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Bolsa de Valores de São Paulo.
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Bolsa de Mercadorias e Futuros.
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histórico, e ainda demonstrar qual a vantagem da utilização dos derivativos, qual o retorno
proporcionado, qual a segurança quando se negocia este tipo de ativo financeiro.
DERIVATIVOS E A GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA
Com certeza são diversos os fatores que impedem maior utilização do conhecido
mercado de derivativos, com isso, primeiramente visando conhecer as instituições
responsáveis pelo funcionamento do mercado de capitais. Os quais compõem o Sistema
Financeiro Nacional (SFN) que é composto de Instituições responsáveis pela captação de
recursos financeiros, pela distribuição e circulação de valores e pela regulação deste processo.
Dentre estas instituições existem o Conselho Monetário Nacional (CMN), seu organismo
maior, presidido pelo ministro da Fazenda, é quem define as diretrizes de atuação do sistema.
Diretamente ligados a ele estão o Banco Central do Brasil (Bacen), que atua como seu órgão
executivo e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que responde pela regulamentação e
fomento do mercado de valores mobiliários (de bolsa e de balcão), que tem como participante
seqüencial as bolsas (Bovespa e BM&F) e o investidor e aplicador.
Partindo para o contexto de funcionamento do mercado financeiro, toma-se um
ditado que é muito pronunciado na bolsa, que é o seguinte: “Para se ganhar dinheiro sem
correr risco, não se deve carregar todos os ovos numa mesma cesta”. Este ditado faz parte do
cotidiano dos operadores de bolsa, bem como, serve de base para investidores e negociadores
em bolsa. Assim pode-se encaixar a definição dos derivativos, que além dos tipos: a termo,
futuro, opções e swap, possuem a característica de proteção e garantia contra variações, ou
seja, os derivativos são usados para fazer hedge, conforme retrata Rosa (2006, p.1),
exemplificado da seguinte maneira:
Se uma empresa tem dívidas a pagar em dólar pode fechar na BM&F um contrato
de dólar futura para garantir que pagará a cotação desejada quando tiver que quitar
a dívida. Dessa forma, mesmo que a moeda americana ultrapasse a cotação fixada,
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a empresa comprará pelo preço combinado. Neste caso, ela estará protegida, ou
seja, fez um hedge. Os derivativos, quando não são usados como hedge, são
investimentos de alto risco (ROSA, 2006, p.1).
Ao introduzir o assunto sobre os derivativos e seus tipos, primeiramente se faz
necessário conhecer seu contexto, conforme já citado, faz parte do mercado financeiro, na
Figura 1, nota-se uma melhor visualização da sua classificação.
FIGURA 1
Denominação e divisão do Mercado
MERCADOS
Mercado de
Mercado MERCADO Mercado de Mercado de Bens e
Monetário FINANCEIRO Crédito Trabalho Serviços
Com base nesta visão da Bovespa, alinhado às palavras de Pinheiro (2005, p.309),
os derivativos, quando usados corretamente, oferecem maneiras novas e positivas para as
empresas administrarem e reduzirem os riscos financeiros.
Ainda segundo o autor, se utilizados incorretamente, os derivativos oferecem às
empresas maneiras novas e negativas de aumentarem os riscos financeiros e realizarem altos
prejuízos.
Com o objetivo de reduzir riscos e evitar a tomada de decisões inadequadas, exige
um controle de uma carteira de derivativos. No qual esta carteira pode ser composta por
operações fundamentadas em negociações de commodities agrícolas, câmbio, ouro e índices
de ações. Na Tabela 1, tem-se exemplo de exemplos de contratos negociados no mundo.
TABELA 1
Exemplos de contratos negociados no mundo
tipo de contrato a termo. Os swaps podem ser registrados em bolsa e, assim, possuir garantias
quanto ao cumprimento dos itens acordados.
Contratos futuros: são acordos nos quais as partes são obrigadas a comprar ou a
vender a um preço determinado e estabelecido por elas, determinada quantidade de um ativo,
em certa data futura. Esses contratos são padronizados em relação à quantidade e qualidade do
ativo, formas de liquidação, garantias, prazos de entrega, dentre outros, e têm negociação
apenas em bolsa, sendo possível a liquidação do contrato antes do prazo de vencimento.
Contratos de opções: são acordos nos quais, por intermédio de único pagamento
(inicial), uma das partes tem o direito (e não a obrigação) de comprar ou vender o ativo em
certa data a preço preestabelecido. A outra parte da operação recebe esse pagamento como
remuneração por sua exposição ao risco, que pode chegar a ser ilimitado. As opções também
podem ser negociadas em mercado de balcão, caso das opções flexíveis. No caso daquelas
negociadas em bolsa, a padronização dos itens contratuais é realizada, da mesma forma que
nos contratos futuros.
Opções flexíveis: são acordos privados entre duas partes nos quais os termos dos
contratos são negociados. Com um pagamento inicial, uma das partes tem o direito de
comprar ou vender o ativo em uma certa data a um preço preestabelecido. A outra parte da
operação recebe esse pagamento como remuneração por sua exposição ao risco.
Com o desenvolvimento do mercado de capitais, a grande variedade de ativos
sendo negociados, é importante mencionar a parcela de derivativos negociados em bolsa, que
de visualizando o Gráfico 1, o mesmo mostra a evolução das negociações de derivativos a
nível mundial, no período de 1994 a 2003.
GRÁFICO 1
Evolução mundial da negociação com derivativos nas bolsas
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FIGURA 2
Participação por categoria de derivativo no volume mundial - 2004
As perguntas foram as seguintes: Por que o estado absorve risco de preço? Por que
haver seguros em depósitos bancários? Por que a utilização de políticas públicas urgentes para
socorrer a agricultura? Por que pressão sobre a política cambial? Quantas empresas utilizam
indexadores cambiais?
Os derivativos são uma resposta ao risco sistêmico, que pode auxiliar este
problema setorial, precisa ser melhor trabalhado e ampliado a sua utilização. Franco cita que
problemas futuros com o câmbio seja de desvalorização ou valorização, podem ser muito
mais sérios e cuja solução seja muito mais cara do que o custo de um programa decente de
fornecimento de hedge. Ou ainda, um programa de instrução aos diversos setores da
economia.
Da mesma maneira que se tem este exemplo de contorno de risco sistêmico para o
setor agropecuário, pode-se listar outras utilizações dos tipos de derivativos citados. Desta
forma visando exemplificação, e entendendo conforme Pinheiro (2005, p.329), que só há dois
conceitos básicos de derivativos: o termo e as opções, cujo outros são derivações destes, é
citado abaixo as características e exemplos de cada mercado: Mercado a termo, Mercado
futura, Mercado de opções e Operações de Swap.
Se o investidor tiver uma posição comprada, ele poderá comprar o ativo pelo preço
predefinido se o cenário for de preços em alta, e poderá abrir mão de seu direito de
comprá-lo no mercado de opções para comprá-lo a preços de mercado no mercado à vista,
se o cenário for de preços em baixa.
O comprador tem apenas direitos e não obrigações, enquanto o vendedor tem apenas
obrigações. (assimetria).
Para o comprador desfrutar desta vantagem ele deverá pagar antecipadamente um preço
(no caso, o prêmio) que na prática, representa o custo de eliminação do cenário
desfavorável.
Intensamente utilizado no mercado de ações.
Exemplos: Opções sobre o Índice do DI de Um Dia - IDI, Opções sobre o Futuro do DI de
Um Dia, Opções sobre Taxa de Câmbio de Reais por Dólar, Opções sobre Futuro de Taxa de
Câmbio de Reais por Dólar, Opções sobre o IBOVESPA e Opções de Ouro sobre Disponível.
TABELA 2
Comparação das diversas operações
Compra de Direito de
Compra de Troca de
Características ativos no compra/venda de
ativos no futuro rentabilidade
futuro ativos no futuro
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CONCLUSÃO
de um mercado incerto e variante. Vimos que existem os mais diversos tipos e modalidades
de derivativos que se adequam às necessidades de investidores e negociadores, sejam pessoas
físicas ou jurídicas. E que atualmente perante as dificuldades que o setor agrícola vem
enfrentando, os derivativos podem ser a solução para esta oscilação freqüente de preços dos
commodities, bem como da taxa de câmbio, falta maior procura e difusão deste instrumento.
Mesmo de forma lenta, percebe-se conforme apresentado que vem ocorrendo uma reversão e
que já existe uma vertente com tendências à maior utilização desta ferramenta administrativa.
BIBLIOGRAFIA
BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo. Mercado de Capitais. Mercado, jun. 1999.
Disponível em: <http://www.bovespa.com.br>. Acesso em: 10 out. 2006.
ROSA, Juliana. Entenda o que são derivativos no mercado financeiro. Out. 2006.
Disponível em: <http://www.bertolo.pro.br/Adminfin/HTML/Derivativos.htm>. Acesso em:
09 out. 2006.
www.bcb.gov.br
www.agrolink.com.br