UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Núcleo de Apoio à Educação à Distância - NAPEAD UFRGS

Curso de Extensão em Karate-Dō UFRGS
Professor Mestre Tiago Oviedo Frosi - 3º Dan JKS - CREF 16973-G/RS

CHAKUSŌ
A FORMA CORRETA DE VESTIR-SE E TRATAR DO PRÓPRIO MATERIAL
O Chaku-sō é a maneira correta de se vestir e conservar o material de prática do Karate. Como se diz que chaku-
sō também demonstra as habilidades pessoais, vestir-se corretamente requer muita prática e experiência. É
importante vestir-se de forma esmerada, bela e também confortável.

O KARATE-GI
O Karate-gi (pronúncia = “caratêguí”, o uniforme de
Karate), é formado por quatro partes: uwagi (pronúncia
= u-uá-guí, o casaco), shitabaki (pronúncia = xitabaquí,
a calça), obi (pronúncia = ôbí, a faixa) e zori (pronúncia
= dzôrí, o chinelo). Cada uma destas peças deve
estar limpa e em ordem para a prática. Outro cuidado
importante é que não devemos sair do shiai-jō (área de
treino/disputa) sem o zori (sandálias), preservando sua
assepsia. As mangas do uwagi não devem passar do
punho e não devem ser mais curtas do que a metade
do antebraço. As bocas do shitabaki não devem cobrir
os pés, nem ser mais curtas que a metade da tíbia. O
obi não deve ficar com as pontas mais curtas que dois
palmos nem mais comprido que a soma do comprimento
do tórax e do abdome. O branco do Karate-gi representa
pureza de espírito para o treinamento, por isso não são
permitidos no Karate-Dō uniformes de outras cores.
Alguns professores antigos costumam usar também a
calça-saia típica dos samurai, o hakama. Referências
sobre esta peça são vastas em obras sobre Kendō e
Aikidō. Vale a pena ressaltar porém que não se trata de
uma peça obrigatória e muitas vezes dificulta a prática.
É importante não esquecer, também, de limpar
periodicamente os protetores usados em competição
(caneleiras e protetor de pé, luvas, protetor bucal,
protetor de tórax, coquilha e máscara/capacete), pois
o material sintético destes objetos costuma acumular
resíduos nas dobras que podem resultar em mau cheiro e
aspecto desagradável, duas coisas muito indesejadas em
um Dōjō.
No círculo tradicional (ITKF, JKA, JKS, SKIF e outras)
são permitidos apenas os protetores básicos (luvas
brancas e protetor bucal), sendo o protetor genital e
protetor de seios (para mulheres) opcional e os demais
protetores proibidos. Já no circuito esportivo (WKF,
WUKF e outros) utilizam-se outros protetores e é
importante atentar para a regra específica em cada
participação.
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DOBRANDO
SEU UNIFORME

Transformando em uma “mochila de ombro”

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ALGUNS CUIDADOS:
- Nunca guarde o karate-gi em local fechado, isso evitará manchas de mofo.
- Coloque-o no vento, mas evite o sol forte para não ressecar o tecido.
- Quando vestir não deixe a gola pressionar a cervical, puxe o tecido mais para trás, com uma folga, para
que a gola fique levemente levantada.
- Coloque os protetores ao vento, mas nunca no sol, pois isso pode ressecá-los e estragar a parte feita de
material sintético.

FORMA CORRETA DE
VESTIR O KARATE-GI
E AMARRAR A FAIXA
A - Amarre corretamente a calça;
B - Coloque o casaco com a parte direita por dentro - “o coração sobre a razão”;
C - Amarre a faixa dando duas voltas; e
D - Libere espaço nos ombros e cintura para que seus movimentos não fiquem restritos.
E - Apoie o meio da faixa na linha do umbigo e leve as duas pontas para trás;
F - Após dar duas voltas, passe uma das pontas por baixo e por trás das duas camadas de faixa; e
G - Aperte com o nó característico.
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REFERÊNCIAS

ANDREATTA, Denis Augusto Cordeiro. Portal Manabu no Karate-Do. Disponível em: <www.
manabunokaratedo.esporteblog.com.br>. Acesso em 07 jul. 2009.

BULL, Wagner. Aikido: o caminho da sabedoria. São Paulo: DAG Gráfica e Editorial, 1988. 354 p.

FROSI, Tiago Oviedo. Introdução ao Karate Shotokan. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande
do Sul/Gênese Editora, 2015. 155 p.