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1.

A ideia de divisão de trabalho em Adam Smith estava calcada na premissa de que seria
através dela que haveria um aumento considerável das forças produtivas do trabalho. Para
tanto, seria necessário que houvesse um intercâmbio de mercadorias possibilitando o acesso
a diferentes itens, produzido por pessoas distintas que acabam por dar origem a uma
especialização naquilo que faziam melhor; é aí que surge a divisão de trabalho de Smith. É
necessário destacar, no entanto, a ressalva que o autor faz no tocante as diferenças que
existem na divisão do trabalho nas manufaturas e na agricultura, pois, de acordo com suas
observações, esta última não suportaria tantas fragmentações quanto a primeira no campo
produtivo. A grande vantagem da divisão do trabalho seria, como já mencionado, o aumento
das forças produtivas do trabalho que, por sua vez, é possibilitada por três fatores essenciais:
1) a maior destreza do trabalhador, já que ele ficará encarregado apenas de uma única
função; 2) economia de tempo, o trabalhador não teria que passar para outra atividade
diferente o que ocasionaria uma perda de tempo na produção; 3) a invenção de máquinas,
que facilitou o trabalho e abreviou o tempo para que a produção fosse realizada.

Smith, porém, trata como um obstáculo ao desenvolvimento pleno da divisão do trabalho a


extensão do mercado. Ele explica que com o processo de aprimoramento das forças
produtivas haveria um consequente aumento na produtividade, gerando um grande
excedente. Em um mercado de maior extensão esse excedente logo seria comercializado
através das trocas comerciais, em contrapartida, nos mercados menores a troca desse
grande excedente ficaria comprometida. Nesse caso, portanto, a divisão do trabalho seria
inútil, uma vez que, o aumento na produção de um excedente não era bem-vinda já que não
haveria consumidores o suficiente.

2. A teoria da população de Malthus surgiu ainda no final do século XVIII com as constantes
inquietação dos trabalhadores devido estarem sujeitas as condições mais degradantes de
sobrevivência. É claro que em seus estudos o autor prioriza as classes dos proprietários –
capitalistas e proprietários de terras. Em primeiro lugar, Malthus tratou de atacar alguns
autores que propunham uma reestruturação social buscando uma melhoria na condição de
vida dos mais pobres, entre os quais pode-se destacar o Marquês de Condorcet e o inglês
William Godwin. Para refutá-los, Malthus apresentou dois temas que demonstrariam a
impossibilidade de uma reforma social eficaz: o primeiro era o de que a divisão de classes
seria inevitável e que esta, seria regida por uma lei natural; o segundo tema referia-se que a
pobreza e o sofrimento eram inevitáveis para a maioria das pessoas e, além disso, todas as
tentativas de melhoria na condição destas pessoas só resultaria em mais sofrimento.

No cerne de sua teoria da população estava a sua afirmação de que os seres humanos
possuíam um apetite sexual intrínseco e que ele seria o responsável pelo aumento na taxa de
natalidade das sociedades e, como consequência, se não fossem controladas a população
aumentaria em progressão geométrica, o que significaria que o número de habitantes
praticamente duplicaria. Em contrapartida, Malthus afirmava que esse aumento populacional
estaria ameaçado pela produção limitada de alimento para alimentar a todos: sua ideia era a
de que o crescimento da produção de alimentos aconteceria em progressão aritmética, ou
seja, em um grau que não seria possível alimentar a todos. Para sanar toda essa problemática
o autor propôs dois tipos de controle do crescimento da população: os controles positivos,
que consistiam em um aumento na taxa de mortalidade, ampliando a miséria, a fome, as
pragas, as guerras, etc; os controles preventivos estavam voltados para diminuir a taxa de
natalidade e incluíam a esterilidade, a abstinência sexual e o controle dos nascimentos.
Em relação a população mais pobres, o autor os considerava extremamente imorais e
incapazes de conter seus desejos sexuais; já os mais ricos eram os únicos que possuíam um
alto nível moral. Além de já mostrar-se contrário ao oferecimento de auxílio para os mais
pobres, Malthus ainda pregava que se os pobres melhorassem as condições de vida iriam
consumir desenfreadamente, procriar em demasia e, por consequência, voltariam a condição
de pobreza de antes. Ainda em sua concepção, os mais ricos conservariam um valor social e
cultural sem comparações oriundos do sistema de propriedade privada e da desigualdade
entre as classes sociais.

3. A noção que tinha Malthus a respeito do que seria a riqueza começava já por diferenciar-se
da ideia de Adam Smith, este proclamava que a riqueza seria necessariamente fruto do
trabalho; Malthus, entretanto, discorda dessa afirmação e diz que a riqueza é definida pela
acumulação de materiais úteis ou agradáveis para os seres humanos. Além disso, acreditava
que um objeto poderia ser considerado uma riqueza mesmo que não houvesse nele nenhum
tipo de trabalho incorporado.
Em relação ao trabalho, Malthus definia claramente dois tipos distintos de funções: os
trabalhos produtivos e os de serviços pessoais. O primeiro era caracterizado como aquele
produzia uma riqueza material; já o segundo considerava apenas as funções como
empregados de casa que não produziam nada que pudesse ser acumulado como riqueza.
Malthus aceitava dois tipos de ideias com relação aos preços da mercadoria, ambas
encontrando respaldo nas já citadas por Adam Smith. A primeira delas é a de que o valor das
mercadorias é determinado pela quantidade de trabalho ali empregado, concordando
totalmente com Smith. A segunda é referente ao valor baseado no custo de produção: ele
dizia que o preço natural era a soma dos salários, aluguéis e lucros, o que diferia de Smith
que considerava o trabalho como o único custo social, já Malthus falava que os lucros e
aluguéis eram igualmente importantes na determinação do valor das mercadorias.

4. A Teoria de Superprodução de Malthus está totalmente interligada com o gasto da renda das
três classes – proprietários de terras, capitalistas e trabalhadores – e a forma pela qual essas
gastam sua renda. Uma das contribuições mais importantes foi a ideia de demanda efetiva
que consiste em um consumo pleno, ou seja, gastar tudo o que ganha na aquisição de
mercadorias. Dentro dessa ideia, existem duas formas de gastar a renda: a primeira era a
compra de mercadorias para o consumo e a segunda era comprar mercadoria visando o
acúmulo de capital. Malthus tinha para si que a causa – óbvia – de uma superprodução geral
era uma demanda efetiva insuficiente. Visando uma alternativa para impedir que essa
situação ocorresse, o autor passou a analisar o padrão de gastos de cada classe e como isso
poderia afetar a problemática de produção em demasia. Os trabalhadores gastavam sua
renda em mercadorias em subsistência; os proprietários de terras gastavam ostensivamente
sua renda em bens de consumo ou em serviços pessoais; já os capitalistas buscavam sempre
acumular ainda mais capital e não tinham pretensão de gastar grande parte de seus lucros
seja em consumo ou em serviços pessoais. Era nesse último grupo que Malthus via o
problema: com o avanço do capitalismo, os capitalistas receberiam muito mais renda e, por
consequência, acumulariam ainda mais seus ganhos para investir em mais capital. Dessa essa
situação, as sociedades teriam uma tendência à superprodução causada por uma demanda
insuficiente oriunda do reinvestimento dos capitalistas que não gastavam sua renda na
aquisição de mercadorias. A solução fornecida pelo autor foi uma espécie de distribuição de
renda para a classe dos proprietários de terras, que permitissem a eles receber mais renda e,
com todos os seus gastos citados acima, poderiam contribuir para suprir a demanda efetiva
da sociedade. É válido citar ainda a defesa das Leis dos Cereais por Malthus, que as via como
bastante positivas para que os proprietários pudessem angariar ainda mais renda com o
aumento dos preços dos insumos agrícolas.
5. A teoria da renda da terra de David Ricardo estava baseada numa análise da utilização de
terras na agricultura em conjunto com o aumento populacional e sua demanda crescente
pelos insumos agrícola. Imagine que em uma cidade no campo as pessoas que ali se
assentaram primeiro passaram a cultivar nas terras mais férteis e assim conseguiram manter
o nível de subsistência; anos mais tarde, a cidade teria crescido em extensão territorial e em
população, para sanar a demanda por alimentos, de acordo com a teoria de Ricardo, terras
menos produtivas teriam que ser cultivadas. Essas terras de menor qualidade suscitariam um
aumento no gasto com o processo de plantação e um consequente aumento no preço das
mercadorias. Em contrapartida, as terras mais férteis aproveitariam essa disparidade de
preços e, por meio de uma média social, venderiam suas mercadorias por um preço maior ao
que fora gasto na produção, isso porquê os preços seriam determinados pelas terras menos
férteis que, como já dito, possuíam um alto custo de produção que elevava o preço dos
insumos. A renda – o aluguel ou excedente – das terras mais férteis subiria em detrimento
das menos férteis que não trariam nenhum lucro a quem cultivasse. Como consequência, o
lucro dos capitalistas iria diminuir consideravelmente já que seria necessário um
investimento maior em técnicas para melhorar o solo das terras. Em resumo, com o aumento
populacional haveria a necessidade do cultivo de terras de nível inferior, esta situação levaria
a uma diminuição dos lucros obtidos pelos capitalistas e o aumento no preço dos alimentos.
A renda das terras mais férteis iria subir e tanto o valor de venda como o arrendamento
destas iria ficar mais elevados, já que, com o uso de terras de qualidade inferior, essas iriam
se valorizar.
6. Em relação a teoria do valor-trabalho de Ricardo ele partia da mesma ideia de Adam Smith,
considerava que a quantidade de trabalho incutida em determinado produto seria o fator
determinante para o valor de troca no mercado. Entretanto, Ricardo dava outra fonte de
valor de troca: a escassez, que só seria aplicada em produtos que não poderiam reproduzir-
se livremente com a ação do homem e, na perspectiva de Ricardo, não tinham lá muita
importância. Retornando a sua concepção de que o valor de troca seria determinado pela
quantidade de trabalho, Ricardo escreveu que o preço de uma mercadoria iria elevar-se se
houvesse um aumento na quantidade de trabalho nele inserida, e o inverso também
aconteceria caso houvesse uma diminuição na quantidade de trabalho empregada. Essa sua
ideia seria válida para todas as sociedades – rudes e civilizadas -, diferentemente da de Smith
que considerava apenas as sociedades ditas simples.
7. A teoria das vantagens comparativas de David Ricardo levava a uma análise a respeito das
trocas comerciais entre países, os produtos importados/exportados, o preço de produção, a
quantidade e também o número de horas utilizados para a obtenção de determinado
produto. Partindo da premissa de que o crescimento da economia só seria obtido com o
acúmulo de capital e também da taxa de crescimento, culminando na obtenção de maior
lucro. Observando as trocas comerciais entre os diferentes países, o autor observou que cada
país deveria se especializar na produção do produto que fosse melhor em termos produtivos,
isso está muito ligado à uma divisão internacional do trabalho já observada por Adam Smith.
Essa teoria, na visão de Ricardo, seria benéfica a ambos os países. Era por isso que ele
defendia uma maior abrangência do comércio exterior alegando que ela contribuiria para
aumentar a massa de mercadorias e os benefícios totais e, em contrapartida, toda restrição
levaria a redução dos benefícios.
8. David Ricardo e Thomas Malthus se beneficiariam muito dos estudos de Adam Smith na
construção de suas análises, entretanto, não significa que concordassem com tudo que o seu
percussor pregava. Um elemento convergente entre os três era a de que o valor de uma
determinada mercadoria seria definido pela quantia do trabalho empregada nela, no
entanto, as divergências já começavam por aí: Smith dizia que o trabalho era medida de valor
apenas nas sociedades simples; Ricardo dizia que era medida tanto para as sociedades rudes
quando as civilizadas – ou capitalistas. Malthus, por sua vez, aceitava também a teoria de
Smith em que o valor baseava-se no custo de produção e dizia que todos os componentes do
preço natural – salários, aluguéis e lucros – eram todos igualmente necessários; já Smith
enxergava o trabalho como único custo social do trabalho. Apesar de serem grandes amigos,
Ricardo e Malthus contratavam em alguns pontos, o principal deles era em relação a teoria
de Superprodução malthusiana. Ricardo postulava que as livres forças do mercado
ajustariam o preço e a quantidade do produto, impedindo que houve uma crise de excesso
de produção, que era o que pregava Malthus.

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