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IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DE PEQUENAS CENTRAIS

HIDRELÉTRICAS: CONSIDERAÇÕES SOBRE OS EFEITOS


CUMULATIVOS E SINÉRGICOS
TECHNICAL ARTICLES
PCHNotícias&SHPNews
Publisher: Acta Editora/CERPCH MÉTODO PRÁTICO APLICADO ÀS ANÁLISES DE
DOI:10.14268/pchn.2017.00053
ISSN: 1676-0220 PROJETOS DE INVESTIMENTOS EM CGHs E PCHs: UM
Subject Collection: Engineering
Subject: Engineering, measurement ESTUDO DE CASO NO INTERIOR DE SANTA CATARINA
1*
OLIVEIRA, Bruno Alexandre de; 2MEDEIROS, Lucio de

RESUMO

Este artigo aplica conhecimentos de análises de investimentos em projetos hidrelétricos. Um método prático é proposto embasado
nas ciências dos fundamentos de decisões financeiras e análise de investimentos a partir de indicadores econômico-financeiros e
hidrelétricas, particularmente às CGHs e PCHs. Preliminarmente, os elementos dos projetos de investimentos foram representados por
um diagrama denominado fluxo de capital, bem como definidos os respectivos pressupostos e limitações. Por sua vez, são gerados
os indicadores econômico-financeiro, o que pode levar ao investidor, após análises, a concluir na decisão ou não de se inclinar a
investir no projeto em estudo. A contribuição feita neste artigo é de mostrar uma forma prática e aplicada para avaliar alternativas
de investimentos de CGHs e PCHs mediante análises, feitas pelo investidor, aqui denominado de decisor, de indicadores econômico-
financeiro mais adequado e personalizado ao respectivo perfil, podendo recair para a maior TIR ou então para o menor Pay-back. É
apresentado um estudo de caso o que permitiu comprovar a aplicabilidade do método, mesmo que admitidas certas simplificações. Os
resultados apontam que a metodologia pode fornecer sinalizações relacionada a atratividade ou não de investimentos em projetos de
CGHs e PCHs.

PALAVRA-CHAVE: Centrais hidrelétricas. Avaliação de investimentos. Indicadores econômico-financeiros.

PRACTICAL METHOD APPLIED TO INVESTMENT PROJECTS IN ANALYSIS


AND CGHs PCHs: A CASE STUDY IN SANTA CATARINA INTERIOR
ABSTRACT

This paper applies knowledge of investment analysis in hydroelectric projects. A practical method is proposed grounded in the science of
the fundamentals of financial decisions and investment analysis from economic and financial indicators and dams, particularly the CGHs
and PCH. Preliminarily, the elements of the investment projects were represented by a diagram called the flow of capital and set their
assumptions and limitations. In turn, the economic and financial indicators are generated, which can lead to the investor, after analysis,
to conclude in the decision whether or not to lean to invest in the project under study. The contribution made in this article is to show a
practical and applied to evaluate alternative CGHs investment and PCH by analyzes made by the investor, here called the decision maker,
of economic and financial indicators most appropriate and customized to their profile, and may fall to the highest IRR or so for the lowest
pay-back. a case study that to prove the applicability of the method, even though it admitted certain simplifications appears. The results
show that the method can provide signals related to attractiveness or otherwise of investments in CGHs and PCHs projects.

KEYWORDS: Hydroelectric plants. Investment evaluation. Economic and financial indicators.

1. INTRODUÇÃO hidrelétrico. Por se tratar de metodologia simplificada, é de


baixo custo, contudo, muitas incertezas são desprezadas, muito
Desde que justificável o uso da hidroeletricidade para
embora possa vir, caso inclinado a investir, uma boa oportunidade
sustentar o desenvolvimento econômico de uma determinada
de incorporar técnicas de análises mais apuradas para redução
região, torna-se necessário um exame de sua viabilidade para
dos riscos, tais como, a de sensibilidade e métodos estatísticos,
convencer possíveis credores e investidores prospectivos de longo de recomendação significativa, porém, fogem do escopo do
prazo para disponibilizar recursos financeiros. Fatores relevantes presente trabalho. (SOUZA; SANTOS; BORTONI, 2009)
para tal exame devem passar por estudos de viabilidade, por A atratividade econômica de um projeto hidrelétrico pode ser
exemplo, técnica, econômica, capacidade do projeto de obter o avaliada de diversas técnicas, por exemplo: MME (2000) orienta
próprio crédito e de riscos. (FINNERTY, 1998) comparar cada alternativa contendo os custos de implantação
No decorrer dos estudos de viabilidade, para se chegar com as respectivas despesas de operação e manutenção; há
na atratividade ou não de um determinado aproveitamento também a comparação entre os máximos benefícios gerados
hidroelétrico, tipicamente, depara-se com recursos financeiros com a energia elétrica produzida pela alternativa subtraídos dos
inevitáveis e irrecuperáveis; exemplos destes recursos: estudos respectivos custos de implantação, operação e manutenção;
topográfico, geológico, hidrológico, ambiental e social. (GOUVÊA; também, como o apregoado em Souza et al. (2009), estudos
BAGGIO, 2012) completos compostos por quantificação da obra, cálculos dos
O método proposto é motivado para inclinar ou declinar o custos, cronograma físico-financeiro, avaliação dos benefícios,
investidor previamente ao início dos estudos de viabilidade, cálculos dos indicadores econômicos e financeiros.
visando a sinalização imediata e premeditada já tecnicamente Para os cálculos dos indicadores necessariamente se deve
de uma possível oportunidade de investimento em projeto construir um Fluxo Esperado de Benefícios (CFj) do projeto de

1
Estratégia Projetos e Gerenciamento de Obras, bruolive@gmail.com
2
Institutos Lactec. lucio.medeiros@lactec.org.br
*Autor Correspondente.

PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 73, (2), ABR-JUN/2017, DA PÁG. 13-16 13
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investimento e representa-lo por um diagrama denominado de Fluxo Os dados são fictícios para uso exclusivamente didático
Esperado de Caixa, tipicamente anual, mostrado na FIGURA 1: visando comprovar a aplicabilidade do método proposto. Para
uma melhor compreensão do processo de decisão de investimento
proposto, divide-se a metodologia em quatro etapas, conforme
detalhado a seguir.

2.1 Definição das Premissas

Inicialmente deve-se levantar e definir as premissas listadas


abaixo:
• Investimento inicial, representado pelo custo total de implantação,
Fonte: Adaptado de Souza et al. (2012). o que é possível, segundo Souza et al. (2009), seguir o Modelo
Fig. 1: Diagrama Genérico de Fluxo Esperado de Caixa do Projeto de
Investimento. agregado de custo, sugerindo que o custo de implantação de
uma Central Hidrelétrica é diretamente proporcional à potencia
Recomenda-se Souza et al. (2012) como referência para os instalada e inversamente proporcional à respectiva queda bruta,
cálculos dos indicadores econômicos e financeiros, condensado desta forma, pode-se seguir o modelo abaixo,
neste trabalho a seguir:
• Método do valor presente líquido: no período zero representa
(4)
a diferença do somatório dos benefícios com o somatório dos
investimentos utilizando como a taxa de desconto a taxa de
mínima atratividade (TMA) calculando como segue, Onde:
CT Custo total de implantação, em USD
(1) k Constante estimada em função da experiência de
projetos implantados no sítio de interesse
Onde: Pel Potência elétrica instalada, em MW
VPL Valor presente líquido, em R$ HB Queda bruta, em m
CF0 Investimento inicial, em R$
• Custo anual de operação e manutenção, segundo MME
CFJ Fluxo esperado de benefícios, no tempo j, em R$
(2007), pode ser estimado pela seguinte expressão,
TMA Taxa de mínima atratividade, em %
J Período no fluxo de caixa, tipicamente em anos
(5)
• Método do índice benefício/custo: é a razão entre os somatórios
dos valores presentes do Fluxo Esperado de Benefícios com o Onde:
Fluxo Esperado de Investimentos, como segue, COM Custo anual de operação e manutenção, em USD
Pel Potência elétrica instalada, em MW
(2) R$/USD  Taxa de conversão de R$ para USD

• Benefício anual com a produção de energia elétrica, pode ser


Onde:
estimado, a partir dos estudos realizados em MME (2007),
IBC Índice benefício custo, em R$
como segue,
• Método da taxa interna de retorno: é a taxa que torna o VPL
de um fluxo de caixa igual a zero, calculado como segue, (6)

Onde:
(3)
BA Benefício anual com a produção de energia elétrica, em USD
Onde: Pel Potência elétrica instalada, em MW
VPL Valor presente líquido, em R$ TME Tarifa média de energia anual, em USD/MWh
CF0 Investimento inicial, em R$ • Vida econômica do aproveitamento hidrelétrico (N), adotada
CFJ Fluxo esperado de benefícios, no tempo j, em R$ em 50 anos para pequenas centrais hidrelétricas, conforme
TIR Taxa interna de retorno, em % orienta MME (2000);
J Período no fluxo de caixa, tipicamente em anos • Taxa de mínima atratividade, o que MME (2000) considera de
• Pay-back descontado: a valores presentes, representa o 12% ao ano.
número de períodos necessários para que o somatório do
fluxo esperado de benefícios supere o somatório do fluxo 2.2 Construção do Fluxo de Capital
esperado de investimentos.
Nesta etapa se constrói o fluxo esperado de benefícios e
investimentos, aqui denominado de Fluxo de Capital, de cada
2. MATERIAL E MÉTODOS
alternativa para às análises, sendo as parcelas do fluxo esperado
O método proposto é definido neste capítulo, o qual será de benefícios anuais representadas pela equação (6), BA. Os
mostrada a sistemática utilizada para às análises, e apresentado fluxos esperados de investimentos são representados pelas
via FIGURA 2. parcelas referentes ao custo total associado à implantação
do empreendimento e estimado pela equação (4), CT e pelos
respectivos custos de operação e manutenção abordado via
equação (5), COM. O número de horas no ano é, em geral,
Fonte: O autor (2016). assumido como igual a 8.760 horas (ano bissexto não é
Fig. 2: Fluxograma das Etapas da Metodologia . considerado na metodologia proposta).

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Para cada alternativa de um possível investimento em madeira que, devido aos elevados custos de manutenção ao longo
aproveitamento hidrelétrico se tem um determinado fluxo do tempo, foi substituída por canal. Já a FIGURA 5 se visualiza
esperado de capital tomados a valores presentes, considerando a a reforma em fase de conclusão: canal em argila revestida
TMA como a taxa de desconto, representado genericamente pelo com Geomembrana de PEAD (Polietileno de Alta Densidade),
diagrama da FIGURA 3. um material polimérico que apresenta excelentes resistências
mecânica, química e ao intemperismo, possui flexibilidade e
soldabilidade, desenvolvida para impermeabilização de solos.

Fonte: O autor (2016).


Fig. 3: Fluxo Esperado de Capital a Valores Presentes de Uma Alternativa.

Observe-se que o total de investimentos representados


pelos custos de implantação do projeto (CT) é tomado como um
único pagamento no instante do comissionamento da central
hidrelétrica. Um estudo com o fluxo esperado de benefícios
tomados a valores presentes, considerando uma Taxa de Mínima
Atratividade (TMA) como a taxa de desconto, pode ser analisado
em Oliveira (2015).
Fonte: Acervo pessoal.
Fig. 4: PCH Rio Tigre (2,08 MW).
2.3 Cálculo dos Indicadores Econômico-Financeiros

Calculam-se os indicadores econômico-financeiros para cada


alternativa que serão importantes na tomada de decisão do
investidor quando houver mais opções de investimento.
Os indicadores mais utilizados neste tipo de análise são o
Valor Presente Líquido (VPL); Índice Benefício/Custo (IBC); Taxa
Interna de Retorno (TIR) e Payback descontado. Mais detalhes
sobre o cálculo destes indicadores podem ser consultados em
Oliveira (2015) e Souza et al. (2012).

2.4 Tomada de Decisão

Finalmente, após o cálculo dos indicadores econômico-


financeiros de cada alternativa, faz-se uma análise comparativa
dos resultados para uma adequada tomada de decisão sobre o
investimento a ser realizado. Uma alternativa de investimento
pode levar a um maior VPL comparado com outra alternativa,
embora nem sempre a um maior retorno em termos de TIR ou Fonte: Acervo pessoal.
Fig. 5: PCH Rio Tigre (2,08 MW).
Payback descontado, por exemplo. Não há, dessa forma, uma
regra geral a ser aplicada em todos os casos. Após as obras de reforma foi vislumbrado a repotenciação
Para um determinado investidor, um retorno mais rápido é da Usina, permitindo mais duas possibilidades de incremento
prioritário a um outro investidor que talvez prefira um retorno maior, na potencia instalada original, podendo a chegar numa potencia
embora mais a longo prazo. Portanto, para sua tomada de decisão, elétrica instalada total de 8,08 MW, considerando as seguintes
o investidor deve avaliar os resultados encontrados das diversas alternativas de investimentos independentes:
possibilidades de investimento, e analisar a sua aversão ao risco. • Primeira alternativa é de reativação da usina de 2,08 MW
concomitante com os acrescimentos de 0,5 MW e 5,50 MW,
3. ESTUDO DE CASO assim totalizando 8,08 MW;
Visando atender à demanda energética do oeste de Santa • Segunda alternativa é para reativar a usina de 2,08 MW
Catarina, particularmente de Chapecó-SC e adjacências, foi concomitante de somente 0,5 MW, total de 2,58 MW;
construída uma usina no rio Tigre em 1.965, chamada por Usina • Terceira e última alternativa é reativar a usina de 2,08 MW
Guatambu, localizada na cidade de mesmo nome. (SANTOS; concomitante com a instalação de 5,50 MW, com potência
REIS, 2002) instalada de 7,58 MW.
Até o início dos anos 2000, a usina operava sob uma potência Para o caso, em uma primeira fase, os investidores optou
elétrica instalada de 2,08 MW e, por medida de segurança, ela para apenas reativar a usina de 2,08 MW para, assim que a
foi desativada, o que levou a possíveis novos investidores a própria usina tivesse a capacidade de obtenção do próprio capital
começar uma série de obras para reformar o sistema de adução com a produção de energia elétrica desta reativação, implanta,
e modernização dos equipamentos hidráulicos, mecânicos e tempestivamente, as unidades de 0,50 MW e finalizando com
elétricos. A FIGURA 4 mostra o sistema de adução original: uma a potência de 5,50 MW. É uma decisão acertada em termos de
antiga alternativa de tubulação de adução em baixa pressão de indicadores econômico-financeiro?

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Para responder a esta questão, inicialmente, a Etapa 1 da investidores à época. De fato, a implantação desta alternativa
metodologia visa definir as premissas para cada alternativa. implica em investimento inicial inferior quando comparada com as
No presente estudo de caso, para todas as alternativas, foram demais, muito embora apresente indicadores desfavoráveis dentre
consideradas, para a vida econômica da usina, tempo disponível as demais alternativas, por exemplo Payback descontado de 10,92
de operação comercial de 50 anos, k=7 para o cálculo do CT, anos: a primeira alternativa obteve 7,8 anos e a terceira alternativa
HB=150,00m, câmbio de R$ 3,50 / USD 1,00, tarifa média valores de 7,95 anos. Portanto, a alternativa mais adequada para
de energia anual de USD 60,00/MWh e uma Taxa de Mínima investimento, considerando os indicadores econômico-financeiros,
Atratividade (TMA) de 12% a.a., já descontada a inflação. seria a primeira alternativa, porém, considerando a alternativa
que requer menor investimento inicial, a alternativa 2 é a mais
3.1 Análise da Alternativa 1 adequada, embora apresente os indicadores mais desfavoráveis.
Entretanto, deve-se ressaltar que após uma análise com-
Após a definição das premissas, foram aplicadas as expressões
parativa entre todas as alternativas aqui estudadas, o que limita
referentes ao ítem 2, conforme regido pela etapa 3, o que
consideravelmente a decisão foi a restrição inicial de capital a
gerou a construção do Fluxo de Capital da primeira alternativa,
ser investido no projeto. Estudos de caso complementares são
resultando no diagrama representada pela FIGURA 6:
apresentados em Oliveira (2015).

4. CONCLUSÃO

Este artigo apresentou uma metodologia para indicar a


alternativa mais adequada para investimentos típicos em apro-
veitamentos hidrelétricos, respeitadas as premissas e limitações
impostas e estabelecidas pelo problema a ser resolvido. O
método proposto é aplicável somente a usinas a fio d’água, pois
não considera os deplecionamentos, típicos em reservatórios do
Fonte: O autor (2016).
tipo de acumulação.
Fig. 6: Fluxo Esperado de Capital a Valores Presentes da Alternativa 1.
O resultado encontrado aponta que a metodologia pode fornecer
Conforme orientado na Etapa 3 da metodologia, foram melhores alternativas para investimentos que considere indicadores
também calculados os indicadores econômico-financeiros desta econômico-financeiro. Pode-se concluir que a tomada de decisão
alternativa, apresentados na QUADRO 1. sobre uma opção de investimento em usinas hidrelétricas a fio
d’água passa pela avaliação sobre o retorno esperado e limitação
Quadro 1: Indicadores econômico-financeiros da primeira alternativa.
do capital inicil pelo investidor em cada alternativa.
VPL (USD) 7.981.754,45 No estudo de caso apresentado, por exemplo, uma das
IBC 1,70 alternativas (segunda) leva à inferior investimento inicial para
TIR (%) 20,46 o investidor e outra à resultados melhores nos indicadores
Payback Descontado (anos) 7,80 econômico-financeiro (primeira). A alternativa a ser adotada
Fonte: O autor (2016). deve ser aquela mais adequada ao perfil de risco do investidor.
Como sugestão de trabalhos futuros, pode-se levar em
Note-se que pelo QUADRO 1 que o VPL é positivo, além de
consideração a não linearidade entre as variáveis de interesse
TIR > TMA (de 12% a.a.). Adicionalmente, Payback descontado
como, por exemplo, a relação entre a potência instalada da
é inferior à vida econômica da usina (50 anos), ou seja, os
usina e o custo da barragem, aqui considerados lineares para
indicadores sinalizam a viabilidade desta alternativa, considerando
simplificação do problema.
as premissas adotadas.

5. REFERÊNCIAS
3.2 Análise das Alternativas 2 e 3
• FINNERTY, J. D. (1998). Project Finance – Engenharia
As formulações matemáticas das alternativas 2 e 3 podem ser
Financeira Baseada em Ativos. Editora Qualitymark.
desenvolvidas de forma similar ao apresentado na alternativa 1.
• GOUVÊA, F. F.; BAGGIO, F. A. V. (2012). Soluções Para
De forma semelhante ao obtido na alternativa 1, as alternativas 2
Viabilização de Pequenas Centrais Hidrelétricas. p. 20-25.
e 3 também se mostraram viáveis do ponto de vista econômico-
• MME (2000). Diretrizes Para Estudos e Projetos de Pequenas
financeiro, com VPL positivo, IBC > 1, TIR superior à TMA e
Centrais Hidrelétricas.
Payback descontado inferior à vida econômica da usina.
• MME (2007). Manual de Inventário Hidroelétrico de Bacias
Hidrográficas.
3.3 Tomada de Decisão
• OLIVEIRA, B. A. (2015). Metodologia de Avaliação de Cenários
Como recomendado na última etapa da metodologia, a análise de Investimentos em Obras de Ampliações e Implantações de
comparativa dos resultados necessita ser feita conjuntamente, Centrais Hidrelétricas. Dissertação de Mestrado. Programa de
considerando os resultados do cálculo de indicadores econômico- Pós-Graduação em Desenvolvimento de Tecnologia. Instituto
financeiros de cada alternativa. A grande vantagem da aplicação de Tecnologia para o Desenvolvimento.
desta metodologia é que o investidor poderá contar com outras • SANTOS, S. C.; REIS, M. J. (2002). Memória do Setor Elétrico
opções na sua tomada de decisão, que não será baseada apenas na Região Sul. Editora da UFSC.
em um ou outro indicador, como acontece na prática, mas também • SOUZA, A.; CLEMENTE, A. (2012). Decisões Financeiras e
de um conjunto de indicadores econômico-financeiros e do cálculo Análise de Investimentos. Editora Atlas.
do fluxo de benefícios e investimentos de cada alternativa. • SOUZA, Z.; SANTOS, A. H.; BORTONI, E. C. (2009). Centrais
A alternativa de reativar a usina de 2,08 MW e posteriormente Hidrelétricas: Implantação e Comissionamento. Editora
realizar a instalação de 0,50 MW, foi a alternativa adotada pelos Interciência.

16 PCH NOTÍCIAS & SHP NEWS, 73, (2), ABR-JUN/2017, DA PÁG. 13-16

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