)
O processo para análise do gás de escape de veículos com motores Diesel prevê a
medição da emissão de opacidade utilizando um opacímetro de fluxo parcial pelo método
da aceleração livre.
Nesse método, o motor é acelerado rapidamente em ponto morto até a rotação de corte
(rotação máxima do motor) e mantido por alguns instantes nessa rotação, o que vai gerar
um pico de emissão de partículas que é posteriormente medido.
Para a análise é utilizado o índice de pico da curva de opacidade, sendo comparado com
o índice de pico determinado pelo fabricante para veículos novos que serve como limite
máximo.
1 – Led verde
2 - janela transparente
3 - janela transparente
Dois espaços vazios em ambos os lados da câmara de medição, são atravessados por
correntes forçadas de ar limpo (entrada de ar), que evitam que impurezas transportadas
pelos gases se depositem nos elementos ópticos (projector ou fotodíodo), o que poderia
perturbar a medição.
O feixe de luz fornecido pelo led (1), enfraquecida pela quantidade de partículas existentes
nos gases na câmara de medição, é finalmente recebido pelo elemento sensível à luz
(fotodíodo - 4).
A variação da intensidade luminosa que é emitida e a que alcança o fotodíodo (4), depois
de atravessar o gás de escape, é utilizada para o cálculo do valor da opacidade.
1 – Encosto de borracha
2 – Haste de medição de nível do óleo
Um valor de opacidade acima do valor indicado pelo fabricante indica que o funcionamento
do motor não é o correcto, indo provocar uma combustão com pouca qualidade e a
emissão de partículas superior ao recomendado.
Os motores Diesel funcionam com um excesso de ar muito grande para permitir uma boa
combustão. Se a quantidade de ar admitida pelo motor diminui a combustão não se dá
nas melhores condições, pois existe um excesso de combustível.
d) Estado do motor
3 – EMISSÕES DE ESCAPE
No entanto existem valores legais para as concentrações de gases de escape, que são
utilizados nas inspecções periódicas obrigatórias (I.P.O.), que devem ser respeitados.
Os valores dos teores das emissões de escape legais, e seu graus de deficiência, são
utilizados nas I.P.O. como valores padrões para realizar uma inspecção às emissões de
escape.
Os valores legais para emissões não controladas do teor de CO (em volume) e respectivo
grau de deficiência atribuído, ou seja, para veículos com motor por ignição por faísca
não equipados com conversor catalítico (catalisador) de três vias controlado por
sonda lambda são:
COMPRESSÃO (GASÓLEO)
Motores sobrealimentados:
Motores sobrealimentados:
Motores sobrealimentados:
BIBLIOGRAFIA
BARRIO, Carmelo Anaya - Livro Verde sobre o Catalisador; Manufacturas Fonos, S.L. 1994.
PÓS-TESTE
Assinale com X a resposta correcta. Apenas existe uma resposta correcta para cada questão.
c) Analisa a opacidade...................................................................................
a) Mistura Rica...............................................................................................
b) Mistura estequiométrica.............................................................................
c) Mistura Pobre.............................................................................................
d) l<0..............................................................................................................
devido a:
a) Mistura estequiométrica.............................................................................
b) Mistura estequiométrica.............................................................................
c) Mistura rica.................................................................................................
c) Mistura rica.................................................................................................
d) Mistura estequiométrica.............................................................................
para veículos equipados com motores com ignição por faísca (gasolina) ma-
a) 5%..............................................................................................................
b) 0.35%.........................................................................................................
c) 3.5%...........................................................................................................
d) Superior a 5.5%.........................................................................................
a) CO2. ...........................................................................................................
b) CO..............................................................................................................
c) Partículas...................................................................................................
a) Um filtro......................................................................................................
c) Observação visual......................................................................................
d) Escala Bacharach......................................................................................
b) 5 m-1...........................................................................................................
c) 3.5 m-1........................................................................................................
d) inferior a 1 m-1............................................................................................
CORRIGENDA E TABELA
DE
COTAÇÃO DO PÓS-TESTE
1 a) 1
2 d) 3
3 a) 2,5
4 c) 2,5
5 b) 2,5
6 a) 2,5
7 c) 2
8 c) 1
9 b) 1
10 a) 2
TOTAL 20
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
Exemplo de exercícios práticos a desenvolver no seu posto de trabalho e de acordo com a maté-
ria constante no presente módulo.
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
- 1 VEÍCULO COM MOTOR A GASOLINA OU G.P.L. (gás de petróleo liquefeito)
- MANUAL DO FABRICANTE DO VEÍCULO, COM A INDICAÇÃO DOS VALORES DE EMIS-
SÕES DE GASES DE ESCAPE
- 1 ANALISADOR DE GASES DE ESCAPE
TAREFAS A EXECUTAR
CO
CO2
O2
HC’S
VALOR λ
CO
CO2
HC’S
O2
VALOR λ
CO
CO2
HC’S
O2
VALOR λ
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
- 1 VEÍCULO COM MOTOR DIESEL
- MANUAL DO FABRICANTE DO VEÍCULO, COM A INDICAÇÃO DOS VALORES DE EMISSÕES
DE OPACIDADE
- 1 OPACÍMETRO
TAREFAS A EXECUTAR
Opacidade (m-1)
Opacidade (m-1)
Opacidade (m-1)
GUIA DE
TAREFAS A DESENVOLVER NÍVEL DE AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO (PESOS)
TOTAL 20
GUIA DE
TAREFAS A DESENVOLVER NÍVEL DE AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO (PESOS)
3 – Medição da opacidade. 9
TOTAL 20