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INTRODUÇÃO

Com o processo de transformação mundial ocasionado pela globalização o


intercâmbio entre os países tornou-se sem limites, com desenvolvimento do mercado
financeiro. Atualmente os países que almejam desenvolvimento precisam do mercado de
capitais ou acionário, que refere-se exatamente a porta de entrada dos investimentos
estrangeiros no país.
Ainda assim falar em Bolsa de Valores, Mercado de Capitais, Mercado Financeiro,
Fundos de Investimentos, Ativos Financeiros, Derivativos, etc., pode parecer um pouco
estranho para grande parte dos brasileiros. Apesar de ouvir a todo o momento falar em ações e
bolsas, por canais televisivos, rádios, ou internet, ainda existe certa resistência com relação a
atuar como investidor ou realizar aplicações em bolsa. Analisando alguns entraves para a
utilização da bolsa, cita-se a falta de acesso às mesmas; medo de investir; processo de
aplicação complicado e complexo de se entender, desconhecimento de seu funcionamento,
entre outros fatores.
As bolsas de valores, no Brasil há duas Bovespa1 e BM&F2, não deve ser visto
como um bicho de sete cabeças, pois hoje se definem bolsas de valores como associações
civis, sem fins lucrativos e com funções de interesse público. Atuando como delegadas do
poder público, têm ampla autonomia em sua esfera de responsabilidade. E assim viabilizar um
importante objetivo de capitalismo moderno: o estímulo à poupança do grande público e ao
investimento em empresas em expansão, que, diante deste apoio, poderão assegurar as
condições para seu desenvolvimento.
Independente atualmente, têm-se os meios eletrônicos que proporcionam acesso a
tão temida Bolsa de Valores, existem órgãos especializados que fazem aplicações e
negociações, e o mais importante, atuar com a bolsa possibilita, de acordo com o ativo a ser
trabalhado, menor risco e maior estabilidade para negociações. No caso dos derivativos a
empresa pode se proteger, como por exemplo, de variações cambiais, pois se tem um mercado
cambial incerto, oscilante. Assim para entender um pouco mais sobre ativos financeiros,
derivativos no trabalho aqui disposto, restringirá apenas a este tópico, devido a diversidade de
títulos e ações existentes em bolsas. Com isso será apresentado o conceito e um pouco do

1
Bolsa de Valores de São Paulo.
2
Bolsa de Mercadorias e Futuros.
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histórico, e ainda demonstrar qual a vantagem da utilização dos derivativos, qual o retorno
proporcionado, qual a segurança quando se negocia este tipo de ativo financeiro.
DERIVATIVOS E A GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA

O mercado de derivativos corresponde a parte mais sofisticada do mercado de


capitais e mais explorada pela mídia, segundo Pinheiro (2005, p.306). Buscando compreender
os derivativos no contexto financeiro, cita-se as palavras da Equipe do Infomoney (2006), que
diz o seguinte:

Embora com grande destaque no noticiário econômico-financeiro, os mercados de


derivativos ainda são uma incógnita para muita gente. De fato, a relativa
complexidade destes mercados acaba dificultando a compreensão por parte do
público, não permitindo que muita gente entenda o funcionamento e a importância
dos mesmos. (INFOMONEY, 2006)

Com certeza são diversos os fatores que impedem maior utilização do conhecido
mercado de derivativos, com isso, primeiramente visando conhecer as instituições
responsáveis pelo funcionamento do mercado de capitais. Os quais compõem o Sistema
Financeiro Nacional (SFN) que é composto de Instituições responsáveis pela captação de
recursos financeiros, pela distribuição e circulação de valores e pela regulação deste processo.
Dentre estas instituições existem o Conselho Monetário Nacional (CMN), seu organismo
maior, presidido pelo ministro da Fazenda, é quem define as diretrizes de atuação do sistema.
Diretamente ligados a ele estão o Banco Central do Brasil (Bacen), que atua como seu órgão
executivo e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que responde pela regulamentação e
fomento do mercado de valores mobiliários (de bolsa e de balcão), que tem como participante
seqüencial as bolsas (Bovespa e BM&F) e o investidor e aplicador.
Partindo para o contexto de funcionamento do mercado financeiro, toma-se um
ditado que é muito pronunciado na bolsa, que é o seguinte: “Para se ganhar dinheiro sem
correr risco, não se deve carregar todos os ovos numa mesma cesta”. Este ditado faz parte do
cotidiano dos operadores de bolsa, bem como, serve de base para investidores e negociadores
em bolsa. Assim pode-se encaixar a definição dos derivativos, que além dos tipos: a termo,
futuro, opções e swap, possuem a característica de proteção e garantia contra variações, ou
seja, os derivativos são usados para fazer hedge, conforme retrata Rosa (2006, p.1),
exemplificado da seguinte maneira:

Se uma empresa tem dívidas a pagar em dólar pode fechar na BM&F um contrato
de dólar futura para garantir que pagará a cotação desejada quando tiver que quitar
a dívida. Dessa forma, mesmo que a moeda americana ultrapasse a cotação fixada,
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a empresa comprará pelo preço combinado. Neste caso, ela estará protegida, ou
seja, fez um hedge. Os derivativos, quando não são usados como hedge, são
investimentos de alto risco (ROSA, 2006, p.1).
Ao introduzir o assunto sobre os derivativos e seus tipos, primeiramente se faz
necessário conhecer seu contexto, conforme já citado, faz parte do mercado financeiro, na
Figura 1, nota-se uma melhor visualização da sua classificação.

FIGURA 1
Denominação e divisão do Mercado

MERCADOS

Mercado de
Mercado MERCADO Mercado de Mercado de Bens e
Monetário FINANCEIRO Crédito Trabalho Serviços

Mercado de MERCADO DE Mercado


Capitais DERIVATIVOS Cambial

MERCADO MERCADO DE MERCADO A OPERAÇÕES


Flutuante Comercial
FUTURO OPÇÕES TERMO SWAP

Preço, Local de Taxas Juros,


Financeiros Calls
entrega, data, Câmbio e
& &
quantidade e Índices de
Agropecuários Puts
qualidade. Preços

Fonte: BOVESPA (1999).

Ainda na Figura 1, tem-se a complexidade e a ramificação do mercado, com


enfoque no mercado de derivativos, que são utilizados como ferramentas que oferecem meios
para gestão de risco, cuja definição deste ativo financeiro, citado por Pinheiro (2005, p.308)
possui o seguinte conceito:

São contratos cujos valores e características de negociação estão vinculados aos


ativos que lhes servem de referência, ou seja, são ativos financeiros cujos valores
dependem (ou derivam) de valores de outras variáveis básicas. A palavra derivativo
vem do fato de que o preço do ativo é derivado de outro. Por exemplo, na opção da
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Petrobrás, o preço desta opção é derivado do ativo “Ação da Petrobrás”. Assim um


derivativo é um contrato financeiro, entre duas ou mais partes, que deriva do valor
futuro de um ativo subjacente (PINHEIRO, 2005, p.308).
Segundo Infomoney (2006), são diversas as razões para o uso de derivativos, por
exemplo, um produtor de café pode vender contratos futuros de café para reduzir o preço, ou
seja, se o preço do café cair, ele perde nos seus estoques, mas ganha no mercado futuro, e
vice-versa. Isso é conhecido como uma operação de proteção, ou hedge.
Desta maneira entende-se que os contratos de derivativos servem para “travar”
risco de variações de preços. No mercado financeiro, usa-se o a designação de hedge, pois a
operação serve de proteção. Com o propósito de melhor compreensão dos exemplos citados,
tem –se a classificação em quatro tipos principais, uma vez que existem vários outros, de
derivativos que são: Contratos a termo, Contratos de Futuros, Contratos de opções e
Operações swap. Pinheiro (2005, p.308), diz que a base deriva dos seguintes instrumentos:
taxas de juros, taxa de câmbio, commodity (mercadoria) e índices de preços.
Antes da descrição de cada tipo de derivativo é preciso entender a função dos
mercados de derivativos, denominados por Pinheiro (2005, p.308), em três pontos:
• A transferência de riscos e a maior eficiência na distribuição de recursos;
• A alavancagem da rentabilidade, visando à obtenção de sua maximização;
• A melhora nos mecanismos de informação e valorização.
Ainda nas palavras do autor, o mesmo expõe quem usa os derivativos, que também
são expostos em três tipos:
 Alguém exposto a um risco não desejado para transferi-lo a alguém disposto a
aceitá-lo;
 Os produtores de matérias-primas ou mercadorias para cobrir os preços e reduzir
assim seus riscos;
 Arbitradores que operam com derivativos com vistas a explorar qualquer
diferença de preço entre diferentes mercados de derivativos ou instrumentos de
derivativos e os preços dos ativos subjacentes.
Entendendo estes pontos, parte-se para uma visão das bolsas e do mercado de
derivativos, que possibilitam o alinhamento de estratégias corporativas ao potencial do
mercado, no qual as instituições utilizam do estímulo e aperfeiçoamento do gerenciamento do
risco por meio do mercado de derivativos, visando participação na reorientação financeira de
empréstimos bancários para títulos e valores mobiliários, conforme avalia a Bovespa (2002).
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Com base nesta visão da Bovespa, alinhado às palavras de Pinheiro (2005, p.309),
os derivativos, quando usados corretamente, oferecem maneiras novas e positivas para as
empresas administrarem e reduzirem os riscos financeiros.
Ainda segundo o autor, se utilizados incorretamente, os derivativos oferecem às
empresas maneiras novas e negativas de aumentarem os riscos financeiros e realizarem altos
prejuízos.
Com o objetivo de reduzir riscos e evitar a tomada de decisões inadequadas, exige
um controle de uma carteira de derivativos. No qual esta carteira pode ser composta por
operações fundamentadas em negociações de commodities agrícolas, câmbio, ouro e índices
de ações. Na Tabela 1, tem-se exemplo de exemplos de contratos negociados no mundo.

TABELA 1
Exemplos de contratos negociados no mundo

Fonte: BM&F (2005, p.9).

A partir destes agrupamentos pode-se dispor os exemplos de derivativos, definidos


pela BM&F (2005, p.4), que podem ser gerados segundo os exemplos de contratos
demonstrados acima, conforme abaixo:
 Contratos a termo: são acordos de compra e venda de um determinado ativo que
estabelecem um preço entre as partes para liquidação em uma data futura específica. Esses
contrato são intransferíveis e sua negociação pode ocorrer tanto em mercado de balcão como
em bolsa.
 Swaps: são acordos privados entre duas empresas ou instituições financeiras para a
troca futura de fluxos de caixa, respeitada uma fórmula preestabelecida. Consistem em um
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tipo de contrato a termo. Os swaps podem ser registrados em bolsa e, assim, possuir garantias
quanto ao cumprimento dos itens acordados.
 Contratos futuros: são acordos nos quais as partes são obrigadas a comprar ou a
vender a um preço determinado e estabelecido por elas, determinada quantidade de um ativo,
em certa data futura. Esses contratos são padronizados em relação à quantidade e qualidade do
ativo, formas de liquidação, garantias, prazos de entrega, dentre outros, e têm negociação
apenas em bolsa, sendo possível a liquidação do contrato antes do prazo de vencimento.
 Contratos de opções: são acordos nos quais, por intermédio de único pagamento
(inicial), uma das partes tem o direito (e não a obrigação) de comprar ou vender o ativo em
certa data a preço preestabelecido. A outra parte da operação recebe esse pagamento como
remuneração por sua exposição ao risco, que pode chegar a ser ilimitado. As opções também
podem ser negociadas em mercado de balcão, caso das opções flexíveis. No caso daquelas
negociadas em bolsa, a padronização dos itens contratuais é realizada, da mesma forma que
nos contratos futuros.
 Opções flexíveis: são acordos privados entre duas partes nos quais os termos dos
contratos são negociados. Com um pagamento inicial, uma das partes tem o direito de
comprar ou vender o ativo em uma certa data a um preço preestabelecido. A outra parte da
operação recebe esse pagamento como remuneração por sua exposição ao risco.
Com o desenvolvimento do mercado de capitais, a grande variedade de ativos
sendo negociados, é importante mencionar a parcela de derivativos negociados em bolsa, que
de visualizando o Gráfico 1, o mesmo mostra a evolução das negociações de derivativos a
nível mundial, no período de 1994 a 2003.

GRÁFICO 1
Evolução mundial da negociação com derivativos nas bolsas
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Fonte: BM&F (2005, p.8).

Outro fator que explica essa evolução e desenvolvimento do mercado de capitais, é


a globalização financeira, e a facilidade das negociações entre os mais diversos países do
mundo. Outro ponto pode estar relacionado aos derivativos de produtos agropecuários, no
qual estes têm cada vez mais ampliados sua importância no mercado mundial.
Na Figura 2, pode-se perceber a participação por categoria de derivativo no
volume mundial de negociações de contratos, mostrando que apesar do grande risco da
produção agrícola, e da utilidade que se torna o derivativo, sua utilização contra oscilações de
preço e câmbio ainda são pouco praticadas.

FIGURA 2
Participação por categoria de derivativo no volume mundial - 2004

Fonte: BM&F (2005, p.9).

Mas que à medida da necessidade e acessibilidade dos setores econômicos, esta


tendência de utilização de derivativos será bastante acentuada nos próximos anos.
Para motivos de ilustração pode-se citar a crise agrícola brasileira, no qual tem-se
um exemplo da importância da utilização de derivativos dado por Franco (2006) visando
responder algumas perguntas sobre como o setor agropecuário deve se posicionar diante a
instabilidade de preços e câmbio.
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As perguntas foram as seguintes: Por que o estado absorve risco de preço? Por que
haver seguros em depósitos bancários? Por que a utilização de políticas públicas urgentes para
socorrer a agricultura? Por que pressão sobre a política cambial? Quantas empresas utilizam
indexadores cambiais?
Os derivativos são uma resposta ao risco sistêmico, que pode auxiliar este
problema setorial, precisa ser melhor trabalhado e ampliado a sua utilização. Franco cita que
problemas futuros com o câmbio seja de desvalorização ou valorização, podem ser muito
mais sérios e cuja solução seja muito mais cara do que o custo de um programa decente de
fornecimento de hedge. Ou ainda, um programa de instrução aos diversos setores da
economia.
Da mesma maneira que se tem este exemplo de contorno de risco sistêmico para o
setor agropecuário, pode-se listar outras utilizações dos tipos de derivativos citados. Desta
forma visando exemplificação, e entendendo conforme Pinheiro (2005, p.329), que só há dois
conceitos básicos de derivativos: o termo e as opções, cujo outros são derivações destes, é
citado abaixo as características e exemplos de cada mercado: Mercado a termo, Mercado
futura, Mercado de opções e Operações de Swap.

1) Mercado de Futuros (Bovespa, 2001):


- Proteção contra variações dos preços dos produtos e de investimentos em ativos
financeiros.
- Realização de operações de financiamento ou arbitragem e as operações de caixa.
- Base do valor – custo de se manter a posse da mercadoria física até a data de vencimento
do contrato futuro em situação normal de mercado – custo de armazenagem, seguro,
financeiros, transporte, impostos e lucro.
- O preço futuro e o preço a vista tendem a convergir na mesma direção.
- A base tende a zero à medida que se aproxima a data de vencimento do contrato futuro.
As principais características do mercado futuro:
 A enorme possibilidade de alavancagem de resultados;
 Elevado nível de risco envolvido;
 Envolvimento de pessoal altamente especializado;
 A agilidade do processo negocial (ajustes diários);
 A necessidade premente de informações atualizadas; e
 A atualização constante ao estado da arte da teleinformática.
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Exemplos: Futuro de Taxa Média de Depósitos, Interfinanceiros – DI de Um Dia, Futuro de


DI Longo, Futuro de Cupom Cambial: Dólar X DI – DDI, Futuro de Taxa de Câmbio de
Reais por Dólar, Futuro de IGP-M, Futuro o Ibovespa e Futuro de Ouro.

2) Mercado a Termo (Bovespa, 2004):


- Assemelha-se aos mercados futuros – acordo de compra e venda de um ativo em uma data
futura, por preço previamente estabelecido.
- Não são negociados em bolsa com as mesmas características dos contratos futuros, já que
são acordos particulares entre duas instituições financeiras e/ou seus clientes.
- Uma das partes assume sua posição de compra no contrato a termo em data específica e
por preço certo e ajustado. A contraparte assume sua posição de venda nas mesmas
condições.
- Os ajustes não são diários.
- As partes liquidarão a operação ou pela entrega física ou pela própria liquidação
financeira na data de entrega acertada.
- O preço no mercado a termo é estabelecido adicionando-se ao preço a vista a expectativa
de juros, fixada livremente no mercado, pelo prazo do contrato.
- Garantias – Cobertura (depósito do ativo objeto do contrato) e Margem (percentual do
valor do contrato)
Tipos básicos de Operações:
 Simples a prazo fixo – consiste na compra ou venda para liquidação em data
futura. O comprado e o vendedor acertam a cotação e o prazo e, na data combinada, o
comprador entrego o dinheiro e recebe os ativos.
 A prazo com prêmio - uma das partes poderá desistir mediante o pagamento
de um prêmio previamente estipulado. A desistência pode aplicar-se ao vendedor, ao
comprador ou a ambas as partes.
 Report – compra a vista de ativos e a sua venda simultânea a prazo, pelo
primitivo vendedor, realizada no mesmo ato.
Exemplos: Contrato a Termo de DI, Contrato a Termo de Dólar e Contrato a Termo de Ouro.

3) Mercado de Opções (Bovespa, 2000):


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 Se o investidor tiver uma posição comprada, ele poderá comprar o ativo pelo preço
predefinido se o cenário for de preços em alta, e poderá abrir mão de seu direito de
comprá-lo no mercado de opções para comprá-lo a preços de mercado no mercado à vista,
se o cenário for de preços em baixa.
 O comprador tem apenas direitos e não obrigações, enquanto o vendedor tem apenas
obrigações. (assimetria).
 Para o comprador desfrutar desta vantagem ele deverá pagar antecipadamente um preço
(no caso, o prêmio) que na prática, representa o custo de eliminação do cenário
desfavorável.
 Intensamente utilizado no mercado de ações.
Exemplos: Opções sobre o Índice do DI de Um Dia - IDI, Opções sobre o Futuro do DI de
Um Dia, Opções sobre Taxa de Câmbio de Reais por Dólar, Opções sobre Futuro de Taxa de
Câmbio de Reais por Dólar, Opções sobre o IBOVESPA e Opções de Ouro sobre Disponível.

4) Mercado de Swaps (Bovespa, 1999):


- Veio permitir a obtenção de um hedge perfeito, já que possibilita estabelecer um acordo
entre as partes interessadas com valor e data de vencimento ajustados aos exatos interesses
das contrapartes envolvidas.
Exemplo: Contratos a Termo de Troca de Rentabilidade - possibilidades de se trabalhar com
variáveis alternativas, combinadas duas a duas, a saber: Taxa Pré, Taxa de DI 1 dia; Taxa de
Câmbio de Dólar Comercial; Taxa Referencial – TR; Taxa Selic; Taxa Básica Financeira –
TBF; Índice Bovespa; Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP; Valor de uma Carteira de
Ações; Taxa de Câmbio de Reais por Euro; IGP-M; IGP-DI; IPC; INPC; IPCA.

Para fechar o estudo, a Tabela 2, mostra um comparativo entre as operações


citadas acima, aqui expostos de forma sucinta.

TABELA 2
Comparação das diversas operações

Termo Futuro Opções Swaps

Compra de Direito de
Compra de Troca de
Características ativos no compra/venda de
ativos no futuro rentabilidade
futuro ativos no futuro
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Alta até três


Liquidez Baixa Alta até um ano Alta até um ano
meses
Desembolso Inicial Não Não Sim Não

Ajustes diários Não Sim Não Não

Garantias Não Sim Sim/Não Sim/Não

Fonte: PINHEIRO (2005, p. 356).

CONCLUSÃO

Concluímos que a globalização, a integração financeira a partir da abertura das


economias, juntamente com as transformações nos meios de comunicação e da informação,
geraram uma nova dinâmica no mercado mundial.
O mercado de capitais foi um dos que obtiveram maior desenvolvimento tanto a
nível de ferramentas quanto a nível de negociações e meios de operações, de maneira que a
medida que o mercado de capitais dos respectivos países evoluíam, suas economias
acompanhariam absorvendo recursos e investimentos que gerariam desenvolvimento.
Entendemos que para isso ocorresse tudo dependeria também da gestão deste
mercado acionário, bem como do controle da captação de recursos, que têm nas instituições
do Sistema Financeiro Nacional, no caso do Brasil, como responsáveis por estas operações.
Em última instância temos a Bovespa e a BM&F que são bolsas brasileiras, que
concentram grande parte do mercado de derivativos do Brasil. Derivativos que tem como
propósito servir de ferramenta de proteção e defesa contra as oscilações de preços de um ativo
financeiro. Da mesma forma que os derivativos são ativos financeiros que derivam de outros
ativos, como commodities, índices de preços, taxas de juros, entre outros.
São diversos os tipos de derivativos, que além da variedade podem ser definidos
como a termo, de opções, futuro e swaps, sendo estes os principais. Nos quais estes
representam importantes inovações financeiros de grande importância nos últimos séculos, e
principalmente a partir da consolidação do capitalismo e da abertura econômica e financeira
entre os países. Sendo assim, tomando-se todas as transformações mundiais, econômicas e
financeiras, os derivativos surgiram como meios avançados de absorver riscos, com proteção
calculada, utilizados comumente para realizar a prática de hedge, que é exatamente travar um
preço para evitar oscilação, se proteger de variações de mercado.
De maneira geral o que concluímos é o seguinte, diversos setores podem utilizar os
derivativos como meio de proteção contra oscilações principalmente quanto negociam dentro
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de um mercado incerto e variante. Vimos que existem os mais diversos tipos e modalidades
de derivativos que se adequam às necessidades de investidores e negociadores, sejam pessoas
físicas ou jurídicas. E que atualmente perante as dificuldades que o setor agrícola vem
enfrentando, os derivativos podem ser a solução para esta oscilação freqüente de preços dos
commodities, bem como da taxa de câmbio, falta maior procura e difusão deste instrumento.
Mesmo de forma lenta, percebe-se conforme apresentado que vem ocorrendo uma reversão e
que já existe uma vertente com tendências à maior utilização desta ferramenta administrativa.
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